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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
UM NOVO OLHAR PARA A ALFABETIZAÇÃO
Por: Verônica Ferreira de Oliveira
Orientadora
Prof. ª Ana Paula Lettieri Fulco
Rio de Janeiro
2007
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
UM NOVO OLHAR PARA A ALFABETIZAÇÃO
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes
como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em
Psicopedagogia.
Por: Verônica Ferreira de Oliveira
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AGRADECIMENTOS
Á Deus por me dar saúde, a minha mãe, avó e
irmão por me apoiarem e incentivarem sempre
em todas as etapas da minha vida.
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DEDICATÓRIA
Dedica-se a todos aqueles que estão verdadeiramente
comprometidos com o sucesso da educação.
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RESUMO
Este trabalho aborda a importância, para a prática pedagógica, do professor
alfabetizador, buscar novos caminhos na alfabetização para que o seu aluno se torne um
sujeito letrado, fazendo uso da função social da leitura e da escrita. Nesse intuito, busca a
contribuição de diversos autores, como: Bossa, Smolka, Soares, Ferreiro e Vygotsky . Como
eixo central da discussão teórica procura-se destacar um novo olhar para a alfabetização e
letramento no processo de formação do sujeito.
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METODOLOGIA
Os métodos que levam ao problema proposto, como leitura de livros através de
pesquisa bibliográfica de diferentes autores na área da educação.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Aprendizagem da leitura e escrita 09
1.1 Os níveis conceituais lingüísticos numa abordagem construtivista 11
1.2. Fatores que interferem na aprendizagem da leitura 13
CAPÍTULO II - Um novo olhar para a alfabetização 17
2.1. Objetivos do ensino da leitura e escrita para a criança 17
2.2. A transição entre a escrita alfabética e o erro 19
2.3. Grafema versus fonema 20
2.4. O papel da linguagem na alfabetização 22
CAPÍTULO III – O uso e a função social da escrita 24
CONCLUSÃO 29
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 31
FOLHA DE AVALIAÇÃO 33
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INTRODUÇÃO
As reflexões em torno dos caminhos que devem ser tomados para resolver a
problemática das dificuldades da aquisição do processo de leitura e escrita principalmente dos
alunos da rede municipal de ensino tornam-se cada vez mais freqüentes.
Vários estudos vem sendo realizados na tentativa de minimizar o insucesso da criança
na classe de alfabetização, esta pesquisa busca uma nova forma de se pensar a alfabetização
como algo que vai além da capacidade de reconhecer as letras e sons tendo o objetivo de
propor caminhos para o processo de leitura como propostas que permitam que o aluno tenha
uma alfabetização de sucesso, utilizando-se da função social da leitura e da escrita conhecida
como letramento.
Neste trabalho procuro mostrar as condições para que o aprender a ler e escrever só
terá sentido se a alfabetização tornar-se significativa, prazerosa e estimulada pelo educador
que deverá se preocupar com a forma com que seus alunos aprendem e propor-lhes desafios
para que venham fechar o seu ciclo de alfabetização.
Desta forma este trabalho apresenta-se da seguiste forma. Primeiro é apresentado como
se dar a aprendizagem da leitura e escrita com a definição dos níveis conceituais lingüísticos
numa abordagem construtivista e nos fatores que interferem na aprendizagem.
Em seguida são definidos os objetivos do ensino da leitura e escrita da criança e a
importância que a linguagem tem para a alfabetização.
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Finalizando a pesquisa são apresentados os caminhos para uma alfabetização com o
uso e a função social da escrita onde o ato de ler e escrever em nossa sociedade vem aos
poucos conquistando um lugar de destaque e com isto passando a ganhar novos conceitos.
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CAPÍTULO I
APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA
“Estar alfabetizado é ultrapassar o domínio do código escrito, do conhecimento do alfabeto, da combinação das letras e sílabas. Está alfabetizado presupõe reconhecer
e relacionar informações variadas e organizadas nos diferentes tipos de textos presentes nas diversas práticas sociais”. (Sholka, 1989, p. 62)
Diferentes estudos apontam para uma nova forma de se pensar a aprendizagem
da leitura e escrita, onde se faz necessário acabar com a leitura e escrita da escola buscando
trabalhar a leitura e escrita no contexto sociocultural do aluno.
É preciso trabalhar com a escrita da vida na sala de aula, levando o aluno a se
interessar por está aprendizagem entendida como algo que faz parte de sua vida e é importante
fora da escola.
Aprender a ler e escrever é apropriar-se do código lingüístico, tornando-se um
usuário da leitura e da escrita.
