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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE VENTOS PROCESSOS NATURAIS E GERAÇÃO DE ENERGIA Por: Louise Domicioli Bernardino Sadeck Orientador Profª Mestre Esther Araujo Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

VENTOS – PROCESSOS NATURAIS E GERAÇÃO DE ENERGIA

Por: Louise Domicioli Bernardino Sadeck

Orientador

Profª Mestre Esther Araujo

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

VENTOS – PROCESSOS NATURAIS E GERAÇÃO DE ENERGIA

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Ambiental.

Por: Louise Domicioli Bernardino Sadeck

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela força e determinação.

A minha orientadora professora mestre

Esther Araujo, pela paciência e

orientação do meu trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu marido

Rafael Sadeck Faria.

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é apresentar uma breve explanação sobre

a capacidade dos ventos de erodir estruturas na natureza; depositar

sedimentos em diversos lugares; destruir cidades, agindo como furacões e

ciclones; podendo ainda gerar energia. Através de uma revisão bibliográfica,

esta monografia buscou apresentar a formação dos ventos; suas principais

características; seus tipos; as dunas formadas pela sedimentação e sua

importância na extração mineral; exemplificou cidades que foram soterradas

por dunas migratórias e as destruições em muitas cidades do planeta

causadas pela forte atuação dos ventos, como o fenômeno chamado ciclone

extratropical Catarina que ocorreu no estado de Santa Catarina no ano de

2004. Comprovou-se os registros causados pela atuação dos ventos na

natureza, a importância das dunas, a energia gerada através dos ventos

(energia eólica) suas vantagens, desvantagens e o crescimento de sua

utilização no Brasil e no mundo. Conclui-se que o vento é um fenômeno

climático responsável pela formação das diversas estruturas no planeta e vem

dele a esperança de que ocorra no futuro o crescimento da utilização desta

fonte de energia renovável, que é a energia eólica.

Palavras-Chave: Vento, erosão, sedimentação, destruição e energia.

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METODOLOGIA

O trabalho contempla o estudo sobre os ventos, os registros produzidos

por eles, sua capacidade de destruição e principalmente sua característica de

produzir energia, através de bibliografia, webgrafia e visita “in loco” ao Parque

Eólico de Gargaú, ainda em testes, de São Francisco de Itabapoana em Santa

Clara no Rio de Janeiro.

A primeira parte (capítulo 1) foca a formação dos ventos e os seus tipos.

A segunda parte (capítulo 2) foca os mecanismos de transporte e

sedimentação.

A terceira parte (capítulo 3) foca os registros produzidos no ambiente

pelos diversos tipos de ventos.

A quarta e última parte (capítulo 4) foca a grande capacidade dos ventos

em gerar energia sem a utilização dos combustíveis fósseis.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I

Conhecendo a formação dos Ventos 14

CAPÍTULO II

Os Mecanismos de Transporte e Sedimentação 16

CAPÍTULO III

Registros Produzidos pelo Vento e a Variedade de Esculturas 18

CAPÍTULO IV

Energia Eólica 26

CONCLUSÃO 34

ANEXOS 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40

BIBLIOGRAFIA CITADA 42

ÍNDICE 43

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ÍNDICE DE FIGURAS 45

FICHA DE AVALIAÇÃO 46

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INTRODUÇÃO

Segundo CARVALHO, os processos eólicos são fenômenos naturais

que provocam grandes mudanças geológicas (capítulo I). São gerados através

dos movimentos das massas de ar vindas das regiões equatoriais e dos pólos

do planeta Terra, pela diferença de temperatura da terra e das águas, das

planícies e das montanhas. O vento sopra sempre desde uma região de

pressão atmosférica alta para uma região próxima onde a pressão é mais

baixa

O estudo dos ventos teve início no ano 40 a.C., o vento foi ponto de

estudo. A construção da escultura octogonal, chamada Torre dos Ventos

erguida perto de Acrópolis em Atenas, possibilitou e realização de algumas

previsões. No alto da torre havia uma veleta que assinalava a figura que

representava o vento que soprava no momento. Noto (o vento do sul)

significava chuva, enquanto que Lipo (o do Norte) era um vento favorável para

a navegação.

O passo mais importante para a compreensão dos ventos foi dado

pelos exploradores espanhóis, portugueses e ingleses que chegaram ao Novo

Mundo a partir do século XV. Os barcos que zarpavam da Europa costumavam

rumar para o sul, ao invés de navegar diretamente para o oeste, para

aproveitar os ventos alísios, que sopram desde a costa da África até as

Caraíbas.

O inglês George Hadley (1682-1744), importante fabricante de

instrumentos, foi o primeiro a explicar a existência dos ventos alísios e que no

hemisfério norte sopram desde o nordeste ao sudeste. Em 1735, Hadley

sugeriu que a intensa radiação solar que cai sobre as regiões equatoriais faz

com que o ar se aqueça, se eleve e se desloque para os pólos (capítulo II). Ao

esfriar novamente, o ar desce e volta a se aproximar do equador, substituindo

o ar que se eleva nesse momento e dando lugar aos ventos alísios.

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Hadley deduziu que os ventos alísios sopram desde o leste em ambos

hemisférios porque a Terra gira para o leste. Explicou que o ar que se dirige

para o Equador desde as altas latitudes torna-se atrasado com relação à

superfície da Terra, que gira com mais rapidez no Equador do que nas altas

latitudes, e por isso parece chegar desde o leste. Este efeito da rotação,

denominado efeito Coriolis em homenagem ao matemático francês Gaspard

Gustave Coriolis (1792-1843), parece ser causa de que todos os ventos

soprem no sentido das agulhas do relógio no hemisfério sul.

