tta e ppta

8/16/2019 TTA e PPTA

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Conjuntos de Manobra e Controle de BaixaTensão TTA

T. Sousa, Member, IEEE , and E. F. Motarelli

Resumo -- O crescimento da demanda energética no setor elétricorequer um processo de adequação e sustentabilidade a fim deproporcionar um sistema com maior nível de disponibilidade,continuidade e segurança. Essa busca por melhores níveis deveocorrer desde o ambiente de geração até as instalações elétricasdos consumidores. Nas instalações, constituídas por conjuntos decontrole e de manobra de baixa tensão, o sistema queproporciona um maior índice de confiabilidade, disponibilidade,segurança e praticidade de manutenção está relacionado aosconjuntos TTA ( Total Tested Assembly ), ou seja, conjuntototalmente testado. Nesse sentido, o presente trabalho apresentauma análise técnica e econômica, mostrando as vantagens dosconjuntos de controle e manobra de baixa tensão TTA frente àsolução convencional não normatizada.

Palavras-chave —Normas Técnicas, Painéis TotalmenteTestados, Quadros de Distribuição.

I. I NTRODUÇÃO crescimento da demanda energética no setor elétricorequer um processo de adequação e sustentabilidade

proporcionando um sistema com maior disponibilidade,continuidade e segurança quando do fornecimento de energia.Essa busca por melhores níveis de disponibilidade deveocorrer no ambiente de geração, nos ambientes de transmissãoe distribuição das concessionárias e nas instalações elétricasdos consumidores. No passado, as normas utilizadas no setorelétrico para atendimento à qualidade de fornecimento deenergia do sistema eram de uso voluntário, porém com aregulamentação elas se tornaram de uso obrigatório.

Nas instalações elétricas constituídas por conjuntos decontrole e de manobra de baixa tensão ou painéis dedistribuição [1;2], o sistema que proporciona um maior índicede confiabilidade, disponibilidade e praticidade demanutenção está relacionado aos conjuntosTotal Tested

Assembly (TTA), ou seja, conjunto totalmente testado.Os conjuntos TTA são construídos de acordo com um

projeto elétrico e mecânico padrão, onde o desempenho domesmo é assegurado por ensaios de tipo realizadosindividualmente nos diversos componentes (barramentos,entradas, saídas, alimentadores, partidas, etc.) ou nosconjuntos completos.

Atualmente, os painéis elétricos TTA são totalmente

T. Sousa é Professor Adjunto junto a Universidade PresbiterianaMackenzie, Brasil (e-mail: [email protected]).

E. F. Motarelli é graduado em Engenharia Elétrica junto a UniversidadePresbiteriana Mackenzie, Brasil (e-mail: [email protected]).

industrializados, onde são usadas formas construtivmodulares e estruturas e peças repetitivas. Os painéis TTA s produzidos em série, permitindo, a partir de uma estrutu base, realizar configurações construtivas, dimensionaelétricas e compartimentações diversas.

Nesse sentido, surgiram as unidades funcionais e osistemas funcionais de montagem, que permitem implantação dos diversos volumes funcionais, tais comdisjuntores, chaves seccionadoras e contatores. característica modular do quadro facilita a instalação e

adaptação dos componentes.Outra característica importante dos conjuntos TTA é que mesmos são montados conforme um manual de instruções qindica como montar e fixar as estruturas.

No Brasil, os conjuntos de controle e manobra de baitensão TTA são normatizados, isto é possuem todos os ensade tipo de acordo com as Normas ABNT NBR IEC 60439“Conjuntos com ensaio de tipo totalmente testados (TTA)Conjuntos com ensaios de tipo parcialmente testados (PTTAe a ABNT NBR IEC 60439-3, que traz requisitos particula para montagem de acessórios de baixa tensão destinadosinstalação em locais acessíveis a pessoas não qualificaddurante sua utilização [3;4].

Um quadro de distribuição construído com o emprego denormatização faz dele uma solução completa para qualquinstalação elétrica que pretende estar normatizada e beneficiar das qualidades que esse sistema fornece.

No presente trabalho é realizada uma análise técnica econômica, apresentando as vantagens dos conjuntos controle e manobra de baixa tensão TTA frente à soluçãconvencional não normatizada.

O trabalho foi organizado como segue: Seção II apresenuma definição dos conjuntos de manobras de baixa tenscom ensaios de tipo totalmente testados (TTA) e tip parcialmente testados (PTTA). A Seção III apresenta descrição técnica dos ensaios. A Seção IV apresenta diferenças básicas dos conjuntos TTA em relação aoconjuntos convencionais. A Seção V apresenta as análisesresultados. A última seção apresenta as conclusões dtrabalho.

II. CONJUNTOS DEMANOBRAS DEBAIXATENSÃOCOME NSAIOS DETIPOTOTALMENTETESTADOS(TTA) E TIPO

PARCIALMENTETESTADOS(PTTA)Os conjuntos TTA são construídos de acordo com u

projeto elétrico e mecânico padrão, onde o desempenho

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mesmo é assegurado por ensaios de tipo realizadosindividualmente nos diversos componentes (barramentos,entradas, saídas, alimentadores, partidas, etc.) ou nosconjuntos completos. Geralmente os ensaios são realizadoslevando-se em conta o pior caso e reproduzindo-se ainfluência de componentes adjacentes.

A principal característica dos conjuntos TTA são osensaios classificados como de tipo ou de rotina. Os ensaios de

tipo são destinados a verificar a conformidade com osrequisitos da norma e são realizados em laboratório em umaamostra ou em partes do conjunto que foi fabricado.

Os ensaios de rotina são destinados a verificar falhas dematerial ou de manuseio e montagem. Os ensaios sãorealizados em cada novo conjunto depois de sua montagem. Não é necessária a repetição no local da instalação. Algumasvariações na configuração final do painel podem ocorrer, poisas aplicações são as mais diversas e o universo de produtosque podem ser instalados em seu interior é muito amplo.

Um conjunto de manobra e controle de baixa tensão comensaios de tipo parcialmente testados (PTTA) é definido comoum conjunto de manobra que contenha disposições de tipoensaiado e disposições de tipo não ensaiado, em função dadificuldade de se testar todas as variações possíveis que podem ser implementadas nos conjuntos.

Por outro lado, os conjuntos PTTA são construídos deacordo com um projeto elétrico e mecânico padrão, onde odesempenho do mesmo é garantido através de testes, cálculoou inferência, a partir de resultados dos testes de componentesou conjuntos similares.

Os conjuntos que não atendem aos requisitos das NormasABNT NBR IEC 60439-1 ou ABNT NBR IEC 60439-3, ouseja, que não são ensaiados ou então, não têm a certificação deque foram aprovados em todos os ensaios de tipo e de rotinasolicitados pela norma são conhecidos como painéis elétricosconvencionais.

III. DESCRIÇÃOTÉCNICA DOSE NSAIOS Como descrito anteriormente, os conjuntos TTA realizam

um conjunto de ensaios que são classificados como de tipo oude rotina.

A Norma ABNT NBR IEC 60439-1 define um total de dezensaios, sendo que sete deles são classificados como ensaiosde tipo e três são classificados como ensaios de rotina. Aseguir serão apresentadas algumas características técnicasrelacionadas a esses ensaios.

A. Verificação dos limites de elevação da temperaturaEsse ensaio de tipo tem a finalidade de verificar os limites

de temperatura especificados para as diferentes partes doconjunto. Os ensaios devem ser realizados com valor decorrente nominal para a qual o conjunto foi projetado,considerando os dispositivos montados no conjunto.

Em um teste de elevação de temperatura, todos osdispositivos devem estar acionados e os circuitos de controleenergizados como se estivessem trabalhando em serviçonormal. Para ser considerado aprovado no ensaio, segundo a

Norma ABNT NBR IEC 60439-1, a elevação de temperatdo conjunto não deve exceder os valores especificados mesma.

B. Verificação das propriedades dielétricasEsse ensaio tem a finalidade de verificar as propriedade

dielétricas do conjunto, assegurando que o mesmo evi problemas como a geração de arco elétrico, depreciação

desempenho de isolação e o dano das conexões ao longo sua operação nominal ou em falha [5;6].O ensaio de verificação das propriedades dielétrica

consiste na aplicação de uma tensão de impulso entre todas partes energizadas e as partes condutoras expostinterconectadas do conjunto.

O ensaio é considerado como satisfeito se não houv perfurações ou descargas disruptivas após a aplicação tensão de impulso. Dessa forma, é possível certificar-se queconjunto apresenta suportabilidade às eventuais tensões impulso, tais como descargas atmosféricas ou fenômentransitórios.

C. Verificação da corrente suportável de curto-circuitoQuando um conjunto é submetido a uma corrente de curt

circuito, surgem fenômenos transitórios nos jogos de barrdos conjuntos, os chamados esforços eletrodinâmicos [7].

Nesse caso, o presente ensaio tem por finalidade verificasuportabilidade do conjunto a uma eventual corrente de curtcircuito, bem como os efeitos térmicos e os esforçoeletrodinâmicos produzidos nos barramentos, suportes, cabetc.

Para que se satisfaça o ensaio de curto-circuito é necessátestar uma amostra de cada variação significante do circuitodo sistema de barramento pertencente aquele conjunto. Depdo ensaio, os condutores não devem apresentar deformaçõinaceitáveis. Uma ligeira deformação do barramento aceitável, desde que as distâncias estejam de acordo com Norma NBR IEC 60439-1.

D. Verificação da eficácia do circuito de proteçãoO ensaio de verificação da eficácia do circuito de proteç

descrito na ABNT NBR IEC 60439-1 consiste na verificaçda eficácia da conexão entre partes expostas dos conjuntos ecircuito de proteção.

O valor de resistência ôhmica a ser obtido para que conjunto esteja em conformidade com os requerimentos ensaio deve ser inferior à 0,1ohm (Ω ). Além disso, deve ser

verificada a suportabilidade a curto-circuito do circuito proteção [8].

E. Verificação das distâncias de escoamento e isolaçãoEsse ensaio tem a finalidade de verificar as distâncias d

escoamento e isolação entre as partes condutoras e isolantdo conjunto. Devem ser medidas as distâncias de escoamenentre fases, entre condutores do circuito e tensões diferenteentre partes energizadas e partes condutoras expostas.

A distância de isolação é medida entre duas parteenergizadas. A distância de escoamento é a menor distância


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longo da superfície de um material isolante entre duas partesenergizadas. A Figura 1 ilustra a distância de escoamento eisolamento entre duas superfícies condutoras.

Fig. 1. Distância de escoamento e isolamento entre duas superfíciescondutoras.

F. Verificação do funcionamento mecânicoA verificação do funcionamento mecânico tem como

finalidade avaliar a resistência dos materiais, das dobradiças, portas e partes mecânicas móveis que compõem o conjunto,considerando ciclos repetitivos de manobra.

O número de ciclos de operação deve ser igual a cinqüenta. No caso de unidades funcionais extraíveis, o ciclo é composto

da posição conectada para a posição desconectada e de volta para a posição conectada.

G. Verificação do grau de proteçãoO grau de proteção é determinado pela sigla IP

( International Protection Code ) seguida de dois algarismos,interpretando a proteção de um invólucro contra as influênciasexternas do meio em que o mesmo está inserido [9].

O primeiro algarismo se refere à proteção que o invólucroou conjunto oferece a penetração de objetos sólidos estranhos.Esse algarismo indica a proteção que o invólucro oferece aousuário, contra contatos acidentais com partes internas perigosas.

O segundo algarismo identifica a proteção que o invólucro proporciona ao equipamento no seu interior contra o ingresso prejudicial de líquidos, como por exemplo, a água.

Dessa forma, o ensaio consiste em determinar por meio detestes e aparelhos os graus de proteção contra sólidos elíquidos de um conjunto.

H. Ensaios de rotinaOs ensaios de rotina são destinados para detectar falhas em

materiais e na fabricação e montagem do conjunto. Essesensaios são realizados em todo o conjunto depois que forfinalizada a montagem, ou em cada unidade do mesmo.

Os Ensaios de rotina incluem a inspeção do conjunto,inclusive inspeção da instalação elétrica; ensaio dielétrico e;verificação das medidas de proteção e da continuidade elétricado circuito de proteção.

IV. DIFERENÇASDOSCONJUNTOSTTA EM R ELAÇÃOAOSCONJUNTOSCONVENCIONAIS

Os conjuntos TTA são construídos de acordo com um projeto elétrico e mecânico padrão, industrializados e produzidos em série, permitindo configurações construtivasdiversas.

Essa padronização deu origem aos sistemas funcionais montagem, que facilitam a implantação dos diversos volumfuncionais, como por exemplo, disjuntores e chavseccionadoras.

A característica modular do conjunto TTA facilita instalação, a adaptação dos componentes e o ganho eficiência operacional, diferentemente do que ocorre em uconjunto convencional.

As diferenças construtivas e técnicas dos conjuntos TTem relação aos conjuntos convencionais são apresentadas partir dos itens a seguir.

A. Estruturas mecânicasAs estruturas de montagem de um conjunto TTA sã

normalmente constituídas de um armário em aço, com tampe portas. O conjunto TTA tem suportes específicos pafixação e interligação de cada tipo de component possibilitando a utilização de uma tampa frontal e proteçdas partes energizadas contra contatos diretos.

Na solução convencional não existem suportes para fixaç padronizados e muitas vezes não existem soluções patampas frontais. Nessa situação, o acabamento é prejudicadviabilizando possíveis contatos com as partes energizadaimpossibilitando assim um ensaio de grau de proteção.

B. Jogos de barras principaisOutra característica dos conjuntos TTA é o barramen

principal estar em um local padronizado. Os jogos de barr principais são alimentados por um disjuntor de entrada, qalimenta os componentes que estão inseridos no conjunto. jogos de barras principais podem ser verticais, estandalocados em um compartimento especial ou horizonta percorrendo o painel junto ao piso ou ao teto. Essdisposições possibilitam a proteção contra contatos diretos partes energizadas.

Nos conjuntos convencionais, os jogos de barras principnão possuem compartimentos especiais, impossibilitando proteção contra contatos diretos e diminuindo a segurança conjunto.

C. Suporte de isoladores e isoladores No conjunto TTA, os isoladores são alocados em supor

de isoladores específicos. Esses suportes são desenvolvid para serem fixados no compartimento específico para o jode barras verticais, ou para os jogos de barras horizontais piso ou no teto do conjunto, acomodando os isoladores.

Por outro lado, no conjunto convencional, geralmente existem isoladores, que realizam a tarefa de isoladores também de suportes para os jogos de barras. Nessa situaçãnão há padronização e a fixação é comprometida.

Em geral, os isoladores usados nos conjuntoconvencionais em sua maioria são constituídos de cerâmicque possuem uma rigidez dielétrica muito inferior aisoladores dos conjuntos TTA feitos de Náilon.


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D. Formas de compartimentaçãoPor serem modulares e possuírem unidades funcionais

padronizadas, os conjuntos TTA facilitam a realização decompartimentações. A compartimentação pode isolareletricamente e mecanicamente as unidades funcionais, osterminais de ligação, os jogos de barras principais,aumentando a segurança e continuidade de serviço [10;11].

A facilidade de compartimentação é muito importante, pois pode evitar contatos diretos com as partes energizadas e/ouisolar compartimentos no caso de uma falha intempestiva.

Existem alguns conjuntos convencionais queimpossibilitam a compartimentação devido à ausência deunidades funcionais e a falta de padronização. Porém é possível encontrar alguns conjuntos convencionais que podemser compartimentados.

E. Manuais de Montagem e outras característicasContrariamente aos conjuntos convencionais, os conjuntos

TTA são montados de acordo com critérios pré-definidos.Esses critérios são apresentados em um manual de montagemque define as informações de montagem das estruturas, jogosde barras, suportes, torques a serem aplicados em parafusos einformações da seção nominal das barras e de ligação [12;13].

Por fim, devem ser consideradas as diferenças apresentadas por parafusos, porcas e arruelas que para os conjuntos TTAsão especificados para suportar o torque necessário nasconexões mecânicas e o regime dinâmico de temperatura deoperação. Nos conjuntos convencionais, esses componentessão geralmente feitos de aço, podendo resultar em um defeitoincipiente.

V. ANÁLISES ER ESULTADOS A seguir é apresentada uma comparação entre dois

conjuntos, convencional e TTA, utilizados para uma mesmaaplicação. Os conjuntos a serem comparados estão de acordocom as características funcionais propostas pelo diagramailustrado na Figura 2.

Fig. 2. Diagrama unifilar de um conjunto de manobra de baixa tensão(QDGN-1).

Para o diagrama unifilar apresentado foram adotados parâmetros técnicos apresentados na Tabela I.

TABELAIPARÂMETROS TÉCNICOS DO CONJUNTOQDGN-1

Com base no diagrama unifilar apresentado e no parâmetros técnicos adotados, foi avaliado qual o custo fin para o consumidor quando aplicadas as duas soluções paconjuntos de manobra e controle de baixa tensão, ou seja, umconvencional e a outra TTA.

A Tabela II apresenta Descrição dos componentes que ircompor o custo dos conjuntos convencional e TTA.

A análise da formação dos custos dos conjuntoconvencional e TTA é explicitada no Fluxograma 1.

A partir dessas informações é possível definir o custo pasolução final para o conjunto convencional e para o conjunTTA. Para as soluções propostas deve-se considerar que estão embutidos, aos custos dos materiais, os impost pertinentes.

Em alguns casos, na composição do custo para soluçconvencional, o montador de painel adiciona uma margem lucro aos custos dos componentes de montagem que somaao custo da mão de obra obtém-se o custo final do conjunconvencional. Essa margem de lucro do montador sobre custos dos componentes pode chegar a 20%. No presen

estudo, para o cálculo do valor final, esse percentual não fconsiderado no orçamento proposto para a soluçãconvencional.

Para a composição dos custos relacionados à solução TTa margem de lucro do montador sobre os componentes montagem não é considerada, uma vez que os custos dcomponentes são conhecidos previamente à montagem. Asso custo final da solução TTA é a soma dos valores de todos componentes, considerados os devidos impostos, ao custo mão de obra utilizado.

TABELAIIDESCRIÇÃO DOS COMPONENTES QUE IRÃO COMPOR O CUSTO DOS

CONJUNTOSTTA E CONVENCIONAL


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Fluxograma 1. Fluxograma indicado para obtenção do custo final das soluções TTA e convencional

Os custos finais para as soluções propostas sãoapresentados na Tabela III. Os custos apresentados sãoreferentes ao conjunto de manobra de baixa tensão ilustradona Figura 1.

Como pode ser observado, o custo para o conjuntoconvencional resultou em R$89.500,00 e o custo para oconjunto TTA resultou em R$108.291,00, obtendo assim umadiferença de 21% entre as duas soluções.

TABELAIIICUSTOS DO CONJUNTO CONVENCIONAL ETTA PARA OQDGN-1


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Em relação à diferença de custo apresentada pelas soluções propostas, foi observado no conjunto TTA um custo 68%maior de cobre em relação ao conjunto convencional. Isso se justifica por dois motivos. O primeiro motivo está relacionadoao fato dos barramentos no conjunto TTA terem sidodimensionados para uma capacidade de condução de correntemenor, evitando elevações de temperatura. O segundo motivoestá relacionado ao fato do conjunto TTA ter sido

dimensionado de acordo com a corrente de curto-circuitodefinida. No conjunto convencional, a capacidade decondução de corrente é maior, fazendo com que a quantidadede cobre utilizada seja menor.

Com relação aos isoladores, o conjunto TTA apresentouuma diferença 188% maior que no conjunto convencional.Como descrito anteriormente, o conjunto TTA possui suportede isoladores e isoladores, diferentemente do conjuntoconvencional em que o isolador é responsável pelo suporte e pela isolação dos jogos de barras.

Os suportes de isoladores do conjunto TTA são compostos por estrutura de aço, ou seja, o custo é muito maior secomparado com um simples isolador utilizado no conjuntoconvencional.

Na análise realizada, pôde-se verificar que para oscomponentes (disjuntores) obteve-se um mesmo custo. Emrelação aos cabos e a miscelânea obteve-se um custo próximo,não impactando significativamente no custo final dassoluções.

Com relação a chaparia e as estruturas utilizadas namontagem, o conjunto convencional obteve um custo de 29%maior quando comparado ao conjunto TTA. Essa diferença é justificada pelo fato do conjunto convencional não seguir padrões para fixação dos componentes, resultando em umcusto adicional para usinagem dos suportes.

Por fim, o montador de painel geralmente utiliza maistempo para montagem do conjunto convencional,aproximadamente 300 horas, quando comparado à montagemdo conjunto TTA, aproximadamente 250 horas.

VI. CONCLUSÕES O trabalho abordou as características construtivas e

técnicas dos conjuntos de manobra e controle de baixa tensãoTTA. Esses conjuntos possuem sete ensaios de tipo e trêsensaios de rotina que devem atender a normatização vigente, aABTN NBR IEC 60439-1.

Foi realizada uma análise técnica comparativa entre a

solução TTA e a solução convencional, mostrando as principais diferenças e vantagens da solução TTA em relaçãoa sua construção e montagem.

Para avaliar o custo resultante das diferenças existentesentre as soluções, foi proposta uma análise econômica com base no custo final para o consumidor quando aplicadas asmesmas. A análise resultou em uma diferença de 21% maior para solução TTA quando comparada à solução convencional.

Considerando o ganho de confiabilidade e continuidadetrazido pela solução TTA, é possível concluir que a diferençade custo apresentada não a torna proibitiva, pelo contrário,

deve ser cada vez mais incentivada a aplicação da mesma. Nesse sentido, torna-se fundamental a popularização

conceito TTA em razão dos benefícios alcançados tanto paos grandes consumidores, como para os sistemas ddistribuição de energia elétrica, quando comparado à pequediferença de custo dessa aplicação em relação ao conjunconvencional.

Adicionalmente, pode-se verificar o benefício da soluç

TTA mensurando o custo evitado em um defeito de uconjunto de manobra e controle de baixa tensão quando aplicação dessa solução em relação a aplicação da soluçconvencional.

VII. R EFERÊNCIAS [1] Associação Brasileira de Normas técnicas. “NBR 5410: Instalaçõ

elétricas em baixa tensão”. 2º Edição. Rio de Janeiro, 2004.[2] Associação Brasileira de Normas técnicas. “NBR 6808: Conjuntos

manobra e controle de baixa tensão montados em fábrica - CMF”. [S1981.

[3] Associação Brasileira de Normas técnicas. “NBR IEC 60439Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão - Conjuntos coensaio de tipo totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio de t

parcialmente testados (PTTA)”. Rio de Janeiro, 2003.[4] Associação Brasileira de Normas técnicas. “NBR IEC 60439Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão - Requisit particulares para montagem de acessórios de baixa tensão destinadoinstalação em locais acessíveis a pessoas não qualificadas durante utilização - Quadros de Distribuição”. Rio de Janeiro, 2003.

[5] F. Campos. “Segurança e performance em Painéis de Baixa TensTTA”. Artigo Técnico. [S.l.:s.n ].2007.

[6] Gambica. “Low-Voltage switchgear and control gear assemblies -guide to BS EN 60439-1”. London, 2006.

[7] M. Lindmayer. “Complete Simulation of Moving Arcs in Low-VoltaSwitchgear”. Germany, September, 2006.

[8] IEC International Electrotechnical Commission. “IEC TR 616Enclosed low-voltage switchgear and control gear assemblies - Gufor testing under conditions of arcing due to internal fault”. 2nd Edition,Swiss, 2008.

[9]

IEC International Electrotechnical Commission. “Degrees of protect provided by enclosures (IP code)”. 2.1Edition, Swiss, 2001.[10] Schneider-Electric. “Painel Pré-Testado - TTA e Compartimentação

Painéis”. Apostila Técnica, [S.l.:s.n]. 2004.[11] Schneider-Electric. Prisma P Catalogue - “Enclosures and Cubicle

[S.l.:s.n]. 2004.[12] Schneider-Electric. “Guia técnico para execução de quadros elétric

TTA Prisma”. [S.l.:s.n].[13] Siemens. “Conjuntos de Manobra e controle de baixa Tensão

Seminários Técnicos, 1º Edição. [S.l]. 2003.

VIII. BIOGRAFIAS Thales Sousa é graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade EstaduPaulista (UNESP) em 2000. Mestre em 2003 pelo Departamento Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidde São Paulo (USP) e Doutor em 2006 pela Escola Politécnica Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é Professor Ajunto Universidade Mackenzie e consultor em Engenharia Elétrica junto aos agendo setor elétrico. Sua área de interesse é operação, planejamento e regulade sistemas elétricos de potência.

Expedito Fabiano Motarelli é graduado em Engenharia Elétrica junto aUniversidade Mackenzie e atualmente trabalha junto a Schneider-Electric.

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