ulsd059410 td ccaseiro dr30 notas -...

31
759 NOTAS (Menciono nas referências seguintes, apenas os dados constantes nas edições utilizadas; na Bibliografia, que se seguirá, figurarão os dados completos das publicações: nomeadamente, título e data da edição original) Introdução 1. Este tema será tratado detalhadamente no Capítulo 5 «Surgimento do formalismo», sobretudo no ponto 5.20 «Absorção e antiteatralidade (Fried)», dedicado precisamente a Michael Fried. Pode apenas aqui antecipar-se que, de facto, Michael Fried se opunha à neovanguarda minimalista dos anos 60 (que chamava de «literalismo»), e a supunha opositora aos princípios básicos da modernidade e da arte moderna. Porque o minimalismo exaltava dois pressupostos que Fried acreditava serem antimodernos: a objectualidade e a teatralidade. Temas que sustentam as análises de um dos seus mais conhecidos ensaios, «Art and objecthood»; critica Fried o minimalismo: «a pintura moderna procura tratar como imperativo a derrota e suspensão da sua própria objectualidade, e o factor crucial deste empreendimento é a configuração (shape), mas uma configuração que pertence à pintura deve ser pictórica e não literal. Enquanto isso, a arte literalista apoia-se numa configuração enquanto propriedade dada pelos objectos, se não mesmo um objecto em seu pleno direito. O literalismo não aspira derrotar nem suspender a sua objectualidade, mas, pelo contrário descobrir e projectar a objectualidade enquanto tal» («Art and objecthood», Artforum, 5, Junho, 1967; republicação mais importante: Gregory Battcock [org.], Minimal Art: a Critical Anthology, Penguin, 1968; republicação utilizada: Michael Fried, Art and Objecthood: Essays and Reviews, The University of Chicago Press, 1998, pp. 148-172). Veja-se também o ponto 5 ANEXO que reproduz um diálogo entre Fried e o autor desta investigação. 2. Michael Fried, «Art and objecthood», em Fried, Art and Objecthood…, p. 45. PARTE I 1. Hesíodo, Teogonia/Trabalhos e Dias, Lisboa, IN-CM, 2005, p. 40. 2. Hermann Broch, A Morte de Virgílio, Vol I, Lisboa, Relógio d’Água, 1987, p. 84. 3. Lodovico Forni, libreto para Maddalena ai piedi di Cristo, oratória de Antonio Caldara (livrete, p. 46); edição/intérpretes (CD): Kiehr, Dominguez, Fink, Scholl, Türk; Schola Cantorum Basiliensis, dir. René Jacobs; Arles, Harmonia Mundi, 1996. A. Preâmbulo 1. Alain Badiou, L’Être et l’Événement [EE], Paris, Seuil, 1988, p. 49. 2. Ou seja, no terrenos da filosofia de Badiou estamos perante uma facticidade tão clara e evidente que prescinde de qualquer legitimação metafísica, bem como do tipo de facticidade na qual ancora a filosofia analítica. Em P. F. Strawson e Donald Davidson, por exemplo, não existem factos no mundo exteriores a um enunciado linguístico. Como sintetiza Richard Kirkham o pensamento de Strawson e Davidson em torno do facto, o facto não é diferente de

Upload: ngoliem

Post on 01-Nov-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

759

NOTAS (Menciono nas referências seguintes, apenas os dados constantes nas edições utilizadas; na Bibliografia, que se seguirá, figurarão os dados completos das publicações: nomeadamente, título e data da edição original)

Introdução 1. Este tema será tratado detalhadamente no Capítulo 5 «Surgimento do formalismo»,

sobretudo no ponto 5.20 «Absorção e antiteatralidade (Fried)», dedicado precisamente a Michael Fried. Pode apenas aqui antecipar-se que, de facto, Michael Fried se opunha à neovanguarda minimalista dos anos 60 (que chamava de «literalismo»), e a supunha opositora aos princípios básicos da modernidade e da arte moderna. Porque o minimalismo exaltava dois pressupostos que Fried acreditava serem antimodernos: a objectualidade e a teatralidade. Temas que sustentam as análises de um dos seus mais conhecidos ensaios, «Art and objecthood»; critica Fried o minimalismo: «a pintura moderna procura tratar como imperativo a derrota e suspensão da sua própria objectualidade, e o factor crucial deste empreendimento é a configuração (shape), mas uma configuração que pertence à pintura – deve ser pictórica e não literal. Enquanto isso, a arte literalista apoia-se numa configuração enquanto propriedade dada pelos objectos, se não mesmo um objecto em seu pleno direito. O literalismo não aspira derrotar nem suspender a sua objectualidade, mas, pelo contrário descobrir e projectar a objectualidade enquanto tal» («Art and objecthood», Artforum, 5, Junho, 1967; republicação mais importante: Gregory Battcock [org.], Minimal Art: a Critical Anthology, Penguin, 1968; republicação utilizada: Michael Fried, Art and Objecthood: Essays and Reviews, The University of Chicago Press, 1998, pp. 148-172).

Veja-se também o ponto 5 ANEXO que reproduz um diálogo entre Fried e o autor desta investigação.

2. Michael Fried, «Art and objecthood», em Fried, Art and Objecthood…, p. 45. PARTE I 1. Hesíodo, Teogonia/Trabalhos e Dias, Lisboa, IN-CM, 2005, p. 40. 2. Hermann Broch, A Morte de Virgílio, Vol I, Lisboa, Relógio d’Água, 1987, p. 84. 3. Lodovico Forni, libreto para Maddalena ai piedi di Cristo, oratória de Antonio Caldara (livrete,

p. 46); edição/intérpretes (CD): Kiehr, Dominguez, Fink, Scholl, Türk; Schola Cantorum Basiliensis, dir. René Jacobs; Arles, Harmonia Mundi, 1996.

A. Preâmbulo 1. Alain Badiou, L’Être et l’Événement [EE], Paris, Seuil, 1988, p. 49. 2. Ou seja, no terrenos da filosofia de Badiou estamos perante uma facticidade tão clara e

evidente que prescinde de qualquer legitimação metafísica, bem como do tipo de facticidade na qual ancora a filosofia analítica. Em P. F. Strawson e Donald Davidson, por exemplo, não existem factos no mundo exteriores a um enunciado linguístico. Como sintetiza Richard Kirkham o pensamento de Strawson e Davidson em torno do facto, o facto não é diferente de

760

uma sentença verdadeira (Richard L. Kirkham, Theories of Truth: A Critical Introduction, The MIT Press, Cambridge, Mass., 1992, p. 138). Mas a teoria da correspondência da verdade, que analisaremos no capítulo seguinte, diz-nos que há verdade quando há correspondência entre sentença/proposição e facto. Logo, a verdade em Badiou situa-se naquilo que acontece; nalguma filosofia analítica ela tende a «repousar» ou na proposição ou numa correspondência entre o mundo e a proposição, ou, digamos apenas, numa correspondência. Adiante, tentar-se-á outra fórmula: a verdade em Badiou é fortuita, na filosofia analítica ela corresponde à clareza do facto. Em Wittgenstein, o facto corresponde ao mundo e confirma-o (constitui-o). Em Badiou, ela rompe o mundo, instaura um mundo (inédito). Rompe com a finalidade de o confirmar. Ver ainda: A. P. Martinich e David Sosa (orgs.), Analytic Philosophy: An Anthology, Malden, Oxford, Blackwell, 2001; Frederick F. Schmitt (org.), Theories of Truth, Blackwell, 2004.

3. Ver Paul Benacerraf e Hilary Putnam (orgs.), Philosophy of Mathematics: Selected Readings, Cambridge, Cambridge University Press, 1964.

4. Alain Badiou, Breve Tratado de Ontologia Transitória, Lisboa, Instituto Piaget, 1999, p. 95. 5. Cfr. Stephen Mumford (org.) Russell on Metaphysics, Londres e Nova Iorque, 2003. 6. Alain Badiou, Breve Tratado de Ontologia Transitória, p. 96. (Ed. original, p. 96.) 7. David Ross, Teoría de las Idas de Platón, Madrid, Cátedra, 1986, p. 42. 8. Alain Badiou, Logiques des Mondes: L’Être et l’Événement 2 [LM], Paris, Seuil, 2006. Ver

Préface, pp. 9-49. 9. Alain Badiou, Breve Tratado de Ontologia Transitória, pp. 98-99. 10. Ibidem, p. 99. 11. S. Paulo, Primeira Epístola do Apóstolo S. Paulo aos Coríntios [título completo do texto na

edição utilizada: Bíblia Ilustrada, Vol. VIII [trad. João Ferreira Annes de Almeida e org. José Tolentino de Mendonça], Lisboa, Assírio & Alvim e Círculo de Leitores, 2006, pp. 46-47. Salvo diferente indicação, os textos bíblicos, Antigo e Novo Testamento, utilizados nesta investigação são da responsabilidade dos citados autores e editores, por isso evitarei abrir constantemente «notas» sobre os mesmos. Foram ainda consultadas (para clarificar discrepâncias em versículos, no entanto raras outras edições da Bíblia: A Bíblia Sagrada Contendo o Novo e o Velho Testamento, traduzida em Portuguez segundo a Vulgata Latina pelo Padre António Pereira de Figueiredo, Lisboa, Depósito das Sagradas Escrituras, 1923; Bíblia Sagrada Traduzida da Vulgata e anotada pelo Pe. Matos Soares, São Paulo, Edições Paulistas, 1960 (ver outros elementos na Bibliografia).

12. Žižek cita este trecho de Harold Bloom: «Se consegues aceitar um Deus que coexiste com os campos de extermínio, a esquizofrenia e a sida, e o vês como todo-poderoso e bondoso, então és um homem de fé (…). Mas se tens para ti uma afinidade com um Deus alheio, estranho e separado deste mundo, então és um gnóstico (…). (Bloom, Presagios del Milénio: La Gnosis de los Angeles, el Milénio y la Ressurrección, Barcelona, Anagrama, p. 224.) Ou cfr. Slavoj Žižek, On Belief, Londres, Nova Iorque, Routledge, 2001, p. 6.

13. Ver Slavoj Žižek, The Puppet and the Dwarf: The Perverse Core of Christianity, The MIT Press, 2003.

14. De novo, Žižek, On Belief. 15. Žižek, The Fragile Absolute, Or, Why is the Christian Legacy Worth Fighting For?, Londres,

Verso, 2000. 16. Žižek, The Ticklish Subject: The Absent Centre of Political Ontology, Verso, 1999. 17. Alain Badiou, Saint Paul: La Fondation de l’Universalisme, Paris, PUF/Collège International

de Philosophie, 1997, pp. 15-16. 18. Slavoj Žižek, The Puppet and the Dwarf…, Capítulo 4, «From law to love…and back», pp.

93-121. 19. Alain Badiou, L’Être et l’Événement [EE]. 20. Alain Badiou, Logiques des Mondes: L’Être et l’Événement [LM]. 21. Mao Tse-Tung, «Where do correct ideas come from?», em Mao on Practice and

Contradictions (Slavoj Žižek, org.), Londres, Verso, pp. 167-168. 22. LM, pp. 515-525. 23. Ibidem, p. 515. 24. Ibidem, p. 515. 25. Devo explicar que refiro o Exército ou movimento Zapatista, pois, junto ao Movimento dos

SemTerra do Brasil (MST) e às Madres de la Plaza de Mayo na Argentina, vão interessar a Alain Badiou de duas ou três formas: 1) configuram e definem o «movimento» por distinção ao «partido» (considerando o autor que a emancipação hoje deverá estar nas mão do

761

«movimento» depois do colapso do «partido» no século XX); os três casos apontados permitem definir e separar os vários tipos de «movimentos» (que hoje pululam numa cacofonia sem significado); actualizam a tese maoista que refere que a emancipação tem de partir do exterior do Estado (e nunca do Estado, por exemplo, nunca do voto, que é um acto de Estado). Para Badiou, que aprendeu esta estratégia com Mao, o zapatismo permite ver a possibilidade de zonas emancipadas exteriores e longínquas em relação ao Estado (supostamente democrático). O zapatismo configura assim uma força subjectiva, evenemental, exterior ao Estado. O «movimento» tem três facetas: (i) prova poder existir exteriormente ao Estado; (ii) luta por um igualitarismo social que vai além dos interesses dos “associados” do movimento (o que poucos movimentos hoje cumprem); e (iii) instaura uma nova espacialidade e temporalidade: uma lentidão contra a velocidade do partido. Badiou profere muitas destas considerações em duas conferências argentinas de 2000, precisamente proferidas na Universidad Popular Madres de la Plaza de Mayo (ver Acontecimiento, 19-20, ou <www.grupoacontecimiento.com.ar>.

26. Mao citado por Badiou, LM, p. 516. 27. Mao, LM, p. 519. 28. Sobre a relação entre a graça e o acontecimento, ver «States of Grace: The excess of the

demand in Badiou’s ethics of truths», em Peter Hallward (org.), Think Again: Alain Badiou and the Future of Philosophy, Londres e Nova Iorque, Continuum, 2004, pp. 106-119. Noutro ponto é o próprio Badiou quem opõe a graça (metáfora do acontecimento) à lei (a situação), consideração tecida a partir do exemplo de S. Paulo: «A lei, para Paulo, designa uma particularidade, logo uma diferenciação. (…) [Por outro lado] apenas o carisma, a graça, estão à medida de um problema universal» (Saint Paul…, pp. 80,81).

29. Cfr. Søren Kierkegaard, Either / Or: A Fragment of Life, Londres, Penguin, 1992. 30. O anterior livro citado de Kierkegaard foi escrito pelo seu heterónimo, ou organizador de

textos, Victor Eremita; por outro lado, em Johannes Climacus é o cristianismo que norteia a escolha ética: Concluding Unscientific Postscript to Philosophical Fragments, Princeton, Princeton University Press, 1992. O tema da ética, ou a «vida ética» impõe-se em Kierkegaard, naturalmente. E a «escolha» (either / or) é a encarnação ou materialização da própria ética. Ver introdutoriamente Clare Carlisle, Kierkegaard: A Guide for the Perplexed, Continuum, 2006, pp. 56-62.

31. Platão, O Banquete, Lisboa, Edições 70, p. 47. 32. Aristóteles, Metafísica, Madrid, Gredos, p. 4. 33. Ver Alain Badiou, Pequeno Manual de Inestética, Lisboa, Piaget, 1998, pp. 14-16. 34. Aristóteles, Ética a Nicómaco, Lisboa, Quetzal, p. 139. 35. Aristóteles, Poética, Lisboa, IN-CN, p. 106. 36. Alain Badiou, Pequeno Manual de Inestética, p. 13. 37. Fabien Tarby, La Philosophie d’Alain Badiou, Paris, L’Harmattan, p. 159. 38. Ver, de Philippe Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy, L’Absolu Littéraire: Théorie de la

Littérature du Romantisme Allemand, Paris, Seuil, 1978; e, de Jean-Luc Nacy, Au Fond des Images, Paris, Galilée, 2003, pp. 11-33.

39. Alain Badiou, Pequeno Manual de Inestética, p. 19. 40. Giorgio Agamben, Ideia da Prosa, Lisboa, Cotovia, 1999, p. 46. 41. Ibidem, p. 47. 42. Por exemplo: «Uma coisa, para ser verdadeira, deve ter a forma apropriada à sua natureza.

Portanto, o espírito apenas apreende a forma quando é apropriada ao conhecimento, ou, por outras palavras, quando existe conformidade entre espírito e coisa. O conhecimento da verdade é o conhecimento dessa conformidade. Portanto, a verdade não é acessível aos sentidos: vemos o modo pelo qual uma imagem corresponde a uma coisa, mas não vemos a correspondência em si mesma.», em S. Tomás de Aquino, Summa Theologiae: A Concise Translation (org. Timothy McDermott), Notre Dame, Indiana, Christian Classics, p. 45.

43. LM, p. 13. 44. Nos textos sobre Hölderlin, por exemplo, o poeta é aquele que recebe, aguenta, entende e

transmite o acenar dos deuses; ver Hinos de Hölderlin, Lisboa, Piaget, 2004 (por exemplo, 1 §4 D, p. 38). Mas, mais claramente, consultar A Origem da Obra de Arte, Lisboa, 1989.

45. Ver LM, Livro I, Escólio «Une variante musicale de la métaphysique du sujet», pp. 89-92. Além disso, se Lenine vem de Marx para o aplicar de forma um tanto «desviada», de Lacan em relação a Freud também poderíamos dizer o mesmo, o mesmo se passará entre Schoenberg e a tradição ou as origens. Lemos esta passagem no seu Tratado de Harmonia: «A nossa preocupação deve ser meditar continuamente sobre a origem misteriosa da

762

actividade artística. Mas, começando sempre desde o início; observando sempre uma e outra vez, intentando seguidamente organizar e reagrupar de novo as coisas por nós mesmos» (citado por Jordi Pons, Arnold Schönberg: Ética, Estética, Religión, Barcelona, Alcantilado, 2006, p. 74).

46. Alain Badiou, Circonstances, 2: Irak, Foulard, Allemagne/France, Paris, Léo Sheer, 2004, p. 85.

47. Ibidem, p. 98. 48. Ibidem, p. 85. 49. Ibidem, p. 93. 50. Ludwig Wittgenstein, Tratado Lógico-Filosófico, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,

1987, p. 29 (1.11), pp. 62,63 (4.112 e 4.116), p. 71 (4.21) e p. 114 (5.6). 51. Introdutoriamente, ver: Alfred Tarski, «The semantic conception of truth and the foundations

of semantics», em F. F. Schmitt (org.), Theories of Truth, Blackwell, 2004, pp. 115-151. Desenvolvendo: Alfred Tarski, Logic, Semantics, Meta-Mathematics, Indianapolis, Hackett, 1983.