Segundo POOP, o vento ocorre em todos os climas, porém com

intensidades diferentes. A atividade geológica do vento é dominante em

regiões secas como nos desertos, onde a evaporação é grande. Os grandes

desertos extremamente áridos, encontram-se na zona subtropical de altas

pressões, ou seja, superiores a 1.019 milibars. Caracterizam-se por

temperaturas de grande variação diária, com picos elevados.

Na opinião de CIVITA, para que a ação dos ventos seja eficaz, tem

importância não apenas o fato de não haver vegetação, mas também as

formações superficiais do terreno, que nos desertos podem ser muito variáveis.

Alguns ventos, principalmente os quentes e secos, influenciam sobre a vida

humana de tal modo que receberam nomes especiais como: Chinook e Föhn.

Segundo CARVALHO, o Chinook, também chamado pelos índios

canadenses de “comedor de neve”, é um vento quente e seco que sopra nas

encostas orientais das Montanhas Rochosas. É muito admirado pelos

pecuaristas, já que pode derreter a camada de neve em poucas horas,

deixando os pastos descobertos. O Föhn, das zonas alpinas da Europa, há

quem acredite que provoque irritabilidade, enxaqueca, insônia e ansiedade nas

pessoas durante o período que ele sopra. Na Suíça e Alemanha observou-se

um aumento do número de suicídios, acidentes industriais e de tráfego quando

sopra este “vento das bruxas”. Na primavera, as tormentas que atravessam o

Mediterrâneo em direção leste podem atrair para o norte o Sirocco, o vento do

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Saara que chega carregado de areia e umidade absorvida ao cruzar o mar. De

vez em quando, a areia ferruginosa do deserto (capítulo III) cai na Espanha ou

na Itália em forma de chuvas vermelhas.

De acordo com POOP, a atividade geológica do vento depende

sobretudo da intensidade, influindo com outros fatores meteorológicos tais

como: a direção e a persistência em que o vento segue. A velocidade diminui

através do atrito na superfície da Terra e aumenta de acordo com a altura que

está soprando. A velocidade do vento na superfície é máxima quando ela é

plana e com fluxo laminar, como no ar, no mar e nas planícies.

Segundo SIGOLO, para caracterizar a intensidade do vento, emprega-

se a escala de Beaufort, a qual divide a intensidade em 11 categorias, dentre

as quais destacam-se as seguintes:

Calmaria – velocidade inferior a 1.5 Km/h

Brisa leve – velocidade entre 6.1 a 11.1 Km/h

Vento suave – velocidade entre 11.1 a 17.2 Km/h

Furacão – velocidade superior a 64.8 Km/h, podendo atingir até mais

de 150 Km/h (efeito catastrófico).

De acordo com CARVALHO, o eixo da Terra está inclinado 23,5° em

relação ao plano de sua órbita em torno do Sol, o que resulta em variações

sazonais na intensidade e duração dos ventos. Como resultado, surgem os

ventos continentais ou periódicos e compreendem as monções e as brisas. As

monções são ventos periódicos que mudam de direção a cada seis meses

aproximadamente. Geralmente, as monções sopram em determinada direção

em uma estação do ano e em sentido contrário em outra estação.

Segundo SIGOLO, os ventos podem movimentar e depositar partículas

ou sedimentos eólicos. Estes são fenômenos que chamamos de erosão,

transporte e sedimentação. Através do transporte e da sedimentação de

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partículas o vento pode formar belíssimas dunas; polir rochas; formando

estruturas semelhantes a cálices, etc; soterrar monumentos, como ocorreu

com a Esfinge do Egito e até cidades inteiras poderão ser cobertas pelas

partículas de areia que o vento pode trazer.

De acordo com SILVA, uma das mais conhecidas ações geológicas

dos ventos é a formação de dunas, tanto nas praias (dunas litorais) como em

certas regiões desérticas em pleno continente (dunas continentais), como no

Saara.

Na opinião de ORIEUX, a erosão eólica produz a formação de estrias

ou pequenas cavidades nas rochas calcárias e seixos. É também de origem

eólicas um tipo de solo que reveste parte da França, formado por partículas de

argila, quartzo e calcário.

De acordo com RODRIGUES, a ação erosiva do vento é de duas

espécies: deflação, quando levanta partículas já soltas, e abrasão, quando

pelo arremesso de partículas, desgasta outras rochas.

Segundo EVERAERE, nos desertos, o vento amontoa a areia sob a

forma de dunas separadas. As dunas podem se movimentar através do

transporte de suas partículas levadas pelo vento. Assim, poderão formar

lombadas cada vez mais altas.

Segundo DINIZ, dependendo da velocidade e da localização de

atuação dos ventos, podem acarretar estragos irreversíveis, como o fenômeno

que ocorreu no estados de Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no ano de

2004. Recebeu o nome de “ciclone extratropical Catarina” e provocou um

prejuízo de 1 bilhão de Reais na região sul de Santa Catarina, onde 32 mil

residências foram atingidas e 393 destruídas pelo vendaval. A cidade litorânea

de Torres foi a parte do Estado mais atingida.

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De acordo com SOUZA, a força eólica, é aproveitada por meio de

diferentes dispositivos que a transformam em força de impulso, movimentando

um veleiro que transformará energia eólica em energia elétrica. O que torna

atraente a idéia de cata-ventos (aerogeradores) é que produzem energia

elétrica considerada limpa, sem poluição atmosférica e riscos de contaminação

nuclear, e, em princípio, não agridem o meio ambiente. A vantagem da energia

eólica, é que a matéria-prima é oferecida gratuitamente pela natureza. Não

polui nem causa grande impacto ambiental, como ocorre com as hidrelétricas e

seus lagos que inundam extensas áreas.

