umacasa organizada · pre vinham dormir em nossa casa. agora,osconvitesnãosãomaisaceitos....

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BEM VIVER ESTADO DE MINAS D O M I N G O , 5 D E M A I O D E 2 0 1 3 5 Enquanto esperam a aula começar, as duas conversam e dão uma espiada nas roupas de ginástica superestampa- das que são vendidas pela professora de dança. O papo rola enquanto uma delas experimenta a pequena saia de poliamida, que imita pele de cobra, olhando-se no espelho. – Comprei uma calça colorida e cheia de flores, mas não uso. Fiz isso de- pois que me separei. Queria radicalizar no estilo, usar cores e estampas mais fortes. Mas não consigo… – Faz muito tempo? – Um ano e meio. – E você perdeu amigos? – Todos. – Gente, foi igualzinho comigo… Cara leitora, caro leitor. Embora você possa estar pensando o contrário, o papo de mulherzinha das duas colegas de academia está longe de ser uma anomalia. Dez entre 10 pes- soas recém-separadas, homens ou mu- lheres, queixam-se do sumiço dos ami- gos do casal depois do fim da relação, seja qual for o motivo do rompimento. Portanto, se você decidiu se separar e pensou que tomaria um voo direto pa- ra a alegria, encoste sua cabecinha no meu ombro e chore. Assim como se sabe que existem mais coisas entre o céu e a terra do que imagina nossa vã filosofia, garanto também que há mais escalas entre o momento da separação e o nirvana do que supõe o seu desejo de chutar o bal- de e virar a página. E uma delas passa pelo rombo que ficou na teia de amigos tecida pelo casal. Sim, quando uma relação de muitos anos é rompida, boa parte desses ami- gos, senão todos, tomam Doril. A boa notícia é que o sumiço parece ser uma tendência, pelo menos no Ocidente. Fo- ram os ingleses que, no ano passado, le- vantaram essa bola com um estudo realizado pelo site de relacionamentos HealBee. O trabalho sustenta que o fim de uma relação amorosa duradoura sai muito mais caro do que a perda do par- ceiro propriamente dita: pode custar até oito amizades. Entre os entrevistados, quase meta- de admitiu que eles próprios, ou os seus ex, acabaram “expulsos” do círcu- lo de relacionamentos do casal. E olha que os ingleses são considerados pra lá de modernos. Então, por que diabos is- so não aconteceria com você, que nas- ceu neste país lindo, latino e passional chamado Brasil? Arrisco duas explicações que levam à mudança na relação com os amigos quando um casal se separa (mas é claro que há mais algumas): 1. Muitos deles acabam optando por um dos lados do ex-casal. 2. A pessoa separada vira uma ameaça para os casais estabelecidos porque a liberdade dos solteiros, com todas as possibilidades que ela traz, en- che os olhos de alguns comprometidos. Minha amiga lá de cima fez o resu- mo da ópera: – Parece até que tenho uma doença contagiosa. E sobrou para meu filho adolescente. Antes, os amigos dele, fi- lhos dos nossos casais de amigos, sem- pre vinham dormir em nossa casa. Agora, os convites não são mais aceitos. É um espanto. Aposto que você, co- mo eu, também pensava que esse ti- po de coisa tinha ficado para trás, lá no tempo de nossas avós, quando as pessoas só se casavam por amor de vez em quando, e a possibilidade de separação era remota. A sorte é que, pouco a pouco, o si- lêncio deixado pelas amizades do casal vai sendo substituído pela al- gazarra dos novos amigos. E esse ba- rulho é um santo remédio para sa- cudir o mofo da alma. Sob nova ad- ministração, você terá chances de experimentar uma nova vida, pode- rá se dar o direito de fazer coisas su- perlegais e até algumas pequenas grandes bobagens que ficarão para a sua história. É só uma questão de deixar o ar entrar. SIMPLES ASSIM Se você decidiu se separar e pensou que tomaria um voo direto para a alegria, encoste sua cabecinha no meu ombro e chore É só deixar o ar entrar ZULMIRA FURBINO DIAGNÓSTICOS Escrito em linguagem direta e objetiva, o Guia de bolso de gine- cologia (foto) traz in- formações sobre os principais