1. História da verdade 1. Ludwig Wittgenstein, Investigações Filosóficas, Lisboa, Gulbenkian, 1987, p. 251. 2. Badiou, Pequeno Manual de Inestética, Lisboa, Piaget, 1988, p. 81. 3. Badiou, Compêndio de Metapolítica, Lisboa, Piaget, 1988, p. 117. 4. Ibidem, p. 117. 5. Ibidem. 6. Ibidem, p. 118 7. Refiro muito concretamente o importante texto de Lenine, «O que fazer?», em The Lenin

Anthology (Robert C. Tucker, org.), Nova Iorque, W.W.Norton, 1975 («What is to be done? Burning questions of our movement», pp. 12-114).

8. Badiou, Pequeno Manual …, p. 74 9. Michael Glanzberg, «Truth», The Stanford Encyclopedia of Philosophy [entrada: 2006], em

<http://plato.stanford.edu/entries/truth>. 10. Ver estas questões e o seu desenvolvimento em forma de «respostas» ou problematização

logo no primeiro capítulo de Richard L. Kirkham, Theories of Truth: A Critical Introduction, The MIT Press, 1995, pp. 1-40.

11. Ludwig Wittgenstein, Tratado Lógico-Filosófico, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987, p. 30.

12. Ibidem, p. 57. 13. Desse modo, estabelecendo de imediato uma ligação entre proposição e facto, o enunciado

tende a ficar mais claro (ligando-se mundo-acontecimento-proposição.facto). Na conhecida tradução castelhana de Tierno Galván do Tractatus, lemos: «2. Lo que acaece, el hecho, es la existencia de los hechos atómicos» (Madrid, Alianza, 1985, p. 35). Na tradução de M. S. Lourenço que aqui tenho usado (Gulbenkian), lemos: «2. O que é o caso, o facto, é a existência de estados de coisas» (p. 29). Creio pois que a tradução de Tierno Galván pode esclarecer alguns tópicos menos claros de Wittgenstein no Tractatus.

14. Platão, Teeteto, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2005. p. 276. 15. Frederik F. Schmitt, «Truth: An Introduction», em F.F. Schmitt (org.), Theories of Truth,

Malden, Oxford, Blackwell, 2004, p. 18. 16. Michael Glanzberg, «Truth», ob. cit. 17. Stephen Mumford (org.) Russell on Metaphysics, Londres e Nova Iorque, 2003, p. 102. 18. Ibidem, pp. 106-107. 19. Ver, por exemplo, Crispin Wright, Realism, Meaning and Truth, Blackwell, 1993 e de Hilary

Putnam, Representation and Reality, The MIT Press, 1988, onde o autor abandona o seu modelo «funcionalista», que considerava uma ligação computador-mente generalizada, recusando também uma ligação básica entre estados físico-químicos e estados mentais, pois os estados mentais não possuem uma literalidade programática (cfr. num primeiro momento, «Introduction», pp. xi-xv).

20. Ver A. Tarski, Logic, Semantics, Meta-Mathematics, Indianapolis, Hackett, 1983. 21. Frederik F. Schmitt, «Truth: An Introduction», ob. cit., p. 22. 22. Alfred Tarski, «The semantic conception of truth and the foundations of semantics», em

763

Frederik F. Schmitt (org.), Theories of Truth, Malden, Oxford, Blackwell, 2004, p. 136. 23. Ibidem, p. 117. 24. Clement Greenberg, «Modernist Painting», em The Collected Essays and Criticism,

Modernism with a Vengeance, 1957-1969, Vol. 4 (John O’Brian, org.), Chicago, Chicago University Press, p. 87.

25. Ver Bertrand Russell, «On the Nature of Truth», em Frederik F. Schmitt (org.), Theories of Truth, ob. cit., pp. 77-92.

26. Bertrand Russell, «On the Nature of Truth», ob. cit., e ainda: Peter Hylton, Russell, Idealism, and Emergence of Analytic Philosophy, Oxford, Oxford University Press, 1993.

27. Ver Richard L. Kirkham, Theories of Truth, ob. cit., pp. 104-112. 28. Charles S. Peirce, «A fixação da crença», em Charles S. Peirce, Antologia Filosófica,

(António Machuco Rosa, org. e trad.), Lisboa, IN-CM, pp. 59-74. 29. Ibidem, p. 64. 30. Ibidem, pp. 66-67. 31. Ibidem, p. 72. 32. Ibidem, p. 65. 33. Frederik F. Schmitt, «Truth: An Introduction», ob. cit., pp. 3-11. 34. Anil Gupta, «Minimalism», em Frederik F. Schmitt (org.), Theories of Truth, ob. cit., pp. 295-

306. 35. Hartry Field, «Deflationist views of meaning and content», em Frederik F. Schmitt (org.),

Theories of Truth, ob. cit., p. 270. Desenvolvimento: Bradley P. Armour-Garb e JC Beall (orgs.), Deflationary Truth, Chicago, Open Court, 2005.

2. Claridade fortuita do acontecimento 1. Mao Tse-Tung, «Apresentação de uma cooperativa, 1958», em Citações do Presidente Mao

Tse-Tung, Lisboa, Minerva, 1974, p. 33. 2. Heraclito, Fragmentos Contextualizados, Lisboa, IN-CM, 2005, p. 147. 3. Conde de Lautréamont, Cantos de Maldoror, Lisboa, Fenda, 1988, p. 225 4. De facto, muitas vezes as objecções às teorias analíticas da verdade vêm de dentro da

própria filosofia analítica ao longo da sua história, começando desde logo pelas objecções de Russell e Moore ao idealismo da identidade e da proposição, nomeadamente. Ver novamente como introdução ao problema: Frederik F. Schmitt, «Truth: An Introduction», em Frederik F. Schmitt (org.), Theories of Truth, Malden, Oxford, Blackwell, 2004, pp. 1-38.

5. Sobre este entendimento da esquizofrenia, escreve Eugène Minkowski: «Apoiando-me na noção de autismo, faço da perda de contacto vital com a realidade o problema essencial da esquizofrenia» (E. Minkowski, Le Temps Vécu: Études Phénoménologiques et Psychopathologiques, Paris, PUF, 1995, p. 256. Ora, se nesta definição, a esquizofrenia se afasta e não toca na realidade, tentemos substituir «realidade» por situação e poderemos ver que um paralelo pode surgir, pois o acontecimento também é um afastamento indiferente à situação (que desse modo pode entrar em ruptura).

6. Num ensaio que defende a arte politizada de Hans Haccke podemos ler um esboço de crítica, em Buchloh, ao minimalismo, utilizando precisamente os termos imobilidade «pré-linguística» e «assexuada». Ver Benjamin H. D. Buchloh, «The entwinement of myth and enlightenment», em Hans Haacke: «Obra Social», Barcelona, Fundació Tàpies, 1995.

7. Podemos depois acompanhar uma já famosa crítica de Buchloh às ortodoxias conceptualistas (sobretudo à perspectiva linguística de Joseph Kosuth, interessando-se o crítico mais por autores como Ed Ruscha) em «From the aesthetic of administration to institutional critique (some aspects of conceptual art 1962-1969)», em AA. VV., L’art Conceptuel: Une Perspective, ARC / Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, 1989.

8. Refiro o meu livro, Sombras Irredutíveis: Arte, Amor, Ciência e Política em Alain Badiou, Lisboa, Vendaval, 2005.

9. Alain Badiou, Compêndio de Metapolítica, Lisboa, Piaget, 1999, p. 95, 96. 10. No Teeteto, o fulcro desta refutação da tese em que o saber se pretende sofisticamente

igual à percepção, ocorre entre as linhas 164a e 165ª (Lisboa, Gulbenkian, pp. 229-231). 11. N. Poirier/Alain Badiou, «Entretien avec Alain Badiou», Le Philosophoire, 9, 1999, citado

por Peter Hallward, Badiou: A Subject to Truth, Minneapolis, University of Minnesota Press, 2003, p. 5.

764

12. Este empolado antiplatonismo, apesar de empolado e um território aparentemente dominante no pensamento do século XX, tal como o viu Badiou (que aliás o analisa num trajecto de Nietzsche a Deleuze, segundo o tópico de uma «imanência da vida» contra a «idealidade do conceito»), não interferiu, nem refreando ou impedindo (palavra talvez demasiado forte), uma suposta vocação desmaterializante da arte contemporânea – por exemplo, do conceptualismo, ou melhor, não exactamente da arte conceptual, enquanto produção, mas sim de alguns dos seus defensores ou divulgadores menos esclarecidos. Isto é, não é a arte conceptual que é realmente desmaterializante, mas antes a vontade de alguns dos seus teóricos ou intérpretes (quase sempre desligados dos processos criativos, convenhamos). Ora, quem julga poder reduzir o conceptualismo a uma mera desmaterialização idealizada, esquece ou ignora a complexidade do gesto conceptualista. E, ao mesmo tempo, estaria a ir contra a ambiência antiplatónica da época – do século XX, e, neste caso concreto, da década de 60. Mas, no fundo, onde pretendo chegar com esta digressão, que parece afastar-me do centro de um livro sobre Badiou, é à seguinte ideia: uma análise pouco cuidadosa resvala sempre num cliché – e aqui atribuir uma vocação exclusivamente desmaterializante ao conceptualismo é um cliché tão evidente quanto o de afirmar que o século XX é um tempo predominantemente antiplatónico. Parecem clichés opostos, mas são efectivamente do mesmo calibre. Por isso, de certo modo, estava um pouco equivocado quando considerei o antiplatonismo «dominante» como um eficaz antídoto à desmaterialização (platónica) da arte (conceptual, performativa, etc. – ver o meu A Representação da Vanguarda: Contradições Dinâmicas na Arte Contemporânea, Oeiras, Celta, 2002, capítulo 3, «Rematerialização e Espaço do espectador», p. 54). Ou talvez não estivesse errado de todo, pois, embora elevado a cliché, o antiplatonismo era bem real nalguns casos e nalguns lugares do pensamento: diga-se que em arte era mesmo a tónica de processos como o da Arte Povera ou do pós-minimalismo em geral. E aí, era (é), de facto, impraticável e redutor falar de desmaterialização da arte. Por isso talvez faça sentido querer criticar as pretensões desmaterializantes (em teoria) da arte com esta dominância antiplatonista, se não dominante, pelo menos observável como forte tendência. E, resumindo, ao mesmo tempo que se verifica a existência de um antiplatonismo moderno também se pode reconhecer a importância de superar a dicotomia platonismo versus antiplatonismo.

13. Alain Badiou, Deleuze: «La Clameur de l’Être», Paris, Hachette, 1997, p. 149. 14. Alain Badiou, Pequeno Manual de Inestética, Lisboa, Piaget, 1999, p. 67. 15. Ibidem, p. 26. 16. Ibidem, p. 68. 17. Ver Alain Badiou, «Dialectiques de la fable», em Alain Badiou (e outros), Matrix: Machine

Philosophique, Paris, Ellipses, 2003, pp. 120-129. 18. A propósito, continuando com a relação entre Matrix e Platão, ou, de modo abrangente,

sobre a verdade e os limites do virtual, a vontade ou a liberdade e o trabalho-produção, o saber e a moral, a religião e a experiência, entre outras agendas, num regresso em permanência à caverna platónica, pode-se consultar, de William Irwin (org.), o conhecido The Matrix and Philosophy: Welcome to the Desert of the Real, Chicago, La Salle, Open Court, 2002, prosseguir a análise com o imprescindível ensaio de Slavoj Žižek, «The Matrix, or, the two sides of perversion» (pp. 240-266). Ou, de Matt Lawrence, Like a Splinter in Your Mind: The Philosophy Behind The Matrix Trilogy, Malden, Blackwell, 2004. Seria demasiadamente exaustivo continuar aqui a bibliografia sobre o filme dos Wachowski, que é vasta, pois conta ainda com autores como Boris Groys, Peter Sloterdijk, etc. De qualquer modo, o essencial fica enumerado.

19. Já citados, constituindo o corpo central da obra do autor: L’Être et l’Événement [EE], Paris, Seuil, 1988; e Logiques des Mondes: L’Être et l’Événement 2 [LM], Paris, Seuil, 2006.

20. Ver o longo e imprescindível «The politics of truth, or, Alain Badiou as a reader of St. Paul», em Žižek, The Ticklish Subject: the Absent Centre of Political Ontology, Londres, Verso, 1999, pp. 127-170.

21. EE, p. 12. 22. EE, p. 13. 23. O ser parmenidiano caracteriza-se por uma imobilidade una por oposição ao fluxismo

sensista heraclitiano. Essa imobilidade e a caracterização geral do ser em Parménides têm como fundamento o conceito de verdade, central no autor do qual chegou até nós um poema que descreve a viagem de um filósofo ao reino (ao seio) da deusa Verdade (ver p. 338, capítulo 6).

765

24. Parmenides de Eléia, Fragments, frag. 8 (trad. e introd. de David Gallop), University of Toronto Press, 2000, p. 65. Ver também Platão, Parmenides, 166c (trad. Mary L. Gill e Paul Ryan), em John M. Cooper, org., Plato: Complete Works, Indianapolis, Hackett, 1997).

25. Alain Badiou, «Topos, ou logiques de l’onto-logique: une introduction pour philosophes, tome 1»; manuscrito inédito de 1993, citado por Peter Hallward, Badiou: A Subject to Truth, ob. cit., 2003, p. 310.

26. Peter Hallward, «Depending of inconsistency: Badiou’s answer to the “Guiding question of all philosophy”», Polygraph, 17, Durham, 2005, pp. 11-14.

27. Ibidem, p. 11. 28. Alain Badiou, Manifiesto por la Filosofia, Madrid, Cátedra, 1990, p. 82. 29. Alain Badiou, «Mathematics and philosophy: the Grand Style and the Little Style», em

Badiou, Theoretical Writings (Ray Brassier e Alberto Toscano, trad. e orgs.), Londres, Continuum, 2004, pp. 12-13.

30. Ibidem, p. 12. 31. Ibidem. 32. Ibidem, p. 13. 33. Alain Badiou, Breve Tratado de Ontologia Transitória, Lisboa, Instituto Piaget, 1999, p. 99. 34. Ibidem, p. 99. 35. Ibidem, p. 100. 36. EE, p. 13. 37. Alain Badiou, Breve Tratado de Ontologia Transitória, p. 56. 38. Ibidem, p. 58. 39. Cfr. Gilles Deleuze e Félix Guattari, O que é a Filosofia?, Lisboa, Presença, 1992 (ver

sobretudo o capítulo 6, pp. 133, 134). Mas, a propósito ainda dos encontros e desencontros entre Deleuze a Badiou, o primeiro estudo a consultar deverá ser, obviamente, o Deleuze, já citado, do próprio Badiou. Significativo é ainda o ensaio de François Wahl, «Le soustractif», em Alain Badiou, Conditions, Paris, Seuil, 1992, pp. 9-54. Ou, de Eric Alliez, «Badiou/Deleuze», no dossiê homónimo, em Futur Antérieur, 43, Paris, Abril, 1998. Badiou, que sempre se posicionou sob o signo de Platão, começa por se opor ao que chama de organicidade aristotélica de Deleuze (Leibniz ou Spinoza), arremessando sempre Platão contra Aristóteles, portanto, a ruptura do acontecimento contra o fluxo.

40. EE, p. 312. 41. Giorgio Agamben, A Comunidade que Vem, Lisboa, Presença, 1993, p. 11. 42. EE, p. 312. 43. EE, p. 312. 44. EE, p. 543. 45. EE, pp. 202, 203. 46. EE, pp. 257-265. 47. EE, p. 556. 48. Alain Badiou, Peut-on Penser la Politique ?, Paris, Seuil, p. 68. 49. EE, p. 544. 50. «On the truth-process: an open lecture by Alain Badiou», conferência proferida em Agosto

de 2002 na European Graduate School (Saas-Fee, Wallis), disponível em <www.egs.edu/faculty/badiou/badiou-truth-process-2002.html >

51. Ibidem. 52. É deste modo que Badiou caracteriza o seu Logiques des Mondes, ob. cit. 53. LM, p. 10. 54. Slavoj Žižek, Bem-Vindo ao Deserto do Real, Lisboa, Relógio d’Água, 2006, p. 20. 55. Ver Slavoj Žižek, «Multiculturalism, or, the cultural logic of multinational capitalism», New

Left Review, 225, Setembro/Outubro, 1997, pp. 28-51. 56. Homi Bhabha, The Location of Culture, Londres, Nova Iorque, Routledge, 1994. 57. LM, p. 11. 58. Descartes citado por Badiou, em LM, p. 13. 59. Badiou, Compêndio de Metapolítica, p. 150. 60. LM; p. 17. 61. Ibidem. 62. Peter Hallward, Badiou: A Subject to Truth, p. XXVII. 63. Ver «Préface-Circonstances et Philosophie», em Circonstances 2: Irak, Foulard,

Allemagne/France, Paris, Lignes & Manifestes/Léo Scheer, pp. 9-19. 64. Ibidem, pp. 9-10.

