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Quantidade de “enter” para posicionar o cabeçalho, apague em seguida <> <> <> <> UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> CLIMA ORGANIZACIONAL <> <> <> Por: Daniele dos Santos Neves <> <> <> Orientador Prof. Vilson Sérgio de Carvalho Prof. Ms. Marco A. Larosa Niterói 2007

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Quantidade de “enter” para posicionar o cabeçalho, apague em seguida

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

<>

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<>

<>

CLIMA ORGANIZACIONAL

<>

<>

<>

Por: Daniele dos Santos Neves

<>

<>

<>

Orientador

Prof. Vilson Sérgio de Carvalho

Prof. Ms. Marco A. Larosa

Niterói

2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

<>

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<>

<>

CLIMA ORGANIZACIONAL

<>

<>

<>

<>

<>

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Pós

Graduação de Pedagogia Empresarial.

Por: Daniele dos Santos Neves

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus.

Depois à minha família, aos amigos e

ao Izaias.

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DEDICATÓRIA

Dedico a todos que de alguma forma

contribuiu para mais esta vitória

conquistada.

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RESUMO

Esse trabalho reúne noções sobre clima organizacional e é destinado sobretudo àqueles fazem parte da construção do clima nas organizações. O clima é o reflexo do comportamento humano resultante da satisfação, percepção e motivação do quadro organizacional. O cliente interno sabe quando o ambiente é agradável de se trabalhar ou não. Porém, este às vezes é questionado pela empresa como este vê o clima e nem sabe o que significa. Também não conhece a importância de sua percepção e responde a pesquisa de clima com pressa e de qualquer forma. Para ele tanto faz responder ou não. Sendo assim, pedagogo empresarial pode e deve contribui na conscientização de cada indivíduo para ensiná-los a se expressarem de forma amigável tendo como finalidade a transformação do clima. O pedagogo empresarial tem a habilidade de criar projetos de ensino e, desta forma, ensinar quadro de pessoal das organizações.

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METODOLOGIA

Esta tese esta baseada em conceitos e de especialistas como

Ricardo Luz e Peter Senger entre outros especialistas, através de livros e

revista.

A construção do corpo do trabalho também contou com uma

pesquisa de campo realizada em uma Companhia Fornecedora de Energia

Elétrica, que foi vista como “musa inspiradora” da educanda. Foram feitas três

perguntas com objetivo de buscar o conhecimento dos funcionários

entrevistados sobre o clima na empresa. A primeira, perguntou se sabiam o

que é clima organizacional. A Segunda, direcionada para aqueles que

responderam “não”, interroga se estes têm interesse em saber o que é clima.

A terceira foi focada para aqueles que responderam “sim” na primeira e

questionou se estes acreditam na aplicação do clima na empresa e suas

justificativas. O resultado foi dos mais variáveis. Os que não sabiam o que é

obtiveram desejo de saber o conceito de clima. Quantos àqueles que já

sabiam, a visão deste grupo está dividida para o positivo e negativo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................09

CAPÍTULO I – Falando sobre o Clima Organizacional ....................................11

1.1. Origem.........................................................................................11

1.2. Definições de Clima ....................................................................14

1.3. Tipos de Clima ............................................................................17

CAPÍTULO II - Avaliação de Clima ..................................................................18

2.1. Modelos de Estudo de Clima.......................................................19

2.1.1. Modelo de Litwin & Stringer..............................................19

2.1.2. Modelo de Kolb.................................................................20

2.1.3. Modelo de Sbrangia..........................................................21

2.1.4. Modelo de Luz...................................................................23

2.1.5. Modelo de Coda................................................................25

2.1.6. Modelo de Tachizawa & Andrade......................................27

2.1.7. Propostas de Estudo.........................................................28

2.2. Pesquisa de Clima ......................................................................29

2.2.1 Perguntas Essenciais........................................................31

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2.2.2 Fatores Importantes no Resultado....................................33

CAPÍTULO III - Clima e o Funcionário .............................................................36

CAPÍTULO IV - Clima e o Pedagogo Empresarial ...........................................41

CONCLUSÃO...................................................................................................45

BIBLIOGRAFIA.................................................................................................47

ANEXOS...........................................................................................................48

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INTRODUÇÃO

Quando falamos de clima, vem logo em nossas mentes um

ambiente e suas características daquele a ser verificado. Pensamos se um

lugar está quente ou frio, se é propício a alguma atividade agrícola, romance e

etc. No trabalho não é diferente.

Há muito tempo tem se falado sobre produção, lucro, despesas e

outras preocupações nas empresas. Porém, só agora é que as empresas têm

buscado olhar mais o empregado com mais “carinho”. Isso se deve porque um

trabalhador mais satisfeito produz mais e não sente vontade de sair do grupo

para qual presta serviços. Reter talentos tem sido tarefa muito difícil.

Nos conceitos de clima dos especialistas, as palavras mais

encontradas são: satisfação (dos funcionários), percepção (dos funcionários) e

cultura (organizacional). A satisfação é o reflexo do clima. Esta é influenciada

pela percepção do funcionário em relação à cultura da empresa.

Este se divide em quatro capítulos muito interessantes. O

primeiro capítulo apresenta o clima. Este fala da origem dos estudos do clima

no exterior e no Brasil, citando vários especialistas importantes nesta questão.

Contem conceitos que explicam o que realmente vem a ser clima

organizacional, de uma forma aberta. Também fala sobre os tipos de clima

que existem nas organizações apresentando suas características e

conseqüências.

O segundo capítulo fala sobre a avaliação do clima. Em outras

palavras, como pode ser medido o clima. Explica a diferença de indicadores

com estratégias de avaliação, que são dois pontos muitos diferentes. Para

citar indicadores, foram apresentados os modelos de estudo de clima dos

renomeados especialistas como Litwin & Stringer, Kolb, Sbragia, Ricado Luz,

Coda, Tachizawa & Andrade, entre outros. Em relação às estratégias de

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avaliação, foi escolhido se aprofundar em uma denominada pesquisa de clima.

Foram explicadas as características e as vantagens. Foram apontados pontos

importantes que devem ser percebidos antes, durante e após à elaboração e

execução da pesquisa de clima.