A prática da leitura e da escrita atualmente, vem sendo influenciada por alguns
estudos e pesquisas sobre conhecimento de linguagem: constritivismo, socioconstrutivismo,
psicogênese da língua escrita, entre outros.
Construtivismo é a aplicação dos estudos de Jean Piaget (1896 – 1980),
educador, psicólogo, biólogo e filósofo suíço que reformulou em bases funcionais as questões
sobre pensamento e linguagem. Ao mesmo tempo se interessava por uma visão
transformadora da Epistemologia.
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Segundo suas pesquisas, o conhecimento é construído através da interação do
sujeito com o objeto. O desenvolvimento cognitivo se dá pela assimilação do objeto de
conhecimento, nesse caso, a língua portuguesa, a estruturas anteriores presentes no sujeito e
pela acomodação dessas estruturas em função do que vai ser assimilado. Para Piaget (1979), a
criança se apodera de um conhecimento se agir sobre ele, pois aprender é modificar, descobrir,
inventar, desta forma a função do professor é propiciar situações para que a criança construa
seu sistema de significação, na qual organizado na mente, será estruturado por escrito ou
verbalmente.
O Sócioconstrutivismo é uma teoria que vem sendo desenvolvida a partir dos
estudos de Vygotsky e seus seguidores. Vygotsky (1896-1934) graduou-se na Universidade
de Moscou. Lecionou Literatura e Psicologia e criou um laboratório de Psicologia no
Instituto de Treinamento de professores.
Os estudos de Vygotsky e seguidores sobre a aquisição de linguagem como
fator histórico e social enfatizam a importância da interação lingüística para a construção
do conhecimento. O centro do trabalho passa a ser o uso e a funcionalidade da linguagem,
o discurso e as condições de produção. Nesta pespectiva o professor assume o papel de
mediador , facilitador , que irá interagir com o aluno através da linguagem num processo
dialógico.
Os estudos sobre a Psicogênese s da Língua Escrita, desenvolvida por Ferreiro
e Teberosky (1985), marcam a história do processo de alfabetização. Emília Ferreiro é
doutora pela Universidade de Genebra e foi colaboradora de Piaget. Ela não propõe uma
nova Pedagogia ou um método, mas entender como o sujeito aprende.
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É necessário que o professor repense todo o processo de ensino aprendizagem
da língua e o funcionamento do código e conheça os diferentes níveis conceituais
lingüísticos da criança.
1.1 – Os níveis conceituais lingüísticos numa abordagem construtivista
Segundo Ferreiro (1985) na proposta construtivista define cinco níveis conceituais
lingüísticos. Utiliza-se das nomenclaturas: Nível 1 – Pré-silábico (fases pictórica, gráfica,
primitiva e pré silábica propriamente dita); nível 2 – Intermediário I; nível 3 – Silábico; nível
4 – Intermediário II ou Silábico-alfabético e nível 5 – Alfabético.
Tem-se no nível Pré-silábico: (a) Fase pictórica onde a criança registra garatujas,
desenhos sem figuração. Normalmente, a criança que vive num meio urbano com estimulação
e disponibilidade de material gráfico (papel e lápis), começa a rabiscar e experimentar
símbolos muito cedo. Muitas vezes ele já usa linearidade, mostrando consciência sobre as
características da escrita; (b) Fase gráfica primitiva em que a criança registra símbolos e
pseudoletras, misturadas com as letras e números. Aqui a criança já demonstra linearidade e
utiliza o que conhece do meio ambiente para escrever (bolinhas, riscos, pedaço de letras).
Nesse momento, há um questionamento sobre os sinais escritos. Ela pergunta muito ao adulto
sobre a representação que vê em sua comunidade; e (c) Fase Pré-silábica nessa fase
propriamente dita, a criança começa a diferenciar letras de números, desenhos ou símbolos e
reconhece o papel das letras na escrita. Percebe que as letras servem para escrever, mas não
sabe como isso ocorre.
No momento, a criança apresenta as seguintes concepções: falta de consciência da
correspondência entre pensamento e palavra escrita; falta de consciência entre fonema e
grafema. Não há reconhecimento do valor sonoro convencional, isto é, não é observada a
relação existente entre som e letra. A criança nesta fase pode escrever a palavra elefante da
seguinte forma: VEXSUUJGGFDPZARJILI.
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O nível 2 – Intermediário I, caracteriza-se por um conflito. A criança foi provocada a
repensar a certeza do nível pré-silábico e fica sem saída, pois não consegue ainda entender a
organização do sistema lingüístico. Geralmente há a negação da escrita, pois o aluno diz que
“não sabe escrever”.
