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UNIMEP NA COMUNIDADE SAÚDE, UNIÃO E CIDADANIA Parceria entre universidade e organizações comunitárias viabiliza ações de extensão Tainá Pires de Abreu OUTUBRO/2012

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Unimep na Comunidade / AÇÃO CECAP

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UNIMEPNA COMUNIDADE

Saúde, união e cidadaniaParceria entre universidade e organizações comunitárias viabiliza ações de extensão

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OUTUBRO/2012

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Expediente:

O jornal Unimep Na Comunidade – Ação Cecap é uma publicação do Curso de Jornalismo

da Unimep, desenvolvida na disciplina Comunicação e Cidadania (5º semestre), com apoio da Coordenação de Extensão e Assuntos Comunitários. – Reitor: Clóvis Pinto de Castro

– Coordenador de Extensão e Assuntos Comunitários: Josué Adam Lazier – Diretor da Faculdade de Comunicação: Belarmino

Cesar Guimarães da Costa – Coordenador do Curso de Jornalismo: Paulo Roberto Botão – Editor Responsável: Paulo Roberto Botão

(Mtb 19.585) – Editora assistente: Ana Paula Rosa – Reportagens: Aline Miranda, Ana Paula

Rosa, Beatriz Bernardino dos Santos, Camila Tatiê da Silva, Filipe Teixeira Rodrigues de

Sousa. Colaboração: Hugo de Lima (orientação de fotografia) e Carol Beraldo (entrevistas) – Fotografia: Ana Clara Berno, Célia Antonia

Augusto, Juliana de Paula, Juliana Neves, Maria Helena Braz Melo, Matheus Calligaria, Naiara de Brito Silva, Sabrina Bispo dos Reis e Tainá Pires de Abreu. Diagramação: Sérgio Silveira

Campos. Impressão: Jornal de Piracicaba. Informações: Faculdade de Comunicação (19)

3124.1677 – e-mail: [email protected].

Um dos valores da Política de Extensão da Unimep, aprovada em 1998, é aliar a qualidade acadêmica com o compromisso social e a construção da cidadania. Neste sentido, projetos e programas de extensão contribuem para a mediação da rela-ção entre a universidade e a sociedade, ampliando os horizontes no processo de ensino e aprendizagem e a inserção em diferentes realidades, possibilitando aos alunos a interação com as pessoas da comunidade e em contextos diferenciados.

Por meio do programa de extensão “Unimep na Comunidade”, ação realizada no CECAP, houve a desmistificação do outro. Ou seja, a comunidade universitária percebe que o diálogo entre o conhecimento científico e o saber das pessoas do bairro contribui para o desenvolvimento social e o bem estar comum, e a comunidade do CECAP descobre que a Universidade oferece condições para a construção da cidadania como patrimônio coletivo da sociedade.

Nesta troca de vivências, experiências, conhecimentos, saberes e a busca pela superação das dificuldades da vida, profes-sores, alunos e comunidade se perceberam como cidadãos que podem lutar pela dignidade da vida.

A experiência da ação extensionista no CECAP foi ímpar e sinalizadora da importância de a universidade sair de seus muros para encontrar as pessoas no ambiente em que vivem e perceber o outro em seu contexto histórico e cultural.

Prof. Dr. Josué Adam Lazier, Coordenador de Extensão e Assuntos Comunitários

Qualidade de ensino e responsabilidade social

Número estimado de participantes: 500 pessoas

Gênero: 60% feminino e 40% masculino

Número de voluntários: 200 pessoas (alunos, professores, fun-cionários e profissionais de saúde da Prefeitura de Piracicaba)

Setores da Unimep participantes: Coordenadoria de Exten-são, NUC, NEPEP, Universidade Aberta à Terceira Idade, Cursos:

Administração, Cinema e Audiovisual, Direito, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Fotografia, Gastronomia, Jornalismo, Nutrição, Psicologia, Publicidade, Pedagogia, Gestão

de Recursos Humanos

Instituições parceiras: Conselho Municipal de Saúde de Pira-cicaba, Programa Saúde da Família (Cecap I e II, Eldorado I e II, Chapadão I, Santa Rita e São Francisco), Paróquia Santa Clara,

Rádio Comunitária Cidade FM 90,9, Comissões Locais de Saúde

Atividades Desenvolvidas:

Apresentação de Coral e Teatro da Unimep.

Teatro Terapêutico, Jogos Cooperativos e Apresentaçãodo Tchoukball.

Liangong.