De acordo com dados relatados recentemente pelo site WIKIPÉDIA, na

Dinamarca, a energia eólica já produz em conjunto cerca de 350 mil quilowatts

de eletricidade. Os campeões de uso dos ventos são a Alemanha, a

Dinamarca e os Estados Unidos, seguidos pela Índia e a Espanha. O Brasil

possui potencial de utilização de energia eólica (capítuloIV) superior ao da

Alemanha, mas produz só 1/3 da energia gerada pelos ventos daquele país

europeu. As forças misteriosas da natureza, como os ventos, determinam o

aspecto do planeta. Nesta época de preocupações pelo futuro do mundo,

existe a tarefa de desvendar seus segredos e saber utilizá-los.

As modificações causadas pelos ventos e sua utilização como energia

motivou o desenvolvimento desta pesquisa, que visou destacar os registros

deposicionais e a variedade de esculturas nas rochas; a verificação do uso da

força dos ventos; a apresentação das vantagens da utilização da energia eólica

e o crescimento do uso desta energia no Brasil e no mundo

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CAPÍTULO I

CONHECENDO A FORMAÇÃO DOS VENTOS

(...) Vento, ventania, me leve para onde nasce à chuva (...)

Trecho da música Vento Ventania – Biquíni Cavadão

Segundo Civita (1995), vento é um fenômeno muito comum que

ocorre constantemente em nosso planeta. É responsável pela formação de

muitas estruturas na paisagem, até pela destruição de algumas, podendo gerar

lucro, quando bem empregado, além de outras características.

Segundo Orieux (1968), a ação dos ventos, que depende de sua

velocidade, revela-se quando o solo não está protegido pela vegetação. Deste

modo, nestas regiões, o vento remove e transporta os grãos de areia e os atira

contra pedras, desgastando-as pouco a pouco. Junta os grãos maiores ao pé

dos vegetais pequenos (arbustos) e deposita a poeira mais fina sobre os

campos.

Podemos dar inúmeras definições para a formação dos ventos, uma

delas, conforme Sigolo (2000) diz que:

“Ocorre através da diferença de temperatura e de densidade

das massas de ar que se deslocam” (SIGOLO, 2000, p.247)

Para Melo (1997) as regiões tropicais que recebem os raios solares,

são mais aquecidas do que as regiões polares. Desta maneira, o ar quente que

se encontra nas baixas altitudes das regiões tropicais tendem a subir, sendo

substituído por uma massa de ar frio que se desloca das regiões polares. O

que podemos observar na figura a seguir:

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CAPÍTULO II

OS MECANISMOS DE TRANSPORTE E

SEDIMENTAÇÃO

(...) Me deixe cavalgar nos seus desatinos; Nas revoadas, redemoinhos (...) Trecho da música Vento ventania – Biquíni Cavadão

2.1 – O movimento das massas de ar

Segundo Sígolo (2000), o movimento das massas de ar funciona

como redistribuição da energia solar na atmosfera. Quanto maior for a

velocidade da massa de ar, maior a capacidade de transporte ela possuirá,

mas existem anteparos naturais e artificiais como florestas e edifícios que

podem diminuir a velocidades dessas massas de ar, reduzindo também sua

capacidade de transportar partículas. (SÍGOLO, 2000)

A figura a seguir classifica os ventos de acordo com sua velocidade

de deslocamento:

Figura 2

Classificação dos ventos.

Vento

Velocidade Km/h

1. Calmaria 1,5

2. Aragem leve 1,5 a 6,1

3. Brisa leve 6,1 a 11,1

4. Vento suave 11,1 a 17,2

5. Vento moderado 17,2 a 24,1

6. Vento médio 24,1 a 31,6

7. Vento forte 31,6 a 38,5

8. Vento fortíssimo 38,5 a 46,4

9. Ventania forte 46,4 a 55,4

10. Ventania fortíssima 55,4 a 64,8

11. Furacão > 64,8 (alguns com mais de 150 Km/h)

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Fonte: Sígolo, 2000

Segundo Porter (1995) a velocidade do vento também é influenciada

pela sua proximidade à superfície terrestre devido ao contato das massas de

ar com os obstáculos presentes. A velocidade do vento aumenta à medida que

ocorre o afastamento da superfície. (PORTER, 1995)

De acordo com Sígolo (2000):

“As massas de ar deslocam-se segundo dois tipos principais de

fluxo: Fluxo Laminar e Fluxo Turbulento (Fig. 2). Quanto mais

distante da superfície terrestre ou das barreiras for o fluxo de

ar mais laminar será. Quanto mais próximo for da superfície

mais turbulento será o fluxo devido aos obstáculos existentes”.

(SÍGOLO, 2000)

Figura 3

Deslocamento das massas de ar por Fluxo Laminar (esquerda) e por

Fluxo Turbulento (direita).

Fonte: Sígolo, 2000

2.2 – O movimento das partículas

De acordo com Sígolo (2000) as partículas finas de silte e argila são

transportadas longe e rápido. São as menores frações trabalhadas e

representam o maior volume de material transportado e depositado pelos

processos eólicos. Uma vez no ar a poeira é carregada em suspensão por

centenas de quilômetros (SÍGOLO, 2000)

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Figura 4

Movimento de partículas de poeira por suspensão.

Fonte: Sígolo, 2000

CAPÍTULO III

REGISTROS PRODUZIDOS PELO VENTO E A

VARIEDADE DE ESCULTURAS

(...) Quero juntar-me a você e carregar os balões pro mar (...) Trecho da música Vento ventania – Biquíni Cavadão

De acordo com Porter (1995):

“A ação do vento fica evidenciada pela forma destrutiva

(erosão) ou pela forma construtiva (sedimentação)”. (PORTER,

1995)

3.1 - Registros erosivos

De acordo com Sigolo (2000):

“O vento é um importante agente de erosão onde existe vento

forte e constante, existirá na terra solo seco e árido. O curso de

ar erode de duas maneiras: Deflação e Abrasão”. (SIGOLO,

2000)

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3.1.1 – Deflação: Para Sigolo (2000), deflação é a remoção de fragmentos de

rocha, areia e poeira. Pode produzir depressões no deserto ou extensas

superfícies mostrando cascalhos expostos pela remoção dos sedimentos finos,

também chamados de Oásis no deserto. (SIGOLO, 2000)

Figura 5

Oásis no deserto de Atacama, Cordilheira dos Andes.