766

65. Ibidem, p. 15. 3. Vida singular e esforço de construção laica do infinito 1. Alain Badiou, L’Être et l’Événement [EE], Paris, Seuil, 1988, p. 164. 2. «On the truth-process: an open lecture by Alain Badiou», conferência proferida em Agosto de

2002 na European Graduate School (Saas-Fee, Wallis), disponível em <www.egs.edu/faculty/badiou/badiou-truth-process-2002.html >

3. Aristóteles, Metafísica (Livro VI, Ε, 1026a20-25). Madrid, Gredos, 1998, p. 307. 4. Ver Jonathan Barnes, «Metaphysics», em Jonathan Barnes (org.), The Cambridge

Companion to Aristotle, Cambridge University Press, 1995, p. 102. 5. Consultar Michael J. Loux, Metaphysics: A Contemporary Introduction, Londres, Nova

Iorque, Routledge, 2002. 6. De novo, Jonathan Barnes, «Metaphysics», ob. cit. 7. Cfr. Michael J. Loux, Metaphysics, ob. cit. 8. Aristóteles, Física [Physics], em The Complete Works of Aristotle (org. Jonathan Barnes),

Princeton, Princeton University Press, 1995, pp. 315-446. 9. R. J. Hankinson, «Science», em J. Barnes (org.), The Cambridge Companion…, p. 141. 10. Ibidem. 11. EE, «Méditation Treize», pp. 161-168. 12. S. Tomás de Aquino, Summa Theologiae: A Concise Translation (org. Timothy McDermott),

Notre Dame, Indiana, Christian Classics, p. 142. 13. Ibidem, p. 578. 14. S. Tomás de Aquino, Suma de Teología, I (Damian Byrne, O.P., org.), Madrid, BAC, 1998

(1, q.7, p. 138). 15. EE, p. 161. 16. EE, p. 162. 17. Aristóteles, Metafísica, Livro IV ( Γ ), 7, 1011b26-27, ob. cit., p. 207; ver ainda Alfred Tarski,

«The semantic conception of truth and the foundations of semantics», em Frederick F. Schmitt (org.), Theories of Truth, Blackwell, 2004, pp. 115-151.

18. EE, p. 161. 19. EE, p. 162. 20. Peter Hallward, Badiou: A Subject to Truth, University of Minnesota Press, 2003, p. 67. 21. Nicolau de Cusa, A Visão de Deus, Lisboa, Gulbenkian, 1998, p. 180 (XIII). 22. Peter Hallward, Badiou…, ob. cit., p. 324. 23. Mary Tiles, The Philosophy of Set Theory: An Historical Introduction to Cantor’s Paradise,

Mineola, Dover, 1989, p. 1. 24. EE, p. 552. 25. Alain Badiou, Le Nombre et les Nombres, Paris, Seuil, 1990, p. 95. 26. Peter Hallward, Badiou…, p. 81. 27. Alain Badiou, Manifiesto por la Filosofia, Madrid, Cátedra, 1990, p. 81. 28. Ibidem, p. 82. 29. Ibidem. 4. Badiou versus Heidegger 1. Martin Heidegger, «Para quê poetas?», em Caminhos de Floresta, Lisboa, Gulbenkian,

2002, p. 311. 2. Martin Heidegger, Hinos de Hölderlin, Lisboa, Piaget, 2004, p. 12. 3. Don DeLillo, O Corpo Enquanto Arte, Lisboa, Relógio d’Água, 2004. 4. Silvina Rodrigues Lopes, A Legitimação em Literatura, Lisboa, Cosmos, 1994, p. 211. 5. Cfr. Martin Heidegger, Being and Time, Nova Iorque, Harper & Row, 1962, p. 283.

Consubstancia-se esta tese no muito importante capítulo I («O possível “ser-total” do “ser-aí” [Dasein] e o “ser relativamente à morte”») da Divisão II («”Ser-aí” e temporalidade») de Sein und Zeit, § 46 - § 53. O «ser-aí» (Dasein), como se sabe, é, no humano, o seu «eu mesmo». Nunca se trata da existência humana genérica. É a parte do ser que é o seu ser. Neste sentido, dirá Heidegger mais adiante: «A morte é uma possibilidade de ser que toma

767

sobre si, em cada caso, o próprio “ser-aí”. Torna-se iminente para o “ser-aí”, com a morte, o seu “poder ser” mais peculiar. Nesta possibilidade forma-se no “ser-aí” o seu “ser no mundo” absolutamente» (§ 50).

6. Martin Heidegger, Being and Time, p. 294. 7. Piotr Hoffman, «A morte, o tempo e a história: II Parte de O Ser e o Tempo», em Charles

Guignon (org.), Poliedro Heidegger, Lisboa, Piaget, 1998, pp. 215-216. 8. Ibidem, p. 219. 9. Ver Richard Kroner, «Heidegger’s private religion», Union Seminary Quarterly Review, 11 (4),

Maio, 1956. Contextualizar melhor o pensamento de Kroner em: Between Faith and Thought: Reflections and Sugestions, Nova Iorque, Oxford University Press, 1966.

10. Cfr. Peter Sloterdijk, Normas para el Parque Humano: Una Respuesta a la Carta sobre el Humanismo de Heidegger, Madrid, Siruela, 2000.

11. Cfr. Heidegger, What is Called Thinking, Nova Iorque, Perennial, 2004. 12. Citando a tese central de A Origem da Obra de Arte, Lisboa, 1989, pp. 33-39. Sobre a

importância da palavra poética redentora, ver, ainda de Heidegger: Poetry, Language, Thought, Nova Iorque, Perennial, 2001; Hinos de Hölderlin, ob. cit.; Caminhos de Floresta, ob. cit.; a importante entrevista ao Der Spiegel (31/5/1976), em Réponses et Questions sur l’Histoire et la Politique, Paris, Mercure de France, 1988; de novo o texto de Sloterdijk, Normas para el Parque Humano, ob. cit., e a crítica de Badiou em Breve Tratado de Ontologia Transitória, Lisboa, Piaget, 1999 (pp. 11-25).

13. Ver A Origem da Obra de Arte, ob. cit., p. 30. 14. Ibidem, pp. 30-31. 15. Ibidem, p. 33. 16. Martin Heidegger, Parmenides, Bloomington, Indiana University Press, 1998, p. 7 17. Ibidem, p. 8. 18. Ver Martin Heidegger, justamente no início de Introdução à Metafísica, Rio de Janeiro,

Tempo Brasileiro, 1978, p. 33. 19. Referência a The Fundamental Concepts of Metaphysics: World, Finitude, Solitude, Indiana

University Press, 1995. 20. Slavoj Žižek, The Ticklish Subject: The Absent Centre of Political Ontology, Londres, Verso,

2000, pp. 128-130. 21. Being and Time, ob. cit., § 39, pp. 225-228. 22. Ibidem, §40, pp. 228-235. 23. Ibidem. 24. Richard Rorty, Ensayos sobre Heidegger y Otros Pensadores Contemporáneos, Barcelona,

Paidos, 1993. 25. Peter Hallward, Badiou: A Subject to Truth, Minnesota University Press, 2003, p. 18. 26. Voltar à entrevista citada ao Der Spiegel (31/5/1976) e à crítica de Badiou no Breve Tratado

de Ontologia Transitória, ob. cit., pp. 19-25. 27. Der Spiegel, ob. cit. 28. Martin Heidegger, Caminhos de Floresta, ob. cit., p. 310. 29. Ibidem, p. 311. 30. Ibidem, 309. 31. Ibidem. 32. Badiou, Breve Tratado de Ontologia Transitória, ob. cit., p. 20. 33. Ibidem, p. 21. 34. Ibidem. 35. Ibidem, p. 24. 36. Ibidem, p. 19. 37. Cfr. A Origem da Obra de Arte, ob. cit. 38. Alain Badiou, Manifiesto por la Filosofía, Madrid, Cátedra, 1990, p. 33. 39. Ibidem, p. 50. 40. Ibidem, p.54. 41. Ibidem, p.57. 42. Heidegger, A Origem da Obra de Arte, p. 11. 43. Alain Badiou, Pequeno Manual de Inestética, Lisboa, Piaget, pp. 23-24. 44. Donald Preziosi, num volume que organizou reúne os três textos: o de Heidegger, A

Origem da Obra de Arte (excerto); o de Meyer Shapiro, «The Still Life as a personal Object: a note on Heidegger and Van Gogh»; e o de Derrida, «Restitutions of the Truth in

768

Pointing». Ver D. Preziosi, The Art of Art History: A Critical Ontology, Oxford University Press, 1998, pp. 413-449.

45. Heidegger, A Origem da Obra de Arte, p. 26. 46. Ibidem, p. 27. 47. Ibidem, p. 29. 48. Badiou, Pequeno Manual de Inestética, p. 25. 5. Surgimento do formalismo 1. Martin Heidegger, A Origem da Obra de Arte, Lisboa, Edições 70, 1989, p. 27. 2. Ibidem, p. 28. 3. Ibidem, p. 25. 4. Ibidem, p. 27. 5. Alain Badiou, Circonstances, 2: Irak, Foulard, Allemagne/France, Paris, Léo Sheer, 2004, p.

100. 6. Epígrafe utilizada por Alain Badiou servindo de definição do conceito «inestética». Badiou,

Pequeno Manual de Inestética, Lisboa, Piaget, 1999, p. 9. 7. Vejamos como define Badiou uma configuração: «Uma configuração não é nem uma arte,

nem um género, nem um período “objectivo” da história duma arte, nem mesmo um dispositivo “técnico”. É uma sequência identificável, iniciada do ponto de vista fáctico, composta por um complexo virtualmente infinito de obras e sobre a qual faz sentido dizer que produz, em estrita imanência à arte envolvida, uma verdade dessa arte, uma verdade-arte» (Pequeno Manual de Inestética, p. 26). A configuração, como diz Badiou, é virtualmente ou potencialmente infinita, logo ela pode prolongar-se além da sua própria saturação. Mas, de qualquer modo, não há configuração sem saturação.

8. Ver Hal Foster e a forma como ele contraria o modelo vanguardista das «rupturas» em The Return of the Real: The Avant-Garde and the End of the Century, The MIT Press, 1996.

9. Cfr. o meu A Representação da Vanguarda: Contradições Dinâmicas na Arte Contemporânea, Oeiras, Celta, 2002, capítulo 1 «Leis das vanguardas ou o impacte dos desvios», pp. 9-28.

10. Badiou, Circonstances, 2, pp. 94-95. 11. Heidegger, A Origem da Obra de Arte, p. 11. 12. Badiou, Pequeno Manual de Inestética, p. 23. 13. Heidegger, A Origem da Obra de Arte, p. 11-12. 14. Badiou, Pequeno Manual de Inestética, p. 23-24. 15. Em Bataille, o informe trabalha a obra, ou melhor, a sua forma. Ou melhor, integra-a e

revela-a dinâmica, entre a afirmação e a decomposição – mostra-nos que uma e outra são parte interior da forma-obra. Vejamos como ele define «informe»: «Um dicionário deveria começar no momento em que deixasse de dar o significado das palavras para passar a dar a indicação das suas ocupações. Desse modo, informe não é um adjectivo com um restrito sentido, mas um termo que serve para desclassificar, exigindo genericamente que cada coisa tenha a sua forma. Designa o que em nenhum sentido possui direitos e em todo o lado é esmagado como uma aranha ou um verme. Na verdade, para os homens académicos ficarem contentes seria necessário que o universo tomasse forma. A filosofia toda ela não tem outro objectivo: trata de oferecer ao que existe uma sobrecasaca matemática. Pelo contrário, afirmar que o universo não se parece com nada, e mais não é do que informe, equivale a dizer que o universo é qualquer coisa como uma aranha ou um escarro.», em «Dictionnaire Critique», Documents, 7, 1929 (republicação: Georges Bataille, Oeuvres Complètes [ OC 1-12 ], I, Prémiers Écrits, 1922--1940, org. Dennis Hollier, Paris, Gallimard, 1970, p. 217; republicação na íntegra: Documents [ed. fac-similada, 2 vols.], Vol I, Paris, Jean-Michel Place, 1991, p. 382).

16. Badiou, Pequeno Manual de Inestética, p. 25. 17. Mary Ann Caws, «The Poetics of the Manifesto: Nowness and newness», em M. A. Caws

(org.), Manifesto: A Century of Isms, Lincoln e Londres, University of Nebraska Press, 2001.

18. C. Vidal, A Representação da Vanguarda, p. 12. 19. M. A. Caws, ob. cit., pp. xix-xxxi. 20. Ibidem, p. xxii.

769

21. Harold Rosenberg, note-se, escreveu um livro mostrando-se céptico em relação a esta categoria, deste modo não consensual no desenvolvimento da modernidade (e mesmo atacada por alguma pós-modernidade, como se sabe); veja-se H. Rosenberg, A Tradição do Novo, São Paulo, Perspectiva, 1974.

22. Heraclito, Fragmentos Contextualizados, Lisboa, IN-CM, 2005, LXXV, p. 151. 23. Ver Martin Jay, Downcast Eyes: The Denigration of Vision in Twentieth-Century French

Thought, Berkeley, Los Angeles, Londres, 1994, pp. 1-20. 24. Guy Debord, A Sociedade do Espectáculo, Lisboa, mobilis in mobile, 1991, pp. 15-16. 25. Ibidem, p. 10. 26. Deste modo, podemos tomar como uma das particularidades da pintura o encontro no seu

corpus do vivido e da representação, da coisa e do objecto, invertendo, de certo modo a Tese 1 de A Sociedade do Espectáculo (ob. cit.): «Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espectáculos. Tudo o que era da ordem do vivido se afastou numa representação» (p. 9) [tese fundamental que ainda repetirei ao longo da investigação, por necessidades imperiosas de argumentação].

27. Jonathan Crary, Suspensions of Perception: Attention, Spectacle, and Modern Culture, The MIT Press, 1999.

28. Jonathan Crary, Techniques of the Observer: On Vision and Modernity in the Nineteenth Century, The MIT Press, 1990, p. 75.

29. Cfr. o meu A Representação da Vanguarda, ob. cit., sobretudo o capítulo 6 «Guy Debord: A recusa e a necessidade (das representações)», pp. 111-124.

30. Crary, Techniques of the Observer, p. 2. 31. Debord, ob. cit., p. 15. 32. Ver Margaret Olin, Forms of Representation in Aloïs Riegl’s Theory of Art, The Pennsylvania

State University Press, 1992. 33. Benjamin Binstock, «Aloïs Riegl, monumental ruin: why we still need to read Historical

Grammar of the Visual Arts», em Aloïs Riegl, Historical Grammar of the Visual Arts, Nova Iorque, Zone Books, 2004, pp. 11-36.

34. Benjamin Binstock, ob. cit., p. 14. 35. Gottfried Semper, Science, Industry and Art (excerrto), em Charles Harrison, Paul Wood e

Jason Gaiger (orgs.), Art in Theory, 1815-1900: An Anthology of Changing Ideas, Blackwell, pp. 331-336.

36. Ibidem, 336. 37. Cfr. Richard Woodfield (org.), Framing Formalism: Riegl’s Work, Amesterdão, G+B Arts,

2001. 38. Saul Ostrow, «Introduction – Aloïs Riegl: History’s Deposition», em Framing Formalism, ob.

cit., p. 8. 39. Aloïs Riegl, The Group Portraiture of Holland, Getty, 2000. 40. E. H. Gombrich, The Sense of Order: A Study in the psychology of Decorative Art, Londres,

Phaidon, 2006, principalmente Capítulo VIII, pp. 195-216. 41. Ibidem, p. 181. 42. Ibidem, p. 182. 43. Apesar de ter escrito atentamente sobre Riegl, Gombrich tende a ressaltar-lhe o que

considera serem as suas limitações. Por isso, podemos também ler outros autores mais declaradamente aderentes às teses de Riegl, como Christopher S. Wood, que organizou e prefacio o volume The Vienna School Reader: Politics and Art Historical Method in the 1930s, Zone Books, 2000.

44. Aloïs Riegl, Problems of Style (excerto), em Charles Harrison, Paul Wood e Jason Gaiger (orgs.), Art in Theory, ob. cit., 732.

45. Margaret Olin, ob. cit. 46. Benjamin Binstock, «Aloïs Riegl, monumental ruin: why we still need to read Historical

Grammar of the Visual Arts», em Aloïs Riegl, Historical Grammar of the Visual Arts, ob. cit., p. 15.

47. Riegl, Historical Grammar of the Visual Arts, ob. cit., p. 361. 48. Ibidem. 49. Ibidem, p. 362. 50. Ver Benjamin H. D. Buchloh, «From Faktura to Factography», October, 30, 1984, pp. 82-

119.

770

51. Ver Benjamin Sher, «Shklovsky and the revolution», em Viktor Shklovsky, Theory of Prose, Dalkey Archive Press, Illinois State University, 1998, p. xviii.

52. Ibidem, p. 6. 53. Viktor Shklovsky, «Art as Technique» (excerto), em Charles Harrison, Paul Wood (orgs.),

Art in Theory, 1900-1990: An Anthology of Changing Ideas, Blackwell, 1993, p. 277. 54. Benjamin Sher, «Shklovsky and the revolution», em Viktor Shklovsky, Theory of Prose, p.

ix. 55. Enfatizei esta possibilidade em A Representação da Vanguarda, ob. cit., podendo-se

considerá-la o tema central do livro. 56. Viktor Shklovsky, Theory of Prose, ob. cit., p. 189. 57. Por exemplo, em A Revolução da Arte Moderna, Lisboa, Livros do Brasil, sd. 58. Clive Bell, Art, Charleston, SC, Bibliobazaar, 2007, p. 15. 59. Ibidem, p. 25. 60. Roger Fry, Cézanne: A Study of His Development, Kessinger Publishing, 2004. 61. A Roger Fry Reader (Christopher Reed, org.), Chicago e londres, The University of Chicago

Press, 1996, p. 100. 62. Ibidem, p. 108. 63. Victor Burgin, «Socialist formalism» (excerto), em Charles Harrison, Paul Wood (orgs.), Art

in Theory, 1900-1990, p. 913. 64. Clement Greenber, «Modernist Painting», em The Collected Essays and Criticism,

Modernism with a Vengeance, 1957-1969, Vol. 4 (John O’Brian, org.), Chicago, Chicago University Press, pp. 85-93.