O terceiro capítulo apresenta um estudo realizado para verificar o

relacionamento do funcionário e o clima. É neste se aponta o resultado da

pesquisa de mercado realizado entre um grupo de funcionários de uma

empresa privada, conforme descritos na parte de metodologia.

O capítulo quatro relata a importância do pedagogo empresarial

na transformação do clima empresarial. Este fala sobre a contribuição que

pode ser realizada no meio organizacional pelo pedagogo. Também fala como

o pedagogo pode ajudar para resolver o problema trazido por esta tese.

Nas seguintes folhas, serão apresentadas um trabalho que pode

transformar vidas e empresas, tornando o funcionário amigo da instituição

onde trabalha e vice-versa.

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CAPÍTULO I

FALANDO SOBRE O CLIMA

Hoje em dia, o tema “clima organizacional” vem sendo muito

debatido em áreas de administrativas e recursos humanos nas

organizacionais, levando em consideração à cultura de cada uma delas.

Muitos escritos e especialistas vem estudando o assunto há anos e cada vez

mais as empresas se interessam em aperfeiçoar o clima para produzir um

bem-estar nos seus grupos, visando uma ótima produção de seus

subordinados e o lucro.

Sendo assim, veremos como começou o estudo sobre o clima.

1.1. ORIGEM

De forma subjacente, os estudos sobre o clima organizacional

começaram após a Segunda Guerra Mundial e durante o Movimento ou Escola

de Relações Humanas abordando às teorias do comportamento humano e as

condições de trabalho daquela época.

Um dos pioneiros nos estudos foi Elton Mayo, em Hawthone.

Este percebeu que a produtividade de uma organização depende tanto das

condições físicas e de pagamento, como já acreditava, quanto também das

relações interpessoais no local de trabalho.

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Oliveira (1990) destaca duas outras pessoas importantes nos

estudos do tema: Roethlisberger e Dickson (1956). Estes relataram as

primeiras experiências da Escola de Relações Humanas em “Management and

Worker”. Estes constatam que culturas e valores do grupo empresarial são

muito importantes além dos benefícios pecuniários. Acreditam no ótimo

relacionamento do desempenho com a satisfação do trabalho no ambiente

empresarial.

Forehand e Gilmer (1964) contribuíram com seus estudos sovre

variações ambientais e comportamento empresarial, onde visaram os

problemas de conceituação e mensuração do clima, comparando tais

problemas citados com os estudos realizado na área da psicologia sobre o

comportamento individual, segundo Oliveira (1990).

Pelz & Andrews (1966), com o objetivo de estudar a influência da

administração dos laboratórios no desempenho dos indivíduos, realizou um

estudo com 1.311 cientistas e engenheiros de 11 organizações industriais,

governamentais e universitárias.

Os estudos realizados por Litwin e Stringer (1966), basearam-se

na teoria da motivação humana, de McClelland (que identificou e classificou

em três as necessidades sociais básicas dos indivíduos: realização, afiliação e

poder), realizaram experiências em laboratórios de estudo, idealizando três

diferentes companhias, de maneira que os dirigentes de cada uma delas

atuassem de acordo com esses motivos sociais.

Os resultados apontaram que as organizações apresentaram

diferenças em relação ao e desempenho satisfação nas três situações

diferentes. Com isso, os pesquisadores concluíram que o clima organizacional

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pode ser montado de distintas formas, com base no tipo de liderança imposto

pelos chefes, causando influência comportamental e no desempenho dos

funcionários e na saúde da empresa.

Os primeiros estudiosos a se dedicarem ao tema clima

organizacional no Brasil foram Saldanha (1974) e Souza (1977) (RIZZATTI

1995).

O primeiro Saldanha (1974), direcionou o assunto tratando-o por

atmosfera organizacional. Em seu artigo, alertou sobre a importância do bem-

estar psíquico dos funcionários dentro das empresas e da função da psicologia

organizacional nesse processo. Ressaltou ainda a importância do

“desenvolvimento de estratégias que possibilitem uma sadia atmosfera

organizacional” para as organizações que tenham como missão promover o

seu desenvolvimento organizacional.

Já os estudos realizados por Souza, através da comparação do

clima organizacional de uma empresa privada, um órgão público e de uma

universidade, objetivaram demonstrar a utilidade da escala KOLB (1971), no

diagnóstico do clima, e relatar algumas aplicações feitas à realidade brasileira.

Rizzatti (1995) analisou em seus estudos os fatores significativos

do clima organizacional da Universidade Federal de Santa Catarina como :

políticas e estratégias de recursos humanos, política de assistência e

benefícios, estrutura organizacional, tecnologias educacionais, estilos de

liderança, capacitação profissional, planejamento institucional, processo

decisório, comunicação, conflitos de interesse, avaliação institucional,

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qualidade do ensino, autonomia universitária, etc. Estes foram baseados na

percepção de seus servidores.

Ainda muitos escritores e especialistas continuaram e continuam

a estudar o clima organizacional. Sabe-se bem que a motivação do quadro

funcional é uma ótima característica de uma ótima empresa.

1.2. DEFINIÇÕES DE CLIMA

Para entender melhor o que é clima organizacional, atribui às

definições elaboradas por vários especialistas apresentadas no livro Gestão do

Clima Organizacional (2003), de Ricardo Luz:

“Pode-se definir clima organizacional como sendo as

impressões gerais ou percepções dos empregados em

relação ao seu ambiente de trabalho; embora nem todos os

indivíduos tenham a mesma opinião, pois não têm a mesma

percepção, o clima organizacional reflete o comportamento

organizacional, isto é, atributos específicos de uma

organização, seu valores ou atitudes que afetam a maneira

pela qual as pessoas ou grupos se relacionam no ambiente

de trabalho”.

CHAMPION apud LUZ, 2003, p.10.

“Clima organizacional é a qualidade ou propriedade do

ambiente organizacional, que é percebida ou experimentada

pelos membros da organização e influencia o seu

comportamento”.

LITWIN apud LUZ, 2003, p.10.

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“O clima é o indicador do grau de satisfação dos membros

de uma empresa, em relação a diferentes aspectos da

cultura ou realidade aparente da organização, tais como

políticas de RH, modelo de gestão, missão da empresa,

processo de comunicação, valorização profissional e

identificação com a empresa.”

CODA apud LUZ, 2003, p.11.