Fonte: Sigolo, 2000

De acordo com Porter (1995), as regiões mais sujeitas a sofrerem o

fenômeno de deflação são praias de oceanos e grandes lagos e planícies de

inundações de rio glaciais. Na seca de 1930, a deflação no oeste dos EUA

rebaixou a superfície em cerca de um metro em apenas alguns anos.

(PORTER, 1995)

3.1.2 – Abrasão – Ainda na opinião de Sigolo (2000), abrasão é o polimento

de rochas em constante contato com o vento. Elas adquirem formas chamadas

de ventifatos. O ventifato tem pelo menos uma superfície lisa de frente para o

vento. (SIGOLO, 2000)

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Figura 6

Ventifato coletado na Antártica.

Fonte: Sigolo, 2000

De acordo com dados relatados pelo site

www.processoseolicoseaacaodosventos1.hpg.ig.com.br/intro.2.htm (2011), em

Vila Velha no Paraná as ações erosivas eólicas e pluviais podem produzir

formas específicas no relevo, no caso, nos arenitos do Subgrupo Itararé. As

chuvas tendem a erodir, principalmente, as porções argilosas desses arenitos,

tornando o conjunto muito mais sensível, podendo se reduzido a fragmentos

ou pó e sujeito à abrasão pelo vento, gerando formas variadas, similares a

cálices, tartarugas, garrafas etc.

(WWW.PROCESSOSEOLICOSEAACAODOSVENTOS1.HPG.IG.COM.BR/INT

RO.2.HTM, 2011)

Figura 7

Arenitos do Subgrupo Itararé erodidos pela união da ação eólica e pluvial

em Vila Velha, Paraná.

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Fonte:

www.processoseolicoseaacaodosventos1.hpg.ig.com.br/intro.2.htm, 2011

3. 2 – Registros deposicionais

Para Amaral (1999), o transporte e a deposição de partículas pelo

vento formam registros eólicos como: dunas, mares de areia e os depósitos de

loess. (AMARAL, 1999)

3. 2. 1 – Dunas

De acordo com Amaral (1999):

“Dunas são elevações de forma regular e característica

resultante de uma deposição continua de partículas

diárias transportadas pelo vento. Elas se formam a partir

de um obstáculo onde os ventos possuem a capacidade

de transportar areias”. (AMARAL, 1999)

Para Rodrigues, (1918) uma vez formadas, as dunas agem como

seus próprios quebra-ventos, causando mais deposição, podendo atingir

dezenas de metros de altura. (RODRIGUES, 1918)

Figura 8

Duna demonstrando o transporte de partículas.

Fonte:

www.processoseolicoseaaçãodosventos1.hpg.ig.com.br/intro.2.htm, 2010

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Para Barbosa (2002), existem dunas eólicas no Brasil em Mangue

Seco, na Bahia, entre São Luís, no Maranhão, e Natal, no Rio Grande do

Norte; entre Pontal do Peba, em Alagoas e na Praia de Santa Isabel, em

Sergipe; em Itaúnas, no Espírito Santo; em Cabo Frio, no Rio de Janeiro; perto

de Laguna, Santa Catarina, entre Torres e Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

(BARBOSA, 2002)

Figura 9

Lugares no Brasil onde existem dunas eólicas.

Fonte: Barbosa, 2002

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3.3 – Desertos

Poop (1999) relata que:

“Embora a palavra deserto signifique uma região

desabitada e sem vegetação, o desenvolvimento

moderno de captação de água artificial fez muitos

desertos tornarem-se regiões com habitantes e com o

cultivo da agricultura. Por isso o termo deserto é agora

usado como um sinônimo para regiões com precipitação

chuvosa anual menor que 250 mm e onde a taxa de

evaporação ultrapasse a precipitação. Aridez, portanto, é

característica importante do deserto”. (POOP, 1999)

Figura 10

Deserto do Saara.

Fonte: Poop, 1999

3. 4 – Capacidade de Destruição dos Ventos no Brasil e no mundo

De acordo com Carvalho (1997), os ventos, quando muito velozes,

podem causar sérios danos a bairros, cidades e até estados. Regiões poderão

ser destruídas se sofrerem a ação de ciclones e furacões. (CARVALHO, 1997)

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Para Sonopress (2001), a diferença entre ciclones e furacões, se da

através da intensidade da temperatura dos ventos que em cada fenômeno

ocorrem, o sentido que esses ventos circulam e a velocidade de cada um. Em

ciclones o núcleo é frio, os ventos que formam o topo e a base giram na

mesma direção e podem atingir até no máximo 80 Km/h. Já os ventos que

formam os furacões podem ultrapassar 150 Km/h. (SONOPRESS, 2001)

De acordo com Nobre (2002):

“Nos países voltados para o oceano Atlântico, no Caribe e

no leste do oceano Pacífico, próximo à América Central, o

fenômeno recebe o nome de furacão. Já no oceano

Pacífico, abaixo da linha do Equador, e no oceano Índico,

é chamado de ciclone. Enquanto no noroeste do oceano

Pacífico, próximo à Ásia, é conhecido como tufão”.