Nesta fase existe uma ligação difusa entre pronúncia e escrita. A criança já conhece e
usa valores sonoros convencionais, além de alguns trechos da palavra. Exemplo: cadeira ela
escreve cererta. Já é capaz de justificar que a palavra começa com c e termina com a.
O nível 3- Silábico: Quando criança chega no nível silábico sente-se confiante porque
descobre que pode escrever com lógica. Ela conta os pedaços sonoros, isto é as sílabas e
coloca um símbolo (letra) para cada pedaço. Essa noção de que cada sílaba corresponde a uma
letra pode acontecer com os sem valor sonoro convencional. A criança pode, por exemplo,
escrever pato assim: ao ou pt. Aqui, o aluno acredita que resolveu o problema da escrita, mas
a leitura ainda continua problemática, porque os adultos não conseguem ler o que ele
escreveu.
O Nível 4 – Silábico alfabético. Por se tratar de um nível intermediário, é mais uma
vez um momento conflitante, pois a criança precisa negar a lógica do nível silábico. Ninguém
consegue ler o que ela escreve e, nesse momento, ele se vê sem saída. Isso acontece
principalmente quando ela usa só vogais, porque a mesma combinação de letras serva para
escrever uma porção de palavras. É justamente isso que pode indicar o caminho para o
professor: propor atividades que levem a criança a observar distâncias entre sua escrita.
No nível 5 – Alfabético é quando a criança reconstrói o sistema lingüístico e
compreende a sua organização, ela transpõe a porta do mundo e as coisas escritas,
conseguindo ler e expressar-se graficamente o que pensa ou fala. Ela apresenta as seguintes
características: compreensão da lógica da base alfabética da escrita. Exemplo: a criança sabe
os sons b e o são grifados bo e que c e a são grifados ca e que juntos, significam boca;
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conhecimento do valor sonoro convencional de todas ou grande partes das letras, juntando-as
para que formem sílabas e palavra; distinção da letra, sílaba, palavras e frases.
1.2 – Fatores na aprendizagem da leitura e da escrita
Entendendo que a aquisição da leitura e escrita como um processo completo que
envolve maturidade fisiológica, emocional e intelectual, além dos aprimoramentos constante
de hábitos e habilidades, conhecimentos e atitudes se definirmos o sujeito como
biopsicosocial, são definidos aqui os fatores que possibilitaram a aprendizagem da leitura e da
escrita.
1.2.1- fatores emocionais e sociais
Constituem a chave da oportunidade para a leitura. São responsáveis pelo
desenvolvimento sócio-emocional do aluno, a personalidade do professor, o ambiente da
classe e as relações família-escola.
Muitos alunos ajustam-se com facilidade logo que chegam à escola; outros necessitam
de maior período para integra-se ao ambiente escolar. A personalidade do professor, o clima
sadio e o ambiente físico da sala de aula concorrem para o sucesso decisivo da aprendizagem
da leitura.
Boas relações entre pais e responsáveis é um caminho seguro para a compreensão dos
problemas emocionais da criança. Atividades e tarefas que proporcionam alegria,
desenvolvimento da autoconfiança, do espírito de iniciativa e cooperação devem ser preferidas
para o ajustamento da criança.
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1.2.2 – Fatores físicos
Boa saúde geral, alimentação adequada, são primordiais para aprendizagem. O
professor deve dar atenção especial à visão e à audição de seus alunos, pois estes dois sentidos
exercem papel de estaque na aprendizagem, além da maturidade geral dos outros órgãos de
sentidos, dos senso de direção e do controle motor.
1.2.3 – Fatores intelectuais
Estes dependem de fatores múltiplos, como: base de experiências de acordo com o
meio em que vivem. Devem-se sondar e enriquecer a base de experiência das crianças, por
meio de recursos naturais e audiovisuais: conversas e discussões, gravuras e fotografias,
excursões, filmes e slides; e linguagem oral – contatos do indivíduo como meio. Para
interpretação dos símbolos escritos é fundamental que o aluno possuam um bom vocabulário
oral.
As atividades para o desenvolvimento da linguagem podem ser: conversas e
discussões, entrevistas, hora de novidades, brinquedos dramatizados, estórias lidas ou
contadas pelo professor ou inventadas pelas crianças, estórias lidas ou contadas pelas crianças
à vista de gravuras, dramatizações, teatro com fantoches, cartas, bilhetes, convites, conversas
ao telefone de brinquedo, cantigas de roda e outros.
