tragédia e drama

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Page 1: Tragédia e drama

INTERAÇÕESINTERAÇÕES Tragédia e DramaTragédia e Drama

Page 2: Tragédia e drama

Almeida Garrett(1799-1854)

• Nasceu no Porto, a 4 de Fevereiro de 1799.

• Oriundo de uma família abastada, Garrett passou parte da sua infância na quinta do Castelo e na Quinta do Sardão, onde ouviu histórias das empregadas Brígida e Rosa de Lima.

Tragédia e DramaTragédia e Drama

Interações – 11.º Ano

Page 3: Tragédia e drama

• Aquando das Invasões francesas, os pais exilaram-se na Ilha Terceira, nos Açores.

• Garrett recebeu, então, uma educação clássica e humanista, ministrada por um dos seus tios, D. Frei Alexandre da Sagrada Família.

• Em 1816, o jovem João Baptista regressou a Portugal e matriculou-se em Leis, na Universidade de Coimbra.

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Interações – 11.º Ano

Page 4: Tragédia e drama

• Em 1820, ocorreu a revolução liberal. Atraído pelos ideais do liberalismo, Garrett compôs os seus primeiros textos dramáticos, Lucrécia e Mérope, tragédias que exaltam os valores de Roma antiga.

• Em 1823, Garrett viu-se forçado a exilar para Inglaterra, onde contactou com obras de Byron, Walter Scott e Shakespeare.

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Interações – 11.º Ano

Page 5: Tragédia e drama

• Em 1825, publicou o poema Camões e, em 1826, o poema D. Branca, em Paris, obras que refletem os ideais do Romantismo.

• Em 1826, regressou a Portugal e publicou uma Carta de Guia para Eleitores.

Tragédia e DramaTragédia e Drama

Interações – 11.º Ano

Page 6: Tragédia e drama

• Em 1827, exilou-se novamente em Inglaterra e só voltou a Portugal em 1832, integrado no exército liberal de D. Pedro.

• Em 1834, foi para Bruxelas, onde desempenhou o cargo de Cônsul-Geral.

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Interações – 11.º Ano

Page 7: Tragédia e drama

• Em 1836, regressou a Portugal. Foi-lhe incumbida a apresentação de um plano para a fundação e organização de um teatro nacional.

• Em 1837, Garrett foi nomeado Inspetor-Geral dos Teatros.

• Em 1838, publicou Um auto de Gil Vicente.

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Interações – 11.º Ano

Page 8: Tragédia e drama

• Em 1843, o autor publicou Viagens na minha Terra e Frei Luís de Sousa.

• Em 1849, depois de publicar várias obras, Garrett viu concretizado um dos seus sonhos: a inauguração do Teatro Nacional D. Maria II.

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Interações – 11.º Ano

Page 9: Tragédia e drama

A TRAGÉDIA

“A tragédia é a imitação de uma ação elevada e completa, dotada de extensão, numa linguagem embelezada por formas diferentes em cada uma das suas partes, que se serve da ação e não da narração e que, por meio da compaixão (eleos) e do temor (phobos), provoca a purificação (katarsis) de tais paixões.”

Poética, Aristóteles, in prefácio de Maria Helena da Rocha Pereira(2008). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

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Interações – 11.º Ano

Page 10: Tragédia e drama

“O teatro antigo foi o que nasceu e se desenvolveu dentro das duas civilizações antigas, a da Grécia e a de Roma, causa e origem da nossa própria civilização. Mas este teatro não pertence só ao passado; a sua história interessa a toda a cultura ocidental, sobre a qual exerceu uma influência muito importante e, em certos momentos, determinante.”

Pierre Grimal (2002). O Teatro Antigo. Lisboa: Edições 70

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Page 11: Tragédia e drama

O DRAMA ROMÂNTICO

Victor Hugo, o grande mestre do romantismo francês, afirma que o drama corresponde à valorização do Homem, fruto das suas próprias paixões. O seu objetivo era aproximar-se da realidade, misturando o sublime e o grotesco já que, no seu entender, a vida real era assim. Desta forma, a linguagem deveria ser em prosa, a personagem imaginária e sem a presença do coro.

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Interações – 11.º Ano

Page 12: Tragédia e drama

“Contento-me para a minha obra com o título modesto de drama; só peço que a não julguem pelas leis que regem, ou devem reger, essa composição de forma e índole nova; porque a minha, se na forma desmerece da categoria, pela índole há-de ficar pertencendo sempre ao antigo género trágico.”

Almeida Garrett, Memória ao Conservatório Real de Lisboa (lida em 6 de Maio de 1843)

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Interações – 11.º Ano

Page 13: Tragédia e drama

Características da tragédia clássica

• “Lei das três unidades”(espaço, tempo, ação);• anankê (destino);• hybris (desafio ao destino);• pathos (sofrimento);• climax (ponto mais alto da ação);• anagnórise (reconhecimento);• katarsis (purificação);• coro (personagem coletiva).

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Page 14: Tragédia e drama

Frei Luís de Sousa: “tragédia pela índole”

• Anankê: o destino é uma força implacável que se abate sobre a família, presidindo a todos os acontecimentos.

• Hybris: D. Madalena de Vilhena desafia o destino, quando casa com Manuel de Sousa Coutinho, sem a confirmação da morte de D. João de Portugal.

• Pathos: atinge toda a família, com a chegada do Romeiro, embora perpasse toda a ação, sobretudo em D. Madalena, que não sente um instante de tranquilidade

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Interações – 11.º Ano

Page 15: Tragédia e drama

Tragédia e DramaTragédia e Drama

• Clímax: chegada do Romeiro.

• Anagnórisis: identificação do Romeiro, no final do II Ato.

• Katarsis: D. Madalena e Manuel de Sousa Coutinho entram para a vida religiosa.

Page 16: Tragédia e drama

Frei Luís de Sousa: “tragédia pela índole”

• Não se respeita, na íntegra, a unidade de espaço, apesar de a ação decorrer no mesmo espaço geográfico (Almada).

• A ação não decorre apenas em 24 horas, característica da tragédia clássica, mediando oito dias entre o primeiro e o segundo atos e algumas horas entre o segundo e o terceiro.

• Não existe o Coro da tragédia clássica, mas Telmo Pais tece comentários que seriam próprios dessa personagem coletiva.

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Page 17: Tragédia e drama

Frei Luís de Sousa: drama pela forma

• Texto em prosa.

• Linguagem coloquial:

- frases curtas;

- reticências;

- frases entrecortadas;

- interjeições;

- frases exclamativas.

• Proximidade do real.

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