uma imagem, uma obra - odps.org.pt · de hoje, um mundo que deveria dar lugar ... de. mas se existe...

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ANO I I * N. 5 * Jan. - Fev. 2007 * Director: ANDRÉ RUBIM RANGEL * Distribuição gratuita Ao olharmos e sentirmos o Mundo de hoje, um mundo que deveria dar lugar privilegiado à pessoa humana e ao amor ao próximo, parece que, pelo contrário, absorve e aprisiona, alterando profunda- mente a forma de viver. Esse facto retira, inevitavelmente, algum sentido à realidade social, porque a referência a Deus talvez tenha perdido o destaque central que ajuda, protege e prescreve caminhos, direcções, actua- ções… Apesar de toda esta constatação, ressaltam situações, feitos felizes que merecem ser falados e até exaltados… Nunca será demais pen- sarmos, entendermos, reflectir- mos e aprofundarmos o signifi- cado, a dimensão e a abrangên- cia do trabalho desenvolvido pela ODPS. A sua criação, só por si, constitui um Bem, valorosa ini- ciativa que desde aí não parou de semear alegria, oferecendo oportunidade e contribuindo para atenuar as desigualdades e os contrastes que marcam as vidas retirando perspectiva, possibilidade, expressão… Mais um ano decorreu na caminha- da desta sólida e importante Instituição. O momento sugere, naturalmente, balanço, avaliação, reflexão. Numa visão global e específica, os doze Centros Sociais, abarcando as várias valências de apoio à terceira idade e invalidez, às crianças e jovens e às famílias, visando a promoção integral da pessoa, através da solidariedade e da justiça, na sua acção, cumpriram bem os objectivos propostos e corresponderam, »»> Do Alto Américo Ribeiro Américo Ribeiro Américo Ribeiro Presidente ODPS, Director do BPN-Porto e Associativista Entrevista Exclusiva D. JOÃO D. JOÃO D. JOÃO MIRANDA MIRANDA MIRANDA “A Obra Diocesa- na é uma Institui- ção que surgiu da conjuga- ção de vontades dos Bis- pos do Porto de então com a Câmara Muni- cipal.” p. 15 continua p. 3 pp. 16 - 17 Tema: com consciência e responsabilidade, às exigências e aos requisitos solicitados. Muito trabalho foi concretizado, norteado por princípios e critérios que pretendem promover a eficiência e a quali- dade. Os serviços prestados à população mais carenciada da cidade do Porto tradu- zidos nas múltiplas e diferenciadas activi- dades, levadas a efeito nas Creches, Jar- dins de Infância, Gabinete de Apoio a Jovens, Centro de Dia, Centro de Convívio e Apoio Domiciliário, têm sido substancial- mente melhorados satisfazendo, tanto quanto possível, as necessidades actuais e indo ao encontro da evolu- ção requerida. Os Utentes manifestam gran- de contentamento e exprimem reconhecimento. Testemunhos recolhidos são notas muito importantes que entram na avaliação. Uma sublinhada preocupação do Conselho de Administração é promover o bem-estar e a satisfação geral: pela parte de quem recebe e pela de quem dá. A harmonia, o equilíbrio e a cons- ciência profissional precisam de formar um todo coerente e consistente. O traba- lho que se realiza tem de ser imbuído de carinho, de dedicação e de amor e este desempenho e competência passa por cada colaborador ou colaboradora. Os colaboradores e as colaborado- ras são “peças” fundamentais na constru- ção do crescimento multidimensional da Instituição. Uma imagem, uma obra A.L. QUALIDADE, chave de sucesso

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ANO I I * N. 5 * Jan. - Fev. 2007 * Director: ANDRÉ RUBIM RANGEL * Distribuição gratuita

Ao olharmos e sentirmos o Mundo de hoje, um mundo que deveria dar lugar privilegiado à pessoa humana e ao amor ao próximo, parece que, pelo contrário, absorve e aprisiona, alterando profunda-mente a forma de viver.

Esse facto retira, inevitavelmente,

algum sentido à realidade social, porque a referência a Deus talvez tenha perdido o destaque central que ajuda, protege e prescreve caminhos, direcções, actua-ções…

Apesar de toda esta constatação,

ressaltam situações, feitos felizes que merecem ser falados e até exaltados…

Nunca será demais pen-

sarmos, entendermos, reflectir-mos e aprofundarmos o signifi-cado, a dimensão e a abrangên-cia do trabalho desenvolvido pela ODPS.

A sua criação, só por si,

constitui um Bem, valorosa ini-ciativa que desde aí não parou de semear alegria, oferecendo oportunidade e contribuindo para atenuar as desigualdades e os contrastes que marcam as vidas retirando perspectiva, possibilidade, expressão…

Mais um ano decorreu na caminha-

da desta sólida e importante Instituição. O momento sugere, naturalmente, balanço, avaliação, reflexão.

Numa visão global e específica, os

doze Centros Sociais, abarcando as várias valências de apoio à terceira idade e invalidez, às crianças e jovens e às famílias, visando a promoção integral da pessoa, através da solidariedade e da justiça, na sua acção, cumpriram bem os objectivos propostos e corresponderam,

»»> Do Alto Américo RibeiroAmérico RibeiroAmérico Ribeiro Presidente ODPS, Director do BPN-Porto e Associativista

Entrevista Exclusiva

D. JOÃO D. JOÃO D. JOÃO MIRANDAMIRANDAMIRANDA

“A Obra Diocesa-na é uma Institui-ção que

surgiu da conjuga-ção de

vontades dos Bis-pos do

Porto de então com a Câmara Muni-cipal.”

p. 15

continua p. 3

pp. 16 - 17 Tema:

com consciência e responsabilidade, às exigências e aos requisitos solicitados.

Muito trabalho foi concretizado,

norteado por princípios e critérios que pretendem promover a eficiência e a quali-dade.

Os serviços prestados à população

mais carenciada da cidade do Porto tradu-zidos nas múltiplas e diferenciadas activi-dades, levadas a efeito nas Creches, Jar-dins de Infância, Gabinete de Apoio a Jovens, Centro de Dia, Centro de Convívio e Apoio Domiciliário, têm sido substancial-mente melhorados satisfazendo, tanto quanto possível, as necessidades actuais

e indo ao encontro da evolu-ção requerida. Os Utentes manifestam gran-de contentamento e exprimem reconhecimento. Testemunhos recolhidos são notas muito importantes que entram na avaliação. Uma sublinhada preocupação do Conselho de Administração é promover o bem-estar e a satisfação geral: pela parte de

quem recebe e pela de quem dá. A harmonia, o equilíbrio e a cons-

ciência profissional precisam de formar um todo coerente e consistente. O traba-lho que se realiza tem de ser imbuído de carinho, de dedicação e de amor e este desempenho e competência passa por cada colaborador ou colaboradora.

Os colaboradores e as colaborado-

ras são “peças” fundamentais na constru-ção do crescimento multidimensional da Instituição.

Uma imagem, uma obra

A.L.

QUALIDADE, chave de sucesso

2 OOBRA

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 & ACÇÃO

CÇÃO 

Uma Obra com visão e futuro! Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev.

»»> Eco do Leitor… (…) Unidos na preocupação comum de nos tornarmos cada vez mais próximos do cidadão anónimo para melhor compreendermos as suas dificuldades, os seus anseios e as suas esperanças, disponibiliza-mo-nos para continuar a trabalhar em total abertura de espírito para um Porto cada vez mais humano e mais fraterno. Apresento os melhores cumprimentos,

Sérgio Alves Martins (Presidente da Junta de Freguesia de Cedofeita

Já sem qualquer responsa-bilidade actuante na ODPS, recordo ainda e com agrado o tempo a ela dedicado (…), de grande compensação pessoal pela alegria de dar e de rece-ber. E na Obra recebe-se muito enriquecimento moral e crescimento soli-dário. Louvo o esforço e aprecio os conteúdos de “Espaço Solidário”, do qual penso, que atinge e obtém na Obra dois pontos essenciais nos seus fins e meios. Por um lado é um elemento de curiosidade e unidade entre todos os colaboradores e, por outro, transmite ao exterior e à comunidade em geral a imagem da realidade que a Obra é e representa para a Cidade. (…) E se “a vida é um perma-nente desafio e uma cons-tante oportunidade” pou-cos desafios e oportunida-des serão mais alegres e compensadores que a dedicação à sociedade carenciada com o nosso olhar e intervenção possí-veis no “Espaço Solidário” que nos rodeia, conta e precisa da nossa acção. Por isso, o meu aplauso pela iniciativa e execução.

Adão Sequeira (ex-Presidente do

Conselho Fiscal da ODPS)

Ano Novo, Revista ‘nova’! Reveja-se no tema deste número o esforço válido que temos feito por melhorar. De certo, subscreverão e apoiarão esta missão.

Duas palavras para os novos Cronistas/Colunistas e demais Colabo-radores: Obrigado e Bem-hajam! Des-culpem o atraso desta Edição, que por motivos redactoriais e estruturais necessários não pôde sair antes, assim como a inserção de certas colu-nas, adiadas para o próximo número.

Estas alterações pretendem reforçar a Cultura Social e Solidária que promovemos, e que urge sempre no tempo presente.

Brindamos este ano o 1º Ani-versário de ESPAÇO SOLIDÁRIO, fun-dado em Janeiro de 2006. Esta efemé-ride terá maior enfoque celebrativo no I FÓRUM SOCIAL ODPS, que iremos realizar.

Teremos também, de futuro, mais espaço para os Centros Sociais da ODPS e utentes mais novinhos. ◘

»»> Editorial

André Rubim Rangel

20072007

»»> Sinal Genial

Desejo que a Obra se mante-nha e que progri-da. Digo isto com alguma mágoa, porque

se a Obra progride é porque há necessida-de. Mas se existe é bom que se colmate. Fico muito satisfeito que a Obra tenha per-nas para andar e gen-te com capacidade para que a Obra se possa desenvolver!

Jorge Gabriel

Não é por acaso que a ODPS é um "Espaço Solidário". Esta Instituição está na primeira linha

das que se dedicam a estender a mão a quem precisa, sendo uma referência dentro e fora da cidade do Porto. A voracidade dos dias nem sempre permite um olhar mais atento a uma Obra que exis-te em função dos outros, mas isso não pode ser argumento para desconhecer ou desvalorizar o traba-lho que desenvolve junto dos mais caren-ciados, que infeliz-mente não param de crescer neste País. A ODPS deve ser acarinhada sem pre-conceitos pois ao fazê-lo está-se a incentivar quem prati-ca a solidariedade de forma eficaz, fazendo a distinção entre o que é a caridade de uma esmola e o que são actos de efectiva ajuda aos menos favorecidos. Bem ha-jam pelo passado e sobretudo pelo futuro!

Nassalete Miranda

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DO ALTODO ALTO Uma Imagem, uma Obra

INFOR’OBRAINFOR’OBRA Ceia de Reis ODPS 2007

OBRA DE FUTUROOBRA DE FUTURO Inédito: 1ª Festa Natal ODPS

UM OBREIROUM OBREIRO O ISSSP

ENTREVISTA...ENTREVISTA... D. JOÃO MIRANDA

VIDA VIVIDAVIDA VIVIDA Nova Europa

DESCOBRIR A...DESCOBRIR A... Qualidade de Vida

PRÁTICAS TEMÁTICASPRÁTICAS TEMÁTICAS Qualidade supõe Educação

PERSPECTIVASPERSPECTIVAS Caridade com Qualidade

BIOÉTICABIOÉTICA A Paz é possível

DIOCESE PORTUCALENSEDIOCESE PORTUCALENSE Intervenção Social...