procedi- mentos e diagnósticos ginecológicos, organi- zadas de forma didáti- ca e de fácil leitura. Em contrapartida, ofe- rece ao leitor conteú- do abrangente e que permite, em curto tempo de leitura, a as- similação e prática das informações conside- radas absolutamente necessárias. Editora Atheneu, R$ 49, 223 páginas. SEMINÁRIO DE NUMEROLOGIA A instituição internacional Cóndor Blanco ministra os se- minários de numerologia “O segredo dos números” nos dias 14, 15 e 16 e "O segredo das letras" nos dias 18 e 19. Com as aulas, o participante aprenderá técnicas de nume- rologia para descobrir os potenciais de pessoas, profissio- nais e empresas. Inscrições: (31) 9981-4201. CURSO DE AYURVEDA O Instituto Internacional de Ayurveda e Yoga dá início, no sábado, ao curso de ayurveda destinado ao público em geral. Com duração de 10 meses, os temas abrangem a cu- linária ayurvédica, plantas medicinais, massagens, diag- nóstico e tratamento das doenças utilizando a medicina natural e métodos de desintoxicação. Informações: (31) 3287-4878. EQUILÍBRIO Na quinta-feira, às 19h, será realizado o curso “Território em paz no oceano de estresse”. No curso, o psicanalista e hipnoterapeuta Júlio Gomes aponta algumas atitudes importantes para se manter centrado, mesmo naqueles momentos mais difíceis. Local: Rua Tupis, 457, sala 503. Informações: (31) 9634-2823. MERCADO ESTÉTICO Na sexta-feira, no sábado e domingo, será realizado o cur- so de empreendedorismo e gestão de negócios para o mercado estético. Ministrado por Gerson Aguiar e Luiz Fernando Firmino, o curso é voltado para profissionais que já atuam na área e os que pretendem ingressar no mercado. Avenida do Contorno, 4.747, sala 401. Informações: www.bellebonelli.com. RESISTINDO A PERDAS No sábado, a terapeuta ocupacional Talita Mary fala so- bre as perdas, suas consequências e como seguir em frente depois dessas experiências, na palestra “Como seguir em frente depois de uma perda”. O evento mar- cará a inauguração do grupo de apoio a perdas. Inscrições: (31) 8353-4633. CONVIVÊNCIA SADIA O Instituto Internacional de Projeciologia e Consciencio- logia (IIPC) ministra no sábado, às 16h, a palestra gratuita com o tema “Convivência sadia”. Serão abordados tópi- cos como “Qual o propósito da convivialidade?” Local: Rua Padre Marinho, 455, 7º andar. Santa Efigênia. Informações: (31) 3222-0056. DOENÇAS RESPIRATÓRIAS Na quarta-feira, às 19h, será realizada a palestra “Doenças respiratórias”, com Ana Cristina de Carva- lho, pneumologista pediátrica e presidente da Comis- são de Pneumologia Pediátrica da Sociedade Mineira de Pneumologia e Cirurgia Torácica (SMPCT). O obje- tivo é discutir as implicações dessas doenças na vida dos indivíduos e das políticas públicas a fim de mini- mizar e tratar dos portadores de doenças respirató- rias. Local: Avenida João Pinheiro, 161, Centro. Inscrições: (31) 3247-1647. EM SINTONIA >>[email protected] COMPORTAMENTO A história é clássica: o marido chega em casa e sua gravata pre- ferida está queimada. O marido culpa a esposa, e ela, por sua vez, culpa a diarista. Mas será que existe um verdadeiro culpado nesse desastre doméstico? “Ao demandar tarefas domésticas a outras pessoas, a dona da casa precisa instruir seus funcioná- rios sobre o que fazer ou não. No caso da gravata, se a diarista não foi instruída sobre que mate- riais podem ser passados a ferro ou não, como vai adivinhar?”, explica a consultora de lar Olívia Cicci. Ela compara a casa a uma empresa: para que funcione bem, é preciso conhecê-la nos mínimos detalhes. Porém, antes de contratar al- guém para ajudar nos afazeres domésticos é necessário apren- der e saber por conta própria como realizar as tarefas do dia a dia. Só assim será possível avaliar, criticar e instruir seus funcionários. Mas, atualmente, essa ajuda extra tem sido artigo de luxo; com a promulgação da proposta de emenda à Consti- tuição conhecida como a PEC das Domésticas, muitas famí- lias estão abrindo mão