A motivação, a partir das situações naturais criadas pelo professor, despertando a
aluno a falar, será um guia para avaliar o crescimento da linguagem.
Alguns fatores influenciam a aprendizagem das crianças; (a) desenvolvimento mental
– não há uma determinada idade para a aprendizagem da leitura, variando de indivíduo para
indivíduo; (b) fatores influenciadores: base de experiências, estado emocional, situação sócio-
econômica, saúde; e (c) atenção e concentração – sem estes fatores não há aprendizagem.
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Há algumas atividades utilizadas para formação de hábitos: hora de estória, hora de
novidade, jornal falado, jogos, brincadeiras e exercícios, recados, instruções são importantes,
porém é preciso tomar cuidado para que a rotina de trabalho não se torne rotineira.
Em todas as atividades que estejam dentro do interesse, haverá atenção. Porém o
professor deverá selecionar atividades e tarefas que estejam dentro do interesse e à altura da
capacidade da criança. Assim, o aluno realizará com êxito e conclusão os trabalhos
apresentados.
A discriminação visual e auditiva também são fatores intelectuais de grande
importância para a aprendizagem da leitura.
Sugestões de atividades que despertam e estimulam o gosto pela leitura: estórias lidas,
sentença em ações-fichas, etiquetas (em todos os objetos da classe: mesa, cadeira...) – colocar
respectivos nomes; saudações em fichas (Bom dia!), cantinho das notícias e planejamento das
atividades diárias.
O professor deve escrever os planejamentos ditados pelos alunos, histórias contadas ou
recontadas pelo grupo; uma lista de nomes, objetos, coisa lugares; receitas e registro de como
foi o dia, assim a criança visualizará como é realizada a escrita e entenderá qual é a sua
função.
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CAPÍTULO II
UM NOVO OLHAR PARA A ALFABETIZAÇÃO
A necessidade de se pensar uma nova forma de alfabetizar é o objetivo desta pesquisa
que vai além da escolha de um método, mas de se entendes com a criança aprende e quais são
os novos caminhos que possa favorecer a aprendizagem.
Além de construir um ambiente alfabetizados, apontar a importância de se mudarem as
relações professor/aluno/objeto do conhecimento entendida como a linguagem escrita.
É preciso que o aluno, além de conhecer, sinta-se interessado em utilizar essa
linguagem. É preciso criar um ambiente onde todos possam conversar, trocar suas
experiências e explorar a escrita.
A criança precisa vivenciar situações que a leve a entender que a escrita serve de
auxílio à memória e que ultrapassa as barreias do tempo e espaço quando nos comunicamos
por exemplo a distancia. Mais ainda que, escrevendo, estamos expressando sentimentos ou
idéias sobre os fatos e as situações que vivem ou imagina.
2.1 Objetos do ensino de leitura e escrita para a criança
Vemos na educação que, para o aluno, tem-se os seguintes objetivos para o ensino da
leitura e escrita: (a) desenvolver as atitudes, hábitos e habilidades, para que a leitura seja de
fato um processo de pensamento e comunicação de idéias; (b) propor o reconhecimento básico
de um vocabulário visual e do desenvolvimento de recursos necessários à aquisição desse
vocabulário; (c) integrá-lo ao ambiente escolar, fazendo-o adquirir hábitos e habilidades
necessárias às futuras aprendizagens que são: a formação antes de sua entrada na escola, o
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meio sócio econômico, o fator cultural, a alimentação, etc. Esses fatores fazem com que o
aluno apresente um desenvolvimento especifico que é só seu: cabe a escola fornecer um
ambiente alfabetizados em que o aluno possa estar em contato com diferentes materiais
escritos (mural, cartazes, calendário, notícias de jornal, listas e receitas), integrá-lo no
ambiente, à turma, à escola, incentivando-o no convívio social e de escolaridade; desenvolver
as condições necessárias à aprendizagem da leitura e da escrita e além de oferecer
oportunidade para sentir-se confiança no professor e aceitar sua liderança.
Para o professor, tem-se: (a) dar segurança para determinar as diferenças individuais e
orientar os alunos nos grupos (trabalho) e (b) criar oportunidades de conhecer cada aluno:
físico, social, emocional e intelectualmente.
O professor percebe as diferenças que os alunos apresentam aos interesses,
habilidades, meio social e experiências anteriores, iniciando no momento oportuno o ensino
sistemático da leitura.
