uhlein apostila de sedimentologia e petrologia sedimentar - v2
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8/16/2019 UHLEIN Apostila de Sedimentologia e Petrologia Sedimentar - V2
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
SEDIMENTOLOGIA EPETROLOGIA SEDIMENTAR
Código da disciplina – GEL 019
Prof. Alexandre Uhlein
Guilherme Labaki Suckau
Júlio Carlos Destro Sanglard
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SUMÁRIO
01 – Origem e natureza das rochas sedimentares...........................................................................03
02 – Importância das rochas sedimentares......................................................................................05
03 – Intemperismo e o ciclo sedimentar............................................................................................06
04 – O ciclo sedimentar: erosão, transporte e deposição.................................................................07
05 – Tipos de transporte sedimentar.................................................................................................0906 – Textura de rochas sedimentares...............................................................................................10
07 – Classificação das rochas sedimentares....................................................................................16
7.1 Rochas terrígenas / siliciclásticas.........................................................................................17
7.2 Rochas carbonáticas............................................................................................................23
7.3 Rochas evaporíticas.............................................................................................................29
7.4 Rochas ricas em ferro: formação ferrífera (bif).....................................................................32
7.5 Sedimentos silicosos............................................................................................................34
08 – Tipos de bacias sedimentares...................................................................................................35
8.1 Introdução: tectônica de placas............................................................................................36
8.2 Classificação das bacias sedimentares:
Margens divergentes, convergentes e intraplacas..............................................................37
09 – Transporte e estruturas sedimentares......................................................................................39
10 – Estruturas sedimentares............................................................................................................44
10.1 Estruturas erosionais..........................................................................................................44
10.2 Estruturas sindeposicionais................................................................................................44
10.3 Estruturas pós-deposicionais.............................................................................................50
11 – Geometria e mudança lateral de fácies em depósitos sedimentares. Noção de fácies............5212 – Ambientes de sedimentação e fácies sedimentares.................................................................54
12.1 Leque aluvial......................................................................................................................58
12.2 Ambiente fluvial..................................................................................................................59
12.3 Ambiente desértico.............................................................................................................64
12.4 Ambiente lacustre...............................................................................................................67
12.5 Ambiente glacial.................................................................................................................71
12.6 Ambiente deltáico...............................................................................................................77
12.7 Ambientes costeiros (litorâneos)........................................................................................85
12.8 Ambiente marinho raso (plataformal).................................................................................93
12.9 Ambiente marinho profundo (leque submarino).................................................................98
12.10 Ambientes de sedimentação de carbonatos..................................................................102
13 – Mineralogia de rochas sedimentares......................................................................................104
14 – Diagênese...............................................................................................................................105
15 – Petrologia Sedimentar: uma introdução..................................................................................108
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01. ORIGEM E NATUREZA DAS ROCHAS SEDIMETARES
1 - Rochas detríticas, clásticas, siliciclásticas.
2 – Rochas químicas / bioquímicas
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Faça uma comparação entre os dois modelos para formação de rochas
sedimentares.
Compare, em especial, os seguintes aspectos:
1. Relevo da área fonte;
2. Mecanismo de transporte;
3. Mecanismos de sedimentação;
4. Produto gerado na bacia sedimentar.
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02. IMPORTÂNCIA DAS ROCHAS SEDIMENTARES
1- Recursos minerais energéticos:
petróleo, carvão, gás.
2- Argilominerais (caolinita, ilita, bentonita, montmorilonita):
tijolos, telhas, cerâmica, lama de perfuração.
3- Rocha de revestimento e construção civil, como rocha ornamental:
arenitos, calcários.
4- Produção de cimentos (concreto):
calcário + gipsita + argilomineral.
5- Areia:
construção civil, indústria do vidro.
6- Ouro, diamante, gemas (pedras semi-preciosas):
cascalhos de rios e conglomerados.
7- Minerais químicos e fertilizantes:
Evaporitos (NaCl, sulfatos, KCl, S) paraprodução de remédios e produtos químicos.Fosforito (apatita sedimentar) Fósforo (P) para fertilizantes
8- Extração de ferro (jaspilito/itabirito) e manganês sedimentares;
9- Extração (lavra) de sulfetos (Pb-Zn) em arenitos/calcários.
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03. INTEMPERISMO E O CICLO SEDIMENTAR
1 - Conceito: intemperismo é um conjunto de modificações de ordem física
(desagregação) e química (decomposição) que as rochas sofrem ao aflorarem na
superfície da Terra.
Produtos do Ciclo Sedimentar:
Intemperismo:-rocha alterada
-solo
ErosãoTransporte
Sedimentação
Aplainamentodo relevo
2 - Fatores que influem no intemperismo:
• Clima – variação de temperatura e distribuição das chuvas;
• Relevo – regime de infiltração das águas;
• Cobertura vegetal – matéria orgânica para reações químicas;
• Tipo de rocha;
• Tempo geológico;
3 – Tipos de Intemperismo:
• Físico – desagregação da rocha em partículas. Variações de temperatura,
congelamento de água em fissuras, cristalização de sais, formação de juntas de
alívio, raiz.
• Químico – ação de água da chuva (pH ácido) que infiltra nas rochas. Provoca
reações de hidratação, dissolução, hidrólise e oxidação dos minerais das rochas.
H2O + CO2 H2CO3 (reduz o pH das águas subterrâneas – SOLVENTE)
Componentes solúveis são retirados em solução, Na, K,Ca, Mg, Si – Soluto.Formam-se argilominerais.Componentes insolúveis (óxidos Fé/Al) ficam retidos nosolo
4 – Intemperismo e o ciclo sedimentar
Estabilidade tectônica
+ cobertura vegetal Intemperismo químico
(lixiviação)
Sedimentosquímicos em bacias
marinhas
LEIA MAIS:1. Decifrando a Terra, cap. 8, pg. 139 a 165. 2. Geologia Sedimentar, cap. 2, pg. 11 a 22.
Mudança climáticae/ou tectônica (semcobertura vegetal)
Intemperismo físico(erosão física)
Sedimentos clásticos,conglomerados e
arenitos em baciassedimetars
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04. O CICLO SEDIMENTAR: EROSÃO, TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO
1 – Agentes geológicos que operam na superfície da Terra
Rios, ventos,geleiras, águassuperficial esubterrânea;
Ondas, marés ecorrentesoceânicas
2 – Ciclo sedimentar: erosão, transporte e sedimentação.
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3 – Erosão Desgaste da superfície da Terra por processos físicos, químicos e biológicos. Remoção dedetritos.Tipos de erosão: pluvial, fluvial, marinha, eólica, glacial.
4 – TransporteCarreamento ou remoção dos produtos do intemperismo e da erosão.Movimentos de massa (fluxos gravitacionais), ação da água (chuva e rios), ação do vento,
geleiras, ondas, marés, correntes marítimas.
Fluxo fluido(baixa viscosidade)
Mecânico (grãos)
Tipos Químico (soluto)Íons em solução
Fluxo denso(alta viscosidade)
5 – Deposição / sedimentaçãoNoção de bacia sedimentar e do nível de base (nível do mar)
Acumulação de partículas minerais em meio subaquoso ou subaéreo.Tipos (1) diminuição da velocidade da corrente e ação da gravidade
sobre sólidos granulares (areia, silte, etc.)(2) variação de parâmetros químicos (pH, Eh, solubilidade) eatividade orgânica sobre íons, em meio aquoso.
LEIA MAIS:1. Decifrando a Terra, cap. 9, pg. 167 a 190. 2. Geologia Sedimentar, cap. 3, pg. 23 a 42. 3. Para entender a Terra, cap. 8. pg. 195-224.
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05. TIPOS DE TRANSPORTE SEDIMENTAR 1 - Fluxo de baixa viscosidade
Mecanismo de transporte em função da granulometria, densidade e morfometria.
Ex: Rios, ondas,
marés, vento.
2 - Fluxo denso / alta viscosidade
Grande concentração de sedimentos, com maior coesão e atrito.
Declives (encostas e taludes);
Deposição com diminuição do gradiente;
Caráter episódico.
Tipos de fluxos densos:
• Escorregamento e deslizamento;
• Fluxo de lama e detritos;
Fluxo laminar devido à alta viscosidade.
Matriz pelítica sustenta os clastos grosseiros.
• Corrente de turbidez;
Água e sedimentos com alta turbulência.
Arraste SaltaçãoRolamento
Suspensão(argila)
Resistência
Forçapeso
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06. TEXTURAS DE ROCHAS SEDIMENTARES
Textura é um elemento descritivo das rochas sedimentares, importante na
classificação da rocha, interpretação do mecanismo deposicional e ambiente. Permite
inferir relação entre porosidade e permeabilidade.
1 – Granulometria
Fundamental para rochas detríticas (Φ dapartícula sedimentar).
Utiliza-se a escala granulométrica de Wentworth
(1922) para sedimentos terrígenos. No caso de
calcários, dolomitos e evaporitos, mede-se o tamanho
dos cristais.
A granulometria reflete a energia hidráulica do
ambiente.
Denominação da partícula Diâmetro em mm
Matacão (boulder) > 256
Calhau (cobble) 64 - 256
Seixo (pebble) 4 - 64Cascalho
Grânulo (granule) 2 - 4
Areia (sand) 1/16 (0,062) – 2
Silte (silt) 1/265 (0,004) –1/16 (0,062)
Argila (clay) < 1/256 (0,004)
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2 – Seleção
Significa a redução do tamanho dos grãos ao longo do transporte e uma
conseqüente homogeneização granulométrica, formando um sedimento com puçás
classes granulométricas.
Estimativa visual
da SELEÇÃO
A – Histograma de composição granulométrica
de um sedimento mal selecionado, com 11
classes texturais.B – Histograma de um sedimento bem
selecionado.
