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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
EMPRESA X PEDAGOGIA
Por: Gilda Alice Nunes da Silva
Orientadora
Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2007
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
EMPRESA X PEDAGOGIA
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em Pedagogia Empresarial.
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PENSAMENTO
A maior missão de um empresário é dar a luz a si mesmo. É tornar-se
aquilo que sua vocação lhe imprimiu. Todo empreendimento é produto em busca
do sonho de alguém. Sonhos que surgem de um dom ou desejo. A realização
desse sonho pode ser comparada à construção de uma embarcação. Tudo
começa pelo casco a idéia do que fazer seu alicerce. Mas sabendo que na vida
nada é preciso, exato. Portanto o empresário que aprende necessitará sistematizar
ações para otimizar seu modo operante. Por isso identificamos a otimização como
a forma de “fazer acontecer”. “Quem sabe faz a hora não espera acontecer”.
Este é o desafio do novo empresário, ele cresce e aprende todo dia com os
seres humanos que o compõem. Crescemos todo dia e nunca ficamos prontos.
Mas temos que dar a partida.
“Navegar é preciso, viver não é preciso...”.
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DEDICATÓRIA
À minha família,
Há certas circunstâncias que surgem na
vida da gente que proporcionam
oportunidades raras para meditação e
reflexão.
Esta é uma oportunidade precisa. Ao
escrever esta monografia, quero aproveitar
a oportunidade para realçar o carinho e o
afeto, o amor e a ternura que vão nesta
simples dedicatória.
Pena que as palavras sejam tão áridas
para retratar a dimensão de certos
sentimentos.
Gilda Alice
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RESUMO
Este trabalho pretende ser um “guia de estudo” prático e abrangente
destinado a “Edupresários” (educador + empresário), executivos de escolas,
gerentes e empreendedores procurando valorizar o bom relacionamento humano,
pois o ser humano precisa sobreviver, evoluir e regular-se; e a pedagogia é a
ciência da educação que pode ajudar a atender a estas necessidades de
sobrevivência de que tanto o homem necessita.
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METODOLOGIA
Pesquisa qualitativa voltada para o desenvolvimento de um sistema de
reconhecimento com o objetivo de estimular os funcionários a uma liberdade
responsável e do poder partilhado identificado por marco de referência de um
projeto administrativo e Educacional; onde ações como reconhecimento,
comunicação, entre outras, deverão ser transformadas em um plano de ação
contendo todas as etapas de um planejamento: O que, como, quem, quando,
onde, quanto. Claro que tudo isto precedido de um por quê fundamentado nos
conceitos da modernidade administrativa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................0
8
CAPÍTULO I – ADMINISTRANDO EMPRESAS EM TEMPOS DE MUDANÇAS..10
CAPÍTULO II – A IMPORTÂNCIA DA FIGURA DO PEDAGOGO DENTRO DAS
EMPRESAS.............................................................................................................13
CAPÍTULO III – A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS......................................16
CAPÍTULO IV - ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA
ADMINISTRAÇÃO..............20
CONCLUSÃO..........................................................................................................33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................36
FOLHA DE
AVALIAÇÃO..........................................................................................37
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INTRODUÇÃO
A administração é um fenômeno universal no mundo moderno. Cada
organização e cada empresa requerem a tomada de decisões, a coordenação de
múltiplas atividades, a condução de pessoas, a avaliação do desempenho dirigido
a objetivos previamente determinados a obtenção e alocação de diferentes
recursos... Numerosas atividades administrativas desempenhadas por diversos
administradores, voltados para tipos específicos de áreas e de problemas,
precisam ser realizadas em cada organização ou empresa. O profissional pode ser
um engenheiro, um economista, um contabilista, um médico, entre outros, precisa
conhecer profundamente a sua especialidade. Mas, no momento em que é
promovido em sua empresa, o supervisor, chefe, gerente ou diretor, exatamente a
partir deste momento, ele deve ser administrador. Precisa então dedicar-se a uma
série de responsabilidades que lhe exigirão conhecimentos e posturas
completamente novas e diferentes que a sua especialidade não lhe ensinou em
momento algum.
Daí o caráter eminentemente universal da administração. Cada empresa
necessita não de um administrador apenas, mas de uma equipe de
administradores em vários níveis e nas suas várias áreas e funções para levarem
adiante as diversas especialidades dentro de um conjunto integrado e harmonioso
de esforços em direções aos objetivos da empresa. O desafio é administrar novos
rumos para a sociedade, e a figura do pedagogo torna-se essencialmente de
grande necessidade dentro das empresas para aproximação entre funcionários e
empresários. O segredo é perder sem perder, ou seja, humildade intelectual num
momento de muita instabilidade. Está fadado ao fracasso o administrador que
achar que seu conhecimento é “estável”. Como as condições turbulentas surgem
em qualquer instituição e permeiam nossas vidas todos os dias em tempo e
espaço, o aprendizado em condições de transformação permanente é e continuará
sendo um modo de vida constante para todos nós. Daí a frase “Aprender como um
modo de ser”.
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Segundo Davids S. Jordan “sabedoria é saber o que fazer, habilidade é
saber como fazer, virtude é fazer”. Estamos falando numa virtude que infelizmente
ainda não encontramos com facilidade. Realizar mudanças, aplicando métodos e
ferramentas modernas de gestão não tem sido o foco dos dirigentes em sua
grande maioria. Por esta razão que a figura do pedagogo tem sido destacada
dentro das empresas como forma de aproximação entre funcionários e
empresários, para que juntos possam trocar metas de aprendizagem individual,
coletiva e institucional.