RAIOS DE SOLRAIOS DE SOL Igualdade de Oportunidades

3

O OBRA

BRA &

 A & ACÇÃO

CÇÃO 

20072007 Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev.

As Instituições Particulares de

Solidariedade Social não têm objecti-vos lucrativos e, como tal, torna-se difícil fazer uma gestão, assente nos moldes preconizados dando regalias aos trabalhadores e utentes contando apenas com os recursos existentes.

Porém a perspectiva optimista

e o espírito aberto, sereno, ético e confiante têm de acompanhar sempre a liderança, pois esta base de acção é também muito importante.

Os que defendem a solidarie-

dade, a justiça e a igualdade encon-tram com facilidade o caminho certo.

E neste bom prosseguir a ODPS vai contribuindo sublinhadamente para uma sociedade, mais justa, mais sen-sível e mais solidária… ◘

Continuação DO ALTO, p. 1... As or-gan iz aç ões , nos dias de hoje, estão em constante evo-lução nos seus modelos organiza-cionais.

A Obra Diocesa-na não esteve alheia a estas alterações: melho-rou os seus equipamen-tos e a qualidade dos serviços prestados (fruto da formação dada aos seus colaboradores e do progressivo “espírito de família”). Num futuro próximo, a ODPS poderá abraçar alguns desafios, tais como: criação de um Centro de Noite; obten-ção da certificação de qualidade; incrementa-ção da formação dos seus colaboradores; criação de novas parce-rias e reforço das exis-tentes; maior conheci-mento cívico sobre o que é a ODPS; divulgação e formas de compromisso sociais para com a ODPS; e, por fim, contí-nuo esforço de melhoria das condições e serviços prestados ao utente. ◘ Rui Cunha, Tesoureiro do C.A. - ODPS

»»> Obra de Causas: DIA DA OBRA 28/ 10/ 2006

Alegria e Solidariedade abrilhantaram esse Dia

A ODPS celebrou o seu Dia a 28/10/2006, com comemorações

festivas no Pavilhão Rosa Mota, ao longo de pouco mais de 4 horas de espectáculo e convívio. Motivos para celebrar: 42 anos ao serviço dos mais necessitados e carenciados da Cidade Invicta, reunindo a grande família da Obra. Mais de 3.000 pessoas estiveram presentes, com bas-tante entusiasmo e dinâmica, demonstrados nos rostos, na decoração colorida (azul e amarelo – as cores simbólicas da ODPS) do espaço e nas actividades realizadas.

O Presidente ODPS, Américo Ribeiro, começou a sua inter-venção de forma poética, sempre ponderado de bastante determinação e emoção nas palavras: “o Sol brilha lá fora, mas aqui dentro brilha o espírito de família: fortalecemos a amizade, salvamos a solidariedade, experimentamos a esperança, …”.

Ainda no início do encontro, registamos o testemunho pessoal que o Sr. Jorge Oliveira, tio-avô duma criança do Centro Social Rainha D. Leonor, deu a Rui Cunha: “louvo a iniciativa deste dia por todos e mais alguns motivos, mas principalmente por se juntar crianças e ido-sos nas mesmas actividades e jogos”. Complementaram-se, assim, a alegria mais jovial e a mais madura, em prole duma alegria sólida e duradoira de todos os presentes.

ARR

As novidades do Dia da Obra deste ano, na sua 2ª edição, recaíram na actuação estreia – a abrir o espectáculo, depois da Sessão inaugural – do Grupo Coral de Idosos, formado por vários Ido-sos dos Centros Sociais da Obra, com essa valência, assim como da participação do grupo jovem de Danças de Salão do Porto, para preencherem os ‘tempos mortos’, na transição dos vários números dos 12 Centros Sociais (danças, músicas, encenações, ginástica, mensagens). ◘ ARR

“Os colabora-dores(as) são

‘peças’ funda-mentais na

construção do crescimento multidimen-

sional da Instituição.”

4 OOBRA

BRA & A

 & ACÇÃO

CÇÃO 

»»> I n f o r ’ O b r a : CEIA DE REIS ODPS * 13/01/2007

Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev. 20072007

Intervenção Presidencial

“Saúdo todos os presentes e também os ausentes que, por

quaisquer motivos, foram impedidos de aqui se encontrarem. Momentos de confraternização, de convívio, de conversa

informal, de evasão… são sempre bem vindos e têm muita importân-cia na construção do sucesso de uma Instituição.

É, por isso mesmo, que eles ocupam lugar e entram na agen-da das realizações anuais e este entendimento deve fazer parte da consciência profissional de cada colaborador ou colaboradora.

Esta Ceia de Reis tem essa intenção subjacente e daí ter significado e marca. Fazendo uma abordagem geral e muito breve sobre o que foi mais um ano de experiências, de saberes,

de conhecimentos, de compreensão, de vivências, de emoções, de serviço feito… que aconteceu nesta Obra Diocesana de Promoção Social e que contou para a sua vida, posso afirmar, com satisfação e certeza, de que os principais objectivos foram alcançados nos diversos domínios que incluíram, entre outros, os parâmetros da exigência e da qualidade, que implicam avaliação e reflexão contínuas.

Não me canso de dizer que a nossa Instituição lida com pessoas de diversos escalões etários e cujas características individuais e de ambiente familiar são muito especiais, requerendo, assim, ainda maior atenção, maior dedicação, muita compreensão, trato especializado e clima físico e humano favoráveis ao seu bem-estar.

Neste enquadramento, todos os colaboradores, nas suas específicas funções, são factores preponde-rantes e “motores” operacionais para que isso tenha sido uma realidade de alegria.

Felicito-vos pelo que realizaram. Naturalmente que o trabalho, envolto nessas condições e que visa o sucesso, não pode cessar, nem

estagnar, pelo contrário, tem que se pautar, permanen-temente, por um processo dinâmico e construtor de melhoria qualificada nas várias dependências e secto-res. Neste pressuposto, o novo ano afigura-se mais auspi-cioso, mais abrangente, mais enriquecedor. As competências essenciais, evidenciadas por cada elemento, entram nos princípios e critérios da diferen-ciação exigida e estarão sempre sujeitas a adequação, flexibilização e reorganização acompanhando o desen-volvimento, de acordo com a diversidade das situações concretas e daquelas que, inopinadamente, aparecem. O esforço de cada um, não obstante o sentimento do

dever que lhe deve assistir no desempenho da sua função, é acompanhado e reconhecido pelo Conselho de Administração e este tem procurado estimulá-lo e motivá-lo criando melhores condições e satisfazendo, dentro dos limites e dos condicionalismos que nos cercam, as necessidades e indo ao encontro dos interesses especí-ficos e gerais.

A imagem e conhecimento da Obra Diocesana de Promoção Social estão mais divulgados e crescerão ainda mais, se Deus quiser, factos que concorrem para a sua elevação e, consequentemente, para o prestígio de todos.

A criação da Liga dos Amigos da ODPS marca também um ponto alto deste ano. É muito gratificante falar destes Amigos que assumem o compromisso de privilegiar a ajuda aos mais

fragilizados. Pensam neste caso sério e não se ficam por aí, actuam de forma a experimentarem a Bondade e a Partilha.

Parabéns pelo vosso exemplo! Muitas pessoas destas são necessárias! O “Espaço Solidário” e o “Site”, Meios de Informação da vida da Obra, têm contribuído, substancialmen-

te, para um maior conhecimento, uma maior noção da nossa Instituição e isso é extremamente saudável e motivador.

Tenho de realçar, com elevado regozijo, o papel impor-tantíssimo dos Prezados Cronistas, cujas narrações subordina-das a temas nucleares da actualidade constituem veículo mobi-lizador de interpelação pessoal e social… para além do contri-buto de enriquecimento cultural.

Sendo figuras ilustres nacionais, o que muito nos orgu-lha, acedem com grande disponibilidade e respeito a colabora-rem com os humildes.

A Sabedoria é isso mesmo! Também uma palavra de apreço ao trabalho desenvolvi-

do pelo nosso Director de Informação, André Rubim Rangel. Em nome do Conselho de Administração aceitem com Amiza- A.L.

ARR

ARR

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CÇÃO 

20072007 Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev.

de os nossos Parabéns e o nosso reconhecido Obriga-do!

O projecto de implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, tendo como referência os requi-sitos da Norma ISO 9001/2000, para este ano de 2007 vislumbra mais uma iniciativa de enorme valor.

Encontramo-nos no último ano de mandato. Um propósito claro, e que pensamos ter conse-

guido, é deixar uma organização estruturada e uma dinâmica implementada, sempre abertas à flexibilidade e à reformulação, acompanhantes da mutação e modernidade do tempo, capazes de bem orientar o processo de gestão da ODPS.

A estas juntam-se a consciência e responsabili-dade social e profissional de cada elemento que aqui trabalha.

Tratando-se de uma Instituição da Igreja, que tem como patrono Sua Reverendíssima, o Bispo do Porto, e como cooperantes a Câmara Municipal do Por-to e a Segurança Social terão que continuar a acolhê-la e a apoiá-la, mas, num futuro muito próximo, essa cola-boração terá, forçosamente, que ser mais expressiva, mais substancial…

Elogio e sublinho os prestimosos apoios conce-didos pela Câmara Municipal e pela Segurança Social.

Muito têm oferecido, o que reconhecemos, agradecemos e enaltecemos. Sem eles não seria possível viabilizar condi-ções, efectivar melhoramentos. A nossa posição, certamente que é entendida e, por isso mesmo, continuaremos a soli-citar mais e mais. Um projecto desta natureza, uma Instituição com esta dimensão, que contribui, mar-

cantemente, para o bem-estar da comunidade que mais precisa de atenção, merece ser objecto central de estu-do e de disponibilidade de verbas, ocupando lugar cimeiro nas principais prioridades.

Acreditamos que isso acontecerá. Temos de assumir que somos uma grande IPSS

na cidade do Porto e que perspectivando futuro muito poderá ser feito: alargar serviços e fundar novas estru-turas, como, por exemplo, criação do Centro de Noite para Idosos autónomos, criação dum Lar de Terceira Idade, reestruturar Centros Sociais mais degradados, etc…

Um bom andamento nos múltiplos campos se pretende para 2007 e este desejo estende-se a todos quantos colaboram nesta Obra e a cada um singular-mente.

Que a autoconfiança, a criatividade, a renovada energia, a descoberta, a responsabilidade e o trabalho cooperativo, envolvidos na química do bem servir e da esperança, tragam a alegria e a paz geral e pessoal.

Quando a Beleza pluridimensional nasce do Saber individual, que focaliza os valores humanos fun-damentais, a felicidade é uma conquista assegurada.

Se cada um de nós for instrumento de Paz, esta transformará a vida e dar-lhe-á o verdadeiro significa-do, tanto no âmbito da realização individual como no âmbito da realização profissional.

