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FICHA TÉCNICA
TransasomTransasomO que hoje é um sério empreendimento começou há quase 40 anos comuma aventura e a visão de um empresário que percebeu que faltava algoem um Brasil que ensaiava seus primeiros passos rumo à evolução domercado de áudio. Empresas precursoras como a Transasom têm grandeinfluência neste processo evolutivo
Transasom começou em 1970, quando o músico
Eduardo Lemos abandonou a faculdade de engenha-
ria eletrônica (FEI) para aventurar-se em uma via-
gem de moto com o ex-mutante Arnaldo Baptista para o
Canadá, passando, em seguida, por 16 países. Em sua pere-
grinação, quando chegou ao México, teve a oportunidade
de assistir a um concerto de rock de uma banda califor-
niana e ficou surpreendido com a qualidade da sono-
rização. Ao chegar em Nova York, Eduardo Lemos come-
çou a fazer os primeiros contatos para se interar das novi-
dades do mercado de áudio, passando então a estabelecer
maior proximidade com operadores e empresários da área.
Com a percepção de que no Brasil não havia a mesma
estrutura nas poucas empresas de sonorização existentes,
Eduardo Lemos resolveu então importar seu próprio ma-
terial: mesas, falantes e os famosos drivers Altec. A
Transasom já iniciou sua vida com equipamentos de ponta,
o que era raridade na época, devido à grande dificuldade de
importação e informações de produtos importados. Em
1972 a empresa já produzia inúmeros shows de rock funda-
mentando parcerias com várias bandas da época, dentre
elas, os Mutantes.
Passado e presente
Com tantos anos de estrada, é possível realizar uma cla-
ra análise da diferença entre o que era trabalhar com áudio
há 38 anos e na atualidade. “Antigamente, os materiais uti-
lizados eram extremamente pesados com um tamanho
avantajado e com uma qualidade sonora que não se compara
aos equipamentos que temos hoje em dia”, afirmam Pedro
Lemos e Eduardo Lemos Jr, administradores da empresa.
“Hoje, temos equipamentos muito mais leves com uma
fidelidade e qualidade indiscutíveis. Posso citar dois exem-
plos simples: por volta dos anos 70, o sistema de P.A. mais
popular nos Estados Unidos e, conseqüentemente aqui no
Brasil era o Voice of Theater que utilizava caixas com um
falante de 15” e uma corneta solta; as dimensões eram 1,20
metro de altura, 60 centímetros de profundidade por 80
centímetros de largura, pesando em média 80 quilos.
Atualmente, o sistema utilizado pela Transasom, o d&b
audiotechnik, graças à evolução da tecnologia, tem, em
média, 30 centímetros de altura, 58 centímetros de largu-
ra por 41 centímetros de profundidade, pesando cerca de
20 quilos. E, fazendo uma breve comparação, quanto ao
SPL, seriam necessárias em torno de 8 caixas Voice of
Theater para obter pressão sonora equivalente a uma do
sistema atual. Na época só existiam duas marcas de equi-
pamento profissional: JBL e Altec. Quem tinha uma
mesa de 12 canais era um sucesso e todos queriam ver.
Hoje em dia, algumas bandas chegam a utilizar mais de
100 canais e graças à era das mesas digitais, podemos
atender sem dificuldades”, completam.
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FICHA TÉCNICA
Reconhecimento
O processo de reconhecimento da
empresa no mercado de áudio foi
construído pouco a pouco. “Tivemos
muito trabalho para a empresa se fir-
mar no mercado. Para se ter idéia, a
Transasom tem o mesmo CNPJ desde
sua fundação, em 1972. Acreditamos
que nossa honestidade é o mínimo
necessário para uma empresa de pres-
tação de serviços se estabelecer; é
preciso começar com a estruturação
interna da empresa buscando organi-
zação, atualização, profissionais capa-
citados para poder mostrar aos clien-
tes no dia-a-dia o respeito, a credi-
bilidade, a qualidade, a pontualidade
e a segurança que proporcionamos a
cada trabalho”, informam os sócios.