65. Destacaria: Clement Greenberg (Janice Van Horne Greenberg e Peggy S. Noland, orgs.), Homemade Esthetics: Observations on Art and Taste, Oxford University Press, 1999; e (Robert C. Morgan, org.), Late Writings, University of Minnesota Press, 2003.

66. Clement Greenberg, Late Writings, ob. cit., pp. 19-24. 67. Ibidem, pp. 25-33. 68. Ibidem, pp. 14-17 e 50-57. 69. Ibidem, p. 13. 70. Caroline A. Jones, Eysight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the

Bureaucratization of the Senses, The University of Chicago Press, 2005. 71. Clement Greenberg, «Modernist Painting», ob. cit., p. 85. 72. Ver Rosalind E. Krauss, A Voyage in the North Sea: Art in the Age of the Post-Medium

Condition, Londres, Thames and Hudson, 1999. 73. Thierry de Duve, Clement Greenberg Entre les Lignes, Paris, DisVoir, 1996, pp. 129-130. 74. «Postscript» de Greenberg à republicação do ensaio «Modernist Painting» em Richard

Kostelanetz (org.), Esthetics Contemporary, Buffalo, Prometheus, p. 201. 75. Clement Greenberg, «Avant-Garde and Kitsch», em Clement Greenberg: The Collected

Essays and Criticism: Perceptions and Judgements, 1939-1944, Vol. 1 (John O’Brian, org.), Chicago, The University of Chicago Press, 1986.

76. Ibidem, p. 9. 77. Greenberg, «Towards a Newer Laocoon», em The Collected Essays ....., Vol 1, ob. cit., pp.

23-38. 78. Gotthold Ephraim Lessing, Laocoonte, Madrid, Tecnos, 1990. 79. Rosalind E. Krauss, The Optical Unconscious, Cambridge, Mass., The MIT Press, 1993, p.

167. 80. Clement Greenberg, Late Writings, ob. cit., pp. 14-15. 81. Fried, Michael, Art and Objecthood: Essays and Reviews (1961-1977), Chicago, The

University of Chicago Press, 1998. 82. Absortion and Theatricality: Painting and Beholder in the Age of Diderot, University of

Chicago Press, 1980 [Consultar também a trad. francesa com prefácio inédito: La Place du Spectador: Esthétique et origines de la peinture moderne, Gallimard, 1990].

83. Realism, Writing, Desfiguration: On Thomas Eakins and Stephen Crane, University of Chicago Press, 1987.

84. Courbet’s Realism, University of Chicago Press, 1990. 85. Manet's Modernism: Or the Face of Painting in the 1860s, University of Chicago Press,

1996. 86. Menzel’s Realism: Art and Embodiment in Nineteenth-Century Berlin, University of Chicago

Press, 2002.

771

87. «Thoughts on Caravaggio», Critical Inquiry, 24 (2), University of Chicago Press, Outono, 1997.

88. De novo, «Art and objecthood», Artforum, 5, Junho, 1967; republicação utilizada: Michael Fried, Art and Objecthood: Essays and Reviews, The University of Chicago Press, 1998, pp. 148-172.

89. Note-se que este colectivo redigiu uma polémica e inovadora história da arte do século XX: Krauss, Foster, Buchloh e Bois, Art Since 1900: Modernism, Antimodernism, Postmodernism, Londres, Thames & Hudson, 2004.

90. Yve-Alain Bois, «Whose formalism?», The Art Bulletin, Nova Iorque, Março, 1996. 91. Yve-Alain Bois, «Vive le formalisme (bis)», Artpress, 149, Paris, Julho-Agosto, 1990. 92. Yve-Alain Bois (entrevistado por Andrew McNamara e Rex Butler), «All about Yve»,

Eyeline, 27, Outono, 1995. PARTE II 1. Samuel Beckett, O Inominável, Lisboa, Assírio & Alvim, 2002, p. 16. 2. Giambattista Casti, libreto para La Grotta di Trofonio, ópera de Antonio Salieri (livrete, p. 59);

edição/intérpretes (CD): O. Lallouette, R. Milanesi, Marie Arnet, Nikolaï Schokoff, Mario Cassi, C. Lepore; Les Talens Lyriques, dir. Christophe Rousset; Ambroisie, 2005.

6. A ocularidade e os limites da visão 1. Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus [título completo do texto

na edição utilizada: Bíblia Ilustrada, Vol. VII, trad. João Ferreira Annes de Almeida e org. José Tolentino de Mendonça], Lisboa, Assírio & Alvim e Círculo de Leitores, 2006, p. 28.

2. Santo Agostinho, Confissões, Lisboa, 2000 (Livro X, XXXIV, 51), p. 509. 3. Jean-Paul Sartre, The Imaginary, Routledge, 2004, p. 188. 4. Beethoven – Harnoncourt: 9 Symphonies; edição/intérpretes (CD): The Chamber Orchestra

of Europe (Orquestra de Câmara da Europa), dir. Nikolaus Harnoncourt; Teldec, 1991. 5. Ludwig van Beethoven: Symphonies-Ouvertures; edição/intépretes (CD): Anima Eterna, dir.

Jos van Immerseel; Zig Zag Territoires, 2008. 6. Beethoven – Symphonies; edição/intérpretes CD): Wiener Philarmoniker (Orquestra

Filarmónica de Viena), dir. Simon Rattle; EMI Classics, 2003. 7. Ver, de Norman Bryson: Tradition and Desire: From David to Delacroix, Cambridge,

Cambridge University Press, 1987; Vision and Painting: the Logic of the Gaze, Yale University Press, 1986; Looking at the Overloocked: Four Essays on Still Life Painting, Londres, Reaktion, 2004.

8. Bryson, Tradition and Desire, p. xix. 9. Sartre, The Imaginary, pp. 192.193. 10. Guy Debord, Commentaires sur la société du spectacle, Paris, Gallimard, 1992, pp. 19-20. 11. Jean-Christophe Spinosi é, na opinião do autor desta investigação, mas não apenas, um

dos mais sapientes e arrebatadores intérpretes actuais do reportório barroco, sobretudo de Vivaldi, tendo gravado (faço este destaque) com o seu agrupamento Ensemble Matheus para a série «Vivaldi Edition» da etiqueta Naïve, quatro óperas do veneziano: La Verità in Cimento (2003), Orlando Furioso (2004), Griselda (2008) e La Fida Ninfa (2008).

12. Martin Jay, Downcast Eyes: The Denigration of Vision in Twentieth-Century French Thought, Berkeley, Los Angeles, Londres, 1994.

13. Guy Debord, A Sociedade do Espectáculo, Lisboa, mobilis in mobile, 1991, p. 9. 14. Karl Marx, Capital, Londres, Penguin, 1990 (Livro I, Secção I), p. 127. 15. Ibidem, p. 127. 16. Ibidem, 138. 17. Ibidem [Apêndices], p. 1016. 18. Guy Debord, A Sociedade do Espectáculo, p. 10. 19. Ibidem, p. 15. 20. M. Jay, Downcast Eyes, p. 69. 21. René Descartes, Optics, em The Philosophical Writings of Descartes, Cambridge University

Press, Vol. I, 2005, p. 152

772

22. Jonathan Crary, Techniques of the Observer: On Vision and Modernity in the Nineteenth Century, The MIT Press, 1990. Ver sobretudo capítulos 2 e 3, pp. 25-96.

23. Descartes, Optics, p. 164. 24. J. Crary, Techniques of the Observer, p. 48. 25. Cfr. Richard Rorty, A Filosofia e o Espelho da Natureza, Lisboa, Dom Quixote, 1988. 26. Ibidem, p. 15. 27. Ibidem, p. 17. 28. Ibidem, p. 18. 29. Descartes citado por Rorty, ob. cit., p. 53 (ed. portuguesa, Meditações Metafísicas, Porto,

Rés, 2003, p. 44). 30. Descartes, Optics, p. 152. 31. Svetlana Alpers, The Art of Describing: Dutch Art in the Seventeenth Century, University of

Chicago Press, 1983. 32. Ibidem, pp. 26-71. 33. Cfr. Alain Badiou, Logiques des Mondes: L’Être et l’Événement 2, Paris, Seuil, 2006, pp. 13-

14. 34. Descartes, O Discurso do Método, Lisboa, Coisas de Ler, 2006, p. 47. 35. Ibidem. 36. M. Jay, ob. cit., p. 73. 37. Descartes, O Discurso…, p. 28. 38. Descartes, Optics, p. 166. 39. Ibidem. 40. Ludwig Wittgenstein, Tratado Lógico-Filosófico, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,

1987, p. 142. 41. Voltaire, Philosophical Dictionary, Penguin, 2004, p. 236. 42. Diderot, Essais sur la Peinture: Salons de 1759, 1761, 1763, Paris, Hermann, p. 39. 43. Referência a Bach: Brandenburg Concertos; edição/intérpretes (CD+DVD): Concerto

Italiano, dir. Rinaldo Alessandrini; Naïve, 2005. 44. Ver o depoimento de Alessandrini no filme (DVD), inserto na obra-edição anteriormente

citada, Rinaldo Alessandrini & Concerto Italiano record the Brandenburg Concertos, de Philippe Béziat (2005).

45. J. S. Bach – Die Kunst der Fugue; Hespèrion XX, dir. Jordi Savall, Alia Vox, 2001. 46. Bach – Die Kunst der Fugue BWV 1080; Grigory Sokolov (piano), Naïve, 2004. 47. Bach/Glenn Gould – The Art of the Fugue; Glenn Gould (piano, órgão), Sony Classical,

2002. 48. J. S. Bach: Art of Fugue; Gustav Leonhardt (cravo), Vanguard Classics, [1953] 2006. 49. Johann Sebastian Bach – Lute Works, Vol. I; Paul O’Dette (alaúde barroco), Harmonia

Mundi, 2007. 50. Gustav Leonhardt, L’Art de la Fugue, Dernière Oeuvre de Bach pour le Clavecin:

Argumentation, Luynes, Van de Velde, 1985. 51. Jean-Luc Nancy, Á l’Écoute, Paris, Galilée, 2002, p. 14. 52. John Locke, Ensaio sobre o Entendimento Humano, Vol. I, Lisboa, Gulbenkian, 1999, p.

169. 53. David Hume, Tratado da Natureza Humana, Gulbenkian, 2001 (Livro I, I, Secção I), p. 30-

31. 54. Ibidem, p. 32. 55. Ibidem, p. 33. 56. Descartes, Optics, p. 166. 57. Edição utilizada: Parmenides de Eléia, Fragments, (trad. e introd. de David Gallop),

University of Toronto Press, 2000. 58. Ver Xavier Zubiri, El Hombre y la Verdad, Madrid, Alianza, Fundación X. Zubiri, 2001, p. 16. 59. Diógenes Laércio, Vidas de los Filósofos Ilustres, Madrid, Alainza, p. 481. (Ver também a

seguinte píntese sobre sofistas, muito bem organizada: The Greek Sophists, Penguin, 2003.)

60. Platão, Timeu, em John M. Cooper (org.) Plato: Complete Works, Indianapolis, Hackett, 1997, p. 1250.

61. Platão, República, Lisboa, Gulbenkian, 1990, p. 319. 62. Jay, ob. cit., 28. 63. Ver Nicolau de Cusa, A Visão de Deus, Lisboa, Gulbenkian, 1998. 64. Ver Robert Grosseteste, On Light (De Luce), Milwaukee, Marquette University Press, 2000.

773

65. Athanasius Kircher citado por John Ruper Martin, Baroque, Westview, p. 223. 66. Ver síntese e análise de Roland Barthes, em Sade, Fourier, Loiola, Lisboa, Edições 70,

1999. Apesar da Idade Média desvalorizar a imagem, como o fará também Lutero, Loyola procurará revivescê-la, o que Barthes vê comprovado nos Ejercicios Espirituales (Madrid, San Pablo, 1996).

7. Sensismo ocular iluminista 1. Carlos Sigismondo Capece, libreto para La Ressurrezione, oratória de Handel (livrete, p. 42);

edição/intérpretes (CD): A. Massis, Jennifer Smith, Linda Maguire, J. Mark Ainsley, Laurent Naouri; Les Musiciens du Louvre, dir. Marc Minkowski; DG/Archiv, 1996.

2. Calderón de la Barca, La Vida es Sueño, Madrid, Edimat, 2005, pp. 156, 170. 3. Segue apresentação sucinta (apenas apresentação) de três tópicos caracterizadores de um

trânsito entre o triunfo iluminista da ocularidade e uma sua suspeição afirmada já próximo do século XX: A, fala-nos de uma dualidade iluminista – a da coexistência de uma ocularidade sensista e uma outra especulativa; B, fala-nos das contradições do Iluminismo, entre os seus «mitos solares» e múltiplas «obscuridades» que o farão «abrir portas» ao romantismo; C, tem como tema central a plena suspeição ocular do século XX francês, à qual é proposto que se alie, nas artes plásticas, novos processos de entendimento formal e compositivo (do Impressionismo à arte conceptual). Juntos, estes três tópicos caracterizam o Iluminismo e a sua herança. Contudo, o desenvolvimento do ponto B pertence tematicamente ao capítulo 8, tal como o ponto C. Podemos assim ler o texto na sua sequência normal ou por blocos: 7.A., 8.B. e 8.C.

4. Cfr. Denis Diderot, Carta sobre os Cegos para uso daqueles que Vêem, Lisboa, Veja, 2007. 5. De facto, grande parte da obra de Starobinski é dedicada aos excesos mítico-lumínicos e ao

seu contraponto de sombras no mundo e na arte: L’Oeil Vivant: Corneille, Racine, La Bruyère, Rousseau, Stendhal, Paris, Gallimard, 1999; La Relation Critique (L’Oeil Vivant II), Gallimard, 2001; Jean-Jacques Rousseau: La Transparence et l’Obstacle (suivi de Sept Essais sur Rousseau), Gallimard, 2006; por fim, 1789: Os Emblemas da Razão, São Paulo, Companhia das Letras, 1988.

6. Ver Michael Baxandall, Shadows and Enlightenment, New Haven e Londres, Yale University Press, 1995.

7. Hans Blumenberg, The Legitimacy of the Modern Age, The MIT Press, 1985, p. 243. 8. Erich Auerbach, Mimesis, São Paulo, Perspectiva, 2004, p. 2. 9. Martin Jay, Downcast Eyes: The Denigration of Vision in Twentieth-Century French Thought,

Berkeley, Los Angeles, Londres, 1994, pp. 149-210. 10. Lisa Dennison e Nancy Spector (orgs., comissárias), Singular Forms (Sometimes

Repeated): Art from 1951 to the Present, Nova Iorque, Guggenheim, 2004. Complementar com: Kirk Varnedoe, Pictures of Nothing: Abstract Art since Pollock, Princeton University Press, 2006.

11. M. Jay, Downcast Eyes, p. 89. 12. Voltaire, Philosophical Dictionary, Penguin, 2004, p. 236-237. 13. Ver, entre outros títulos, Philippe Beaussant, Lully ou le Musicien du Soleil, Gallimard, 1992;

Vincent Borel, Jean-Baptiste Lully, Arles, Actes Sud, 2008. 14. Para termos uma referência para a avaliação da dimensão rara desta orquestra privada de

Luís XIV para a escala do século XVII, sigamos por exemplo a investigação e consequente interpretação proposta pelo pianista Arthur Schoonderwoerd com o Ensemble Cristofori (Ludwig van Beethoven: Concerti 4 & 5 pour le Pianoforte avec accompagnement d’orchestre, edição CD: Ensemble Cristofori, dir, e pianoforte A. Schoonderwoerd, Alpha, 2004; e Ludwig van Beethoven: Concerti 3 & 6 pour le Pianoforte avec accompagnement d’orchestre, edição CD: Ensemble Cristofori, dir, e pianoforte A. Schoonderwoerd, Alpha, 2008) de quatro dos seis (seis, se considerarmos a transcrição sugerida pelo compositor do seu concerto para violino, op. 61, sendo o sexto para piano o op. 61a) concertos de Beethoven para piano e orquestra, obras que habitualmente são interpretadas com considerável massa orquestral (ver, por exemplo, a integral de Pollini/Abbado com a Filarmónica de Berlim, DG, 1994). Mas, Schoonderwoerd, baseando-se em estudos de Stefan Weinzierl, vai optar por uma proposta radical, considerando ainda as pequenas dimensões da sala do palácio do príncipe Lobkowitz, onde Beethoven apresentou as obras, e as suas condições acústicas (tempo de reverberação de 1,6 segundos com a asala cheia).

774

Conclui então Schoonderwoerd pela seguinte e aparentemente estranha distribuição instrumental: 2 violinos, 2 violas, 2 violoncelos, 1 contrabaixo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos e piano solista, totalizando pouco mais do que vinte instrumentistas (!!).

15. Nikolaus Harnoncourt, Baroque Music Today: Music as Speech, Portland, Amadeus Press, 1988, p. 191.

16. No CD, Lully: Les Divertissements de Versailles, Grandes Scènes Lyriques, Les Arts Florissants, dir. William Christie, Erato, 2002 (livrete, p. 15).