Encaminhamento e orientação nutricional e de fisioterapia.

Aferição de pressão e teste de glicemia.

Exames ginecológicos e encaminhamento de mamografia.

Avaliação odontológica e agendamento de atendimento.

Pesagem e medição de estatura.

Orientações: Jurídica e financeira.

Elaboração de Currículos.

Apresentação da Ceapsi.

Apresentação de Banca Musical.

Atividades Educativas.

Oficinas: Comunicação e Ação na Comunidade e de Fotografia.

Oficina Gastronômica: Chef Mirim e Aproveitamento de alimentos.

Doação de livros.

AÇÃO PELA SAÚDE, UNIÃO E CIDADANIA31.03.2012 – Bairro CeCap

GASTRONOMIA

Matheus Calligaris

SAÚDE

Naiara de Brito Silva

Maria Helena Braz Melo

CULTURAEDUCAÇÃO

Célia Antonia Augusto

COMUNICAÇÃO

Maria Helena Braz Melo

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AnA PAulA RosA

Realizado na paróquia Santa Clara, no Cecap 2, no dia 31 de março, o programa Unimep na Comunidade - Ação Pela Saú-de, União e Cidadania reuniu aproxima-damente 700 pessoas entre organizadores e moradores da região. A iniciativa levou à comunidade um conjunto diversificado de ações, nas áreas de direito, econo-mia, administração, comunicação, gastronomia e saúde.

Segundo o coordenador de extensão e assuntos comu-nitários da Unimep, Josué Adam Lazier, a ação é im-portante para criar uma relação entre a universi-dade e a população. “É um modo de lutar para a criação de uma so-ciedade mais justa, que possa contar com a nossa instituição de ensino. A Unimep tem cursos que podem auxiliar os moradores desta cidade em vários quesitos”, diz.

Segundo Lazier, a univer-sidade planeja desenvolver projetos similares em outros bairros de Piracicaba. “Perce-

ação integra voluntários da Unimep e moradores da região

bemos que foi sucesso no Cecap e temos planos de repetir a experiência. É uma proposta positiva que só tende a crescer. Estamos estudando isso”, comenta.

ComunidadeO evento agradou a dona de casa Maria

Luiza da Silva, que mora no bairro Ce-cap. Ela destacou a importância dos ser-viços oferecidos na área da saúde, entre os quais a aferição de pressão, exame de diabetes e triglicérides, além de orien-tações sobre câncer de mama e prósta-ta. “Muitas vezes a gente se esquece de exames de rotina. Mas, com um serviço oferecido gratuitamente, o interesse das pessoas acaba sendo despertado e muitas doenças podem ser descobertas no iní-cio. Assim é mais fácil a possibilidade de cura”, diz.

A aposentada Inês Cristina Oliveira com-partilha da opinião de Maria Luiza. Ela acrescenta que o auxílio no campo jurídico também foi essencial para a comunidade. “Os alunos de direito da Unimep me orien-taram como pedir o inventário dos bens do meu marido, que morreu há três anos. Ago-ra estou mais tranquila quanto a esta ques-tão, pois eles vão me auxiliar no próprio escritório da universidade”, salienta

Encenação de histórias in-fantis, apresentações musicais, jogos e outras ações lúdicas fi-zeram sucesso entre as mais de 100 crianças que participaram do Unimep na Comunidade. As ações, realizadas pelos professo-res e estudantes do Curso de Pe-dagogia, com o apoio do Nepep – Núcleo de Estudos e Programas em Educação Popular, foram via-bilizadas graças à presença de 38

voluntários desta área.A atuação junto às crianças, se-

gundo a professora Márcia Apa-recida Lima Vieira, coordenadora do Nepep, é importante inclusive por que liberou os adultos para se envolverem em outras atividades. Ela também ressaltou a impor-tância do evento na formação dos alunos, pois em todos os momen-tos ocorreu um contato direto en-tre os estudantes e as crianças.

Crianças participam de jogos e atividades lúdicas

Maria Helena Braz Melo

Lazier, coordenador de extensão da Unimep, destacou parceria com lideranças da comunidade

Jogos atraíram pessoas de todas as idades, principalmente crianças e jovens

Juliana de Paula

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FiliPe TeixeiRA RodRigues de sousA

O Unimep na Comunidade não bene-ficiou só moradores do bairro Cecap, em Piracicaba, que através desta ação tiveram acesso a informações sobre saú-de, prevenção de doenças, alimentação, qualidade de vida, finanças e orientações jurídicas, que participaram de atividades de recreação e ainda acesso a cuidados médicos como verificação da taxa de gli-cemia, mamografias e avaliações antro-pométricas, por exemplo.