“O clima organizacional é um fenômeno resultante da

interação dos elementos da cultura. O Clima é mais

perceptível do que suas fontes causais, comparando-se a

um “perfume”, pois percebe-se o seu efeito sem conhecer os

ingredientes, embora às vezes seja possível identificar

alguns deles.”

SOUZA apud LUZ, 2003, p.11.

As definições de clima organizacional traduzem a influência no

ambiente de trabalho em relação à motivação dos empregados. O clima é o

reflexo do comportamento humano resultante da satisfação e motivação do

quadro organizacional. Cada empregado é importante para a construção de

um bom clima. Mas, não depende somente deles, pois também depende da

cultura que a organização desenvolve.

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Para Chiavenato, o conceito de clima organizacional surge em

decorrência do conceito de motivação do indivíduo como importante aspecto

do relacionamento entre pessoas e organizações. Quando pessoas e empresa

se unem empenhados para constituir um ótimo clima há mais credibilidade e

“conforto” para um melhor engajamento.

Hoje em dia, muitas empresas se preocupam em proporcionar um

bom clima aos seus funcionários. Elas investem na satisfação através do

grupo das “necessidades superiores” que é composto pelas necessidades

sociais, de estima e de auto-realização. Algumas tentam ajustar as

necessidades superiores para construir a harmonia no ambiente empresarial

levando em consideração que cada indivíduo depende um do outro.

Desta forma, elas tentam promover a “saúde menta”. É muito

bom para o clima organizacional quando as pessoas se sentem bem consigo

mesmas e com os outros. Melhor ainda é quando elas são capazes de

enfrentar problemas. O empregado ganha e a empresa ganha mais ainda,

pois o resultado de funcionários felizes e satisfeitos é a alto produção,

acarretando o lucro e o bem estar da empresa internamente e externamente.

1.3. TIPOS DE CLIMA

Segundo Ricardo Luz (2003), existem três tipos de clima em uma

organização: o bom, o prejudicado e o ruim.

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O clima bom é aquele onde o empregado se sente satisfeito e

alegre, ou seja, fala muito bem da empresa a ponto de ser capaz de indicar

seus conhecidos para trabalharem nela e não pensar em sair dela. Com este

clima, há alegria, confiança, entusiasmo, engajamento, participação,

satisfação, motivação, comprometimento na maior parte do quadro funcional.

O clima prejudicado é quando há alguma coisa que incomoda

negativamente os funcionários. Eles se sentem tensos. Desta forma, o clima

é resultante em discórdias, rivalidades, falta de interesse no trabalho e outras

reações que atrapalham o bom funcionamento organizacional.

O clima ruim na empresa é quando chega a um ponto

extremamente mau. Ao contrário do clima bom, o funcionário tem vontade de

sair da empresa e se envergonha de falar que trabalha ou trabalhou nela.

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CAPÍTULO II

AVALIAÇÃO DE CLIMA

Na concepção de Luz (2003), não se pode confundir estratégia de

avaliação com o indicador de clima. Isso se deve porque o indicador faz com

que a empresa presuma sobre o clima. Já as estratégias concedem à

organização o poder de conhecerem o seu clima mais concretamente, seja de

forma parcial ou total.

Existem algumas estratégias que auxiliam no conhecimento

detalhado sobre o clima. São eles os mais usados: contato direto dos gestores

com seus subordinados, entrevistas de desligamento, entrevista com

funcionários ativos, ombudsman, programa de sugestões, sistema de

atendimento às queixas e reclamações, reuniões de sindicatos com

funcionários, face a face com presidente e outros líderes e pesquisa de clima

organizacional. Esta última é a melhor estratégia em relação à eficácia. Ela

permiti a análise de sentimentos e pensamentos dos funcionários em relação à

empresa visto que esta aponta os problemas de relações humanas como

também trabalhistas.

Algumas empresas têm uma resistência em não diagnosticar os

sentimentos individuais e grupais e o que cada um pensa sobre elas. Temem

que o resultado seja negativo e que seus funcionários afrontem a empresa.

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2.1. MODELOS DE ESTUDO DE CLIMA

Os modelos de estudo de clima são muito importantes no

diagnóstico. Eles auxiliam na criação da avaliação tendo em vista que podem

ser usados no estudo do clima diretamente ou como princípios básicos para a

elaboração do modelo articular da instituição que estará sujeita à aplicação. A

princípio, existem setes modelos de estudo de clima que serão expostos a

seguir. Estes são denominados como: Modelo de Litwin e Stringer, modelo de

Kolb, modelo de Sbragia, modelo de Luz, modelo de Coda, modelo de

Tachizawa & Andrade e modelo de Rizzatti.

2.1.1. Modelo de Litwin e Stringer

Este foi desenvolvido por Litwin e Stringe (1968) baseados em

nove indicadores, com objetivo de avaliar comportamento dos trabalhadores e

estilos de lideranças.

• Estrutura: sentimentos dos trabalhadores em relação às regras impostas que restringem o trabalho.

• Responsabilidade: sentimento de liberdade para tomar decisões em relação ao seu próprio trabalho.

• Riscos: o sentimento de desafiar os riscos encontrados nas situações trabalhistas.

• Recompensas: o sentimento de ser reconhecido e recompensado por trabalho bem executado.

• Relacionamento: sentimento de união para com todos do grupo.

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• Cooperação: como resultado de bons relacionamentos, há

colaboração de todo o grupo, independentemente do grau de hierarquia.

• Conflito: sentimento não temido pela administração em relação a diferentes opiniões.

• Identidade: sentimento em que o indivíduo tem acreditando ser uma peça importante e valiosa para o grupo.

• Padrões: é o grau em que a empresa exibe normas e processos.

2.1.2. Modelo de Kolb

O modelo de Kolb (KOLB et al.,1986)utiliza sete indicadores.

Além da responsabilidade, padrões e recompensas, já vistos no modelo

anterior, existem ainda mais quatros seguintes:

• Conformismo: sentimento de que existem muitas limitações externamente impostas na organização; o grau em que os membros

sentem que há inúmeras regras, procedimentos, políticas e práticas às

quais devem-se moldar ao invés de serem capazes de fazer seu

trabalho como gostariam de fazê-lo;

• Clareza Organizacional: sentimento de que tudo é bem organizado e os objetivos são expressamente claros e definidos.