3 – Morfologia do grão
Forma – razões entre os eixos longos, intermediário e curto.
Esfericidade – relação entre a forma do grão e uma esfera.
Arredondamento – Curvatura das arestas do grão. Reflete o tempo/distância dotransporte.
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Esfericidade e arredondamento:
Em geral, quanto maior o transporte sedimentar melhor o índice de esfericidade earredondamento.
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4 – Maturidade textural
O grau de seleção, arredondamento e conteúdo de matriz indicam a maturidade
textural. Exemplos:
* Arenito imaturo – pobremente selecionado, grãos angulares, alguma matriz.
* Arenito maturo – bem selecionado, grãos arredondados, poucas classes
granulométricas, não possui matriz.
A maturidade de um sedimento detrítico é uma medida do quanto o sedimento foi
intemperizado, transportado e retrabalhado, até atingir o produto final. Para um arenito, o
produto final ideal é a areia quartzosa pura.
Maturidade
ESTÁGIO DE MATURIDADE (arenitos, ruditos)
IMATURO SUB MATURO MATURO
Maturidademineralógica
Vários minerais,especialmentefeldspato, mica,fragmentos de
rocha
Quartzo abundante,mas outros minerais(argila, feldsp., mica,
etc) tambémpresentes
Quartzo puro,outros minerais
raros ou ausentes
Pouco selecionado;muitas classesgranulométricas
Areia + muito silte eargila ou
conglomerado dequartzo
Excelente seleção;somente classe
areiaMaturidadetextural
Fragmentosangulosos
Grãos iniciando oarredondamento
Arredondamentoexcelente
BrechaConglomeradoArcósio
Conglomerado de qzo
Arenito lítico Arenito impuro Quartzo arenitoExemplos
Grauvaca
Exemplos: Relevo íngrime e próximo com erosão rápida sedimento imaturo
Relevo moderado e plano sedimento maturo
- Relação entre textura, estrutura da bacia e geometria do litossoma (sedimento):
1. Subsidência rápida e deposição rápida, forte levantamento na área fonte, forte
subsidência, com espessa acumulação.
Ex: fanglomerados de borda de bacia continental; “flysch” de geossinclíneos;
molassa proximal.
2. Subsidência lenta e deposição lenta.
Ex: arenitos em forma de lençol, maturos (depósitos eólicos de bacia intracratônica).
Mineralógica
Textural
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Conglomerado com a frabricsuportada pela matriz.
5 – Cor - Informa sobre litologia, ambiente de sedimentação e diagênese.
Depende de fatores mineralógicos/geoquímicos como estado de oxidação do ferro e
conteúdo de matéria orgânica.
Cores
Cores primárias: branca, cinza, preta, verde. Cores secundárias: vermelho, amarelo, castanho.
Cor branca: sedimento puro, sem Fé e Mn;
Cor cinza/preta: matéria orgânica;
Cor vermelha/amarelada: hidróxidos de ferro (intemperismo);
Cor verde: minerais com Fe++ = clorita, glauconita.
6 – Fabric sedimentar - Refere-se ao arranjo dos grãos no sedimento, como orientação
de clastos (imbricação) e empacotamento (predomínio de matriz ou arcabouço).
Compactação mecânica
Grãos rígidos, mais ou menos esféricos, produzem
empacotamento aberto com arranjo cúbico.
Devido à compactação por soterramento forma-se
um empacotamento fechado, com arranjo
romboédrico entre os grãos detríticos.
Tipos de contatos entre os grãos:
Evolução diagenética
do sedimento
Primárias (soterramento)
Secundárias (intemperismo)
Foto de ortoconglomerado.Arcabouço auto-suportado
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7 – Porosidade e Permeabilidade
Porosidade é a porcentagem de espaços vazios da rocha, quando comparada comseu volume total.
Importante na prospecção de petróleo, gás e água subterrânea.
Primária IntergranularTipos Secundária Fraturamento (tectônico
Cárstica (dissolução)
Fatores que influem na porosidade primária:
• Porosidade aumenta com a diminuição da granulometria;• Porosidade aumenta com o grau de seleção;• Porosidade diminui quando aumenta o grau de arredondamento e esfericidade;• Porosidade diminui quanto maior a compactação e cimentação;
Areia 35-50% Arenito 10-20%
Permeabilidade é a propriedade que permite a passagem de fluidos através de uma
rocha.
Fatores que favorecem a permeabilidade:
• Permeabilidade aumenta com o aumento da granulometria e grau de seleção;• Esfericidade e empacotamento dos grãos.
Tabela com Φ da partícula / volume de poros e permeabilidade:
LEIA MAIS1. Decifrando a Terra, cap. 9, pg. 168-179 e cap. 14, pg. 292-301.2. Geologia Sedimentar, cap. 5, pg. 57-83.3. Sgarbi, G.N.C, 2007. Rochas Sedimentares. In: Petrografia macroscópica das rochas
ígneas, sedimentares e metamórficas. Sgarbi, G.N.C (Organizador). Editora da UFMG,pg.273-446.
MATERIAL Φ PART. mm POROSIDADE % PERMEABILIDADECascalho 7 a 20 35 Muito alta
Areia grossa 1 a 2 37 AltaAreia fina 0,3 42 MédiaSilte/argila 0,04 a 0,006 50 a 80 Baixa/muito baixa
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07. CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Origem sedimentar
• presença de estratificação• presença de estruturas sedimentares• presença de fósseis• presença de grãos/clastos (transporte)• minerais sedimentares (glauconita, chamosita)
4 grupos principais:Rochas terrígenas
(siliciclásticas)Rochas bioquímicasBiogênicas/orgânicas
Precipitadosquímicos
Vulcanoclásticas
Ruditos conglom.,brechas
ArenitosLutitos (Pelitos)
Calcários/dolomitosCherts
Fosforitos
JaspilitosEvaporitos
LaharsArenitos tufáceos
1 – Rochas terrígenas (clásticas/siliciclásticas) ou detríticas.São constituídas por grãos detríticos (quartzo, feldspatos, argilo-minerais e
fragmentos de rocha) que incluem ruditos (psefitos), arenitos (psamitos) e lutitos (pelitos).Ruditos Clastos grandes conglomerado
(s.,b.,m.) brechacom ou sem matriz
Psamitos(arenitos)
grãos entre 2,0–0,062mm c/ estratificação eestruturas sedimentares
Lutitos(pelitos)
grão fino < 0,062mm e constituído porargilo-minerais e quartzo (tamanhosilte)
2 – Bioquímicas / biogênicas e orgânicas Calcários → >50% CaCO3 e reagem com HCl → fósseis.Dolomitos → >50% CaMgCO3 e não reagem com HCl frio.Cherts→ rocha silicosa, microcristalina.
Fosforitos→
fragmentos e/ou nódulos fosfáticos de granulometria variável.Sedimentos orgânicos: turfa → linhito → carvão (teor de C)
3 – Precipitados químicosSedimento formado por precipitação de íons dissolvidos na água, por alteração no
pH, Eh, solubilidade.Evaporitos → gipsita, anidrita, halita, silvinita, carnalita.
São formados por precipitação química a partir da evaporação da águasalgada.
Jaspilitos→ sedimentos químicos com chert + hidróxidos de ferro.
4 – Sedimentos vulcanoclásticos
São compostos por material vulcânico (fragmentos de lavas, vidro vulcânico,cristais) e material epiclástico (quartzo, argilo-minerais).Lahars → avalanche de material piroclástico no flanco de vulcões.
LEIA MAIS1. Geologia Sedimentar, cap. 7, pg. 161-204.2. Decifrando a Terra, cap. 14, pg. 286-304.3. FOLK,1980. Petrology of Sedimentari Rocks.4. TUCKER, 1981. Sedimentary Petrology: an introduction.5. Sgarbi, G.N.C, 2007. Rochas Sedimentares. In: Petrografia macroscópica das rochas
ígneas, sedimentares e metamórficas. Sgarbi, G.N.C (Organizador). Editora da UFMG,pg.273-446.
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7.1 – Rochas terrígenas / siliciclásticas
Mineralogia:
Quartzo (35 a 50%) CalcitaFeldspatos (5 a 15%) Opala, calcedôniaFragmentos de rochas (5 a 15%) Minerais autigênicosArgilo-minerais (25 a 35%) Sulfatos (gipsita, barita)Mineraispesados (0,5%)
Granulometria:
Componentes das rochas terrígenas
1 – Arcabouço – fração clástica principal, que dá nome à rocha.2 – Matriz – material clástico mais fino (intersticial).3 – Cimento – material precipitado (ortoquímico) formado em estagio
diagenético (pós-deposicional).
Classificação das rochas terrígenas
1 – Textural (granulometria) RUDITO (Psefito)ARENITO (Psamito)LUTITO (Pelito)
Proporção de matriz, arredondamento.
2 – Mineralógico (proporção QFL –quartzo, feldspato, fragmentosrochas)
Qzo-arenitoArenito feldspático(arcósio)Arenito lítico
Diversidade composicional
3 – Geométrico (estrutura sedimentar) Fissilidade → folhelhoRitmicidade → ritmito
Existem, também, termos intermediários em relação a granulometria. Ex: 70% areia + 30% silte/argila → arenito lutáceo 70% silte/argila + 30% areia → pelito arenoso
Existem, também, termos intermediários entre rochas detríticas e químicas
(FOLK, 1968). Ex:componentes terrígenos (T)quartzo, feldspato, argilo-mineraiscomp. aloquímicos (Alo)oólitos, fósseis, intraclastoscomp. ortoquímicos (O)calcita microcristalina, espática
Diagrama triangular para classificação geraldas rochas sedimentares
CASCALHOS
MatacãoCalhausSeixos
Grânulos
>256mm256 – 64mm
64 – 4mm4 – 2mm
AREIAS2 – 161 mm
(0,062)
SILTE 161 - 2561 mm
(0,004)ARGILA < 0,004mm
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7.1.1– Ruditos >2mmGranulometria maior que areia → Arcabouçogrânulo, seixo, calhau, matacão.
