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CONDICIONANTES E DESEMPENHO DA EXPORTAÇÃO DAS PRINCIPAIS CADEIAS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, ENTRE 2003 E 2013 CONDITIONERS AND PERFORMANCE OF THE MAIN BRAZILIAN AGRIBUSINESS CHAINS EXPORTATION FROM 2003 TO 2013 Autores: José Giacomo Baccarin, Felipe César Sabadini, José Jorge Gebara. Filiação: Professor Doutor, Formado em Administração e Professor Adjunto FCAV/UNESP, (Jaboticabal-SP). E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]. Grupo de Pesquisa: Comércio Internacional Resumo Os preços em dólares de produtos agropecuários no mercado internacional aumentaram pós 2003. Ao mesmo tempo, valorizou- se o real em relação ao dólar, fazendo com que a evolução de preços em reais fosse desfavorável às exportações do Brasil. Neste artigo avaliou-se o ocorrido com as exportações de 10 principais cadeias do agronegócio brasileiro, relacionando-as com a situação cambial e com preços internacionais, de 2003 a 2013. Estudaram-se o valor exportado, em dólar e real deflacionado, das cadeias como um todo e quantidade física e preço de exportação, em dólar e real deflacionado, do principal produto de cada cadeia. Usaram-se dados de exportação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A conversão cambial foi feita com informações obtidas no Banco Central do Brasil e a correção da inflação se fez com o ÍGP-DI da Fundação Getúlio Vargas. Três cadeias Goiânia - GO, 27 a 30 de julho de 2014 SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

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CONDICIONANTES E DESEMPENHO DA EXPORTAÇÃO DAS PRINCIPAIS CADEIAS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, ENTRE 2003 E 2013

CONDITIONERS AND PERFORMANCE OF THE MAIN BRAZILIAN AGRIBUSINESS CHAINS EXPORTATION FROM 2003 TO 2013

Autores: José Giacomo Baccarin, Felipe César Sabadini, José Jorge Gebara.Filiação: Professor Doutor, Formado em Administração e Professor Adjunto FCAV/UNESP, (Jaboticabal-SP).E-mail: [email protected], [email protected], [email protected].

Grupo de Pesquisa: Comércio Internacional

ResumoOs preços em dólares de produtos agropecuários no mercado internacional aumentaram pós 2003. Ao mesmo tempo, valorizou-se o real em relação ao dólar, fazendo com que a evolução de preços em reais fosse desfavorável às exportações do Brasil. Neste artigo avaliou-se o ocorrido com as exportações de 10 principais cadeias do agronegócio brasileiro, relacionando-as com a situação cambial e com preços internacionais, de 2003 a 2013. Estudaram-se o valor exportado, em dólar e real deflacionado, das cadeias como um todo e quantidade física e preço de exportação, em dólar e real deflacionado, do principal produto de cada cadeia. Usaram-se dados de exportação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A conversão cambial foi feita com informações obtidas no Banco Central do Brasil e a correção da inflação se fez com o ÍGP-DI da Fundação Getúlio Vargas. Três cadeias registraram queda no valor de exportação em real: produtos florestais, sucos e fibras e produtos têxteis. Cereais, farinhas e preparações e complexo sucroalcooleiro apresentaram grande aumento nesse quesito. Todos principais produtos registraram aumento nos preços em dólares. Em reais, a evolução mais favorável foi do café, seguido pelo açúcar, e as mais desfavoráveis da celulose, suco de laranja e algodão não cardado e não penteado. Na quantidade física, a maioria dos produtos mostrou grande crescimento, comumente dobrando as exportações. Crescimentos mais modestos verificaram-se no café, fumo não manufaturado e suco de laranja. O crescimento do valor das exportações brasileiras se deveu à elevação de preços internacionais e ao aumento do quantum exportado de seus principais produtos. O fato do Brasil, mesmo com tendência de valorização cambial, aproveitar acima da média das outras nações o movimento de aumento dos preços agropecuários, ampliando sua participação nas exportações mundiais, indica que a agricultura nacional alcançou, em termos estruturais, níveis altos de competitividade internacional.

Palavras-chave: Brasil, exportação agropecuária, preço internacional, valorização cambial.

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AbstractThe agribusiness product prices, in dollars, in the international market increased after 2003. At the same time, Real currency had enriched in comparison to Dollar, causing an unfavorable evolution of prices in Real to Brazilian exports. In this article this evolution was evaluated focusing the exportation of 10 main Brazilian agribusiness chains, linking them to the exchange situation and to the international prices from 2003 to 2013. We studied the exported value, the exportation chains, physical amount, and price, all in Dollar and deflated Real currencies, of the main product of each chain. We used exportation data from the Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Ministry of Agriculture, Livestock and Supply). The currency conversion was done using information from the Banco Central do Brasil (Brazil Central Bank) and the inflation correction was done using the ÍGP-DI of Fundação Getúlio Vargas (Getúlio Vargas Foundation). Three chains registered reduction in the exportation values in the Real currency: forest products, juices and fibers, and textiles. Cereals, flours and flours-made, and the sugar-ethanol complex chains had a high increase. All main products had increase in the price, in Dollar. In Real, the most favorable evolution was registered to coffee, followed by the sugar and the least favorable chains were the cellulose, orange juice, and non-carded and non-combed cotton. Regard the physical amount, most of the products showed a great increase, commonly folding the exportations. Some more modest growths were seen to the coffee, non-factorized tobacco and orange juice. The growth of the Brazilian exportations was due to the international prices increasing, as well the increasing of the main products exported quantum. The fact that the Brazil, even having an exchange appreciation, had more advantages than the other nations the move of agricultural elevation of prices, enlarging its participation in the world exportations, shows that the national agriculture reached, in structural terms, high levels of international competitiveness.

Key-words: Brazil, agricultural exportation, international price, exchange rate valuation.

1. IntroduçãoNas décadas de 1990 e 2000 ficou evidente o aumento da importância brasileira no

comércio agrícola mundial. Baccarin et al (2011), com base em dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), informam que em 1990 as exportações agrícolas brasileiras representavam 2,63% das exportações agrícolas mundiais, passando para 3,43% na média do triênio 1999/2001 e para 5,22% em 2008.