Quando o professor conhece as concepções que a criança desenvolve a respeito da
língua escrita, pode tornar-se um mediador, propondo atividades e questionamentos que levem
o aluno a duvidar de suas idéias, colocar em conflito suas certezas sobre os símbolos escritos
e, comparando e refletindo, elaborar uma nova hipótese lingüística. É através do conflito que
permite uma assimilação e acomodação que a criança chega a hipótese alfabética e depois,
passo a passo, busca a convencionalidade ortográfica e gramatical.
A criança passa para a fase de leitura por produtividade que é a leitura de símbolos e
sinais globais em contextos familiares ( Ex. Nescau). A leitura quase por adivinhação é
importante para o desenvolvimento da leitura que se seguirá à fase de “decodificação” ou de
“análise lingüística”.
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2.2 A transição entre a escrita alfabética e o erro
O ensino da ortografia é um dos objetivos da escola durante o ensino fundamental ,
pois ajuda a desenvolver a fluência na leitura, embora a fala não corresponda exatamente à
escrita.
Uma criança é considerada alfabética quando reconstrói o código lingüístico e
consegue fazer a vinculação fonema/grafema. Exemplo ouve gato e escreve gatu; ouve ou fala
casa e escreve caza. Essa criança descobriu as “regras de composição” do sistema lingüístico e
tem a concepção de que tudo deve ser escrito “como se fala”. Como resultado, a criança
desestrutura a sua hipótese e vai buscar insistentemente as “regras” da escrita ortográfica.
A ortografia é uma parte da gramática que apresenta aspectos regrados (m antes de p e
b, por exemplo) e não regradas (palavras escritas com s, z, ch, x). Os aspectos regrados podem
ser reconstruídos pelo aluno, porque fazem parte de um acontecimento lógico-matemático; já
os aspectos não regrados se referem a um conhecimento social arbitrário e, portanto, a criança
só pode adquirir formando a imagem mental da palavra, ou seja, construindo o repertório das
palavras mais utilizadas e tendo consciência como são faladas.
Até que a criança chegue a um nível de construção da escrita definida por Ferreira
como a fase alfabética a criança passa por fases de transições que não nosso na verdade
escritas errados e sim a forma de se pensar como é a escrita de uma determinada palavra.
Através de uma prática com propostas alfabetizadoras que considere as evidencias da
reconstrução do código e estudos sobre a lingüística que remetem a dois eixos definidos
como: texto e analise lingüística que permita que o trabalho com textual leva a compreensão
da funcionalidade da escrita, e por outro, a análise lingüística embasa a aquisição de valor
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sonoro convencional e reconstrução do código lingüístico a criança estará escrevendo
convencionalmente.
2.3. GRAFEMA VERSUS FONEMA
Adquiri os valores convencionais é perceber a correspondência entre grafema e
fonema, isto é, apropriar-se do conhecimento de que existe uma relação entre o som A e a
letra A, o som B e a letra B, e assim por diante, com todas as letras que naturalmente estão
inseridas em palavras, frases e textos.
Um dos pontos fundamentais em relação à aquisição dos valores sonoros
convencionais é a ordem de complexidade. Ela é crescente, não linear, é parcial e com
diversos ramos. Isso que dizer que a aquisição pode ocorrer em diversas ordens e até
simultaneamente, e não há possibilidade de se controlar esse processo.
O fato de se organizar um processo apresentando as letras numa determinada ordem
não garante a aprendizagem nessa ordem. O professor pode ficar desenvolvendo durante um
mês uma família silábica (ba-be-bi-bo-bu) e a criança pode está adquirindo várias letras,
inclusive o B com outras letras, exceto o B propriamente.
A compreensão desse fato leva a uma mudança em relação à prática pedagógica. Se o
professor sabe que uma organização e a seqüênciação do processo não levam à aprendizagem
nesta ordem, porque levar e organizar seis meses ou mais para regular a apresentação de todas
as letras para a criança?
Mais vela é apresentar o alfabeto e permitir que a criança adquira na sua ordem
natural. Quando se desenvolve essa prática, há a “liberação” da criança para reconstruir o
sistema lingüístico em seu tempo.
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A investigação sobre a psicogênese da língua escrita permite ao professor atuar como
mediador do processo ensino-aprendizagem e fornecer pistas para o aprendiz tornar-se
alfabético. Atividade essencial, nesse processo, é a sondagem diagnóstica, que permite o
educador a conhecer as hipóteses das crianças envolvidas no processo de alfabetização. Para
realizar a sondagem escolhem-se quatro palavras (uma polissílaba, uma trissílaba, uma
dissílaba e uma monossílaba, nessa ordem) e uma frase de um mesmo campo semântico
(mesmo assunto). Pede-se, então que a criança escreva do jeito que souber.
O professor pode pedir às crianças que ao lado das palavras façam o desenho, que
servirá como índice para leitura. Quando o professor encontrar dificuldade para realizar a
leitura da escrita da criança, é importante pedir que ela leia, apontando as letras e sinais
correspondentes à fala. Outro elemento importante que pode servir como sondagem é a escrita
de textos espontâneos (escrever uma história, como souber). Nesse caso, a análise da escrita
pode ser feita a partir dos seguintes parâmetros: silábico-alfabético e alfabético já definidos no
capitulo I.
A partir do material investigado em uma sondagem, pode-se refletir sobre o
pensamento da criança e perceber sua hipótese lingüística, isso permite a desestruturação da
hipótese que a criança tem a respeito da linguagem escrita, bem como a construção de uma
nova hipótese, culminando na reconstrução do código lingüístico.
Uma das formas de contribuir para esse trabalho é a utilização de jogos, jogando se
aprende a fazer de conta, representar uma coisa por outra, criar códigos, perceber as letras.
Perceber-se o valor convencional e reconstrói-se o código lingüístico.
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A autocorreção é um procedimento de transformação de “imagem mental “, Teberosky
(1992, p. 136) que a criança têm das palavras no que se refere à ortografia. Consiste ma
comparação da palavra escrita incorretamente pelo aluno com a forma ortograficamente
correta, na observação dos contraste na correção do que estiver diferente.
2.4 O PAPEL DA LINGUAGEM NA ALFABETIZAÇÃO
A escola, a sala de aula e principalmente o professor precisam permitir que ocorra o
diálogo entre alunos e com o professor, para entender o verdadeiro papel da parceria e da
cooperação no espaço escolar e a aprendizagem do aluno.
Vygotsky dirigiu seu olhar para o espaço de atuação e interação do sujeito com o
mundo exterior, ou seja, seu meio físico e social que se dar através da relação do
indivíduo/sociedade. Vygostsky afirma que as características tipicamente humanas não estão
presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são mero resultado das pressões do meio
externo. Elas resultam da interação dialética do homem e seu meio sócio-cultural.
A relação do homem com o mundo não é uma relação presente em toda atividade
humana. A relação do homem com o mundo não é uma relação direta, pois é mediada por
meios, que se constituem nas “ferramentas auxiliares” da atividade humana, A linguagem é
nossa mediação por excelência, pois ela carrega em si os conceitos generalizados e elaborados
pela cultura humana. A capacidade de criar essas “ferramentas” é exclusiva da espécie
humana. O pressuposto da mediação é fundamental nesta perspectiva social-histórica
justamente porque é através dos instrumentos e signos que os processos de funcionamento
psicológicos são fornecidos pela cultura. É por isso que Vygotsky confere à linguagem um
papel de destaque no processo de pensamentos.
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É importante que o professor possa conhecer o processo que as crianças utilizam para
encontrar suas respostas. Isto é possível, através de uma interação respeitosa e direta,
trabalhadas com as crianças em parceria ou em grupo.
Desta forma a linguagem exerce um papel preponderante na construção do
pensamento, através da qual a maioria das relações se estabelecem, daí a importância do
dialogo, a troca no cotidiano escolar.
A linguagem está intimamente ligada ao pensamento, ambas se elaboram juntos no
trabalho e por meio dele, onde a linguagem só reflete o que é produzido no contexto das
relações sociais. Desta forma enquanto a linguagem da forma objetiva ela também possibilita
a existência do pensamento.
Assim a linguagem da criança adquire um conjunto de riquezas incluindo a
consciência que junto com ou construindo com instrumentos na leitura do mundo e de si
mesmos podem também permitir a aquisição da leitura e da escrita através das ferramentas
que o homem utilizam na sua mediação com o conhecimento.
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CAPÍTULO III
O USO E A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCRITA
Segundo Vygotsky (1988) as funções psicológicas especificamente humanas se
originam nas relações do indivíduo e seu contexto cultural e social. Isto é, o desenvolvimento
mental humano não é dado a priopi, não é mutável e universal, não é passivo, nem tampouco
indepandente do desenvolvimento histórico e das formas sociais da vida humana. A cultura é,
portanto, parte constitutiva da natureza humana, já que sua característica psicológica se dá
através da internalização dos modos historicamente determinados e culturalmente organizados
de operar informações.
Quanto às questões do desenvolvimento humano, Vygotsky afirma que a estrutura
fisiológica humana, aquilo que é inato, não é suficiente para produzir o indivíduo na ausência
do ambiente social. As características individuais (modo de agir, de pensar, de sentir, valores,
conhecimentos, visão de mundo, etc) dependem da interação do ser humano com o meio
físico e social.
O caso das duas crianças (as chamadas “meninas-lobas”) que foram encontradas na
índia vivendo no meio de uma manada de lobos, demonstra que, para se humanizar, o
indivíduo precisa crescer num ambiente social e interagir com outras pessoas. Quando
encontradas, as meninas praticamente não apresentaram um comportamento humano: não
conseguiram ficar de pé, andavam com o apoio das mãos, não falavam, se alimentavam de
carne crua ou podre, não sabiam usar utensílios, nem pensar de modo lógico. O
desenvolvimento para Vygostky está intimamente relacionado ao contexto sócio-cultural em
que a pessoa se insere e se processa de forma dinâmica através de rupturas e desequilíbrios
provocadores de contínuas reorganizações por parte do indivíduo.
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No que diz respeito à relação entre aprendizagem e desenvolvimento, Vygotsky
considera que o desenvolvimento pleno do ser humano depende do aprendizado que realiza
num determinado grupo cultural, a partir da interação com o outro indivíduo de sua espécie.
Nessa perspectiva. É o aprendizado que possibilita e movimenta o processo de
desenvolvimento, é o aspecto necessário e universal, uma espécie de garantia do
desenvolvimento das características psicológicas especialmente humanas e culturalmente
organizadas.
São definidos dois níveis de desenvolvimentos: um se refere às conquistas já
efetuadas, já consolidadas na criança, aquelas capacidades que ela já domina, pois já consegue
realizar sozinha, sem assistência de ninguém. Este nível é chamado de desenvolvimento real.
O outro, denominado desenvolvimento potencial, se refere àquilo que a criança é capaz de
fazer, só que mediante a ajuda de outra pessoa (através do diálogo, da colaboração, da
imitação, da experiência compartilhada); representa as capacidades as serem construídas. A
distância entre aquilo que ela é capaz de fazer sozinha (desenvolvimento real) e aquilo que
realiza em colaboração com outros elementos de seu grupo (desenvolvimento potencial)
caracteriza um conceito importante na obra de Vygotsky denominado zona de
desenvolvimento proximal que engloba estas funções que estão em processo de maturação.
O aprendizado é o responsável por criar a zona de desenvolvimento proximal, na
medida em que, em interação com outras pessoas, o indivíduo é capaz de colocar em
movimento vários processos de desenvolvimento que, sem a ajuda externa, seriam
impossíveis de ocorrer. Os processos de internalizam e passam a fazer parte do seu
desenvolvimento individual. Aquilo que é zona de desenvolvimento proximal hoje é
desenvolvimento real amanhã, e uma nova zona de desenvolvimento proximal mais ampla se
desenvolverá.
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Desta forma o desenvolvimento da complexidade da estrutura humana é entendida
como um processo de apropriação pelo indivíduo da experiência histórica e cultural. Nesta
perspectiva, o indivíduo constitui-se como tal através de suas interações sociais, portanto, é
vista como alguém que transforma e é transformado nas relações produzidas em uma
determinada cultura.
Sendo assim a forma de se pensar o saber deve ser modificada tendo em vista como
construir um indivíduo socializado, desempenhando um papel tão fundamental que é a sua
construção como indivíduo que vive numa sociedade letrada e complexa como a nossa.
Desta forma o ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito
abrangente do ato de ler a palavra. Até mesmo historicamente, os humanos primeiro
mudaram o mundo, depois revelaram o mundo e em seguida escreveram as palavras. Não é
novidade que o Brasil enfrenta sistematicamente o problema do analfabetismo, tanto de
crianças que saem da escola e de outros que não tiveram a oportunidade de se apropriarem da
leitura e da escrita.
A dificuldade que um grande número de educando apresentam na construção da leitura
e escrita vem preocupando a muito tempo, muitos profissionais que modificam suas
metodologias a fim de afetar seus alunos, porém em inúmeras vezes sem sucesso, pois não
basta modificar o ambiente é preciso mudar o nosso olhar.
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A leitura e a escrita em nossa sociedade veio aos poucos conquistando um lugar de
“destaque” e com essa modificação, também ganhando novos conceitos.
Magda Soares, em seu livro: LETRAMENTO – Um tema em três gêneros, esclarece
esta mudança de conceito.