Forma, tipo depende rocha fontepetrologia mecanismo de transporte
ambiente de sedimentação
Quantidade de matriz: conglomerado suportado pelo clasto → ORTO
conglomerado suportado pela matriz → PARA
Arredondamento dos clastos do arcabouço Conglomerado
BrechaPetrofábrica: clastos imbricados (orientação do eixo maior do seixo).
Estratificação em conglomerados pode ser observada em função de:
Geometria de corpos conglomeráticos• Leque – forma de cunha, próximo de escarpas.
• Lenticular – preenche paleocanal (descontínuos).
• Forma em lençol – pouco espessos e contínuos
1) Mudança no tamanhoe/ou composição dosclastos;2) Mudança na seleçãogranulométrica.
Arredondamento dosseixos é um bom índicedo grau de maturidade doconglomerado.Seixos de abrasão eólica→ ventifactosFaces estriadas → glacial
Alguns padrões de petrofábrica de seixos em cascalhos e conglomerados: (A) eixo maior longitudinal àcorrente em planta e imbricado em perfil. (B) eixo maior transversal à corrente e imbricado em perfil. (C) semqualquer orientação preferencial.
O mecanismo detransporte define se osclastos serão orientadosou não.
Estrutura organizada
Estrutura desorganizada
Camadas c/ e s/ estratif. gradacionais em depósitos de conglomerados.
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Tipos de conglomerados
Classificação baseada na textura, composição mineralógica ou ambiente(ex: conglomerado glacial, fluvial, etc.)
Ortoconglomerado: predomina clasto oligomíticoareia grossa polimíticocimento.
Paraconglomerado
(Lamito conglomerático)Diamictito
predomina matriz (silto/argilosa) com seixos e calhaus
dispersos, polimítico.
Brechasintraformacionais:
Retrabalhamento fragmentos de argilito/folhelhode material recém em matriz arenosadepositado. intraclastos carbonáticos
Aglomerados(conglomeradospiroclásticos) e brechasvulcânicas
Matriz rica em vidro vulcânico.
7.1.2– Arenitos Areias litificadas (2 – 0,062mm)
Rocha-fonte
Resíduos deprocessosintempéricossuperficiais
transporte Deposiçãode areias
LitificaçãoTransformaçõesdiagenéticas
(compactação,cimentação)
ARENITO
Eliminação de minerais instáveis;Concentração de minerais estáveis;Reconstrução de proveniência, tectônica, clima, tipo de transporte, tempo e duração dotransporte, ambiente deposicional, condições físico-químicas dadiagênese.
Petrologia de arenitos:
• Mineralogia: minerais detríticos e químicos (cimento).• Textura: arredondamento, granulometria, seleção.• Estruturas sedimentares: indicam processos deposicionais Estruturas de correntes estratificação cruzada
(hidrodinâmicas) marca onduladamarca de solaestratificação gradacional
Estruturas deformacionaisSobrecarga, escape de fluidos, etc.
Estruturas biogênicasPistas, pegadas e tubos → atividade orgânica, icnofósseis
Estruturas químicasConcreções
Arenitos→ rochas estratificadas
Lâmina – menor estrato visível(
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Classificação petrográfica dos arenitos
Maturidade de arenitosMaturidade física (textural)→ remoção da matriz grãos / matriz
química (mineralógica) → razão qzo / feldspato
Maturidade → transporte
Redução ehomogeneidade
granulométrica
Arredondamento
Redução e eliminação
de minerais instáveis
FOLK (1968)Quantidades de• Qzo (%)• Feldspatos – F• Fragmentos líticos – R
Razão F/R
Fonte: Suguio, 2003. Geologia Sedimentar.
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Descrição de arenitos mais freqüentes
A) Arenito ortoquartzítico (Qzo-arenitos)>95% grãos de quartzoAlto grau de arredondamento, excelenteseleção granulométricaMaturidade textural e mineralógicaGeralmente marinhos – origem multicíclica
B) Arenitos feldspáticos (arcoseanos)>25% grãos de feldspatos e placas micasdetríticasSeleção pobre; arredondamento variávelColoração róseaDeposição rápida próximo da fonte granítica.
C) Arenito lítico>25% grãos de fragmentos de rochas(sedimentares/metamórficas/vulcânicas)Pouca ou nenhuma matriz
D) Wackes (grauvacas)Arenitos de cor cinza, ricos em matrizargilosa (>10%)Mal selecionadaArcabouço:
quartzo, feldspatos, fragmentos líticos.Grãos angulosos com pouca seleção.
Vários estádios de maturidade textural, segundo Folk (1951).
Relação entre
maturidade e
ambientedeposicional
Fonte: Su uio, 2003. Geolo ia Sedimentar.
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7.1.3– Lutitos (Pelitos)
Folhelho é o mais abundante microscópioGranulometria muito fina SILTE (0,062-0,004) Raio-X
ARGILA (
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7.2 – Rochas Carbonáticas
Ocorrência: 25 a 35% das seções estratigráficas em bacias sedimentares
Carbonatos
CalcitaDolomita
rocha química bioconstruídos rocha bioquímica, edifícios bioinduzidos rocha clástica (calcirrudito, calcarenito) cimento de rochas detríticas
7.2.1 – Sedimentos carbonáticos modernos
Ambiente marinho de água rasa
Ex: Bahamas – Flórida, Atóis – Oceano Pacífico, Costa oeste da Austrália
Principais ambientespara sedimentação decarbonatos de água rasa
Platô submerso de
700 x 300 km com
10m de lâmina
d’água
Constituição: areias calcárias,
esqueletos e oólitos
lama calcária,
recifes (biohermas)
Carbonatos marinhosde águas profundas Turbiditos Depósitos pelágicosSão VASASGastrópodes (3.600mde prof.) e globigerina(foraminíferos ± 2000m)Em água profunda oCaCO3 fica dissolvido.
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Carbonatos de bacias evaporíticas (forte salinidade)Associação com sulfatos (gipsita, anidrita) e cloretos.Caliche – solos endurecidos por precipitação de CaCO3 nos interstícios →
clima árido / semi-árido
Carbonatos de água doce (lacustres)Marga (calcário argiloso) → ambiente lacustreTravertino – calcário comum em cavernas
7.2.2 – Mineralogia
Calcita / Aragonita (CaCO3) → precipitação direta Aragonita → CalcitaTransformações diagenéticasMudança sist. cristalino – neomorfismo
Dolomita – CaMg(CO3)2Gerada por substituição diagenética: entrada de fluidos Mg+2
Siderita (FeCO3) e anquerita Ca(Mg,Fe)(CO3)2 → carbonatos emSedimentos ferríferos.
Magnesita (MgCO3)
calcedônia (quartzo microcristalino) Sílica quartzo, feldspatos autigênicosargilo-minerais: ilita, glauconita
Sulfatos → gipsita e anidrita (CaSO4) Fosfatos → colofano: fragmentos fosfáticos Sulfetos → pirita, blenda (Zn), galena (Pb) Óxidos → hematita
7.2.3 – Classificação químico-mineralógica
7.2.4 – TexturaGranulação dos cristaisRecristalização diagenética, com obliteração da textura primária.
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7.2.5 – Componentes principais das rochas carbonáticas
AloquímicosOólitos (2mm), c/ estrutura internaBioclastos (fósseis) – materiais esqueletais, algas,
Foraminíferos, corais, braquiópodes, etc.Intraclastos – fragmentos de sedimentos carbonáticosPellets – partículas pequenas (até 0,1mm), ovóides,
sem estrutura interna
Ortoquímicos
Micrito – calcita microcristalinaTípica de calcários afaníticos (calcilutitos)Águas tranqüilas – vasa / lama calcáriaMatriz deposicional ou singenética
Calcita espática – calcita cristalina grosseira (0,02 a0,1 mm), com limites entre cristais. Ocorre comocimento, que preenche espaços porosos e interstíciosentre oólitos, fósseis, intraclastos e pellets.
Classificação de calcários e comparação com rochas terrígenas. As proporções de lama e cimentoespático indicam o grau de seleção ou energia da corrente do ambiente deposicional.
Fonte: Su uio, 2003. Geolo ia Sedimentar.
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7.2.6 – Estrutura dos carbonatos• Calcários clásticos
Estratificações e laminações cruzadas, marcas onduladas• Estruturas de crescimento
Biohermas → edifícios preservados com estruturas de crescimento. Ex:estromatólitos Edifícios bioconstruídos → organismos (corais e algas vermelhas)
formadores que deixaram carapaças. Recife Edifícios bioinduzidos → construções calcárias (fosfáticas) formadas pelo
metabolismo fotossintetizante de cianobactérias
• Estruturas químicas (pós-deposicionais)Nódulos, estilólitos, cone em cone.
7.2.7 – Classificação das rochas carbonáticas Calcários aloquímicos espáticos → componentes aloquímicos com cimento de
calcita espática: (intraclastos, oólitos, fósseis, pellets) + calcita espáticaRocha bem selecionada
Calcários aloquímicos microcristalinos → componentes aloquímicos com matriz delama calcária (micrito).
Calcários microcristalinos → consistem apenas de vasa microcristalina (micrito).
Fonte: Su uio, 2003. Geolo ia Sedimentar.
