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UNIDADE DIDÁTICA
Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE/2010
Título A contribuição da Educação Ambiental na coleta
seletiva de resíduos sólidos urbanos.
Autor Valmir Zanandréa
Escola de Atuação Escola Estadual Jorge de Lima – Ensino
Fundamental
Município da escola Salto do Lontra
Núcleo Regional de Educação Dois Vizinhos
Orientadora Professora Dra. Irene Carniatto de Oliveira
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE - Campus de Cascavel.
Área do Conhecimento Ciências
Produção Didático-Pedagógica Unidade Didática
Público Alvo Professores de Ciências e Alunos da 5ª Série do
Ensino Fundamental
Localização Avenida Nicolau Inácio, 1580
Apresentação O presente material didático, aborda a Educação
Ambiental como apoio à gestão integrada de
resíduos sólidos urbanos no município de Salto
do Lontra-PR. O objetivo deste trabalho é buscar
sensibilizar os alunos para que estes
desenvolvam hábitos que possam contribuir com
o processo da coleta seletiva de resíduos.
Palavras-chave Resíduos sólidos; Educação Ambiental; Coleta
seletiva; Ensino de Ciências.
APRESENTAÇÃO
A atual crise ambiental resulta da forma inadequada que a sociedade
capitalista explora os recursos naturais para a satisfação das suas necessidades.
Esse sistema está centrado na produção e consumo, o qual gera grande quantidade
de resíduos que quando dispostos inadequadamente, podem trazer grandes
prejuízos econômicos e socioambientais. Assim, faz-se necessário buscarmos
padrões de produção e consumo mais sustentáveis.
Nessa perspectiva, o ensino de Ciências pode sensibilizar os alunos através
da Educação Ambiental voltada para a problemática dos resíduos sólidos, para que
estes desenvolvam hábitos de consumo que promovam a sustentabilidade.
A coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos possibilita o aproveitamento
destes, em processos de reciclagem e compostagem, proporcionando ganhos
econômicos, sociais e ambientais.
O presente trabalho busca contribuir com os professores da disciplina de
Ciências para que estes possam desenvolver práticas pedagógicas de Educação
Ambiental que possibilitem aos alunos a apropriação do conhecimento científico
sobre resíduos sólidos urbanos. Assim, estes poderão desenvolverem hábitos para a
correta destinação do lixo.
A crise ambiental atual é resultante de uma sociedade cada vez mais
capitalista, voltada para a produção e consumo, a qual geralmente explora os
recursos naturais de maneira irracional para a satisfação das suas necessidades.
O consumismo desenfreado acaba gerando um grande volume de resíduos
que quando dispostos inadequadamente, podem trazer grandes prejuízos
econômicos e socioambientais.
Assim, faz-se necessário buscarmos padrões de produção e consumo mais
sustentáveis para preservarmos os recursos naturais que serão utilizados pelas
presentes e futuras gerações.
Nessa perspectiva, o ensino de Ciências deve a promover a Educação
Ambiental para sensibilizar os alunos em relação à problemática dos resíduos
sólidos, desenvolvendo hábitos de consumo que promovam a sustentabilidade.
Os resíduos produzidos diariamente nos diversos ambientes sociais, em
especial nas residências e na própria escola, representam grande risco para a saúde
pela proliferação de vetores de doenças e para o meio ambiente, com a
possibilidade de contaminação do solo, da água e do ar. No entanto, a coleta
seletiva e a reciclagem destes podem proporcionar diversos impactos positivos que
geram emprego, renda e preservação dos recursos naturais.
OBJETIVOS
Objetivo geral
Desenvolver a educação ambiental no âmbito escolar de maneira integrada
com a coleta seletiva, para a destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos no
município de Salto do Lontra-PR.
Objetivos específicos
- Desenvolver estratégias para que os professores possam trabalhar a educação
ambiental voltada para a coleta seletiva dos resíduos sólidos urbanos;
- Sensibilizar os alunos para que estes promovam nas suas residências a separação
dos resíduos com a perspectiva de preservação ambiental através da destinação
adequada dos mesmos;
- Subsidiar os professores de ciências com materiais para o trabalho de Educação
Ambiental na Escola.
UNIDADE DIDÁTICA
QUESTÕES PROBLEMATIZADORAS
1º - O que você entende por resíduos sólidos?
2º- Como os resíduos sólidos da sua casa são destinados?
3º- A disposição inadequada de resíduos sólidos pode causar problemas? Quais?
4º O que é coleta seletiva de resíduos sólidos?
5º Como você pode contribuir para a coleta seletiva de resíduos sólidos?
6º Qual é a importância da reciclagem?
FUNDAMENTAÇÃO
A crise ambiental global, não é ecológica, mas social, desencadeada pela
ação antrópica predatória sobre o planeta, onde a natureza responde em um
processo inverso. O homem age, a natureza reage (CARNIATTO, 2007).
De acordo com Brasil (2007), no ano de 1987, a Comissão Mundial de Meio
Ambiente e Desenvolvimento criou a definição de desenvolvimento sustentável
como sendo “a capacidade de satisfazer as necessidades presentes, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de suprirem suas próprias
necessidades”. Porém, atualmente esta definição é bastante contraditória, pois o
desenvolvimento econômico tem produção e consumo desenfreados, esgota a
capacidade da Terra e torna a vida insustentável. Vários documentos, como o
Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade
Global e a Carta da Terra dizem que precisamos da Terra, da sociedade e da vida
humana sustentáveis.
Nessa perspectiva, para o desenvolvimento ser efetivamente sustentável,
este deve abranger conjuntamente os aspectos econômicos, sociais e ambientais,
como mostra a Figura 1:
Figura 1: Esquema do modelo de desenvolvimento sustentável. Fonte: http://andrews102g32007.wordpress.com/2007/09/12/25/
Rocco (2002, p.36), cita o caput do artigo 225 da Constituição Federal do
Brasil de 1988 em que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para a presente e futuras gerações”.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E OS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Córdula (2010) diz que a Educação Ambiental tem como prioridade trabalhar
em prol da qualidade de vida e da sustentabilidade para as atuais e as futuras
gerações, através da diagnose de problemas que afetam o meio ambiente pelas
diversas ações antrópicas que o modificam, as quais estão ligadas à falta de
consciência, respeito e do pleno exercício da cidadania na sociedade.
Nesse sentido, a percepção dos problemas socioambientais torna-se cada
vez mais evidente, fazendo com que a humanidade reflita mais sobre o seu modelo
de crescimento econômico. Essa reflexão busca soluções para que a economia
possa se desenvolver de forma racional, sem com isso comprometer a garantia dos
recursos naturais. Esse modelo é denominado de desenvolvimento sustentável.
A Lei 9.795 de 27 de abril de 1999 dispõe sobre a educação ambiental,
institui a Política Nacional de Educação Ambiental e, em seu artigo 1o define
educação ambiental como:
Os processos pelo meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem como uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (ROCCO, 2002, p.225).
Conforme Pereira e Fernandes (2009), a Educação Ambiental surge como
uma proposta para que a sociedade tome consciência do real e dramático problema
que ora vivenciamos, abordando a importância de um desenvolvimento baseado na
sustentabilidade de seus recursos e considerando que o meio ambiente equilibrado
é fator determinante para a melhoria da qualidade de vida.
Para Carniatto (2007), toda a educação deve ser Ambiental e esta deve
identificar, explicitar as contradições da sociedade atual, construir conceitos que
possibilitem as transformações da sociedade, através da construção do
conhecimento que possibilite a mediação entre culturas e os interesses dos
diferentes grupos sociais, bem como na gestão de conflitos existentes.
Para Seiffert (2009), a aplicabilidade da educação ambiental de forma efetiva
está vinculada a políticas públicas educacionais compatíveis, que possibilitem
mudanças culturais que proporcionem melhorias nos hábitos e posturas de uma
determinada sociedade.
Segundo Eigenheer (2008, p. 1):
É fundamental desenvolver atividades de educação ambiental no sentido de motivar uma maior participação do cidadão no sistema de limpeza municipal, mostrando-lhe as conseqüências ambientais, econômicas e sociais de atos simples e diários como o correto acondicionamento de nossos resíduos, a observância dos horários de coleta, o não jogar lixo nas ruas, o varrer e conservar limpas as calçadas – medidas que há décadas são incentivadas, sem grande sucesso. Sabemos que isso seria decisivo para uma eficiente gestão municipal de resíduos.
Ainda, de acordo com Eigenheer (2008), na educação ambiental não
devemos abordar a questão dos resíduos voltada basicamente para a crítica
socioambiental, para o modelo produtivo, ainda que em nome de defensáveis teses
e utopias sociais. Certamente o tema “resíduos sólidos” nos ajuda a desenvolver, e
mesmo a visualizar, essas relevantes questões. Entretanto, o cotidiano da limpeza
urbana é também uma realidade a ser discutida e enfrentada independentemente de
diferenças sociais ou políticas. Para que sua implementação tenha eficácia,
necessita de práticas adequadas por parte dos cidadãos e ações municipais dentro
dos orçamentos existentes para esse fim.
Mano, Pacheco e Bonelli (2005 p.113) comentam que “o gerenciamento da
destinação dos resíduos urbanos é um conjunto de ações normativas, operacionais,
financeiras e de planejamento para a disposição do lixo de forma ambientalmente
segura, utilizando tecnologias compatíveis com a realidade local”.
COLETA SELETIVA
Os resíduos sólidos urbanos constituem-se como uma das maiores
problemáticas das cidades brasileiras, principalmente pela gestão inadequada
destes resíduos. Todavia, a coleta seletiva dos resíduos sólidos urbanos é uma das
melhores maneiras para dar destino adequado aos mesmos, porém, para que a
implementação da coleta seletiva tenha sucesso, faz-se necessário o trabalho
integrado de Educação Ambiental junto à comunidade.
A coleta seletiva é um sistema de recolhimento de materiais potencialmente
recicláveis, inorgânicos e orgânicos. Para a obtenção de resultados satisfatórios, a
coleta seletiva deve estar baseada no seguinte tripé:
tecnologia: desde a coleta, separação, armazenamento até reciclagem;
mercado: para absorção total dos materiais recuperados;
conscientização: motivar o envolvimento da população no processo.
De acordo com CONAMA (2001) através da Resolução 275/2001, a qual
estabelece o código de cores a ser adotado na identificação de coletores e
transportadores, para os diferentes tipos de resíduos, bem como nas campanhas
informativas para a coleta seletiva.
Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da
administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades
paraestatais, devem seguir o padrão de cores estabelecido no anexo desta
resolução. Fica recomendada a adoção de referido código de cores para programas
de coleta seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas,
igrejas, organizações não-governamentais e demais entidades interessadas.
A Tabela 1 representa o anexo da Resolução 275/2001do CONAMA, o qual
estabelece o padrão de cores para a coleta seletiva de resíduos:
COR LEGENDA TIPOS DE RESÍDUOS
AZUL papel/papelão;
VERMELHO plástico;
VERDE vidro;
AMARELO metal;
PRETO madeira;
LARANJA resíduos perigosos;
BRANCO resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
ROXO resíduos radioativos;
MARROM resíduos orgânicos;
CINZA resíduo geral não reciclável ou misturado, ou
contaminado não passível de separação.
Tabela 1: Padrão de cores para a coleta seletiva de resíduos Fonte: CONAMA, 2001.
AGENDA 21
De acordo com Paraná (2006, p.24), a coleta seletiva está baseada em uma
das linhas propostas pela Agenda 21.
A Agenda 21é um conjunto de compromissos e ações sustentáveis para o
Século XXI. Ela foi assinada na Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Na
Agenda 21 estão definidos os compromissos assumidos por 179 países, com
objetivo de construir um novo modelo de desenvolvimento que resulte na melhoria
de qualidade de vida para a humanidade, que seja econômica, social e
ambientalmente sustentável. Em 2002, foi criada a Agenda 21 Brasileira, com a
participação de cerca de 40 mil pessoas. Esta Agenda 21 tem como referência a
Carta da Terra, um documento internacional que trata de como cuidar do nosso
Planeta. (BRASIL, 2007).
Precisamos ainda reformular a nossa concepção a respeito do lixo. Não podemos continuar pensando que o saco de lixo é o fim do problema, quando é apenas o começo. Não podemos mais encarar o lixo como um “resto inútil”, e sim como algo a ser transformado em nova matéria prima para retornar ao ciclo produtivo de forma salutar (MMA/IDEC, 2002, p.98).
Segundo Braga et al (2005), os resíduos sólidos de uma área urbana são
constituídos por certos tipos de resíduos (mistura de resíduos produzidos nas
residências, comércio e serviços e nas atividades públicas, na preparação de
alimentos, no desempenho de funções profissionais e na varrição de logradouros),
os quais são chamados vulgarmente de “lixo”, incluindo-se também resíduos
especiais, geralmente mais problemáticos e perigosos, provenientes das atividades
industriais e médico-hospitalares.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
Braga et al (2005) destacam ainda que a Norma Brasileira NBR 10.004
caracteriza como resíduos sólidos todos os tipos de resíduos que se apresentam
nos estados sólido e semi-sólido que resultem das diversas atividades da
comunidade, de origem: industrial, doméstica hospitalar, comercial, agrícola, de
serviços e varrição. Incluindo-se também os lodos gerados em sistemas de
tratamento de água e controle de poluição, além de determinados líquidos em que
seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos de água seja inviável.
A NBR 10.004, distingue os resíduos em três classes, conforme mostra a
tabela 2:
CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS
Classe I ou Perigosos
São aqueles que, isoladamente ou por mistura, em função de suas características de toxicidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, radioatividade e patogenicidade em geral podem apresentar riscos à saúde pública ou efeitos adversos ao meio ambiente, se manuseados ou dispostos sem os devidos cuidados.
Classe II ou Não-Inertes
São aqueles que não se enquadram nas classes I e III.
Classe III ou Inertes São aqueles que não se solubilizam ou que não tem nenhum dos seus componentes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, quando submetidos a um teste padrão de solubilização (conforme NBR 10.006 – solubilização de resíduos).
Tabela 2: Classificação dos resíduos segundo a NBR 10.004. Fonte: BRAGA, 2005, p.147. Adaptado pelo autor.
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
No gerenciamento dos resíduos sólidos é indispensável levar em
consideração às classes a que cada resíduo está vinculado, para a sua correta
disposição final. Neste sentido, o papel fundamental da Educação Ambiental
possibilitando a discussão, compreensão e a participação efetiva da
comunidade na seleção dos resíduos por ela gerados.
A questão do lixo vem sendo apontada pelos ambientalistas como um dos mais graves problemas ambientais urbanos da atualidade, a ponto de ter-se tornado objeto de proposições técnicas para seu enfrentamento e alvo privilegiado de programas de educação ambiental na escola brasileira (LAYRARGUES, 2009, p.179).
Paraná (2006) conceitua o Gerenciamento Integrado de Resíduos (GIR)
como sendo a adoção de um conjunto articulado de ações normativas, operacionais,
financeiras e de planejamento, baseadas em critérios sanitários, ambientais e
econômicos, afim de coletar, tratar e dispor os resíduos sólidos, buscando conhecer
o ciclo completo destes, da geração até o destino final.
Conforme Paraná (2006), a reciclagem considera os resíduos gerados pela
sociedade, como matéria-prima, a qual passa por uma série de processos. Os
materiais, a princípio rejeitados são coletados, tratados, processados e
transformados em novos produtos. O consumo desenfreado da sociedade atual
proporciona a degradação e desperdício dos recursos naturais. A redução do
desperdício e a preservação destes recursos só serão possíveis através do
esclarecimento da população quanto á importância na mudança de seus hábitos e
das dificuldades de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos por ela gerados.
O QUE É E O QUE NÃO É RECICLÁVEL?
São considerados recicláveis aqueles resíduos que constituem interesse de
transformação, que têm mercado ou operação que viabiliza sua transformação
industrial. Para citar um exemplo: fraldas descartáveis são recicláveis, mas no
Brasil não há essa tecnologia (ainda). Portanto não há destino alternativo aos lixões
e aterros sanitários para fraldas descartáveis no Brasil. Logo, fraldas descartáveis
não se configuram como materiais recicláveis no nosso contexto. Este exemplo
também é bom para demonstrar como não há “receita de bolo” e a importância de
o programa de coleta seletiva ter coerência com a realidade local, isto é, a
realidade social, ambiental e econômica.
Na lista abaixo há materiais ditos não recicláveis que em certas regiões tem
compradores, podendo ser considerados,portanto, recicláveis.
Atenção: não é necessário separar por cores. Basta separar os recicláveis
dos não recicláveis (lixo seco e lixo úmido).
PAPEL
Recicláveis Não Recicláveis
Folhas e aparas de papel Jornais Revistas Caixas Papelão Formulários de computador Cartolinas Cartões Envelopes
Fita Crepe Papel carbono Fotografias Papel toalha Papel higiênico Papéis engordurados Metalizados Parafinados Plastificados Papel de fax
Cuidados Especiais: Devem estar limpos e, se possível, reduzidos a um menor volume (amassados).
PLÁSTICO
Recicláveis Não Recicláveis
Tampas Potes de alimentos PET Garrafas de água mineral Recipientes de Limpeza Higiene PVC Sacos plásticos Brinquedos Baldes
Cabo de panela Tomadas Adesivos Espuma Teclados de computador Acrílicos Possivelmente recicláveis: Isopor tem reciclagem em algumas localidades.
Cuidados especiais: Potes e frascos limpos e sem resíduos para evitar animais transmissores de doenças próximo ao local de armazenamento.
METAL
Recicláveis Não Recicláveis
Latas de alumínio Latas de aço: óleo, sardinha, molho de tomate. Ferragens Canos Esquadrias Arame
Clipes Grampos Esponja de aço Latas de tinta ou veneno Latas de combustível Pilhas Baterias
Cuidados especiais:
Devem estar limpos e, se possível, reduzidos a um menor volume (amassados).
Fonte: http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=136&Itemid=243
LIXÃO E ATERRO SANITÁRIO
Você sabe a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário?
Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma
preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes
líquidos - o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra pela terra
levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Moscas,
pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda,
crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender.
No lixão o lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências
ambientais e sociais negativas.
Fonte: http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=144&Itemid=251
Figura 2: Esquema do modelo de um lixão e a contaminação que produz. Fonte: http://andrews102g32007.wordpress.com/2007/09/12/25/
VIDRO
Recicláveis Não Recicláveis
Potes de vidro Copos Garrafas Embalagens de molho Frascos de vidro
Planos Espelhos Lâmpadas Cerâmicas Porcelanas Cristal Ampolas de medicamentos
Cuidados especiais:
Devem estar limpos e sem resíduos. Podem estar inteiros ou quebrados. Se quebrados devem ser embalados em papel grosso (jornal ou craft).
ATERRO CONTROLADO
Já o aterro controlado é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro
sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama (idealmente selado com manta impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e captação de chorume e gás. Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos com uma impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração ou saibro. Tem também recirculação do chorume que é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra ou eventuamente outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação de tratamento para este efluente.
Fonte: http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=144&Itemid=251
Figura3: Modelo de aterro controlado. Fonte:http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=144&Itemid=251
ATERRO SANITÁRIO
Mas a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos é o aterro sanitário que
antes de iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente com o
nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, esta
extremamente resistente. Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol
freático não será contaminado pelo chorume. Este é coletado através de drenos de PEAD,
encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação
é recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Depois desses seis meses, quando a vazão e
os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado
para a estação de tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do
aterro controlado prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores,
mau cheiro e poluição visual.
Fonte: http://andrews102g32007.wordpress.com/2007/09/12/25/
Figura 4: Esquema do modelo de um Aterro Sanitário.
Fonte: http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=144&Itemid=251
A Figura 5 apresenta o tempo médio de decomposição de alguns materiais:
Figura 5: Esquema do tempo médio de decomposição de alguns materiais. Fonte: http://bancodeatividades.blogspot.com/2011/06/datas-comemorativas-meio-ambiente_05.html
O QUE FAZER COM PILHAS E BATERIAS?
Fonte: http://www.lixo.com.br/documentos/coleta%20seletiva%20como%20fazer.pdf
Ainda de acordo com Mano, Pacheco e Bonelli (2005), para atingir o objetivo
do gerenciamento dos resíduos urbanos, deve-se adotar um conjunto de ações
normativas, operacionais, financeiras e de planejamento para a disposição do lixo de
forma ambientalmente segura através da utilização de tecnologias compatíveis com
a realidade local. Assim, esse objetivo propõe adotar a filosofia do 3R, que significa
reduzir, reutilizar e reciclar.
A reciclagem não é a forma mais adequada para destinar os resíduos sólidos,
pois antes da reciclagem o ideal seria buscarmos primeiramente reduzir a geração
de resíduos ou quando estes forem gerados procurar reutilizá-los.
COMPOSTAGEM
A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há
mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que natureza faz a bilhões de
anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores.
Seguindo o exemplo da floresta, onde observamos que cada resíduo, seja ele
de origem animal ou vegetal, é reaproveitado pelo ecossistema como fonte de
nutrientes para as plantas que, em última análise, são o sustentáculo da vida
R e s o l u ç ã o C O N A M A n º 2 5 7 , d e 2 2 / 0 7 / 9 9 , c o m p l e m e n t a
d a p e l a d e n º 2 6 3 , d e 1 2 / 11 / 1999 .
Devem ser devolvidas aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede
de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias dos seguintes
materiais:
- Baterias de celular;
- Baterias automotivas;
- Baterias industriais;
- As pilhas que não atenderem os limites da resolução.
As pilhas de uso comum, como as vendidas em supermercados – alcalinas
comuns e as de tipo botão usadas em relógios, calculadoras ou marca-passos
– devem ser descartadas no lixo comum, objeto de coleta pública
terrestre. Pois bem, quando procedemos com a compostagem estamos
seguindo as regras da natureza e destinando corretamente nossos resíduos.
Tradicionalmente a compostagem é vista como uma prática usual em
propriedades rurais e centrais de reciclagem de resíduos. No primeiro caso é
uma estratégia do agricultor para transformar os resíduos agrícolas em
adubos essenciais para a prática da agricultura orgânica. No segundo é uma
necessidade administrativa, que tem a intenção de diminuir o volume do
material a ser gerenciado além de estabilizar um material poluente.
No espaço urbano existe a crença de que lixo deve ser recolhido pela
prefeitura e despejado em algum local onde possa feder e sujar a vontade.
Esta realidade perversa está sendo mudada, graças às ações práticas de
alguns municípios e pelos avanços nas leis e normas ambientais em nosso
país. Mas o que nós cidadãos podemos fazer em nossas casas para colaborar
neste processo?
Uma coisa muito boa que podemos fazer em nossas casas e
apartamentos é a compostagem. Diferentemente dos agricultores que
precisam de adubos para os seus cultivos ou das prefeituras que precisam se
livrar desses resíduos; nós em casa podemos começar simplesmente tentando
diminuir a quantidade de lixo orgânico emitido para a prefeitura. É claro que só
é possível isto em casas onde o lixo é separado.
Fonte: Alexandre de Freitas. Fundação Gaia - www.fgaia.org.br em http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=147&Itemid=254
A maioria dos resíduos produzidos nas residências é constituído de materiais
orgânicos. Esses resíduos, em seu estado natural, não têm nenhum valor para a
agricultura, porém, após passarem pelo processo de compostagem eles
transformam-se em adubo orgânico de alta qualidade.
ETAPAS PARA COMPOSTAGEM
A escolha do local:
- Local de fácil acesso;
- Próximo a uma fonte de água (para facilitar a rega);
- Local para armazenamento temporário dos resíduos antes da compostagem;
- Colocar sobre a terra uma superfície impermeabilizada;
Lugares Secos:
- Preferencialmente a composteira deve estar abaixo de uma árvore (evitando a
secagem e o arrefecimento do composto).
- Cobrir a pilha com uma lona plástica (para evitar o excesso de água).
Lugares Úmidos:
A maior parte do lixo produzido em sua casa é constituída de materiais
putrescíveis. Esses resíduos, em seu estado natural, não têm nenhum valor
agrícola, no entanto, após passarem pelo processo de compostagem eles podem se
transformar em excelente adubo orgânico.
Uma outra forma de reciclar os resíduos orgânicos sem usar um compostor,
consiste em escavar um buraco na terra com cerca de 60 cm de diâmetro e 25/40
cm de profundidade e aí colocar os resíduos orgânicos, cobrindo-os em seguida com
uma camada de terra ou folhas secas.
Alguns materiais que não devem ser usados na compostagem, como:
madeira tratada com pesticidas, vidro, metal, óleo, tinta, couro e plástico. Os que
podem ser compostados classificam-se de uma forma simplificada em castanhos e
verdes. são aqueles que contêm maior proporção de carbono. são os que têm maior
proporção de azoto, como restos de cozinha e relva fresca.
Fonte: http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/cors/Mini_Versao_Verde.pdf
As Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Básica - DCE, para o
Ensino de Ciências no Estado do Paraná, destaca que as relações entre os seres
humanos com os demais seres vivos e com a natureza ocorrem em função da busca
de condições mais favoráveis à sobrevivência. Assim, a interferência do ser humano
sobre a natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e
valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente ao longo do tempo
(PARANÁ, 2008).
Fonte: http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=142&Itemid=249
Nessa perspectiva, a gestão integrada dos resíduos sólidos representa um
grande desafio para o município de Salto do Lontra-PR, onde tanto a escola quanto
a comunidade podem exercer um papel fundamental no processo da coleta seletiva
do lixo, contribuindo assim para a conservação e preservação do meio ambiente.
Diante do contexto apresentado, o presente trabalho buscará por meio da
intervenção pedagógica levar os alunos da Escola Estadual Jorge de Lima - Ensino
Fundamental, localizada na cidade de Salto do Lontra/PR, a compreender a
importância da destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos, bem como
sensibilizar os educandos para que estes desenvolvam hábitos corretos
relacionados ao consumo sustentável.
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é a maneira de conceber, implementar e
administrar sistemas de Limpeza Pública considerando uma ampla participação
dos setores da sociedade com a perspectiva do desenvolvimento sustentável. A
sustentabilidade do desenvolvimento é vista de forma abrangente, envolvendo
as dimensões ambientais, sociais, culturais, econômicas, políticas e
institucionais. Isso significa articular políticas e programas de vários setores da
administração e vários níveis de governo, envolver o legislativo e a comunidade
local, buscar garantir os recursos e a continuidade das ações, identificar
tecnologias e soluções adequadas à realidade local.
ATIVIDADES: PASSO A PASSO
1ª ATIVIDADE
Considerando o tempo estimado de decomposição dos materiais pela
natureza, complete O quadro abaixo:
Material Tempo de Decomposição
Papel
Pano
Filtro de cigarro
Chiclete
Madeira pintada
Nylon
Plástico
Metal
Borracha
Vidro
2ª ATIVIDADE
Experiência prática sobre decomposição do lixo para ser realizada em sala de
aula durante um período de 5 dias.
Materiais:
.terra
.copinhos descartáveis
.materiais para preencher os copos.
Coloque terra no fundo de cada copinho (de acordo com os materiais que voce vai deixar
em análise).
Em cima da terra coloque os materiais, cada copo abrigará um material.
Sugestões:
>papel de bala
>aparas de lápis
>pacote de salgadinho (amostra cortada em pedacinhos)
>garrafa PETI (amostra cortada em pedacinhos)
>alimentos (ex.: pão, tomate, outro alimento que se decomponha mais rapidamente).
Explique às crianças o objetivo da observação, que a terra dentro dos copinhos representa
o nosso planeta quando recebe o lixo que as pessoas produzem diariamente.
Deposite os materiais, um em cada copinho para observação diária das crianças.
Ao final da semana, os alimentos estarão em estado de putrefação enquanto os demais
materiais permanecerão intactos.
Explique às crianças que o mesmo acontece com o que jogamos no lixo todos os dias:
que alguns materiais levam centenas de anos para se decomporem e por isso poluem
muito o meio ambiente.
Fonte: http://bancodeatividades.blogspot.com/2011/06/datas-comemorativas-meio-ambiente_05.htm
3ª ATIVIDADE
Como montar a composteira que ocupa pouco espaço
Entre os muitos modelos de composteira existentes, destacamos os
engradados de pvc (lembra das caixas plásticas usadas em supermercados para o
transporte das compras?). Com dois ou três engradados podemos montar um
sistema de compostagem bem eficiente e que não ocupa muito espaço. Vamos ver
isto passo a passo:
1. Forre por dentro um engradado de pvc (destes que usamos para carregar as
compras no supermercado) com uma camada espessa de jornal bem úmido, mais
ou menos 6 ou 8 folhas. Depois de acomodar estas folhas de jornal faça furos no
fundo.
2. Preencha o fundo deste engradado com composto já pronto e com minhocas.
Faça uma camada de mais ou menos 10 cm de espessura. Nos supermercados e
em floriculturas encontramos um produto genericamente chamado de húmus de
minhoca. Um bom húmus sempre tem alguns ovos e filhotes de minhoca que
sobrevivem ao peneiramento e à embalagem.
3. Escolha no seu lixo orgânico algumas porções de cascas de frutas ou folhas de
verduras, não muito.
4. Enterre este material no composto. Isto vai servir para avaliar a quantidade de
minhocas que existe neste material, já que elas serão atraídas pela comida (lixo
orgânico).
5. Cubra tudo com mais uma camada de jornal úmido. O jornal tem que estar
sempre úmido, caso contrario roubará água do material que esta sendo compostado
e este não ficará pronto em poucas semanas.
6. Providencie uma tampa para o seu composto. Isto evitará a proliferação de
moscas e baratas além de servir de barreira para um eventual rato.
7. Agora uma parte bem importante! Observe por alguns dias quanto tempo as
pequenas minhocas levam para comer uma determinada quantidade de lixo
orgânico. Esta é a capacidade de reciclagem da sua composteira. À medida que as
minhocas vão crescendo e se reproduzindo o consumo de resíduo orgânico vai
aumentando. Uma minhoca vermelha do composto (Eisenia foetida) pode comer o
próprio peso em um único dia, além disso com apenas três meses elas já estão se
reproduzindo, podendo depositar um casulo a cada semana. Cada casulo desses
pode gerar de quatro a doze pequenas minhocas que já nascem prontas para comer
muito pelo resto da vida. Uma composteira doméstica pode ser considerada eficiente
quando os resíduos orgânicos somem totalmente em menos de duas semanas.
Outra técnica muito usada por jardineiros experientes para avaliar um composto é a
quantidade de ruídos que este pode produzir. Difícil de acreditar? Então
experimente, quando seu composto estiver produzindo um pequeno ruído que
lembra um líquido escorrendo é sinal de que as minhocas estão trabalhando a todo
vapor. Daí para frente é um processo contínuo e crescente.
O que fazer quando a composteira está cheia?
8. O que acontece com as composteiras domésticas é que elas sempre têm uma
quantidade de material pronto, uma parcela de material em processo de
decomposição e uma porção diária de lixo orgânico ainda fresco. Isto dificulta
bastante a coleta do material que já está pronto para o uso. Para este problema
temos uma solução. Veja a seguir:
9. Um engradado composteira vai sendo lentamente preenchido e as minhocas vão
comendo e reciclando material de baixo para cima. Bem, um dia nosso engradado
estará completamente cheio, com material já reciclado no fundo e lixo fresco junto à
superfície. Isto é inevitável, mas uma maneira de contornar este problema é
simplesmente forrar as laterais de um novo engradado e empilhar sobre o primeiro.
Assim, dê continuidade ao processo colocando uma porção do composto cheio de
minhocas no fundo do segundo engradado e siga o processo normalmente. Desta
forma as minhocas continuarão trabalhando no sentido vertical e em algumas
semanas a sua primeira caixa estará completamente reciclada e você terá mais ou
menos 25 Kg de adubo orgânico de primeiríssima qualidade.
Onde colocar a composteira
10. A composteira de engradados de pvc não deve ser colocada em locais sem
ventilação. Não devemos desperdiçar locais ensolarados com a compostagem que
dispensa a luz solar; as plantas sim precisam dela. Os engradados de compostagem
devem ser colocados sobre um suporte que pode ser desde um simples e pouco
eficiente jornal, até bandejas ou caixas que possam coletar e canalizar o chorume
(líquido que escorre do composto) completamente. Um bom composto deve produzir
muito pouco ou nenhum chorume. Mas quando regamos o composto no verão isto é
inevitável. Por garantia podemos acomodar nossos engradados sobre uma bandeja
plástica, de metal ou de madeira, de pelo menos 5 centímetros cheia de brita,
cascalho ou areia bem grossa. O importante é que o composto tenha o mínimo
contato com o chorume.
11. Sofisticando um pouco mais podemos construir um suporte de concreto ou
tijolos e cimento que tenha pelo menos 40 centímetros de altura e onde possamos
encaixar os engradados. Devemos cuidar para tenha um dreno (furo) no fundo e
então podemos preencher metade da altura com carvão vegetal (aquele que
compramos para fazer churrasco) e logo por cima despejamos a mesma quantidade
de brita, e por cima da brita acomodamos os engradados. Desta forma o eventual
chorume escorre pela brita até a camada de carvão onde é desodorizado e
ligeiramente filtrado. Evitando sujeira na sacada ou na área de serviço. Para
composteiras feitas diretamente na terra este problema praticamente não existe já
que o solo absorve o chorume.
O que pode ser compostado e como usar o composto gerado
12. Praticamente qualquer coisa orgânica é passível de compostagem.
Preferencialmente devemos usar os resíduos orgânicos vegetais crus gerados em
nossa cozinha, os restos de comida podem e devem ser compostados, porém
devemos lembrar que o sal pode diminuir a qualidade de nosso composto tornando-
o mais salino do que o conveniente. Pensando ecologicamente o certo é não termos
restos de comida, um pouco de organização pode evitar desperdícios e viabilizar a
prática da compostagem domiciliar de forma totalmente eficiente. Mas quando não
conseguimos comer tudo o que preparamos o destino mais adequado para os restos
de comida é a composteira. Ossos podem ser compostados, principalmente os
cozidos. Já a carne crua não é o melhor material pois pode cheirar mal dentro da
composteira. O jornal e outros papeis velhos podem ser usados sem problemas,
mas devemos lembrar que o jornal limpo se presta muito mais para a reciclagem
(fabricação de um novo papel) do que para a compostagem. Então devemos usá-lo
com sabedoria.
13. Os resíduos sanitários (papel higiênico, fraldas, absorventes,...) não devem ser
utilizados para compostagem, sua coleta deve ser junto com o material orgânico e
vai para o aterro sanitário. Quem sabe um dia será compostado.
14. Após o composto estar pronto você pode usá-lo em suas flores, folhagens,
hortaliças e temperos. Aplique de acordo com a necessidade de cada espécie de
planta. Samambaias em geral e folhagens tropicais gostam de doses bem fartas de
composto, algo em torno de um quarto do volume do vaso ou da floreira. Devemos
repor um pouco de composto na superfície a cada estação, e depois de um ou dois
anos é melhor refazer tudo (esta recomendação não vale para todas as plantas). Em
gramados podemos usar até cinco quilos por metro quadrado no final do inverno e
nas violetas no início de cada estação devemos aplicar na superfície da terra uma
colher de sopa bem cheia de composto, misturada com uma colher de cafezinho, de
farinha de osso (faça a sua com cascas de ovo ou compre uma de boa qualidade).
Vale lembrar que plantas aromáticas gostam de solos bem drenados e com pouco
composto (use a farinha de osso nestas plantas também).
15. Um engradado de pvc é capaz de compostar o resíduo orgânico gerado por até
três pessoas. Para uma família maior é só aumentar o número de caixas. É
preferível fazer duas pilhas de engradados do que empilhar muitos. Se a família
dispõe de um pátio com terra poderá optar por um modelo mais convencional de
composteira feita de tijolos ou madeira. Tijolos bem empilhados podem gerar uma
ótima composteira mas por segurança podemos uní-los com cimento ou barro bem
amassado. Composteiras de quintal devem ser feitas uma ao lado da outra
formando compartimentos que vão sendo preenchidos com resíduos orgânicos um
de cada vez. Assim, as minhocas vão reciclando o material a cada compartimento
preenchido, seguindo o mesmo procedimento anterior.
Dicas ao Professor
Ensine para as crianças e também para seus amigos que a compostagem
domiciliar é uma continuidade da separação do lixo, e coopera com a coleta seletiva
para a diminuição dos aterros sanitários e lixões. No composto as crianças poderão
aprender muitas coisas sobre a natureza com os muitos tipos de pequenos animais
e fungos que surgirão junto com as minhocas. Os ácaros, tatuzinhos, besouros,
pequenas aranhas e tantos outros animais do composto são essenciais para este
processo, eles formam um pequeno ecossistema que vai se equilibrando com o
tempo. Até as formigas ajudam quando não estão em excesso. Como podemos ver
a compostagem é uma prática interessante, viável na maioria dos espaços, e um ato
de cidadania, especialmente quando fazemos isto pensando em todo o nosso lixo
orgânico que ao invés de feder e poluir vai gerar mais verde e mais vida. Não é
incrível termos um pequeno ecossistema dentro de casa?
Fonte: Alexandre de Freitas. Fundação Gaia - www.fgaia.org.br
Disponível em: http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=147&Itemid=254
4ª ATIVIDADE
A UTILIDADE DA RECICLAGEM Objetivos:
Perceber que a reciclagem é essencial e necessária; Identificar a utilidade dos produtos minerais na fabricação de alumínio; Observar que empresas públicas e/ou privadas desempenham grande papel
na manutenção da reciclagem.
Desenvolvimento:
Produção de cartazes relacionados ao lixo seco e úmido (em grupos); Elaboração de perguntas, pelos grupos, para serem respondidas pelos
demais; Troca das perguntas pelos grupos, para serem respondidas; Retorno das perguntas, com respostas, para o grupo de origem; Debate e pesquisa sobre o assunto nos jornais.
5ª ATIVIDADE
QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO
1) Na sua casa, na sala de aula, no pátio da escola, você contribui com a
limpeza? Como?
2) O que significa o termo RESIDUOS para você?
3) Você faz a coleta seletiva em sua casa? Como?
4) Você já viu/ usou as lixeiras de coleta seletiva? Onde?
5) Pinte as lixeiras de acordo com as cores estabelecidas corretamente:
6) Na sua escola, em qual disciplina você já ouviu falar sobre Educação
Ambiental?
7) De que forma os professores trabalharam Educação Ambiental com
vocês?
8) Explique o que é compostagem?
ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR
O presente Material Didático aborda a problemática dos resíduos sólidos
urbanos e propõe estratégias para que os professores possam trabalhar a Educação
Ambiental voltada para a coleta seletiva destes resíduos.
O conteúdo proposto tem por objetivo subsidiar os professores na preparação
de suas aulas e assim, possam sensibilizar os alunos para que estes promovam nas
suas residências a separação dos resíduos sólidos com a perspectiva de
preservação ambiental através da destinação adequada dos mesmos.
O trabalho de Educação Ambiental deve ser um processo contínuo,
trabalhado em todas as séries do ensino fundamental, para que o aluno possa
desenvolver uma consciência ambiental voltada para a sustentabilidade.
AVALIAÇÃO
O ensino de ciências, através da Educação Ambiental, pode proporcionar aos
alunos o desenvolvimento de hábitos de consumo que promovam a sustentabilidade.
Nesse sentido, a escola deve sensibilizar os alunos para que estes se
conscientizem de que a redução da geração de resíduos domiciliares é dever de
toda a sociedade.
SUJESTÕES DE CAMPANHAS EDUCATIVAS E TEMAS PARA DEBATE
Mudança hábitos de consumo: reduzir o uso de sacos plásticos, comprar produtos com embalagens não descartáveis, diminuir o consumo de produtos descartáveis. Separação dos diferentes tipos de lixo (orgânico, recicláveis e os não recicláveis) Compostagem dos resíduos orgânicos nas residências e na escola. Apoiar campanhas de reciclagem. Cooperativas de catadores de resíduos recicláveis. Conhecer o sistema de coleta de lixo Prefeitura. Evitar a incineração (queima) de lixo. Minha casa, minha escola e minha comunidade limpa.
DICA IMPORTANTE
Caro professor, utilize as referências bibliográficas deste
material pedagógico para aprofundar seus conhecimentos
nesta área de estudo e enriquecer ainda mais as suas
aulas.
Os alunos devem ter consciência de que uma das formas de minimizar os
impactos dos resíduos sólidos no meio ambiente é a adoção da filosofia dos 3R, que
significa reduzir, reutilizar e reciclar.
O educando precisa estar ciente que a melhoria da qualidade ambiental e
consequentemente da qualidade de vida pode ocorrer através de pequenas ações
como a reciclagem e a compostagem dos resíduos sólidos urbanos.
Através da Educação Ambiental, espera-se que os alunos tenham
conhecimento da problemática dos resíduos sólidos urbanos e enquanto cidadãos
desenvolvam hábitos de produção e consumo mais sustentáveis para preservarmos
os recursos naturais que serão utilizados pela presente e pelas futuras gerações.
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