A monografia está assim dividida em quatro Capítulos. O primeiro fala da
Administração das empresas em tempos de mudanças, o jeito de administrar as
mudanças, o conhecer os funcionários, as técnicas que utiliza para se efetivar no
espaço empresarial.
O segundo aborda a importância da figura do pedagogo dentro das
empresas, canalizando as emoções de ambos através da arte de pensar, a fim de
se respeitar o outro e poder, de forma eficaz, trabalhar em grupos, em equipes.
O terceiro discute a teoria das relações humanas na visão de Lewin,
apontando o comportamento humano e suas necessidades básicas.
O quarto mostra a história e incipiente preocupação com a administração da
antiguidade até o século passado.
Todas as argumentações aqui usadas têm como finalidade servir como
diagnóstico de como estamos hoje como ser humano, profissional ético, cidadão
democrático e como podemos melhorar para que nossos funcionários se tornem
também pessoas éticas, felizes, autônomas, criativas, competentes, desejosos de
trabalhar.
A fundamentação teórica desta se baseia em vários autores que defendem
a Teoria da Integração Relacional como CURY, Peter Drucker, entre outros citados
no decorrer do trabalho.
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CAPÍTULO I – ADMINISTRANDO EMPRESAS EM
TEMPOS DE MUDANÇAS
O que é administração?
Estamos tratando de um desafio na administração não só de empresas,
mas na administração educacional também. Administrar em tempos de mudanças
requer em primeiro consenso sobre o que é administrar. Esta é uma área do
conhecimento que tem sofrido muitas alterações ao longo dos tempos. A
administração tornou-se a principal função social que uma instituição precisa
assumir.
Quando ouvimos a expressão “administração de empresa” devemos
recordar que é pelo fato de que a administração emergiu pela primeira vez em
empresas não-educacionais de grande porte e muito mais ligadas a questões
industriais. Mas, o tempo mostrou que a administração é necessária em qualquer
instância que necessita de planejamento e gestão. Podemos aplicar o mesmo
conceito para uma vida, uma carreira, uma comunidade, um açougue, uma
farmácia, enfim, já podemos perceber que ela e seus fatores de excelência
precisam ser objeto de estudo para instituições públicas ou privadas, de pequeno,
médio ou grande porte. A administração é uma função genética para qualquer tipo
de atividade, independente de sua missão específica. Este é o enfoque da
Administração da sociedade do conhecimento.
Segundo Peter Drucker a administração existe há muito tempo, e que para
ele o melhor executivo foi o homem que projetou e construiu a primeira pirâmide
egípcia há cerca de quatro mil anos e que ainda está de pé, mas a administração
não era considerada um tipo específico de trabalho antes da primeira guerra
mundial, e então, apenas algumas pessoas passaram a considerá-la como tal. A
administração só emergiu após a segunda guerra mundial.
Em 1950, quando o Banco mundial começou a emprestar dinheiro para o
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desenvolvimento econômico a palavra “administração” sequer estava em seu
vocabulário. De fato, embora a administração tenha sido inventada há milhares de
anos, não foi popularizada antes da Segunda Guerra Mundial. A própria guerra foi
uma razão para a descoberta da administração com o especial desempenho da
indústria norte-americana. Mas talvez, igualmente importante para a aceleração
geral da administração, tenha sido o desempenho do Japão desde 1950.
Após a Segunda Guerra, o Japão não era um país subdesenvolvido, mas
sua indústria e economia foram quase que totalmente destruídas e o país nem
mesmo dispunha de tecnologia doméstica. Seu principal recurso era sua
disposição para adorar e adaptar a administração que o os norte-americanos
tinham desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente o
treinamento. Em 20 anos da década de 1950, com o fim da ocupação do Japão
pelos norte-americanos, a década de 1970 o Japão se tornou a segunda maior
potência econômica do mundo, e líder em tecnologia.
Com essa evolução da administração veio um processo crescente de
resignificar o seu conceito. E, nesse momento, as organizações sejam elas
empresárias ou educacionais estão estudando um melhor jeito de administrar.
Buscam melhor maneira de entender tua missão e ter modo operante.
Como já foi falado anteriormente, a administração é um fenômeno universal
no mundo moderno. Cada organização e cada empresa requerem a tomada de
decisões, a coordenação de múltiplas atividades, a condenação de pessoas, a
avaliação do desempenho dirigido a objetivos previamente determinados, a
obtenção e alocação de diferentes recursos.
A administração tornou-se tão importante quanto o próprio trabalho a ser
executado, conforme este se foi especializando e a escola de operação crescendo
assustadoramente. A administração não é um fim em si mesma, mas um meio de
fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor forma possível, com menor
custo e com maior eficiência.
Segundo Bennis a tarefa administrativa nas próximas décadas será incerta
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e desafiadora, pois deverá ser atingida por um sem-número de variáveis e de
mudanças e transformações carregadas a ambigüidades e de incertezas. O
administrador defrontar-se-á com problemas multifacetados e cada vez mais
complexos do que os anteriores, e sua atenção será disputada por eventos e por
grupos situados dentro e fora da empresa que lhe proporcionarão informações
contraditórias que complicarão o seu diagnóstico perspectivo e a sua visão dos
problemas a resolver ou das situações a enfrentar. São as exigências de
sociedade, dos clientes, dos fornecedores, das agências regulamentadoras, são
os desafios dos concorrentes, as expectativas da alta administração, dos
subordinados, dos acionistas, entre outros. Porém, todas essas exigências,
desafios e expectativas sofrem profundas mudanças que ultrapassam a
capacidade que o administrador tem para poder acompanhá-las de perto e
compreendê-las adequadamente.