Esses números apontam que o grande salto se deu no presente século, com o Brasil aproveitando bem o “boom” das commodities agrícolas (FAO, 2014) e se transformando em terceiro exportador agrícola mundial, atrás apenas dos Estados Unidos da América e da União Europeia. A pauta exportadora brasileira tem se mostrado bastante diversificada, com participação de vários produtos, como a soja e seus derivados, açúcar e etanol, suco de laranja, café beneficiado, fumo e derivados, carnes bovina, suína e de frango, milho, algodão, madeiras e seus produtos.

Como se detalhará na seção seguinte, em sentido inverso ao verificado nos preços agrícolas internacionais, a evolução da taxa de câmbio real/dólar entre 2003 e 2013, no geral, se mostrou desfavorável às exportações brasileiras, tendo-se observado uma tendência de valorização da moeda nacional.

A Balança Comercial Brasileira tinha registrado um saldo positivo de US$ 23,8 bilhões em 2003, crescendo para US$ 46,1 bilhões em 2006 e depois caindo até atingir US$

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19,4 bilhões em 2012 (FGV, 2013). Por sua vez, o saldo da Balança Comercial do Agronegócio Brasileiro cresceu constantemente, com exceção de 2009, passando de US$ 25,8 bilhões em 2003 para US$ 79,4 bilhões em 2012 (MAPA, 2013).

O objetivo desse artigo é avaliar o ocorrido com as exportações das 10 principais cadeias do agronegócio brasileiro, relacionando-as com a situação cambial e com preços internacionais, no período 2003 e 2013. Especificamente, será estudada a evolução do valor exportado em dólar e em real deflacionado de cada uma das cadeias escolhidas, bem como a quantidade física e o preço de exportação do principal produto de cada cadeia considerada.

Além dessa introdução, mais quatro seções compõem o artigo. Na segunda procede-se uma discussão sobre a evolução da taxa de câmbio e dos preços internacionais e seus possíveis reflexos em exportações agropecuárias e florestais brasileiras. A terceira descreve a metodologia empregada para obtenção e tratamento dos dados usados. A quarta refere-se a análise dos resultados obtidos para cada uma das cadeias consideradas. Por fim, algumas considerações finais são formuladas.

2. Preços para Cima e Taxa de Câmbio para BaixoOs dados da inflação ao consumidor no Brasil mostram que o Índice de Preços ao

Consumidor Amplo (IPCA) subiu 45,90% entre 2007 e 2013 e um de seus componentes, o Grupo Alimentação e Bebidas, cresceu bem mais, em 79,09% no mesmo período (IBGE, 2014). Fica nítido que os alimentos vêm empurrando para cima a inflação brasileira nos anos mais recentes.

Tal fato alterou a trajetória de barateamento do preço da alimentação no Brasil constatada em indicadores e estudos relativos a períodos anteriores. Assim, de 2001 a 2006, enquanto o IPCA elevava-se em 55,33%, o Índice de Alimentação e Bebidas crescia 50,93% (IBGE, 2014).

Nesse mesmo sentido, Farina e Nunes (2002), para o período agosto de 1994 a fevereiro de 2002, calcularam queda real de 20% no preço da alimentação como um todo e 15% para a alimentação fora do lar no Brasil. Outro estudo, para o período de janeiro de 1986 a setembro de 1996, mostra que os preços reais da alimentação reduziram-se em mais de 30% e os de vestuário (que usa, muitas vezes, como matéria-prima o algodão) caíram em mais de 40%, enquanto cresciam os preços da habitação, do transporte e da assistência à saúde (CASTRO & MAGALHÃES, 2006). Um terceiro estudo, de Mendonça de Barros et al, citado por Farina e Nunes (2002), estimou que os preços de uma cesta de alimentos no varejo1

reduziram-se em média 5,2% ao ano, entre 1975 e 2000. Segundo Mendonça de Barros et al, citados por Farina e Nunes (2002), as principais

causas dessa queda foram a redução das margens nos segmentos do sistema agroindustrial e da carga tributária e, especialmente, os ganhos de produtividade agropecuária, que permitiram que, mesmo com diminuição dos preços recebidos, não houvesse queda de oferta de produtos agropecuários. Já para o período de 1994 a 2002, Farina & Nunes (2002) consideram que ganhos de produtividade e redução de margens na indústria de alimentação e na distribuição de alimentos (especialmente, nos supermercados) tiveram importância mais decisiva que a agropecuária na redução dos preços dos alimentos.

A queda real de preços de alimentos no Brasil guardou proximidade com o verificado no mercado internacional. Entre 1961 e 2002 foi observada, ainda que com muitas flutuações, uma queda de 50% nos preços reais agropecuários mundiais (FAO, 2005). O forte protecionismo à produção agrícola dos países desenvolvidos e, especialmente, os avanços 1 Consideraram-se 17 alimentos componentes da cesta: açúcar, alface, arroz, banana, batata, café, carne bovina, carne de frango, cebola, cenoura, feijão, laranja, leite, mamão, óleo de soja, ovo e tomate.

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tecnológicos, que resultaram em redução no custo médio ou unitário de produção de grande parte dos produtos agropecuários, explicam essa redução.

Quais as razões que fizeram com que, mais recentemente, os preços de alimentos no Brasil começassem a subir, especialmente a partir de 2006? De pronto pode–se dizer que os preços dos alimentos sobem em decorrência do encarecimento de suas matérias-primas, os produtos agropecuários. De maneira geral, isso não pode ser atribuído à deficiência da produção agropecuária brasileira, com algumas exceções, como no caso do feijão. O que de fato está acontecendo é a elevação das cotações das commodities agropecuárias no mercado internacional, acentuada a partir de 2006, o que acaba sendo transmitido para os mercados domésticos brasileiros, dado o crescimento do nível de internacionalização de sua agricultura.