O entrosamento de saberes, operacionalidades, vontades fortes, dignidade, verdade e amor darão o fruto desejado e a Luz da Alegria e da Tranquilidade! Muito obrigado.” ◘ Américo Ribeiro

ARR

Reportagem

Na noite de 13 de Janeiro a Obra

Diocesana de Promoção Social (ODPS) celebrou os Reis com uma Grande Ceia (3º ano consecutivo) e foi preenchida por momentos significativos e emotivos, elevando este evento ao patamar de ‘o melhor’, até à data, que a Obra já reali-zou.

O espaço da Quinta de S. Salva-dor engalanou-se ao receber cerca de 350 colaboradores da ODPS, mais 50 convidados.

Após o momento de ‘Abertura’ da Ceia pelo Presidente Américo Ribeiro procedeu-se à ‘Invocação’ feita pelo Tesoureiro do C.A., Rui Cunha…

INVOCAÇÃO:

“A visão cristã do Mundo imprime confiança à força humana.

O segredo de mansidão e da paz é actuar em conformidade com os desíg-nios do Senhor.

A verdade, a lealdade, a honestida-de, a caridade … engrandecem os senti-mentos e a vida de quem as inclui na dinâmica de cada dia.

As mãos que se habituam a socorrer os desfavorecidos agirão sempre em toda a parte com bondade, doçura e humanismo, buscando a felicidade pes-soal pelo Bem que semeiam.

Os homens animados pela caridade de Cristo, sentem-se unidos aos outros e partilham os sofrimentos e as alegrias.

Como resultado, o trabalho reveste-se de vigor e de aten-ção para o q u e é essenc ia l , de tal modo que a obra cresce com harmonia e eficácia.” ◘

Depois, houve a entrega da direc-ção da Ceia ao Director de Serviços, João Pratas. O Banco Alimentar foi um dos homenageados da noite, recebendo o ‘prémio’ de Reconhecimento, por todo o bem que tem dedicado à ODPS. Como disse o Presidente: “O reconhecimento é sentimento, é valor, é gesto, é afecto… Presenteia e enaltece os seus autores”. Para receber a imagem de Maria esteve Vasco Fernandes (Vogal da Direcção).

Quanto ao tempo de Gratidão foram distinguidos 12 Colaboradores com 25 anos de Serviço. “O servir com missão é um dom que deve ser releva-do”, lembrou e agradeceu o Presidente.◘

A.L.

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Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev. 20072007

»»> Curtas & Certas

“Gosto imenso de aceitar estes convites para bem da sociedade,

para que possa melhorar-se, com a ascensão dos grandes valores. Estou muito satisfeita por ter vindo. Não esquecerei esta noite. Podem contar sempre comigo!

(no dia seguinte, ao sabermos se tinha regressado bem a Lisboa)…

A Obra é uma acção notável que tem de ser conhecida no País. Merece ser enfatizada. Estou muito feliz convosco e já falo bem de vós aos meus amigos.”

Maria Barroso

"A ODPS é uma caminhada de Reis, que no nevoeiro deixa, por vezes, de ver a estrela, mas que

teima em continuar até ao próximo Natal. Essa é maior e melhor prenda que se pode dar ao Menino e a todos".

Francisco Carvalho Guerra “A participação massiva de quan-tos trabalham na Obra; a paz, o olhar e o sorriso nos lábios; e a

partilha fraterna da comunhão reflec-tem o rosto da Obra”.

P. A. Jardim Moreira

"A forma como correu a Ceia é um espelho do que acontece na Obra. Satisfação do dever cumprido e a

alegria de aceitar o desafio. O Porto também está de Parabéns pelo capital enriquecedor que a Obra lhe transmite".

Paulo Morais “Muito grato pela gentileza do convite de tão prestigiado jantar de Reis e da linda prenda ofereci-

da, cumpre-me salientar o empenho e dinamismo da actual liderança da Obra Diocesana, que tem sido bem patente no desenvolvimento da Organização. Bem-haja quem assim se dedica de cor-po e alma a uma causa tão nobre.” António Monteiro

A.L.

A.L.

»»> I n f o r ’ O b r a : Tempo de INTERVENÇÕES - Ceia

Algumas Entidades... Em nome dos convidados Cronis-tas do Periódico informativo ODPS, o Prof. Daniel Serrão começou por saudar e agradecer o magnífico trabalho do actual Conselho de Administração. “Para quê estarmos aqui? É à volta da mesa – não é só para comer – que conseguimos comunicar duma

forma celebrativa de fé e de amor. É fundamental vivermos este ‘ágape’, com a alegria no afecto dos irmãos, com quem estais e cuidais diariamente. Esta Obra procura e consegue, com o vosso trabalho, realizar a justiça e a soli-dariedade”. Terminou a sua mensagem incentivando à divulgação e presença no I Grande Fórum Social que a ODPS vai realizar este ano, com personalidades de várias áreas, sob o tema da “Igualdade e Solidariedade”. ◘

Interveio ainda Luís Vale (Director

Adjunto do Centro Distrital da Segurança Social), que considerou a ODPS “uma empresa já razoável, com mais de 400 cola-boradores. Há uma sintonia, um pacto entre todos, porque sente-se aqui «o amor à cami-sola». Há uma cultura da Igreja, com uma longa e enorme experiência na área social, estando junto de quem mais precisa e dar-lhes resposta”. ◘

Em representação de Rui Rio esteve Matilde Alves

(Vereadora da Acção Social e da Habitação da C.M.P.), manifestando a honra em estar com a Obra, pelo serviço

que a mesma presta à Cidade. Citou Luc Ferry, referindo que “nesta Socie-dade moderna e laica, todos nós pre-cisamos dum sentido, para avançar e progredir. Podemos ou não acreditar no valor fundamental da Vida. Sabe-mos, porém, que vale a pena ajudar-mo-nos uns aos outros, mesmo que seja por razões humanitárias. Existe um sentido. É este sentido que a Obra tem e que deixo a minha home-

nagem, em meu nome e no de todos cuja Obra tem dado sentido às suas vidas”. ◘

Por fim, teve a palavra o Rev.mo P. Américo Aguiar

(Vigário Geral da Diocese, em representação de D. Armin-do Lopes Coelho), lembrando que “o patrão destra Obra está doente; o patrão desta Obra é o Bispo do Porto, por isso, apesar de estarmos em festa, importa lembrá-lo e a todos os que se encontram doentes e que necessitam da nossa atenção”. Seguindo as pala-vras que deixou na Ceia do ano passa-do, sublinhou: “não se esqueçam que as vossas mãos, os vossos rostos e as vossas palavras são as mãos, o rosto e as palavras do Bispo do Porto, para todos os que usufruem das boas obras desta Instituição”. ◘

A.L.

A.L.

A.L.

A.L.

7

O OBRA

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20072007 Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev.

»»> I n f o r ’ O b r a : Tempo de GRATIDÃO - Ceia de Reis

Testemunhos dos 12 Colaboradores reconhecidos publicamente pelos seus 25 anos de ODPS

ALFREDINA GOMES (Trabalhadora Auxiliar - S. Roque da Lameira): Agradeço muito o que aconteceu na Ceia. Trabalhei 16 anos numa fábrica, mas nada se compara ao trabalho na Obra, com a Creche, onde estou há tanto tempo. Adoro o que faço. Estou muito feliz!

ALICE MARTINS (Ajudante Acção Educativa - Regado): 25 anos é uma vida dedicada às crianças. Gostei da atitude na Ceia, porque é bom sentirmo-nos reconhecidos pelo trabalho feito. O meu incentivo é trabalhar com crianças, gosto de o fazer. Foge da rotina do dia-a-dia, pois há sem-pre novidade.

ALZIRA GAMA (Ajudante Acção Educativa - Carriçal): A Obra é grande parte da minha vida profissional, com muitos anos de dedicação, partilha aos outros e de amiza-des. Gosto muito de trabalhar nela e continuo com a mesma dedicação com que comecei há 25 anos.

ISABEL TRINDADE (Cozinheira - Pasteleira): Tem sido muito bom. Há altos e baixos, mas fico satisfeita por, ao fim de tantos anos, ser reconhecida pelo trabalho feito.

JORGE MOREIRA (Médico - Pasteleira): Nestes 25 anos assisti à evolução da ODPS e, realmente, tem uma obra válida no campo social e no Porto. Nos últimos anos tem-se evidenciado mais. Tem tido maior projecção, por méri-to do actual C.A. e Direcção. Na minha experiência pessoal tem sido benéfico o contributo que dou à Obra, com pessoas distintas.

JOSÉ PEDRO OLIVEIRA (Médico - Regado): Realmente, 25 anos são quase uma vida! Reconheci muitos amigos ao longo do tempo. O ambiente de trabalho é excepcional. É de enaltecer a Obra ser uma Instituição de Solidariedade magnífica e pelo que tem desenvolvido. É importante que continue, num tempo em que, por vezes, falta nas pessoas o humanismo devido.

LEOPOLDINA MOUTINHO (Ajudante Acção Educativa - Fonte da Moura): Tem sido uma experiência muito gratificante lidar com todos os utentes, de idades diferentes. Tem sido um novo modo de viver, porque há sempre um novo contacto e, assim, um novo modo de trabalhar. Espero que a Obra conti-nue deste modo. É belo vê-la crescer, para bem de todos!

MARIA CARMO OLIVEIRA (Ajudante Acção Educativa - Pasteleira): Felizmente, só tenho a dizer coisas boas da Obra. Sempre trabalhei nela com muito gosto. Há uma evolução sem-pre para melhor. Gosto imenso daquilo que faço e é bom trabalhar com pessoas que reconhecem o nosso trabalho.

MARIA CLARA BARRETO (Ajudante Acção Educativa - Lagarteiro): Eu digo muito bem da Obra. Gosto daquilo que faço e de estar na Obra. Dou os parabéns ao C.A., pois é muito bom, não tendo nada a apontar em contrário.

MARIA FÁTIMA FERREIRA (Técnica Serviço Social - Pinheiro Torres): Para mim tem de se ter espírito solidário e humanista, de dedicação e de amor ao próximo; de tra-balhar com todos na maior alegria, seja rico ou pobre, e com o maior respeito; de entrega de corpo e alma e sem horas, pois muitas vezes, o horário laboral é alargado em prol da Instituição e de modo voluntarista.

MARIA HELENA FERREIRA (Professora - Pasteleira): Estou muito satisfeita com a Obra e com a homenagem feita. A Instituição diz-me muito e gosto do que faço. A Obra não era nada do que é agora e o que tem feito é muito importante e fundamental. Fico contente por contri-buir e de melhorar, de algum modo, a vida das pessoas. Se assim não fosse, eu não estaria na Obra.