As Empresas precisam ser um lugar não só de trabalho e sim um lugar de aprendizagem, produtividade e que substitua o trabalho solitário pelo trabalho solidário, a centralização pela participação, a mão de obra pelo cérebro de obra.
Pensemos na afirmação de Peter Drucker, uma das principais leituras que
influenciaram este trabalho. Ele afirma “a sociedade do conhecimento também é
uma sociedade de organizações. O objetivo e a função de toda organização
comercial ou não, é a integração de conhecimentos especializados em uma tarefa
comum”. Ele acredita que o trabalhador do conhecimento é o maior ativo de
qualquer empreendimento.
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CAPÍTULO II – A IMPORTÂNCIA DA FIGURA DO
PEDAGOGO DENTRO DAS EMPRESAS
Neste capítulo vamos discutir a condição do Pedagogo, do professor, do
especialista como trabalhador procurando esclarecer o sentido dessa condição
visando também a sua formação dentro das empresas, como forma de
aproximação entre empresários e funcionários onde procurará canalizar as
emoções de ambos através da arte de pensar.
Atualmente lidar com pessoas tornou-se de primordial importância e uma
atividade completamente diferente do que se fazia há algum tempo atrás. Na era
globalizada torna-se um desafio constante, e as empresas percebem como um
momento de grande importância na administração de pessoas. Momento este
onde se exige mudança e competitividade e necessidade de nova estrutura
organizacional. As empresas percebendo que se faz necessário esta mudança
dentro das mesmas, mesmo tendo funcionários gabaritados na área de Recursos
Humanos, elas resolveram acrescentar a figura do Pedagogo dentro das
empresas.
Este profissional passou a ser requisitado pelo meio empresarial por deter
um determinado “saber” que pode levar ao desenvolvimento e ao mesmo tempo
contribuir no processo educativo que o momento histórico lança sobre as
organizações empresariais.
Mais o que é pedagogia? E que saber é este que as empresas descobriram
no profissional Pedagogo? E o que é ser Pedagogo?
Vamos interromper a linha de desenvolvimento do nosso raciocínio sobre o
significado da Pedagogia e do fazer pedagógico dentro das empresas. A
pedagogia segundo o dicionário Aurélio, é a ciência da educação e do ensino, ou
seja, o conteúdo pedagógico.
As empresas que aprendem procuram como uma primeira estratégia ou
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passo de relacionamento e comunicação com os seus clientes, conhecer as reais
necessidades dos mesmos procurando investir recursos financeiros e humanos na
melhoria da imagem institucional, que é conseqüência de inovações educacionais,
que por sua vez só será possível se houver aprendizado humano individual e
coletivo. E nada melhor que um pedagogo para ajudar a melhorar este
desenvolvimento.
Voltando na pergunta que foi lançada anteriormente em relação ao “saber”
que detém o pedagogo. A educação como mediação histórica e concreta da
existência dos homens dá-se, necessariamente, como processo prático. Ela é
simultaneamente prática técnica, política e simbólica. Mas, se é prática, tem um
sujeito que a exerce, o educador, aquele que desenvolve como autêntica atividade
de trabalho. É neste momento que entra o “saber” do pedagogo, onde junto a
outros profissionais da área de Recursos Humanos tentam “conhecer” o
trabalhador como um todo para depois “educá-lo” dentro das perspectivas do
mercado atual, levando o funcionário a desenvolver-se para um melhor rendimento
e propondo medidas para seu desempenho com obtenção de dados e informações
a fim de obter um aumento de produtividade tanto pessoal quanto organizacional.
Segundo o escritor Augusto Cury, a emoção é a parte mais bela e mais
“burra da psique”. Ela dá sentido à vida, enaltece a existência, rejuvenesce os
idosos, traz esperança para os abatidos, faz ricos e pobres. A emoção é
encantadora, mas destituída de lógica.
Na visão dele, o pedagogo que é comprometido com a Educação, propicia
um bom relacionamento entre funcionários e empresários. Pois estimula o
“treinamento”, melhor dizendo, canaliza as emoções, usa a criatividade para
educar, levantando sempre a auto-estima daqueles que se encontram caídos.
Conseguimos assim desenvolver-se e fazer com que o outro se desenvolva
também.
As empresas estão percebendo que elas não podem e nem devem visar só
o lado de produção do trabalhador; é preciso ir muito além, pois estamos diante de
um momento crítico da terra, numa época em que a humanidade deve escolher o
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seu futuro, e se faz necessário investir no ser humano como um todo.
À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o
futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para
seguir adiante, devemos reconhecer que no meio da magnífica diversidade de
culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre
com um destino comum.
Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global
baseada no respeito pela natureza nos direitos humanos universais, na justiça
econômica e numa cultura de paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que
nós, povos da terra, seja empresários ou funcionários declaramos nossas
responsabilidades uns para com os outros, com a grande comunidade da vida e
com as futuras gerações.
Por estas e outras razões as empresas estão adotando uma postura ativa
frente às necessidades sociais dando prioridade à “Educação”, como forma de
ampliação do conhecimento não só científico dos trabalhadores, mas que os leve
a pensar mais e refletir em relação ao resgates de um mundo mais justo, mais
humano, mais cidadão.
O melhor empresário não é o que controla, mas o que liberta. Não é o que
aponta erros, mas o que os previne. Não é o que corrige comportamentos, mas o
que ensina a refletir. Não é o que enxerga apenas o tangível aos olhos, mas o que
vê o invisível. Não é o que desiste facilmente, mas o que estimula sempre a
começar de novo. Abraça quando todos rejeitam, anima quando todos condenam.