O Índice de Preços de Alimentos da FAO passou de um valor de 100,0 na média do triênio 2002-04 para 209,8 em 20132, depois de atingir um máximo de 229,9 em 2011 (FAO, 2014). A tendência altista deve ter continuidade nos próximos anos, com as projeções apontando que os preços de alimentos ficarão mais altos entre 2013-22 em relação ao período 2003-12 (OECD & FAO, 2013). Como observam Lima e Margarido (2008, p.1) “[…] o atual movimento das cotações destoa-se do padrão histórico dos ciclos de preços de commodities”

Entre os fatores explicativos dessa elevação de cotações podem ser citados o grande crescimento da renda e consumo de alimentos em países muito populosos, como China e Índia, o aumento do consumo per capita de proteínas animais, exigindo maiores áreas de cereais e oleaginosas para formulação de suas rações, e a pressão direta sobre o preço do milho e indireta sobre o da soja e do trigo decorrente do crescente uso do milho para produção de etanol nos EUA. Considerem-se também as mudanças na forma de protecionismo agropecuário que ocorreram em especial na União Europeia, desvinculando, em grande parte, a renda dos agricultores do volume de produção obtido, e que os estoques mundiais de grãos apresentam-se em níveis, historicamente, reduzidos, o que, inclusive, estimula movimentos especulativos com seus preços. Do lado dos custos, verificam-se pressões devido ao aumento do preço do petróleo, com reflexos nos combustíveis, usados nas atividades agropecuárias e no transporte de seus produtos, e também nos fertilizantes e agrotóxicos, derivados da petroquímica (OCDE-FAO, 2008).

Além dos preços internacionais, a taxa de câmbio tem influência significativa nas exportações de um país3. No período em que está se considerando, o Brasil conviveu com regime de câmbio flutuante e com saldos positivos sistemáticos em suas contas externas. Conforme informações do Banco Central do Brasil (BACEN, 2014), entre 2003 e 2013, o saldo acumulado do Balanço de Pagamentos do Brasil alcançou US$ 303,4 bilhões de dólares, registrando valor negativo apenas em 2013, com saldo de US$ 5,9 bilhões. A evolução da taxa de câmbio, no mais das vezes, se mostrou coerente com esse saldo e o consequente acúmulo de reservas cambiais, tendo-se registrada uma evidente tendência de valorização da moeda nacional brasileira, pelo menos até 2011, como pode ser visto no Gráfico 1. A exceção foi observada em 2009, ano marcado pela crise financeira internacional e por fortes movimentos especulativos no mercado cambial. Por sua vez, os dois últimos anos do período mostram desvalorização do Real, mas ainda não se pode dizer que isso seja uma tendência que perdure nos próximos anos.

2 O aumento de 109,8% no índice geral resultou da elevação generalizada de todos os grupos de alimentos. Assim, as carnes subiram 84,1%, os lácteos 142,7%, os cereais 119,2%, os óleos vegetais 93,0% e o açúcar subiu 157,0%, entre o triênio 2002-04 e 2013. 3 “Diferentemente dos preços dos bens que são comercializados exclusivamente no mercado interno, o preço dos produtos destinados à exportação é afetado por dois outros fatores: o preço do bem no mercado internacional e o preço do dólar no Brasil. O preço do bem no mercado internacional depende da curva de oferta e demanda mundial. O preço do dólar no Brasil depende da oferta e demanda de dólares no País.” (ALMEIDA, 2008)

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Gráfico 1 – Evolução da taxa de câmbio real/dólar entre 2003 e 2013.Fonte: Banco Central do Brasil (BACEN), 2014a.

Portanto, no geral, a evolução cambial real/dólar se mostrou desfavorável à renda obtida nas exportações dos produtos brasileiros, entre 2003 e 2013.

3. Fonte e Tratamento dos DadosForam consideradas as exportações das dez principais cadeias do agronegócio

brasileiro, a partir de dados apresentados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o período 2003 a 2013 (MAPA, 2014). Quase todas as cadeias foram tratadas conforme a estruturação feita pelo MAPA, quais sejam: café; cereais, farinhas e preparações; complexo soja; complexo sucroalcooleiro; fibras e produtos têxteis; fumo e seus produtos; produtos florestais e; sucos. No caso da cadeia das carnes e da de couros, produtos de couros e peleteria procederam-se os seguintes rearranjos: a exportação do agrupamento carne de frango foi considerada separadamente, sendo chamada de cadeia da avicultura, e a de carne bovina foi somada à da cadeia de couros, produtos de couro e peleteria, e chamada cadeia da bovinocultura. Com isso, a exportação das demais carnes, inclusive a suína, não foi analisada e embutiu-se um muito pequeno superdimensionamento na cadeia da bovinocultura, decorrente do registro da insignificante exportação de couros de outros animais.

De cada uma das cadeias foram feitas análises específicas para o seu produto principal, em termos de valor da exportação, quais sejam: café verde, milho, soja em grãos, açúcar, algodão não cardado e não penteado, fumo não manufaturado, celulose, suco de laranja, carne de frango in natura e carne bovina in natura. A participação de cada um desses produtos nas respectivas cadeias, em 2013, variou de um mínimo de 53,8%, no caso da celulose, para um máximo de 94,6%, no caso do fumo não manufaturado.

Os valores monetários foram expressos em dólares, conforme o registrado pelo MAPA, e em reais, após a conversão cambial. Para tanto, a partir de dados do Banco Central

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do Brasil, calculou-se a taxa média de câmbio dos meses de cada um dos anos (BACEN, 2014a).

Os valores expressos em dólares não foram deflacionados, enquanto os em real foram atualizados para o ano de 2013 usando-se o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2014)4. Reconhece-se que o fato de não se deflacionar os valores em dólares resulta em superestimativa da evolução do valor e preço das exportações nessa moeda, ainda que a inflação norte-americana tenha registrado valores muito baixos nos últimos anos.

No caso das cadeias, as variáveis apresentadas e discutidas no presente trabalho foram o valor da exportação em dólares e o em real, enquanto que para seus produtos principais foram analisados a quantidade física exportada, o preço em dólares e o preço em real deflacionado. O preço em dólar para cada ano foi calculado a partir da divisão do valor monetário da exportação pela quantidade física exportada.