• Calor e Apoio: sentimento de que a amizade tem valor na organização, gerando confiança entre os membros, oferecendo assim o

apoio mútuo.

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• Liderança: disposição dos membros da organização para aceitar a liderança e a direção de outros qualificados. Desta forma, os membros

sentem-se a vontade para assumi-la e são recompensados por uma

ótima liderança.

2.1.3. Modelo de Sbragia

Sbragia (1983) utiliza um modelo contendo vinte indicadores.

Além de conformidade, estrutura, recompensas, cooperação, padrões, conflitos

e identidade, que já falamos anteriormente, existem mais indicadores como:

• Estado de Tensão: descreve o quanto as realizações das pessoas são dominadas por lógica e racionalidade antes do que por emoções;

• Ênfase na Participação: descreve o quanto as idéias e sugestões são aceitas pessoas são consultadas e envolvidas nas decisões; o quanto

suas idéias e sugestões são aceitas;

• Proximidade da Supervisão: descreve o quanto a administração deixa de praticar um controle cerrado sobre as pessoas; o quanto as

pessoas têm liberdade para fixar seus métodos de trabalho; o quanto as

pessoas têm possibilidade de exercitar a iniciativa;

• Consideração Humana: descreve o quanto as pessoas são tratadas como seres humanos; o quanto recebem de atenção em termos

humanos;

• Autonomia Presente: descreve o quanto as pessoas se sentem como seus próprios patrões; o quanto não precisam ter suas decisões

verificadas;

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• Prestígio Obtido: descreve a percepção das pessoas sobre sua imagem no ambiente externo pelo fato de pertencerem à organização;

• Tolerância Existente: descreve o grau com que os erros das pessoas são tratados de forma suportável e construtiva antes do que punitiva;

• Clareza Percebida: descreve o grau de conhecimento das pessoas relativamente aos assuntos que lhes dizem respeito; o quanto a

organização informa às pessoas sobre as formas e condições de

progresso;

• Justiça Predominante: descreve o grau que predomina nos critérios de decisão; as habilidades e desempenhos antes dos aspectos políticos,

pessoais ou credenciais;

• Condições de Progresso: descreve a ênfase com que a organização provê a seus membros oportunidades de crescimento e avanço

profissional; o quanto a organização atende suas aspirações e

expectativas de progresso;

• Apoio Logístico Proporcionado: descreve o quanto a organização provê às pessoas as condições e os instrumentos de trabalho

necessários para um bom desempenho; o quanto a organização facilita

seus trabalhos principais;

• Reconhecimento Proporcionado: descreve o quanto a organização valoriza um desempenho ou uma atuação acima do padrão por parte de

seus membros; o quanto os esforços individuais diferenciados são

reconhecidos;

• Forma de Controle: descreve o quanto a organização usa custos, produtividade e outros dados de controle para efeito de auto-orientação

e solução de problemas antes do policiamento.

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2.1.4. Modelo de Luz

O modelo de Luz (1995) é composto por dezoito indicadores, a

saber:

•••• Trabalho em si: refere-se ao conhecimento da percepção e atitude

das pessoas em relação ao trabalho que executam: adaptação,

quantidade de trabalho, horário, distribuição justa do trabalho, a

existência de pessoal suficiente para a realização do trabalho.

•••• Integração interdepartamental/integração funcional: visa avaliar o

grau de cooperação existente entre os diversos departamentos da

organização; conhecimento dos objetivos e planos de ação dos

diversos setores.

•••• Salário: analisa a existência de eventuais distorções entre os salários

internos e eventuais descontentamentos em relação aos praticados

em outras organizações.

•••• Supervisão: mede o grau de satisfação dos funcionários em relação

aos seus superiores levando em conta aspectos como competência,

organização, relacionamento e feedback.

•••• Comunicação: verifica o grau de conhecimento dos funcionários em

relação a fatos relevantes da empresa; identifica a eficiência dos

canais de comunicação.

•••• Progresso profissional: identifica as oportunidades de treinamento e

as possibilidades de ascensão profissional oferecidas pela

organização.

•••• Relacionamento interpessoal: verifica o grau de relacionamento que

prevalece entre os funcionários, entre estes e suas chefias e com a

própria organização.

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•••• Estabilidade no emprego: refere-se ao sentimento de segurança das

pessoas em relação aos seus empregos.

•••• Processo decisório: identifica o grau de autonomia do funcionário,

bem como o grau de centralização das decisões.

•••• Benefícios: verifica o grau de satisfação com relação aos diversos

benefícios oferecidos pela empresa; mede o grau de atendimento

das necessidades das pessoas no âmbito da organização.

•••• Condições físicas de trabalho: refere-se à identificação do grau de

conforto das instalações; horário, etc.

•••• Relacionamento empresa x sindicato x funcionários: verifica o

sentimento de atendimento às queixas e reclamações dos

funcionários; também verifica o grau de satisfação dos mesmos em

relação ao sindicato.

•••• Disciplina: identifica o grau de rigidez das normas disciplinares e o

nível de insatisfação gerado por elas.

•••• Participação: verifica o grau de participação na gestão administrativa

da empresa.

•••• Pagamento: refere-se ao grau de conhecimento dos funcionários em

relação aos descontos efetuados e aos erros indevidos por ocasião

do pagamento.

•••• Segurança: identifica o grau de preocupação da organização e as

providências tomadas em relação à integridade física da sua força de

trabalho, no que se refere a acidentes de trabalho e doenças

profissionais.

•••• Objetivos organizacionais: verifica a clareza da comunicação, aos

funcionários, dos objetivos e planos de ação nos níveis setorial e

organizacional.

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•••• Orientação para resultados: avalia até que ponto a empresa estimula

sua força de trabalho para que os funcionários se comprometam

efetivamente pela consecução de resultados.

2.1.5. Modelo de Coda

No modelo do professor Roberto Coda (1997), existem 10

indicadores detectados nos seus estudos sobre liderança e motivação

organizacional em empresas privadas e públicas de grande porte. São elas:

•••• Liderança: descreve o encorajamento pelo chefe para o

desenvolvimento e crescimento profissional; grau de feedback

oferecido pelo chefe aos subordinados sobre assuntos que afetam o

trabalho, na área; discussão sobre os resultados de desempenho

individuais, tendo em vista melhor orientação no trabalho.