da fun- cionária que passa praticamen- te 24 horas por dia por conta da casa. Sem essa “santa ajuda”, os hábitos das famílias de classe média estão mudando, e algu- mas casas viram verdadeiros campos de guerra por conta desses imprevistos. “Com a PEC, estamos em um momento de voltar para casa. Mas voltar o olhar, o cuidado, e não abandonar a carreira”, afir- ma Cicci. O argumento da con- sultora se baseia na ideia de que muitas famílias, a fim de reduzir gastos, estão trocando a empre- gada que trabalha direto em ca- sa por diaristas e faxineiras. Com a troca, surge mais uma questão: quem vai fazer os ou- tros serviços? Para Olívia, as ta- refas podem ser divididas de maneira prática: se a família tem facilidade em cozinhar, po- de contratar apenas uma faxi- neira. As crianças podem tirar a roupa do varal e cuidar de ani- mais domésticos. É o tempo do “faça você mesmo”. OUTROS OLHOS Da necessida- de pessoal de Olívia de conciliar sua vida doméstica, pessoal, profissional, o lazer e a família surgiu o curso “Como gerenciar minha casa”, ministrado por ela uma vez por ano. A paisagista Selma das Graças Diniz, de 53 anos, foi uma das alunas de Olí- via no curso e aprendeu a olhar sua casa com outros olhos. Sel- ma tem dois filhos adolescentes e quatro funcionários que a aju- dam. Após 20 anos de casada, as aulas serviram principalmente para ajudar Selma a reciclar ve- lhos hábitos e dar nova estrutu- ra ao lar. “Acumulamos muitos papéis e não vemos a importân- cia de cada um. Depois do curso, os entulhos foram ganhando nomes – contas, receitas, docu- mentos –, e a energia da casa muda quando vemos tudo or- ganizado” afirma a paisagista. Em palestras e dicas, a con- sultora ensina o que teve que aprender por conta própria a mulheres e homens que que- rem facilitar suas vidas. O cur- so mostra como fazer a análise da situação atual da casa, em que a família pode ajudar, e de- finir se há necessidade de ajuda extra. Olívia é a favor da PEC das Domésticas, e explica que sua implementação vai fazer com que o trabalho das empre- gadas seja mais valorizado. Com as mudanças e a diminui- ção da mão de obra específica para casa, Cicci criou há cerca de um ano um segundo curso, voltado para a parte operacio- nal da vida doméstica. Após reciclar seus conheci- mentos como dona de casa, Sel- ma sentiu a necessidade de se instruir para ajudar as pessoas que trabalham com ela, e se ins- creveu para o segundo curso. Com a “Qualificação para servi- ços domésticos”, a paisagista diz ter aprendido a valorizar mais seus funcionários. Rapidamen- te, tudo que foi aprendido foi in- corporado em sua casa, e os re- sultados foram surpreendentes. “Quando passei a entender mais os problemas da casa, a ser mais presente, o diálogo entre mim e meus funcionários mudou.” Com aulas que ensinam des- de como cuidar de roupas a co- mo montar um cardápio, Selma diz ter entendido a engrenagem do funcionamento doméstico, e rapidamente viu o interesse dos empregados também. “Outro dia peguei uma delas vendo uma de minhas apostilas do curso. Sentamos juntas, repassa- mos alguns pontos e trocamos figurinhas. Elas se sentem espe- ciais e valorizadas.” Uma casa Com a PEC das Domésticas, torna-se cada vez mais necessário aprender a lidar com as tarefas do lar GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS – 7/5/10 EDITORA ATHENEU/DIVULGAÇÃO organizada A consultora Olívia Cicci criou o curso a partir de uma demanda pessoal SERVIÇO Curso: Como gerenciar minha casa: dias 13, 15, 16, 20 e 22 Curso: Qualificação em serviços domésticos: 22 de junho Inscrições: (31) 3567-4442 » Dedique duas horas por semana para o planejamento macro: cardápio, finanças, lista de compras, compromissos sociais e gastos » Reserve 30 minutos por dia para fazer listas das necessidades das tarefas diárias » Divida tarefas. “A casa não é só minha, é nossa” » Encontre os pontos que a família tem facilidade para resolver e quais precisam de uma ajuda extra O QUE FAZER