Os alunos envolvidos nesta iniciativa também aprenderam muito e adquiriram experiências que são difíceis de serem vi-venciadas em sala de aula. E são unânimes em admitir a contribuição para o seu apren-dizado, como destaca Camila Moreira, do 7º semestre do curso de Pedagoria. “É algo que acrescentou muito na nossa formação, sem dúvida alguma”, diz. O curso de peda-gogia focou mais o trabalho com crianças e ofereceu atividades como pintura a dedo, contação de histórias, atividades de mode-lar com massinha, entre outros.

As estudantes Paula Danelon e Juliana Lima, ambas do 9º semestre de farmá-

Para estudantes, cia, auxiliaram no estande que ofereceu orientações sobre hipertensão e diabetes, distribuiu panfletos sobre doenças sexu-almente transmissíveis e preservativos, e realizou testes de percentual de glicemia.

Paula Danelon vê em atividades como essas uma possibilidade de obter desen-volvimento profissional: “Podemos ter um crescimento profissional. É um con-tato com a população, algo que enriquece o nosso currículo”, avalia.

Juliana Lima reforça a opinião de sua colega de curso: “É um crescimento para a gente ver de perto a população e orientá-los”, afirma. Ainda de com acor-do com Juliana, o profissional da saúde tem o dever de prestar ajuda àqueles que precisam. “Nós, como profissionais da saúde, temos a obrigação de passar aquilo que sabemos, pois vários deles não têm muito conhecimento sobre hipertensão ou diabetes, por exemplo, doenças tão co-muns na atualidade”.

O curso de nutrição realizou avaliações antropométricas e cálculos de IMC (Índice de Massa Corpórea) e também orientações para a prevenção de doenças cardiovascu-lares e obesidade. A aluna Nathalia Santos, do 3º semestre, gostou de participar e acre-dita que a possibilidade de passar conhe-cimento às pessoas foi o que mais valeu a pena. “Passar um pouco do meu conhe-cimento para a população foi importante, porque algumas informações para nós re-presentam pouco, mas para o público em geral já é muito”, afirma.

Na visão dos estudantes participantes, a universidade não tem só o dever de preparar alunos para o mercado de tra-balho. O lado humano, social, cidadão e responsável também deve ser incentiva-do por essas instituições. É o que pensa Camila Moreira. “Ações como essa são bons exemplos e outras instituições de-vem fazer também. É mais do que dever de uma universidade, que tem o título de universidade, fazer algum trabalho com a comunidade”, opina.

Juliana Lima diz que a ajuda promovi-da pela Unimep é positiva: “Muitas pes-soas não têm acesso às informações que temos. É importante que outras institui-ções de ensino também realizem eventos assim, pois é uma ajuda”, conclui.

Realizado no dia 31 de março, o Uni-mep na Comunidade envolveu cerca de 200 voluntários entre alunos, professores e outras pessoas do próprio bairro Cecap.

participação agrega conhecimento

ação proporcionou convivência, prática profissional e, principalmente, promoção da cidadania

Maria Helena Braz Melo

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FiliPe TeixeiRA RodRigues de sousA

A comunicação marcou presença nas atividades do Unimep na Comunidade. Estudantes e professores de jornalismo, fotografia, rádio e TV e publicidade e propaganda fizeram a sua parte e atua-ram tanto na divulgação anterior ao even-to quanto no seu acompanhamento e do-cumentação em fotos e vídeos.

A cobertura jornalística do evento fi-cou por conta das alunas Ana Paula Rosa, Aline Miranda, Beatriz Bernardino, Ca-rolline Beraldo, Camila Tatiê e Matheus Calligaris, todos matriculados no 5º se-mestre de jornalismo.

Esta equipe manteve, durante a ação, boletins em tempo real na rádio comu-nitária Nova Cidade FM. Neste período foram entrevistados organizadores, li-

comunicação acompanha ação de voluntários e comunidade

deranças comunitárias e moradores da região. Além disto, o grupo fotografou as atividades e entrevistou participantes para a elaboração de um jornal impresso de prestação de contas.

“Eu participei pela faculdade de co-municação e produzi muitas fotos do evento. Fotografei desde a abertura até o encerramento. Gostei de ver o pessoal de pedagogia interagindo em ações recrea-tivas com as crianças da comunidade, o pessoal do direito e de Economia pres-tando ajuda e orientações para os mora-dores do bairro. Mesmo só fazendo a co-bertura em fotos, pude ver que o pessoal da Unimep estava lá realmente fazendo coisas boas e importantes”, diz Matheus Calligaris.