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7.2.8 – Texturas e nomenclatura de calcários
Componentes aloquímicos Oólitos (< 2mm) e pisólitos (>2mm):
fragmentos esferoidais, com estrutura
concêntrica e núcleo.
Bioclastos (fósseis): restos orgânicos
fragmentados (algas, foraminíferos, esponjas,
corais, etc.).
Intraclastos: fragmentos líticos calcários.
Pellets: partículas pequenas (até 0,1mm),ovóides, calcíticas, sem estrutura interna.
Componentes ortoquímicos calcita microcristalina < 0,050mm
Calcita espática (0,02 a 0,1mm)
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7.3 – Evaporitos (Rochas Evaporíticas)
Conceito: são rochas formadas pela evaporação de uma massa de água ou da água
contida nos sedimentos.
Sais contidos na água do mar (média)
Cl- 19.400 ppm Ca++ 410 ppmNa+ 10.500 ppm K+ 390 ppm
SO4-- 2.600 ppm SiO2 2 ppm Mg+1 1.300 ppm
Princípios fundamentais
1 – As fácies obedecem uma ordem de precipitação:
os menos solúveis primeiro
CARBONATOS SULFATOS CLORETOS
Anidrita Halita, Silvita,
Gipsita Carnalita, Taquidrita
2 – Uma bacia evaporítica sempre sofre refluxo, controlado pelo
abaixamento e levantamento do nível do mar.
3 – Fatores complicadores da seqüência ideal:
grande número de elementos traços no resíduo de água do mar →
mineralogia complexa.
reações pós-deposicionais entre os sais precipitados e águas conatas
trapeadas.
influxo e refluxo (retorno de salmouras para o mar aberto e não precipitandpa seqüência de topo).
OBS – Evaporitos constituem importante fonte mineral para a indústria química.
São desconhecidos no Pré-Cambriano, provavelmente devido a fragilidade e
dificuldade de preservação.
Evaporitos constituem fonte de:
sal (Na,Cl)
gipsita, anidrita; enxofre nativo; K, Mg, Br, I, Rb, Sr.
Gipsita deposita diretamente da água do mar (CaSO4.2H2O), mas a anidrita é omais comum mineral em sedimentos evaporíticos.
Assim, acredita-se que gipsita é primário e anidrita (secundário → desidratação pós-
deposicional).
Anidrita CaSO4; Halita NaCl; Carnalita KMgCl3.6H2O;
Silvita KCl; Taquidrita Ca0,5MgCl3.6H2O
.
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Exemplos de grandes bacias evaporíticas:
Saskatchewan, Zechstein, Paradox, Amazonas.
A Lagoa de Kara Bogas é o único exemplar atual de deposição evaporítica em
grande escala e talvez o único depósito de carnalita.
BACIAS MÚLTIPLAS – São bacias interconectadas, com várias barreiras.
Ex.: Proto – Atlântico Sul
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7.4 – Rochas sedimentares ricas em ferro: jaspilitos e formação ferríferabandada (bif)
Minerais (Fe) – principais minerais com ferro e ocorrência
Magnetita (Fe3O4) – rochas ígneas, metamórficas
Hematita (Fe2O3) – rochas sedimentares (itabiritos)
Goethita (FeO.OH) – produto do intemperismo (lateritas)
Siderita (FeCO3) – formações ferríferas
Pirita (FeS2) – ocorrência variada
Chamosita (Mg,Fe)3 Fe3 (AlSi3) O10 (OH)6 – formação ferrífera, ironstone
Grande demanda crescente de aço no mundo. Em 1950 a produção foi de 270m ton. e em
1980, em torno de 750m ton.
Maiores produtores: URSS, Brasil, Austrália, China.
7.4.1 – Classificação dos depósitos de ferro
1 – Magmáticos (Kiruna – Suécia)
2 – Pirometassomáticos (Iron Springs – E.U.A.)
3 – Depósitos sedimentares (2 tipos principais):
Formações ferríferas (BIF) com itabiritos + hematita
Ex: Lago Superior (EUA) Hamersley (Austrália)
Labrador (Canadá) Transvaal (África do Sul)
Krivoi Rog (URSS) Q. Ferrífero, Serra dos Carajás (Brasil).
Ironstone: oólitos de limonita, hematita ou chamosita em matriz ferruginosa. Idade:
Fanerozóico
7.4.2 – Ciclo sedimentar do ferro: Fonte, transporte e deposição.
Fonte: erosão continental
Atividade vulcânica (exalações submarinas)
Transporte:
como atividade hidrotermal: Cl-, SO4--, CO3
--
em solução: lixiviação do Fe
II
nos minerais e transporte em solução por águassubterrâneas neutras a ácidas (pH
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Depósitos sedimentares de ferro são compostos de óxidos, carbonatos, silicatos e sulfetos
7.4.3 – Principais tipos de depósitos de ferro sedimentar
Formação ferrífera (BIF) → sedimento químico, bandado ou laminado, contendo
no mínimo 15% de ferro de origem sedimentar, com camadas de chert.
Tipos ALGOMA → associado a rochas vulcânicas, em “greenstone belts”
SUPERIOR → associado a rochas sedimentares (Prot. Inf.)
Itabirito é a fácies óxido de uma formação ferrífera bandada metamorfizada.
Jaspilito é o sedimento original, não metamorfico.
Gênese controvertida:
erosão do continente
A) Fonte do ferro vulcanismo submarino
“Up-welling” de águas do mar
erosão do continente = clima diferente
B) Fonte da sílica vulcanismo ácido
Atividade biológica c/ sílica de origem vulcânica
C) Estrutura bandada
Precipitação conjunta de hidróxido de ferro e sílica da água do mar
(bandamento é diagenético).
Precipitação alternada de sílica e ferro a partir de emanações
vulcânicas.
Variação sazonal de sílica e ferro.
Substituição diagenética de calcários.
Ironstones→ minério de ferro oolítico.Camadas intercaladas em folhelhos, arenitos e calcários, com hematita – chamosita
– siderita e textura oolítica. TIPOS Clinton (Siluriano – EUA)
Minete (Mesozóico –Europa,
principalmente na Inglaterra)
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7.5 – Sedimentos Silicosos
Existem três principais:
diatomitos
porcelanitos
silexitos / chert
Diatomitos→ Acumulação de carapaças de diatomáceas (algas).
Organismos planctônicos de mares de águas frias / lagos de
água doce. Idade: Mesozóico → Recente.
Porcelanitos → Mistura de argila com sílica (opala)
cor cinza/ preto, com matéria orgânica
Rocha porosa, leve, com textura de porcelana vitrificada.
Formada por acumulação de vasas de radiolários /diatomácease intercalada com folhelhos e margas.
Silexito (chert) → quartzo micro a criptocristalino com rara impureza de argilo-
minerais, calcita, hematita, que não ultrapassam 10%
Ocorrência: concreções em calcários / arenitos;
interestratificada com folhelhos e margas.
Origem do sílex / chert:1) Precipitação química → origem singenética / química
sílica coloidal precipita em pH ácido;
2) Bioquímica → origem singenética bioquímica, com acumulação de
carapaças silicosas de diatomáceas e radiolários;
3) Silicificação diagenética (pós – deposicional) → migração de fluidos
silicosos diagenéticos.
Ex:
dissolução do quartzo detrítico em pH alcalino; sílica dissolvida nofluido diagenético; precipitação na forma de sílica coloidal em pH
ácido.
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08. TIPOS DE BACIAS SEDIMENTARES
Bacias em Margens Divergentes
RifteFalhas normais.Sedimentos continentais na basee marinhos no topo.Vulcanismo localizado.
Margem passiva (rifte oceânico) Rifte evoluído com crostaoceânica, sedimentação deltáica emarinha rasa / profunda.Domos de sal e plataformacarbonática.
Bacias em Margens Convergentes
2 – Bacia atrás do arco1 – Bacia na frente do arco(forearc)Sedimento água profunda na basepassando para água rasa no topo.Vulcanismo freqüente.Arenito lítico / wacke.Alto gradiente geotermal.
COLISÃO CONTINENTAL1 – Bacia foreland (tardi a pós-
orogênica)Sedimentos de ambiente marinho
raso a continental derivados da
erosão da cadeia de montanhas
(área orogênica).
Bacias Intraplaca (Cratônicas)
Ovais ou circulares, sobre crostacontinental.
Espessura de 3 a 5 km, comsedimentação relacionada avariações do nível do mar(transgressões e regressões).
LEIA MAIS:1. Para entender a Terra, cap. 2. pg. 47-73.2. Origem e Evolução das Bacias Sedimentares (1990), cap. 1, 3 e 4. pg. 49-74 e pgs. 75-97 e
pg. 15-30. G.P.R. Gabaglia & E.J. Milani (Coordenadores).
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8.1 – Introdução: noções de Tectônica de placas
Integrou as teorias sobre “deriva continental” e “espalhamento de fundo oceânico”,
sismicidade, geomagnetismo.
Tectônica global
Diversas placas litosféricas, com espessura de 70 km nos oceanos e 150 km nos
continentes. Dimensões variáveis: 104 a 108 km2.
7 maiores placas → Americana, Africana, Antártica, Índica, Euroasiática, Pacífica.
3 tipos de margensA) Margem construtiva DORSAL OCEÂNICA
(divergente) (acresção) RIFT CONTINENTAL→ margemcontinental passiva.
B) Margem destrutiva ZONA DE SUBDUCÇÃO Tipo Andino(convergente) Tipo Arco de Ilhas
(consumo litosfera)COLISÃO CONTINENTAL
C) Margem conservativa Falhas transformantes(nem geração nemconsumo de litosfera)
Premissas → espalhamento do fundo oceânico nas dorsais; Terra possuisuperfície constante; taxas de geração são as mesmas deconsumo litosférico
Mecanismo motor → correntes de convecção.
Limbo ascendenteFusão parcial, < dLimbo descendenteTemperatura baixa,rigidez aumenta, > d
A lava sob pressão nas dorsais meso-oceânicas EMPURRA a placa, assim como o
afundamento da litosfera fria e densa PUXA a outra extremidade da placa tectônica.
Modelo empurra → puxa.
Litosfera→ baixa temperatura, alta viscosidade, não participa da convecção.
Astenosfera → baixa viscosidade: comporta-se como fluido quando submetido
a longos esforços.
Camada que vai gerar magma por fusão parcial.
LEIA MAIS: 1. Sgarbi, G.N.C.,2007. A dinâmica terrestre e as rochas. In: Petrografia Macroscópica das
Rochas Igneas, Sedimentares e Metamórficas. Sgarbi, G.N.C (Organizador). Editora daUFMG, pg. 11-54.
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8.2 – Classificação de bacias sedimentares: bacias divergentes, convergentes ebacias cratOnicas (intraplaca).
8.2.1 – Bacias Divergentes
Bacias tipo rift: esforços extensionais intraplaca ao longo de zonas de fraqueza crustal.
Afinamento litosférico. Falhas de gravidade lístricas, com geração de grabens. Fortesubsidência mecânica e elevada espessura dos sedimentos (3 a 10 km). Leques aluviais,
sistema fluvial (sedimentos continentais na base). Transgressão no topo, com sedimentos
de ambiente marinho raso. Vulcanismo alcalino.
Depósitos minerais → paleoplacer (Au, D), fosfato, calcário, evaporitos, Fe-Mn.
Sulfetos de Cu – Pb – Zn em folhelhos com matéria orgânica (exalações de salmouras
metalíferas tipo Mar Vermelho).
Pb – Zn – F – Ba (Tipo Mississipi Valley) em calcários.
Bacia de margem continental tipo Atlântico ou margem passiva
Representa a evolução de um rift, com geração de crosta oceânica. A subsidência é
dominada por mecanismos termais, com exponencial diminuição. A sedimentação é
deltáica, marinho raso e profundo (turbiditos). Podem ocorrer falhas de crescimento em
deltas, deslizamentos junto ao talude, tectônica de domos de sal (Golfo do México) e
plataforma carbonática (tipo Bahamas).
Depósitos minerais - evaporitos, argilas negras metalíferas, fosfato (U), Pb – Zn em
carbonatos, carvão, petróleo.
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8.2.2 – Bacias Convergentes
São relacionadas a arcos magmáticos e zonas de subducção.Tipos:
Andino (Cordilheirano) Arcos de Ilhas e Bacia Marginal (Mar do Japão)
Fossa → calha com 8 a 11 km de profundidade, preenchida com sedimentosderivados do arco (turbiditos) e sedimentos pelágicos da crosta oceânica. Sãodeformados (complexos de subducção) commélanges, ofiolitos e cinturões metamórficos pares.
Bacia na frente do arco (fore arc basin) → apresenta, na base, sedimentos deambiente marinho profundo (leque submarino) e, no topo, sedimentos de ambientemarinho raso ou não marinho (delta).Espessura: 6 a 15 km → possui alto gradiente geotermal.Sulfeto maciço vulcanogênico (tipo Bessi e Kuroho); sulfetos sedimentarexalativo; Mn vulcanogênico.
Arco magmático → vulcanismo andesítico – riolítico cálcio-alcalinodevido a fusão parcial da placa em subducção.
Bacia atrás do arco (back arc basin) ou bacia marginal → ocorre sobre crostacontinental ou oceânica, sendo extensional. Sedimentos de ambiente marinhoprofundo, exceto nas margens (leque submarino com detritos vulcânicos) e argilas
pelágicas. Falhas normais com sedimentação diferencial lateral.Sulfetos sedimentar – exalativo e vulcanogênicos (tipo Chipre); Fe - Mnvulcanogênico.
Bacia de retroarco (foreland) → o peso das escamas tectônicas flexiona a litosfera,sendo melhor desenvolvida em colisão entre dois continentes (subducção A). Épreenchida com sedimentos derivados das montanhas (molassa): clásticoscontinentais passando a marinho raso ou deltáico com tectonismo sindeposicional ediscordâncias internas. Situa-se entre a faixa móvel e o cráton, com embasamentocontinental.Urânio em arenitosCu – Pb – Zn em arenitos e folhelhos.
8.2.3 – Bacias Cratônicas (intraplaca) → ovais ou circulares, com espessura de 3 a 4km, geralmente sem fase de rifteamento. A subsidência está relacionada a umdesequilíbrio térmico do manto, com densificação da litosfera e subsidência. O padrãosedimentar está relacionado a variações do nível do mar (transgressões e regressões).Predominam sistemas siliciclásticos e carbonáticos, com estruturas dominadas por ondase marés. Altos estruturais formam sub-bacias.Fosfatos, evaporitos, carvão, urânio, ironstone, calcário, petróleo, gás.
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09. TRANSPORTE E ESTRUTURAS SEDIMENTARES
1 – Forças que atuam sobre os grãos sedimentares:
E
E = empuxoC - coesão entre partículas
(atração eletrostática)
A - força ascendente (fluxo turbulento)
T - força tangencial(movimento do fluido
P
P = peso/gravidade - volume, densidade
C TA
2 – Comportamento de sólidos granulares em fluidos
Mecânica/hidráulica
Equação de Reynolds
Baixo Re Fluxo laminar
Alto Re Fluxo turbolentoFluxo laminar – as partículas de fluido movem-se em trajetórias retilíneas e paralelas,deslizando uma sobre as outras.
Fluxo turbulento – quando a velocidade aumenta ou a camada torna-se rugosa, astrajetórias de fluxo curvam-se formando redemoinhos.
Fluxo laminar Fluxo turbulento
Geraleitoplano
Escava o leito
gera marca onduladae mega ondulação
Nº de Froude dinâmica dos fluidos
Noção de regime de fluxo superior Fr > 1inferior
Quando as forças atuamindividualmente sobre osgrãos livres ocorre aseparação de grãosdurante o transporte
Fluxo fluido(baixa viscosidade)
densidadegranulometriaforma
Quando a força peso age
sobre a massa dos grãos(grãos muito próximos comalta coesão e fricção)
Fluxo denso/gravitacional
(alta viscosidade)Alta concentração de argila/areiano fluido
Re = V.d.pv
Re = nº de ReynoldsV = velocidade da partículad = diâmetrop = densidadev = viscosidade do fluido
2000
Fr = V_ iii (g.L)
Fr = nº de roudeV = velocidade da partículag = aceleração da gravidadeL = força de inércia D = prof. do canal
Forma deleito
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3 – Força de arraste de um fluido
Depende das relações entre velocidade e viscosidade do fluxo e a granulometria e
inércia do sólido.
Velocidade crítica para que uma partícula inicie o movimento.
- Quando o substrato (fundo) é constituído de material arenoso (sem coesão) a
velocidade crítica aumenta com a granulometria.
- Quando o fundo é argiloso (coesivo) necessita-se de maior velocidade crítica
efeito Hjulström.
Argila/silte possuem maior
coesão, devido a forças
intergranulares.
Assim, é necessário maior
velocidade inicial para arrancar a
partícula argilosa.Depois de colocado em
movimento necessita-se de
menor velocidade para manter a
partícula em transporte, até
ocorrer a deposição.
4 – Regime de fluxo e formas de leito
Os princípios básicos de sedimentação por correntes de tração estão ligados a
experiências em canais artificiais confinados. A água corre sobre um leito granular,representando uma carga de fundo transportada pelo rio. Modificando a velocidade do
fluxo surgem configurações diferentes no leito granular gerando diferentes formas de
leito.
Regime defluxo
superiorFr > 1
Aumentovelociadedo fluxo
Leito plano com
lineação longitudinalde corrente (partição)
Antidunas
(ondulaçõessinusoidais)
---------------------------- fase de transição desgaste
Regime defluxo inferior
Fr < 1
Aumentovelociade
dacorrente
Microondulaçõesareia < 0,6mm cristas
paralelas atédescontínua
Macroondulaçõesareia > 0,6mm
sand wavesdunas
subaquáticas
Variáveis granulometria
profundidade – aumento na prof. exige aumento na velocidade
velocidade / viscosidade (fluido)
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Relação entre forma de leito e estrutura sedimentar
Regime defluxo inferior
Rugosidade nasformas de leito
Marcas onduladas eestratificações cruzadas
Regime defluxo superior
Leito plano com
intenso movimentodos grãos
Estratificação planaLineação de partição
Antidunas
Regimes de fluxoe formas de leito
Estruturassedimentares
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5 – Tipos de transporte sedimentar mecânico
5.1 – Fluxo Fluido (baixa viscosidade)
- Água – correntes fluviais, marés, ondas
- Ar (vento).
Transporte de grãos livres ocorre separação granulométrica
ArrasteSaltaçãoRolamento
Suspensão
Leito
arraste / rolamento carga de tração
Energia de transporte granulometria
Granulometria fixa tração – transporte de baixa energia.
saltação/suspenção – transporte de alta energia de fluxo.
Suspenção leito plano Estratificação plana
Tração
Saltação (comp. Tangencial leito ondulado gera marca
da queda de grãos) ondulada assimétrica .
Regime de fluxo inferior marca onduladaestratificação cruzada
Regime de fluxo superior estratificação plana
unidirecionalbidirecional
Separaçãode grãos
DensidadeGranulometria
Forma
Fina suspençãoIntermed. saltaçãoGrossa tração
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5.2 – Fluxo Gravitacional (alta viscosidade)
A força peso age sobre o conjunto de grãos (alta coesão), mistura argila / areia no
fluido.