MARIA LUÍSA PICO (Professora - S. Roque da Lameira): Gosto muito de trabalhar na Obra. Estou sempre disponível, pois é um prazer trabalhar cá. Gostei muito da imagem oferecida pelos 25 anos e do jantar. Quando comecei havia muitas dificuldades, mas as condições agora são outras e a entidade patronal actual é muito mais próxima e disponível. ◘ ARR

ARR

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Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev. 20072007

»»> Obra de Futuro: FESTA DE NATAL ODPS * 3/12/2006

Mais um inédito: ODPS não pára, semeia o bem! Em pouco tempo a Obra pensou e preparou uma nova actividade, mais uma original e originária deste C.A.: a Festa de Natal para os filhos dos Colaboradores da ODPS. O resultado esteve à vista: êxito garantido! Os utentes participaram e levaram as crianças a ale-grar-se com uns presentes antecipados, durante a tar-de de 3/12/2006, no Auditório da Casa de Vilar. O Presidente da ODPS realçou, na sua interven-ção inicial, “a presença com espírito de Família e em alegria, neste reconhecimento aos mais pequeninos. É bom, hoje, ouvir-se falar da ODPS, em qualquer lugar público, com dignidade, prestígio e qualidade”. A ani-mação esteve a cargo do grupo feirense ‘Animatus’. ◘

Banco Alimentar Contra a Fome

Vasco Fernandes, grato pelo

momento, aludiu que “há razão de viver em todo o nosso traba-lho: «recebestes de graça, dai de graça», como disse João Paulo II. E dar o quê? Solidarie-dade, sem pessimismo. O Ban-co Alimentar sente-se feliz por dar as mãos convosco, para que haja quem sofra menos/pouco e possa ter mais conforto”. ◘

Tempo de RECONHECIMENTO

A.L.

“A música é a arte de expri-mir pensamen-tos, sentimentos, emoções - por meio da combi-nação dos sons.

Ela é res-ponsável por chamar alegria, a felicidade – criando um clima de beleza em todo o redor.

M ú s i c a , canções, arte ficam a cargo do Amigo da Obra Diocesana, ROBERTO LEÃO”. ◘

»»> I n f o r ’ O b r a : CEIA DE REIS ODPS

Tempo MUSICAL A.L.

POEMA de Despedida da Ceia

Hoje, um dia que não tem fim Hoje! Hoje, quem nasce é cada um de nós. É o eterno convite a nascer de novo. Mas, para que nasça em mim, tem que nascer também nos outros. É neles que se fecha o meu ciclo de vida e o Cristo que eu sou e quero ser. O berço do meu Natal é o coração de todos. É lá que vou nascer e crescer de verdade. Sem os outros não me digo. Sem os outros não é possível o amor, nem é possível amar. Comungando-nos em amor, nos geramos uns aos outros. E assim podemos afirmar: IRMÃO, A MINHA FESTA ÉS TU! Dia após dia, o Novo Ano seja tecido por todos e cada um de nós, com fios de Alegria, Solidariedade e Paz! ◘ (CONFHIC)

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20072007 Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev.

Depoimento sentido...

É sempre profundamente emocionante presen-ciar a alegria de dezenas de crianças, o que na época Natalícia se torna ainda particularmente comovedor.

Foi assim que me senti na festa de Natal da ODPS ao presenciar as emoções das crianças e tam-bém dos adultos, que nesta altura retornam à infân-cia, quer no decorrer da peça com carácter humorísti-co do romance de Pedro e Inês, quer no decorrer da longa distribuição de presentes a crianças que irradia-vam alegria e entusiasmo.

Saí com uma sensação de leveza e plena satisfação. Só posso agradecer à ODPS pela tarde que me proporcionou. ◘

Gisélia Ribeiro, Liga de Amigos ODPS

Como viram Pais e Filhos a Festa?

Primeiro fomos ao Cerco. O Rafael (3 anos), disse-nos que gostou muito do carro e de ver os outros meninos da Obra, que conhecia quase todos. Na peça de teatro, a Rainha foi de quem gostou mais. Luísa Figueiredo (Ajudante Acção Educativa), considerou uma boa ideia na iniciativa e um bom incentivo. Sugeriu, no futuro, a animação de alguns palhaços. Mas achou que esteve tudo bem, tanto no teatro, como nas prendas. Ouvimos ainda Alcina Ferreira (Administrativa), que comentou: “os meus filhos (Rodrigo, 4 anos, e Tomás, 8 anos) normalmente perguntavam pela «festa da mãe», dado que costumam ter e ir à do pai. O meu filho mais velho gostou mais do teatro, visto gostar mais de artes. A nossa reacção foi óptima ao receber o convite, ape-sar da surpresa. Foi uma maneira de mostrar que não estamos esquecidas”.

Já no Lagarteiro, sentia-se o entusiasmo do Gonçalo (5 anos) ao descrever o carro telecomandado que

recebeu, apesar de confessar ter gostado mais do presente do primo. Gostou do teatro e de ir com muita famí-lia. “Havia 3 Pais-Natal, que eram simpáticos para os meninos. No balão tinha uma mensagem dentro, de ‘Feliz

Natal’ “, concluiu. Depois, Lucília Silva (Auxiliar Acção Educativa), referiu que a Festa deu para a filha ver “como é o nosso ambiente e conhecer melhor o nosso ‘chefe’ (Presidente), que é óptimo, dá-se bem com todos e põe-nos à vontade. Acho que o programa esteve muito bem, podendo repetir-se no futu-ro”. Lucília é mãe de Diana Valente (12 anos – o último ano que esteve na Obra) e de Diana Caldeira (Auxiliar da Acção Directa). Por fim, de visita ao Regado (Infância), durante o almoço, consegui-mos abordar a Márcia Silva (8 anos), que, para além dos bombos, lembrou-se concretamente de algumas cenas do teatro, que mais a fizeram rir: a subida do Pedro à cadeira e o ajudante do Rei, que “parecia uma menina”. Desejou ainda a continuação desta Festa natalícia nos próximos anos. Antes de termi-narmos a reportagem, Paula Ferreira (Administrativa) apontou o êxito da Fes-ta, sendo a sua 1ª realização.”Permitiu um melhor convívio com os colegas. Gostei muito de ver o Presidente envolver-se no espírito natalício, vestido a rigor. Espero que continue, não pelas prendas, mas pelo convívio!”. ◘ ARR

Fotos: C.D.

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»»> Um Obreiro Bernardino ChamuscaBernardino ChamuscaBernardino Chamusca

Advogado e ex- Presidente ODPS

O ISSSPO ISSSPO ISSSP O Instituto Superior de Serviço Social do Porto

(ISSSP) foi criado em 1956, sendo nesta data o mais recente de três Institutos de Serviço Social fundados em Portugal pela Igreja Católica, já que o ISSS de Lisboa vem de 1935 e o de Coimbra sucedeu em 1040 e a Escola Normal Social das Irmãs Franciscanas de Maria, fundada em 1937.

Em 1956, «é criado no Porto o Instituto de Servi-ço Social, pela Associação de Cultura e Serviço Social, iniciativa de D. António Ferreira Gomes».

A sessão solene de abertura do ISS do Porto realizou-se em 15.12.1956, no salão nobre da Faculda-de de Engenharia, sob presidência do Bispo do Porto, sendo Presidente da ACSS, Maria Augusta Gonçalves, e Directora do ISSP, Margarida Sacadura Bretes.

Nesse ano, são três os cursos ministrados: assis-tente social, monitora familiar e assistente familiar. O ISS do Porto estava instalado na Av. Rodrigues de Frei-tas, 202, na Cidade Invicta, e iniciara as aulas com 42 alunas, tendo como escopo «estimular a solução dos problemas sociais à luz do Evangelho e das Encíclicas».

Na dita sessão solene, o Bispo do Porto, convida-do a encerrar o acto, afirmou: «Não encerro a sessão, mas abro, segundo creio, uma época nova na nossa actividade social.»

A partir do ano lectivo 1975/76 o Instituto tentou a sua integração no Ensino Superior Oficial, mas as nego-ciações não tiveram êxito, o que motivou o regresso do Instituto à situação de escola privada.

Actualmente o ISSS Porto é suportado juridica-mente pela Cooperativa de Ensino Superior de Serviço Social, CRL, criada em 03.06.1986, desenvolvendo a sua actividade, após décadas na Avenida Rodrigues de Freitas, em modernas instalações na Senhora da Hora, Matosinhos.

Como escreveu Ernesto Fernandes («Alguns Apon-tamentos para a Compreensão do Ensino Ministrado no Instituto de Serviço Social de Coimbra» - Revista do ISSS de Lisboa, nº 2/3 – Dezembro – 1985) pode dizer-se que «a Obra Diocesana e o Centro Social do Barre-do funcionavam como centros de estágio específico que complementavam a formação teórica que era ministrada no Instituto». Razão que, certamente a par do exercício da cidadania, justificava que a Directora do ISS Porto - Julieta Marques Cardoso - tivesse parte activa nas Direcções de ambas as Instituições. ◘

Jan.Jan.Jan.–––n. 5n. 5

»»> Flashes Internos

O “Espaço Solidário” já está, a partir deste ano, oficialmente registado no INPI como

nova Marca Nacional, ou seja, o seu logótipo passa a ser ‘marca registada’.

Realizou-se a 2/02/2007 o 2º Jogo Futsal entre o C.A. e os Colaboradores ODPS, ten-

do sido o 1º jogo em Fev. 2006. Foi no Pavilhão Desportivo de Arreigada, seguido de Almoço.

A ODPS, para além dos 12 Centros Sociais espalhados pela Invicta, possui uma Lavan-

daria e um Armazém, em Ermesinde. Na próxima publicação daremos maior ênfase a estes nossos dois postos de trabalho.

O Centro de Dia de Fonte da Moura, desde 1/04/2006, funciona também aos Sába-

dos, acolhendo os seus utentes Idosos. Nessa altura eram 12 e, agora, já são 21!

As Técnicas de Serviço Social reúnem todos os meses com o C.A. e Direcção da ODPS,

nos Serviços Centrais. Este ano a ODPS também fará Reuniões/Formação com, por exemplo, Educadoras

de Infância, Ajudantes da Acção Educativa, etc... Em Novembro de 2006, a Junta de Fregue-sia de Lordelo do Ouro homenageou a

ODPS, assim como outras Entidades e Personali-dades que muito dignificam e contribuem para o bem dessa área geográfica.

Em 2/12/2006, Américo Ribeiro, como Presidente ODPS, foi um dos Intervenientes

convidados pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis para o ‘Banco Local de Voluntariado’, de modo a assinalar o Dia Internacional do Volunta-riado. Deixamos aqui algumas ideias soltas da sua ‘palestra’: “Queremos ser úteis, isso faz-nos sentir com o dever cumprido e satisfação pes-soal. Quem dá, recebe. É importante o envolvi-mento dos jovens, para que possam, mais tarde, assumir também responsabilidades na continui-dade do trabalho. A qualificação profissional é um factor importante para o Voluntariado Social. Recomendo forte motivação, atenção à formação e boa cooperação para que as actividades tenham êxito”.

De 1975 a 1978 a ODPS teve na Direcção dois Vogais

ilustres, vultos da Sociedade Portu-guesa, já faleci-dos: o ex-Primeiro Ministro FRANCIS-CO DE SÁ CARNEI- RO e o Arquitecto FERNANDO TÁVORA. A Obra orgulha-se da sua

História e continua a fazer história! ◘ ARR

O edifício tem 4 pisos. No 1º funcio-na a área administra-tiva, recepção, recur-sos humanos, econo-mato, logística e manutenção bem co-mo a cozinha, para além dum pátio interior. No 2º piso, locali-zam-se as salas provavelmente mais emblemáticas do edifício: a sala do C.A. e Conselho Fiscal; a sala nobre (visitas, eventos e certos almoços); e a contabilida-de. No 3º piso estão as salas da formação e de apoio.

É a partir daqui, sob ori-entação do C.A., que saem as directivas para os Centros So-ciais ODPS. Através da DRHJ todos os serviços de recursos humanos e jurídicos são centrali-zados (selecção de colaborado-res, processamento de salários, etc). A DELM tem sob a sua res-ponsabilidade todo o economa-to, manutenção e logística (com-pras, obras de conservação, viaturas, lavandaria, ...). A área administrativa e de contabilidade pertence à DAC. ◘ Margarida Aguiar, Directora DAC

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»»> Focos históricos por Bernardino Chamusca

––– Fev. Fev. Fev. 20072007

»»> Rostos Firmes

Serviços Centrais O primeiro apoio administrativo à Direcção da

ODPS foi prestado, logo em 1964, nas instalações do Instituto de Serviço Social (então ligado à Diocese do Porto) no edifício nº 202 da Av. Rodrigues de Freitas.

Pouco depois, notou-se a necessidade de dotar a Obra de um espaço próprio e, enquanto se procurava lugar adequado, a secretaria funcionou no edifício da Fonte da Moura, construído pela C. M. Porto em 1965 e cedido à Obra.

Todavia, esta solução revelou-se insuficiente e a Obra logrou obter da Diocese, em 1967, a cedên-cia de espaço na cave do Paço Episcopal para sede e serviços administrativos, ali permanecendo até Janeiro de 2002.

Tendo a Casa de Vilar (construída por D. Júlio Tavares Rebimbas) assegurado espaços para os organismos diocesanos albergados na Rua D. Manuel II, 14, a Obra obteve de D. Armindo Lopes Coelho o privilégio de adaptar o «Catorze» para os seus Serviços Centrais, que ali se instalaram em Fevereiro de 2002. No palacete dos Viscondes de S. João da Pesqueira reúnem os Conselhos de Admi-nistração e Fiscal e trabalha o pessoal das Direcções de Serviços: Recursos Humanos e Jurídicos, Admi-nistrativa e de Contabilidade, Economato, Logística e Manutenção. Uma cozinha assegura o apoio neces-sário. ◘

Carriçal Os primeiros contactos entre a Obra Diocesa-

na de Acção Social e a população do Carriçal ocor-rem em 1965 para organização de um centro de Con-vívio.

Em 1974 o Centro do Carriçal já funcionava em casas adaptadas a um Jardim Infantil; em 1977 o «Centro (está) localizado no bloco 2, entrada 95, com três salas de jardim-de-infância, sala de refeições e cozinha. Acolhia 50 crianças, dos 3 aos 6 anos, com Assistente Social, educadora, três vigilantes, cozi-nheira e empregada de limpeza.

No final de 1977 entrou em construção o edifí-cio actual, projecto da C. M. Porto. A inauguração deu-se em 9 de Maio de 1980, presidindo a Secreta-ria de Estado da Família, Teresa Costa Macedo, que mais tarde reuniu com o Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes.

Presidia à ODPS M.ª Elisa Acciaiuoli Barbosa. Notava o “Jornal de Notícias” (10.05.1980)

que «desde há cerca de dois meses, já funcionam os jardins infantis. As creches ainda não estão equipa-das, mas sê-lo-ão a muito breve prazo», tendo o res-pectivo concurso para fornecimento e montagem de máquinas sido aberto em Janeiro de 1981.

Em 19 de Janeiro de 1998, o Presidente da República, Jorge Sampaio, esteve de visita a este Centro. ◘

Antes

Agora

No início de cada Ano Novo, cada um de nós estabelece como que um caderno de encargos a concreti-zar. Para 2007, a ODPS tem como grande desafio a implementação de um Sistema de Qualidade, o que implicará o pleno envolvimento de todos os colaboradores, e possibilitará que as suas capacidades sejam utili-zadas com o máximo benefício para a Instituição e seus uten-tes. Hoje, é o dia certo para acreditar! O entusiasmo é a ala-vanca do nosso sucesso. Votos de um ano pleno de Êxitos! ◘

Rosa Maria Seabra Técnica Serviço Social do Carriçal

EM NÚMEROS:

Colaboradores: 26

(Ajudantes Cozinheira: 2) (Ajudantes Acção Educativa: 12)

(Cozinheira: 1) (Educadoras de Infância: 5)

(Professor: 1) (Técnica Serviço Social: 1) (Trabalhadores Auxiliares: 9)

Utentes: 165

(A.T.L.: 60) (Creche: 36)

(Pré-Escolar: 69)

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Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev. 20072007

»»> Liga dos Amigos ODPS: últimos DONATIVOS (2006/7)

N. DESCRIÇÃO CONTRIBUIÇÃO

30 Padre José da Costa Saraiva 10,00 €

31 Maria das Boas Novas 50,00 €

32 Maria Arminda Oliveira S. Mota Ramos 6,00 €

33 António Mota Ramos 6,00 €

34 Maria Fernanda de Sousa Vieira Queiroz 50,00 €

35 Maria Alice Domingues Veloso Martins 72,00 €

36 Anónimo 1.000,00 €

37 Padre Manuel Joaquim Costa Ferreira 60,00 €

38 Maria Isabel Cardia Pereira Ferreira 18,00 €

39 Inês Maria Pedrosa Ferreira 18,00 €

40 Conceição Castro Coelho Lopes 12,00 €

41 Vitalina Lopes de Castro 12,00 €

42 Maria Ivone Alves 20,00 €

43 Ernesto de Oliveira 20,00 €

44 AAMJ Padaria O Molete 500,00 €

45 MMR 50,00 €

46 BMC 2.410,97 €

47 Emilia de Jesus da Silva 20,00 €

48 Vieirotel 200,00 €

49 Abel Ribeiro - Electro & Mobílias, Lda. 50,00 €

50 Horácio Magalhães 500,00 €

51 Estevão Gomes Araújo 250,00 €

52 Moreira e Carneiro, Lda. 2.700,00 €

53 Maria das Boas Novas 50,00 €

54 Carlos A.N.F. Vaconcelos 10,00 €

55 Julio Tito Neves Rodrigues 25,00 €

56 Dulciano Luis Sousa Marafruta 25,00 €

57 Palmira Leitão Coceição Santos Pereira 15,00 €

58 Maria Azalia Pires da Silva Cardoso 10,00 €

59 Dr. José Miguel Coelho Antunes 50,00 €

60 José António Timóteo Gonçalves 250,00 €

61 UPT 345,00 €

62 Talhos Bisonte, Lda. 1.000,00 €

Conscientes da importância da Qualidade, específica a cada sector e em cada dimensão, e global no seu todo, dizemos sim determinado a ela.

Cada um, na sua postura, no seu serviço tem de contribuir acerrimamente para a qualidade pessoal; desta advém a sectorial e da sectorial provém a global, ou seja a Qualidade da ODPS a todos os níveis.

Na Qualidade estão implícitos, o profissionalismo, a com-petência, a mestria no ser, a consciência cívica. ◘

Américo Ribeiro

»»> Chave de Sucesso

Mónica Taipa de CarvalhoMónica Taipa de CarvalhoMónica Taipa de Carvalho

Directora de Recursos Humanos e Jurídicos da ODPS. Advogada.

No dia 11 de Novembro de 2006 decor-reu, pela segunda vez, a Reunião Geral dos Colaboradores da Obra Diocesana.

Este evento, aguardado por muitos, con-tou com a presença de 95% dos mais de 400 colaboradores. Esta foi, sem dúvida, uma demonstração clara de apoio e solidariedade pelo actual Conselho de Administração (C.A.), bem como interesse em conhecer a realidade e os projectos da Instituição.

A organização desta iniciativa ficou a cargo dos colaboradores dos Serviços Centrais e Armazém, tendo decorrido no auditório da Casa Diocesana de Vilar.

À recepção, os colaboradores foram agraciados com uma rosa e uma lembrança que reflectia o azul e amarelo, cores da Obra.

O Presidente do C.A., Américo Ribeiro, iniciou a reunião saudando todos os presentes e enaltecendo a participação massiva dos colabo-radores. Seguidamente apresentou, com todo o pormenor e transparência, a situação actual da Obra Diocesana, designadamente, os investi-mentos realizados até aí, entre os quais se des-tacam a realização de obras de remodelação em vários Centros Sociais e a aquisição de mobiliário e outros equipamentos. Informou ain-da quais os montantes envolvidos em todo este esforço de modernização e melhoria de condi-ções para os colaboradores e utentes. Apelou ao sentido de responsabilidade de todos, apre-sentando os valores dispendidos no pagamento de vencimentos.

Sob o mote “Qualidade, Chave de Suces-so”, o Presidente sensibilizou os colaboradores para a necessidade de apresentarem um desempenho com qualidade técnica e humana. “Pessoas a Sentirem Pessoas” foi o lema que encerrou a intervenção do Presidente.

Dentro do espírito de diálogo que tem prevalecido neste Conselho de Administração, Américo Ribeiro deu, de seguida, a palavra a todos os colaboradores que pretendessem esclarecer alguma dúvida ou simplesmente comentar algum dos aspectos do dia-a-dia da Instituição.

A reunião prosseguiu com a exibição de uma apresentação multimédia em que o lema da Obra se foi transformando em 8 Valores, que se querem intrínsecos ao desempenho profissio-nal e pessoal de todos. Este momento muito apreciado pela sua originalidade, criatividade e qualidade técnica.

No fim de uma reunião unanimemente reconhecida como bastante proveitosa, todos os participantes usufruíram de um lanche convívio com sabor a São Martinho, onde não faltaram as tradicionais castanhas. ◘

20072007 Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev.13

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Reunião Geral de Trabalhadores

ODPS 2006

NOTAS SOLTAS:

Presença: 95% de Colaboradores; Pertinência: dum balanço e duma avalia-ção; Mote: “Qualidade, Chave de Sucesso”, com os ‘Valores ODPS’; Lema: “Pessoas a Sentirem Pessoas”; Essência: “Profissionalismo, Competên-cia, Mestria no Ser e Consciência cívica”; Elogio: “Dum modo geral, demonstraram qualidade, cordialidade e eficácia”; Ensinamento: “Cada Colaborador deve receber sempre humildemente a correc-ção fraterna, quantitativa e qualitativa-mente, das Técnicas de Serviço Social”; Incitamento: «Se não acredito não tenho sucesso»; Desafio: “A crença cria os factos reais. Haja maior compreensão e solidarieda-de entre todos”; Exemplo: “Todos devem ter orgulho de ser e pertencer à ODPS”; Introspecção: “Temos consciência do dever cumprido e temos sido sérios, solidários, servidores e amigos”; Clareza: Foram apresentados todos os dados contabilísticos da ODPS.

MENSAGEM FINAL DO PRESIDENTE:

Ao aplicarmos estes Valores no nosso dia-a-dia, fazendo deles guias

para o desempenho das nossas tarefas e funções, tornamos a ODPS numa “Obra em 3D”…

♦ DIGNIDADE, ♦ DETERMINAÇÃO,

♦ DINAMISMO.

Alargando assim os nossos horizontes e daqueles que

servimos diariamente.

QUALIDADE, chave de sucesso

Evoluir pressupõe INOVAÇÃO

A COOPERAÇÃO entre todos é

factor determi-nante numa

dinâmica de êxito

A Dedicação conduz à Confiança

Cada ser é um só

TRANSPARÊNCIA =

Verdade

A consciência dum dever assumido

chama continua-mente a RESPON-

SABILIDADE

O COMPROS-MISSO implica propósito firme

14 Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev. 20072007

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Arca de Natal 2006

Nos dias 1, 2 e 3 de Dezembro decorreu a

terceira edição da Arca de Natal, evento organi-zado pela Câmara Municipal do Porto (CMP), através da Fundação Porto Social (FPS).

A Arca de Natal pretendeu assinalar a qua-dra natalícia, promovendo o encontro entre as várias Instituições da cidade com intervenção na área social e possibilitando a divulgação do seu trabalho.

Todos os Centros Sociais da Obra Dioce-sana estiveram presentes nesta iniciativa, quer através de exposição e/ou venda dos seus produ-tos, quer com animação cultural.

A animação esteve a cargo dos Centros Sociais de Cerco do Porto, Pasteleira, Pinheiro Torres, Rainha D. Leonor e Regado (3ª idade), com vários interpretações de canções de Natal, dança artística, canto coral, declamação poética e teatro.

No primeiro dia do certame, o stand da Obra Diocesana recebeu a ilustre visita de Matil-de Alves, Vereadora do Pelouro da Habitação e Acção Social da CMP e de António Monteiro, Administrador Executivo da FPS. Nesta ocasião, ambas as individualidades foram presenteadas com uma peça de artesanato realizada pelos utentes da Instituição.

A Arca de Natal revelou-se uma excelente oportunidade de efectuar as últimas compras de Natal. ◘

»»> Obra em Verdade! João PratasJoão PratasJoão Pratas

Director do Economato, Logística e Manutenção da ODPS. Nutricionista.

Janeiras 2007Janeiras 2007Janeiras 2007

Na ODPS a tradição ainda é o que era!

Os Serviços Centrais tiveram a honra de ouvir as Janeiras, cantadas ao vivo pelos Utentes e Colaboradores da ODPS, com a proeza de serem cantadas por duas Gerações: crianças e idosos.

No dia 5, o Centro Social da Pasteleira e, no dia 10 de Janeiro, os Centros Sociais Machado Vaz e Cerco do Porto. Os Utentes, vestidos a rigor como manda a tradição, foram recebidos pelo Conselho de Administração (C.A.) – Sr. Américo Ribeiro e Sr. Rui Cunha – e todos os colaboradores dos Serviços Centrais. Ouviram-se cânticos acompanhados pelo som de diversos instrumentos, nomeadamente a pandeireta, tambor e viola, que ajudaram a festa.

Foi notória a satisfação, a felicidade e a alegria, no modo como os Utentes cantaram as Janeiras, não só por cantarem, mas também por presentearem o C.A. e demais Colaborado-res presentes.

No final o C.A. ofereceu um pequeno lanche em que todos puderam conviver e parti-lhar o espírito de Família na e da ODPS.

Estas iniciativas dão cada vez mais força para lutar por uma causa “Solidariedade”. ◘

Sandra Cruz

J.P.

J.P.

»»> Alma Lux Ana Rita MotaAna Rita MotaAna Rita Mota Psicóloga da ODPS

Em busca do bem-estar pessoal e profissional

Numa sociedade em que o ritmo frenéti-

co não nos dá tréguas, a qualidade de vida fica quase sempre relegada para segundo plano. O Serviço de Psicologia procura ajudar os nossos colaboradores na busca dessa qualidade de vida, prestando um serviço confidencial, num espaço de ajuda e reflexão, para aqueles que sozinhos não conseguem ultrapassar as vicissi-tudes da vida. Só estando bem psicologicamen-te o colaborador consegue prestar um serviço de qualidade. No trabalho social, este bem- -estar psicológico é ainda mais influente, quer a nível do desempenho individual, quer no funcio-namento do trabalho realizado em grupo. ◘

20072007 Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev.15

»»> Entrevista com...

D. JOÃO MIRANDAD. JOÃO MIRANDAD. JOÃO MIRANDA Administrador Apostólico da Diocese do Porto (desde 30/11/2006)

Qual a distinção concreta entre ser nomeado Administrador Apostólico pelo Cabido Portuca-lense, como aconteceu com D. José Pedreira, e pela Santa Sé, como no seu caso? JM – O Administrador Apostólico é de nomeação directa da Santa Sé. Quem elege o Administrador diocesano não é o Cabido, mas o Colégio de Consultores, que, no caso do Porto, coincide com o Cabido. Tendo os poderes dum Bispo Diocesano, o que opera agora de diferente que antes não podia / não devia exercer ou decidir? JM – O Administrador Apostólico tem a jurisdição do Bispo dioce-sano. Por isso pode tomar todas as iniciativas e decisões que achar mais conveniente para o Povo de Deus. É mais limitada a jurisdição de um Administrador diocesano. Que comentário e análise faz ao que é a Obra Diocesana na Dio-cese do Porto? De que modo pode esta realidade ser mais bem entendida pelos Poderes públicos e pelos Cidadãos? Para além de ser uma referência diocesana, como será também para o Norte e para o País? JM – A Obra Diocesana é uma Instituição que surgiu da conjuga-ção de vontades dos Bispos do Porto de então com a Câmara Municipal. A presença da Igreja nos Bairros camarários é um sinal concreto da maior importância na atenção aos mais pobres e caren-ciados. É preciso que se respeite a especificidade da acção da Igreja neste campo: anunciar e concretizar o evangelho da cari-dade. Não lhe compete resolver todos os problemas sociais, isso é dever do Estado. O tema deste número inaugural de 2007 assenta na ‘Qualidade’. Temos, actualmente, cristãos de qualidade como outrora, que não se intimidavam com os Constanti-nos e Herodes de então? JM – Temos certamente cristãos de qualidade, capazes de enfren-tarem desafios difíceis como nos

O que representa para o Sr. Bispo ser agora Administrador Apostólico da mesma Diocese, onde está como Auxiliar, há cerca de 20 anos? JM – Representa assumir uma responsabilidade muito mais larga e exigente. Mas há um ditado que diz: “O homem põe e Deus dispõe”. Se Deus assim dispôs, não posso deixar de assumir este serviço para bem da diocese. É normal no Episcopado algum Bispo Auxiliar ficar tanto tempo como tal e na mesma Diocese? Pode mencionar-nos se há alguma razão concreta e qual, para esse facto? JM – Não é muito frequente, mas há dioceses de outros países e também em Portugal que contaram ou contam com Bispos Auxiliares que exercem o ministério toda a vida. Isso depende das circunstâncias. Foi nomeado pelas circunstân-cias inesperadas que sabe-mos. Acha que também poderá vir a ser inesperada a decisão do futuro Bispo Diocesano do Porto? JM – Certamente que será ava-liado em devido tempo o esta-do de saúde do Bispo D. Armindo e então a Santa Sé tomará as decisões que se impuserem. Se demora muito ou pouco, só Deus sabe.

primeiros tempos da Igreja. Felizmente estamos, no oci-dente, num clima de liberda-de religiosa, nem sempre respeitada, e numa atitude de distinção de jurisdições, mesmo assim nem sempre conseguida. A afirmação de D. João na homilia de Natal, de regres-sarmos ao tempo dos ‘expostos’, dos meninos das Rodas dos Mosteiros, gerou alguma controvérsia nalguma Imprensa e nos Movimentos do Sim ao Aborto… JM - Não haveria controvér-sia, se as pessoa soubessem ler português e não inventas-sem comparações que não estavam no texto. A controvérsia não foi por causa da Roda ou dos “expostos”. Veio de uma pre-tensa comparação entre interrupção da gravidez e os tempos da Roda. São coisas muito diferentes. Ainda um dia destes, os noticiários diziam que um bebé foi dei-xado numa casa de banho de uma Grande Superfície, à espera de quem o recolhes-se. E foi recolhido por alguém… Considera que os Movimen-tos pelo Não e a Igreja têm estado determinados a lutar, no bom sentido, pelo que se propõem ou estarão um pou-co apagados e/ou abafados pela Comunicação Social? Porquê? JM – Não estou por dentro de todas as iniciativas que estão em curso. Mas parece que há muita gente a trabalhar por uma campanha sadia. Os movimentos do NÃO estão a organizar-se como cidadãos de direito e devem esclarecer o próprio texto da pergunta que deixa muita gente baralhada, apesar de ter sido dada como constitu-cional. Isso merece uma explicação. ◘

Entrevista: ARR

“A presença da Igreja nos Bair-ros camarários é um sinal con-creto da maior importância na atenção aos mais pobres e carenciados.”

E EXCLUSIV

XCLUSIV’ O ’ O

BRA

BRA 

16 Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev. 20072007

Qualidade de Vida

Para os filósofos gregos (Aristóteles e Platão) qualidade era "aquilo pelas

quais as coisas se dizem tais". Para S. Tomás de Aquino a qualidade era a diferen-ça, diferença entre as coisas principais e as secundárias, entre as coisas do corpo e as coisas da alma.

Miguel Ângelo, a quem um dia perguntaram como é que ele fazia para que as suas esculturas fossem tão extraordinariamente belas, respondeu que dentro de qualquer bloco de mármore ou de granito há uma extraordinária escultura e para a vermos basta tirar-lhe o que é acessório e deixar o que é fundamental.

Nos tempos modernos, vemos que os povos ditos desenvolvidos, se preo-cupam muito com a sua qualidade de vida ou seja, qualidade de habitação, dos transportes, da água, de alimentação, do ar, etc, etc. E tudo isso está certo, e é bom que assim seja, no entanto, a mesma preocupação não se manifesta pela defesa dos valores fundamentais inerentes ao homem sério e culto. Verticalidade, lealda-de, honestidade, generosidade, etc, são alguns desses valores, a que acresce, para nós cristãos, o maior de todos, que é o serviço ao próximo, ou seja, a caridade. ◘

Nova Europa Tive o grande prazer e a

grande honra de participar, ultima-mente – de 3 a 5 de Maio e de 14 a 16 de Dezembro de 2006 – em duas grandes conferências europeias que tiveram lugar uma em Viena de Áus-tria e outra em Budapeste.

Foram dias altamente enri-quecedores pela importância dos temas tratados e pela grande enver-gadura da maior parte dos interve-nientes. Tratava-se de encontrar os caminhos, os meios para a recons-trução da Europa, dando-lhe uma alma, um conteúdo, um recheio de grandes valores culturais, morais e espirituais que façam dela “A Europa dos homens e dos povos” de que fala o Cardeal Paul Poupard, o gran-de organizador destes encontros.

A pergunta que o então Car-deal Ratzinger fizera aos represen-tantes do mundo da política e da economia, na Itália, em 2001, punha- -se-nos também no começo destes dois Congressos: “O que é a Euro-pa? O que pode e deve ser no qua-dro global da situação histórica, na qual nos encontramos no início do terceiro milénio cristão?”