Ao curso de Publicidade e Propagan-da e à Agência Escola do curso coube a missão de elaborar a campanha de divul-gação, através de cartazes e folderes e também a logomarca da iniciativa. “Foi uma excelente oportunidade para a AGE - Agência Escola do Curso de Publicida-de da Unimep desenvolver a logomarca do evento e os materiais de divulgação. Os alunos que participam da AGE tive-ram oportunidade de colocar em prática os conhecimentos obtidos durante as au-las do curso e, melhor ainda, fazer isso para uma finalidade tão nobre”, avalia o professor Victor Kraide Corte Real, do curso de Publicidade e Propaganda e um dos supervisores da Agência Escola.

O curso de Fotografia promoveu ativi-dades e oficinas de capacitação de pesso-as da comunidade, para que elas próprias fizessem, durante o dia, a documentação do trabalho. Parte destas fotos está publi-cada neste jornal e também será exposta durante a Mostra Acadêmica da Unimep, no mês de outubro.

Ana Clara Berno

Maria Helena Braz Melo

Ana Clara Berno

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AnA PAulA RosA

O Circuito Saúde foi a atividade que mais atraiu a atenção do participantes do Unimep na Comunidade – Cecap. Rea-lizado por professores e estudantes dos cursos de Farmácia, Enfermagem, Fi-sioterapia, Nutrição e Psicologia, o setor ofereceu orientações e ainda a realização de exames de glicemia, avaliação nutri-cional e aferição de pressão. As dúvidas quanto a outras áreas da saúde foram ti-radas por meio de panfletos e conversa com os especialistas presentes.

Presente no evento, o coordenador da Saúde da Prefeitura de Piracicaba, Moi-sés Taglieta, avaliou que o projeto, leva-do à população do Cecap e proximida-des, é de grande valia, considerando que os alunos que estão trabalhando na ação poderão futuramente trabalhar no SUS (Sistema Único de Saúde). “Não tem como aprender a trabalhar com saúde sem ter a maior meta da vida em ajudar o próximo. No sistema público são ainda mais pessoas, histórias e, consequente-mente, ajuda”, disse.

De acordo com José Eduardo da Fonseca, professor do curso de Farmácia da Unimep e presi-dente do Conselho Municipal de Saúde, a prestação de ser-viços é essencial. “É preciso que a Faculdade de Ciências de Saúde se aproxime da co-munidade, para que possamos auxiliá-la”, apontou.

O estudante Paigey Costa, do 7º semestre do curso de Farmá-cia, informou que as orientações mais solicitadas durante o evento fo-ram sobre câncer. “A maioria das pes-soas quer saber sobre câncer de mama e próstata, os métodos de prevenção e de tratamento”, disse.

Segundo Paigey, a orientação é que sejam realizados exames preventivos. “No caso das mulheres, a mamografia deve ser feita depois dos 40 anos e o auto exame das mamas, mensalmente após a primeira menstruação. Já o exame de próstata deve ser feito anualmente por homens acima de 40 anos”, afirmou.

No evento também foi possível con-sultar alunos e profissionais de nutrição, que passaram orientações quanto à ali-mentação balanceada e tipos de alimen-

circuito saúde alerta para importância da prevenção

tos que devem ser evitados.A aposentada Maria Luiza Darion, 63,

aproveitou o espaço do Curso de Enfer-magem para conferir o colesterol e a dia-betes. Ela estava ansiosa pelo resultado, pois há quase dez anos não fazia estes exames. “A gente acaba acomodando de procurar um medico para ver algo que nem sabemos se temos”, disse. “Porém, quando um serviço deste tipo vem para perto de nós, no mesmo bairro que moro, não tem como fugir. A gente acaba vindo conferir se tem algo errado com a saúde”, completou.

Maria Helena Braz Melo

Tainá Pires de Abreu

Ana

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Naiara de Brito Silva

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circuito saúde alerta para importância da prevenção

Surdez e orientação vocacionalO risco de ouvir música em volume

elevado foi a maior preocupação apre-sentada pelos participantes atendidos pelos profissionais e alunos da área de fonoaudiologia. Segundo Reginalice Cera da Silva, professora do curso de Fo-noaudiologia, o tema preocupa principal-mente em relação aos jovens. “O pessoal perguntou bastante se ouvir MP3 ou ficar ao lado de caixa de som na balada deni-grem a audição. E a resposta é sim. Qual-quer ruído que seja acima de 85 decibéis pode deteriorar em partes ou totalmente a audição”, explicou.

