transtorno do tripolar

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Transtorno do Tripolar Com a nova era da descoberta da esquizofrenia pela sociedade, abriu-se muito a discussão de doenças mentais, terapia, internação, psicanálise, Freud… Aliás, Freud é uma figura muito interessante, vejam bem. Recentemente, por exemplo, tive uma palestra com o Dr. Denis Martinez, ultra-especialista sobre sono e transtornos relacionados a ele. Segundo o Dr. Denis – eu teria de checar para ver se a informação é verdadeira –, Freud afirmou, sem base científica nenhuma, que a insônia nada mais é do que uma proteção do nosso organismo contra eventuais sonhos homossexuais que tivemos em noites passadas, e que, portanto, nosso corpo estaria evitando – com a insônia – que esses sonhos acontecessem novamente. Realmente, Freud explica tudo, mas muitas vezes de uma maneira bastante peculiar: errado. Isso é típico do pai da psicanálise, mas é compreensível do ponto de vista histórico. Ele estava à beira de uma revolução, estava engatilhando o revólver do entendimento humano, estava dando o pulo do gato para nossa percepção de mundo: nós não somos somente aquilo que temos consciência de que somos. E a base – essa muito maior que científica – dessa revolução não podia ser outra: a boa e velha filosofia. É mais do que evidente que muitas vezes Freud se inspirou – para não dizer plagiou – as idéias de Nietzsche, que, por sua vez, foi muito influenciado pelo grande pensador alemão Arthur Shoppenhauer. Esse brilhante germânico pegou a fama de pessimista por perceber que o ser humano é entendível e não é só feito de causas idiopáticas – palavra a qual descobri recentemente na medicina que serve para descrever fenômenos de causa desconhecida: um termo para ocultar a ignorância, como disse Asimov. Eu sempre falo sobre uma teoria de Shoppenhauer, mas para mim ela descreve todo o funcionamento da existência humana e o fundamento de um transtorno que afeta parte da população: o Transtorno do Tripolar, inventado por mim mesmo.

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Page 1: Transtorno do tripolar

Transtorno do

Tripolar        Com a nova era da descoberta da esquizofrenia pela sociedade, abriu-se muito a discussão de doenças mentais, terapia, internação, psicanálise, Freud…

       Aliás, Freud é uma figura muito interessante, vejam bem. Recentemente, por exemplo, tive uma palestra com o Dr. Denis Martinez, ultra-especialista sobre sono e transtornos relacionados a ele. Segundo o Dr. Denis – eu teria de checar para ver se a informação é verdadeira –, Freud afirmou, sem base científica nenhuma, que a insônia nada mais é do que uma proteção do nosso organismo contra eventuais sonhos homossexuais que tivemos em noites passadas, e que, portanto, nosso corpo estaria evitando – com a insônia – que esses sonhos acontecessem novamente. Realmente, Freud explica tudo, mas muitas vezes de uma maneira bastante peculiar: errado. Isso é típico do pai da psicanálise, mas é compreensível do ponto de vista histórico. Ele estava à beira de uma revolução, estava engatilhando o revólver do entendimento humano, estava dando o pulo do gato para nossa percepção de mundo: nós não somos somente aquilo que temos consciência de que somos. E a base – essa muito maior que científica – dessa revolução não podia ser outra: a boa e velha filosofia.

       É mais do que evidente que muitas vezes Freud se inspirou – para não dizer plagiou – as idéias de Nietzsche, que, por sua vez, foi muito influenciado pelo grande pensador alemão Arthur Shoppenhauer. Esse brilhante germânico pegou a fama de pessimista por perceber que o ser humano é entendível e não é só feito de causas idiopáticas – palavra a qual descobri recentemente na medicina que serve para descrever fenômenos de causa desconhecida: um termo para ocultar a ignorância, como disse Asimov. Eu sempre falo sobre uma teoria de Shoppenhauer, mas para mim ela descreve todo o funcionamento da existência humana e o fundamento de um transtorno que afeta parte da população: o Transtorno do Tripolar, inventado por mim mesmo.

Pois bem, Shoppenhauer deduziu que nossa vida é um constante ciclo:

 

Genial, não? Pensemos no instinto animal mais banal do mundo: a alimentação. Desejo? Ter fome. Realização? Comer. Tédio? Estar satisfeito. Isso acaba? Não, pois em seguida teremos fome novamente. Isso acontece SEMPRE – é a maior prova de que Guyton não explica tudo. Uma vez me falaram: “É verdade mesmo! Pense bem: desejo, amar;

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realização, casar; tédio, a vida depois disso”. Não, bagual! A vida é um ciclo e não uma seqüência. O desejo é o de se interessar pela pessoa, a realização é a de se casar. Já o tédio é muito breve, acontece um segundo após o casamento e não dura nada. Como assim? Após eu me casar, eu já tive o momento de tédio, pois realizei o meu desejo de me casar. Imediatamente já vem o outro desejo que é a de chegar na festa depois do casamento, ou a noite de núpcias, ou cumprimentar as pessoas, não interessa. Eu sempre desejo e realizo desejo e realizo. O tédio é tão breve que é imperceptível.

       Aliás, só é perceptível em dois casos. Primeiro: imagine-se em um lugar em que não sentimos fome, pois, caso sentíssemos, imediatamente ficaríamos saciados. Nesse lugar também temos tudo que queremos: se quero ter filhos, eu tenho, se não quero, não tenho. No mesmo lugar ninguém precisa de nós, pois, caso precisassem de algo, conseguiriam imediatamente. O que sentiríamos num lugar desses? Tédio, pois não teríamos o que fazer. Nesse caso fictício ele é perceptível. O outro caso perceptível é o Transtorno do Tripolar, em que uma parte do ciclo de Shoppenhauer está deficiente seja por qual motivo for. Se o ciclo estiver quebrado no desejo, ficamos infelizes, pois queremos algo com muito fervor e não conseguimos realizar. Entretanto, se estiver quebrado no tédio, foi-se a alegria, pois não temos motivação pra nada, nem para desejar algo. Essas quebras lembram algo? Claro que lembram a depressão.

       Freud, por mais louco que fosse, e por mais bobagens que tivesse dito, veio de uma base sólida. Sem saber de dopaminas e serotoninas, Freud viu que o entendimento do eu humano é fundamental para qualquer entendedor do cérebro. Em todo o caso, esse texto não passa de mais uma tentativa da aproximação da filosofia com a medicina, em uma tentativa de torná-los assuntos interessantes.

Multipolar ou Tripolar,porque até o final dos anos 80,o mundo era Bipolar ,ou seja ,dominado por dois pólos principais:a antiga URSS(potência socialista) e EUA(potência capitalista).Com o fim da URSS em 1991 o planeta passa a ter três pólos de influência(todos capitalistas)1)Os EUA com maior área de influência na América2)União Européia na África.3) Japão ,na bacia do PacíficoOBS_-As potências que produzem tecnologia,dominam os países que exportam matérias primas.Portanto essa nova ordem passa a se chamar multipolar ou tripolar.