•••• Compensação: descreve o equilíbrio das diferentes formas de

remuneração adotadas pela empresa; amplitude do programa de

benefícios; pagamento acima do mercado, para os melhores

profissionais à disposição da empresa; concessão de aumentos por

desempenho e realização de metas.

•••• Maturidade empresarial: retrata o grau de fornecimento de

informações à comunidade, sobre as atividades e objetivos da

organização; compreensão adequada, pelos membros da

organização, em relação às pressões exercidas pelo mercado,

concorrentes e expectativas dos clientes; real consideração das

pessoas, como o maior patrimônio, e comportamento compatível

com essa crença; valorização de elevados padrões de desempenho.

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•••• Colaboração entre áreas funcionais: existência de respeito e

integração entre as diferentes áreas funcionais; estreita colaboração

entre os departamentos, para atingir os objetivos da empresa.

•••• Valorização profissional: estímulo à formação e ao desenvolvimento

de talentos internos; oportunidades oferecidas de crescimento e

avanço profissional; atendimento às aspirações e às expectativas de

progresso; qualidade do desempenho apresentado como critério de

maior ponderação nas promoções; prioridade do recrutamento

interno para posições de chefia.

•••• Identificação com a empresa: motivação da equipe e busca de

objetivos mútuos; sentimento de pertencer a “uma grande família”;

confiança recebida, compatibilidade da filosofia administrativa ao

porte da empresa.

•••• Processo de comunicação: decisões anunciadas prontamente;

adequação das informações recebidas ao correto desempenho das

atividades; instrumento facilitador da integração da empresa; clareza

e compreensibilidade das informações transmitidas.

•••• Sentido do trabalho: importância atribuída ao que acontece com a

organização; utilidade e importância do trabalho realizado no

contexto organizacional; firmeza nas ações por parte da alta direção

e empreendimento dessas até o final.

•••• Política global de recursos humanos: importância atribuída à área de

RH diante das demais áreas funcionais existentes; apoio fornecido

pelas políticas de RH ao desenvolvimento do trabalho;

disponibilidade para ouvir e considerar a diversidade de opiniões.

•••• Acesso: continuidade de realização do mesmo tipo de trabalho, até o

final da carreira.

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2.1.6. Modelo de Tachizawa & Andrade

O modelo de Tachizawa & Andrade (1999), é um diferente dos

outros anteriores, pois este parte do princípio que “as pesquisas internas são

muito úteis, na medida que contribuem para a aferição de providências

necessárias à melhoria do clima organizacional”. Sendo assim, as questões de

autodiagnóstico que devem ser destacadas são:

• Liderança: liderança da alta direção, valores da instituição quanto à qualidade, gestão para a qualidade e responsabilidade comunitária.

• Informação e análise: abrangência e gestão dos dados e das informações sobre qualidade, comparações com a concorrência e

referencia de excelência, análise de dados e informações sobre

qualidade.

• Planejamento estratégico para a qualidade: metas e planos para a

qualidade.

• Utilização de recursos humanos: gestão de recursos humanos, envolvimento dos funcionários, educação e treinamento em qualidade,

reconhecimento e medição do desempenho dos funcionários, bem-estar

e moral dos funcionários.

• Garantia da qualidade de problemas e serviços: projeto e introdução no mercado de produtos e serviços, controle da qualidade de processos,

melhoria contínua de processos, avaliação da qualidade,

documentação, qualidade do processo do negócio e dos serviços de

apoio e qualidade dos fornecedores.

• Resultados obtidos quanto à qualidade: de produtos e serviços, no processo do negócio, operações e serviços de apoio e de fornecedores.

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• Satisfação do cliente: determinação dos requisitos e das expectativas do cliente, gestão do relacionamento com os clientes, padrões de

serviços aos clientes, compromisso com os clientes, solução de

reclamações objetivando a melhoria da qualidade, determinação da

satisfação do cliente, resultados relativos à satisfação dos clientes e

comparação da satisfação dos clientes.

2.1.7. Propostas de Estudos

Existem algumas propostas de estudos que podem servir como

base na elaboração de novos modelos, tomando por criador dos novos a

organização empenhada o próprio.

• Modelo de Kozlowski: criação de Steve Kozlowski e Mary Doherty

KOZLOWSKI; DOHERTY,1989) a partir de estudos da Psicologia Aplicada,

mais objetivando avaliar a relação existente entre efeitos dos diferentes estilos

de liderança e o clima Organizacional.

• Modelo de Levering: Criado por Robert Levering (LEVERING,1984 e

1997), originalmente realizado com objetivo para avaliar a relação entre a

satisfação dos empregados e a imagem e desempenho econômico/financeiro

das empresas.

• Modelo de Rizzatti: Elaborado pela dissertação de mestrado de Gerson

Rizzatti (RIZZATTI,1995) objetivamente para analisar o clima organizacional da

Universidade Federal de Santa Catarina, e depois sendo aperfeiçoado em sua

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tese de doutorado em 2002 (RIZZATTI,2002), ao fazer um estudo mais amplo

envolvendo as universidades federais da Região Sul do Brasil.

2.2. PESQUISA DE CLIMA

Esta é uma estratégia de avaliação mais utilizada para medir o

clima. Ela permite avaliação de clima entre funcionários mesmo quando estão

distribuídos em uma área geográfica enorme, pois não precisa ser aplicado em

salas pequenas e nem em auditórios, separados por grupos. Aonde o indivíduo

estiver trabalhando, poderá responder o questionário.

Esta ferramenta costuma ser utilizado pela sua praticidade e pelo

seu custo, que é baixo. Levando em consideração da não necessidade de

divisão de turmas, a empresa economiza com o pessoal que for aplicar a

técnica. Na preparação de salas, pois não vai precisar montar salas afim de

receber os colaboradores. E, estes não precisarão para por muito tempo os

seus afazeres, podendo responder no momento de um pequeno intervalo.

Desta forma, não afeta a produção da instituição. Em alguns casos, as

organizações têm como escolha apresentar o questionário de eletrônico, ou

seja, através de programas de computador como o utilizado pelo DETRAN e

pelas urnas eleitorais do TRE. Os colaboradores respondem as perguntas e

estas serão computadas, ocasionando assim, de uma forma mais rápida, o

resultado para ser analisado pelos apresentadores e divulgado para os

contribuintes.

Os funcionários se sentem mais a vontade para responderem as

questões. A pesquisa permitir e exigir o anonimato. Quando os colaboradores

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não se identificam, há mais sinceridade nas respostas, visto que não serão

descobertos por suas respostas. Em outras palavras, não serão prejudicados

pelas suas percepções, emoções e sinceridade.

É aplicado e distribuído individualmente, ou seja, cada pessoa

responde a sua folha sem a influência de outros. A resposta priva a

particularidade do indivíduo, tomando como base que este é visto como uma

pequena célula importante.

Na maioria das vezes, é baseada com respostas que podem ser

respondidas rapidamente, sendo elas abertas ou fechadas. A quantidade de

questões mais recomendável é entre 40 a 80 questões. Quando o número é

maior corre o risco de ser cansativo e, assim, acarretar na desistência ou até

mesmo levar ao entrevistado a não responder ao questionário com seriedade e

verdade. Fica a critério da empresa a utilização de meio eletrônico.

É indicado que a linguagem utilizada deve ser clara e coesa para

que não haja confusão e más interpretações. Para isso, é necessário levar em

conta que vários funcionários de diferentes setores, idades, níveis de formação

e etc irão responder o questionário.

Como em qualquer texto e trabalho redigível, é aconselhada uma

prévia verificação da elaboração das frases das perguntas. Se possível for,

que seja verificado por quem não participou da elaboração do trabalho para

tentar entender o questionário. As críticas de pessoas que não participaram da

elaboração serão melhores do que aquelas que participaram, pois não têm a

idéia enraizada previamente antes de revisá-las.

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2.2.1. Perguntas Essenciais

Para Luz, é indicado na elaboração da pesquisa de clima a

apresentação de no mínimo 40 questões e no máximo 80. Porém, ele

completa que algumas perguntas não podem faltar devido a “contundência de

seus teores”. Elas estão basicamente em todas as pesquisas de clima. São

elas:

“1ª. De modo geral, você está satisfeito em trabalhar na

empresa?

2ª. Como você se imagina daqui a dois anos?

3ª. Como você considera a empresa atualmente, em relação

a quando começou a trabalhar nela?

4ª. Você considera a empresa um bom lugar para trabalhar?

5ª. Indique duas principais razões pelas quais você trabalha

na empresa.

6ª. Indique os dois principais fatores que mais geram

insatisfação no seu trabalho.

7ª. Você indicaria um parente ou um amigo para trabalhar

na empresa?

8ª. A empresa desfruta de boa imagem entre os

funcionários?

7ª. Você está satisfeito de trabalhar na empresa?

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8.ª Numa escala de 1 a 10, como você classificaria a

imagem da empresa perante os funcionários?

9ª. De modo geral, como você classifica a empresa em

relação ao que ela era quando você começou a trabalhar

aqui?

10ª. Indique dois principais valores que geram mais

insatisfação no seu trabalho.

11ª. De 0 a 10, que nota você daria aos seguintes

serviços/benefícios? (Relacionar as seguintes: assistência

médica, assistência odontológica, transporte, seguro de

vida, posto bancário, cesta básica, Ticket - refeição, Ticket –

alimentação, Jornal de circulação interna, outros)

13ª. Que sugestões você daria para tornar a empresa um

lugar melhor para se trabalhar?”

É necessário destacar a importância de algumas destas:

a primeira serve para avaliar a abrangência da pesquisa e o nível de

satisfação do funcionário.

A segunda e a sétima avaliam se a empresa deve se

preocupar ou não. Se os questionados responderem que gostariam de

mudar de empresa e que não indicaria seus conhecidos para trabalhar

nela, é um indicador negativo do clima para imagem da organização.

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2.2.2. Fatores Importantes no Resultado

Segundo a Revista Valor Carreira (2006), foi realizada

uma pesquisa de clima da Hay Group em 158 empresas. Nela, a

revista descobriu que a opinião dos empregados sobre a empresa nas

quais trabalham não igual para todos. Isso se deve porque sofre

variações de acordo com idade, área de trabalho, tempo de casa,

escolaridade, cargo, sexo e outras particularidades de quem responde

às perguntas.

Com relação à área de trabalho, foi verificado que o

pessoal de vendas tem maior índice de respostas favoráveis (76%) e

em segundo fica em relação ao pessoal do RH (73%) que estão mais

próximo na gestão do clima e por isso compreendem melhor. Já o

pessoal de informática/tecnologia não obteve o mesmo sucesso (69%),

pois recebem mais cobranças e não se sentem importantes no

sucesso da empresa. Para a área de vendas, equivalente a 67%, já se

sente mais feliz por estar em contato com o público externo.

Quanto ao sexo, mulheres apresentam mais críticas. São

mais ainda quando são questionadas em relação ao cargo de

ocupação e às oportunidades de fazerem trabalho mais interessante e

desafiador.

Em relação ao nível de instrução, somente 43%

responderam a favor. Visto que na medida que tem maior nível de

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instrução, mais o empregado é crítico em quanto à capacidade de

retenção de talentos da organização.

Pela idade, foi verificado que os jovens da faixa etária de

21 a 35 anos, o índice de respostas favoráveis é grande, com cerca de

70%. E quando a idade passa dos 50 anos, o índice aumenta para

80%.

Quanto ao tempo de casa, foi o quesito com mais

respostas favoráveis, principalmente daqueles com até 15 anos (73%).

Os mais jovens tem mais perspectiva ao trabalho e aqueles com mais

de 10 anos costumam estar no grupo dos mais comprometidos.

Sendo assim, cabe relevar todos estes aspectos no

momento de analisar o resultado da pesquisa.

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CAPÍTULO III

O CLIMA E O FUNCIONÁRIO

Como problema trazido para ser analisado por esta tese, muitos

funcionários não são apresentados ao conceito de clima e o que este

representa. Ao se depararem com o questionário da pesquisa de clima, não

dão o devido valor para este respondendo-o de qualquer maneira e quando

são obrigados a responderem. Não tem o conhecimento que esta é uma forma

que serve para avaliar a empresa onde trabalha com objetivo de buscar

melhorias.

As organizações pecam quando não apresentam a devida

importância que deve ser dada ao clima e à avaliação deste. Visando uma

pesquisa onde a realidade empresarial expressa de forma concreta, cada

empresa deve apresentar ao quadro funcional o porquê do questionário,

explicar o que é clima e logo após de obter o resultado, anunciá-lo a todos os

interessados (inclusive a quem respondeu)

Em uma Companhia fornecedora de energia elétrica no Estado

do Rio de Janeiro (privada), foi realizada uma pesquisa com um grupo de

funcionários cuja finalidade era de diagnosticar o conhecimento dos

funcionários em relação ao clima organizacional nesta empresa.

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Conforme indicado no gráfico a seguir, 71%

daqueles que responderam a pergunta “Você sabe o que é clima

organizacional?” disseram que sabem o que é clima organizacional. Dentre

outros, 29% alegaram que não sabem o que vem a ser clima.

Para aqueles que responderam “NÃO” nesta primeira pergunta,

foram questionados se gostariam de saber o que é clima. Todos responderam

que gostariam de saber o que é, e um deles pediu explicação sobre o tema

questionado. O que é espantoso, tendo em vista que estes passaram pelo

processo da pesquisa de clima no início do ano de 2006.

Na terceira questão, foi perguntado àqueles que responderam

“SIM” na primeira pergunta se estes acreditam que a empresa onde trabalham

aplica corretamente a pesquisa de clima. Conforme gráfico abaixo, 53%

responderam que acreditam sim. 33% responderam que não acreditam.

Porém, 24 % não responderam nada.

Sabe o que é Clima Organizacional?

71%

29%

Sim Não

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Foi solicitado a estes que responderam à terceira questão uma

justificativa. Alguns se justificaram e outros não.

Para aqueles que acreditam na pesquisa, quatro pessoas

defenderam suas posições. O primeiro entende “que a pesquisa é

democrática, apesar de pecar por ser facultativa”. Este acredita que todos

devem fazer a sua parte.

Já o segundo, acredita que “o programa de engajamento foi em

resposta da pesquisa”. Esta resposta deve-se ao programa que a empresa

está apresentando a todos os seus funcionários, sendo estes de diversas

áreas. Este programa foi montado com objetivo de engajar os funcionários na

missão e nos valores da empresa. É apresentado por dois consultores

contratados por esta. Cada funcionário participa de workshop com duração de

oito horas, sendo que cada turma é composta por 100 pessoas. Porém, nem

todas as pessoas acreditam nesta programação como melhoria no local de

trabalho, mais sim como uma forma de cobrança de produção.

Acredita que a Pesquisa de Clima é bem aplicada

33% 53%

24%

Sim Não Branco

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A terceira pessoa que respondeu positivamente a pesquisa,

acredita que a pesquisa é “dada de todas as informações necessárias para

que tenha uma visão do público interno da mesma”.

Já a quarta que defende, acredita que a empresa seja “séria e

com valores a serem adotados e cumpridos”.

Porém, não devem ser esquecidos aqueles que negaram a

confiança da aplicação da pesquisa de clima. Cinco entrevistados dos que

responderam “NÃO” na terceira pergunta, justificaram porque não confia na

pesquisa de clima.

Para um, a confiança é abalada “porque a empresa passa por

mudanças constantes” e isso atrapalha a organização dos setores diversos.

Isso acarreta na intranqüilidade dos funcionários gerando uma crise na

instituição em geral.

Há quem acredite que a aplicação da pesquisa de clima precisa

melhorar de forma afim de que procure ouvir mais os empregados.

Já um outro colaborador, acredita que a empresa segue a

tendência acadêmica por ser privada e que esta aplica uma metodologia de

pressão sobre seus funcionários com “cargos de menor escalão e negados por

cargos superiores”. Este até chegou a citar a expressão “morde e assopra”

para definir sua posição. E acrescenta que o resultado vai mais ao encontro

aos maiores “obstáculos” de entendimento entre a diretoria e funcionário em

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vez de buscar melhoria de condições de trabalho, em todos os sentidos.

Sendo assim, “gera olho curto o que não é aceito” pela instituição.

A quarta pessoa acredita que o recurso é manipulado,

completando com a quarta que diz não ver retorno benéfico para os

funcionários e sim visando o bem-estar da empresa no mercado.

Um outro empregado alegou que não ver “retorno benéfico para o

funcionário”. Este acrescentou que a “pesquisa é feita visando o bem estar da

empresa no mercado”.

Todas opiniões diferentes das outras. Podemos assim perceber

que para o cliente interno perceber um bom clima, depende do meio em que

vive e de outros pontos influenciadores.

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CAPÍTULO IV

CLIMA E O PEDAGOGO EMPRESARIAL

A pedagogia empresarial é uma nova área que interage com o

recursos humanos em busca na qualificação e bem estar de todos que

participam de um grupo empresarial.

O clima organizacional, sendo confuso e/ou autoritário, pode

gerar hábitos e comportamentos resultantes de insatisfação no ambiente de

trabalho, criando declínio da produtividade, má vontade e alienação do

trabalhador. Mediante a este aspecto, é importante criar vínculos ente a

empresa e o colaborador apartir da cultura e das necessidades de cada

indivíduo.

Para o empregado se sentir feliz e produtivo, ele precisa se sentir

valorizado e no lugar certo. Se este desempenhar funções que se adequam a

sua capacidade e no setor onde gostaria de trabalhar, acarretará no aumento

de sua satisfação pessoal. Assim, todos teriam mais sucessos.

Segundo Moraes Neto, presidente da BV Financeira, defende em

entrevista para Revista Valor Carreira que “ as pessoas querem ser sentir

justamente promovida”, quando é entrevistado sobre o tema de retenção de

talentos. Este acrescenta que a empresa não pode medir esforços quando se

para capacitar o seu pessoal.

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Aumentar a capacitação dos empregados a fim de atingir os

objetivos já determinados ao nível de necessidades da instituição e deles

próprios é o emblema distintivo do pedagogo. Este tem a habilidade em

contribuir para o crescimento das pessoas descobrindo seus potenciais através

de atividades formativas, motivação e treinamento.

Para a Revista Valor Carreira, Peter Senge (autor do livro A

Quinta Disciplina) fala que para aprender deve ser um ato coletivo. Este vê

que muitos executivos pagam para por serviços e que batem bastante na tecla

da importância do aprender. Porém, estes não têm de si o comprometimento

em “transformar a cultura” das organizações onde trabalha. Deste jeito, fica

mais complicado o trabalho do pedagogo, pois recebe para ensinar aos

subordinados e precisam transformar a mentalidade das “cabeças” das

organizações. Os gerentes precisam também estar dispostos ao aprendizado

para interrogarem as suas maneiras de pensar e a maneira que fazem para

solucionar algum problema. É muito complicado para um chefe receber

críticas de uma outra pessoa, principalmente quando esta é contratada por ele.

Não se pode esquecer que a cultura está interligada com o clima.

Segundo Luz, “a cultura influencia, sobremaneira, o clima de uma empresa.

São faces de uma mesma moeda, são questões complementares”. A cultura é

vista como a personalidade da organização.

Partindo da idéia de Senger em que “toda organização que

aprende, é possível criar um ambiente que seja mais recompensador, mais

humano e também efetivo”, o pedagogo tem muita importância na criação de

um bom clima nas empresas. Desta forma, as pessoas precisam estar

engajadas. Por conseqüência, se tronaram mais comprometidas. Sendo

assim, estas irão mudar suas mentes de forma que pensarão que por não

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saberem como devem fazer a tarefa no trabalho buscarão o conhecimento e a

capacitação. Porém, para aquelas que não estão engajadas na empresa

continuarão na inércia, ou seja, buscarão renovar seus conhecimentos e

aprimorar suas habilidades.

A partir deste pensamento, é importante que o pedagogo estimule

os empregados antes de aplicar qualquer treinamento. Se este não envolver

os componentes do grupo, com um projeto de engajamento, de nada será

proveitoso o treinamento. Pelo ao contrário, não só se terá gastos financeiros

como também psicológicos e de tempo.

E é por aí que a pesquisa de clima tem importância para o

pedagogo. Como já foi visto antes, esta capta a percepção do funcionário.

Com o resultado da pesquisa, o pedagogo verifica onde, como e quando pode

motivar o funcionário.

O pedagogo empresarial é capacitado para atendem as

necessidades das organizações, desenvolvendo métodos educacionais. Este

pode realizar uma contribuição, de uma forma determinante, estabelecendo o

clima de confiança e uma atitude positiva diante das inovações educacionais.

Um pedagogo deve ter em mente que ao trabalhar com

empregados, vai contrastar com vários indivíduos diferentes. Em outras

palavras, este trabalhará com seres diferentes, com cada um na sua

particularidade, mas ao mesmo tempo, o que estes tem de mais em comum: o

ambiente de trabalho. Como em salas de aulas, o pedagogo precisa captar as

maiores dificuldades do grupo e criar métodos de aprendizagem que causem

algum impacto positivo.

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Também é importante que antes de aplicar um treinamento, deixe

todos os empregados cientes dos valores, da missão e da visão da empresa.

É muito importante uma boa comunicação para que haja coesão e coerência

no treinamento. O indivíduo necessita saber o porquê está no projeto de

treinamento e para que também.

É claro que o clima organizacional está freqüentemente em

mudanças. Por isso, o pedagogo precisa sempre estar atento ao clima.

Partindo deste princípio, este deve estar sempre atualizando e renovando seu

métodos de aprendizagem.

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CONCLUSÃO

O clima é a satisfação do cliente interno mediante a percepção deste à

cultura organizacional. Este pode ser mudando periodicamente. Hoje a

empresa pode estar sendo parabenizada e amanhã pode ser vista como a pior

do mercado, ou vice-versa, pela concepção do funcionário.

Para avaliá-lo, não se pode confundir estratégias de avaliação

com indicadores, pois as estratégias concedem à organização o poder de

conhecerem seu clima mais concretamente, parcialmente ou total. E os

indicadores, apontados nos modelos de estudo, fazem que a empresa

presuma sobre o clima.

Se prendendo mais na pesquisa de clima, esta é mais utilizada

nas empresas na atualidade. Esta permitia a aplicação em massa, mesmo

quando a empresa é instalada em varias áreas. É mais econômica

financeiramente e no tempo. Tem mais credibilidade por manter o anonimato.

Além dessas, apresenta muitas outras vantagens na sua aplicação. Mas, pede

mais atenção na apuração dos resultados quanto alguns fatores: variações de

acordo com idade, área de trabalho, tempo de casa, escolaridade, cargo, sexo

e outras particularidades de quem responde às perguntas.

Todas opiniões diferentes das outras. Podemos assim perceber

que para o cliente interno perceber um bom clima, depende do meio em que

vive e de outros pontos influenciadores.

As organizações pecam quando não apresentam a devida

importância que deve ser dada ao clima e à avaliação deste. Visando uma

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pesquisa onde a realidade empresarial expressa de forma concreta, cada

empresa deve apresentar ao quadro funcional o porquê do questionário,

explicar o que é clima e logo após de obter o resultado, anunciá-lo a todos os

interessados.

O pedagogo empresarial é capacitado para atendem as

necessidades das organizações, desenvolvendo métodos educacionais. Este

pode realizar uma contribuição, de uma forma determinante, estabelecendo o

clima de confiança e uma atitude positiva diante das inovações educacionais.

É importante que antes de aplicar um treinamento, deixe todos os

empregados cientes dos valores, da missão e da visão da empresa. É muito

importante uma boa comunicação para que haja coesão e coerência no

treinamento.

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BIBLIOGRAFIA

1. LUZ, R. Gestão do Clima Organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2003.

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Janeiro: Elsevier, 7. ed, 2003 3. CODA, R. Pesquisa de Clima Organizacional e Gestão Estratégica de

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São Paulo, Atlas, 1986. 5. LEVERING, R. Um Excelente Lugar para se Trabalhar: o que Torna Alguns

Empregadores Tão Bons e Outros Tão Ruins. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 1997.

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UFSC: Dissertação (Mestrado). Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, 1995.

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Administração Pública, v. 11, n. 2, p. 141-58, abr./jun., 1977. 8. ___________, As Melhores na Gestão de Pessoas. Revista Valor Carreira,

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ANEXOS

GRÁFICOS

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ATIVIDADES CULTURAIS

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