Outra questão abordada por Reginali-ce é a importância do uso de protetores auriculares, seja em forma de concha ou plug, durante o trabalho. “Há máquinas que fazem barulhos acima de 100 decibéis constantemente. Estes tipos de protetores ajudam a vetar o som em até 20%, pro-

tegendo os ouvidos da surdez”, apontou.Já o curso de psicologia entrou com o

papel de auxiliar a comunidade em ques-tões sociais. A principal novidade apresen-tada foi uma roda de profissões, que pode ser virada por qualquer visitante, e que proporcionou reflexão sobre a orientação vocacional. “É uma espécie de brincadei-ra, mas é algo que se torna sério quando mostra que o nosso destino não deve ser definido pela sorte”, explicou a coorde-nadora de estágios e terapeuta comporta-mental Magali Rodrigues Serrano.

A estudante Paola Soares, 17, partici-pou da atividade vocacional e na sua vez o tabuleiro parou na profissão de Recur-sos Humanos. “Não é o rumo que quero seguir, eu tenho vontade de ser advogada. De fato, não é o destino que vai definir meu futuro profissional, vou ter que focar no meu ideal e estudar muito”, comentou.

Ana Clara BernoMaria Helena Braz Melo

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AnA PAulA RosA

Colocar as contas em ordem e buscar apoio para problemas jurídicos. Estes fo-ram objetivos que levaram participantes ao Unimep na Comunidade no Cecap, que contaram com professores e estudan-tes da universidade das áreas de adminis-tração e direito.

E a procura foi grande na área jurídica, segundo Denise Cristina Ferreira, aluna do 7º semestre de Direito. “As maiores dúvidas foram relativas às questões traba-lhistas e divórcios”, informou.

Denise conta que outra atividade re-alizada pelos estudantes desta área foi, além de auxiliar a população, anotar as informações obtidas no dia do evento e encaminhá-las ao Escritório Experimen-tal de Direito da Unimep. “Fazendo isso, o processo em questão já é aberto. Então, orientamos o cidadão a comparecer até o escritório e seguir os próximos passos ne-cessários”, disse.

A aposentada Nilcéia de Sousa Ferreira procurou os voluntários para obter orien-tação jurídica em relação a um inventário

População tem acesso a informações jurídicas e financeiras

AnA PAulA RosA

O curso de Gestão de Recursos Huma-nos da Unimep prestou atendimento em área de interesse para todos os partici-pantes, mas que acabou atraindo princi-palmente os mais jovens. Os professores e voluntários da área ofereceram dicas sobre como montar um currículo objetivo e completo. Além de realizar a montagem no momento, os interessados já saíram do evento com cinco cópias do documento, sem custo nenhum.

De acordo com a coordenadora do cur-so, Ana Paula Dario Zocca, é importante que um currículo tenha os padrões man-tidos, para que as empresas se interessem pelo material. “As ideias devem estar or-ganizadas, nunca confusas. Para isso, é bom um texto claro, sem muita poluição de informações”, explicou.

Segundo a coordenadora, deve-se co-

Comunidade recebe orientação para elaborar currículo

do marido, que faleceu há quatro anos, e que ainda não foi feito. “Quero saber se há multa, se tem opções de parcelamento. O pessoal me ajudou muito e já encami-nhou meu caso ao escritório experimen-tal”, explicou.

FinançasNo evento também foi possível tirar dú-

vidas sobre dinheiro e finanças. Segundo o professor Hélio Boaretto Júnior, de ma-temática financeira, o problema mais fre-quente - e causador do endividamento - é a falta de planejamento. “É importante não se entusiasmar com crédito fácil, como cartões, empréstimos e cheques especiais. Quem se ilude com esse tipo de serviço acaba chegando a um ponto em que não consegue mais sair do buraco”, alertou.

Boaretto afirma que a orientação que mais foi dada no evento foi sobre a ne-gociação de dívidas com bancos. “Jamais deve-se pagar uma dívida com outra, muito menos fazer empréstimo para isso. Tem que pedir para que haja parcelamen-tos ou outra opção que não resulte em perdas”, disse.

locar os últimos três empregos, nunca mais que isso. “A escolaridade também tem que ser bem resumida, contendo ape-nas a última atividade. Por exemplo, se a pessoa é formada no ensino médio, não é preciso colocar que realizou o ensino fundamental, já que pressupõe-se que ela já tenha finalizado esta etapa”, orientou.