Viscosidade elevada / associados a declives íngremes.
Tipos:
1 – Escorregamentos / deslizamento: material denso que se desloca pelodeclive como em bloco + ou –homogêneo.
2 – Fluxo de detritos / lama, fluxolaminar, empuxo da matriz argilosadepositada por congelamento coesivo:
paraconglomerado (diamictito) eortoconglomerado.
3 – Corrente de turbidez, fluxoturbulento (cascalho, areia, silte, argila)geram turbiditos com seqüência ideal deBouma (1962):
argilitosiltito com laminaçãoarenito com ripplesarenito com estratificação planaarenito com estrat. gradacional e
marcas de sola.
Evolução de um fluxo gravitacional de sedimentos e atuação do fluxo intersticial. Modificado deWright & Anderson, 1982.
LEIA MAIS:1. Geologia Sedimentar, cap. 3, pg. 30 a 37 e cap. 8, pg. 221 a 226.
seixo, bloco,areia, argila
areia, silte,argila
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2C – Ondulações (ripples) - Ondulações de pequeno porte devido a ação de água
(corrente, onda) e vento, sobre sedimento não coesivo.
2D – Estratificação gradacional - Ocorre um decréscimo/diminuição do tamanho de grão
da base para o topo da camada. Formada por corrente de turbidez (fluxo
gravitacional).
2E – Estrutura maciça – camada que não apresenta estrutura interna.
2F – Estratificação flaser, lenticular, wavy – ondulações areno-siltosas com deposição deargila e laminações cruzadas.
2G – Gretas de contração e pingos de chuva – exposição subaérea de camada argilosa
causando fendas de ressecamento. Pequenas impressões causadas por pingos de
chuva.
MARCAS DE SOLA
λ = comp. de ondaa = amplitudea
TurboglifosResultado
finalMarcas de objetosSulcos
Contramolde
Molde
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ESTRATIFICAÇÃO E LAMINAÇÃO CRUZADA
Formação de mega ripple
Duna – ondulações de cristacurva geram estrat. cruzadaacanalada.
Sand wave – ondulação decrista reta gera estrat. cruzadatabular
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N.M. N.M.
Formação de brecha intraformacional
Folhelho(argila)
erosão brecha
Formaçãoda estrutura
Areia
Argila
Greta de Contração
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10.3 – Estruturas pós-deposicionais
3A – Escorregamentos e deslizamentos (slumps, slides). Falhamentos sinsedimentares
provocam escorregamentos e deslizamentos de sedimentos recém-depositados,
com formação de brechas e camadas contorcidas.
3B – Camadas convolutas – são estruturas de deformação plástica, com dobras
atectônicas devido à compactação. Estrutura de carga e psedonódulos ocorrem na
interface areia/lama, com projeções da areia mole, devido a compactação.
Estruturas de escape de fluidos são dish (prato) e pilar.
3C – Diques de arenito (diques clásticos) – são projeções verticais de areia penetrando em
camadas superiores/inferiores. São formados por preenchimento ou injeção.
3D – Brecha intraformacional – durante a compactação, algumas camadas são afinadas e
rompidas com os fragmentos originando brechas sedimentares. Erosão e
sedimentação rápida também gera brecha intraformacional (ver desenho).
3E – Estruturas biogênicas (bioturbações) – feições produzidas pela atividade em vidasdos animais nos sedimentos moles ou na superfície das camadas (pistas, tubos,
perfurações). Icnologia ou traços fósseis.
3F – Estruturas sedimentares químicas – são resultado da diagênese: concreções,
nódulos, estilolitos, cone em cone e septárias.
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LEIA MAIS:1. Geologia Sedimentar, cap. 6, pg. 126-160.2. Collinson & Thompson (1984) Sedimentary structures, 194 p.3. Tucker, M. (1985) The field description of sedimentary rocks. 112 p. 4. Sgarbi, G.N.C, 2007. Rochas Sedimentares. In: Petrografia macroscópica das rochas
ígneas, sedimentares e metamórficas. Sgarbi, G.N.C (Organizador). Editora da UFMG,pg.273-446.
ESTILÓLITO
Estrutura dedissolução(calcários)
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11. GEOMETRIA E MUDANÇA LATERAL DE FÁCIES EM DEPÓSITOS SEDIMENTARES. NOÇÃO DE FÁCIES.
1 – Fácies: Conjunto de estratos/camadas com características semelhantes (litologia,
textura, estruturas sedimentares, granulometria, espessura, paleocorrentes, conteúdo
fossilífero).
Fácies sedimentar produto da atuação de processos físicos, químicos biológicos no
ambiente sedimentar.
As Fácies mudam lateralmente e verticalmente numa sucessão sedimentar, a partir
da mudança de um, de vários ou de todos os parâmetros definidores da fácies.
Exemplos:
1)
2)
2 – Variação lateral de Fácies
Ocorre em dezenas / centenas de metros até
quilômetros e refletem mudança no ambiente
de sedimentação.
3 – Geometria de depósitos sedimentares
• Tabular ou lençol – camadas extensas, contínuas;
• Lenticular / em cunha – camadas descontínuas;
• Pod / em cone ou leque – corpo confinado; • Cordão alongado – comprimento bem maior que a
largura.
Camadas iguais em espessuraLateralmente uniformes2 fácies arenito folhelho
Camadas desiguais em espessuraLateralmente variáveis, descontínuas5 fácies Arenito
FolhelhoArenito conglomerático
CalcárioConglomerado
Arenito Conglomerado
Calcário Marga Folhelho
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4 – Mobilidade de fácies no registro sedimentar: a Lei de Walther (1894)
“Todas as fácies que ocorrem lateralmente, associam-se na vertical”.
“Fácies que ocorrem em uma seqüência vertical concordante, sem quebras na
sedimentação, foram formadas em ambientes lateralmente, geograficamente, adjacentes”.
SEDIMENTAÇÃO FLUVIAL
Seqüência “finnig-up” produzida por migração
lateral da corrente fluvial meandrante.
Na base temos fácies de canal (conglomerado), na
parte média temos fácies de barra em pontal
(arenitos) e no topo, argilitos/siltitos da planície de
inundação.
SEDIMENTAÇÃO DELTAICA
Seqüência “coarsening-up” produzida por
progradação deltaica.
Sedimento marinho (base) e arenito de frente
deltaica no topo.
SEDIMENTAÇÃO MARINHA
Seqüência “coarsening-up” resultante da
progradação da linha de praia. Sedimentação
regressiva.
Sedimento marinho (base), arenito de praia e
arenito eólico (topo).
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12 . AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO E FÁCIES SEDIMENTARES
Ambientes de sedimentação constitui uma entidade geográfica natural onde ocorre
acumulação de sedimento.
Consistem em porções da crosta / superfície da Terra com propriedades físicas,
química e biológicas bem definidas e diferentes das propriedades apresentadas em áreas
adjacentes.
Metodologia para análise e estudo de rochas sedimentares
Faz-se uma cuidadosa descrição das diversas fácies sedimentares (geometria,
litologia, estruturas sedimentares, padrão de paleocorrentes, fósseis) relacionando-as à
processos, antes de definir um eventual ambiente de sedimentação. Construção de perfil
gráfico-sedimentar com identificação de fácies sedimentares.
Classificação dos ambientes sedimentares
1- Continentais Leque aluvial;Fluvial (entrelaçado e meandrante);Desértico (eólico);Lacustre;Glacial;
2- Transicionais Amb. Deltáico (deltas);Amb. lagunar / litorâneo (praia ou planicie de maré);
3- Marinho Raso (plataformal);Profundo (leque submarino);
4- Amb. deposicionais de carbonatos: Litorâneo a marinho raso/plataformal.
LEIA MAIS:1. Decifrando a Terra, capítulos 10, 11, 12 e 13. 2. Para Entender a Terra, capítulos 8, 14, 15, 16 e 17.3. Geologia Sedimetar, cap. 8, pg. 205-288.4. Fácies Models. 454 p.5. Reinech & Singh, 1980. Depositional Sedimentary environments.6. Readind (1984) Sedimentary environments ans fácies.
• Parâmetros físicos: velocidade, direção, profundidade da água;
velocidade, direção do vento;
• Parâmetros químicos: salinidade, pH, Eh, temperatura;
• Parâmetros biológicos: Fauna, flora.
PROCESSOS AMBIENTES PRODUTO: FÁCIESSEDIMENTARESFísicos (ação de ondas,marés, vento), químicos
(Eh, pH, solubilidade) ebiológicos (bactérias).
Área geográfica“locus” da
sedimentação.
São os diversos sedimentos quese depositam silmultaneamente
em vários ambientes.
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12.1 – Leque Aluvial
Feição deposicional em vale/canyons em áreas montanhosas. Cone de sedimentosconglomeráticos.
Características: Acentuado gradiente topográfico;
Transporte curto, pobre seleção;
Clima árido (úmido);
Fácies proximal (mais grossa – conglomerados, brechas, diamictitos) e
distal (mais fina - arenitos).
Processos de transporte: Fluxo de detritos (debris flow);
Correntes trativas de canal (stream flow);
Inundação em lençol (sheet flow).
Depósitos resultantes Diamictito, conglomerados e arenitos.
Deposição com desconfinamento e
suavização topográfica
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Descrição das fácies:
FáciesGms – diamictito originado por fluxo de detritos. Paraconglomerado com matriz
argilosa, maciço;Gm – conglomerado suportado pelo clasto, clastos imbricados, desorganizado/
estratificação incipiente. Pode apresentar localmente estratificaçãocruzada;
Sh – arenito grosso com estratificação plana.St – arenito grosso / médio com estratificação cruzada acanalada.Fm – pelito maciço;Fl – pelito laminado;C – nódulos carbonáticos (caliche).
Leque proximal
Barras longitudinais comortoconglomeradoslenticulares associadosa diamictitos espessos.
Leque distal
Camadas tabulares dearenitos com cruzadasacanaladas. Lentes decascalho fino.
Canyon
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Tipos de leques aluviais
Clima seco
Controle tectônico
Predomínio de fluxos
gravitacionais
Conglomerados
Clima úmido
Multilobado
Vegetação importante
Arenitos grossos predominamPaleocanais e lagos
(pântanos)
pelitos
LEIA MAIS:1. Geologia Sedimetar, cap. 8, pg. 228-233.2. Fácies Models, cap. 7, pg. 119-142.
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12.2 – Ambiente Fluvial Rios constituem importantes agentes no transporte de sedimentos para os oceanos,
mas são também importantes agentes deposicionais nos continentes.
1 – Subdivisão do ambiente fluvial:
Morfologia dos canais fluviais variam conforme o clima, a declividade (gradiente
topográfico), descarga de sedimentos, velocidade de fluxo, largura e profundidade do
canal.
Quatro padrões de canal fluvial: reto, entrelaçado, meandrante, anastomosado.
2 – Mecanismos da deposição fluvial
a) Sedimentos acumulados a partir da carga de tração, constituindo barras em pontal,
em canal e ilhas fluviais.
b) Sedimentos resultantes da acresção vertical, a partir da carga de suspensão, que
constrói depósitos de transbordamento, diques marginais e planície de inundação.
Acresção lateral: migração da barra em rios
meandrantes.
Acresção vertical: pelitos na planície de
inundação durante enchentefluvial.
Dois tipos de canais fluviais são fundamentais:
1 – Entrelaçado: alta energia, com vários canais e barras arenosas;
2 – Meandrante: baixa energia, sinuosidade importante, com canal fluvial simples, lagos-
meandros abandonados e planície de inundação.
Cheia
Dique
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3 – Principais características e fácies dos ambientes
fluviais entrelaçados e meandrantes.
Sistema fluvial entrelaçado
- predomínio de carga de fundo de granulação grossa;
- razão largura profundidade de canal > 40 ou >300;
- declividade média-alta (> 5º);
- variabilidade de descarga e erosão nas margens;
- formação de barras que obstruem a corrente e ramificam-na (longitudinais e tranversais);
- formação de ortoconglomerados maciços ou estratificados (com clastos imbricados) e
arenitos com estratificações cruzadas em ciclos granodecrescentes.
Fácies
D – Arenitos com cruzadas acanaladas
Pelitos (5%)
BT – Arenitos com cruzadas tabulares/acanaladas
BL – Conglomerados: seixo grânulo
1
1
2
23
1- Barra longitudinal2- Barra transversal3- Dunas subaquáticas
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Sistema fluvial meandrante
- canais com alta sinuosidade;
- razão largura/profundidade do canal < 40;
- predomina transporte de carga em suspensão;
- migração lateral dos canais ocorre através da erosão progressiva das margens côncavas
e sedimentação nas convexas;
- formam-se barras em pontal com superfície de acresção lateral, planícies de inundação,
depósitos de canal (lag), dique marginal, depósito de rompimento do dique, meandros
abandonados.
- principais fácies:
o ortoconglomerados do canal fluvial;
o arenitos grossos/médios com estratificação cruzada acanalada e tabular, marcas
onduladas assimétricas (variação regime de fluxo) nas barras;
o pelitos laminados com raízes (turfa / carvão) com bioturbação e gretas de contraçãode meandro/planície de inundação;
o brecha intraformacional, areia e silte com laminações cruzadas e argila devido a
depósitos de rompimento de diques marginais (crevasse splay);
Canal simples
Perfil equilibrado
Perfil assimétrico
1 - Canal simples
2 - Barra em pontal (areia)
3 - Crevasse splay (rompimento
do dique marginal)
Planície de inundação com
pelitos (folhelhos / siltito).
4 – Dique marginal
5 - Depósito de canal fluvial (cascalho)
A
A
C
C
BB
D
D
4
1
2
35
Erosão
Deposição
Barra em pontal
FáciesArenitos com cruzadas
Pelitos (30 a 50%) comgretas de contração erestos vegetais
Arenitos com cruzadas
Conglomerado
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Fluvial entrelaçado
Fluvial meandrante
LEIA MAIS:1. Para Entender a Terra, cap. 14, pg. 341-363.2. Suguio (2003) Geologia Sedimentar, cap. 8, pg. 220-238.3. Fácies Models, cap. 7, pg. 119-142.4. Riccomini & Coimbra, 1993. Sedimentação em rios entrelaçados e anastomosados. Bol. IG-
USP, Série Didática.5. Assine (2004) Geologia do Continente Sul-Americano, cap. 4, pg. 61-76.
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Turbulência
12.3 – Ambiente Desértico (eólico)
Atividade eólica – erosão transporte, deposição pelo vento.
Vento – diferenças de temperatura (densidade) de massas de ar, devido a maior ou menor
incidência de energia solar sobre a Terra. As massas de ar fluem de zonas de alta
pressão (tendência descendente) para as de baixa pressão.
Velocidade (Km/h) Φ partícula movimentadaVento suave 11 – 17 0,25 mm (areia fina)Vento forte 30 – 40 1,00 mm (areia grossa)
Furacão 60 – 150 30 mm (seixo)
Tipos de desertos Quente (clima árido) Saara, Gobi, Arábia,EUA, Austrália
Frio (árido glacial) Antártida, Groelândia,Atacama (Chile)
Desertos – caracterizam-se por pequena taxa de precipitação pluviométrica, grande
variação de temperatura, predomínio de evaporação, intemperismo físico, escassa
vegetação e ação do vento.
. Hamada – leque aluvial em forma de cone, nas montanhas. Conglomerados earenitos imaturos.
. Wadi – rios efêmeros, produzidos por enxurradas. Arenitos conglomeráticos comcruzadas.
. Playa – lagos efêmeros com arenitos, siltitos, folhelhos, evaporitos (gipsita, anidrita,cloretos).
. Depósitos de areia (sand sea) – várias morfologias, predominando as dunas e oslençóis de areia.
Mecanismos de transporte e sedimentação eólica
- Transporte de poeira (< 0,125mm – areia fina, silte, argila). Fluxo turbulento mantém a
poeira em suspensão.
- Transporte de areia grossa a fina (2 a 0,125mm) saltação
Ação do vento
- erosão eólica: formação de ventifactos (seixos com duas ou mais faces planas e polidas
pela abrasão eólica).
Formação de dunas: acumulação assimétrica, com centenas de metros de altura e
quilômetros de comprimento, de grãos de areia seca.
Fluxo de grãos – avalanche de areia secaBarlavento Sotavento (20 a 35º)
(~10º) Duna estacionária ou migratória
Hamada Lequealuvial Wadi
Riosefêmeros
Playa Dunas - sand sea Erg
Loes (silte)
Sabka
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Tipos de duna (“Sand sea”)
1- Transversais – perpendicular ao fluxo.
2- Barcana – forma de meia-lua, com as
extremidades no sentido do vento.
3- Parabólica – forma de U, com as extremidades contrárias ao vento.
4- Estrela – combinação entre transversal e longitudinal.
5- Longitudinal (seif) - ± paralela ao fluxo, com vento biderecional.
Características dos sedimentos eólicos
. Sedimentos monominerálicos, geralmente quartzo-arenitos bem selecionados;
. Estratificação cruzada de grande porte;
. Sedimentos geralmente vermelhos-rosados, com película de óxido de ferro sobre os
grãos de quartzo;. Poucas classes granulométricas, sedimento maturo;
. Tamanho de grão varia de areia fina a grossa (bimodal). Mica usualmente ausente;
. Grãos com polimento fosco, morfologia arredondada e alta esfericidade (alto impacto
entre os grãos).
Principais fácies do ambiente eólico
DunaSeco – areia com estratificação plana
InterdunaÚmido (oasis) – pelitos c/ gretas, evaporitos, sabka
Duna
Wadis (fluvial)
Estrat. cruz.tabular
Estrat. cruz.Acanalada
Principais tiposde dunas eólicas
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LEIA MAIS:1. Para Entender a Terra,cap. 15, pg. 367-385.
2. Suguio (2003) GeologiaSedimentar, cap. 8,pg.207-211.
3. Fácies Models, cap. 8, pg.143-156.
4. Assine et al. 2004. Geologiado Continente Sul-Americano,cap. 5, pg. 77-94.
Tipos de dunaseólicasModelo para ambientedesértico
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12.4 – Ambiente Lacustre Lagos são corpos de água doce/salgada, situados no continente, sem conexão com
o oceano, onde operam processos físicos (descarga fluvial, ondas, marés), químicos
(salinidade, Eh, pH) e biológicos (atividade algal).
Os lagos são influenciados pelos seguintes fatores:
1- Clima: regula a precipitação/evaporação e tipo de intemperismo.
Ex: lago glacial, lago em ambiente desértico (playa)
2- Natureza da área fonte: influi na composição química da água.
Nos lagos ocorre sedimentação clástica e química. A sedimentação clástica é uma
auréola de arenitos com folhelhos na parte central. Lagos rasos são dominados por
sedimentação deltaica. Lagos profundos mostram sedimentação turbidítica.
A sedimentação química é mais comum em lagos de clima árido, com carbonatos
(calcita, aragonita, dolomita), sulfatos (anidrita, gipsita), cloretos (halita, silvita) e folhelhos.
Modelos para sedimentação lacustre
1. Distribuição esquemática ideal de sedimentos em um lago de região montanhosa,abastecido por vários rios.
Estratificação da água pelatemperatura
Fácies Lacustres:
Arenitos, ritmitos
Folhelhos
Calcários, dolomitos
e evaporitos
As fácies lacustres são semelhantes as fácies sedimentares depositadas em amb.
marinho. Entretanto, podem ser diferenciadas pelo conteúdo paleontológico, extensão
areal e associação com outras fácies continentais (fluviais, eólicas, etc.).
c/O2
semO2
Quente (-densa)
fria Anóxida
Rio Lago
Diagnóstico:
Associação comfácies fluviais eeólicas
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2. Tipos de influxo fluvial (superficiais – overflow, no meio – interflow e rente ao fundo –
underflow) com diferentes densidades.
Alta descarga fluvial em lagos rasos gera sedimentação deltaica expressiva, com
fluxo homopicnal (areias de frente deltaica) e hipopicnal (argilas de pró-delta, que
ficam em suspensão).
Descarga fluvial de material mais denso que o meio receptor, gera fluxo
gravitacional no fundo do lago e correntes de turbidez sedimentação turbidítica.
Fluxo homo ehipopicnal delta tipo Gilbert
Fluxo hiperpicnalgera turbiditolacustre.
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Tipos de influxo em lagos
Contraste de densidades
entre corrente fluvial
e meio receptor.
1 – Fluxo hipopicnal – densidade de descarga fluvial < água do lago. Deposição de
argila em suspensão e carga grosseira constitui uma barra.
2 – Fluxo homopicnal – densidade da corrente = densidade da água do lago.
Formação de lobos sigmoidais na frente deltaica.
3 – Fluxo hiperpicnal – entrada de material mais denso no ambiente lacustre forma
corrente de turbidez.
NL
Ta
Tb
Tc
Tde
Turbidito
Fluxo desacelerante
Climbingripples
Rio
Rio
Lago
1
2
3
-
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Exemplos de sedimentação lacustre
LEIA MAIS:1. Geologia Sedimentar, cap. 8, pg. 238-246.
Fm. SalvadorBacia do Recôncavo
Cretáceo
Bacia deTaubaté – SP
Cenozóico
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12.5 – Sedimentologia Glacial – Ação geológica do gelo
Conjunto de feições erosivas, deposicionais e de ambientes (glacio-continentais e
glacio-marinhos) ligados à ação do gelo.
Ação das geleiras: acumulação de neve e compactação por pressão.Tipos: geleiras de vale, alpina, montanha, altitude
geleiras continentais, mantos, latitudeCaracterísticas: regime termal - base seca
base úmidamudança de fase (avanço e recuo glacial)localização geográfica - polar
temperada
Tilito (till) – sedimento mal selecionado, transportado e depositado a partir de geleiras,
com pouca ou nenhuma seleção por água. Tilito é o equivalente litificado do till.
Diamictito - paraconglomerado mal selecionado, com grânulos e matacões, dispersos
numa matriz fina dominante.
Tilito é um diamictito depositado diretamente pela geleira. Entretanto diamictitos não-
glaciais, depositados como fluxos de detritos, são importantes constituintes de leques
aluviais/submarinos.
Um dos principais PROBLEMAS da sedimentologia glacial é a distinção entreTILITOS X DIAMICTITOS (depositados como fluxos gravitacionais).
TIPOS DE TILLS
1. Till de alojamento (lodgement till) – depositado por baixo de uma geleira ativa, pela
fricção contra o substrato.
2. Till de ablação (melt out till) – lento derretimento de gelo estagnante.
Vai ocorrer como um diamictito maciço, preservado sobre o embasamento, amoldando-se
à paleotopografia, com geometria lenticular, pequena espessura, com planos de
cisalhamento / fissilidade.
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Atividade Glacial
1. Erosão e sedimentação glacio-continental
1- Formação de estrias e sulcos no embasamento;
2- Avanço da geleira, arrancando fragmentos de rochas variadas do embasamento;3- Deposição de tilitos e formação de feições como esker, kame, drumlins e morenas;
4- Degelo, formando depósitos flúvio-glaciais e glacio-lacustres (varvitos). Depósitos
flúvio-glaciais são sistemas fluviais entrelaçados (conglomerados e arenitos grossos
com estratificações cruzadas). Varvitos são sedimentos finos, laminados,
constituídos por siltito e argilito, às vezes com clastos pingados.
2. Sedimentação glácio-marinha
Geleiras podem chegar ao mar, forma de geleira aterrada, isto é, arrastando-se sobre
o substrato ou flutuantes, isto é, como uma plataforma de gelo flutuante.1- Camadas de diamictitos depositados no ambiente glaciomarinho proximal, devido a
fluxos gravitacionais.
2- Camadas de diamictitos intercalados em arenitos e ritmitos.
3- Ritmitos (siltitos e argilitos) depositados longe do gelo, devido a decantação de
plumas de sedimentos finos, às vezes com clastos pingados de “icebergs”.
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EskerSedimentos fluvio-glaciais
em “cordão”
KameSedimento flúvio-glacial em
montículos
DrumlinsColinas elípticas
Morena
Material grosso sedimentado
pelo recuo da geleira
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COMO DIFERENCIAR TILITO DE DIAMICTITO PRODUZIDO POR FLUXOGRAVITACIONAL SUBAQUOSO?
NÃO EXISTE CRITÉRIO TEXTURAL CONFIÁVEL.UTILIZA-SE UM CONJUNTO DE CRITÉRIOSBoulton & deynoux, 1981; Dreimanis & Schlüter, 1985; Drewry, 1986; Brodzikowski & VanLoon, 1991; Eyles & Eyles, 1992; Eyles, 1993.
TILITO. Associação com pavimentos estriados;
. Contato basal discordante;
. Diamictito lenticular, com pequena espessura – metros;
. Planos de cisalhamento/fissilidade;
. Associação com fácies de outwash subaéreo (sistema fluvial, eskers);
. Feições microscópicas de cominuição de grãos sedimentares.
DIAMICTITO . Presença de estratificação no diamictito;
. Associação com pelitos e arenitos turbidíticos;
. Presença de clastos de argilitos;
. Orientação de clastos paralelo ao fluxo;
. Gradação incipiente de clastos;
. Estrutura de carga e escape de fluidos;
. Associação com pelitos e ritmitos com seixos pingados; e
. Espessuras variáveis – dezenas de metros.
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LEIA MAIS:1. Decifrando a Terra, cap. 11, pg. 216-246.2. Para Entender a Terra, cap. 16, pg. 387-418.3. Suguio (2003) Geologia Sedimentar, pg. 211-220.4. Eyles & Eyles (1994) Fácies Models, cap. 5, pg. 73-100.5. Castro (2004) Glaciações Paleozóicas no Brasil. Geologia do Continente Sul-Americano,
cap. 9, pg. 151-162.6. Uhlein et al (2004) Glaciação neoproterozóica sobre o Cráton do São Francisco e faixas
dobradas adjacentes. Geologia do Continente Sul-Americano, cap. 30, pg. 539-553.
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12.6 – Ambiente Deltaico Delta: 4ª Letra do alfabeto grego (∆) – foz do Rio Nilo
1 – Conceito
• depósito sedimentar subaéreo / subaquoso na transição entre um rio e um corpod’água (lago / mar);
• local onde uma corrente fluvial carregada de sedimentos desemboca numa baciareceptora (oceano, baía, lago);
• fluxo canalizado de água e sedimento que, ao entrar num corpodesconfinado, se expande e desacelera, depositando a carga sedimentar.
2 – Fatores que influem nos processos deltaicos
• regime fluvial;• processos costeiros (ondas, marés);• comportamento tectônico (subsidência);• fatores climáticos.
3 – Classificação de deltas
Configuração da área deltaica (em planta / mapa)
• lobado;
• alongado; • em franja; • em cúspide.
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Processos construtivos / destrutivos
• Deltas dominados por rios: ocorrem em lagos ou golfos. Ex: Delta do RioMississipi;
• Deltas dominados por ondas: frente deltaica com cordões praiais bemdesenvolvidos. Ex: Delta Rio São Francisco;
• Deltas dominados por marés (estuários): formam uma série de barras alongadas(barras de marés). Ex: Delta do Rio Amazonas.
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Imagens de satélite Landsat mostrando o delta do Rio Nilo no Egito e delta do Rio Fly, Papua Nova Guiné.
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Fonte: Suguio, 2003. Geologia Sedimentar.
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4 – Sedimentação deltaica (subambientes deltaico)
Planície Deltaica – parte subaérea, com influência fluvial.• Canais distributários com diques marginais.
Canais ativos e abandonados, ambiente fluvial meandrante, curso sinuoso.Ciclos “fine up” com areias e pelitos.
• Planícies interdistributárias (lagos / pântanos).
Depósitos de rompimento de diques marginais, pelitos com gretas deressecamento, turfa.
Frente Deltaica – área frontal de sedimentação deltaica, subaquosa.
A velocidade da corrente fluvial unidirecional decresce radialmente. Depositam-seareias espessas com estratificação cruzada acanalada, estratificação sigmoidal. Aprogradação gera ciclos com granocrescência e espessamento ascendentes.
Barra de desembocadura – arenitos grossos c/ estratificações cruzadas.Barra distal – arenito com intercalações pelíticas.
Migração de barras digitiformes radiais sobre o pró-delta. Elevada taxa desedimentação e a superfície inclinada geram escorregamentos, falhas de
crescimento e diápiros de argila.
Pró Delta
Sedimentação argilosa com matéria orgânica (folhelho carbonoso) e fauna marinha,depositadas por acresção vertical próximo da desembocadura (foz). Diápiros de lamapodem ocorrer – projeções de argilas pró-deltaicas dentro das barr