De acordo com eles, o diferencial da
Transasom consiste no planejamento
e execução dos projetos de sonori-
zação exatamente de acordo com a
necessidade de cada cliente.
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FICHA TÉCNICA
A Transasom presta serviços de
sonorização, projetos e consultoria
e atua em todo o Brasil, inclusive,
no exterior (a empresa já realizou
sonorizações no Chile, Argentina
e Portugal). A área de atuação da
empresa é vasta, atingindo eventos
coorporativos e sociais, danceterias,
casa de shows, captação de DVD’s,
festivais, palestras, congressos, pro-
gramas de TV, shows nacionais e
internacionais entre outros. No
seu histórico constam a sonorização
das turnês do Milton Nascimento, Se-
cos e Molhados, Elis Regina, Monte
Ray Jazz Festival, Montreaux Festival
e dos sambódromos para a realiza-
ção dos desfiles das escolas de sam-
ba do Rio de Janeiro e São Paulo.
Adaptação e criatividade
Além de uma base firme e sólida,
construída com anos de trabalho e
valores, para crescer e ser reconhe-
cida no atual mercado de áudio
cada vez mais disputado, é necessá-
rio que a empresa possua capacida-
de de adaptação e criatividade alia-
das ao conhecimento técnico. Um
acontecimento que prova isso tam-
bém coincide com o primeiro desa-
fio vivenciado pela Transasom: o seu
trabalho inicial de sonorização no car-
naval carioca, em 1977. “Ainda não
havia o sambódromo e, além disso,
não tínhamos noção de como pro-
jetar o som. Então, pela primeira
vez, foi pensado e utilizado o siste-
ma de retardo com câmara de eco e
microfones parabólicos para solu-
cionar o problema de ‘atraves-
samento’. Na minha opinião, foi aí
que o carnaval começou a dar cer-
to”, afirma Eduardo Lemos. Poste-
riormente, a Transasom arrumou
uma solução para os problemas de
acústica encontrados nos desfiles
das escolas de samba com a angu-
lação das caixas para evitar cance-
lamento de fase e o uso de delay. De
acordo com Eduardo, o grande pro-
blema continua sendo a poluição
visual causado pela quantidade e
posicionamento das caixas acústi-
cas. “Para esse problema também
encontramos a solução, mas prefe-
rimos não revelar, por enquanto”.
E, voltando ao passado, quando
a empresa iniciou, não havia ape-
nas escassez com equipamentos de
áudio, mas também com mão-de-
obra especializada. Diante deste
contratempo, a Transasom investiu
em uma escola especializada, minis-
trada por Peninha Schmidt que, na
época, era o técnico de som dos
Mutantes, formando bons profis-
sionais que atuam até hoje no mer-
cado. Na atualidade, com o crescen-
te número de escolas para técnicos
de áudio, há maior concorrência e o
profissional precisa ficar atento às
oportunidades e sempre se aprimo-
rar. “Acreditamos que, em primei-
ro lugar, um bom técnico precisa
ter domínio total do sistema de
som que está operando e, sem dúvi-
da, é fundamental que o profissio-
nal esteja atualizado, tenha musi-
calidade e saiba se posicionar nos
eventos”, conclui.
Evento gospel
Listas dos principais equipamentos
Sistema de P.A.
Line array d&b audiotechnik e Nexo
BackLine
Marshall, Fender, GK, Hartke, Pearl, e
Yamaha
Consoles digitais
PM5D, PM5DRH, Digidesign Venue
Profile e M7CL
Consoles analógicos
PM4000 e Ramsa SX1
Microfones
Neumann, DPA, Shure, Sennheiser, Akg,
Audiotechnica, Sony, Countryman e Beyer
Cabeamento
Belden e Whirldwind
Monitores
EAW 222, Meyer UM1-A, D&B MAX 12,
NEXO PS10 e PS15
Sistema de in ear
PSM600 e PSM700 com phones E1, E2,
E3 e E5
Periféricos
Klark Teknik, Yamaha, Lexicon, Drawmer
e BSS
Valvulados
Avalon e Summit