Segundo Fernanda Nazatto, aluna do curso de Gestão de Recursos Humanos, também é importante, ao montar o cur-rículo, mostrar que a pessoa tem um foco definido. “É bom dizer que quer uma vaga em específico, não que está disponí-vel para qualquer função. Isso mostra fal-ta de especialidade”, comentou. “Mentir também não é nem um pouco recomenda-do. Se alguém põe no currículo uma de-terminada característica que não possui, provavelmente será descoberto durante a entrevista. Será algo bem constrangedor”, completou.

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CAmilA TATiê dA silvA

O programa Unimep na Comunidade viabilizou oficinas de gastronomia para adultos e crianças. Para os adultos foi realizada oficina de reaproveitamento de partes de alimentos que muitas vezes são inutilizados e para as crianças a ação Chef Mirim, que permite a montagem de lanches utilizando ingredientes naturais.

Segundo a coordenadora do curso de gastronomia, Tatiane Santos, muitas pes-soas não sabem como utilizar cascas,

Alimentação saudável é objetivo da gastronomiaOficinas ensinam o reaproveitamento de alimentos e preparo de lanches pelas crianças

achei a experiência ótima”, disse ela após a oficina de reaproveitamento. Já a mora-dora Analba Ferreira, 34, sabia do aprovei-tamento da beterraba, mas não da taioba. Para ela, participar da oficina foi ótimo.

Os participantes da oficina de aprovei-tamento e os convidados puderam expe-rimentar arroz cremoso com hortifrutis preparados durante o evento pelos alunos de gastronomia. Segundo a moradora Analba, o prato ficou maravilhoso, “O resultado foi surpreendente”, destacou.

Chef MirimDe acordo com a coordenadora do cur-

so de Gastronomia, o objetivo do traba-lho na montagem dos lanches naturais, voltado aos chefs mirins, é despertar o in-teresse das crianças por uma alimentação mais saudável. “Os pratos são bem co-loridos e divertidos para atrair a criança com aspectos visuais, e ao mesmo tempo permitem inserir aos poucos alimentos que elas não comem”, diz.

Segundo Tatiane, quando a própria crian-ça prepara o lanche, o prato em si adquire outro valor e dessa maneira ela consome o que fez. “É importante que os pais sempre incentivem os filhos na preparação de ali-mentos, para que se criem hábitos de ali-mentação diferente”. Os pratos podem ser variados entre doces e sanduíches que po-dem ser preparados no dia-a-dia da criança, com o uso de frutas, verduras e legumes.

Para as crianças Heloísa Janaina, 9, Isabe-la Machado, 9, Giovana, 11, e Bianca, 7, a preparação do sanduíche na oficina foi mui-to produtiva. Segundo Heloísa, se a mãe aju-dasse em casa na preparação de lanches com legumes e verduras, a ingestão seria mais fá-cil, já que segundo ela é difícil se alimentar de hortifruti. Giovana relatou que já prepara lanches em casa e que alguns hortifrutis fa-zem parte do seu dia-a-dia.

Naiara de Brito Silva

Tainá Pires de Abreutalos e folhas para a preparação de ali-mentos e por isso acabam jogando fora partes essenciais dos legumes, verduras e frutas. “Podemos ter aproveitamento in-tegral de vários alimentos e prepará-los de diversas formas para comer”, diz ela.

Tatiane orienta que não é porque o in-grediente parece menos nobre, como a casca ou talo dos hortifrutis, que eles não ficarão saborosos e com boa aparência.

Em linhas grais, os alimentos que po-dem ser aproveitados são frutas, beterraba, cenoura, rabanete, brócolis, entre outros. “Na grande maioria dos legumes, frutas e verduras tudo é aproveitável, vai da ma-neira de preparação”, explica Tatiane.

A moradora Neide da Silva, 55, não sabia da possibilidade de aproveitamento de folhas da beterraba. “Eu já aproveito o rabanete inteiro, mas aprendi a aproveitar também a beterraba e outros alimentos,

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Aline miRAndA

Desenvolvido pela Universidade Aberta à Terceira Idade da Unimep, o teatro terapêutico e teve como objetivo principal a troca de expe-riências entre os participantes. Para isso foram criadas situações de descontração e momentos lúdicos. “Este trabalho é importante para os idosos, pois permite que eles sintam vitalida-de e saibam que podem ser aquilo que quise-rem”, explica a professora Marlene da Cruz Brandão, responsável pela ação.

Trabalhando a espontaneidade e a rapidez, o teatro terapêutico exige que o idoso exercite o imediatismo de raciocínio, de forma a que possa remeter a imagens que possuem de um pensamento. “Você pode imaginar que está dançando em um piso muito quente ou muito liso, então é um jogo de imagens internas que precisam ser desenvolvidas rapidamente”, co-menta Marlene.

Essa forma de teatro foi criada por Jacob Levy Moreno com a finalidade de ajudar as pessoas dentro da técnica chamada psicodrama. Moreno queria um teatro que representasse os problemas próprios do ator e do público, e fosse de total imaginação e criatividade, como o tra-balho que ele estava realizando com as crianças nos parques de Viena no século XIV.

Sobre o projeto no Cecap, Marlene ressalta: “Eu apenas fiz uma adaptação para ser utili-zado como uma forma aquecimento para as atividades de terapia mesmo”.

AnA PAulA RosA

O encerramento do Ação na Co-munidade no Cecap teve trilha sono-ra. A população presente teve a opor-tunidade de conferir a apresentação da Banda Esboço, grupo piracica-bano cujo guitarrista, Leon Botão, é aluno do primeiro ano do curso de Jornalismo da Unimep.

O grupo mostrou versatilidade e tocou canções em vários estilos mu-sicais, como rock, reggae, samba e música popular brasileira. De acor-do com o estudante de jornalismo, a aproximação com os moradores do local é uma experiência positiva. “A música é tocada para que as pessoas interajam e se divirtam. Tem tudo a ver com a comunidade”, diz.

Leon Botão também destaca o tra-balho voluntário dos alunos e pro-fessores, que tornaram o evento foco de informação e também de diverti-mento. “Teve muita coisa boa. Gos-tei muito de poder ajudar de alguma forma”, comenta.

O vocalista da banda, Luis Gusta-vo, afirma que a experiência de can-

Banda apresenta rock e MPB

Teatro terapêutico descontrai e estimula raciocínio

tar para a população do bairro Cecap e proximidades foi interessante. “Foi legal ter levado um pouco do que gosto de fazer, do meu hobby, para o local. Gostei do resultado”.

Baixista do grupo Esboço, Viní-cius Costa concorda. Segundo ele, nada melhor do que apresentar um

conteúdo para todos os gostos, em um evento onde há uma diversidade de pessoas. “Desde criança temos essa banda e, desde aquela época, to-cávamos de tudo. Hoje essa é ainda a nossa maior meta, fazer com que as comunidades, em geral, gostem de ouvir nosso som”, afirma.

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Maria Helena Braz Melo

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BeATRiz BeRnARdino

O projeto “Unimep na Comunidade” foi um grande sucesso, pois cerca de 700 pessoas passaram pelo local. Uma das apresentações que obteve a aten-ção do público foi o Coral da Unimep que já existe a 32 anos, teve a presença de alunos do campus Ta-quaral, campus Centro e campus Santa Bar-bara D’ Oeste, for-mando um grupo de 20 universitários. O coral tem como obje-tivo educar através da música. No evento foram tocadas três músicas do re-pertório brasileiro: Cantores do Rádio, Isto aqui o que é? e Que nem Jiló.

cantores e atores universitários proporcionam arte e cultura

De acordo com Joanice Vicente Ca-semiro, regente do Coral da Unimep, “ A ideia foi trazer músicas do Brasil no evento, para dar sensação de proximi-dade com a comunidade, o que foi um dos maiores objetivos do evento”, afirma.

Alunos interessados em participar do Coral, devem tem afinação, porem não precisam ser cantores profissionais. A prioridade nos corais são os estudantes e as atividades se baseiam em relaxamento corporal, aquecimento vocal e ensaios. A inscrição para o coral é gratuita, feita todo o início de período de aulas e resulta em uma bolsa auxílio para o voluntário.

Teatro O teatro Unimep existe há mais de 32

anos e se destacou no evento por sua de-senvoltura. De acordo com o coordenador do grupo de teatro Antonio Chapéu os te-mas são variados: “os assuntos se aplicam

na comunidade, juntando humor,

problemas sociais, entre outras coisas”.

Ao ser questionado sobre a peça apresentada ele explica:

“a peça apresentada abordou uma história de uma menina que atrapalhou uma cirur-gia da irmã, que era médica, para pergun-tar números para jogar na loteria. Mas, a menina de tão preguiçosa, não jogou e os números foram sorteados e ninguém fi-cou rico”.

Amanda Rodrigues, auxiliar administra-tiva, protagonista do teatro, se formou em Publicidade e Propaganda na universidade há cinco anos, mas nunca deixou o teatro Unimep de lado. Afirma gostar de temas que lhe proponham um desafio: “o perso-nagem é algo que não tem nada a ver com meu jeito, mas gostei desta oportunidade”.

Coral e Teatro Unimep apresentam repertórios ligados à ciadadania

amanda: formada em pp há cinco anos, mantem

prsença no coral da Unimep

Chapéu: o teatro estimula comunicação e

criatividade

Célia Antonia Augusto

Fotos: Matheus Calligaris

peça conquistou o público e provocou riso e descontração

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CAmilA TATiê dA silvA

As ações voltada à terceira idade ga-nharam reforço extra durante o Unimep na Comunidade. O incremento ocorreu graças à participação do grupo do Sesc Piracicaba, instituição que trabalha nesta área há 45 anos e atua com o intuito de proporcionar maior qualidade de vida, re-ferência, saúde, desempenho motor, psi-cológico e físico aos participantes.

Segundo Adriano Antonio da Costa, técnico de programação do Sesc de Pira-cicaba, a ideia de trazer as atividades para os idosos surgiu da necessidade de inseri--los novamente na sociedade, mostrando--lhes sua importância como cidadãos, ainda que aposentados ou fora do merca-do de trabaho. “O objetivo desse projeto desenvolvido pelo Sesc é que os idosos sejam protagonistas, autônomos e tenham suas atividades preservando a qualidade de vida”, diz.

Costa cita que é comum ao se aposentar os idosos serem deixados de lado pela so-ciedade por conta da baixa no desenvol-vimento pessoal. Isso causa uma perda de referência própria enquanto cidadão, membro de família entre outros proble-mas que podem ser desencadeados pela sensação de inutilidade.

Através das atividades do Sesc os alu-nos da terceira idade trazem à tona infor-mação, energia e conhecimento, o que na opinião de Costa é uma maneira do idoso se sentir útil.

“O mais importante nos trabalhos de-senvolvidos com os idosos é mostrar que eles ainda são úteis, que eles continuam

Terceira idade

sendo humanos ativos, que devem ser in-formados das coisas do mundo e sempre se atualizando para poderem passar infor-mações”, reforça Costa.

De acordo com Silvia Morales, coor-denadora do Programa da Universidade Aberta à Terceira Idade da Unimep, esse perfil novo do público idoso esta se ade-quando à realidade. Isso ocorre à medida em que o público busca informações para estar em desenvolvimento pessoal ou até mesmo retornar ao mercado de trabalho de acordo com a sua necessidade.

A aluna do Sesc de Piracicaba Adelaide Mendes diz que as atividades ajudam o seu desempenho pessoal melhorando sua qualidade de vida. “Melhorou minha au-toestima e minha disposição. Realmente vale muito a pena participar das ativida-des, eu recomendo”, disse.

SescO trabalho social com idosos do Sesc de

Piracicaba trabalha o esporte piracicabano Kimball e também o Tchoukball (esporte da paz), além de artesanato, debate de fil-mes, encontros, coral, plugados (acesso a internet para o idoso), entre outros.

O esporte Tchoukball é basicamente o Handball, mas sem a rede fixa, podendo-se arremessar tanto em uma rede quanto na outra. Através desta atividade o idoso de-senvolve o espaço físico e o corpo para se deslocar, também usa o intelecto, prevenin-do doenças como Alzheimer e Parkinson.

As atividades são gratuitas aos idosos a partir de 50 anos, os interessados devem procurar o Sesc de Piracicaba.

A Universidade Aberta à Terceira Idade da Unimep trabalha com duas modali-dades. A primeira cm a apresentação de cursos, minicursos e palestras, envolven-do áreas diversificadas, como saúde e orientação financeira. A segunda moda-lidade visa integrar pessoas com mais de 55 anos aos cursos de graduação regulares da universidade. O programa oferece des-contos para este público, pois tem como meta ampliar os espaços de reflexão e a integração com pessoas e profissionais de todas as idades. Além disto, a ação permi-te inclusive o reingresso dos participantes no mercado de trabalho.

participa de atividades

esportivas ATUAÇÃO DA UNIMEP

Fotos: Célia Antonia Augusto