tumores benignos das mamas -...
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TUMORES BENIGNOSDAS MAMAS
Profa. Sandra Almeida
Patologia Benigna das Mamas
Ambulatório
de
mastologia
DOR
TUMORDERRAME
PAPILAR
Patologia Benigna das Mamas
Alterações Funcionais Benignas das Mamas (AFBM)
Etiologia: Estímulo sinérgico de E2 e Pg na unidade ductal lobular terminal leva a proliferação do epitélio e do estroma nodularidade + dor pré menstrual. No final da fase lútea com a queda de E2 e Pg ocorre regressão das células do epitélio e estroma por apoptose com melhora da sintomatologia (dor + nodularidade).
Patologia Benigna das Mamas
AFBM Mudanças cíclicas
mastalgia atividade epitelialnodularidade
epiteliose/papilomatoseformas severas
hiperplasias:fibrose/adenose*/cistos típica/atípica*
Patologia Benigna das Mamas
CISTOS
- Conceito - Classificação: simples
complicados conteúdo espesso/ “debris”complexos septação / vegetações intracísticas
- Etiologia: epiteliose x papilomatoseprocesso involutivo lobularciclos ovulatórios sucessivos
- Clínica: aparecimento súbito, recidiva
Patologia Benigna das Mamas
CistosDiagnóstico:- Exame físico- MAR- USG- Punção- Citologia do líq. aspirado
Patologia Benigna das Mamas
CistosDiagnóstico Diferencial
- Doença macrocística *
- Galactocele
- Cistos resultantes da necrose gordurosa
- Cistos associados ao papiloma intra-ductal
- Cistos induzidos por estrógenos
Patologia Benigna das MamasCisto de mama
simples complexo
aspiração
desaparecimento da lesão sangue
controle em 6 meses exérese cirúrgica
Patologia Benigna das Mamas
AFBM – Formas Clínicas
a)Mastalgia: cíclica
acíclica
não mamária (Sd. de Tietze)
b) Derrame papilar
c) Nodularidade difusa / adensamentos
Patologia Benigna das Mamas
AFBM – Diagnóstico:
Clínico: Anamnese:dor + nodularidade /adensamento+
derrame papilar*Exame físicoExames complementares
Patologia Benigna das Mamas
AFBM – Tratamento:
a) Descartar o câncerb) Mastalgia leve a moderadac) Mastalgia severa – drogas
Patologia Benigna das Mamas
MASTITES
Conceito
Classificação:
a) agudas (ou lactacional)
b) crônicas
b.1) infecciosas
b.2) não infecciosas
Patologia Benigna das Mamas
Mastite Aguda – Fisiopatologiavia transpapilar: fissuras na papila / óstios ductaisvia hematogênica: sepse puerperal
germes (S. aureos – 60-80%)
celulite
abcesso (febre, calafrios, lifadenopatia axilar)
MASTITES AGUDAS
ETIOLOGIA
ESTAFILOCOS
ABCESSOS/PUS
ESTREPTOCOCOS
CELULITE
ANAERÓBIOS
NECROSE TECIDUAL
Patologia Benigna das Mamas
Mastite Aguda – Diagnóstico
- clínico
- USG
- punção: cultura e antibiograma
- hemograma/VHS
- diagnóstico diferencial com o carcinoma inflamatório das mamas
Patologia Benigna das Mamas
Mastite Aguda – Tratamento
- Clínico: esvaziamento das mamas/sutiã
compressas de gelo
antinflamatórios/antibióticos
- Piora clínica antibiótico venoso
- Cirúrgico: drenagem do abcesso
- Suspensão do aleitamento*
Patologia Benigna das Mamas
Mastites Crônicas InfecciosasAbcesso Subareolar Recidivante (ASR)
Etiologia: Patey e Thackeray (1958)metaplasia do epitélio colunar tampões deceratina + debris de tec.escamoso obstruçãoe dilatação ductal reação periductal tipo corpoestranho contamin. bacteriana / pressão intra-luminal aumentada
FÍSTULA
Patologia Benigna das Mamas
Mastites Crônicas Infecciosas:
ASR – Fatores Predisponentes:
- traumatismos- inversão papilar- fumo: efeito tóxico direto(nicotina/cotidina)
Patologia Benigna das Mamas
Mastites Crônicas Infecciosas
ASR –
Diagnóstico: clínico
Diag. diferencial: ectasia ductal/ca de mama
Tratamento: clínico
cirúrgico:setorectomia parcial
excisão total dos ductos
Patologia Benigna das Mamas
Mastites Crônicas Infecciosas:tuberculose – nódulos difusos/fístulashanseníase – contaminação do leitemicobac.atípicas –imunodeprimidos/próteses fungos–c.albicans, criptocococos, blastomycesactinomicose–processo granulomatoso/fístulasvírus – herpes simples/zostersífilis – diag. diferencial com Pagetgonococo – DP purulentocistos epidérmicos infectados
Tuberculose Mamária
Patologia Benigna das Mamas
Mastites Crônicas não Infecciosas
Ectasia Ductal
- Conceito: Inflamação crônica + dilatação dos ductos infrareolares.
- Etiologia: Desconhecida
Patologia Benigna das Mamas
Ectasia Ductal - Fisiopatologia:
dilatação e distensão ductal
espessamento e encurtamento ductal
ruptura da parede ductal
Patologia Benigna das Mamas
Ectasia Ductal - Quadro Clínico:
- Derrame papilar
- Dor e abcesso
- Tumor c/sem retração papilar
Patologia Benigna das Mamas
Ectasia Ductal
Diagnóstico: Anamnese + ex. físico
exames complementares
Tratamento: Cirúrgico
Patologia Benigna das Mamas
Granuloma Lipofágico - Sinais
- Tumor 100%
- História de trauma 32%
- Equimose 29%
- Dor e sensibilidade 28%
- Diag. clín. de câncer 28%
- Linfonodos axilares 6%
- Retração 4% (Haagensen)
Patologia Benigna das Mamas
Granuloma Lipofágico:(esteatonecrose)
- Conceito: Hemorragia em área gordurosa
-Quadro Clínico: Equimose, dor, tumor, retração, linfonodos axilares palpáveis
-Diagnóstico: Anamese + exame físico +
exames complementares
-Tratamento: Cirúrgico
Patologia Benigna das Mamas
Doença de Mondor
-Conceito: Flebite superficial da v.epigástrica
-Etiologia: Fatores mamários, extra-mamários
idiopáticos
-Diagnóstico: Cordão cutâneo de 2-4mm
-Tratamento: Analgésicos, antinflamatórios,
pomadas heparinóides
Patologia Benigna das Mamas
Hiperplasia atípica
- condensação da cromatina nuclear- aumento do tamanho dos nucléolos- células não preenchem toda a luz do ducto- presença de céls. mioepiteliais- não há necrose/+ histiócitos xantomatosos- Aumenta 8 a 10 vezes o risco para ca
Patologia Benigna das Mamas
Mastite por Corpo Estranho
Conceito: Processo inflamatório ligado à utilização de substâncias para aumento do volume das mamas.
Diagnóstico: Anamnese + nódulos
Tratamento: Cirúrgico
Patologia Benigna das Mamas
TUMORES BENIGNOS DAS MAMASTumores Epiteliais
Papiloma Intraductal: centrais x periféricos
- Raros
- Possuem eixo conjuntivo vascular
- 4-5cmde comp., 2-3mm de diâm., ocupando a luz do ducto, céls. colunares baixas e céls mioepiteliais
Patologia Benigna das Mamas
Papiloma Intraductal
- Quadro Clínico: derrame papilar , tumor
- Diagnóstico: Anamnese, ex. físico, PAAF
MAR (massa retroareolar)
- Tratamento:Exérese do ducto comprometido
Exérese de Ducto
Patologia Benigna das Mamas
FIBROADENOMAS
- Etiologia – Neoplasia????
- Mulheres jovens
- Hormônio dependente
- Características clínicas
Histopatologia
Epitélio / Estroma
Fibroadenoma Pericanalicular Predominam
as glândulas
Fibroadenoma Intracanalicular Glândulas
colapsadas
Infarto do fibroadenoma
Fibroadenomas gigantes > 5cm
Fibroadenomas juvenisabaixo de 20 anos
Fibroadenomas complexos 16%
Menores e em mulheres de idade mais avançada
Em sua estrutura apresenta:
- calcificações epiteliais
- metaplasia apócrina
- adenose esclerosante
-Cistos maiores que 3mm
Malignidade em 1,6% dos casos
DiagnósticoAnamnese
Exame clínico
Imagem
USG: nódulo circunscrito, ovalado,iso ou
hipoecogênico, largura>altura
Diferencial: cistos, CA circunscritos, mucinoso e
medular
Tratamento
Cirurgia X Acompanhamento
Exérese:
- Incisões periareolares
- Incisões paraareolares arcifirmes
Mamotomia para retirada da lesão
Crioablação necrose e reabsorção do tumor
(95% em 12 meses)
Patologia Benigna das Mamas
TUMOR FILOIDE (TF)
- Incidência: 0,3 a 0,5%, raça negra, faixa etária média , 45 anos
- Características clínicas
- Diagnóstico*
- Na elastografia “sinal do anel” centro elástico e limites exteriores inelásticos
HISTOPATOLOGIAComponente estromal mais hipercelular e epitelial
Com arranjos em fendas, de aspecto foliáceo
TF Benigno < 5 mitoses/campo, baixa celularidade
margem tumoral circunscrita
TF Borderline 5 a 10 mitoses/campo, celularidade
moderada, margem comprometida microscopicamente
TF Maligno Alto índice mitótico >10, invasão
da margem (diferencial com sarcomas e linfomas)
O estroma do TF pode sofrer diferenciação
multidirecional transformando-o em:
- fibrosarcoma, liposarcoma, condrosarcoma,
osteosarcoma, leiomiosarcoma
LFN necrose e infecção tumoral
Variedade Maligna–> Metástases
< 23,5%, vascularização do estroma
Receptores hormonais (-) E, (+) Pg
Atividade proliferativa < 5% (citometria de fluxo)
(+) p53 e Ki 67
TRATAMENTO
Tumorectomia com margem de 2-3 cm
O controle local não tem relação com adisseminação da doença à distância, a não serem casos de TF malignos > 10cm e de alto grau
Sítios pulmões, ossos,fígado, coração, TCSC
Tumor Filoideborderline
HUGG
Patologia Benigna das Mamas
Tumores Diversos
Lipomas – adenolipomas, angiolipomas,condrolipomas
Hamartomas
Leiomiomas
Patologia Benigna das Mamas
DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS:
Projeção axilar de tec. mamário:
- Conceito
- Diferenciar de: lipomas
gânglio linfático metastático
Patologia Benigna das Mamas
4.2) Alterações Volumétricas das Mamas:
a) Assimetria
b) Hipertrofia da adolescência
da gravidez
iatrogênica
c)Hipodesenvolvimento - Sd. de Polland
Patologia Benigna das Mamas
4.3) Alterações de Número:
a) Politelia
b) Poliareolotelia
c) Polimastia
Polimastia
GINECOMASTIA
Proliferação benigna de tecido glandular no
sexo masculino, consequência do aparecimento
de ramificações secundárias dos ductos ,
hiperplasia estromal e aumento do tec.conectivo
Ginecomastia verdadeira X lipomastia
MAMA
PUBERDADE
MASCULINA FEMININA
ATROFIA DESENVOLVIMENTO
FISIOLÓGICA
GINECOMASTIA
RECÉM-NASCIDO
ADOLESCÊNCIA
SENECTUDE
Hormônios placentários
E >APico aos 14 anos30 a 60%
E>AAtrofia testicular40%Conversão periférica
Alterações Hormonais Primárias
Síndrome de Klinefelter (47xxy)
Ginecomastia bilateral simétrica e indolor
Etiologia idiopática
Maior incidência de CA de mama nesta população
Atrofia testicular, aumento do E2
FISIOPATOLOGIA
GINECOMASTIA PRÉPUBERAL FAMILIAR
Consequente ao aumento da atividade da aromatase
Etiologia genética: inversões heterozigóticas ou
Polimorfimos do gene da aromatase p 450 (CYP 19)
Transmissão autossômica dominante
Precocidade heterossexual
Inibidores da aromatase
Outras causasInsuficiência hepática (cirrose)
Hepatoma
Tumores germinativos testiculares (HCG)
Insuficiência renal
Doenças do SNC
Desnutrição
Traumatismos
Tumores pulmonares
Tumores adrenais feminilizantes
Hipertireoidismo
-25 a 40%
LH elevado > produção de T pelas células de
Leydig conversão para E2
GINECOMASTIA
GINECOMASTIA
CÂNCER DE MAMA
Qual a relação???
MEDICAMENTOS
Antiandrogênicos: Ciproterona, Flutamida, Finasterida,
Espironolactona, Cetoconazol
Antibióticos: Etionamida, Isoniazida, Metronidazol,
Quimioterápicos: Agentes alquilantes, Metotrexate,
Alcalóides da vinca, Imatinibe
Ação Cardiovascular: Inibidores da ECA, amiodarona,
Digoxina, Nifedipina, Metildopa, Reserpina
De abuso:Alcool, Anfetaminas, Heroína, Maconha,
Metadona
Hormonais: Anabolizantes
Psicoativas:Diazepam, Haloperidol, Fenotiazinas
Antidepressivos Triciclicos
Outras: Domperidona, Metoclopramida, Fenitoína,
Teofilina, Cimetidina, Ranitidina, Omeprazol
IDIOPÁTICA50%EXCLUSÃO!!!
DIAGNÓSTICO
Anamnese
Exame físico nódulo de forma discóide,
consistência elástica , bordas bem delimitadas, nãoaderido a planos profundos, crescimento concêntrico
em relação ao mamilo
Imagem
CLASSIFICAÇÃO DE SIMON
GINECOMASTIA
GRAU CLASSIFICAÇÃO
Grau 1 Ginecomatia pequena sem excesso de peleGrau 2a Ginecomastia moderada sem excesso de peleGrau 2b Ginecomastia moderada com excesso de peleGrau 3 Ginecomastia grande com excesso de pele
LABORATÓRIO
Ginecomastia sem causa de base identificada
Diagnosticada em exame de rotina em adulto
Bioquímica de fígado, rim e tireóide
Negativos Reavaliar em 6 meses
Ginecomastia de início recente e/oudor e sensibilidade
Dosar: HCG, Estradiol, LH,Testosterona
Hcg
ULTRASSONOGRAFIA DE TESTÍCULO
MASSA NORMAL
Tumor de céls. Tumor de céls. NeoplasiaGerminativas Germinativas não trofoblás-Testiculares Extra gonadal tica secretora
de hCG
Rx de tóraxTC abdome
LH e T
Hipogonadismo primário
LH N ou e T
PROLACTINA SÉRICA
ELEVADA NORMAL
PROLACTINOMA HIPOGONADISMO
SECUNDÁRIO
LH e T
T4, TSH
T4 e TSH NORMAL
HIPERTIREOIDISMO RESISTÊNCIA A
ANDRÓGENOS
LH N ou e E2
USG testicular
Massa Normal
Tumor de CT ou RMN de adrenal
Céls. de Leydig
ou Sertoli Massa Normal
Neoplasia de Adrenal Aromatase
TRATAMENTO
-Etiologia conhecida tratar causa primária
- Retirar drogas
- Retirar ou trocar medicações
- Dieta (lipomastia)
- Involução espontânea nos RN
- ADOLESCENTES CONDUTA EXPECTANTE!
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Desconforto social e psicológico
Ginecomastia idiopática sem regressão espontânea
Técnicas cirúrgicas periareolar parcial/ completa
mastoplastia redutora
lipoaspiração
Tratamento medicamentoso TAMOXIFENO