Procura viajar no mundo do outro sem penetrar nele. Ele usa o que pensa para
transformar-se no que é.
No mundo instintivo em que vivemos, o
individualismo prevalece, no mundo
emocional prevalece à independência.
Augusto Cury
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CAPÍTULO III – A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Objetivo deste capítulo: Identificar as origens e o contexto dentro do qual
surgiu a teoria das Relações Humanas, deslocando a ênfase nas tarefas, para a
ênfase nas pessoas. Identificar a nova concepção da natureza do ser humano, o
homem social.
A teoria das Relações Humanas, também denominada Escola Humanística
da administração, surgiu nos Estados Unidos como conseqüência imediata das
conclusões detidas na experiência de Hawthorne desenvolvida por Elton Mayo e
seus colaboradores, lei basicamente de um movimento de reação e de oposição à
teoria Clássica da Administração (Capítulo 5, pág. 131, livro Introdução à Teoria
Geral da Administração).
A Teoria Clássica pretendeu desenvolver uma nova filosofia empresarial,
uma civilização industrial na qual a tecnologia e o método de trabalho constituem
as mais importantes preocupações do administrador. Todavia, apesar da
hegemonia da Teoria Clássica e do fato de esta não ser questionada por nenhuma
outra teoria administrativa importante durante as quatro primeiras décadas deste
século, os seus princípios nem sempre foram praticamente aceitos, principalmente
pelos trabalhadores e sindicatos americanos num país eminentemente
democrático, como os Estados Unidos. Os trabalhadores e respectivos sindicatos
passaram a visualizar e interpretar a administração científica como um meio
sofisticado de exploração dos empregados a favor dos interesses patronais. A
pesquisa de HOXIE já fora um dos primeiros a lutar à autocracia do sistema de
TATLOR. Verificou-se que a administração se baseava em princípios inadequados
ao estilo de vida americano.
Assim nasceu a Teoria das Relações Humanas da necessidade de se
corrigir a forte tendência, a desumanização do trabalho surgida com a aplicação de
métodos rigorosos, científicos e precisos, aos quais os trabalhadores,
forçosamente, devem se submeter.
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As principais origens da Teoria das Relações humanas surgiram da
necessidade de se humanizar e democratizar a administração, libertando-a dos
conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos
padrões de vida do povo americano. Neste sentido, a Teoria das Relações
Humanas se revelou um movimento tipicamente americano e voltado para uma
democratização dos conceitos administrativos.
O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a
psicologia e a sociologia bem como a sua crescente influência intelectual e suas
primeiras tentativas de aplicação à organização industrial; gradativamente, vieram
demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica.
As idéias da filosofia pragmática de John Dewey² e da psicologia dinâmica
de Kurt Lewin³ foram capitais para o humanismo na administração. Elton Mayo é
considerado o fundador da escola. Dewey indiretamente, e Lewin mais
diretamente, também contribuíram enormemente para a sua concepção. Também
a sociologia de Pareto foi fundamental, apesar de nenhum dos autores do
movimento inicial ter tido contato direto com a sua obra, mas apenas com o seu
maior divulgador na época nos Estados Unidos.
A Teoria das Relações humanas foi
desenvolvida principalmente por cientistas
sociais. Dentre suas principais figuras estão
GEORGE ELTON MATO (1880-1949),
KURT LEWIN (1890-1947), entre outros.
KURT Lewin, o fundador da psicologia
social chegou aos Estados Unidos em
1932, foi professor da Universidade de
Cosmell, e posteriormente da de IOWA, em
1944, tornou-se direta do centro de
Pesquisas para a Dinâmica de grupo de
MASSACHUSETIS (Institute of Technology
MIT).
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O que podemos perceber em Relação as Teorias das Relações Humanas é
que os indivíduos dentro da organização participam de grupos sociais e mantém-
se em constante interação social. Para poder explicar e justificar o comportamento
humano nas organizações, a Teoria das Relações Humanas passou a estudar
intensamente essa interação social. As ações e atitudes pelos contatos entre
pessoas e grupos.
Cada individuo é uma personalidade altamente diferenciada dos outros com
quem mantém contatos e, por outro lado, igualmente bastante influenciado pelos
outros. Cada individuo procura ajustar-se a outros indivíduos e a outros grupos
definidos, pretendendo ser compreendido, ser bem aceito e participar no sentido
de atender aos seus interesses e aspirações mais imediatas. Seu comportamento
é fortemente influenciado pelos grupos. É principalmente dentro da empresa que
surgem as oportunidades de relações humanas em face do grande numero de
grupo e as interações necessariamente resultantes. É exatamente a compreensão
da natureza dessas relações humanas que permite ao administrador, melhores
resultados de seus subordinados numa compreensão das Relações Humanas.
Permite uma atmosfera onde cada individuo é encorajado a exprimir-se livre e
sadiamente.
Segundo Mayo e seus colaboradores verificaram que a extrema
especialização difundida pela Teoria Clássica não cria necessariamente a
organização mais eficiente. Passaram a observar que operários que
freqüentemente trocavam de posição para variar e evitar monotonia, essas trocas
apresentavam efeitos negativos na produção, mas parece que elevavam o moral
de todo o grupo.
.A partir dessas conjeturas, passou-se a verificar que o conteúdo e a
natureza do trabalho têm enorme influência sobre o moral do trabalhador.
Trabalhos simples e repetitivos tendem a se tornar monótonos e maçantes
afetando negativamente as atitudes do trabalhador e reduzindo sua eficiência e
satisfação.
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Segundo Mayo, a atitude do empregado em face de seu trabalho e a
natureza do grupo do qual ele participa são fatores decisivos da produtividade.