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Page 1: Umacasa organizada · pre vinham dormir em nossa casa. Agora,osconvitesnãosãomaisaceitos. Éumespanto.Apostoquevocê,co-mo eu, também pensava que esse ti-po de coisa tinha ficado

BEMVIVER

E S T A D O D E M I N A S ● D O M I N G O , 5 D E M A I O D E 2 0 1 3

5

Enquanto esperam a aula começar,as duas conversam e dão uma espiadanas roupas de ginástica superestampa-das que são vendidas pela professorade dança. O papo rola enquanto umadelas experimenta a pequena saia depoliamida, que imita pele de cobra,olhando-se no espelho.

– Comprei uma calça colorida echeia de flores, mas não uso. Fiz isso de-pois que me separei. Queria radicalizarno estilo, usar cores e estampas maisfortes. Mas não consigo…

– Faz muito tempo?– Um ano e meio.– E você perdeu amigos?– Todos.– Gente, foi igualzinho comigo…Cara leitora, caro leitor.Embora você possa estar pensando

o contrário, o papo de mulherzinha dasduas colegas de academia está longe de

ser uma anomalia. Dez entre 10 pes-soas recém-separadas, homens ou mu-lheres, queixam-se do sumiço dos ami-gos do casal depois do fim da relação,seja qual for o motivo do rompimento.Portanto, se você decidiu se separar epensou que tomaria um voo direto pa-ra a alegria, encoste sua cabecinha nomeu ombro e chore.

Assim como se sabe que existemmais coisas entre o céu e a terra do queimagina nossa vã filosofia, garantotambém que há mais escalas entre omomento da separação e o nirvana doque supõe o seu desejo de chutar o bal-de e virar a página. E uma delas passapelo rombo que ficou na teia de amigostecida pelo casal.

Sim, quando uma relação de muitosanos é rompida, boa parte desses ami-gos, senão todos, tomam Doril. A boanotícia é que o sumiço parece ser uma

tendência, pelo menos no Ocidente. Fo-ram os ingleses que, no ano passado, le-vantaram essa bola com um estudorealizado pelo site de relacionamentos

HealBee. O trabalho sustenta que o fimde uma relação amorosa duradoura saimuito mais caro do que a perda do par-ceiro propriamente dita: pode custaraté oito amizades.

Entre os entrevistados, quase meta-de admitiu que eles próprios, ou osseus ex, acabaram “expulsos” do círcu-lo de relacionamentos do casal. E olhaque os ingleses são considerados pra láde modernos. Então, por que diabos is-so não aconteceria com você, que nas-ceu neste país lindo, latino e passionalchamado Brasil?

Arrisco duas explicações que levamà mudança na relação com os amigosquando um casal se separa (mas é claroque há mais algumas): 1. Muitos delesacabam optando por um dos lados doex-casal. 2. A pessoa separada vira umaameaça para os casais estabelecidosporque a liberdade dos solteiros, comtodas as possibilidades que ela traz, en-che os olhos de alguns comprometidos.

Minha amiga lá de cima fez o resu-mo da ópera:

– Parece até que tenho uma doençacontagiosa. E sobrou para meu filhoadolescente. Antes, os amigos dele, fi-lhos dos nossos casais de amigos, sem-pre vinham dormir em nossa casa.Agora, os convites não são mais aceitos.

É um espanto. Aposto que você, co-mo eu, também pensava que esse ti-po de coisa tinha ficado para trás, láno tempo de nossas avós, quando aspessoas só se casavam por amor devez em quando, e a possibilidade deseparação era remota.

A sorte é que, pouco a pouco, o si-lêncio deixado pelas amizades docasal vai sendo substituído pela al-gazarra dos novos amigos. E esse ba-rulho é um santo remédio para sa-cudir o mofo da alma. Sob nova ad-ministração, você terá chances deexperimentar uma nova vida, pode-rá se dar o direito de fazer coisas su-perlegais e até algumas pequenasgrandes bobagens que ficarão para asua história. É só uma questão dedeixar o ar entrar.

SIMPLES ASSIMSe você decidiu se separar e pensou quetomaria um voo direto para a alegria, encostesua cabecinha no meu ombro e chore

É só deixar o ar entrar

Z U L M I R A F U R B I N O

● DIAGNÓSTICOSEscrito em linguagemdireta e objetiva, oGuia de bolso de gine-cologia (foto) traz in-formações sobre osprincipais procedi-mentos e diagnósticosginecológicos, organi-zadas de forma didáti-ca e de fácil leitura.Em contrapartida, ofe-rece ao leitor conteú-do abrangente e quepermite, em curtotempo de leitura, a as-similação e prática dasinformações conside-radas absolutamente necessárias. Editora Atheneu,R$ 49, 223 páginas.