17. Harnoncourt, Baroque Music Today, p. 118-121. 18. No CD, Mr. de Sainte Colombe le Fils: Pièces de Viole, Jordi Savall, viola, e Jean-Pierre

Marielle, recitante, Alia Vox, 2003. 19. CD, De Lalande: Leçons de Ténèbres, M. Buraglia (téorba), N ben David (viola da gamba),

P. Trocellier (cravo, órgão), Isabelle Desrosches (soprano), Naïve, 1996. 20. Jean Racine, Fedra, Porto Editora, 2003, p. 11. 21. Racine – Phèdre – Chéreau (DVD); Dominique Blanc, Fedra; Odeón-Théâtre de L’Europe,

enc. Patrice Chéreau, Arte, France Inter, 2004. 22. Ibidem. 23. Corneille, Théâtre I, Paris, Flammarion, 2006, pp. 443-513. (Note-se que para os teatros

Nacional D. Maria II e S. João do Porto, Nuno Carinhas, em 1999, encenou esta obra.) 24. Lucien Dällenbach, The Mirror in the Text, University of Chicago Press, 1989, p. 35. 25. Corneille, ob. cit., p. 511. 26. Calderón de la Barca, La Vida es Sueño, p. 170. 27. Ver depoimento de Jacques Derrida nas «Special Features»/Extras no DVD do

documentário de Kirby Dick e Amy Ziering Kofman, Derrida, Zeitgeist Vídeo, 2002, 85 min. 28. Santo Agostinho, Trindade, Santuário de Fátima – Paulinas, 2007 (XV, 9, 16), p. 1061. 29. Mireille Calle-Gruber e Marie-Louise Mallet, Travessias da Escrita: Leituras de Hélène

Cixous e Jacques Derrida, Viseu, Palimage, 2003, p. 23. 30. Cfr. Hélène Cixous e Jacques Derrida, Véus…à Vela, Coimbra, Quarteto, 2001. 31. Hélène Cixous, «Saber Ver», em Hélène Cixous e J. Derrida, ob. cit., p. 16. 32. Nietzsche citado e analisado por Badiou, Pequeno Manual de Inestética, Piaget, 1999, pp.

83-88. 33. Hélène Cixous, «Saber Ver», em Hélène Cixous e J. Derrida, ob. cit., p. 16. 34. Ibidem, p. 17. 35. Ibidem, p. 15. 36. William Shakespeare, Hamlet, Lisboa, Cotovia, 2001, p. 57. 37. Ibidem, pp. 55-56. 38. Ver Harold Bloom, Shakespeare: The Invention of the Human, Londres, Fourth Estate,

1998, pp. 383-431. 39. Repito a referência a «Thoughts on Caravaggio», Critical Inquiry, 24 (2), University of

Chicago Press, Outono, 1997. 40. Antonio A. Palomino, Vida de D. Diego Velázquez de Silva (Miguel Morán Turina, org.),

Madrid, Akal, 2008, p. 45. 41. Ver F. J. Sánchez Cantón, Las Meninas y sus Personajes, Juventud, Barcelona, 1952. 42. Palomino, ob. cit., 45. 43. Ortega y Gasset, «Velázquez», Revista de Occidente, 1968, republicado: Ortega y Gasset,

Papeles sobre Velázquez y Goya, Madrid, Alianza, 1987, pp. 219-266. 44. Jonathan Brown, «On the meaning of Las Meninas», 1978, rep.: J. Brown, Collected

Writings on Velázquez, Centro de Estudios de Europa Hispánica, 2008, pp. 47-76. 45. Ver Enriqueta Harris, Velázquez, Madrid, Akal, 2003, pp. 155-177. 46. Ver Daniel Arasse, On n’y voit rien: Descriptions, Denoël, 2000, pp. 175-216. 47. Ibidem, p. 190. 48. Ibidem, p. 196. 49. Cfr., por exemplo (a desenvolver no próximo capítulo 9), Jacques Lacan, The Four

Fundamental Concepts of Psycho-analysis, Londres, Verso, 1998, pp. 67-119; e Sartre, O Ser e o Nada, Lisboa, Círculo de Leitores, 1993, pp. 264-311.

50. Sartre, O Ser e o Nada, p. 270. 51. Devo esta sugestão da centralidade de Pirandello neste tema às várias conversas mantidas

com o Professor Lima Carvalho, que também me estimulou a alargar estas análises para além do domínio das artes plásticas.

775

52. Luigi Pirandello, Esta Noite Improvisa-se, em Seis Personagens à procura de Autor, Para cada um sua verdade, Esta Noite Improvisa-se, Lisboa, Artistas Unidos e Cotovia, 2009, pp. 255-56.

53. Recomendo, entre o material disponível, oito produções editadas em DVD com encenações operáticas do prolífico (na quantidade, qualidade e, sobretudo, diversidade de reportório) Robert Carsen [compositor, título da ópera, editor]: Britten, A Midsummer Night’s Dream, Virgin, 2005; Puccini, Manon Lescaut, ArtHaus Musik, 1991; Dvořák, Rusalka, ArHaus Musik, 2002; Handel, Semele, Decca, 2009; Rameau, Les Boréades, Opus Arte, 2004: Verdi, La Traviata, TDK/Gran Teatro La Fenice, 2005; Richard Strauss, Capriccio, TDK/Opera National de Paris, 2005; por fim, uma das suas produções mais conseguidas, Offenbach, Les Contes d’Hoffmann, TDK/Opera National de Paris, 2004. O Teatro de S. Carlos de Lisboa apresentou a sua Tosca (Puccini), Maio-Junho, 2008.

54. Edição DVD: Mozart, Cosi fan tutte, encenação Patrice Chéreau (Festival d’Aix-en-Provence, 2005), Virgin, 2006.

55. Ibidem, livrete, p. 18. 56. Jean Starobinski, Jean-Jacques Rousseau: La Transparence et l’Obstacle, Gallimard, 1971,

p. 13. 57. Isaiah Berlin, Rousseau e Outros Cinco Inimigos da Liberdade, Lisboa, Gradiva, 2005, pp.

49-74. 58. Georges Berkeley, An Essay Towards a New Theory of Vision, Cirencester, The Echo

Library, 2005, p. 8. 59. Diderot, Jacques o Fatalista, Lisboa, Tinta Permanente, 2003, p. 29. 60. Diderot, Carta sobre os Cegos para uso daqueles que Vêem, Lisboa, Veja, 2007, p. 30. 61. Diderot, ob. cit., p. 34. 62. Ibidem, p. 35. 63. Ibidem, p. 41. 64. Herder, Ensaio sobre a Origem da Linguagem, Lisboa, Antígona, 1987, pp. 35-36. 65. Diderot, Carta…, p. 55. 66. Ibidem, p. 60. 67. Ibidem, p. 73. 8. O colapso da ocularidade 1. Richard Wagner, libreto para Tristan und Isolde, Terceiro Acto, Segunda Cena. Consultá-lo,

por exemplo na edição CD (uma das referenciais): Trintan und Isolde, intépretes: Nilsson, Fritz Uhl, Resnik, Tom Krause; Filarmónica de Viena, dir. George Solti, Decca, 2002 [gravação: 1960], livrete, pp. 9-92.

2. Jean Starobinski, 1789: Os Emblemas da Razão, São Paulo, Companhia das Letras, 1988, pp. 38-52.

3. Cfr. Louis Marin, Le Portrait du Roi, Paris, Minuit, 1981, p. 9. 4. Cfr. Giorgio Agamben, Le Règne et la Gloire: Homo Sacer, II, 2, Paris, Seuil, 2008. 5. Ver também: Jean-Marie Apostolidès, Le Roi-Machine: Spectacle et Politique au Temps de

Louis XIV, Paris, Minuit, 1981. 6. O clássico Baldassare Castiglione, The Book of the Courtier, Mineola, Dover, 2003. 7. Existe edição dicográfica CD: Musiques pour le Mariage de Louis XIV (Lully / Cavalli): La

Simponhie du Marais, dir. Hugo Reyne, Universal Classics, 2007. 8. Jean Starobinski, L’Oeil Vivant: Corneille, Racine, La Bruyère, Rosseau, Stendhal, Paris,

Gallimard, 1999, p. 58. 9. William Blake citado por Jean Starobinski, 1789, pp. 38-40. 10. Ibidem, pp. 38-43. 11. Ibidem, pp. 40-41 12. Saint-Just, Discursos e Realatórios, Lisboa, Estampa, 1975, pp. 145-146. 13. Hesíodo, Teogonia/Trabalhos e Dias, Lisboa, IN-CM, 2005, p. 115-125. 14. Robert Grosseteste, On Light (De Luce), Milwaukee, Marquette University Press, 2000. 15. O Primeiro Livro de Moisés chamado Génesis, em Bíblia Ilustrada, Vol. I [trad. João Ferreira

Annes de Almeida e org. José Tolentino de Mendonça], Lisboa, Assírio & Alvim e Círculo de Leitores, 2006, pp. 19-126.

16. Santo Agostinho, A Cidade de Deus, Lisboa, Gulbenkian, 1993 (Livro XI, XX), p. 1035.

776

17. Ibidem, p. 1036 (nas passagens em que Agostinho cita o Génesis, para uniformização deste meu texto, utilizo o texto do Antigo Testamento da trad. que venho fazendo referência, ver nota 15. acima).

18. Grosseteste, De Luce, p. 10. 19. Ibidem, pp. 10-11. 20. Ibidem, Introdução, pp. 1-9. 21. Ibidem, pp. 11-13. 22. S. Tomás de Aquino, Suma de Teología, I (Damian Byrne, O.P., org.), Madrid, BAC, 1998

(1, q.12a.5), p. 171. 23. Trata-se efectivamente do Salmo 35º, §10 na edição supracitada (nota 11, A. Preâmbulo)

Bíblia: A Bíblia Sagrada Contendo o Novo e o Velho Testamento, traduzida em Portuguez segundo a Vulgata Latina pelo Padre António Pereira de Figueiredo, Lisboa, Depósito das Sagradas Escrituras, 1923; apenas na edição de João Ferreira Annes de Almeida com org. de José Tolentino de Mendonça (Lisboa, Assírio & Alvim e Círculo de Leitores, 2006) é Salmo XXXVI, 10.

24. S. Tomás de Aquino, Suma de Teología, I (1, q.12a.5), p. 171. 25. Ver Santo Agostinho, Confissões, Lisboa, IN-CM, 2000 (X, XXXV, 54, 55), p. 515. 26. Ver Erich Auerbach, Mimesis, São Paulo, Perspectiva, 2004, p. 2. 27. Leonardo da Vinci, On Painting (Martin Kemp, org.), Yale University Press, 1989, p. 15. 28. Ibidem, pp. 15-16. 29. O citado diálogo foi publicado em versão bilingue (inglês/espanhol) na revista Lapiz

(Madrid, Fevereiro, Março, 2007) e (em português) na revista Intervalo (Lisboa, Maio, 2007).

30. Albin Lesky, História da Literatura Grega, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1995, p. 376.

31. Referência a Martin Jay partindo dos estudos de Vasco Ronchi (Optics: The Science of Vision), em M. Jay, Downcast Eyes: The Denigration of Vision in Twentieth-Century French Thought, Berkeley, Los Angeles, Londres, 1994, p. 29.

32. Ver Henrique de Ghent [Henry of Ghent], Quodlibetal Questions on Moral Problems, Marquete University Press, 2005.

33. Cfr. Patrick Hunt, «Abbé Suger and a medieval theory of light: Lux, Lumen, Illumination», em http://traumwerk.stanford.edu/philolog/2006/01/abbe_sugers_theory_of_light

34. Ver S. Boaventura [Bonaventure], The Soul’s Journey into God – The Three of Life – The Life of St. Francis, Mahwah (New Jersey), Paulist Press, 1978.

35. De novo, Grosseteste, De Luce. 36. S. Boaventura, The Soul’s Journey into God – The Three of Life – The Life of St. Francis,

p. 114; e José Ferrater Mora, Diccionario de Filosofia, Vol. 3 (K – P), Madrid, Alianza, 1986 p. 2056.

37. Propércio, Elegías, em Grupo Tempe (org.), El Reino de la Noche en la Antigüedad, Madrid, Alianza, 2008, p. 226.

38. Novalis, Himnos a la Noche / Enrique de Ofterdingen, Madrid, Orbis – Origen, 1982, p. 8. 39. Cfr. Herder, Ensaio sobre a Origem da Linguagem, Lisboa, Antígona, 1987, Cap. I, pp. 25-

46. 40. Starobinski, 1789, p. 99. 41. Walter Benjamin, Origem do Drama Barroco Alemão, Lisboa, Assírio & Alvim, 2004, p. 176. 42. Ibidem, p. 180. 43. Starobinski, 1789, pp. 130-131. 44. Ibidem, p. 188. 45. Cfr. Walter Benjamin, Arcades Project, The Belknap Press of Harvard University Press,

1999. 46. Ver Eadweard Muybridge, The Human Figure in Motion. Dover, 1955. 47. O termo é cunhado por Walter Benjamin na sua «Pequena história da fotografia», em Sobre

Arte, Técnica, Linguagem e Política, Lisboa, Relógio d’Água, 1992, pp. 115-136. 48. Susan Sontag, Ensaios Sobre Fotografia, Lisboa, Dom Quixote, 1986, p. 158. 49. Roland Barthes, A Câmara Clara, Lisboa, Edições 70, 1981, p. 114. 50. Sontag, Ensaios Sobre Fotografia, p. 17. 51. Barthes, A Câmara Clara, p. 15. 52. Susan Sontag, Ensaios Sobre Fotografia, p. 158. 53. Geoffrey Movius, «An Interview with Susan Sontag» (Junho, 1975), em Conversations with

Susan Sontag (Leland Poague, org,), Jackson, University Press of Mississipi, 1995, p. 51.

777

54. Ibidem. 55. Ibidem, p. 50. 56. Susan Sontag, Regarding the Pain of Others, Nova Iorque, Farrar, Strauss and Giroux,

2003, p. 109. 57. Ver Jean-Luc Godard, Histoire(s) du Cinéma, «documento cinematográfico», França, 1988-

1998, cor, som, 268 min.; ed. portuguesa: Lisboa, Midas, 2007. 58. Do curso de Pedro Costa na Film School of Tokyo, em Pedro Costa: Film Retrospective in

Sendai 2005, Sendai Mediatheque, p. 131. 59. Félix Fénéon, «L’impressionisme», em Les Écrivains Devant L’Impressionisme (Denys

Riout, org.), Paris, Macula, 1989, p. 419. 60. Martin Jay, Downcast Eyes, capítulo 3, p. 149. 61. Cfr. Henri Bergson, Matter and Memory, Nova Iorque, Zone, 1991. 62. Ibidem, p. 62. 63. Em Jonathan Crary, Techniques of the Observer: On Vision and Modernity in the

Nineteenth Century, The MIT Press, 1990; e Suspensions of Perception: Attention, Spectacle, and Modern Culture, The MIT Press, 1999.

64. Henri Bergson, Matter and Memory, pp. 45, 46, 47. 65. De Goethe ver, naturalmente, o Traité des Couleurs, Paris, Tríades, 1993. 66. Eugène Chevreul, De la Loi des Contrastes Simultanes des Couleurs (1839), excerto em

Charles Harrison, Paul Wood e Jason Gaiger (orgs.), Art in Theory 1815-1900: An Anthology of Changing Ideas, Blackwell, 1998, pp. 338-349.

67. Signac citado em Christian von Holst e Christofer Conrad (orgs.), Claude Monet: Fields in Spring, Ostfildern, Hatje Cantz, 2006.

68. Katia Matauschek, «”Field” Studies», em Christian von Holst e Christofer Conrad (orgs.), Claude Monet, pp. 137-149.

69. Lilla Cabot Perry citada por Katia Matauschek, «”Field” Studies», ob. cit., 142. 70. Félix Fénéon, «L’impressionisme», ob. cit., p. 394. 71. Ibidem, p. 401. 72. Monet citado em Christian von Holst e Christofer Conrad (orgs.), Claude Monet, ob. cit. 73. Félix Fénéon, «L’impressionisme», ob. cit., p. 402. 74. Ver Matière et Mémoire (nota 61 acima) ou O Pensamento e o Movente, São Paulo, Martins

Fontes, 2006. 75. Henri Bergson, Essai sur les Données Immédiates de la Conscience, Paris, PUF, 2007. 76. Em <http://plato.stanford.edu/entries/bergson>. 77. Ver o primeiro capítulo de Rosalind Krauss, The Originality of Avant-Garde and Other

Modernists Myths, The MIT Press, 1986, pp. 9-22. 78. O termo «contravisualidade» é empregue por Benjamin H. D. Buchloh no ensaio «The

entwinement of myth and enlightenment», em Hans Haacke: «Obra Social», Barcelona, Fundació Tàpies, 1995.

79. Benjamin H. D. Buchloh, «From the aesthetic of administration to institutional critique (some aspects of conceptual art 1962-1969)», em AA. VV., L’art Conceptuel: Une Perspective, ARC / Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, 1989.

80. Liz Kotz, Words to be Looked at: Language in 1960s Art, The MIT Press, 2007. 81. É a tese de Thierry de Duve, Au Nom de L’Art: Pour Une Archéologie de la Modernité,

Paris, Minuit, 1989. 82. Thierry de Duve, Kant After Duchamp, The MIT Press, 1996 é um estudo fulcral para a

investigação duchampiana, longa em de Duve. Aliás, este livro recolhe material de dois outros do autor: o já citado Au Nom de L’Art e Resonances du Readymade, Nîmes, Jacqueline Chambon, 1989.