Para Taylor e a maioria dos autores
clássicos, predominava o conceito de Homo
economicus, pelo qual o homem é motivado
e incentivado por estímulos salariais e
econômicos.
Para Mayo e seus seguidores dizem que
essa motivação econômica é secundária na
determinação do rendimento do
trabalhador. Para a Teoria das Relações
Humanas, as pessoas são motivadas
principalmente pela necessidade de
“reconhecimento”, de “aprovação social” e
de “participação” nas atividades dos grupos
sociais onde vivem. Daí o conceito de
homem social.
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CAPÍTULO IV - ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA
ADMINISTRAÇÃO
Apesar de sempre ter existido o trabalho na história da humanidade, a
história das organizações e da sua administração é um capítulo que teve seu início
há muito pouco tempo. Cabe, entretanto, ressaltar os principais segmentos que
contribuíram e influenciaram seu desenvolvimento.
Influência dos Filósofos
SOCRÁTES – (470 a.C. – 399 a.C) expõe seu ponto de vista sobre a
administração como sendo uma habilidade pessoal separada do conhecimento
técnico e da experiência.
PLATÃO – (429 a.C – 347 a.C.) filósofo grego discípulo de Sócrates,
preocupou-se profundamente com os problemas políticos e sociais inerentes ao
desenvolvimento social e cultural do povo grego.
Em sua obra, “A república”, expõe o seu ponto de vista sobre a forma
democrática de governo e administração dos negócios públicos e enuncia o
princípio da divisão do trabalho, pela primeira vez.
ARISTÓTELES (384 a.C. – 322 a.C) filósofo grego, discípulo de Platão do
qual bastante divergiu, foi o criador da lógica. No seu livro “POLÍTICA” estuda a
organização do estado e distingue três formas de administração pública, a saber:
• Monarquia ou governo de um só
• Aristocracia ou governo de uma elite
• Democracia ou governo do povo
Observação 1: Durante os séculos que vão da Antiguidade até o início da
Idade Moderna, a Filosofia voltou-se para uma variedade de preocupações que
não tinham a ver com problemas administrativos.
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Observação 2: Com o surgimento da Filosofia Moderna, deixa a
administração de receber contribuição e influência dos filósofos, pois a Filosofia
afasta-se dos problemas organizacionais.
Influência da Igreja Católica
A igreja tem uma organização hierárquica tão simples e eficiente que pode
operar satisfatoriamente sob o comando de uma só cabeça executiva (O PAPA).
O conceito de hierarquia vigente na igreja baseiam-se em dois princípios
fundamentais:
a) Serviço hierárquico obrigatório
b) Independência da ordem hierárquica
Influência das Organizações Militares
A escala hierárquica é tipicamente um aspecto da organização militar, bem
como, o princípio da unidade de comando.
A delegação de autoridade para níveis mais baixos à medida que o volume
de operações militares aumentava é outro indicador.
A centralização de comando e a descentralização da execução também é
uma contribuição militar (planejamento e controle centralizados e execução das
operações descentralizadas).
Resumindo, os princípios adotados na Guerra foram inspiradores de muitos
teóricos da administração.
Influência da Revolução Industrial
A partir de 1776, com a invenção da máquina a vapor por James Watt, veio
modificar completamente a estrutura social e comercial da época, provocando
profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social que em um
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século foram maiores do que as mudanças havidas no milênio anterior. É o
período chamado de Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra e
rapidamente se alastrou por todo o mundo civilizado (Europa e Estados Unidos).
A revolução industrial pode ser dividida em duas épocas bem distintas:
1ª fase: 1780-1860: 1ª R.I. ou Revolução do Carvão e do Ferro
- Revolução do Carvão (como principal fonte de energia)
- Revolução do ferro (como principal matéria-prima)
A 1ª Revolução Industrial começa com a introdução da máquina de fiar, do
tear hidráulico e posteriormente do tear mecânico, do descaroçador de algodão,
provocando a mecanização das oficinas e da agricultura.
O trabalho do homem, do animal e da roda d’água é substituído pelo
trabalho da máquina, surgindo o sistema fabril: o antigo artesão transforma-se no
operário e a pequena oficina patronal cede lugar a fábrica e à usina. As novas
oportunidades de trabalho provocam migrações e conseqüente urbanização ao
redor dos centros industriais. Há uma renovação nos meios de transporte e
comunicações: surge a navegação a vapor, a locomotiva a vapor, o telégrafo e o
telefone. É o início do Capitalismo.
2ª fase: 1860-1914: 2ª R.I. ou Revolução do Aço e da Eletricidade
- Revolução da eletricidade e derivados do petróleo (como as novas fontes
de energia)
- Revolução do aço (como nova matéria-prima)
A 2ª Revolução Industrial começa com a introdução definitiva da maquinaria
automática e da especialização do operário. Há uma intensa transformação nos
meios de transporte e nas comunicações: surge à estrada de ferro, o automóvel, o
avião, o telégrafo sem fio, o rádio. O capitalismo financeiro se consolida e surgem
as grandes organizações multinacionais (como a Standard Oil, a General Eletric, a
Westinghouse, a Siemens, etc.)
Ao final desse período, o mundo já não era mais o mesmo e a moderna
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administração surgiu em resposta a duas conseqüências provocadas pela
Revolução Industrial, a saber:
a) O crescimento acelerado e desorganizado das empresas, passaram a exigir
uma administração científica capaz de substituir o empirismo e a improvisação.
b) A necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para
fazer face intensa concorrência e competição no mercado.