“O que explica o surgimento recente desta palavra? Novas palavras são criadas quando emergem: novos fatos, novas idéias, ou nova maneira de
compreender a presença de escrita no mundo social trouxe a necessidade desta nova palavra, letramento”? ( Magda Soares, 1998, p. 16)
Há alguns anos esse vocabulário surgiu entre os lingüistas e estudiosos da língua
portuguesa, e então passou a ter veiculação no setor educacional. Constatou-se que uma das
primeiras menções feitas deste termo ocorreu no mundo da escrita: uma perspectiva
psicolingüística. O termo se originou de uma versão feita da palavra da língua inglesa
“literacy”, com a representação etimológica de estado, condição ou qualidade de ser literate e
literate é definido como educado. Especialmente para ler e escrever.
Nos dicionários da língua portuguesa o termo alfabetizado diz respeito ao indivíduo
que somente aprende a ler e escrever, não se diz que é o que adquiriu o estado ou condição de
quem se apossou da leitura e da escrita, e que responde de maneira satisfatória as demandas
das práticas sociais. Ainda, ampliando a abrangência da alfabetização, podemos analisá-la à
medida que esta reproduz a “formação social existente, ou como um conjunto de práticas
culturais que promove mudança.
A crescente preocupação em desenvolver um controle sobre a problemática da falta do
saber ler e escrever gerou uma crescente preocupação em desenvolver um controle esta
questão, através de muitos estudos e ações com o objetivo de erradicar o problema surgiu o
“analfabetismo”. Mas, observou-se que para o estado/condição daquele que sabe ler e
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escrever, e que responde de maneira ampla e satisfatória as demandas sociais fazendo uso de
laguna maneira da leitura e escrita, ainda não havia uma denominação. Mas tarde, isso se fez
necessário devido à constatação de uma nova situação: de que não basta apenas o saber ler e
escrever, necessário é saber fazer uso do ler e do escrever, saber responder às exigências de
leitura e de escrita que a sociedade faz, o nome letramento surgiu mediante a esta nova
constatação. Segundo Soares (1998) letramento é definido como: “... Letramento é pois
resultado da ação de ensinar ou de de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire
um grupo social ou em indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita.” (Magda Soares,
1998, p. 18)
Apropriar-se da leitura e da escrita é utilizá-la e não ler e escrever mecanicamente com
repetidos exercícios. È escrever um bilhete e pregar na geladeira para a mãe, uma carta para
um amigo, uma lista de compras e ler tudo compreendendo o que lê.
A escola não pode ser mais o local onde se prepara para a vida e sim precisa ser lugar
da vida, onde as atividades precisam ser aplicáveis no cotidiano e com isso próximas do saber
do aluno, que não e aquele que apenas assimila conhecimento, ele também o constrói e
produz.
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CONCLUSÃO
As investigações e pesquisas possibilitaram ressaltar que a alfabetização vai depender
de vários fatos e de um comportamento pedagógico e didático contínuo, para que não haja
agravante mais tarde na grafia e que o meio social em que a criança esta inserida, da
participação dos pais na vida escolar. Todos influenciam e muito na construção da
personalidade do educando e na sua aprendizagem.
Vivemos hoje numa sociedade em que não basta apenas ler ou escrever palavras é
preciso se apropriar da leitura e escrita fazendo-se uso delas, ou seja, alfabetiza letrando, mas
para isto, é preciso uma nova forma de se pensar a educação, sua metodologia, avaliação e a
postura do educador.
O educador precisa investigar as práticas que fazem parte do cotidiano do aluno,
planejar suas ações visando ensinar para que serve a linguagem escrita e como o aluno poderá
utilizá-lo, desenvolver no aluno, através da leitura, interpretação e produção de diferentes
gêneros textuais (poético, narrativo, jornalístico, descritivo, etc), incentivar o aluno a praticar
socialmente a leitura e escrita, de forma criativa, crítica , autônoma e ativa.
Uma nova forma de avaliar se necessária diante desta nova postura do educador e de
formador de indivíduos letrados aqui a avaliação deve ser individual levando-se em
consideração a desenvolvimento de cada um possibilitando perceber onde a criança chegou na
elaboração da escrita, que hipótese está formulando, o quanto já apreendeu e compreendeu
acerca de seus fundamentos, funções e princípios de organização. E também quais os pontos
em que ainda devem intervir junto a ela, o que precisa explicitar para ela e com ela, que
informações junto ao educador podem lhes dar para que avance em suas elaborações e no
domínio da escrita na sociedade.
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Acreditando que aprender a ler e escrever significa compreender o que as letras
querem dizer e falar do sujeito e do mundo um novo olhar para a alfabetização se faz
necessário visando formar indivíduos letrado que domine a aquisição da leitura e escrita
fazendo uso social da língua.
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