83. Thierry de Duve, Kant After Duchamp, p. 285. 84. Ver John C. Welchman, Invisible Colors: A Visual History of Titles, Yale University Press,

1997. 85. Benjamin H. D. Buchloh (org.), Langage et Modernité, Villeurbanne, Nouveau Musée, 1991. 86. Ver Arthur Danto, La Transfiguration du Banal: Une Philosophie de L’Art, Paris, Seuil, 1989. 87. Arturo Schwarz, The Complete Works of Duchamp, Nova Iorque, Delano Greenidge, 2000,

pp. 649-650. 88. Ver Benjamin H. D. Buchloh, «From the aesthetic of administration to institutional critique

(some aspects of conceptual art 1962-1969)», ob. cit. 89. Ver Carlos Vidal, «Vanguarda, neovanguarda, cibermundo: no tempo de todas as

rematerializações (ou a arte da técnica ao contrário da técnica)», em Carlos Leone (org.),

778

Rumo ao Cibermundo?, Oeiras, Celta, 2000. 90. Ver Fredric Jameson, Marxism and Form, Princeton University Press, 1971. 91. Donald Judd, «Specific objects», 1975, em Don Judd, Complete Writings 1975-1986,

Eindhoven, Van Abbemuseum, 1987, p. 115. 92. Ibidem, p. 8. 93. Ibidem, p. 116. 94. Já referido, ver: Michael Fried, «Art and objecthood», Artforum, 5, Junho, 1967;

republicação em Gregory Battcock (org.), Minimal Art: a Critical Anthology, Penguin, 1968; republicação utilizada: Michael Fried, Art and Objecthood: Essays and Reviews, The University of Chicago Press, 1998, pp. 148-172.

95. Sol LeWitt, «Sentences on Conceptual Art» (1969), em Kristin Stiles e Peter Selz (orgs.), Contemporary Art: A Sourcebook of Artists’ Writings, Berkeley, Los Angeles, Londres, University of California Press, 1996, p. 826.

96. Maurice Merleau-Ponty, Fenomenologia da Percepção, São Paulo, Martins Fontes, 1999, p. 18.

97. Ibidem, p. 3. 98. José Ferrater Mora, Diccionario de Filosofia, Vol. 2 (E – J), Madrid, Alianza, 1986 p. 1149. 99. Joseph Kosuth, Art After Philosophy and After: Collected Writings, 1966-1990 (Gabriele

Guercio, org.), The MIT Press, 1991, p. 4. 100. Ibidem, p. 20 101. Ibidem, p. 21 102. Ibidem. 103. Ibidem, p. 73. 104. Alain Badiou, L’Antiphilosophie de Wittgenstein, Nous, 2009, p. 15. 105. Joseph Kosuth, «Art After Philosophy» (Studio International, Outubro, 1969), em Art After

Philosophy and After: Collected Writings, 1966-1990, pp. 13-32. 106. Alain Badiou, L’Antiphilosophie de Wittgenstein, p. 15. 107. Kosuth, Art After Philosophy and After: Collected Writings, 1966-1990, p. 248. 108. Ludwig Wittgenstein, Investigações Filosóficas, Lisboa, Gulbenkian, 1987, p. 259. 109. Kosuth, Art After Philosophy and After: Collected Writings, 1966-1990, p. 249. 110. Wittgenstein, Investigações Filosóficas, p. 259. 9. A nova ocularidade ou o triunfo do olhar 1. Recomendo a tradução para português de João Paulo Santos do libreto de Siegfried

constante do programa do Teatro Nacional de S. Carlos, Lisboa, Setembro, 2008, pp. 48-121, e aproveito par enaltecer a visão de Paolo Pinamonti, director de S. Carlos até 2007 (vergonhosamente afastado do cargo, tema que não é desta investigação), que convidou o encenador Graham Vick para um produção inédita de todo o ciclo do Ring, iniciada em Maio de 2006. O trabalho de Vick, constituirá, no contexto das produções recentes deste ciclo wagneriano, uma das mais interessantes, discutíveis e polémicas da última década, por certo. Daí recomendar aqui os livros (e em especial os notáveis ensaios de Paulo Ferreira de Castro) que têm acompanhado as produções de cada parte desta Tetralogia de Lisboa, 2006-2009 (a finalizar com o Götterdämmerüng de Outubro, 2009).

2. Ver Leonardo da Vinci, On Painting (Martin Kemp, org.), Yale University Press, 1989, p. 18. 3. Jean-Paul Sartre, O Ser e o Nada: Ensaio de Ontologia Fenomenológica [L’Être et le

Néant/O Ser e o Nada, doravante, neste capítulo, LN-SN], Lisboa, Círculo de Leitores, 1943, pp. 84-85.

4 Michael Fried, Absortion and Theatricality: Painting and Beholder in the Age of Diderot, University of Chicago Press, 1980, pp. 131-132.

5. LN-SN, p. 271. 6. LN-SN, p. 292. 7. LN-SN, p. 287. 8. LN-SN, p. 279. 9. Foi, de facto, em 1951 que o historiador Roberto Longhi recolocou Caravaggio na história da

arte, com a exposição e catálogo Mostra del Caravaggio e dei caravaggeschi, Florença, Sansoni, 1951 (reed.: Servizi Editoriali, 2005).

10. Maurice Merleau-Ponty, O Olho e o Espírito, Lisboa, Veja, 2002, pp. 23-24. 11. Ver T.J.Clark, The Sight of Dead: An Experiment in Art Writing, Yale University Press, 2006.

779

12. Ibidem, p. 8. 13. LN-SN, p. 274. 14. LN-SN, p. 275. 15. LN-SN, p. 276. 16. LN-SN, p. 278. 17. LN-SN, p. 280. 18. LN-SN, p. 282. 19. LN-SN, p. 285. 20. Maurice Merleau-Ponty, Fenomenologia da Percepção [FP], São Paulo, Martins Fontes,

1999, p.1. 21. FP, p. 3. 22. FP, p. 6. 23. LN-SN, p. 27. 24. FP, p. 8. 25. FP, p. 14. 26. Maurice Merleau-Ponty, O Visível e o Invisível, São Paulo, Perspectiva, 1984, p. 225. 27. FP, p. 13. 28, Três títulos a destacar: Speculum de L’Autre Femme, 1974; Ce Sexe qui n’en est pas Un,

1977; e Parler n’est Jamais Neutre, 1985; todos edição Paris, Minuit. 29. Ver Maurice Merleau-Ponty: Basic Writings (Thomas Baldwin, org.), Routledge, 2004, p. 33. 30. Merleau-Ponty, The Structure of Behavior [excertos], em Maurice Merleau-Ponty: Basic

Writings, ob. cit., pp. 43-61. 31. Martin Jay, Downcast Eyes: The Denigration of Vision in Twentieth-Century French

Thought, Berkeley, Los Angeles, Londres, 1994, p. 305. 32. FP, p. 13. 33. Goethe, Traité des Couleurs, Paris, Tríades, 1993, p. 123. 34. Jonathan Crary, Techniques of the Observer: On Vision and Modernity in the Nineteenth

Century, The MIT Press, 1990, p. 75. 35. Suzanne L. Cataldi, «Affect and sensibility», em Rosalind Diprose e Jack Reynolds (orgs.),

Merleau-Ponty: Key Concepts, Stocksfield, Acumen, 2008, p. 169. 36. Maurice Merleau-Ponty, Signos, São Paulo, 1991, pp. 21-22. 37. Jay, Downcast Eyes, p. 319. 38. Maurice Merleau-Ponty, O Olho e o Espírito, pp. 67-68. 39. Jean-François Lyotard, Des Dispositifs Pulsionnels, Paris, Galilée, 1994, p. 81. 40. Merleau-Ponty, O Visível e o Invisível, p. 113. 41. Jacques Lacan, The Four Fundamental Concepts of Psycho-analysis, Londres, Verso,

1998, p. 67. 42. Ver Leon Battista Alberti, On Painting, Penguin, 1991. 43. Erwin Panofsky, La Perspectiva como Forma Simbólica, Barcelona, Tusquets, 1985. 44. Hal Foster, «The real thing: Disgust Pictures», em Cindy Sherman, Madrid, MNCARS, 1996,

p. 70. 45. Jacques Lacan, The Four Fundamental…, p. 107. 46. Ibidem, p. 72. 47. Cfr. Hal Foster, The Return of the Real: The Avant-Garde at the End of the Century,

Cambridge, Mass., The MIT Press, 1996. 48. Jacques Derrida, Mémoires d’Aveugles: L’Autoportrait et Autres Ruines, Paris, Réunion des

Musées Nationaux, 1990. 49. Giorgio Colli, O Nascimento da Filosofia, Lisboa, Edições 70, 1998, pp. 15-16. 50. Ibidem, p. 17. 51. Depoimento de Jacques Derrida nas «Special Features»/Extras no DVD do documentário

de Kirby Dick e Amy Ziering Kofman, Derrida, Zeitgeist Vídeo, 2002, 85 min. 52. Ver Daniel Arasse, On n’y voit rien: Descriptions, Denoël, 2000. 53. Jacques Derrida, Margens da Filosofia, Porto, Rés, sd (particularmente, capítulo «A

mitologia branca», pp. 265-360. 54. Nial Lucy, A Derrida Dictionary, Blackwell, 2004, p. 9. 55. Martin Jay, «”Phalogocentrism”: Derrida and Irigaray», em Jay, Downcast Eyes, pp. 493-

542. 56. Jacques Derrida, Margens da Filosofia, p. 271. 57. Ibidem, p. 324.

780

58. Ver Georges Bataille, «Dossier de l’oeil pinéal» em Oeuvres Completes, Vol. II, Paris, Gallimard, 1970, pp.11-47.

59. Derrida, La Vérité en Peinture, Paris, Flammarion, 1978, p. 63. 60. Ernst Bloch, The Principle of Hope, Vol. III, The MIT Press, 1996, p. 1058. 61. Xenófanes citado por Maria Helena Rocha Pereira, trad. port. de Platão, A República,

Lisboa, Gulbenkian, 1990, p. 475. 62. Sófocles, Rei Édipo, Lisboa, Verbo, sd, p. 170. 63. Lord Byron, Manfredo, Lisboa, Relógio d’Água, 2002, p. 41. 64. Ibidem, p. 39. 65. Daniel Arasse, Le Détail: Pour Une Histoire Rapprochée de la Peinture, Paris, Flammarion,

1996, p. 196. 66. Félibien, Entretiens sur les Vies et les Ouvrages des plus Excellents Peitres Anciens et

Modernes, Livres I et II, Paris, Les Belles Lettres, 2007, p. 66. 67. Roger de Piles, L’Idée du Peintre Parfait (de Abrégé de la Vie des Peintres), Gallimard,

1993. 68. Roger de Piles, «Pierre Paul Rubens», em L’Idée du Peintre Parfait, pp. 113-126. Ver ainda

Jacqueline Lichtenstein, La Couleur Eloquente, Paris, Flammarion, 1989. 69. Daniel Arasse, Le Détail, p. 239. 70. Cfr. Nikolaus Harnoncourt, Baroque Music Today: Music as Speech, Portland, Amadeus

Press, 1988. 71. Susan Davidson, «Early Work 1949-1954», em Robert Rauschenberg: A Retrospective

(Susan Davidson e Walter Hopps, orgs.), Nova Iorque, Guggenheim, 1998, p. 44. Ver ainda um pequeno filme sobre Erased de Kooning Drawing, com Rauschenberg, 4:27 min., <http://www.youtube.com/watch?v=tpCWh3IFtDQ>

72. Arasse, Le Détail, p. 233. 73. Arasse, On n’y voit rien: Descriptions, Denoël, 2000. 74. Ibidem, pp. 11-27. 75. Ibidem, pp. 177-216. 76. Michel Henry, Incarnation: Une Philosophie de la Chair, Paris, Seuil, 2000, pp. 8-9. 10. As quatro determinantes da invisualidade 1. Leonardo da Vinci, On Painting (Martin Kemp, org.), Yale University Press, 1989, p. 18. 2. Ibidem, p. 16. 3. Thomas de Kêmpis, Imitação de Cristo, Lisboa, Verbo, sd, p. 9. 4. Indispensável neste tema e artista: J. Brown, Collected Writings on Velázquez, Centro de

Estudios de Europa Hispánica, 2008. 5. Da literatura mais do que abundante, introdutoriamente e recolhendo testemunhos e

investigações centrais: Suzanne L. Stratton-Pruitt (org.), Velázquez’s Las Meninas, Cambridge University Press, 2003; e Fernando Marias (org.) Otras Meninas, Madrid, Siruela, 2007. Impossível é querer estudar este quadro sem passar por estes dois livros colectivos.

6. Miguel Morán Turina fixou o texto, elaborou introdução e notas à biografia de Antonio A. Palomino, Vida de D. Diego Velázquez de Silva, Madrid, Akal, 2008.

7. No livro anterior, na nota 421 (p. 122) enumera Morán Turina mais uma infindável lista de estudos e autores, arrumados em perspectivas e núcleos interpretativos, sobre esta «teologia da pintura»: Preziado de la Vega, Leo Steinberg, Victor Stoichita, Martin Kemp, Fernando Marias, Sánchez Cantón, Ortega, Jonathan Brown, Enriqueta Harris, Paul Claudel, George Kubler, Foucault, Calvo Seraller, muitos destes autores citados na minha bibliografia velazquenha e incluídos nos dois livros colectivos aqui citados.

8. Leo Steinberg, «Las Meninas de Velázquez» (1991), em Fernando Marias (org.) Otras Meninas, pp. 93-102.

9. Victor Stoichita, «Imago Regis: Teoria del arte y retrato real en Las Meninas de Velázquez», em Fernando Marías, idem, pp. 181-204.

10. Fernando Marías, «El género de Las Meninas: Los servicios de la familia», idem, pp. 247-278.

11. Ortega y Gasset, Papeles sobre Velázquez y Goya, Madrid, Alianza, 1987, p. 263. 12. Jonathan Brown, «On the meaning of Las Meninas», 1978, rep.: J. Brown, Collected

Writings on Velázquez, Centro de Estudios de Europa Hispánica, 2008, pp. 47-76.

781

13. Também clássico: Enriqueta Harris, Velázquez, Madrid, Akal, 2003. 14. Victor Stoichita, «Imago Regis…», ob. cit., p. 181. 15. Ernst Bloch, The Principle of Hope, Vol I, The MIT Press, 1986, pp. 114-115. 16. Peter Sloterdijk, Ensaio Sobre a Intoxicação Voluntária: Um dálogo com Carlos Oliveira,

Lisboa, Fenda, 2001, pp. 59-60. 17. Ernst Bloch, The Principle of Hope, Vol I, p. 116. 18. S. Paulo, Epístola do Apóstolo S. Paulo aos Colossensses, (edição utilizada: Bíblia

Ilustrada, vol. VIII, trad. João Ferreira Annes de Almeida e org. José Tolentino de Mendonça), Lisboa, Assírio & Alvim e Círculo de Leitores, 2006, pp. 93-97.

19. Santo Atanásio, On the Incarnation, Cliff Lee, 2007, p. 44-45. 20. Ibidem, p. 36. 21. Alain Badiou, «Quel est le vrai sujet de Parsifal?» (2006), conferência em

<http://www.entretemps.asso.fr/Wagner/Parsifal/Badiou.htm>. 22. Richard Wagner, A Obra de Arte do Futuro, Lisboa, Antígona, 2003, p. 11. 23. Giorgio Colli, ob. cit. 24. Hans Blumenberg, Work on Myth, The MIT Press, 1990, p. 7-8. 25. tese veiculada em Richard Wagner, A Obra de Arte do Futuro. 26. Carl Dahlhaus, «Richard Wagner: Parsifal», livrete (p. 15) da edição CD: Orquestra

Filarmónica de Viena, dir. Georg Solti; Decca, 2002 [gravação – 1973]. 27. Uma das fontes principais: The Nibelungenlied, Penguin, 2004. 28. Libreto de libreto de Das Rheingold constante do programa do Teatro Nacional de S.

Carlos, Lisboa, Maio, 2006, pp. 47. 29. Deryck Cooke, I Saw the World End: A Study of Wagner’s Ring, Londres, Osforf Universuty

Press, p. 1. 30. Ibidem, p. 2. 31. Carl Dalhaus, ob. cit. 32. Ver Alain Badiou, Saint Paul: La Fondation de L’Universalisme, Paris, PUF/Collège

International de Philosophie, 1997. 33. Slavoj Žižek, A Subjectividade por Vir, Lisboa, Relógio d’Água, 2006, pp. 139-165. 34. Alain Badiou, «Quel est le vrai sujet de Parsifal?» (2006), ob. cit. 35. Richard Wagner, A Arte e a Revolução, 1990, p. 40. 36. Ibidem, p. 70. 37. Slavoj Žižek, A Subjectividade por Vir, e ainda Terry Eagleton (introdução de), Jesus Christ:

The Gospels, Verso, 2007, pp. vii-xxxii. 38. Georges Bataille, «Dossier de l’oeil pinéal» em Oeuvres Completes, Vol. II, Paris,

Gallimard, 1970, pp 13-47. 39. Susan Davidson, «Early Work 1949-1954», em Robert Rauschenberg: A Retrospective

(Susan Davidson e Walter Hopps, orgs.), Nova Iorque, Guggenheim, 1998, p. 44. 40. Ibidem. 41. Ver: Lisa Dennison e Nancy Spector (orgs., comissárias), Singular Forms (Sometimes

Repeated): Art from 1951 to the Present, Nova Iorque, Guggenheim, 2004; Kirk Varnedoe, Pictures of Nothing: Abstract Art since Pollock, Princeton University Press, 2006; Barbara Rose (org.), Monochromes: From Malevich to the Present, University of California Press, 2006; e Artstudio, «Monochromes» [número especial temático], 16, Primavera, 1990.

42. Clement Greenberg, «After Abstract Expressionism», em The Collected Essays and Criticism, Modernism with a Vengeance, 1957-1969, Vol. 4 (John O’Brian, org.), Chicago, Chicago University Press, p. 121.

43. Ver Liz Kotz, Words to be Looked at: Language in 1960s Art, The MIT Press, 2007. 44. Robert Smithson (Jack Flam, org.), The Collected Writings, University of California Press,

1996, p. 61. 45. Ver Alexander Alberro e Sabeth Buchmann (orgs.), Art After Conceptual Art, Viena Generali

Foundation, The MIT Press, 2006. 46. Michael Fried, «Three American painters: Kenneth Noland, Jules Olitski, Frank Stella»

(1965), em Art and Objecthood: Essays and Reviews, University of Chicago Press, 1998, pp. 213-265.

47. Rosalind Krauss, A Voyage on the North Sea: Art in the Age of the Post-Medium Condition, Londres, Thames and Hudson, 1999, p. 29.

48. Leo Steinberg, Other Criteria: Confrontations with Twentieth-Century Art, Oxforf University Press, 1975, p. 81.

49. Plínio, o Velho [Pliny the Elder], Natural History: A Selection, Penguin, 2004, p. 330.

782

50. Ver Richard Wagner, Tristan und Isolde (DVD): Orquestra do Festival de Bayreuth, dir. Daniel Barenboim (Beyreuth, 1993), encenação Heiner Müller, DG, 2008.

51. Ortega y Gasset, Papeles sobre Velázquez y Goya, Madrid, Alianza, 1987, p. 53. 52. Hans Belting, Likeness and Presence: A History of the Image Before the Era of Art, Chicago

University Press, 1994. 53. Ver: Hal Foster, The Return of the Real: The Avant-Garde and the End of the Century, The

MIT Press, 1996; e Carlos Vidal, A Representação da Vanguarda: Contradições Dinâmicas na Arte Contemporânea, Oeiras, Celta, 2002.

54. Giorgio Vasari, Las vidas de los más excelentes arquitectos, pintores y escultores italianos desde Cimabue a nuestros tiempos (Antología), Madrid, Tecnos/Alainza, 2006, pp. 151-157.

55. Douglas Gordon e Pilippe Parreno, Zidane: A 21st Century Portrait (DVD), 90 min., Artificial Eye, 2007.

56. De novo, Giorgio Vasari, Las vidas, ob. cit. 57. Fillipo Villani citado por Michael Baxandall, Giotto y los Oradores: La Visión de la Pintura en

los Humanistas Italianos y el Descubrimiento de la Composición Pictórica 1350-1450, Madrid, Visor, 1996, p. 108.

58. Michael Baxandall, Giotto y los Oradores, p. 113. 59. Ibidem, p. 118 60. Ver Cícero, On the Ideal Orator, Oxford University Press (III, 26), 2001. E Michael

Baxandall, ob. cit., 96. 61. Michael Baxandall, ob. cit., 96. 62. Hans Belting, Likeness and Presence, ob. cit. 63. S. Tomás de Aquino, Suma de Teología, I (Damian Byrne, O.P., org.), Madrid, BAC, 1998

(1, q.50, p. 501). 64. Hans Belting, Likeness and Presence, ob. cit., p. 471. 65. Ver Sergiuz Michalski, The Reformation and the Visual Arts: The Protestant Image Question

in Western and Eastern Europe, Routledge, 1993. 66. Hans Belting, Likeness and Presence, pp. 458-459. 67. Martinho Lutero [Martin Luther], Basic Theological Writings (Timothy F. Lull, org.),

Minneapolis, Fortress Press, 2005, p. 289. 68. Daniel Arasse, Histoire de Peintures, Gallimard, 2004, pp. 59-86. 69. Leon Battista Alberti, On Painting, Penguin, 1991, esquemas nas pp. 57, 59. 70. Erwin Panofsky, La Perspectiva como Forma Simbólica, Barcelona, Tusquets, 1985. 71. Panofsky, La Perspectiva…, pp. 59-71. 72. Ver Rudolf Wittkower, Art and Architectures in Italy 1600-1750: I. Early Baroque, Yale

University Press, 1999. 73. Giulio Mancini, Considerazioni sulla Pittura, em The Lives of Caravaggio: Mancini, Baglione,

Bellori, Londres, Pallas Athene, 2005, p. 36. 74. Giovanni Pietro Bellori, Vidas de Pintores, Madrid, Akal, 2005, p. 110. 75. Élie Faure, Histoire de L’Art – L’Art Moderne I, Paris, Denöel, 1987, p. 167. 76. Giorgio Agamben, Moyens Sans Fin: Notes sur la Politique, Paris, Payot & Rivages, 1995,

p. 68. 77. Cfr. Roberto Longhi, Mostra del Caravaggio e dei caravaggeschi, Florença, Sansoni, 1951

(reed.: Servizi Editoriali, 2005). 78. Alain Badiou, Compêndio de Metapolítica, Lisboa, Piaget, 1988, p. 150. 79. Bernard Marcadé, «Formalisme et negativité: notes sur le noir en marge d’une célebre

image de la Préface à la Phénoménologie de l’Esprit», em Artstudio, «Monochromes» [número especial], 16, Primavera, 1990, pp. 32-35.

80. Georges Didi-Huberman, «L’homme qui marchait dans la couleur», em Artstudio, «Monochromes», ob. cit., pp. 10-11.

81. Badiou, Pequeno Manual de Inestética, Lisboa, Piaget, 1999, pp. 83-101. 82. Agamben, Giorgio Agamben, Moyens Sans Fin, p. 69. 83. Ibidem. 84. Badiou, Pequeno Manual de Inestética, pp. 86-87. 85. Michel Foucault, As Palavras e as Coisas, Lisboa, Portugália, 1968. p. 17.

783

PARTE III 11. Post-scriptum sobre o interpretável 1. Hans-Georg Gadamer, Truth and Method, Nova Iorque, Crossroad, 1985. 2. Alain Badiou, Pequeno Manual de Inestética, Lisboa, Piaget, 1999, p. 9. 3. Badiou, Breve Tratado de Ontologia Transitória, Lisboa, Instituto Piaget, 1999, p. 148. 4. Rom Harré, «Is there a semantics for music?», em Michael Krausz (org.), The Interpretation

of Music: Philosophical Essays, Oxford, Clarendon Press, 2001, pp. 203-214. 5. Ver depoimento de Alessandrini no filme (DVD), Rinaldo Alessandrini & Concerto Italiano

record the Brandenburg Concertos, de Philippe Béziat (2005), inserto em Bach: Brandenburg Concertos; edição/intérpretes (CD+DVD): Concerto Italiano, dir. Rinaldo Alessandrini; Naïve, 2005.

6. Ver Nikolaus Harnoncourt, Baroque Music Today: Music as Speech, Portland, Amadeus Press, 1988. E o meu Capítulo 6 «A ocularidade e os limites da visão» (atrás, pp. 289-347).

7. Ibidem, p, 121. 8. Ver e ouvir Beethoven – Harnoncourt: 9 Symphonies; edição/intérpretes (CD): The Chamber

Orchestra of Europe (Orquestra de Câmara da Europa), dir. Nikolaus Harnoncourt; Teldec, 1991.

9. Ibidem, livrete, p. 12. 10. Immanuel Kant, The Conflict of the Faculties, Lincoln e Londres, University of Nebraska

Press, 1992, pp. 61-139. 11. Ver também Howard Caygill, Dicionário Kant, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2000, p. 200. 12. Badiou referindo-se a Brecht, em Pequeno Manual de Inestética, Lisboa, Piaget, 1999, p.

17. 13. Kant, Crítica da Faculdade do Juízo, Lisboa, IN-CM (Introd., IV, XXVIII), p. 63. 14. Ibidem (§10, 33), p. 109. 15. Ibidem (§66, 300), p. 297. 16. Ibidem. 17. Clement Greenberg (Janice Van Horne Greenberg e Peggy S. Noland, orgs.), Homemade

Esthetics: Observations on Art and Taste, Oxford University Press, 1999, p. 199. 18. Kant, Crítica da Faculdade do Juízo (§1, 4), p. 89. 19. Ver Fried, Absortion and Theatricality: Painting and Beholder in the Age of Diderot,

University of Chicago Press, 1980. 20. Rosalind Krauss, The Originality of Avant-Garde and Other Modernists Myths, The MIT

Press, 1986, p. 1. 12. Situações exemplares I Caravaggio 1. Santo Agostinho, A Cidade de Deus, Lisboa, Gulbenkian, 1993 (Livro XI, IV), p. 993. 2. Abade Teodoro de Studium, «Poems on Images», citado por Belting, Likeness and

Presence: A History of the Image Before the Era of Art, Chicago University Press, 1994, p. 508.

3. Roberto Longhi (org., comissário), Mostra del Caravaggio e dei caravaggeschi, Florença, Sansoni, 1951 (reed.: Servizi Editoriali, 2005).

4. Walter Friedlander, Caravaggio Studies, Nova Iorque, Schoken, 1969. 5. Giovanni Baglione, Le Vite de’ Pittori, Scultori, et Architetti (Roma, 1642), em The Lives of

Caravaggio: Mancini, Baglione, Bellori, Londres, Pallas Athene, 2005, p. 39. (bilingue em: Howard Hibbard, Caravaggio, Nova Iorque, Harper and Row, 1985, p. 351; e Walter Friedlander, Caravaggio Studies, p. 231.)

6. Giovanni Baglione, Le Vite de’ Pittori, Scultori, et Architetti (Roma, 1642), em The Lives of Caravaggio: Mancini, Baglione, Bellori, p. 41. (Provavelmente Baglione refere-se à versão da National Gallery de Londres.)

784

7. Ver então o utilíssimo «Catalogue des Oeuvres», em Mina Gregori, Caravage, Paris, Gallimard, 2005, p. 143.

8. Giovanni Pietro Bellori, Vidas de Pintores, Madrid, Akal, 2005. 9. Bellori, «Michelangelo da Caravaggio» de Le Vite de’ Pittori, Scultori, e Architetti Moderni

(1672), em The Lives of Caravaggio: Mancini, Baglione, Bellori, Londres, 2005, p. 57 (ou Vidas de Pintores, Madrid, Akal, 2005).

10. Refiro-me à tradução inglesa de Lionello Venturi, From Leonardo to El Greco, Skira, 1959, p. 240.

11. O trabalho pioneiro de estudiosos como Herman Voss, Kallab, Venturi ou Nikolaus Pevsner, está muito bem documentado em André Berne-Joffroy, Dossier Caravaggio, Milão, 5 Continents, 2005.

12. De Roberto Longhi, para além do citado Mostra del Caravaggio e dei caravaggeschi, Florença, Sansoni, 1951, destaco a seguinte produção: a edição francesa Le Caravage, Paris, Éditions di Regard, 2004; e as recolhas Studi Caravaggeschi (1935-1969), Florença, Sansoni, 2000 e Me pinxit e Questi Caravaggeschi, também Florença, Sansoni, 1992.

13. Cfr. Rudolf Wittkower, Art and Architecture in Italy 1600-1750: I. Early Baroque, Yale University Press, 1999; e a monografia Bernini: Sculptor of the Roman Baroque, Phaidon, 1999.

14. A oposição entre Carracci e Caravaggio, entre uma linhagem que provém de Rafael e da sua idealização cromática e formal e a rudeza humana caravaggesca vem, como se sabe de Bellori e do seu Le Vite de’ Pittori, Scultori e Architetti Moderni (1672). Panofsky, em Idea: Contribuição à História do Conceito da Antiga Teoria da Arte, São Paulo, Mastins Fontes, cita em Apêndice o início da biografia de Carracci por Bellori, onde este defende o bolonhê como o legítimo descendente de Rafael contra o carácter destrutivo de Caravaggio e Arpino (pp. 157-158). Ver o texto completo de Bellori sobre Carracci em Vidas de Pintores, Madrid, Akal, 2005, pp. 51-105). Esta oposição, assim tão declarada não é satisfatória nem partilhada por Wittkower. Ver Art and Architecture in Italy 1600-1750: I. Early Baroque, ob. cit., pp. 19, 27.

15. Giulio Mancini, Considerazioni sulla Pittura (1621) em The Lives of Caravaggio: Mancini, Baglione, Bellori, Londres, Pallas Athene, 2005. Ver texto original em Hibbard, ob. cit.

16. Ver John Ruper Martin, Baroque, Westview, 1977, p. 223. 17. Ver, a este propósito, AA. VV., Darkness & Light: Caravaggio & His World, The Domain, Art

Gallery of New South Wales, Melbourne, National Gallery of Victoria, 2003. 18. Mieke Bal, também especialista em estudos rembrandtianos, diagnostica a omnipresença

de Caravaggio na arte contemporânea em Quoting Caravaggio: Contemporary Art, Preposterous History, University of Chicago Press, 1999.

19. Walter Friedlander, Caravaggio Studies, p. VII. 20. Ver Filippo Baldinucci, Vocabulario Toscano dell’Arte Del Disegno, ed. fac-similada em

<http://books.google.pt/books?id=VccDAAAAYAAJ&printsec=frontcover#v=onepage&q=&f=false>, pp. 124 e segs.

21. Plínio, o Velho, Natural History: A Selection, Penguin, 2004, p. 325. 22. Ver Louis Marin, To Destroy Painting, University of Chicago Press, 1995. 23. Leonardo da Vinci, On Painting (Martin Kemp, org.), Yale University Press, 1989, p. 16. 24. Ibidem, p. 15. 25. Ibidem, p. 25. 26. Leonardo da Vinci, Les Carnets de Léonard de Vinci, Vol. II (Edward Maccurdy, org.),

Gallimard, p. 356. 27. Svetlana Alpers, The Making of Rubens, Yale University Press, 1996, pp. 101-157. 28. Antonio Palomino, Antonio A. Palomino, Vida de D. Diego Velázquez de Silva, Madrid, Akal,

2008, pp. 28 e 37. 29. Cennino d’Andrea Cennini, The Craftsman’s Handbook, Nova Iorque, Dover, 1960, pp. 5-6. 30. Ver Svetlana Alpers, The Making of Rubens, analisando a autora, no ultimo Capítulo, a obra

Sileno Bêbado. 31. De novo, Cennino Cennini, ob. cit., p. 5, e Victor I. Stoichita, A Short History of Shadow,

Londres, Reaktion, 1999, p. 89. 32. John Ruper Martin, Baroque, p. 223. 33. Bellori, Vidas de Pintores, Madrid, Akal, 2005, p. 116 34. Rudolph Wittkower, Art and Architectures in Italy 1600-1750: I. Early Baroque, Yale

University Press, 1999. pp. 24-25.

785

35. Jacques Lacan, Seminar XX: On Feminine Sexuality, The Limits of Love and Knowledge, 1972-1973 (Encore), Nova Iorque, Londres, WW Norton, 1999, p. 116.

36. Ver André Berne-Joffroy, Dossier Caravaggio, Milão, 5 Continents, 2005, pp. 40-56 (sobre Kallab) e pp. 202-227 (sobre Hermann Voss).

37. Baglione, ob. cit., em The Lives of Caravaggio: Mancini, Baglione, Bellori, pp. 43, 45. 38. Bellori, Vidas de Pintores, Madrid, Akal, 2005, p. 108. 39. Keith Christiansen (org.), The Age of Caravaggio, Nova Iorque, The Metropolitan Museum

of Art, Electa, Rizzoli, 1985. 40. Ver Richard E. Spear, From Caravaggio to Artemisia: Essays on Painting in Seventeenth-

Century Italy and France, Londres, Pindar Press, 2002. 41. Howard Hibbard é um notável historiador de temas renascentistas e autor das monografias:

Michelangelo: Painter, Sculptor, Architect, Secaucus (New Jersey), Chartwell, 1978; e Caravaggio, Nova Iorque, Harper and Row, 1985.

42. Roberto Longhi, Le Caravage, Paris, Éditions di Regard, 2004, pp. 109-167. 43. Assunto já referido. Ver Art and Architectures in Italy 1600-1750: I. Early Baroque, p. 19. 44, Referencial é a biografia de Helen Langdon, Caravaggio: A Life, Londres, Pimlico, 1998. 45. Ver Wittkower, Art and Architectures in Italy 1600-1750: I. Early Baroque, p. 19. 45. Cito Mina Gregori, Caravage, ob. cit. 46. Evento testemunhado pelos seus biógrafos Mancini, Baglione e Bellori. 47. Ver Bernard Berenson, Caravaggio: Delle sue Incongruenze e della sua Fama, Abscôndita,

2006 (ou André Berne-Joffroy, Dossier Caravaggio, pp. 325-349). 48. Ver Antonio Palomino, Vida de D. Diego Velázquez de Silva, Madrid, Akal, 2008, pp. 28. 49. Ibidem, p. 37. 50. O Primeiro Livro dos Reis, em Bíblia Ilustrada, Vol. III, trad. João Ferreira Annes de Almeida

e org. José Tolentino de Mendonça, Lisboa, Assírio & Alvim e Círculo de Leitores, 2006 (VIII, 12), p. 155.

51. Mina Gregori, Caravage, ob. cit. 52. Sobre o italiano de vivência espanhola, com fama de rival de Velázquez (facto negado por

muitos autores), ver a antologia de Francisco Calvo Serraller (org.), Teoria de la Pintura del Siglo de Oro, Madrid, Cátedra, 1991, pp. 259-335.

53. Terry Eagleton (introdução de), Jesus Christ: The Gospels, Verso, 2007, p. ix. 54. Giulio Carlo Argan citado por Mina Gregori, Caravage, ob. cit., p. 49. 55. Félibien, Entretiens sur les Vies et les Ouvrages des plus Excellents Peitres Anciens et

Modernes, III, Sixiéme Entretien, Londres, David Mortier, 1705, em <http://books.google.pt/books?id=NmoGAAAAQAAJ...>, p. 142-249.

II Rembrandt 1. Bellori, Vidas de Pintores, Madrid, Akal, 2005, p. 120. 2. Carta de Giustiniani, em Howard Hibbard, Caravaggio, Nova Iorque, Harper and Row, 1985,

Apêndice II, p. 345. 3. Carel Van Mander, «Het Leven der Moderne oft dees-tejtsche doorluchtighe Italiaensche

Schilders…», em Hibbard, Caravaggio, p. 344; para contextualizar a obra de Van Mander, que teve nos Países-Baixos um papel de historiador idêntico ao de Vasari nos países do sul, ver: Principe et Fondement de L«Art Noble et Libré de la Peinture, Paris, Les Nelles Lettres, 2008; e o primeiro volume de Le Livre des Peintres, I: Vie des plus Illustres Peintres des Pays-Bas et d’Allemagne, Les Belles Lettres, 2002.

4. Joachim Von Sandrart, Teutsche Academie (1675) [excerto], em Lives of Rembrandt: Sandrart, Baldinucci, Houbracken, Londres, Pallas Athene, 2007.

5. Filippo Baldinucci, Cominciamento e Progresso dell’arte d’intagliare in rame colle vita de’ piu eccelenti maestri della stessa professione, em Lives of Rembrandt, ob. cit., p. 37.

6. Duncan Bull (org. supervisão), Rembrandt Caravaggio, Zwolle, Waanders, Amesterdão, Rijksmuseum, 2006.

7. Fernando Checa, «Beyond Venice: Titian and the Spanish Court», em Sylvia Ferino-Pagden (org.), Late Titian and the Sensuality of Painting, Veneza, Marsilio, 2007, pp. 63-69.

8. Joachim Von Sandrart, Teutsche Academie (1675), em Lives of Rembrandt, p. 34. 9. Filippo Baldinucci, Cominciamento e Progresso dell’arte d’intagliare in rame colle vita de’ piu

eccelenti maestri della stessa professione, em Lives of Rembrandt, p. 43. 10. Arnold Houbraken, De Groote Schouburgh der Nederlandtsche Konstschilders en

Schilderessen (1721), em Lives of Rembrandt, pp. 84, 87.

786

11. Cfr. Heinrich Wölfflin, Conceitos Fundamentais da História da Arte, São Paulo, Martins Fontes, 1984.

12. Ibidem, p. 271. 13. Ibidem, p. 266. 14. Ibidem, p. 268 15. Ibidem, p. 271. 16. Ibidem, p. 217. 17. Plínio, o Velho, Natural History: A Selection, Penguin, 2004, pp. 323-341. 18. Heinrich Wölfflin, Conceitos Fundamentais…, p. 217-218. 19. Ibidem, p. 219. 20. Cfr. Maurizio Calvesi, La Realtè di Caravaggio, Einaudi, 1997. 21. Margriet van Eikema Hommes e Ernst van de Wetering, «Light and Color in Caravaggio and

Rembrandt, as seen through the eyes of their contemporaries», em Duncan Bull (org. supervisão), Rembrandt Caravaggio, p. 167.

22. Giulio Mancini, Considerazioni sulla Pittura (1621), em The Lives of Caravaggio: Mancini, Baglione, Bellori, Londres, Pallas Athene, 2005, p. 36.

23. Margriet van Eikema Hommes e Ernst van de Wetering, «Light and Colori n Caravaggio and Rembrandt, as seen through the eyes of their contemporaries», ob. cit., p. 175.

24. Sobre o materismo de Rembrandt, ver Ernst de Wetering, Rembrandt: The Painter at Work, University of California Press, 2000; ainda Ernst de Wetering, «Rembrandt’s method – technique in the service of illusion», em Christopher Brown, Jan Kelch e Pieter van Thiel (orgs.), Rembrandt: The Master and his Workshop, Vol II, Yale University Press, 1991; ou Svetlana Alpers, Rembrandt’s Enterprise: The Studio and the Market, University of Chicago Press, 1990, pp. 14-33.

25, Ver Sylvia Ferino-Pagden (org.), Late Titian and the Sensuality of Painting, Veneza, Marsilio, 2007.

26, William Schupbach citado por Svetlana Alpers, Rembrandt’s Enterprise, ob. cit., p. 27. III Velázquez 1. Ortega y Gasset, Papeles sobre Velázquez y Goya, Madrid, Alianza, 1987, p. 165. 2. Ver Eric Jan Sluijter, Seductress of Sight: Studies in Dutch Art of the Golden Age, Zwolle,

Waanders, 2000. 3. Victor I. Stoichita, El Ojo Místico: Pintura y Visión Religiosa en el Siglo de Oro Español,

Madrid. Alianza, 1996, p. 48. 4. Consultar a citada antologia de Francisco Calvo Serraller (org.), Teoria de la Pintura del Siglo

de Oro, Madrid, Cátedra, 1991, pp. 259-335. 5. Carducho citado por Stoichita, El Ojo Místico, ob. cit., p. 96. 6. Referência à monumental biografia de Carl Justi, Velázquez y su Siglo, Madrid, Istmo, 1999. 7. Francisco Pacheco, L’Art de la Peinture, Paris, Klincksieck, 1986. 8. Antonio A. Palomino, Vida de D. Diego Velázquez de Silva (Miguel Morán Turina, org.),

Madrid, Akal, 2008, p. 22. 9. Enriqueta Harris, Velázquez, Madrid, Akal, 2003, p. 54. 10. Jonathan Brown, Velázquez: Painter and Courtier, Yale University Press, 1986, p. 10. 11. Enriqueta Harris, Velázquez, p. 54. 12. José López-Rey, Velasquez, Londres, Studio Vista, 1980, p. 46. 13. Francisco Calvo Serraller (org.), Teoria de la Pintura del Siglo de Oro, pp. 261-267. 14. Justi, ob. cit., pp. 251-300. 15. Ibidem, p. 513. 16. Ibidem, p. 493 17. Ibidem, 519-520. 18. Enriqueta Harris, Velázquez, ob. cit., pp. 155-177. 19. Ibidem, p. 157. 20. Roberto Longhi, Le Caravage, Paris, Éditions di Regard, 2004, p. 15. 21. Enriqueta Harris, ob. cit., p. 44. 22. Antonio A. Palomino, Vida de D. Diego Velázquez de Silva, p. 22. 23. Estudando as obras iniciais de Caravaggio (por tanto, o trabalho anterior à Capela

Contarelli), Leo Bersani e Ulysse Dutoit contestam a sua leitura homoerótica, demonstrando antes que elas são esquivas à interpretação e assim procuram uma relação de intimidade com o observador: Caravaggio’s Secrets, The MIT Press, 1998.

787

24. Análises gerais do contexto da pintura espanhola da época, podem ser: Jonathan Brown, Images and Ideas in Seventeenth-Century Spanish Painting, Princeton University Press, 1978; ou Antonio Domínguez Ortiz, «Velázquez and His Time», em Domínguez Ortiz, Alfonso E. Pérez Sánchez, Julián Gallego (orgs.), Velázquez, Nova Iorque, The Metropolitan Museum of Art, Harry N. Abrams, 1989 (Ortiz, pp. 3-20).

25. Ver Jonathan Brown, Velázquez: Painter and Courtier, ob. cit. 26. Jonathan Brown, Images and Ideas…, p. 17. 27. Enriqueta Harris, ob. cit., pp. 37-56. 28. Pedro de Madrazo, Catálogo de los Quadros del Real Museo de Pintura y Escultura de

S.M., Madrid. Imprenta D. José M. Alonso, 1854. 29. Ibidem, p. 27. 30. Ibidem, p. 199. 31. Ibidem, p. 202. 32. Ver José López-Rey, Velasquez, Londres, Studio Vista, 1980; e P. M. Bardi, L’Opera

Completa di Velázquez, Milão, Rizzoli, 1969. 33. Voltar ao catálogo Sylvia Ferino-Pagden (org.), Late Titian and the Sensuality of Painting,

Veneza, Marsilio, 2007. 34. Ver Jonathan Brown, Velázquez: Painter and Courtier, ob. cit., p. 36. 35. Victor I. Stoichita, Ver y no Ver: La Tematización de la Mirada en la Pintura Impresionista,

Madrid, Siruela, 2005. 36. Felicien Chamsaur citado por Stoichita, Ibidem, p. 15. 37. Carl Justi citado por Enriqueta Harris, ob. cit., p. 189. 38. Enriqueta Harris, ob. cit., pp. 155-177. 39. Juan Agustín Ceán Bermúdez, Diccionario Histórico de los más Ilustres Profesores de las

Bellas Artes en España, Madrid, Akal, 2001. 40. William Stirling Maxwell, Velazquez and his Work, Londres, John W. Parker and Son, 1855. 41. Carmen Garrido e Jonathan Brown, Velázquez: The Technique of Genius, Yale University

Press, 1998. IV Vito Acconci e Bruce Nauman 1. Vito Acconci, «Interview: Mark C. Taylor in Correspondance with Vito Acconci» [Entrevista

por M. C. Taylor]», em Frazer Ward, Mark C. Taylor e Jennifer Bloom (orgs.), Vito Acconci, Londres, Phaidon, 2002, p. 9.

2. Bruce Nauman, «Breaking the silence: An interview with Bruce Nauman» [Entrevista por Joan Simon], em [Bruce Nauman:] Please Pay Attention Please: Bruce Nauman’s Words (Writings and Interviews), (org. Janet Kraynak) The MIT Press, 2003, p. 320. 3. David Joselit, «No Exit: Video and the Readymade», October, 119, The MIT Press, Inverno, 2007, pp. 37-45. 4. Stanley Cavell, The World Viewed: Reflections on the Ontology of Film, Harvard University Press, 1979, pp. 72-73. 5. Ver a decisiva e muitíssimo citada conferência, Michel Foucault, O que é um Autor, Lisboa,

1992. 6. Rosalind Krauss, «Video: The aesthetics of narcissism» (1978), em John Hanhardt (org.);

Video Cultures: A Critical Investigation, Nova Iorque, Peregrin Smith, Visual Studies Wokshop, 1986, pp. 179-191.

7. Rosalind Krauss, ob. cit., p. 181. 8. Ibidem, p. 186. 9. Consultar página e indexação de obras dedicada a Vito Acconci em Electronic Arts Intermix,

a mais importante instituição de preservação e divulgação da videoarte; em <http://www.eai.org/eai/artist.jsp?artistID=289>.

10. Rosalind Krauss, ob. cit., 179. 11. Vito Acconci Studio, Vitto Acconci: Diary of a Body – 1969/1973, Milão, Charta, 2006, p.

245. 12. Platão, Crátilo, em John M. Cooper (org.) Plato: Complete Works, Indianapolis, Hackett,

1997, p. 148. 13. Massimo Cacciari, Al Ángel Necesario, Madrid, Visor, 1989, p. 81. 14. Jacques Lacan, «Le Stade du Miroir: Théorie d’un moment structurant et génétique de la

constituition de la rélité» (1936), em Charles Harrison, Paul Wood (orgs.), Art in Theory, 1900-1990: An Anthology of Changing Ideas, Blackwell, 1993, pp. 609-613.

788

15. De novo, refira-se a página e indexação de obras dedicada a Vito Acconci em Electronic Arts Intermix, a mais importante instituição de divulgação da videoarte; em <http://www.eai.org/eai/artist.jsp?artistID=289>.

16. Craig Dworking (org.), Language to Cover a Page: The Early Writings of Vitto Acconci, The MIT Press, 2006, pp. 409-411.

17. Um documento historicamente de grande importância: Vito Acconci e Bernadette Mayer (orgs.), 0 to 9: The Complete Magazine (fac-similada), Nova Iorque, Ugly Duckingly, Lost Literature Series, 2006.

18. Craig Dworking, «Delay in Verse», em Craig Dworking (org.), Language to Cover a Page: The Early Writings of Vitto Acconci, The MIT Press, 2006, pp. xi-xviii.

19. Para se entender a ideia e processo deste poema, consultar a edição fac-similada: Vito Acconci e Bernadette Mayer (orgs.), 0 to 9: The Complete Magazine (fac-similada),, pp. 210-214.

20. Vito Acconci, «Steps into Performance (And Out)», em Kristin Stiles e Peter Selz (orgs.), Contemporary Art: A Sourcebook of Artists’ Writings, Berkeley, Los Angeles, Londres, University of California Press, 1996, p. 759.

21. Gloria Moure (org.), Vito Acconci: Writings, Works, Projects, Barcelona, Polígrafa, 2001, p. 204.

22. Martha Rosler, «Video: Shedding the utopian movement», em Doug Hall e Sally Jo Fifer (orgs), Illuminating Video: An Essential Guide to Video Work, Nova Iorque, Apperture, 1999, p. 31.

23. Carolee Schneemann, Imaging Her Erotics; Essays, Interviews, Projects, The MIT Press, 2003.

24. Ver Chrissie Iles (org.), Into the Light: The Projected Image in American Art 1964-1977, Nova Iorque, Whitney Museum of American Art e Harry N. Abrams, 2001; Norma Broude e Mary D. Garrard (orgs.), The Power of Feminist Art: The American Movement of the 1970s, History and Impact. Nova Iorque, Abrams, 1994.

25. A Portapack foi a primeira câmara de vídeo portátil que, nas mãos dos artistas, fez começarmos a falar em videoarte. No site da Sony <www.sony.net/SonyInfo/CorporateInfo/History/sonyhistory-d.html>, podemos encontrar algumas informações curiosas sobre as primeiras câmaras de registo videográfico: em 1961, surge a primeira VTR (Video Tape Recorder) transistorizada (SV-201), capaz de planos fixos e em movimento, com a limitação do peso: 200kg! Surge em 1963, a câmara PV-100, pesando cerca de 60Kg. Tem razão Michael Rush em destacar a primeira Portapack e a sua importância para a estética contemporânea, pois é ela que está na base da videoarte. Pertencia inicialmente à série Sony CV, apareceu em 1967, chamava-se CV-2400, possuía autonomia e peso reduzido, se comparada com antecessora, a CV-2000 de 1965.

Ver depois Michael Rush, Video Art, Thames & Hudson, 2003, p. 13. 26. Diderot, Carta sobre os Cegos para uso daqueles que Vêem, Lisboa, Veja, 2007, p. 78. 27. Ver Michael Auping (org.), catálogo+CD, Bruce Nauman: Raw Materials, Tate Modern [The

Unilever Series], 2004. 28. Coosje van Bruggen, Bruce Nauman, Nova Iorque, Rizzoli, 1988, p. 8. 29. Constance M. Lewallen (org. e comissária), A Rose has no Teeth: Bruce Nauman in the

1960s, Berkeley, University of California Press, Berkeley Art Museum, Pacific Film Archive, 2007. p. 1.

30. Bruce Nauman, «Breaking the silence: An interview with Bruce Nauman» [Entrevista por Joan Simon], em Bruce Nauman (Robert C. Morgan, org.), Baltimore, Johns

Hopkins University Press, 2002, p. 277 (também em Please Pay Attention Please: Bruce Nauman’s Worsd [Writings and Interviews], ob. cit.). 31. Bruce Nauman, «Bruce Nauman interview 2001» [Entrevista por Michael Auping], em

Please Pay Attention Please: Bruce Nauman’s Words (Writings and Interviews). ob. cit., 399.

32. Constance M. Lewallen (org. e comissária), A Rose has no Teth: Bruce Nauman in the 1960s, p. 88.

33. Ibidem, p. 88 e Bruce Nauman, «Breaking the silence: An interview with Bruce Nauman» [Entrevista por Joan Simon], em [Bruce Nauman:] Please Pay Attention Please: Bruce Nauman’s Worsd (Writings and Interviews), (org. Janet Kraynak) The MIT Press, 2003, p. 142 (Entrevista por Willoughby Sharp).

789

34. Cfr. Kristine Stiles, Klaus Biesenbach e Chrissie Iles (orgs.), Marina Abramovic, Londres, Phaidon, 2008.

35. Bruce Nauman, «Bruce Nauman interview 2001» [Entrevista por Michael Auping], em Please Pay Attention Please: Bruce Nauman’s Words (Writings and Interviews). ob. cit., 397-398.

36. Ver Robert R. Riley, «Bruce Nauman’s philosophical and material explorations in film and video», em Constance M. Lewallen (org. e comissária), A Rose has no Teeth: Bruce Nauman in the 1960s, p. 171.

37. Ibidem, p. 175. [13.] Conclusão: a omnipotência da invisualidade (ou o canto das Musas) 1. Ver John Searle, Speech Acts: An Essay in the Philosophy of Language, Cambridge

University Press, 1970. Introdutoriamente, ler James Loxley, Performativity, Routledge, 200, p. 46.

2. Arturo Schwarz, The Complete Works of Duchamp, Nova Iorque, Delano Greenidge, 2000, p. 865. [Etant donnés, 1946-1966]

3. Ibidem, pp. 700-701. [ Le Grand Verre, 1915-23] 4. Ibidem, pp. 662-663. [Á regarder (l’autre côté du verre) d’un oeil, de prés, pendant presque

une heure, 1918] 5. Cfr. Philippe Lacoue-Labarthe, Le Chant des Muses, Paris, Bayard, 2005.