Influência dos Economistas Liberais
Adam Smith (1723-1790)
Criador da escola clássica da economia vislumbrava o princípio da
especialização dos operários e manifestava a necessidade de racionalização da
produção. Em sua obra “A riqueza das nações”, publicada em 1776, dizia: a
riqueza das nações está na divisão do trabalho e na especialização.
James Mill (1773-1836)
No seu livro ”Elementos de Economia Política”, publicado em 1826,
prescrevia os estudos de tempos e movimentos como meio de aumentar a
produtividade.
Samuel P. Newman (1835)
No seu livro ”Elementos de Economia Política” prescrevia as qualidades do
administrador:
- Capacidade de planejamento;
- Tenacidade ao executar os planos;
- Caráter para liderar;
- Conhecimento, tanto genérico quanto específico.
Constatações
Com a Revolução Industrial, aumentou a necessidade de recursos
humanos. As jornadas de trabalho nas fábricas eram de 13 a 14 horas/dia, em
condições perigosas, com grande número de acidentes. Houve um crescimento
industrial, mas era empírico devido ás circunstâncias totalmente novas.
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Surgiram naturalmente os erros administrativos, os problemas gerenciais e
as decisões improvisadas. Os salários eram baixos e os operários começaram a
se sentir oprimidos, advindo daí grandes tensões devido á falta de leis trabalhistas.
A Revolução Industrial provocou profunda modificação na estrutura
empresarial e econômica, mas não chegou a influenciar os princípios da
administração de empresas. As decisões continuaram improvisadas.
Foi nesse momento que surgiram os primeiros esforços para a implantação de
métodos e processos de racionalização de trabalho.
PRECURSORES A MODERNA ADMINISTRAÇÃO
Somente a partir de 1900 é que começaram a surgir os primeiros estudos
sobre métodos e processos de organização. Dentre os autores desses estudos
destacamos os seguintes:
Frederick Winslow Taylor
Publicou, em 1911, o livro Princípios de administração científica.
Engenheiro norte-americano, nasceu em 1865 e morreu em 1915.
Desenvolveu novos processos de fabricação do aço e aperfeiçoou sistemas como,
por exemplo, o da cronometragem que permite a medição do tempo de execução
de um trabalho. Era um estudo de tempo de movimentos.
Foi aprendiz, operário-mecãnico e engenheiro-chefe. Taylor deu grande
importância à administração da produção, preocupando-se com a supervisão e a
eficiência dos empregados. A melhoria da produtividade do trabalhador, segundo
esse autor, permite a elevação dos salários.
Henri Fayol
Publicou, em 1916, o livro Administração industrial e geral.
Engenheiro e administrador francês nasceu em 1841 e morreu em 1925.
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Além de preocupar-se com aspectos da produção, Fayol fez da
administração uma abordagem mais ampla que a de Taylor. As considerações de
Fayol sobre a função administrativas merecem, ainda hoje, especial atenção.
Para Fayol, as funções básicas da empresa eram:
- Técnica
- Comercial
- Financeira
- Contábil
- Segurança
- Administrativa
Os princípios gerais de administração, segundo Fayol, são:
1. Divisão de trabalho
2. Autoridade e responsabilidade
3. Disciplina
4. Unidade de comando e direção
5. Subordinação do interesse individual ao geral
6. Cadeia hierárquica, etc.
Henry Ford
Criou sua empresa as linhas de montagem que permitiam a produção em
série dos famosos automóveis Ford
Empresário americano nasceu em 1863 e morreu em 1947. De acordo com
Ford, todo trabalho repetido ou repetitivo pode ser realizado em linha ou série.
O princípio básico defendido por Ford é o ritmo. Segundo esse princípio,
devemos abreviar o tempo de realização de um trabalho pela simplificação das
operações e do mais adequado aproveitamento das máquinas, criando, assim, um
ritmo contínuo e satisfatório de produção.
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AS ESCOLAS DE ADMINISTRAÇÃO
As escolas de administração representam as várias correntes do
pensamento, cada uma delas vendo a administração de um ponto de vista
diferente. Cada uma das escolas ou correntes tem os seus seguidores ou adeptos,
contudo parece que a divergência entre eles reside na interpretação das palavras
usadas por todos, a começar pela própria expressão “Administração” e outras, tais
como “Gerência”, “Organização”, “Liderança”, “Coordenação”, “Executivo”, etc.
A seguir, as principais escolas (teorias) de administração:
Escola do Processo Administrativo (também conhecida por ‘tradicional’ ou
‘universal’)
A administração é um processo de realizar coisas por meio de pessoas.
Este processo é válido universalmente e de sua análise resultam os princípios ou
normas que facilitam a ação de administrar.
Escola Empírica ou de Observação
A administração é o resultado das observações da experiência e da prática
de todos os dias. A experiência e a prática são generalizadas e transmitidas aos
estudantes e administradores práticos.
Escola do Comportamento Humano (também conhecida por escola das
‘relações humanas’)
A administração é o estudo das relações entre as pessoas. Esta escola
apóia-se no princípio de que as pessoas trabalham juntas, em grupos; então,
umas devem entender as outras.
Escola do Sistema Social
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A administração é considerada um sistema social, isto é, um sistema de
relações culturais dos grupos sociais. Os grupos sociais (reunião de pessoas que
possuem as mesmas idéias, os mesmos sentimentos, os mesmos desejos, etc.)
formam as instituições, como a instituição familiar, as instituições econômicas
(empresas), as instituições religiosas, as instituições governamentais, etc. Os fins
dessas instituições são alcançados através de um sistema cooperativo de seus
membros.
Escola da Teoria das Decisões
A administração não é outra coisa senão a tomada de decisões. Tudo o que
existe numa empresa é englobado no processo de decisões, ou seja, a escolha
que se deve fazer em face das várias alternativas que oferece um curso de ação.