4. ResultadosEm 2013 as exportações do agronegócio brasileiro, nos critérios adotados pelo MAPA,

alcançaram o valor de US$ 99,97 bilhões, contra importações de US$ 17,06 bilhões, resultando em saldo de US$ 82,91 bilhões (MAPA, 2014). Como afirmado na introdução, esse saldo vem crescendo ao longo do Século XXI.

Algumas análises têm considerado que a recente expansão das exportações brasileiras, de maneira geral, se deve à ampliação da quantidade exportada, mas também à valorização dos preços das commodities minerais e agrícolas no mercado internacional (PRATES, 2006).

Para as exportações agropecuárias, o Gráfico 2, feito a partir de dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA, 2014)5, mostram que especialmente a partir de 2005, os preços em dólares das exportações aumentaram consideravelmente, com exceção de 20096, até atingir um máximo em 2011. Os dois últimos anos registraram queda no índice de preços, mas no período todo, sua evolução foi de 115,2%.

Por seu lado, o índice de quantidade exportada da agropecuária também cresceu, com menos flutuações que nos preços, praticamente dobrando em todo o período. O aumento em quase 100% da quantidade exportada pela agropecuária brasileira em 10 anos evidencia sua competitividade internacional. Mesmo porque, ao se considerar a valorização cambial do período, a evolução dos preços em reais foi bem menos favorável que a evolução em dólares registrada no Gráfico 2.

4 Como teste, procedeu-se deflacionamento também pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Como seus resultados foram muito parecidos com os obtidos a partir do uso do IGP-DI, preferiu-se apresentar no trabalho apenas os valores calculados com este último índice.5 Os valores anuais dos índices da quantidade exportada e dos preços recebidos foram obtidos através do cálculo das médias entre os meses de determinado ano, que estão disponíveis no site do CEPEA.6 Em 2009 ficaram evidentes os efeitos da crise financeira internacional deflagrada no segundo semestre de 2008. O comércio mundial teve forte retração, de 22,5%, em 2009 (MAPA, 2011), com queda generalizada nos preços das commodities agropecuárias.

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Gráfico 2 – Evolução dos índices de quantidade e de preços de exportação da agropecuária brasileira, entre 2003 e 2013.Fonte: CEPEA (2014).

4.1. Exportações do Complexo SojaA Tabela 1 mostra que o valor em dólares das exportações do complexo soja brasileiro

cresceram 281,20% entre 2003 e 2013. Nos anos de 2005 e 2006 e depois em 2009 e 2010 essa tendência de crescimento foi interrompida. Relembrando o afirmado na seção 3, cabe a observação de que a evolução da exportação em dólar apresenta uma superestimativa pelo fato de não ter se considerado a inflação norte-americana. Isso é válido também para as outras cadeias.Tabela 1 – Valor da exportação brasileira do Complexo Soja, em dólar e em real corrigido pela inflação, e quantidade em toneladas de soja em grãos exportada, 2003 a 2013.

Ano Valor de Exportação Soja em grãosMil Dólares Índice Mil Reais Def. Índice Toneladas Índice

2003 8.122.102,07 100,00 46.477.731,55 100,00 19.881.261,39 100,002004 10.041.490,23 123,63 50.725.626,54 109,14 19.237.366,83 96,762005 9.473.585,25 116,64 35.519.680,90 76,42 22.429.207,02 112,822006 9.308.112,36 114,60 30.809.430,48 66,29 24.949.584,87 125,492007 11.381.459,29 140,13 32.487.725,18 69,90 23.721.480,74 119,322008 17.979.197,50 221,36 44.799.748,35 96,39 24.492.629,08 123,192009 17.239.708,45 212,26 42.873.968,23 92,25 28.547.885,60 143,592010 17.107.048,10 210,62 38.030.620,49 81,83 29.064.450,85 146,192011 24.139.420,26 297,21 45.880.313,39 98,71 32.973.106,66 165,852012 26.114.126,79 321,52 55.165.293,76 118,69 32.909.803,54 165,532013 30.961.266,08 381,20 66.784.999,00 143,69 42.792.703,11 215,24

Fonte: MAPA, 2014. Valores em reais corrigidos para 2013 pelo IGP-DI.

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A evolução do valor das exportações em reais corrigidos pela inflação é bem menos significativa. Na verdade, registraram-se valores pouco expressivos em 2004, 2006 e 2007, bem abaixo do valor incialmente exportado. Os dois últimos anos da série registram significativos crescimentos do valor da exportação do complexo soja em reais.

Em 2013, a exportação de soja em grãos representou 73,7% do valor total de exportação do complexo soja, enquanto em 2003 essa participação era bem menor, de 52,8%. A quantidade física de soja em grãos exportada apresentou uma nítida tendência de crescimento, mais do que dobrando no período todo, em grande parte resultante do crescimento das importações chinesas do produto. Outro motivo é a elevação da importância da soja em grãos nas exportações pelo Brasil, em detrimento da participação de seus principais derivados, o farelo e o óleo.

O Gráfico 3 mostra o quanto foi divergente a evolução do preço da soja em grãos em dólar e em real corrigido. Enquanto aquele aumentou em 147,18% em todo período, o preço em real se manteve abaixo do valor inicial, com exceção de 2004.

Gráfico 3 – Evolução dos índices de preços da soja em grãos, em dólar e em real corrigido, 2003 a 2013.Fonte: MAPA, 2014.

4.2. Exportações do Complexo SucroalcooleiroPela Tabela 2 percebe-se que o valor de exportações em dólares do complexo

sucroalcooleiro elevou-se em 492,33% e em reais em 123,28% no período analisado. Em ambos os casos o pico do valor da exportação foi alcançado em 2011.

O açúcar representou 86,3% do valor das exportações do complexo sucroalcooleiro em 2013. Sua quantidade exportada mais do que dobrou no período, não registrando situação adversa nem mesmo em 2009, quando da crise financeira internacional.

O Gráfico 4 aponta que os preços do açúcar em dólares alcançaram patamares tão altos no mercado internacional, com pico sendo registrado em 2011, que mesmo com a forte valorização do real, seus preços nessa moeda parecem ter mantido uma tendência de estabilidade entre 2003 e 2013.

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Tabela 2 – Valor da exportação brasileira do Complexo Sucroalcooleiro, em dólar e em real corrigido pela inflação, e quantidade em toneladas de açúcar exportada, 2003 a 2013.

Ano Valor de Exportação AçúcarMil Dólares Índice Mil Reais Def. Índice Toneladas Índice

2003 2.315.931,74 100,00 13.252.634,92 100,00 12.914.409,84 100,002004 3.153.411,65 136,16 15.929.785,13 120,20 15.763.929,28 122,062005 4.698.891,31 202,89 17.617.735,58 132,94 18.147.062,37 140,522006 7.788.106,35 336,28 25.778.279,40 194,51 18.870.166,76 146,122007 6.590.131,05 284,56 18.811.152,49 141,94 19.359.021,21 149,902008 7.894.239,26 340,87 19.670.507,11 148,43 19.472.520,44 150,782009 9.732.908,93 420,26 24.205.074,54 182,64 24.294.097,75 188,122010 13.789.919,77 595,44 30.656.323,78 231,32 27.999.859,45 216,812011 16.449.768,74 710,29 31.265.065,07 235,92 25.359.149,95 196,362012 15.044.586,20 649,61 31.781.227,97 239,81 24.342.295,04 188,492013 13.717.910,93 592,33 29.590.219,78 223,28 27.154.304,12 210,26

Fonte: MAPA, 2014. Valores em reais corrigidos para 2013 pelo IGP-DI.

Gráfico 4 – Evolução índices de preços do açúcar, em dólar e em real corrigido, 2003 a 2013.Fonte: MAPA, 2014.

4.3. Exportações de Produtos FlorestaisA Tabela 3 permite verificar que houve crescimento do valor em dólar de exportação

da cadeia de produtos florestais, mas houve queda significativa do seu valor em reais.A celulose representou, em 2013, 53,8% do valor da exportação de produtos florestais.

Conforme pode ser visto no Gráfico 5, os preços da celulose em real caíram no final do período para próximo a metade de seu início. Mesmo assim, a quantidade exportada de celulose mais do que dobrou entre 2003 e 2013, conforme Tabela 3.

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Tabela 3 – Valor da exportação brasileira de Produtos Florestais, em dólar e em real corrigido pela inflação, e quantidade em toneladas de celulose exportada, 2003 a 2013.

Ano Valor de Exportação CeluloseMil Dólares Índice Mil Reais Def. Índice Toneladas Índice

2003 5.454.778,41 100,00 31.214.299,48 100,00 4.565.856,93 100,002004 6.693.641,95 122,71 33.813.624,67 108,33 4.987.544,13 109,242005 7.202.079,48 132,03 27.003.036,14 86,51 5.545.361,25 121,452006 7.886.050,06 144,57 26.102.468,67 83,62 6.243.641,66 136,752007 8.822.844,04 161,75 25.184.304,17 80,68 6.580.179,10 144,122008 9.332.295,04 171,08 23.253.789,24 74,50 7.213.082,64 157,982009 7.227.101,13 132,49 17.973.303,04 57,58 8.589.821,05 188,132010 9.281.429,43 170,15 20.633.514,21 66,10 8.798.524,72 192,702011 9.637.054,60 176,67 18.316.557,75 58,68 8.883.515,28 194,562012 9.067.485,01 166,23 19.154.784,61 61,37 8.911.547,68 195,182013 9.634.767,85 176,63 20.782.675,98 66,58 9.848.663,78 215,70

Fonte: MAPA, 2014. Valores em reais corrigidos para 2013 pelo IGP-DI.

Gráfico 5 – Evolução índices de preços da celulose, dólar e em real corrigido, 2003 a 2013.Fonte: MAPA, 2014.

4.4. Exportações da BovinoculturaA Tabela 4 registra um crescimento de 247,28% no valor em dólar da exportação da

bovinocultura e aumento bem mais modesto do valor em reais, de 30,91%, muito influenciado pela sua ascensão em 2012 e 2013.

A carne de boi in natura representou, em 2013, 58,6% das exportações da bovinocultura. Sua quantidade exportada sofreu muitas flutuações no período, tendo alcançado seu máximo em 2007. De 2003 a 2013 seu crescimento foi de 91,02%.

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O Gráfico 6 indica que os preços em dólar da carne bovina apresentaram nítida tendência de crescimento, ainda que seu valor tenha caído em 2009 e em 2012 e 2013. Já os preços em reais registraram seu pior momento na metade do período em análise, tendo-se recuperado no seu final.Tabela 4 – Valor da exportação brasileira da Bovinocultura, em dólar e em real corrigido pela inflação, e quantidade em toneladas de carne de boi in natura exportada, 2003 a 2013.

Ano Valor de Exportação Carne de boi in naturaMil Dólares Índice Mil Reais Def. Índice Toneladas Índice

2003 2.633.391,07 100,00 15.069.256,95 100,00 620.117,72 100,002004 3.801.782,80 144,37 19.205.099,02 127,45 925.081,54 149,182005 4.438.022,69 168,53 16.639.650,73 110,42 1.085.591,19 175,062006 5.769.475,09 219,09 19.096.701,34 126,73 1.225.422,54 197,612007 6.577.074,38 249,76 18.773.883,00 124,58 1.285.806,73 207,352008 7.171.406,25 272,33 17.869.384,63 118,58 1.022.882,95 164,952009 5.258.416,33 199,68 13.077.319,46 86,78 926.082,30 149,342010 6.520.392,57 247,60 14.495.462,57 96,19 951.254,80 153,402011 7.367.907,28 279,79 14.003.728,81 92,93 820.239,04 132,272012 7.798.742,07 296,15 16.474.603,98 109,33 945.482,30 152,472013 9.145.175,51 347,28 19.726.600,83 130,91 1.184.533,35 191,02

Fonte: MAPA, 2014. Valores em reais corrigidos para 2013 pelo IGP-DI.

Gráfico 6 – Evolução dos índices de preços da carne de boi in natura, em dólar e em real corrigido, 2003 a 2013.Fonte: MAPA, 2014.

4.5. Exportações da AviculturaA cadeia da avicultura registrou um crescimento de 314,46% no seu valor de

exportação em dólar e de 56,23% em real, entre 2003 e 2013, conforme Tabela 5.

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A carne de frango in natura significou 93,9% do valor da exportação da avicultura em 2013. Diferentemente da carne bovina, a trajetória de crescimento das exportações da quantidade de carne de frango teve flutuações menos intensas, crescendo em 84,83% no período analisado.Tabela 5 – Valor da exportação brasileira da Avicultura, em dólar e em real corrigido pela inflação, e quantidade em toneladas de carne de frango in natura exportada, 2003 a 2013.

Ano Valor de Exportação Carne frango in naturaMil Dólares Índice Mil Reais Def. Índice Toneladas Índice

2003 1.798.953,33 100,00 10.294.289,48 100,00 1.922.042,12 100,002004 2.594.883,86 144,24 13.108.324,20 127,34 2.424.520,32 126,142005 3.508.586,34 195,03 13.154.878,95 127,79 2.758.979,26 143,542006 3.203.417,72 178,07 10.603.167,63 103,00 2.584.162,02 134,452007 4.619.617,41 256,79 13.186.433,93 128,09 3.007.075,14 156,452008 6.353.243,76 353,16 15.830.724,47 153,78 3.267.888,83 170,022009 5.307.305,77 295,02 13.198.904,12 128,22 3.265.748,55 169,912010 6.254.377,20 347,67 13.904.084,69 135,07 3.460.759,58 180,062011 7.621.304,30 423,65 14.485.344,96 140,71 3.569.902,69 185,732012 7.211.201,78 400,86 15.233.443,10 147,98 3.560.370,27 185,242013 7.455.927,69 414,46 16.082.808,82 156,23 3.552.445,31 184,83

Fonte: MAPA, 2014. Valores em reais corrigidos para 2013 pelo IGP-DI. Conforme Gráfico 7, a evolução dos preços da carne de frango em dólar e em real foi

parecida com o registrado na carne bovina, embora com valores um pouco menores.

Gráfico 7 – Evolução dos índices de preços da carne de frango in natura, em dólar e em real corrigido, 2003 a 2013.Fonte: MAPA, 2014.

4.6. Exportações de Cereais, Farinhas e Preparações

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A cadeia de cereais, farinha e preparações foi a que registrou o maior crescimento do valor da exportação entre as 10 cadeias aqui analisadas. Seu valor em dólar expandiu-se em 1.403,08% e em reais em 466,58%. Duas parecem ser as principais explicações para esse fato. Primeiramente, porque as exportações iniciais dessa cadeia eram relativamente baixas. Segundo, em decorrência dos estímulos que o rápido aumento de produção de etanol pelos EUA trouxe ao mercado mundial de milho, promovendo elevação de suas cotações.Tabela 6 – Valor da exportação brasileira de Cereais, Farinhas e Preparados, em dólar e em real corrigido pela inflação, e quantidade em toneladas de milho exportada, 2003 a 2013.

Ano Valor de Exportação MilhoMil Dólares Índice Mil Reais Def. Índice Toneladas Índice

2003 482.481,83 100,00 2.760.943,00 100,00 3.561.800,94 100,002004 910.846,36 188,78 4.601.234,61 166,65 5.018.603,87 140,902005 292.421,72 60,61 1.096.388,11 39,71 1.058.393,26 29,722006 722.697,79 149,79 2.392.096,96 86,64 3.924.551,50 110,182007 2.219.880,97 460,10 6.336.523,37 229,51 10.914.633,95 306,442008 2.206.966,71 457,42 5.499.219,49 199,18 6.370.665,37 178,862009 1.818.560,32 376,92 4.522.634,34 163,81 7.765.369,79 218,022010 2.715.366,00 562,79 6.036.520,94 218,64 10.792.580,77 303,012011 4.163.724,21 862,98 7.913.734,85 286,63 9.459.471,45 265,582012 6.674.305,71 1.383,33 14.099.266,58 510,67 19.775.331,37 555,212013 7.252.064,98 1.503,08 15.643.066,76 566,58 26.610.205,94 747,10Fonte: MAPA, 2014. Valores em reais corrigidos para 2013 pelo IGP-DI.

O milho representou 86,2% das exportações da cadeia de cereais, farinhas e preparações em 2013. Sua quantidade exportada cresceu em 647,10% no período analisado, registrando salto considerável em 2012 e 2013.

Conforme Gráfico 8, o preço do milho em dólares apresentou nítida tendência de crescimento em todo o período, com quedas em 2005, 2009, 2012 e 2013. Isso não impediu que seus preços em reais caíssem, em torno de 15% no período, afetado, como outras cadeias, pela valorização cambial.

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Gráfico 8 – Evolução índices de preços do milho, em dólar e em real corrigido, 2003 a 2013.Fonte: MAPA, 2014.

4.7. Exportações de CaféConforme Tabela 7, o melhor momento alcançado em termos de valor de exportação

pela cadeia do café ocorreu em 2011, quando seu preço internacional atingiu sua maior cotação, como registrado no Gráfico 9. A quantidade de café verde, que representou 86,9% do valor de exportação da cadeia do café em 2013, não teve crescimento que chamasse a atenção, ficando abaixo do crescimento do valor da exportação em reais. Tabela 7 – Valor da exportação brasileira de Café, em dólar e em real corrigido pela inflação, e quantidade em toneladas de café verde exportada, 2003 a 2013.

Ano Valor de Exportação Café verdeMil Dólares Índice Mil Reais Def. Índice Toneladas Índice

2003 1.546.457,97 100,00 8.849.415,80 100,00 1.369.159,21 100,002004 2.058.000,51 133,08 10.396.202,45 117,48 1.410.801,00 103,042005 2.928.683,57 189,38 10.980.627,00 124,08 1.352.096,94 98,752006 3.364.154,18 217,54 11.135.198,04 125,83 1.475.716,23 107,782007 3.891.534,47 251,64 11.108.162,76 125,52 1.488.255,15 108,702008 4.763.068,65 308,00 11.868.398,29 134,12 1.566.921,03 114,442009 4.278.940,38 276,69 10.641.430,17 120,25 1.639.392,30 119,742010 5.764.620,11 372,76 12.815.307,37 144,82 1.791.070,17 130,822011 8.732.836,90 564,70 16.597.966,70 187,56 1.791.206,57 130,832012 6.462.656,55 417,90 13.652.164,20 154,27 1.503.713,24 109,832013 5.275.718,96 341,15 11.379.989,57 128,60 1.699.147,13 124,10

Fonte: MAPA, 2014. Valores em reais corrigidos para 2013 pelo IGP-DI.Ainda o Gráfico 9 pode ser citado para comprovar que os preços em real do café

apresentaram a melhor situação dos produtos de todas as cadeias analisadas, melhor mesmo que a do açúcar, registrando em todos os anos valores superiores ao de 2003.

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Gráfico 9 – Evolução dos índices de preços do café verde, em dólar e em real corrigido, 2003 a 2013.Fonte: MAPA, 2014.

4.8. Exportações de Fumo e seus ProdutosO valor em dólar da exportação da cadeia do fumo e seus produtos elevou-se em

200,11% e em real tão somente em 13,13%, entre 2003 e 2013.Tabela 8 – Valor da exportação brasileira de Fumo e seus Produtos, em dólar e em real corrigido pela inflação, e quantidade em toneladas de fumo não manufaturado exportada, 2003 a 2013.

Ano Valor de Exportação Fumo não manufaturadoMil Dólares Índice Mil Reais Def. Índice Toneladas Índice

2003 1.090.317,97 100,00 6.239.210,68 100,00 360.566,59 100,002004 1.425.826,57 130,77 7.202.710,41 115,44 447.660,97 124,152005 1.706.564,37 156,52 6.398.488,02 102,55 467.723,30 129,722006 1.751.784,35 160,67 5.798.326,88 92,93 414.006,36 114,822007 2.262.373,63 207,50 6.457.816,24 103,50 532.807,79 147,772008 2.752.032,48 252,41 6.857.389,64 109,91 506.181,19 140,382009 3.046.032,05 279,37 7.575.272,04 121,41 518.435,57 143,782010 2.762.245,96 253,34 6.140.739,61 98,42 394.425,91 109,392011 2.935.186,98 269,20 5.578.729,60 89,41 434.932,33 120,622012 3.256.987,49 298,72 6.880.286,40 110,27 472.733,97 131,112013 3.272.138,24 300,11 7.058.165,79 113,13 446.857,16 123,93

Fonte: MAPA, 2014. Valores em reais corrigidos para 2013 pelo IGP-DI.O fumo não manufaturado representou 94,6% do total do valor de exportação de toda

a cadeia. Sua quantidade exportada registrou os melhores valores no triênio 2007-2009. Os valores posteriores foram menores e no período todo o seu crescimento foi relativamente modesto, de 23,93%.

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O Gráfico 10 mostra crescimento significativo e sem maiores flutuações do preço internacional do fumo não manufaturado, de forma que sua cotação em real em apenas dois anos esteve abaixo de 80% da cotação de 2003.

Gráfico 10 – Evolução dos índices de preços do fumo não manufaturado, em dólar e em real corrigido, 2003 a 2013.Fonte: MAPA, 2014.4.9. Exportações de Sucos

A Tabela 9 revela que o crescimento de 96,89% no valor em dólar da exportação da cadeia de sucos não foi suficiente para impedir que seu valor em real caísse significativamente no período, como também se verificou no caso dos produtos florestais e na cadeia de fibras e produtos têxteis.Tabela 9 – Valor da exportação brasileira de Sucos, em dólar e em real corrigido pela inflação, e quantidade em toneladas de suco de laranja exportada, 2003 a 2013.

Ano Valor de Exportação Suco de laranjaMil Dólares Índice Mil Reais Def. Índice Toneladas Índice

2003 1.249.521,16 100,00 7.150.231,34 100,00 1.590.254,02 100,002004 1.141.376,42 91,35 5.765.781,03 80,64 1.584.057,92 99,612005 1.184.912,20 94,83 4.442.637,30 62,13 1.777.599,53 111,782006 1.569.566,91 125,61 5.195.195,40 72,66 1.772.042,53 111,432007 2.374.044,99 190,00 6.776.575,76 94,77 2.066.204,98 129,932008 2.151.782,91 172,21 5.361.714,98 74,99 2.053.915,12 129,162009 1.751.827,61 140,20 4.356.674,69 60,93 2.069.188,39 130,122010 1.925.125,45 154,07 4.279.739,85 59,85 1.977.645,10 124,362011 2.566.394,57 205,39 4.877.788,53 68,22 2.006.504,06 126,182012 2.451.464,39 196,19 5.178.643,50 72,43 1.895.038,16 119,172013 2.460.180,28 196,89 5.306.731,88 74,22 2.120.408,71 133,34

Fonte: MAPA, 2014. Valores em reais corrigidos para 2013 pelo IGP-DI.O suco de laranja ocupou 93,3% do valor de exportação da cadeia de sucos em 2013.

Sua quantidade exportada cresceu 33,34% entre 2003 e 2013.

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O Gráfico 11 mostra que a evolução dos preços internacionais não foi suficiente para impedir queda significativa no preço em real do suco de laranja. No final do período, esse preço representava menos que 60% do valor registrado em 2003.

Gráfico 11– Evolução dos índices de preços do suco de laranja, em dólar e em real corrigido, 2003 a 2013.Fonte: MAPA, 2014.4.10. Exportação de Fibras e Produtos Têxteis

Em termos do valor em dólar, a cadeia de fibras e produtos têxteis teve seu melhor momento nos anos de 2011 e 2012, quando ultrapassou US$ 2,0 bilhões. Em reais, contudo, o valor de exportação tendeu a cair, registrando em 2013 apenas 51,52% do que foi constatado em 2003.Tabela 10 – Valor da exportação brasileira de Fibras e Produtos Têxteis, em dólar e em real corrigido pela inflação, e quantidade em toneladas de algodão não cardado e não penteado exportada, 2003 a 2013.

Ano Valor de Exportação AlgodãoMil Dólares Índice Mil Reais Def. Índice Toneladas Índice

2003 1.164.703,31 100,00 6.664.871,65 100,00 175.435,42 100,002004 1.444.679,93 124,04 7.297.950,12 109,50 331.044,23 188,702005 1.532.030,19 131,54 5.744.100,27 86,18 390.963,38 222,852006 1.397.994,20 120,03 4.627.297,52 69,43 304.503,94 173,572007 1.557.662,61 133,74 4.446.258,92 66,71 419.392,67 239,062008 1.587.369,34 136,29 3.955.334,88 59,35 532.949,23 303,792009 1.260.373,72 108,21 3.134.462,68 47,03 504.916,50 287,812010 1.446.286,85 124,18 3.215.235,37 48,24 512.507,13 292,132011 2.167.641,87 186,11 4.119.903,76 61,82 758.328,06 432,252012 2.615.594,00 224,57 5.525.362,29 82,90 1.052.807,82 600,112013 1.591.836,36 136,67 3.433.670,62 51,52 572.913,34 326,57

Fonte: MAPA, 2014. Valores em reais corrigidos para 2013 pelo IGP-DI.

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O algodão não cardado e não penteado representou 69,5% do valor de exportação de toda a cadeia em 2013, contra apenas 16,2% em 2003. Sua quantidade exportada atingiu um máximo no ano de 2012 e cresceu 226,57% entre 2003 e 2013.

Como mostra o Gráfico 12 esse crescimento não se originou de estímulos de preços em real, que em 2013 estava abaixo de 70% do valor de 2003.

Gráfico 12 – Evolução dos índices de preços do algodão não cardado e não penteado, em dólar e em real corrigido, 2003 a 2013.Fonte: MAPA, 2014.

Assim como no caso da cadeia da soja, em que produtos processados como o farelo perderam importância na exportação, na cadeia do algodão parece ter ocorrido algo parecido, havendo uma espécie reprimarização de sua exportação com crescimento muito alto da importância do algodão não cardado e não penteado, que apresenta baixo nível de processamento.

5. Considerações FinaisAs exportações de origem agropecuária brasileira contaram com um fator muito

favorável no período 2003 a 2013, qual seja a tendência de elevação dos preços internacionais de seus principais produtos.

Em contrapartida, o movimento do câmbio se mostrou desfavorável às exportações, registrando-se, com exceção de 2009, uma persistente valorização da moeda nacional em relação ao dólar entre 2003 e 2011. Nos últimos dois anos da série, 2012 e 2013, verificou-se desvalorização do real. Deve-se atentar para o fato de que em 2003/04 a taxa de câmbio real/dólar estava em patamar muito alto, provavelmente em nível insustentável.

O fato do Brasil, mesmo com tendência de valorização cambial, conseguir aproveitar, acima da média das outras nações, o movimento de elevação dos preços agropecuários, aumentando sua participação nas exportações mundiais desses produtos, indica que a agricultura nacional alcançou, em termos estruturais, níveis altos de competitividade internacional.

Entre as 10 cadeias analisadas apenas três registraram queda no valor real de exportação em moeda nacional: produtos florestais, sucos e fibras e produtos têxteis. A cadeia de cereais, farinhas e preparações registrou o maior aumento nesse quesito, de quase seis vezes entre 2003 e 2013, puxada pelas exportações de milho. Contudo, deve-se considerar que

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sua base inicial era muito pequena. Entre as cadeias com valor já alto de exportação no começo da série, merece destaque o complexo sucroalcooleiro, que elevou seu valor deflacionado de exportação em real em mais de duas vezes.

Considerando-se o principal produto exportado de cada uma das cadeias, em todos eles observou-se crescimento de seus preços em dólares. Em reais corrigidos pela inflação, a evolução mais favorável foi a do café, seguido pelo preço do açúcar, enquanto a situação mais desfavorável foi observada na celulose, no suco de laranja e no algodão não cardado e não penteado.

Quanto à sua quantidade física, a grande maioria dos produtos mostrou grande crescimento, comumente dobrando suas exportações. Crescimentos mais modestos, entre 23% e 34%, foram verificados apenas nos casos do café, fumo não manufaturado e suco de laranja.

Portanto, pode-se dizer que, de maneira geral, o crescimento do valor das exportações brasileiras das cadeias aqui consideradas se deveu em parte à elevação de preços internacionais, mas também foi afetado consideravelmente pelo aumento do quantum exportado de seus principais produtos.

Convém chamar a atenção de que, pelo menos no caso do complexo soja e cadeia de fibras e produtos têxteis, pode se constatar uma perda de importância de produtos com maior grau de processamento, elevando-se a participação, respectivamente, de soja em grãos e do algodão não cardado e não penteado.

Por fim, sugerem-se alguns aprimoramentos para futuros estudos. Um deles é a correção inflacionária dos preços registrados em dólar.

Outro é considerar não apenas a relação real/dólar, mas incorporar, de acordo, com a importância no comércio exterior, outras moedas, como o euro na taxa de câmbio.

Para a maior parte das cadeias, o produto principal representou acima de 80% de seu valor de exportação em 2013. Para o complexo soja e fibras e produtos têxteis essa participação ficou próxima a 70%. Nos produtos florestais, a participação da celulose foi de 53,8% e na bovinocultura, a participação da carne de boi in natura foi de 58,6%, as mais baixas das cadeias analisadas. Pelos menos nesses casos, seria interessante que se incorporassem outros produtos na análise, além do que não dever-se-ia considerar apenas 2013 para calcular essa participação. Como já visto, no complexo soja e na cadeia de fibras e produtos têxteis houve importantes modificações na composição de exportação entre 2003 e 2013.

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