E houve, da parte de alguns ilustres participantes – entre os quais se encontrava o nosso Cardeal Patriarca – uma resenha do percurso histórico deste espaço que ocupa-mos, desde as suas raízes até hoje. Alguns – e foi o caso do Professor Vicenzo Cappelletti, em Budapeste –

»»> Descobrir a QUALIDADE

Francisco Carvalho GuerraFrancisco Carvalho GuerraFrancisco Carvalho Guerra

Presidente da Sociedade de Ciências Farmacêuticas, Presidente da Forestis e Vice-Presidente da Fundação Portugal-África

»»> Vida Vivida Maria de Jesus Barroso SoaresMaria de Jesus Barroso SoaresMaria de Jesus Barroso Soares Presidente da Fundação Pro Dignitate e ex–Primeira Dama de Portugal

lançaram um olhar profundo sobre os primórdios da Europa, recorren-do aos pensamentos, visões e con-tribuições de grandes figuras que nela intervieram e a marcaram com o precioso contributo do seu saber filosófico, cultural ou político.

Eu limitei-me a falar sobre a missão do educador no contexto da construção europeia, tema que me propuseram e que eu, muito gosto-samente, desenvolvi.

Fundamentando-me em grandes figuras que se preocupa-ram com a construção de uma nova Europa, longe já dos conflitos e tragédias que a ensanguentaram, afirmei a importância da educação dos jovens para uma sociedade futura. O apetrechamento interior dos jovens, o despertar das suas consciências, o despertar também das suas energias são fundamen-tais para que possam ser o motor de transformação da sociedade actual, egoísta, fechada, esvaziada dos grandes valores numa socieda-de generosa, aberta, dialogante e solidária.

O Cardeal Bernard Ardura, que coordenou os trabalhos do encontro em Viena de Áustria, disse que a educação permanece o ponto essencial no processo de dar uma alma à Europa e que “para ser autêntica a educação deve ser transmissão da tradição viva da Igreja de Cristo” para encontrar as vias de uma sinergia, de um teste-

munho comum de fé, orientadas para uma nova evangelização da Europa, esse “gigante económico e anão espiritual”.

Ora nós queremos que a Europa seja justamente o contrário – um gigante e não um anão espiri-tual. E será a educação o elemento capaz de operar essa transforma-ção. Não só, evidentemente, mas essencialmente.

No final do Congresso de Viena o Cardeal Poupard e o Metro-polita Kirill – os dois protagonistas do Congresso – concluíram: “Nós estamos convencidos: os cristãos, pregando a esperança trazida pela ressurreição de Cristo, unidos aos homens e às mulheres pertencendo a outras crenças ou convicções, podem ajudar toda a pessoa a viver numa sociedade de justiça e de paz enraizada na ética”.

Foram duas Conferências de grande categoria que abriram horizontes de esperança aos nos-sos anseios e que contribuirão “para edificar uma Europa unida que seja muito mais do que um bloco econó-mico: uma comunidade de direito, uma fortaleza do direito, não só para si mesma mas também para a humanidade inteira”, no dizer de Bento XVI. E com Ele repetiremos: “Somente se fizermos entrar Deus no mundo, a terra poderá ser huma-na”. E a Europa poderá ser aquilo por que ansiamos: uma Europa enriquecida com uma alma! ◘

“qualidade era «aquilo pelas quais as coisas se

dizem tais».”

ARR

OORLA

RLA T TEM

ÁTICA

EMÁTICA 

20072007 Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev.17

»»> Perspectivas Eugénio da FonsecaEugénio da FonsecaEugénio da Fonseca

Presidente da Caritas Portuguesa e da C.I. Confederação Nac. do Voluntariado

Caridade com Qualidade

Em 2006, o Pontificado de Bento XVI ficou

marcado pela publicação da sua 1.ª Encíclica a que deu o título de Deus Caritas Est. Trata-se de um documento de elevada importância, não só por nos ter revelado a orientação que o Papa quer dar ao seu ministério petrino, mas também pela rique-za dos conteúdos nele abordados. Entre as várias temáticas relacionadas com a caridade da Igreja, realço uma que não sendo novidade permitiu dar-lhe maior relevo: a necessidade de se valorizar,

cada vez mais, a prática eclesial do amor, asse-gurando, principalmente aos que o fazem em nome da comunidade cristã, a formação técni-ca e do coração ade-quada. Lê-se na Deus Caritas Est: “As organi-zações caritativas da Igreja (…), devem fazer o possível para colocar à disposição os corres-pondentes meios e, sobretudo, homens e mulheres que assumem tais tarefas” (31).

Na verdade, para o exercício da caridade não basta “ter bom cora-ção”, pois se a par da (com) paixão não houver competências específicas para cada uma das cau-sas que estão na origem dos problemas corre-se o risco da caridade se reduzir a mero “assistencialismo” fomentador de paternalismos. Por outro lado, um desempenho preocupado só com as competências técnicas e desprovido da “atenção do coração” facilmente esquece que os destinatários são “seres humanos, e estes preci-sam sempre de algo mais que um tratamento ape-nas tecnicamente correcto” (31). ◘

»»> Práticas Temáticas Marcelo Rebelo de SousaMarcelo Rebelo de SousaMarcelo Rebelo de Sousa

Professor Universitário, Comentador, co-Fundador PSD e Conselheiro de Estado

Qualidade supõe Educação

Qualidade supõe educação. Não que ela

deixe de atravessar outras exigências e áreas pessoais e sociais, ao longo da vida.

Mas a educação – no seu sentido mais amplo – está, indissoluvelmente, ligada à qualida-de, entendida esta como busca da excelência na concepção e na acção.

A educação começa antes do nascimento – no meio familiar e comunitário envolvente – e pro-longa-se até à morte.

É biunívoca ou interactiva, pois todos nós educamos e somos educados. É constante, trans-versal, estando presente nas mais diversas mani-festações da nossa vida, da pessoal à familiar, à escola, à profissional, à cívica, passando por todas as iniciativas, todos os domínios, todos os grupos sociais em que nos integremos.

É estimulante, mas difícil como desafio de mais e melhor, com vista a superar barreiras, a elevar padrões de conduta, a não parar na defini-ção e prossecução de metas.

É, ao mesmo tempo, um repto individual e gregário, porque requer mais de cada um de nós, mas a pensar nos outros, numa vocação de servi-ço.

Faz-se de pequenas grandes coisas e exi-ge um esforço quotidiano, tantas vezes obrigando a corrigir caminho, reconhecer erros, recomeçar, com a mesma disponibilidade do ensaio anterior.

Supõe valores, a saber valores personalis-tas, que encerrem o respeito dos outros e o dever ético de empenhamento pessoal de descoberta da vocação própria e da plena utilização das virtuali-dades que ela encena.

Não é matéria de norma ou de preceitos jurídicos, embora eles possam incentivar, ajudar, enquadrar o caminho percorrido. É, antes de tudo, matéria de formação e de escolha de cada qual.

Formação, porque muito do que somos é condicionado – para melhor ou pior – pela acção educativa de outrem, desde que nos conhecemos.

Escolha, porque há, em regra, espaços de livre afirmação e é esse espaço que nos permite o caminho ascendente como pessoas, o tal caminho de qualidade.

A qualidade na profissão, mas também (e talvez mais difícil) a qualidade na participação familiar, grupal, comunitária, a qualidade na afir-mação como pessoa, nas suas múltiplas dimen-sões.

A qualidade no carácter, na personalidade, no sentido de vida. A qualidade que começa e passa sempre pela educação. ◘

“para o exercício da carida-de não basta «ter bom cora-ção»”

“A QUALIDADE de/do trabalho não me cabe a mim avaliar, mas fazer bem o que me está destinado. A QUALIDADE nem sempre é um valor, ou seja, para mim ou para quem faz é um valor, mas para quem vê pode não ser!” ◘ Manoel de Oliveira,

Realizador / Cineasta

»»> Pensamento

O ORLA

RLA T  T

EMÁTIC

AEM

ÁTIC

18 EELOLO S SOCIAL

OCIAL 

Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev. 20072007

»»> À nossa Volta Matilde AlvesMatilde AlvesMatilde Alves

Vereadora da Acção Social e Habi-tação da Câmara Munic. do Porto

Há sempre à nossa volta gente que sofre que vive angustiada, que clama por justi-ça, que requer cuidados e atenção e, quantas vezes silenciosamente!

Mas também à nossa volta há quem oiça esses apelos, quem sinta pelos outros, quem ajude todos os dias, quem revolucione vidas e, quase sempre no mais completo silêncio.

São esses que eu hoje lembro neste início do ano de 2007. A uns, para levar uma palavra de conforto e de esperança, assegu-rando que a Câmara Municipal do Porto, tudo fará para contribuir para o bem-estar dos que mais precisam.

A outros, designadamente à Obra Dioce-sana de Promoção Social, para agradecer em nome da Cidade toda a entrega que a Institui-ção coloca, silenciosamente, dia a dia ao ser-viço dos mais necessitados.

À nossa volta há amor! ◘

Isabel OnetoIsabel OnetoIsabel Oneto Governadora Civil do Porto

É com um grato prazer e privilégio que o Governo Civil do Porto se associa a esta publica-ção de tão grande relevo da Obra Diocesana de Promoção Social.

Por cada ser humano que se vê numa situação de carência, de risco, exclusão ou sofri-mento, é a própria condição humana de todos nós que está ferida, sendo por isso uma obrigação colectiva a busca da dignidade humana em toda a sua plenitude para todos. Infelizmente não raras vezes assistimos à subversão de valores, em que o egoísmo e a indiferença são a resposta a pes-soas com elevados patamares de exigência social. Não serão por isso, breves palavras que farão justiça à actuação de quem, dando de si antes de pensar em si, faz da solidariedade e da ajuda ao próximo uma actuação quotidiana.

Mas nunca é demais enaltecer que graças ao empreendorismo da ODPS se atenuam muitos dos sofrimentos presentes ao virar de cada esqui-na e que o mundo actual tarda em encontrar capa-cidade de resolução.

Nesta premissa, o Governo Civil do Porto, enquanto entidade pública, não pode também deixar de participar nesta obrigação colectiva de construção duma sociedade mais justa, mais soli-dária e com oportunidades para todos. Continua-remos por isso, no âmbito das nossas competên-cias e missão pública que nos está confiada, a apoiar e incentivar as Instituições de Solidariedade que com a sua acção diária “corrigem” muitas das maleitas da nossa sociedade.

Cabe-nos também a intervenção, ainda que muitas vezes na retaguarda, nas mais variadas situações que acarretam sofrimento ou diminuição da dignidade humana de qualquer cidadão. É nes-sa intervenção que continuaremos a apostar, face às diversas situações de risco e contribuindo para ajustar as respostas aos problemas sociais que nos confrontamos.

Sabemos que este caminho só se faz em parceria com vários agentes e associações, sem estigmas e sem preconceitos.

Também por isso, a ODPS é um belo e verdadeiro exercício de cidada-nia que deve merecer a nossa reflexão. Reflectir sobre o real objectivo da nossa acção, do nosso dia-a-dia, enfim, da nos-sa atitude perante a vida e perante o que nos rodeia e agradecer o exemplo da valoro-sa actividade da Obra Diocesa-na de Promoção Social. Não esquecendo no entanto que o melhor agradecimento advém dos inúmeros sorrisos e ale-grias que a ODPS espalha e semeia diariamente… ◘

»»> Bioética Daniel SerrãoDaniel SerrãoDaniel Serrão

Professor Catedrático Jubilado, Médi-co e Membro de várias Academias

A paz é possível

A Paz é difícil, mas é possível. Disse-o Paulo VI. João Paulo II, correu por todo o Mundo a pregar a Paz. E Bento XVI deu-nos a verdadeira receita para a Paz, repetindo, em linguagem moderna, a de Cristo. No seu tem-po.

O amor aos irmãos – que são todos os seres humanos desde a concepção até à mor-te natural – é a via directa para a Paz. Mas o Papa Bento XVI acrescentou que também a Filia (Phylia), a amizade, é caminho para a Paz.

E a amizade manifesta-se de múltiplas formas.

Encontramo-la entre os membros da famí-lia alargada que se encontram com alegria, que se saúdam nas festas de aniversário e que enviam milhões de mensagens electróni-cas entre si, como aconteceu neste Natal, em Portugal. A família alargada, que cultiva a amizade entre os seus membros, é um instru-mento de geração de Paz.

Como direi em futuros textos neste Espaço Solidário, a Bioética, porque é essencialmen-te amor pela vida, em todas as suas manifes-tações, é igualmente um instrumento de Paz. Paz entre as religiões, Paz entre os homens e, em consequência, Paz entre as Nações. ◘

20072007 Jan.Jan.Jan.––– Fev. Fev. Fev. Move, promove e tudo se desenvolve 19

E ELOLO S  SOCIAL

OCIAL 

»»> Diocese Portucalense Pe. A. Jardim MoreiraPe. A. Jardim MoreiraPe. A. Jardim Moreira

Presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza, Pároco

Intervenção Social e a Qualificação

Toda a intervenção social, também

na Diocese do Porto, requer competência e exige espírito de rigor no serviço ao ser humano. Por isso as respostas sociais devem ser avaliadas e ajustadas, já que os direitos sociais são indissociáveis da noção de progresso acessível a todos.

Assim devemos combater, e não apenas gerir, a pobreza.

Uma solidariedade bem conseguida exige uma maior repartição das riquezas e não “ a partilha da pobreza entre os pobres”.

Toda a politica, projecto ou progra-ma relativos a esta matéria devem dar pri-mazia aos princípios seguintes: ♦ A economia está ao serviço do indivíduo

e não o inverso; ♦ Os direitos

sociais adquiri-dos fazem parte integran-te do progres-so, que deve ser acessível a todos;

♦ A pobreza é não só uma negação dos direitos fundamentais do ser humano mas também uma agressão explícita aos mesmos.

♦ O trabalho é uma das componentes da vida do Homem e não a primeira, o que supõe a não centralidade deste.

♦ Toda a politica, deve prevenir a exclu-são social erradicando os mecanismos que a produzem.

♦ O princípio da corresponsabilidade social e ambiental das empresas deve ser claramente inscrito em cada uma das políticas sobretudo se elas são pre-ventivas.

Mesmo se a percepção global dos problemas sociais se apresentem difíceis, mais do que dominar as mudanças importa gerir a sua complexidade o mais próximo das populações que os sofrem.

Precisamos de qualificar os interve-nientes e as instituições em função de maiores e melhores resultados. ◘

Pe. Lino MaiaPe. Lino MaiaPe. Lino Maia Presidente da CNIS e do SDPSC - Porto, Pároco

Igualdade de Oportunidades

Pretendendo sensibilizar a população para os benefícios de uma sociedade justa e solidária, o Conse-lho Europeu apontou 2007 como o “Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos”.

Disponibilizam-se meios e sensibilizam-se agen-tes.

Espera-se um extenso e profícuo debate de ideias. Idealiza-se um ano efectivamente fértil de iniciativas que visem a promoção da igualdade de oportunidades. Imagi-na-se um verdadeiro corrupio de movimentos, ora des-pertados ou renascidos, a pulular por este País e essa Europa, desfraldando a sedutora bandeira da igualdade e proclamando os direitos civis, políticos e económicos, sociais e colectivos de todos.

E, sem dúvida, não deixarão de merecer a vénia e o aplauso de muitas e de muitos. Também e, evidente-mente, das instituições de solidariedade, elas que tão sensíveis são à promoção da inclusão pela via do reco-nhecimento da igualdade radical de todos no favoreci-mento de iguais oportunidades para todos.

Com uma história rica e uma experiência inesti-mável e privilegiando os mais carenciados, as instituições de solidariedade já têm um passado rico na promoção da igualdade de oportunidades para todos. Isso é atestado por tantas e tantos, com defi-ciências físicas ou mentais, portadores de estigmas ou abandonados pela sorte, e independentemente das suas origens, raças e orientações ou dos seus credos e opções. Têm um passado rico, um presente que assumem melhor do que ninguém e um futuro que desafia. Exacta-mente porque são instituições de solidariedade, porquanto não há verdadeira promoção da igualdade de oportunida-des sem efectiva e ousada opção pela solidariedade. ◘

»»> Raios de Sol

“Devemos combater,

e não ape-nas gerir,

a pobreza.”

“Não há

promoção da igualda-de de opor-

tunidades sem opção

pela solida-riedade.”

ARR

»»> Obra agendada: TOME NOTA!

20

20072007

Jan.Jan.Jan. Fev.Fev.Fev.

»»> Via Lúdica de...

Luís AleluiaLuís AleluiaLuís Aleluia Actor e Humorista *

* Passatempos propostos pelo Convidado desta edição…

Uma Anedota:

O menino Tonecas, que todos sabem ser um cábula inveterado, chega mais uma vez tarde à escola, pelo que é repreendido pelo professor:

Professor – O menino não tem vergo-nha de chegar sempre tarde à escola?

Tonecas – Tenho senhor professor, mas o que hei-de eu fazer? Mas olhe que mesmo assim ainda tenho muita sorte. Eu, mesmo chegando tarde à escola, venho todos os dias com o meu primo Manuel, que anteontem nem à escola foi.

Professor – E não foi à escola porquê? Tonecas – Porque ele ajuda muito os

pais dele nos trabalhos do campo. Anteontem não foi à escola porque foi dia de levar a vaca ao boi.

Professor – Então e o paizinho dele não podia fazer isso?

Tonecas – Claro que não senhor pro-fessor, tem mesmo que ser o boi. ◘

Uma Adivinha:

Tenho camisa e casaco Sem remendo nem buraco Estouro como um foguete

Se alguém no lume me mete. ?

Um Passatempo:

Como adivinhar o número que outro está a pensar... 1. Pede a alguém que pense num

número. 2. Manda multiplicar por dois. 3. Pede-lhe para somar um número à

tua escolha. 4. Manda dividir por dois. 5. Pede-lhe para retirar o número que

pensou inicialmente. 6. Diz-lhe quanto dá. ◘

Uma ‘Estória’… Veja no Site ODPS a tal’Estória‘ que

Luís Aleluia nos conta… ◘

OBRAS FEITAS NA ODPS:

Carriçal – substituição de gradea-mento exterior; substituição da caixilharia exterior; Cerco do Porto (3ª idade) – renova-ção total do edifício no interior e exterior, incluindo: pintura interior, pintura exterior, substituição do sistema de aquecimento, alarga-mento da cozinha, renovação da rede de gás, substituição das caixi-lharias, substituição de estores; Rainha D. Leonor – reformulação da entrada principal com instala-ção de divisórias; Regado – substituição de gradea-mento exterior; S. Roque da Lameira – substitui-ção de gradeamento exterior. ◘

João Pratas

FICHA TÉCNICA:FICHA TÉCNICA:FICHA TÉCNICA: Administração: Américo Ribeiro (Presidente), Rui Cunha (Tesoureiro) e Helena Costa Almeida (Vogal) * Direcção/Redacção: André Rubim Rangel (C.P.: TE428) * Proprie-dade/Editor: Obra Diocesana de Promoção Social * Cronistas/Colunistas Efectivos: Agostinho Jardim, Américo Ribeiro, Ana Rita Mota, António Bagão Félix, Bernardino Chamusca, Daniel Serrão, Eugénio da Fonseca, Francisco Carvalho Guerra, Francisco Sarsfield Cabral, Hélio Loureiro, Isabel Oneto, João Pratas, Lino Maia, Marcelo Rebelo de Sousa, Maria Barroso Soares, Matilde Alves, Mónica Taipa de Carvalho, Paulo Morais * Revisor: Guilherme Sousa * Gráfica/Impressão: CLARET - Compa-nhia Gráfica do Norte * Periodicidade (2007): Bimensal * Tiragem: 4.500 ex. * NIPC: 500849404 * Depósito Legal: 237275/06 * Marca Nacional: 398706 * Registo ICS:

124901 * Sócio AIC: 262 * Sócio APDSI: 1000005 * Postos de Difusão: Porto - Casa Diocesana de Vilar, Edições Salesianas, Fundação Voz Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia | Ermesinde - Casa da Juventude * Sede/Circulação: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14; 4050-372 PORTO

CONTACTOS: CONTACTOS: CONTACTOS: URL: www.odps.org.pt * Mail: [email protected] * Fax: 220 113 159 * Tel.: 912 518 916

JANTAR DE BENEFICÊNCIA

A Liga dos Amigos tem o

prazer de informar a data para a realização do primeiro Jantar de Beneficência da ODPS, cuja organização está, este ano, a seu cargo.

A data certa que apontamos é: 24 24 24 DEDEDE M M MAIOAIOAIO DEDEDE 2007, 2007, 2007, NONONO P P PORTOORTOORTO PPPALÁCIOALÁCIOALÁCIO H H HOTELOTELOTEL (com a preciosa colaboração do Chefe Hélio Lou-reiro), às 20h30m.

Esperamos contar com a presença dos muitos amigos e simpatizantes que esta obra con-grega de modo a partilharmos os laços de solidariedade em prol de uma sociedade mais humana. ◘

Fernando Moreno

»»> Qualidade Certificada

Concretizando o desafio que se colocou, a ODPS deu já início ao pro-jecto do Sistema da Quali-dade, começando a traba-lhar a dimensão nobre dos Processos relacionados com o Cliente.

Cumprindo com a metodologia adoptada e que se baseia na valoriza-ção do know-how e expe-riência da organização e dos seus colaboradores e na procura das melhores práticas, constitui-se a pri-meira Equipa de Melhoria do projecto.

A esta equipa cons-tituída pelas Responsáveis dos Centros e Directores dos Serviços Centrais foi atribuída a responsabilida-de de especificar os servi-ços que estão inerentes às várias valências da Obra, tendo sempre como refe-rência a procura da presta-ção de um melhor serviço aos seus utentes e o envol-vimento e motivação de quem todos os dias colabo-ra no cumprimento desta missão.

Nas duas reuniões realizadas em Janeiro com o objectivo de apresenta-ção do mapa/planeamento de serviços efectuado pelos subgrupos, foram analisadas e discutidas as propostas de especificação de serviço das valências de Creche, Jardim-de-infância, ATL e CAFAP. Esta previs-to concluir este trabalho na última semana de Janeiro com a análise das propos-tas relacionadas com as valências de Centro de Dia, Centro de Convívio e Apoio Domiciliário. Deste proces-so resultará um conjunto de especificações de serviço para as diversas valências que identifica os objectivos e características do serviço prestado pela ODPS.

Aqui fica um Obri-gada a quem se dedica a concretizar este desafio… ◘

Paula Salvador

BBEMEM‐‐ EESTAR

STAR