Considera-se decisão um curso de ação escolhido por aquele que decide.
Escola Matemática
A administração é um sistema e vários modelos matemáticos. Trata-se do
uso da matemática no campo da administração. Os problemas administrativos são
resolvidos por meios matemáticos, surgindo, então, os modelos que facilitam o
trabalho dos administradores.
ESTILOS DE GERÊNCIA
Existem três estilos de gerência, a saber: autoritário ou autocrático,
democrático e liberal.
O estilo autoritário ou autocrático é aquele no qual as decisões estão
centradas no gerente, sem qualquer participação interna ou externa.
O democrático é aquele no qual os empregados participam do processo
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decisório e são estimulados e orientados para tanto pelo gerente: é a decisão
compartilhada.
O estilo liberal encontra espaço quando há liberdade para as decisões
grupais ou individuais, com participação mínima do gerente.
A seguir, o quadro ilustrativo, que esclarecem os três estilos de gerências:
AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL
Apenas o líder fixa as
diretrizes, sem qualquer
participação do grupo
As diretrizes são
debatidas e decididas
pelo grupo, estimulado e
assistido pelo líder.
Há liberdade completa
para as decisões
grupais ou individuais
com participação
mínima do líder.
O líder determina as
providências e as técnicas
para a execução das tarefas,
cada uma por vez, à medida
que se tornem necessárias e
de modo imprevisível para o
grupo.
O próprio grupo esboça
as providências e as
técnicas para atingir o
alvo, solicitando
aconselhamento técnico
ao líder quando
necessário, passando
este a sugerir duas ou
mais alternativas para o
grupo escolher. As
tarefas ganham novas
perspectivas com os
debates.
A participação do líder
no debate é limitada,
apresentando apenas
materiais variados ao
grupo, esclarecendo
que poderia fornecer
informações desde
que as pedissem.
O líder determina qual tarefa
cada um deve executar e qual
o seu companheiro de
trabalho.
A divisão das tarefas fica
a critério do próprio grupo
e cada membro tem
liberdade de escolher os
seus companheiros de
trabalho.
Tanto a divisão das
tarefas como as
escolha dos
companheiros ficam
totalmente a cargo do
grupo. Absoluta falta
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de participação do
líder.
O líder é dominador e pessoal
nos elogios e nas críticas ao
trabalho de cada membro.
O líder procura ser um
membro normal do
grupo, em espírito, sem
encarregar-se muito de
tarefas. O líder é
‘objetivo’ e limita-se aos
‘fatos’ em suas críticas e
elogios.
O líder não faz
nenhuma tentativa de
avaliar ou de regular o
curso dos
acontecimentos. O
líder somente faz
comentários
irregulares sobre as
atividades dos
membros quando
perguntado.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ADMINISTRAÇÃO
Conceito de Administração
Segundo Fayol (Henri) administrar é:
- PREVER
- ORGANIZAR
- COMANDAR
- COORDENAR e
- CONTROLAR, sendo que o PLANEJAMENTO é a essência do ato de
administrar.
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Principais Funções Administrativas dentro do Processo Seqüencial
PLANEJAMENTO
ORGANIZAÇÃO
DIREÇÃO
CONTROLE
Funções do Administrador como um Ciclo Administrativo
PREVISÃO
PLANEJAMENTO
CONTROLE
ORGANIZAÇÃO
DIREÇÃO
COORDENAÇÃO
Processo Administrativo
As várias funções administrativas quando consideradas como um todo,
formam o PROCESSO ADMINISTRATIVO, quando consideradas isoladamente, o
planejamento, a direção, a organização e o controle são funções administrativas.
PLANEJAMENTO CONTROLE ORGANIZAÇÃO
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DIREÇÃO
SISTEMA
Alguns conceitos
- “Sistema é um conjunto de elementos, materiais ou não, que dependem
reciprocamente uns dos outros, de maneira a formar um todo harmonicamente
organizado e eficiente”.
- “Sistema é um conjunto de atividades interligadas de forma que todas
estejam numa relação direta de maneira a possibilitar que determinados
objetivos sejam alcançados”.
- “Sistema é o conjunto de órgãos, atividades ou informações (entrada) que
se relacionam em funcionamento harmônico e coordenado (processo ou
processamento), visando à obtenção de determinados resultados ou
informações organizacionais (saída)”.
Representação visual
Informações Complementares
Todo sistema é um conjunto de partes. Tais partes devem estar
interligadas, dependendo umas das outras. Do processo ou da interligação das
partes obtêm-se resultados ou produtos.
O sistema pode ser fechado ou aberto. O sistema fechado é aquele que
não se relaciona com o meio externo. O sistema aberto é aquele que se relaciona
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4
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com o meio externo, do qual depende para o seu funcionamento.
Todo sistema empresarial é um sistema aberto: a empresa recebe insumos do
meio externo, processa esses insumos e os devolve ao meio externo na forma de
produtos.
Portanto, todo sistema aberto apresenta três elementos principais:
1º) Entrada de insumo ou matéria-prima;
2º) Processo ou processamento;
3º) Saída do produto.
Além desses elementos, todo sistema tem, ainda, um quarto que possibilita
o controle e o aperfeiçoamento do funcionamento do sistema: é a retroinformação
ou feedback.