(NOBRE, 2002)

Figura 11

Regiões no mundo que sofrem com a ação destruidora dos ventos

Fonte: Nobre, 2002

Para Nobre (2002), mares agitados, ressacas muito fortes, grandes

chuvas e inundações quase sempre acompanham esses fenômenos. Entre os

mais fortes está o Mitch, que atingiu a Nicarágua e Honduras, na América

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Central, em 1996 e o furacão Typhoon Mitag, que passou no dia 6 de março de

2002 pelas Filipinas. (NOBRE, 2002)

Figura 12

Furacão Typhoon Mitag.

Fonte: Nobre, 2002

De acordo com dados relatados no site

www.terra.com.br/jornal/ciclone.htm (2010), ocorreram nos estados de Santa

Catarina e no Rio Grande do Sul, na madrugada no ano de 2004, um

fenômeno climático chamado ciclone extratropical Catarina. O fenômeno

observado na costa brasileira apresentou características de ciclone, mas os

ventos que atingiram 150km/h, afundaram embarcações, destruíram 32 mil

residências, deixaram centenas de famílias desabrigadas, fizeram mortos e

feridos, além de outros danos.

(WWW.TERRA.COM.BR/JORNAL/CICLONE.HTM, 2010)

Figura 13

Ciclone extratropical Catarina avançando do oceano Atlântico para a

região sul do Brasil.

Fonte:

www.terra.com.br/jornal/ciclone.htm,

2010

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CAPÍTULO IV – ENERGIA EÓLICA

(...) Quero mover as pás dos moinhos (...)

Trecho da música Vento ventania – Biquíni Cavadão

De acordo com dados relatados pelo site

www.informema.hpg.ig.com.br/texto/energia_eolica.htm, (2010) a energia

eólica é a energia obtida pelo movimento do ar (vento). É uma abundante fonte

de energia, renovável, limpa e disponível em todos os lugares. Os moinhos de

vento foram inventados na Pérsia no século V. Eles foram usados para

bombear água para irrigação. Os mecanismos básicos de um moinho de vento

não mudaram desde então: o vento atinge uma hélice que ao movimentar-se

gira um eixo que impulsiona uma bomba (gerador de eletricidade).

(www.informema.hpg.ig.com.br/texto/energia_eolica.htm, 2010)

Dados relatados pelo site www.energiaeólica1.hpg.ig.com.br/

intro.1.htm (2010) diz que:

“A energia eólica provém da radiação solar uma vez que

os ventos são gerados pelo aquecimento não uniforme da

superfície terrestre. Uma estimativa da energia total

disponível dos ventos ao redor do planeta pode ser feita a

partir da hipótese de que, aproximadamente, 2% da

energia solar absorvida pela Terra é convertida em

energia cinética dos ventos. Este percentual, representa

centena de vezes a potência anual instalada nas centrais

elétricas do mundo”.

(WWWENERGIAEÓLICA1.HPG.IG.COM.BR/

INTRO.1.HTM, 2010)

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4.1. Força dos Ventos na Geração de Eletricidade

De acordo com Taioli (2000) A energia eólica é produzida pela

movimentação de hélices pela ação do vento. A energia gerada pode ser

utilizada diretamente para bombear água ou mover moinhos, ou ainda para

gerar energia elétrica. O uso para bombear água é bastante antigo e

conhecido, porém, a geração de energia elétrica só se tornou economicamente

viável após o desenvolvimento de rotores e geradores de muita eficiência. Hoje

este tipo de energia é aproveitado em várias partes do mundo que apresenta

incidência constante de ventos, inclusive no Brasil, que dispõe de usinas em

operação no Ceará e Paraná, além de várias áreas potencialmente favoráveis,

uma vez que o custo de energia eólica gerada torna-se competitivo à medida

que as melhores possibilidades de aproveitamento hidrelétrica forem se

esgotando. (TAIOLI, 2000)

Taioli diz que: (2000)

“A avaliação precisa do potencial de vento em uma região

é o primeiro e fundamental passo para o aproveitamento

do recurso eólico como fonte de energia. Para a avaliação

do potencial eólico de uma região são necessárias a

coleta de dados de vento com precisão e qualidade,

capaz de fornecer um mapeamento eólico da região”.

(TAIOLI, 2000)

Souza (2004) relata que as hélices de uma turbina de vento são

diferentes das lâminas dos antigos moinhos porque são mais aerodinâmicas e

eficientes. As hélices têm o formato de asas de aviões e usam a mesma

aerodinâmica. As hélices em movimento ativam um eixo que está ligado à

caixa de mudança. Através de uma série de engrenagens a velocidade do eixo

de rotação aumenta. O eixo de rotação está conectado ao gerador de

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4. 2. Vantagens e desvantagens

Taioli (2000) relata que:

“É importante ressaltar que, por se tratar de uma fonte

limpa de energia e a área ocupada poder ser usada

simultaneamente tanto na agricultura como na pecuária,

sua utilização tem crescido bastante”. (TAIOLI, 2000)

Figura 16

Área utilizada para a instalação dos aerogeradores.

Fonte: www.pick-upau.com.br/mundo/eolica/eolica.htm

De acordo com Taioli (2000), apesar de não queimarem

combustíveis fósseis e não emitirem poluentes, fazendas eólicas não são

totalmente carentes de impactos ambientais. Elas alteram paisagens com suas

torres e hélices e podem ameaçar pássaros se forem instaladas em rotas de

migração. Emitem um certo nível de ruído (de baixa freqüência), que pode

causar algum incômodo. Além disso, podem causar interferência na

transmissão de televisão. O custo dos geradores eólicos é elevado, porém o

vento é uma fonte inesgotável de energia. E as plantas eólicas têm um retorno

financeiro a um curto prazo. (TAIOLI, 2000)

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Taioli (2000) ainda relata que:

“Outro problema que pode se citado é que em regiões

onde o vento não é constante, ou a intensidade é muito

fraca, obtêm-se pouca energia e quando ocorrem chuvas

muito fortes, há desperdício de energia”. (TAIOLI, 2000)

De acordo com dados descritos no site

www.geofiscal.eng.br/eolica.htm, (2010) a Comissão de Energia da Califórnia,

relatou que, em 1989, as 7 mil turbinas do Passo de Altmont mataram cerca de

60 águias douradas e 300 falcões de cauda vermelha, além de centenas de

pássaros menores. Em Nasudden, Noruega, os pesquisadores Winkelman e

Karlson contaram 49 pássaros mortos por uma turbina em uma única noite.

Fortes rajadas de vento, que ocorrem eventualmente associadas a grandes

tempestades em nosso litoral, podem danificar ou destruir os aerogeradores,

aumentado seus custos de manutenção. (www.geofiscal.eng.br/eolica.htm,

2010)

4. 3. Uso da energia eólica no Brasil e no mundo

Baseado em Taioli (2000) em 1990 a capacidade de geração

instalada no mundo era da ordem de 2 MW, saltou para 10,2 MW no final de

1998, sendo a Europa responsável por mais de 60% dessa produção. Na

Europa, estima-se que a partir de 2020 cerca de 10% de toda a energia

elétrica gerada será de energia eólica. (TAIOLI, 2000)

Embora o mercado de usinas eólicas esteja em crescimento no

Brasil, o site www.informema.hpg.ig.com.br/texto/energia_eolica.htm, 2010

relata que, ele já movimenta 2 bilhões de dólares no mundo. Existem 30 mil

turbinas eólicas de grande porte em operação no mundo, com capacidade

instalada da ordem de 13.500 MW.

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(WWW.INFORMEMA.HPG.IG.COM.BR/TEXTO/ENERGIA_EOLICA.HTM,

2010)

O site www.informema.hpg.ig.com.br/texto/energia_eolica.htm, 2010

descreve que:

“A energia eólica pode garantir 10% das necessidades

mundiais de eletricidade até 2020, pode criar 1,7 milhão

de novos empregos e reduzir a emissão global de dióxido

de carbono na atmosfera em mais de 10 bilhões de

toneladas”.

(WWW.INFORMEMA.HPG.IG.COM.BR/TEXTO/ENERGI

A_EOLICA.HTM, 2010)

Taioli (2000) relata que o estado do Ceará, é um dos primeiros

locais do Brasil a realizar um programa de levantamento do potencial eólico,

que já é consumido por cerca de 160 mil pessoas. Outras medições foram

feitas também no Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, litoral do Rio de

Janeiro e de Pernambuco e na ilha de Marajó. A capacidade instalada no

Brasil é de 20,3 MW, com turbinas eólicas de médio e grande portes

conectadas à rede elétrica. (TAIOLI, 2000)

Taioli (2000) ainda enfatiza que:

“Vários estados brasileiros seguiram os passos do Ceará,

iniciando programas de levantamento de dados de vento.

Hoje existem mais de cem anemógrafos

computadorizados espalhados pelo território nacional”.

(TAIOLI, 2000)

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Figura 17

Mapa de ventos do Brasil, gerado a partir de simulações

computadorizadas com modelos atmosféricos.

Fonte: www.informema.hpg.ig.com.br/texto/energia_eolica.htm

Taioli (2000) finaliza afirmando que:

“Considerando o grande potencial eólico do Brasil,

confirmado através de estudos recentes, é possível

produzir eletricidade a custos competitivos com centrais

termoelétricas, nucleares e hidroelétricas, com custo

reduzido. A energia eólica proporciona estabilidade de

preços e independência energética a longo prazo. Não

apenas os custos estão baixos e em queda, mas com a

energia eólica não há inesperados aumentos de preço,

como ocorre com o gás natural. Não existe uma OPEP

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para o vento já que está amplamente disperso. Como

fonte inesgotável de energia, o vento nos proporciona

mais energia do que jamais poderemos precisar e não

perturba o clima”. (TAIOLI, 2000)

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CONCLUSÃO

Os ventos são responsáveis pela formação de muitas estruturas na

superfície do planeta Terra. A eles cabem as erosões das rochas; as

formações das diversas dunas, com a deposição dos grãos de areia; a

formação dos desertos; além de outras tarefas.

Com a formação das dunas gera-se renda para os moradores das

cidades próximas, pois com a chegada de turistas a estas cidades, há a

necessidade de se ampliar o comércio desta região.

Sabe-se que os ventos, quando muito fortes, podem deixar estragos

irreversíveis em cidades que sofrerem a sua ação.

Hoje, estão criando-se formas de aproveitamento das forças do vento.

Esta é a energia eólica. Ela está sendo utilizada para fazer o seguimento do

uso de fontes de energias não renováveis, como os combustíveis fósseis, já

que é uma fonte de energia inteiramente renovável.

Com o levantamento bibliográfico verificou-se os registros erosivos

provocados pelos ventos, a variedade e importância das dunas, pois elas

funcionam como pontos turísticos e seus grãos são utilizados na extração de

quartzo, que servem para construir casas ou fabricar vidro. Comprovou-se

ainda, o crescimento da utilização da energia eólica e suas vantagens sobre os

combustíveis fósseis, pois são renováveis.

Portanto, é de muita importância para o futuro do planeta a existência

dos ventos, pois sem ele, a Terra não possuiria algumas das características

que hoje possui.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 – Internet - Dunas invadem casas em Jenipabu; 36

Anexo 2 – Internet - Energia eólica bate recorde de geração e

crescimento em todo o mundo; 38

Anexo 3 – Fotos - Visita “in loco” ao Parque Eólico de Gargaú, ainda

em testes, de São Francisco de Itabapoana em Santa Clara no

Rio de Janeiro. 39

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ANEXO 1

INTERNET

Dunas invadem casas em Jenipabu Publicação: 08 de Abril de 2010 às 00:00 http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/dunas-invadem-casas-em-jenipabu/145031 Pesquisado em: 15 outubro de 2010

As dunas móveis na praia de Jenipabu, no município de Extremoz, estão invadindo as casas de veraneio que foram construídas mais próximas à Barra do Rio. Pelo menos três casas estão soterradas, enquanto a areia se aproxima, lentamente de uma quarta casa situada a uns 20 metros do leito do rio. “A gente perdeu de vender a casa por R$ 600 mil por isso”, diz o aposentado Lyle Nelson, marido da proprietária da residência, Naide Toscano.

Júnior Santos

As dunas móveis na praia de Jenipabu, no município de Extremoz, estão invadindo as casas de veraneio que foram construídas mais próximas à Barra do Rio. Pelo menos três casas estão soterradas, enquan Lyle Nelson diz que há uns dois anos vem tentando obter junto ao Instituto Estadual de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Idema-RN) uma autorização para a remoção das areias, que já invadiram uma parte do alpendre da casa. “As areias só podem ser retiradas com essa ordem”, continuou ele, que lamenta a demora sobre uma tomada de decisão daquele órgão público: “Entra ano e sai ano e não se resolve nada”. Segundo Nelson, a casa de veraneio hoje se encontra fechada e para que nada seja roubado, paga-se um salário mínimo a um caseiro para tomar conta dela. As outras casas que foram cobertas pelas dunas, estão sem janelas e portas, arrancadas por ladrões. O caseiro Cícero Francisco Emiliano diz que chegou a retirar a areia manualmente uma

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vez, mas na situação em que se encontra hoje não tem mais condições físicas para tanto trabalho, porque, na sua opinião, só um trator pode remover as areias: “não dá para ir contra a natureza”, disse ele. A coordenadora de Meio Ambiente do Idema, Ivanosca Miranda, disse que iria pesquisar a procedência do processo da casa de veraneio pertencente à Naide Toscano, mas ela informou que nesse caso, o que tem de verificar é se existe uma “atividade de risco” que requer uma ação de caráter emergencial. Como as casas se tratam de propriedades privadas, a superintendente estadual do Patrimônio Público da União, Ieda Cunha de Medeiros Pereira explica que o órgão não se envolve nessa questão, que está direcionada mais aos órgãos ambientais. Porém, Ieda Cunha diz que provavelmente essas casas foram construídas em lugar inapropriado, tomando o lugar das dunas, “que estão voltando ao leito normal, exatamente como a praia”. Segundo ela, o que o Patrimônio Público da União tem feito é notificar os proprietários de casas de veraneio construídas irregularmente, em áreas de uso comum da população e que, por isso, “não podem ser privatizadas”. No ano passado, informou ela, foram removidas 64 residências de veraneio em diversas praias e, em outros casos, muitas pessoas fizeram o recuo dos imóveis. Na semana passada, por exemplo, também foram removidas 20 barracas que estavam localizadas irregularmente na praia Ponta do Madeiro, no município de Tibau do Sul, a 77,6 quilômetros de Natal.

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ANEXO 2

INTERNET

Energia eólica bate recorde de geração e crescimento

em todo o mundo Notícia - 20 - jan - 2008 http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/energia-e-lica-bate-recorde-de/ Pesquisado em: 22 de novembro de 2010 Novos dados revelam o crescimento dessa fonte renovável. Espanha já consegue mais MW do vento do que de usinas nucleares.

zoom

A energia eólica continua a conquistar mercado mundo afora. Energia limpa, barata e segura para todos!

Na Espanha, as boas condições de vento colocaram a geração de energia eólica à frente da geração de energia nuclear e energia térmica a carvão na semana passada. A geração de 9563 MW (de uma capacidade instalada total de 13908 MW) às 15h27 da quarta-feira passada fez com que a energia eólica respondesse por 25% da demanda daquele horário, superando em muito a demanda atendida por usinas nucleares (16%) e térmicas a carvão (15%).

A segunda boa notícia foram os resultados do mercado norte-americano de energia eólica, que reportou a instalação de 5.244 MW de capacidade nos Estados Unidos em 2007. O índice foi divulgado na quinta-feira passada pela American Wind Energy Assocation (Associação Americana de Energia Eólica) e mostra que, com um investimento de US$ 9 bilhões, houve crescimento de 45% da capacidade instalada de energia eólica naquele país em relação a 2006. Para efeito de comparação, esta quantidade é próxima à capacidade das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, de 6.450 MW. E a construção de Angra 3, com apenas 1350 MW, custará, para cada MW de capacidade instalada, o dobro do valor investido por MW nos Estados Unidos.

"O recorde de geração registrado na Espanha é uma prova irrefutável da confiabilidade da geração eólica, e o crescimento desta fonte energética nos EUA mostra que a indústria norte-americana aposta neste tipo de energia e está ciente de seus benefícios ambientais e econômicos", disse Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energias renováveis do Greenpeace Brasil. "Estes exemplos reafirmam a necessidade urgente de o Brasil rever sua lei de incentivo a energias renováveis e aproveitar seu gigantesco potencial de energia eólica."

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ANEXO 3

FOTOS

Foto 1 – Portão de entrada da central da Usina Eólica de Gargaú

Foto 2 – Material para a construção da Usina Eólica de Gargaú

Foto 3 – Visita “in loco” ao Parque Eólico de Gargaú, ainda em testes, de

São Francisco de Itabapoana em Santa Clara no Rio de Janeiro.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1. AMARAL, SE. Ação Geológica do Vento. Rio de Janeiro: Nacional; 1999.

376 p. 5 v. cap 8, p. 161-169.

2. BARBOSA, LM. Dunas ao sabor dos ventos. Revista Ciência hoje das

crianças da SPCP 2002; 129: 2/5.

3. CARVALHO, MIB. A máquina do clima. Rio de Janeiro: Del Prado; 1997.

119 p. 1 v. cap 9, p. 100-114.

4. CIVITA, R., Rico, G. & Siewers, K. O ar em movimento. São Paulo: Abril

Livros; 1995. 142 p. cap 2, p. 32-55.

5. DINIZ, E. Diferenças entre ciclone e furacão. Rio de Janeiro: Jornal O

Globo; 29 março de 2004.

6. FONSECA, AC. Ventos da morte. Revista Época; 10 de maio, 1999, p.

112-113.

7. NOBRE, C. Por dentro de furacões, ciclones e tufões. Revista Ciência hoje

das crianças da SPCP 2002;124: 2/5.

8. POOP, JH. Ação geológica do vento. São Paulo. 5 ed. ver. Rio de Janeiro:

LTC; 1999, p. 161-169.

9. RODRIGUES, JC. A ação do vento. São Paulo: Mc Graw-Hill; 1918. 206 p.

cap 10: Dunas e Estratificação Cruzada, p. 85-87.

10. SÍGOLO, JB. Processos Eólicos e a Ação dos Ventos. São Paulo: Oficina

de Textos; 2000. 558 p. cap 12, p. 247-260.

11. SILVA, AG. Ação do vento. Rio de janeiro: Liceu; 1968. 70 p. cap 5, p. 32-

37.

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12. SONOPRESS. Almanaque Abril [livro em CD-ROM]. Ciclones/Tornados

[S.I.]: Compact disc; 2001. Pesquisado em: setembro de 2010.

13. SKINNER, BJ. & Porter, SC. Ação do Vento e Desertos. New York: J. Wiley

e Sons; 1995. 567 p. cap 12, p. 496-507.

14. SOUZA, AC. Fazendo força. Brasília: Alfabeto Escolar; 2004. 6 p., p. 6 e

7.

15. www.energiaeolica1.hpg.ig.com.br/intro1.htm. Acessado em 07 de outubro

de 2010.

16. www.1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u14518.shl. Acessado em 07 de

outubro de 2010.

17. www.processoseolicoseaaçãodosventos1.hpg.ig.com.br/intro.2.htm.

Acessado em 07 de outubro de 2010.

18. www.pick-upau.com.br/mundo/eolica/eolica.htm. Acessado em 19 de

novembro de 2010.

19. www.terra.com.br/jornal/ciclone.htm. Acessado em 1 de dezembro de

2010.

20. www.geofiscal.eng.br/eolica.htm. Acessado em 15 de dezembro de 2010.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1 - TAIOLI, F. Recursos energéticos. São Paulo: Oficina de Textos; 2000. p.

489-491.

2 - www.informema.hpg.ig.com.br/texto/energiaeolica.htm. Acessado em 14 de

novembro de 2010

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I

Conhecendo a Formação dos Ventos 14

1.1 – Tipos de Ventos 15

CAPÍTULO II

Os mecanismos de transporte e sedimentação 16

2.1 – O movimento das massas de ar 16

2.2 – O movimento das partículas 17

CAPÍTULO III

Registros produzidos pelo vento e a variedade de esculturas 18

3.1 – Registros erosivos 18

3.1.1 – Deflação 19

3.1.2 – Abrasão 19

3.2 – Registros deposicionais 21

3.2.1 – Dunas 21

3.3 – Desertos 23

3.4 – Capacidade de destruição dos ventos no Brasil e no mundo 23

CAPÍTULO IV

Energia eólica 26

4.1 – Força dos ventos na geração de eletricidade 27

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4.2 – Vantagens e desvantagens 29

4.3 – Uso da energia eólica no Brasil e no mundo 30

CONCLUSÃO 34

ANEXOS 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40

BIBLIOGRAFIA CITADA 42

ÍNDICE 43

ÍNDICE DE FIGURAS 45

FICHA DE AVALIAÇÃO 46

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Modelo da circulação atmosférica 15

Figura 2 – Classificação dos ventos 16

Figura 3 – Deslocamento das massas de ar por Fluxo Laminar

(esquerda) e por Fluxo Turbulento (direita) 17

Figura 4 – Movimento de partículas de poeira por suspensão 18

Figura 5 – Oásis no deserto de Atacama, Cordilheira dos Andes 19

Figura 6 – Ventifato coletado na Antártica 20

Figura 7 – Arenitos do Subgrupo Itararé erodidos pela união da

ação eólica e pluvial em Vila Velha, Paraná. 20

Figura 8 – Duna demonstrando o transporte de partículas 21

Figura 9 – Lugares no Brasil onde existem dunas eólicas 22

Figura 10 – Deserto do Saara 23

Figura 11 – Regiões no mundo que sofrem com a ação

destruidora dos ventos 24

Figura 12 – Furacão Typhoon Mitag 25

Figura 13 – Ciclone extratropical Catarina avançando do

oceano Atlântico para a região sul do Brasil 25

Figura 14 – Hélices com formato de asas de avião 28

Figura 15 – Esquema do funcionamento de uma usina eólica 28

Figura 16 – Área utilizada para a instalação dos aerogeradores 29

Figura 17 – Mapa de ventos do Brasil, gerado a partir de

simulações computadorizadas com modelos atmosféricos 32

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes / Instituto A Vez do

Mestre

Título da Monografia: Ventos – Processos naturais e geração de energia

Autor: Louise Domicioli Bernardino Sadeck

Data da entrega: 31 de janeiro de 2011

Avaliado por: Professora Mestre Esther Araujo Conceito: