treinamento hanseníase

8/18/2019 Treinamento Hanseníase

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HANSENÍASE

Coordenação Estadual de Dermatologia SanitáriaURE Dr. Marcello Candia, Marituba – PA

SESPA

Carlos Alberto Vieira da Cruz

Claudio Guedes Salgado

AUTORES



COLABORADORES

Bruno Vinícius Pinheiro

Carlos Gustavo Paes Barreto da Cruz

José Luis dos Santos Vieira

Jovina Josefa da Silva Malcher

Silvana Oliveira Pacheco



Epidemiologia



1,66

3,39

5,23

8,18

9,69

10,01

11,8312,08

12,57

19,08

19,67

21,01

22,31

26,93

29,62

31,15

31,16

31,95

38,97

44,93

45,30

57,7662,17

67,00

70,30

87,97

103,63

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00

Rio Grande do Sul

Santa Catarina

São Paulo

Rio Grande do Norte

Minas Gerais

Distrito Federal

Rio de Janeiro

Paraná

Alagoas

Bahia

Paraíba

Amazonas

Sergipe

Mato Grosso do Sul

Ceará

Amapá

Espírito Santo

Pernambuco

Acre

Goiás

Roraima

Piauí

Pará

Maranhão

Rondônia

Mato Grosso

Tocantins

COEFICIENTE DE DETECÇÃO GERAL 2008

–

ESTADOS DA FEDERAÇÃO



0,08

0,21

0,86

1,08

1,57

1,61

2,39

2,69

2,95

4,72

4,98

5,28

6,11

6,82

7,57

9,07

9,60

12,24

12,34

12,37

13,03

16,53

18,62

18,66

20,40

20,51

31,37

0 5 10 15 20 25 30 3

Rio Grande do Sul

Santa Catarina

São Paulo

Paraná

Alagoas

Minas Gerais

Distrito Federal

Rio de Janeiro

Rio Grande do Norte

Bahia

Mato Grosso do Sul

Amazonas

Paraíba

Ceará

Sergipe

Goiás

Amapá

Pernambuco

Espírito Santo

Acre

Roraima

Piauí

Rondônia

Maranhão

Pará

Mato Grosso

Tocantins

COEFICIENTE DE DETECÇÃO ( < 15 ) 2008

–

ESTADOS DA FEDERAÇÃO



DETECÇÃO GERAL E EM MENORES DE 15 ANOS.PERÍODO: 1999 A 2009



ESPACIALIZAÇÃO DA HANSENÍASE POR NÍVEIS DEENDEMICIDADE NO ESTADO DO PARÁ.

ANO: 2009.



COEFICIENTES DE DETECÇÃO DE HANSENÍASE GERAL6ºCRS - ANO 2009

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00

Moju

Igarapé-Miri

Barcarena

Abaetetuba

Tailândia

PARÂMETROS P/100.000

≥ 40 HIPERENDÊMICO

20 - 39,99 MUITO ALTO

10 - 19,99 ALTO

2 - 9,99 MÉDIO

< 2 BAIXO



COEFICIENTES DE DETECÇÃO DE HANSENÍASE EM < 15 ANOS6º CRS - ANO 2009

25,38

26,93

30,35

36,68

56,14

0 10 20 30 40 50 60

BARCARENA

ABAETETUBA

IGARAPÉ-MIRI

TAILANDIA

MOJU



ETIOLOGIAM. leprae - Bacilo de Hansen

BAAR

Não cultivável in vitro

Multiplicação em patade camundongo e tatu(D. novemcinctus )



PATOGENIA

Exposição

Não Infecção

InfecçãoSem doença

Com doença Boa resistência

Pouca resistência



ETIOPATOGENIA



CARACTERÍSTICAS DO M. Leprae

Patogenicidade

Virulência

Infectividade



CADEIA EPIDEMIOLÓGICA

Reservatório – Homem

Tatu ?Macaco Mangabei ?Chimpanzé ?

Período de Incubação – 2 a 7 anos



INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CONTATO

Exame dermatoneurológico

Aplicação do BCG:

Obs: Contatos com menos de 1 ano de idade, já vacinados,

não necessitam de outra dose.

Avaliação da cicatriz vacinal Conduta

Sem cicatriz Prescrever uma dose

Com uma cicatriz de BCG Prescrever uma doseCom duas cicatrizes de BCG Não prescrever nenhuma dose



EXEMPLO DE CONTROLE EFETIVO DE CONTATOS



EXEMPLO DE FALHA NA VIGILÂNCIA DE CONTATOS



DIAGNÓSTICO

Eminentemente clínico

“Um caso de hanseníase é uma pessoaapresentando sinais clínicos da doençae requerendo quimioterapia” OMS,1988



Caso de MH*

Lesões de pele com alteração de sensibilidade;

Acometimento de nervo periférico com ou semespessamento associado a alterações sensitivase/ou motoras;

Baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico.

*Portaria nº 125/SVS – SAS, março 2009



Anamnese

Queixas do paciente e tempo de

manifestação

Ocorrência de casos na família

Percepção de parestesias



Exame Clínico

Exame Dermatológico

Exame Neurológico

Avaliação Oftalmológica



Exame Dermatológico Mancha

Placa

Infiltração

Tubérculo

Nódulo

Lesão de aspecto foveolar



Exame Neurológico Alterações da sensibilidade:

Hipoestesia

Anestesia

Hiperestesia Térmica

Dolorosa

Tátil



Térmica

ÁguaQuente

Quente ou Frio?

Águafria



Dolorosa

Alfinete

Ponta ou cabeça?



Tátil

Tocou?

Chumaçode

algodão

é



Troncos Nervosos Periféricos



FIBRAS SENSORIAIS FIBRAS AUTÔNOMAS FIBRAS MOTORAS

AÇÕES DO BACILO E DOS PROCESSOS INFLAMATÓRIOS

Diminuição ou perda dasensibilidade

Diminuição ou perda dasudorese e lubrificação da

pele

Diminuição ou perda daforça muscular

DORMÊNCIA PELE SECA FRAQUEZA

CONSEQUÊNCIAS DA LESÃO NEURAL

Queimaduras

Ferimentos

Ulceras

Fissuras

Atrofia

Contraturas

Aumento de pressão

INFECÇÃO INFECÇÃO FERIMENTOS/INFECÇÃO

Destruição de estruturas

(pele, tendão, ligamento, osso, músculo)

DEFORMIDADES



EXAME NEUROLÓGICO:

INSPEÇÃO



EXAME NEUROLÓGICO:

PALPAÇÃO



PROVAS COMPLEMENTARES

Histamina



LABORATÓRIO

Baciloscopia

Histopatologia

BAAR i l d l bi



BAAR isolados e em globias



Baciloscopia NEGATIVA

T DT DD DV V

I

Baciloscopia POSITIVA

RESULTADO ESPERADO



CLASSIFICAÇÃO

Madri

Ridley-Jopling

Operacional



Madri

VI T D



Ridley-Jopling

T DT DD DV V

I



Operacional

Paucibacilares (PB)- casos com até5 lesões de pele;

Multibacilares (MB) - casos commais de 5 lesões de pele.



MHI



MHT



DIFERENCIAÇÃO ENTRE FORMAS



C Ç O O S

T D



MHD



MHV



Tratamento para MH (PQT)

PB: RFM + DDS

MB: RFM + DDS + CFZ



Regimes da PQT

MB

Adulto

Criança



Regimes da PQT

PB Adulto

Criança



Regimes da PQT

Posologia por Kg de peso corporal

Dapsona: 1 a 2 mg/Kg Clofazimina: 1mg/Kg (dose diária)

Clofazimina: 5mg/Kg/mês (supervisionada) Rifampicina: 10 a 20mg/KgObs: acima de 35Kg pode ser dada dose de adulto



Aprazamento

28/28 dias



Esquemas Alternativos1. Intolerância à Dapsona

CASOS PB CASOS MB

RFM + CFZ RFM + CFZ + OFX (400)OU MNC (100)

DURAÇÃO E SEGUIMENTO: o mesmo do esquema padrão.

2. Intolerância à Clofazimina



CASOS MBRFM + DDS + OFX OU MNC

DURAÇÃO: 12 DOSES até 18 meses

SEGUIMENTO DOS CASOS: na 12ª doseos pacientes deverão ser submetidosao exame dermatoneurológico ebaciloscópico.

2. Intolerância à Clofazimina

CASOS PB

NÃO SE APLICA

3. Intolerância à Rifampicina



CASOS PB CASOS MBDDS + OFX OU MNC DDS + CFZ + OFX OU MNC

DURAÇÃO E SEGUIMENTO: DURAÇÃO:o mesmo do esquema padrão. 24 doses (até 36 meses)]

SEGUIMENTO:comparecimento mensalpara dose supervisionada e

realização de examedermatoneurológico ebaciloscópico na 12ª e24ªdose



4. Intolerância à Rifampicina e Dapsona

CASOS MB

-NOS SEIS PRIMEIROS MESES:CFZ + OFX + MNC

-NOS 18 MESES SUBSEQUENTES:CFZ + 0FX OU CFZ + MNC

DURAÇÃO:24 doses em até 36meses.

SEGUIMENTO: Comparecimentomensal para dose supervisionada erealização de EDN e baciloscópico

na 12ª e 24ª dose.

CASOS PBCFZ: 300mg/mês supervisionada

+ 50mg/dia autoadministrada

OFX: 400mg/mês supervisionada+ 400mg/dia autoadministrada

DURAÇÃO: 6 doses supervisionadas ematé 9 meses

5

. CASOS ESPECIAIS / SITUAÇÕES EXTREMAS

(transtornos mentais, por uso de drogas e/ou



(transtornos mentais, por uso de drogas e/ouálcool e outros)

UTILIZAR ESQUEMA ROM MENSAL

CASOS PB CASOS MB

RFM + OFX + MNC RFM + OFX + MNC

DURAÇÃO: DURAÇÃO:Seis doses supervisionadas. 24 doses supervisionadas

SEGUIMENTO:comparecimento mensalpara dose supervisionada.

Avaliação dermatológica ebaciloscópica na 24ª dose,seguida de ALTA PORCURA.

é



Critérios de Alta por Cura

PB – 6 doses em até 9 meses

MB – 12 doses em até 18 meses

Situações excepcionais:24 doses em até 36 meses

Outros Tipos de Alta



p(Saídas do Registro)

Óbito Transferência

Abandono Erro Diagnóstico Múltiplo Registro



Efeitos Colaterais

RifampicinaClofaziminaDapsona

TalidomidaCorticosteroides

i õ i i



Situações Especiais

Gravidez Aleitamento materno

Tuberculose AIDS Leishmaniose Malária



E d R i i



Estados Reacionais

Conceito

E d R i i



Estados Reacionais

Classificação:

Tipo I(Reação Reversa)

Tipo II(EritemaNodoso)

T DT DD DV V

R õ H ê i



Reações Hansênicas

Mecanismos Imunológicos Envolvidos*

Reação Tipo 1: Imunidade Celular Reação Tipo 2: TNFα (Imunidade

Humoral)

* Desencadeados por reação a antígenos bacilares

Fatores Associados



Fatores Associados(Precipitantes da Reação)

Infecções Intercorrentes

Gravidez / Puerpério Vacinação Stress Físico e Psicológico Alguns Fármacos (ex: Iodo)

E t d R i i



Estados Reacionais

Reação Tipo 1(Reação Reversa)

M if t õ Clí i



Manifestações Clínicas

Reação Tipo 1

Lesões eritematosas ou eritemato-violáceas elevadas

Máculas → Placas Descamação Calor Local (Processo Inflamatório) Novas Lesões

Lesões Ulceradas Neurites → Incapacidade Funcional Febre e Mal-estar (Raros – MHDV)



Estados Reacionais



Estados Reacionais

Reação do tipo 2(ENH)





Reação Tipo 2

Nódulos Eritematosos Dolorosos (ENH)

Febre, Cefaléia, Anorexia, Insônia Edema de extremidades Artralgias Enfartamento Ganglionar Queda do Estado Geral → Prostração Orquiepididimite, Iridociclite, Nefrite, Neurite



Estados Reacionais



Estados Reacionais

Tratamento

Estados Reacionais / Tratamento



Estados Reacionais / Tratamento

Reação tipo 1: Prednisona (1 a 2mg/Kg)Ex. de utilização: 40mg/dia... 15 dias 30mg/dia... 15 dias 20mg/dia... 15 dias 15mg/dia... 15 dias 10mg/dia... 15 dias 5mg/dia... 15 dias

Estados Reacionais/ Tratamento



Estados Reacionais/ Tratamento

Reação tipo 2:

Talidomida (100 a 400mg/dia)

Prednisona (mulheres em idade fértil e

outra situações)

TRATAMENTO DOS ESTADOS



REACIONAISMEDICAMENTOS ALTERNATIVOS

Pentoxifilina

Amitriptilina

Carbamazepina

DIFICULDADES NO MANEJO DAS

Õ



REAÇÕES Impossibilidade de usar Corticoide (diabetes,

hipertensão, osteoporose, etc.) Impossibilidade de usar Talidomida

(mulheres em idade fértil) Risco de incapacidade súbita (neurites agudas)

Diferenciação entre Reação Reversa e

Recidiva

Diferenças Entre Reação Reversa



e Recidiva Intervalo de Tempo Forma de Aparecimento

Distúrbios Sistêmicos Ulceração Regressão Envolvimento de Nervos Resposta a Esteróides

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