● SEMINÁRIO DE NUMEROLOGIAA instituição internacional Cóndor Blanco ministra os se-minários de numerologia “O segredo dos números” nosdias 14, 15 e 16 e "O segredo das letras" nos dias 18 e 19.Com as aulas, o participante aprenderá técnicas de nume-rologia para descobrir os potenciais de pessoas, profissio-nais e empresas. Inscrições: (31) 9981-4201.

● CURSO DE AYURVEDAO Instituto Internacional de Ayurveda e Yoga dá início,no sábado, ao curso de ayurveda destinado ao público emgeral. Com duração de 10 meses, os temas abrangem a cu-linária ayurvédica, plantas medicinais, massagens, diag-nóstico e tratamento das doenças utilizando a medicinanatural e métodos de desintoxicação.Informações: (31) 3287-4878.

● EQUILÍBRIONa quinta-feira, às 19h, será realizado o curso “Territórioem paz no oceano de estresse”. No curso, o psicanalista ehipnoterapeuta Júlio Gomes aponta algumas atitudesimportantes para se manter centrado, mesmo naquelesmomentos mais difíceis. Local: Rua Tupis, 457, sala 503.Informações: (31) 9634-2823.

● MERCADO ESTÉTICONa sexta-feira, no sábado e domingo, será realizado o cur-so de empreendedorismo e gestão de negócios para omercado estético. Ministrado por Gerson Aguiar e LuizFernando Firmino, o curso é voltado para profissionaisque já atuam na área e os que pretendem ingressar nomercado. Avenida do Contorno, 4.747, sala 401.Informações: www.bellebonelli.com.

● RESISTINDO A PERDASNo sábado, a terapeuta ocupacional Talita Mary fala so-bre as perdas, suas consequências e como seguir emfrente depois dessas experiências, na palestra “Comoseguir em frente depois de uma perda”. O evento mar-cará a inauguração do grupo de apoio a perdas.Inscrições: (31) 8353-4633.

● CONVIVÊNCIA SADIAO Instituto Internacional de Projeciologia e Consciencio-logia (IIPC) ministra no sábado, às 16h, a palestra gratuitacom o tema “Convivência sadia”. Serão abordados tópi-cos como “Qual o propósito da convivialidade?” Local:Rua Padre Marinho, 455, 7º andar. Santa Efigênia.Informações: (31) 3222-0056.

● DOENÇAS RESPIRATÓRIASNa quarta-feira, às 19h, será realizada a palestra“Doenças respiratórias”, com Ana Cristina de Carva-lho, pneumologista pediátrica e presidente da Comis-são de Pneumologia Pediátrica da Sociedade Mineirade Pneumologia e Cirurgia Torácica (SMPCT). O obje-tivo é discutir as implicações dessas doenças na vidados indivíduos e das políticas públicas a fim de mini-mizar e tratar dos portadores de doenças respirató-rias. Local: Avenida João Pinheiro, 161, Centro.Inscrições: (31) 3247-1647.

EM SINTONIA

>>[email protected]

❚ COMPORTAMENTO

A história é clássica: o maridochega em casa e sua gravata pre-ferida está queimada. O maridoculpa a esposa, e ela, por sua vez,culpa a diarista. Mas será queexiste um verdadeiro culpadonesse desastre doméstico? “Aodemandar tarefas domésticas aoutras pessoas, a dona da casaprecisa instruir seus funcioná-rios sobre o que fazer ou não. Nocaso da gravata, se a diarista nãofoi instruída sobre que mate-riais podem ser passados a ferroou não, como vai adivinhar?”,explica a consultora de lar OlíviaCicci. Ela compara a casa a umaempresa: para que funcionebem, é preciso conhecê-la nosmínimos detalhes.

Porém, antes de contratar al-guém para ajudar nos afazeresdomésticos é necessário apren-der e saber por conta própriacomo realizar as tarefas do diaa dia. Só assim será possívelavaliar, criticar e instruir seusfuncionários. Mas, atualmente,essa ajuda extra tem sido artigode luxo; com a promulgação daproposta de emenda à Consti-tuição conhecida como a PECdas Domésticas, muitas famí-lias estão abrindo mão da fun-cionária que passa praticamen-te 24 horas por dia por conta dacasa. Sem essa “santa ajuda”, oshábitos das famílias de classemédia estão mudando, e algu-mas casas viram verdadeiroscampos de guerra por contadesses imprevistos.

“Com a PEC, estamos em ummomento de voltar para casa.Mas voltar o olhar, o cuidado, enão abandonar a carreira”, afir-ma Cicci. O argumento da con-sultora se baseia na ideia de quemuitas famílias, a fim de reduzirgastos, estão trocando a empre-gada que trabalha direto em ca-sa por diaristas e faxineiras.Com a troca, surge mais umaquestão: quem vai fazer os ou-tros serviços? Para Olívia, as ta-refas podem ser divididas demaneira prática: se a famíliatem facilidade em cozinhar, po-de contratar apenas uma faxi-neira. As crianças podem tirar aroupa do varal e cuidar de ani-mais domésticos. É o tempo do“faça você mesmo”.

OUTROS OLHOS Da necessida-de pessoal de Olívia de conciliarsua vida doméstica, pessoal,profissional, o lazer e a família

surgiu o curso “Como gerenciarminha casa”, ministrado por elauma vez por ano. A paisagistaSelma das Graças Diniz, de 53anos, foi uma das alunas de Olí-via no curso e aprendeu a olharsua casa com outros olhos. Sel-ma tem dois filhos adolescentese quatro funcionários que a aju-dam. Após 20 anos de casada, asaulas serviram principalmentepara ajudar Selma a reciclar ve-lhos hábitos e dar nova estrutu-ra ao lar. “Acumulamos muitospapéis e não vemos a importân-cia de cada um. Depois do curso,os entulhos foram ganhandonomes – contas, receitas, docu-mentos –, e a energia da casamuda quando vemos tudo or-ganizado” afirma a paisagista.

Em palestras e dicas, a con-sultora ensina o que teve queaprender por conta própria amulheres e homens que que-rem facilitar suas vidas. O cur-so mostra como fazer a análiseda situação atual da casa, emque a família pode ajudar, e de-finir se há necessidade de ajudaextra. Olívia é a favor da PECdas Domésticas, e explica quesua implementação vai fazer

com que o trabalho das empre-gadas seja mais valorizado.Com as mudanças e a diminui-ção da mão de obra específicapara casa, Cicci criou há cercade um ano um segundo curso,voltado para a parte operacio-nal da vida doméstica.

Após reciclar seus conheci-mentos como dona de casa, Sel-ma sentiu a necessidade de se

instruir para ajudar as pessoasque trabalham com ela, e se ins-creveu para o segundo curso.Com a “Qualificação para servi-ços domésticos”, a paisagista dizter aprendido a valorizar maisseus funcionários. Rapidamen-te, tudo que foi aprendido foi in-corporado em sua casa, e os re-sultados foram surpreendentes.“Quando passei a entender maisos problemas da casa, a ser maispresente, o diálogo entre mim emeus funcionários mudou.”

Com aulas que ensinam des-de como cuidar de roupas a co-mo montar um cardápio, Selmadiz ter entendido a engrenagemdo funcionamento doméstico, erapidamente viu o interesse dosempregados também. “Outrodia peguei uma delas vendouma de minhas apostilas docurso. Sentamos juntas, repassa-mos alguns pontos e trocamosfigurinhas. Elas se sentem espe-ciais e valorizadas.”

Uma casa

Com a PEC das Domésticas, torna-se cada vez maisnecessário aprender a lidar com as tarefas do lar

GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS – 7/5/10

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AÇÃO

organizada

A consultora OlíviaCicci criou o curso a

partir de umademanda pessoal

SERVIÇOCurso: Como gerenciar minha casa:

dias 13, 15, 16, 20 e 22Curso: Qualificação em serviços domésticos:

22 de junhoInscrições: (31) 3567-4442

» Dedique duas horas por semanapara o planejamento macro:cardápio, finanças, lista decompras, compromissos sociaise gastos

» Reserve 30 minutos por dia parafazer listas das necessidades dastarefas diárias

» Divida tarefas. “A casa não é sóminha, é nossa”

» Encontre os pontos que afamília tem facilidade pararesolver e quais precisam de umaajuda extra

❚❚ O QUE FAZER