Um esquema simples de sistema
Exemplos de Sistemas
Sistemas Entrada Processo Saída
Escola Criança analfabeta Aprendizagem Pessoa alfabetizada
Fábrica Couro, cola. Produção Sapatos, sandálias
ENTRADA PROCESSO SAÍDA
FEEDBACK
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CONCLUSÃO
A empresa bem sucedida deve funcionar como um conjunto coeso de
habilidades e capacidades sempre pronto para ser aplicado nas oportunidades que
aparecem no mercado. O seu planejamento estratégico concentra-se no
desenvolvimento e na interação dessas habilidades e capacidades. Ela deve
valorizar sempre o talento humano e a habilidade necessária para passar à ação
concreta.
Com a Teoria das Relações Humanas passou a estudar a influência da
motivação no comportamento das pessoas sugerindo uma nova concepção social.
Os trabalhadores são criaturas sociais complexas, com sentimentos, desejos e
temores. O comportamento no trabalho, ou em qualquer lugar, é uma
conseqüência de muitos fatores motivacionais.
As pessoas são motivadas por certas necessidades e alcançam suas
satisfações primárias por meio dos grupos com os quais interagem.
Conclui-se assim que os gerentes empresariais quase sempre têm um
modo de pensar inconsciente e tático com nuances dos valores e do bom senso
da era industrial. Para ver um novo mundo eles devem procurar adotar uma
mentalidade consciente como a perspectiva do conhecimento. Portador de uma
visão estratégica que busca captar as informações, o que se passa no mundo lá
fora. Tendo o desejo genuíno de construir um ambiente de qualidade para as
pessoas de sua organização, como também aprimorar-se tecnicamente,
aprofundar-se nos conceitos necessários e entregar-se a um processo de
aprendizagem.
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Os dirigentes precisam repensar a função do RH como um fator crítico para
o sucesso de seus negócios. O foco da função RH deverá está voltado para a
“administração de mudança de estratégia de negócios”. Nada muda se as pessoas
não mudarem e ninguém mudar por decreto. Então os profissionais do RH
precisarão de mentes abertas e espíritos desarmados, e mais, com amor e
dedicação terão que desenvolver planos estratégicos para capacitar e
potencializar os talentos humanos para as mudanças com o objetivo de
desenvolver qualificações técnicas, emocionais e sociais em cada pessoa da
organização.
Cada gestor do negócio deverá encarar a função do RH como uma parceria
interna no desenvolvimento, educação e treinamento de suas pessoas. Uma
consultoria interna de linha não diretiva, que busca facilitar processos de
aprendizagem organizacional.
Não podemos esquecer que o ser humano aprende quando pensa, sente e
participa. Ele é administrado de dentro para fora. Uma empresa só será um
organismo vivo se cada pessoa de seu sistema receber informações com
oportunidade de transformá-la em conhecimento ao fazer o exercício de trazer a
teoria para a prática. A partir daí gerar idéias e agregar valor a um time de
melhoria. Assegurando um contexto onde o trabalho deixa de ser castigo para ser
um desafio de auto-realização.
O que a Empresa x Pedagogia propõe a meu ver, é um conhecimento mais
amplo do ser humano, onde possa existir integridade do pensamento, uma relação
de reciprocidade, onde se preserve o conhecimento global do homem.
Eis que os olhos do Senhor estão sobre
os que o temem, sobre os que esperam na
sua misericórdia.
Salmos 33:18
O diálogo estará sempre presente, pois a opinião crítica do outro será
sempre valorizada e dessa interação certamente o conhecimento humano ser
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ampliará como um todo e não como partes fragmentadas.
O pedagogo dentro das empresas vem tentar fazer a integração de
conhecimentos na busca de novos questionamentos para uma nova pedagogia de
comunicação levando empresários, funcionários e todos os elementos da empresa
a uma integração maior onde empresa, funcionários, clientes entre outros,
vivenciam os problemas existentes, buscando juntos solucioná-los de acordo com
a realidade a ser transformada.
Sobretudo o que se propõe é que nos libertemos da alienação, bem como
da fragmentação que nos apresenta o ensino.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Científicos, 1976.
ADIZES, ICHAK – “Gerenciando as Mudanças” – S. P Pioneira: 1993.
ADIZES, ICHAK – Os ciclos de Vida das Organizações: Como e Por Que as
Empresas Crescem e Morrem e o Que Fazer a Respeito, São Paulo, Pioneira,
1990.
A NOVA RIQUEZA DAS ORGANIZAÇÕES – Gerenciando e Avaliando
Patrimônios de Conhecimento, SVEIBY ERIK KARL, 2ª Edição – Editora Campus.
DUBIN, Robert. Relações Humanas na Administração, São Paulo, Atlas. 1969.
FERREIRA, AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA – Mini Aurélio Escolar, Século
XXI.
GEORGE, Jr., Claude S. História do Pensamento administrativo, São Paulo,
Cultrix, 1974.
GOFMAN, Erving. The Presentation of Self in Everyday Life, Garden City, L. I.,
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GOMES, DÉBORA DIAS – Escola que Aprende MBA em Gestão Estratégica pela
Qualidade em Educação – Produto Editorial Independente – Rio de Janeiros –
2003.
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GOMES, DÉBORA DIAS – Tese de Mestrado, pela COPPE – UFRJ, 2000.
IMAGENS DA ORGANIZAÇÃO – MORGAN GARETA – S. Paulo, Editora Atlas S.A
– 1996.
INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO – 5ª Edição –
MARKROV BOOKS DO BRASIL – Editora LTDA. São Paulo – SP.
MAYO, Elton. The Social Problems of an Industrial Civilization, Cambridge, Mass,
Harvard University Press, 1945.
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes
Título da Monografia: Empresa X Pedagogia
Autor(a): Gilda Alice Nunes da Silva
Data da entrega: 31/07/2007
Avaliado por: Conceito: