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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA INCLUSÃO E ADAPTAÇÃO TÉCNICA DO PROFESSOR AO ALUNO COM TDAH Por: Sandra Maria Soares Muniz Cunha Orientador Prof.Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

INCLUSÃO E ADAPTAÇÃO TÉCNICA DO PROFESSOR AO

ALUNO COM TDAH

Por: Sandra Maria Soares Muniz Cunha

Orientador

Prof.Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

INCLUSÃO E ADAPTAÇÃO TÉCNICA DO PROFESSOR AO

ALUNO COM TDAH

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Educação Inclusiva.

Por: . Sandra Maria Soares Muniz Cunha.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus filhos e ao meu marido que,

com muito carinho e paciência, não

mediram esforços para que eu

chegasse até o final deste curso.

À minha orientadora Mary Suel, por seu

apoio que me levou a execução e

conclusão desta monografia.

A todos os professores do AVM pelo

carinho, dedicação e entusiasmo

demonstrado ao longo do curso.

E finalmente a Deus, o que seria de

mim sem a fé que eu tenho nele.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos

meus filhos Luiz Carlos e Giulia

e ao meu marido Luiz.

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RESUMO

Nesse trabalho procura-se demonstrar através das mais recentes

pesquisas, como agir ao deparar com as situações inusitadas com referencia

aos indivíduos portadores do TDAH, Transtorno do Déficit de Atenção e

Hiperatividade, doença neurobiológica, de causas genéticas que aparece

normalmente na infância e que acompanhará o indivíduo por toda a sua vida.

Causa desatenção, inquietude, impulsividade e hiperatividade. Neste trabalho

será comentado como os pais e professores são importantes, tanto na

percepção, quanto no trato do déficit, sobre o quanto a Escola é importante na

formação do caráter do indivíduo, é sabido que uma grande parcela da

população, (entre 3% e 7%) é atingida, e como os envolvidos estão

despreparados para lidar com a situação. Será informado de maneira

subjetiva e também impessoal que se não tratado corretamente o indivíduo

portador do TDAH poderá sofrer no desenvolvimento pessoal, familiar e

profissional. Serão os principais atores dessa peça teatral, o indivíduo, seus

pais e principalmente os professores e a escola, eles determinarão o futuro das

crianças portadores do TDAH, ajudando-os a tornarem-se pessoas melhores e

a conviver com uma doença muito séria, mas definitivamente controlável, a

educação inclusiva é o caminho e devemos persistir nela, pois com essas

mentes bem "reguladas" certamente formar-se-ão gênios, como podemos

lembrar: Albert Einstein, Agatha Christie, Leonardo da Vinci, Walt Disney,

Steven Spielberg, Tom Cruise entre outras personalidades da história antiga e

recente.

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METODOLOGIA

O presente estudo, será apresentado na forma de dissertação, foi

preparado através de uma ampla busca bibliográfica. Foram pesquisados

diversos livros, sites especializados em Distúrbios Neurobiológicos e artigos

científicos relacionados ao assunto, onde conseguiu-se transcrever as

melhores formas para proceder com os indivíduos acometidos pelo TDAH.

Após a leitura de todos os dados possíveis sobre o assunto, foi iniciado o

processo de produção da Monografia.

Este tema foi escolhido por tratar-se de um assunto atual e de difícil

abordagem por parte das famílias, das escolas e do corpo docente,

principalmente devido ao preconceito em relação ao transtorno e a própria falta

de informação dos envolvidos no processo.

Para fundamentar a pesquisa será utilizado o referencial teórico de

alguns estudiosos em relação ao assunto, tais como: ROHDE, L. A.; Silva, A.B

MATTOS Paulo Mattos, Edyleine B. P. Benczik, Sam Goldstein e Harold

Kaplan a fim de justificar teoricamente os argumentos propostos neste trabalho.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E

HIPERATIVIDADE 11

CAPÍTULO II - A FAMÍLIA E TDA-H 21

CAPÍTULO III - CRIANÇAS HIPERATIVAS E O AMBIENTE ESCOLAR. O

TDAH E AS PRÁTICA PEDAGÓGICAS 29

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 42

ÍNDICE 43

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INTRODUÇÃO

Partindo do princípio que não existe um ser humano que seja

considerado totalmente “normal”, começamos uma busca frenética pelo

desconhecido! Tratávamos algumas doenças – até então pouco conhecidas –

como loucura ou sandice, porém devido ao nosso despreparo, simplesmente

isolávamos alguns indivíduos que não se encaixavam nos padrões de nossos

grupos, quer fossem familiares ou escolares ou até mesmo no grupinho do play

ground.

Esses indivíduos agiam de forma desordenada, estabanados,

sempre correndo, gritando, fora dos “padrões” éticos comportamentais

aceitáveis para a “sociedade”, isso para algumas pessoas, bastava alijá-los das

brincadeiras, do processo, ou simplesmente ignorá-los, mas para outros não

era o bastante, alguns pesquisadores começaram um inquietante processo de

busca sobre um assunto que era novidade, o Transtorno do Déficit de

Atenção/Hiperatividade.

De acordo com a Wikipédia (Enciclopédia Livre), uma matéria foi

publicada em 2009, falando sobre a década de 1980 onde foram relatados e

ressaltados alguns aspectos cognitivos da definição desses Transtornos,

principalmente sobre o Déficit da Atenção e a sua impulsividade, ou

conjuntamente a falta de controle sobre suas ações, sendo considerado

também, que a atividade motora em excesso nos indivíduos com o Transtorno,

é tão simplesmente o reflexo do resultado que a criança e o adolescente tem

de sua reduzida capacidade de manter-se atenta, para assuntos que não lhes

interessam de fato, e muito menos quando há muitas mudanças de objetivos e

metas a eles destinados.

A partir desse momento começamos a discutir qual seria o papel dos

Pais, Professores, e principalmente da Escola, para que a propagação das

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informações fossem efetivamente processadas, e a sua aplicação realmente

aceita e de forma equânime entre os envolvidos no processo.

Alguns estudos mais recentes, apoiados em evidencias basais,

tratam da caracterização e análises atuais sobre muitas descobertas

relacionadas ao Transtorno, diagramando assim um melhor entendimento

sobre esse frágil assunto.

São muito poucos os pesquisadores que discutem ou trabalhem a

família, a criança e o adolescente com TDA-H, para que se tornem agentes de

mudança nos paradigmas envolvendo o Transtorno, ainda mais, coloca-la num

patamar de Educação Especial, sendo tratada de forma mais elaborada e não

como uma anomalia.

Esse trabalho pretende que o TDA-H seja incluído numa situação

analógica de âmbito especial, praticamente exigindo que os educadores,

familiares, profissionais que atuem direta ou indiretamente na formação da

criança acometida do Transtorno, consigam apresentar uma melhoria no

desenvolvimento e aprendizagem, possibilitando a criança e o adolescente

uma oportunidade de aproveitar os benefícios que a sociedade e os órgãos

educacionais venham a promover, visando a sua socialização e

consequentemente o seu aprendizado.

Crianças e adolescentes acometidos do Transtorno, raramente são

classificados como “bons alunos”, na verdade são geniais na essência, pois

somente prestam a atenção quando o assunto lhes interessa diretamente,

quando já não há o que justifique a sua atenção, ela se volta para qualquer

coisa que esteja naquele momento, quer seja uma nova mochila do amiguinho

ou um novo par de tênis da amiga, daí a dispersão tão bem caracterizada a

seguir nos capítulos, onde serão comentados quais as características, suas

particularidades, seus tratamentos e as formas de abordagens por parte dos

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Professores e Familiares, em conjunto com o mundinho particular no qual a

criança está incluída.

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CAPÍTULO I

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E

HIPERATIVIDADE

Síndrome Psiquiátrica, constantemente observada em crianças e

adolescentes. Redescoberta recentemente está presente na sociedade, e em

muitos casos omitida pela ignorância sobre o assunto, necessitando de uma

abordagem mais categórica para que possamos diminuir o sofrimento dos

pacientes e de seus familiares.

1.1 - Definição

Estudos revelam que as primeiras anotações citando os Transtornos

Hipercinéticos, apareceram de forma bem discreta em meados do século

dezenove, porém no início do século vinte, pesquisadores passaram a dar mais

ênfase ao quadro clínico, de forma mais aprofundada, aplicando-se valores

mais consistentes para a identificação do Transtorno (PETRY, 1999).

Arlete Petry (1999), nos primórdios da década de 40, falava em

Lesão Cerebral, mínima iniciando-se assim um processo pesquisa aplicada

para a busca da caracterização daquele Transtorno. Mais tarde, a partir de

1962, passou-se a utilizar um termo mais rebuscado para a denominação da

patologia, sendo chamado de Disfunção Cerebral Mínima, onde os

pesquisadores reconheceram que as modificações sintomáticas da patologia

estavam mais relacionadas uma disfunção das vias nervosas do que uma lesão

mais agravada das mesmas. Somente na década de 80, após esforços

dedicados dos pesquisadores, surgiu a terceira edição do DSM-II (MANUAL

DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE DESORDENS MENTAIS), dando assim a

denominação do termo - Distúrbio do Déficit de Atenção, que poderia ou não

estar associado aos sintomas de Hiperatividade. Os estudos prosseguiram e

com ele os debates no meio acadêmico, e em 1987, o DSM-III foi reorganizado

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e mais elaborado, surgiu o DSM-IV, onde o ênfase voltou-se para a

Hiperatividade e dessa a patologia passou a ser chamado de Distúrbio da

Hiperatividade com Déficit de Atenção. Uma nova denominação fora aplicada a

patologia em 1994, onde o Pêndulo voltara a pender para o centro, passando a

ser designada de Distúrbio do Déficit da Atenção e Hiperatividade.

A nomenclatura mais recente no Brasil, segundo Nass e Ross

(PETRY 1988), onde o termo utilizado é Transtorno, em vez de Distúrbio,

passando então ao termo utilizado até os dias de hoje, Transtorno do Déficit de

Atenção (TDAH).

O conjunto dos fatores que contribuem para a ocorrência da

doença, não é específico, como é quase explícita nas patologias. Pré-Natais,

decorrentes da utilização do álcool por parte da gestante, quando a criança

nasce prematura. Perinatais, anoxia (hipoxia) que é a ausência ou deficiência

de oxigênio no sangue ou no ar inalado, além de hemorragia intracraniana, e

as Pós-Natais, tais como as sequelas decorrentes de doenças no período

inicial da infância, como meningite, traumatismo cranio-encefálico, encefalite

etc... Acredita-se que fatores dos comportamentos sociais também poderiam

influir na etiologia, os principais são os baixos níveis sócio-economicos,

alimentação inadequada entre outras.

De acordo com estudos relacionados aos pesquisadores,

Bierderman e seus colaboradores (Apud, Arlete Petry), a contribuição genética

hereditária são bastante consideráveis, sobretudo nas crianças do sexo

masculino onde há a verificação de que em até 20% dos pais desses meninos

com o TDAH e 21 % dos seus irmãos, também são acometidos pelo mesmo

Transtorno.

A prevalência do TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção e

Hiperatividade, é demonstrado em diversos estudos, tanto nacionais quanto

internacionais, sendo baseados principalmente em crianças em idade escolar

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na grande maioria. Os mesmos estudos relatam que as crianças com esse

Transtorno apresentam um risco muito alto do desenvolvimento de outras

patologias relacionadas a doenças psiquiátricas na infância, adolescência e na

idade adulta. A afirmativa mais correta relacionada a esses estudos é que o

impacto desse Transtorno é muito alto, invariavelmente o custo financeiro

também é muito alto, além do estresse causado no ambiente familiar, aumenta

em muito a baixa auto-estima das crianças e adolescentes e é bastante

prejudicial para aqueles que concorrem para as atividades acadêmicas ou

vocacionais, impactando no seu desenvolvimento profissional.

Caracterizado por Desatenção, Impulsividade e excesso de

Atividade Motora, aparentemente não adequados a etapa pertinente em ao

menos dois ambientes distintos, o Transtorno do Déficit de Atenção TDAH é

um dos Transtornos mentais mais comuns na infância e na adolescência. Tem

um desenvolvimento crônico e está associado a uma gama de complicações,

tanto na infância e adolescência quanto na fase adulta. Fase essa que em

uma grande parte dessas crianças e adolescentes a patologia permanece

sintomática, em muitos casos as conseqüências incidem em um pior

rendimento acadêmico/profissional e um grande risco para transtornos

antissociais, levando os adolescentes em muitos casos para o caminho da

dependência química, normalmente fumo, drogas alucinógenas, álcool entre

outras.

O TDAH é um quadro caracterizado pela presença de um desempenho inapropriado nos mecanismos que regulam a atenção, a reflexibilidade e a atividade motora. Seu início é precoce, sua evolução tende a ser crônica com repercussões significativas no funcionamento do sujeito em diversos contextos de sua vida. (Rohde - 2003)

O problema básico encontrado no TDAH é a total incapacidade de

enquadramento das respostas aos estímulos, mesmo com a Impulsividade e a

Desatenção. Todos os circuitos neuronais associados ao Transtorno incluem o

córtex pré-frontal, os gânglios da base e também o cerebelo. Mediação

baseada em psicoestimulantes, cuja ação é dopaminérgica,e a Imipramina. de

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ação noradrenérgica, são hoje basicamente os tratamentos mais eficazes para

esse Transtorno.

A maioria dos estudos neuropsicológicos sugere que o TDAH está associado a alterações do córtex pré-frontal e/ou de suas projeções a estruturas subcorticais, embora alterações em córtex parietal posterior direito também pareçam estar envolvidas. Assim, o termo frontosubcortical,o qual denota uma disfunção comportamental ou cognitiva aparentemente frontal mas influenciada por projeções subcorticais, é o que melhor descreve, do ponto de vista neuropsicológico, o TDAH. (Rohde-2003)

1.2 - Sintomas e diagnóstico

É comprovadamente um sucesso os avanços conquistados, pelo

desenvolvimento e entendimento dos processos neuro-químicos, dos estudos

genéticos e também sobre a eficácia dos estudos nos diversos ambientes

sociais, esses processos vem a campo aliar-se ao que hoje conhecemos como

TDAH. Terapias Ocupacionais, Fonoaudiologia, e principalmente a Psicologia,

são fatores preponderantes para a identificação e a associação do Transtorno.

Há uma forte corrente / tendência para que esses processos se alinhem com a

parte da Pedagogia, onde Professores, passam a atuar como pólos indicadores

de sintomas aparentemente expressivos.

Conforme os processos vão se alinhando, surgem diversas

propostas de criação de normas para a abordagem multidisciplinar na

avaliação clínica e também na criação dos diversos modelos que passarão a

fazer parte uma gama de diagnósticos e intervenções para estas crianças e

adolescentes, em geral, esse processo de identificação e diagnóstico se dá na

faixa etária dos primeiros períodos escolares, onde são formalmente

reconhecidos os sintomas de Desatenção Frequente e Hiperatividade, quase

que totalmente impedem que os envolvidos se enquadrem nas condições

ideais para o correto aprendizado, onde mais tarde, aparecerão alguns

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problemas que antes eram quase imperceptíveis e nem sempre com o valor

devido aquela criança.

Pais e Mães que tem um bom nível socioeconômico e alto nível de

escolaridade, onde se percebe que a família é mais estável, onde não há a

cisão do casamento, enfim uma família realmente estruturada até na sua

fluência verbal, terão a capacidade de identificar, principalmente nas crianças

na fase Pré-escolar, os sintomas e o mais desejado diagnóstico bem

precocemente, facilitando a fase inicial do tratamento. É fato que, embora todos

os dados epidemiológicos venham a sugerir que perto de 2% das crianças na

fase Pré-escolar venham a ser diagnosticados com o TDAH. Parte de um total

de 50% dos pais apresentam preocupações nesse sentido. Muitos deixam de

fazê-lo na fase da alfabetização por diversos motivos, dentre eles o mais

preocupante é a ignorância, o outro é a falta de informação. Não vemos os

órgãos públicos divulgando sobre o assunto, e isso é muito sério, pois o

agravante é o prejuízo na aprendizagem o que sempre está relacionado aos

problemas sociais e acadêmicos na adolescência, pois os indivíduos

acometidos pelo Transtorno são sempre um pouco mais problemáticos no trato

coletivo.

Na infância, principalmente na idade Pré-escolar, a vigilância e a

atenção sobre o controle das atividades motoras e de relacionamento com os

seus "amiguinhos", encontram-se em total desenvolvimento, determinados

comportamentos precisam ser avaliados na expectativa de uma fase

incompleta de maturação, os pacientes acometidos pelo TDAH, tem o seu

desenvolvimento social agravado, pois em muitos casos o seu

desenvolvimento intelectual está muito acima da média, na maioria dos casos

são considerados quase minigênios, então passam a desconsiderar os colegas

que não acompanham o seu raciocínio.

O fator hereditário do TDAH, que pode chegar a 0.80 e a sua

prevalência que está sempre variando entre 5 e 15% nas crianças em idade

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escolar, outro fato importante de ser ressaltado é que a incidência nos meninos

é três vezes maior. Muitos dos estudos afirmam que existem famílias com a

pré-disposição para diversas patologias psiquiátricas, não se excluindo o

TDAH, baseado nessas afirmações, podemos concluir que a hereditariedade

do subtipo diagnóstico do Hiperativo / Impulsivo, Desatento ou Combinado está

na faixa dos 60%.

Constantemente observado em crianças, onde os sintomas do

TDAH não retrocedem ou simplesmente desaparecem com o passar dos

tempos, tendem a sobrecarregar o ambiente familiar, afetando-os de forma

indireta em alguns casos e diretamente na sua grande maioria, levando assim

a um quadro familiar com características mais penetrantes, participativas.

Algumas modificações em alguns dos genes transportadores (DAT) e nos

receptores de Dopamina (DRD4) estariam diretamente relacionados à

susceptibilidade ao Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH),

porém os estudos também mostram que existem relatos de resultados

negativos nessa relação, onde percebe-se que há uma forte tendência que os

fatos sugerem que o TDAH seria uma condição heterogênea de etiologia

multifatorial genética e não genética, então, neste quadro, quando

diagnosticado corretamente, a presença do Transtorno de Conduta e a Doença

Bipolar - são comorbidades presentes no TDAH - e a definição dos diversos

sub-grupos em função das mesmas, parecem levar a um consenso de que

todos os estudos até então parecem levar a conclusão de que todos os

pacientes com o TDAH convergem para famílias homogêneas, respeitadas as

características gênicas, porém essas mesmas características podem prever

uma resposta diferente ao tratamento medicamentoso, de acordo com o perfil

genético de cada paciente.

A desatenção, hiperatividade ou impulsividade como sintoma isolado podem resultar em muitos problemas na vida de relação das crianças (com os pais e/ou colegas e amigos),de sistemas educacionais inadequados, ou mesmo estarem associados a outros transtornos comumente encontrados na infância e na adolescência. Portanto para diagnóstico doTDAH

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é sempre necessário contextualizar os sintomas na história de vida da criança. (Rohde - 2003)

Critérios do "Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders" (DSM) IV1

para Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), 1994.

• Desatenção

• Falha para prestar atenção a detalhes

• Dificuldades para manter atenção sustentada nas tarefas

• Freqüentemente parece não escutar quando se fala diretamente com ele (a)

• Freqüentemente não segue instruções ou falha na finalização de tarefas

• Tem dificuldade para organizar tarefas ou atividades

• Freqüentemente perde coisas necessárias para a realização de tarefas

• É facilmente distraído por estímulos externos

• É freqüentemente esquecido em atividades diárias

• Hiperatividade

• Mexe os membros com freqüência ou se move na cadeira

• Levanta-se da cadeira na sala de aula ou em outros locais onde é esperado

que permaneça sentado

• Corre ou sobe excessivamente nas coisas

• Tem dificuldades para brincar calmamente

• Está freqüentemente "a ponto de" " e parece " ligado em um motor"

• Fala excessivamente

• Impulsividade

• Explode em respostas antes das questões serem completadas

• Tem dificuldades em esperar a sua vez

• Freqüentemente interrompe os outros

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1.3 - Tratamento

Das mais variadas formas de tratamento do Transtorno do

Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a maneira mais utilizada

atualmente, é uma abordagem múltipla, tanto no trato Farmacológico ou

Medicamentoso, e o outro modo e a abordagem Psicossocial.

No campo Psicossocial devemos nos ater a base da

pirâmide, os Pais, que necessariamente precisam de informações

consolidadas, precisas, para que sirva de norteamento para esse ponto em

diante possam dar continuidade aos passos de seu filho acometido pelo TDAH.

Em muitos casos, os Pais têm a necessidade de participar de um programa de

treinamento para um melhor conhecimento sobre o que é o Transtorno e assim

aprendam a controlarem-se e a controlar os sintomas apresentados pelos seus

filhos. Um exemplo prático, seria os Pais aprenderem a planejar estratégias

básicas para auxiliarem os seus filhos, a conseguir organizar e planejar suas

atividades.É sabido que eles necessitam de ambiente favorável para o

aprendizado, ambientes silenciosos e sem muitos estímulos visuais são

indicados para que eles possam estudar por exemplo.

Partindo para o ambiente escolar, seria considerado o

segundo ponto mais importante para o tratamento, sendo as professoras

consideradas, se pudéssemos catalogar um nível de importância, seriam grau

2. O ideal para o aluno seria professores bem orientados, uma sala de aula

bem estruturada, pequena quantidade de alunos por professor, enfim, uma

rotina consistente num ambiente escolar favorável, e que conseguisse manter o

nível de atenção do aluno, focado para manter o controle emocional. É sabido

que o aluno em sala de aula precisa de estratégias de ensino que

invariavelmente misture a atividade física em conjunto com o processo de

aprendizagem, onde as tarefas não devem ser demasiadas longas e bem

esclarecidas. É importante saber que o aluno com o TDAH, tem dificuldade de

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fixação, não deverá sentar-se próximo a saída, junto às janelas,

preferencialmente ficar na primeira fila, próximo ao educando, ficando assim

melhor assistido e com menor chance de distrair-se com assuntos não

pertinentes ao aprendizado.

Determinados alunos necessitam, em muitas das vezes,

um reforço de conteúdo, devido a algumas "falhas" no aprendizado em alguma

fase anterior ao diagnóstico, basicamente devido ao TDAH, em alguns dos

casos um acompanhamento Psicológico se faz necessário, principalmente no

campo da organização e planejamento do tempo, relacionado a equalização

das atividades. Intervenções Psicológicas serão sempre necessárias na criança

e no adolescente, existem aspectos individuais que necessitam de atenção

especial e o profissional precisa determinar regras para o tratamento cognitivo-

comportamental, tais como:

A: Baixa Auto-Estima, Dificuldade do Controle de Impulsos e

Capacidades Sociais Pobres.

B:Tratamento das Comorbidades - Relacionados aos Transtornos

Depressivos e de Ansiedade.

C: Tratamento dos Sintomas Centrais do Transtorno - Imposição de

Desafio, Teimosia e Sentimento de Oposição Frequente.

Estudos afirmam que a melhor forma de tratamento, é a

medicamentosa aliada ao trabalho Psicossocial (Pais, Professores,

Comunidade), porém de forma cautelosa para que se consiga um melhor

manejo do Transtorno. O fármaco mais conhecido e aplicado ao Tratamento é

o Metilfenidato, sendo considerada a dose normal terapêutica entre 20mg e

60mg por dia, (0,3mg por Kg a 1mg por Kg por dia). O Metilfenidato por ter a

sua eficácia (meia-vida) com duração bem curta, é tomado em duas doses

diárias, uma de manhã e a outra após as refeições e podemos concluir que em

até 70% dos pacientes respondem bem a medicação, com boa tolerância aos

estimulantes.

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Não existem fatos que comprovem alterações entre os

adolescentes com o Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), que foram

tratados com medicamentos (Metilfenidato) e os que não foram tratados com a

medicação, porém ressalta-se que aparentemente não são demonstrados

sequer diferenças na altura, aprendizado, até porque em muitos casos, os

profissionais concordam em promover "feriados terapêuticos", onde por

aconselhamento médico, o paciente deixa de tomar a medicação por todo o

final de semana, ou pela suspensão da medicação durante o período de férias

escolares, com a explicação de não expor em demasia, uma pessoa à

dependência química provável, principalmente naqueles "jovens" onde a família

tem dificuldade para controlar o uso de bebidas alcoólicas ou que esse "jovem"

venha a ser usuário de Drogas Ilícitas, em geral nos finais de semana.

Em alguns estudos, aparecem indicações de utilização de

medicação anti-depressiva, os ADT´s como são chamados. Esses são

indicados em certos casos onde não existe a clara resposta aos estimulantes,

ou quando existem ainda comorbidades de Enurese ou Transtornos de Tique, o

mais conhecido e recomendado é o Imipramina, e sua dosagem recomendada

normalmente fica entre 2 a 5mgpor Kg por dia. Outra medicação bastante

utilizada é a Bupropiona, porém divido ao alto risco de efeitos colaterais

(convulsões, secura, insônia, cefaléia, náuseas, vômitos, constipações e

tremores) limitam em muito a sua indicação terapêutica.

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CAPÍTULO II – A FAMÍLIA E O TDA-H

“Qual é ? ...o dia mais belo? Hoje ...a coisa mais fácil? Equivocar-se ...o maior obstáculo? Medo ...o maior erro? Abandonar-se ....a raiz de todos os males? O

egoísmo ...a distração mais bela? O trabalho ...a pior derrota? O desalento ...os melhores professores? As

crianças ...a primeira necessidade?

Comunicar-se ...o que nos faz mais felizes? Ser útil

ao próximo ...o maior mistério? A morte ...o pior defeito? O mau humor ...a pessoa mais perigosa? A

mentirosa ...o sentimento pior? O rancor ...o presente mais bonito? O perdão ...o mais imprescindível? A oração ...o caminho mais curto? O correto ...a melhor sensação? A paz interior ...o resguardo mais eficaz? O sorriso ...o melhor remédio? O otimismo ...a maior satisfação? O dever

cumprido ...a força mais necessária? Os Pais ...a coisa mais bela de todas? O

amor” Madre Tereza de Calcutá

Uma informação relevante, é que aos pais são delegadas as

primeiras observações quanto ao comportamento dos pequeninos na fase

inicial do aprendizado, tanto na escola quanto aos primeiros passos na

identificação dos símbolos letras e códigos de conduta na relação familiar.

Na fase pré-escolar, os pais basicamente são, ou deveriam ser, a

única fonte saudável de informação, mas felizmente ou infelizmente a televisão

tornou-se uma babá. Os dramas corriqueiros do dia dia, os compromissos

financeiros, enfim, a maratona diária não deixa muito tempo de sobra para os

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pais converterem tempo suficiente para uma educação coerente, o curto tempo

disponível passam a dedicar ao carinho e a apresentação dos símbolos, letras

imagens, as principais regras de conduta e a maioria dos componentes que

farão parte de sua educação, restando aos meios tecnológicos suprirem a falta

dos pais, ajudando e ilustrando, na medida do possível o que os pais estão

informando a criança naquela fase, quer seja através de programas

educacionais infantis, ou dos desenhos animados, cada vez mais coloridos e

pragmáticos. A observação sistemática das atitudes dos pequenos, deverá ser

fator preponderante para a comparação com o rendimento das crianças ditas

"normais".

A participação de um Psicopedagogo é imprescindível para uma

análise mais complexa e a possível detecção do distúrbio, influem também

nessa decisão, a estrutura familiar, por exemplo: Uma família onde os pais são

separados, onde a desarmonia no lar é constante, brigas, textos e imagens

perniciosos, promiscuidade, discussões, crianças desatendidas, a falta de

valores morais e ou religiosos, drogas, alcoolismo entre outros fatores.

2.1- Família

Não há família que possa ostentar o

cartaz “Aqui não temos problemas”.

Provérbio Chinês

Geralmente representada por um Homem e uma Mulher, unidos

legalmente em matrimônio, a família é a primeira entidade social constituída

que conhecemos até então e este é o modelo que sempre tivemos e temos

como base, referência, ponto de apoio, é o que costumamos chamar de lastro

social.

Passamos a chamar de Família Convencional, onde existe uma

organização social onde existe uma hierarquia (avô, pai, filho, neto, etc...),

onde, em sua maioria, todos possuem um mesmo sobrenome, valores morais,

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éticos, estrutura material e cultural, e que através dos laços de parentesco vai

se perpetuando e servindo de padrões para futuras famílias a serem geradas a

partir de cada sub-núcleo. A família, é considerada "o núcleo da sociedade", é

na família bem estruturada, com valores éticos e morais que se forma o caráter

de uma pessoa.

Quando falamos de estrutura, dizemos que ela e a base de tudo; e

que sem uma base sólida, nada é consolidado, a relação fica dispersa, não há

harmonia. Numa família onde o casal e seus filhos,quando vivem cercados de

amor, compreensão e harmonia, fica muito ou quase impossível que algum dos

integrantes se percam ou se desnorteiam, mesmo sob as maiores

adversidades.

Ao longo do tempo a família vem passando por diversas mutações,

mudanças em toda a sua estrutura, tanto no que diz respeito aos valores

morais e éticos e até sociais e culturais. Os vínculos estão se perdendo muito

rapidamente em virtude dessas mudanças.

A aceitação da formação de casais por parte da Justiça, a

sociedade discutindo sobre a possibilidade de inseminação artificial, para que

casais Homossexuais possam gerar os seus próprios filhos, geram uma

infinidade de conflitos, tanto na cabeça das crianças, quanto na dos adultos

que cercam aquele "núcleo familiar". Imaginarmos o que pode passar na mente

de uma criança, quando perguntada por seus coleguinhas de classe, qual o

nome de seu pai, ou de sua mãe, e a resposta não seja aquela "convencional" -

Meu pai é João e minha Mãe é Maria. Não que estejamos pregoando a

homofobia, mas devemos estar cientes que esses "problemas" ocorrerão", o

que incitamos é que a nova célula familiar recém constituída e aceita pela

sociedade, esteja preparada, e definitivamente pronta para as respostas, e que

essa criança seja ajudada de forma a estar preparada para os infortúnios, além

disso existe a grande possibilidade de Bullying por parte dos coleguinhas.

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As crianças já percebem desde muito cedo que necessitam se

enquadrar, aprendem que a separação da mãe será rápida, pois ela tem que

voltar ao trabalho, o que antes era considerado o "pátrio poder", nos dias de

hoje já nem mesmo é comentado, na sociedade moderna, o sustento da casa,

deve e será realizado por ambos os envolvidos no processo, e sendo levado a

cabo nas circunstâncias do cotidiano, invariavelmente um dos dois acaba

sendo sacrificado, nesse caso quase sempre a mulher com as suas habilidades

de gerir vários "conflitos" ao mesmo tempo. Aquela máxima onde se dizia que a

responsabilidade de trabalhar e sustentar a família era somente do Pai, nos

dias modernos isso está definitivamente abolido, e hoje, sustentar, educar e

gerir a família é de responsabilidade do casal, isso é fato!

2.2 - A criança hiperativa e a família.

Há influência do uso de treinamento parental em

populações com TDAH. Segundo esse ponto de vista, o fato de

haver uma criança com TDAH coloca a família em maior risco

de perturbações nos relacionamentos familiares, podendo

incluir problemas na aliança entre pai e mãe ou entre irmãos,

que excluem o irmão afetado. Quando isso ocorre, a teoria dos

sistemas familiares prevê que deve haver mudanças na

estrutura familiar para que o funcionamento melhore. Com essa

finalidade, o treinamento parental pode fortalecer a aliança

entre os pais ensinando-os maneiras de criar um filho com

TDAH. (apud BARKLEY, 2008, p. 467).

Diversas correntes discorrem sobre o tema, TDAH, mas o que mais

precisamos ressaltar é a sensibilidade dos familiares e o amor com que os pais

e as pessoas que participam intensamente da vida da criança ou adolescente

acometido do TDAH cuidam deles. Partindo desse princípio, devemos dar uma

enorme importância ao treinamento dessas pessoas que vão interagir com

esses indivíduos, dar a eles a exata dimensão de que efetivamente necessitam

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de reeducação fundamental, para que consigam ajudar a esses indivíduos no

seu desenvolvimento basal de atenção e foco, principais sintomas do distúrbio.

Conforme foi dito no parágrafo anterior, uma criança ou adolescente

acometido pelo TDAH pode facilmente contaminar o ambiente familiar, caso os

pais ou os familiares não tenham conhecimento da real situação da criança, ela

poderá ser rotulada como, bagunceira, arredia, causando dificuldades até para

conseguir contratar funcionárias, como babás, empregadas domésticas, porque

não "aguentam" aquela criança, "que gênio ruim que ela tem" , se até mesmo

esses profissionais não forem muito bem esclarecidos, também se tornarão

reféns da situação global que envolve o distúrbio. Quando os pais descobrem

que o pequerrucho que criaram, não é exatamente a criança ideal que eles

desejaram, que o indivíduo não é bem aceito no meio social a qual pertence,

(Play Ground, creche, escola) entram em crise, ficam realmente em estado de

choque, esses sintomas irão desaparecer quando se tornarem familiarizados

com os sintomas do TDAH. Dos inúmeros problemas relatados aos portadores

do TDAH, os mais visíveis são relacionados a falta de atenção, a impulsividade

e a hiperatividade, fatos estes que seguramente tornarão a vida diária do

paciente um pouco mais complicada do que os demais, ditos "normais",

resultando assim num desenvolvimento mais tardio e não adequado aos

padrões da sociedade.

O TDAH é um distúrbio bi-psicossocial, claramente percebido por

padrões hereditários, genéticos, biológicos, sociais e principalmente os

vivenciais, padrões esses que irão contribuir de forma bem clara na intensidade

dos problemas experimentados. A informação, o diagnóstico precoce

juntamente com a dedicação dos pais, serão fatores preponderantes para a

redução dos conflitos no âmbito familiar, no escolar e nos conflitos psicológicos

vivenciados por esses indivíduos. Muitas das pesquisas atualmente realizadas,

estão sendo direcionadas para uma melhora no qualidade de vida dessas

pessoas, os portadores do TDAH, avançado na direção do bem estar, da

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conciliação, sabedores que são de que, todos nós temos o direito a felicidade e

ao amor incondicional.

Quando for necessário o castigo por

desobediência, é necessário que os pais sejam coerentes e

constantes: se disser que irá castigá-lo, realmente o faça. Dizer

e não fazer será interpretado pela criança como sinal de que

nada acontecerá. E faça o que realmente disse que faria. Por

exemplo, uma semana de castigo deve durar uma semana.

Encurtar o período porque a criança está fazendo birra, cara de

choro ou sendo um “anjinho” terá o efeito de mostrar para a

criança que ela pode controlá-lo e manipulá-lo. Então ela irá

aprender a manipular em vez de aprender que há

conseqüências desagradáveis para seu inadequado

comportamento. Após a repreensão, mostre a ela que novas

chances de acertar serão sempre dadas e incentive-a a

aproveitá-las sempre (Silva, A.B.2003, p. 70).

Uma criança com TDAH precisa do

apoio dos pais da mesma maneira que uma pessoa com o pé

quebrado necessita de muleta. A muleta não é permanente. No

entanto, para se sentir confortável na continuação da rotina, é

preciso que o pé quebrado e a muleta trabalhem juntos para

minimizar o desconforto. À medida que a criança com TDAH

amadurece, precisa menos do apoio dos pais e mais da sua

experiência e de seus recursos. Crianças portadoras de TDAH

anseiam por soluções de uma maneira saudável,

principalmente quando se vêem como a fonte do problema

(Kicarr, 2006, s.p.).

Um fato muito interessante acontece nesta relação, quando os pais

começam a entender, a aceitar o comportamento da criança com o TDAH,

paradoxalmente acontece um fenômeno, o comportamento, que por diversas

vezes fora considerado problemático simplesmente diminui a frequência, a

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intensidade e o tempo de duração dos episódios, não obstante o

comportamento do indivíduo passaria a ser aceito, de fato ele mesmo poderá

ser aceito ou não, pelo que pode fazer ou não, em um determinado momento,

não valendo como regra, onde o fato de ser portador do TDAH, venha a ser

usado como pretexto ou sequer justificativa para atos ou comportamentos que

não sejam condizentes, quiçá desrespeitosos relacionados com determinada

fase de sua vida. Cabem aos pais responsabilizar os filhos pelos atos que

cometem, certos ou não, porém.mantendo uma posição firme e coerente, mas

sempre procurando manter a base sólida do apoio e do amor.

O bom conhecimento das características do transtorno, procurar manter

a calma com a criança portadora do TDAH, procurar sempre a conciliação com

os outros membros da família, estabelecer hábitos eficientes de disciplina e

dessa forma, conduzir o portador com eficiência, fatalmente conseguirá o

resultado desejado, que nesse caso é uma criança que consegue entender,

compreender, bem disciplinado, e que consegue focalizar a sua atenção,

assumindo assim a total responsabilidade pelas suas próprias atitudes e

responder pelos reflexos de seus comportamentos.

Abaixo passamos a informar o que de melhor podemos fazer para que

os pais, responsáveis, colaboradores e demais familiares, possam obter

informações sobre o que fazer quando o distúrbio for detectado:

1. Informem-se sobre o TDAH, procurem ler sobre o assunto, procurem

famílias para que troquem experiências, isso os auxiliarão a conhecer o

TDAH e a controlá-lo.

2. Evitar castigar excessivamente, pois os castigos e repreensões

frequêntes tem um impacto negativo para a auto-estima.

3. Fornecer informações aos que não conhecem o distúrbio, tais como

vizinhos, amigos, procurar a escola, saber se os professores e

funcionários conhecem o problema. Isso facilitará o convívio da criança

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nos diversos ambientes que ela viverá, evitando também que a criança

perca o interesse inclusive pela escola.

4. Estabelecimento de normas claras e definidas, evitando assim que a

criança fique sem saber do que está sendo cobrada ou exigido dela.

5. Evitar uma forma de educação muito permissiva, estabelecer padrões de

limites e liberdade, e por conseguinte, ajudá-los a cumpri-los,

preparando assim a criança para enfrentar os limites que seguramente

ela encontrará, sem que a sua liberdade seja cerceada.

6. Evite discussões em frente das crianças, mesmo as que não são

portadoras do TDAH, os pais são na realidade o espelho do que eles

pretendem se tornar no futuro.

7. Mantenham um diálogo sempre franco, objetivando sempre a ajudá-los

nas dificuldades que os pequenos encontram, através do diálogo, as

crianças nos fornecem diversas "dicas" para a condução do distúrbio,

facilitando ainda a descoberta de novas soluções para alguns problemas

não detectados anteriormente pelos pais.

8. Explicar com muita clareza qual comportamento deseja daquela criança,

até porque o que nos parece muito óbvio, para eles nem sempre isso é

detectado.

Senhores pais, educadores, colaboradores, tenham em mente que o

distúrbio do TDAH, não é um problema que atinge somente a um dos membros

da família, ou da sociedade, contamina todo o ambiente de quem não detém o

conhecimento e assim corroendo as bases do bom relacionamento, quer no

âmbito do seio familiar, do grupo de amigos do play-ground, da escola e que se

não for detectado e corrigi do, trará muitos problemas para os indivíduos

envolvidos no processo.

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CAPÍTULO III - CRIANÇAS HIPERATIVAS E O AMBIENTE

ESCOLAR. O TDAH E AS PRÁTICA PEDAGÓGICAS

Nem "Agitado" e nem "Lerdo", muito menos "Briguento" ou "Mau Aluno"

Após várias tentativas de promover a discussão sobre um

tema, que vem afligindo uma grande camada da população, o alemão Heinrich

Hoffman descreve com brilhantismo o que se passa na mente das crianças, ele

relata em seu livro de nome "Pedro despenteado". Nele o autor fala sobre os

personagens "Felipe", aluno irrequieto, nunca para pra prestar a atenção em

sala de aula, sempre desatento, implica com os demais colegas de classe, atira

bolinhas de papel nos alunos concentrados, fala do "João", que está de certa

forma, sempre desatento, esquece de tudo e de todos, fica sempre olhando

para as paredes, nunca está situado, as notas são em geral sempre baixas.

Nos exemplos acima o escritor procura descrever o quanto

são perceptíveis os sintomas do TDAH, Transtorno do Déficit de Atenção e a

Hiperatividade, e o que realmente falta, é a informação, pois desde o século

XIX já era conhecido como distúrbio. O TDAH é tratado como o Distúrbio

Neuro-comportamental mais comum na infância, atingindo de 4% a 6% da

população infantil, segundo a Organização Mundial da Saúde - (OMS), que

quando diagnosticado precocemente, e tendo o seu tratamento iniciado o

quanto antes, traz sensíveis benefícios para os acometidos pelo Transtorno,

ajudando-os nas tarefas mais simples, e trazendo-os do "Mundo da Lua" para o

convívio conosco na "Terra".

De agora em diante, falaremos, orientaremos, discutiremos

procurado informar sobre a melhor forma de posicionar todos os envolvidos no

processo de educação dos indivíduos acometidos pelo TDAH. Procuraremos

tratar o assunto de forma clara e objetiva, em linguagem direta para que haja

compreensão exata de todas as variáveis possíveis, a partir desse momento,

tanto o corpo docente quanto os funcionários da escola, poderão ajudar na

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identificação e no tratamento das crianças portadoras do TDAH, minimizando

assim os desconfortos trazidos pela ignorância do passado, está na hora de

iluminarmos os caminhos das crianças desafortunadas pela falta de

conhecimento sobre o Transtorno, e os ajudando a buscar novos

conhecimentos, para que tenham um futuro melhor, evitando ainda aqueles

tratamentos medicamentosos que criavam zumbis, e não crianças.

3.1. A melhor postura do Professor e como conseguir ajuda para

enfrentar o problema dos alunos com o TDA-H

Passaremos a descrever o que os cientistas, em recentes

pesquisas, informam o que de melhor pode servir de recomendação ou postura

para que professores possam "atender" os alunos portadores do TDAH,

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. O Professor deverá servir

de modelo para os demais colegas da escola, deverá ser dele sempre o

primeiro passo para que a informação sobre o aluno acometido do Transtorno,

seja tratado de forma equalizada, ele deverá deter o conhecimento e sabedor

de técnicas e das informações sobre o Transtorno, deverá saber quais são os

métodos para a aplicação desses conhecimentos.

"O Diagnóstico do TDAH - Transtorno do

Déficit de Atenção e Hiperatividade é dimensional, pois

todo mundo tem alguns sintomas de desatenção e

inquietude. O que determina se existe ou não um

problema é o "quanto" você tem daqueles sintomas, não

existe o grupo dos "completamente desatentos".

Algumas pessoas tem níveis de açúcar que a maioria

da população não tem, e isso acarreta inúmeros

problemas em suas vidas, a isso chamamos de

"Diabetes". Ocorre o mesmo com o TDAH.

Desde a Pré-escola as crianças com TDAH

parecem sonhar acordadas, (Os Professores podem

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perceber isso antes mesmo dos Pais) e muitas vezes

mais lentas na cópia do quadro e nas tarefas porque

"voam" o tempo todo. Elas cometem muitos erros por

desatenção: Erram por "bobagens", sinais, vírgulas,

pontos entre outras coisas do dia-a-dia, existem casos

que a distração e o esquecimento associado a ele são

inacreditáveis. (P. Mattos, 2010, 01).

A melhor forma de identificação do TDAH é pela observação

comportamental do aluno, de que forma ele se apresenta, seu uniforme, seus

cabelos, sua postura em sala de aula, observando sempre se o aluno está

atento ao que é passado para ele, juntamente com os seus companheiros, se

ele está no "Mundo da Lua", verificando se as tarefas de casa estão sendo

realizadas. Uma vez detectado pelo professor, ele deverá comunicar aos seus

superiores (Direção) para que essa informação circule no ambiente escolar,

para que o aluno acometido pelo Transtorno seja plenamente identificado, isso

não quer dizer, "discriminado", como foi dito anteriormente, esse aluno não é

"Agitado", "Briguento" ou "Bagunceiro" por que ele realmente quer, então não

deverá ser tratado de forma desigual, e sim de forma diferenciada dos demais,

porque ele tem enorme dificuldade de enquadramento nos padrões ditos

normais pela sociedade. Uma vez a informação circulando de forma correta

pelo ambiente escolar, os professores passarão a interagir com a família, serão

parte integrante do processo, deverão ter mais paciência quando na passagem

do conhecimento, a matéria nova deverá vir de forma mais simpática para o

aluno, pois ele só tem a atenção presa aos fatos que lhes interessam.

Abaixo alguns tópicos esclarecedores sobre as abordagens, formas

de detecção do Transtorno:

1. Os portadores do TDAH prestam pouca ou nenhuma atenção

nos detalhes, em conseqüência disso, cometem erros devido

a distração, por pura falta de concentração.

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2. A falta de concentração ocorre também no lazer, na escola,

em atividades que exijam mais atenção, um exemplo básico,

jogos e brincadeiras.

3. Tem enorme dificuldade de levar tarefas que lhes foram

designadas até o final, sendo taxados as vezes de

desleixados e inconseqüentes,

4. Para a manutenção de um diálogo, será necessário que o

assunto seja de grande interesse por parte do aluno

acometido pelo Transtorno, caso contrário, a conversa em

questão será deixada de lado.

5. Não suportam tarefas que exijam grande esforço mental, um

exemplo disso, não conseguem normalmente adquirir o hábito

da leitura, principalmente os grandes livros.

6. Estão sempre em movimento, subindo, descendo, agitando

pés e mãos, distraindo-se até com o movimento de um lápis

caindo ao chão.

7. Muita dificuldade de manterem-se sentados durante um

discurso ou palestra, durante as refeições (não param nem

pra comer), o que parece é que sempre estão ligados a

tomada, e em 220volts.

8. Estão sempre a frente em matéria de discussão, intrometem-

se em conversas alheias, interrompem as conversas dos

outros colegas para expor suas próprias idéias, nunca, mais

nunca conseguem aguardar a sua vez nas brincadeiras.

9. Quando detém o conhecimento de uma matéria em

específico, antecipam-se nas respostas, mesmo antes do

término da leitura por parte do professor ou outro colega.

A vida para o portador do TDAH, nunca é fácil, a frustração, a

sensação do fracasso de nem sempre conseguir atingir os anseios de Pais e

Professores, em muitos casos os portadores se tornam agressivos, arredios,

intolerantes, alguns porém, tornam-se portadores de frustrações, de medos ou

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inseguranças sem que os mais próximos possam perceber o quanto ela está se

sentindo mal com essas dificuldades.

3.2. Adaptação dos funcionários da escola para lidar com alunos

acometidos pelo TDAH.

O ideal para um portador do TDAH seria que cada escola tivesse em

seus quadros de funcionários um especialista denominado de

PSICOPEDAGOGO, profissional que detém os conhecimentos nas áreas de

Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, esse funcionário, trabalhando em

conjunto com a Diretoria da escola.

"A Psicopedagogia passa para uma nova

fase, em que "seu objeto passa a ser o

processo de aprendizagem, e o seu principal,

objetivo remediar ou refazer esse processo

em todos os seus aspectos." (Silva, 2010).

Nessa nova fase do conhecimento, o Psicopedagogo desempenhará

papel fundamental na aquiescência de aprendizagem do aluno acometido pelo

TDAH, ele saberá a melhor forma de ajudá-los nas tarefas que até então eram

entendidas de maneira errada pela escola, terá a tarefa de repassar

conhecimento para os demais funcionários, tais como fiscais de pátio,

inspetores, até mesmo os próprios professores, quando detectada a deficiência

que vão se apresentar no convívio diário na ambiente escola, há de

salientarmos que é na escola que o indivíduo nessa fase passa a maior parte

do tempo.

"A intervenção psicopedagógica vem sendo

cada vez mais requisitada nas instituições de

ensino, considerando que a escola é a

responsável em grande parte pela formação

dos indivíduos. Uma vez que as escolas estão

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cada vez mais preocupadas com os alunos

que apresentam dificuldades de

aprendizagem, estas vêem-se de mãos

atadas porque não sabem mais o que fazer

com as crianças que não aprendem dentro

dos padrões ditos normais. É comum

encontrarmos escolas que não possuem uma

política de intervenção capaz de contribuir

para a superação dos problemas de

aprendizagem, levando ao fracasso escolar

dos alunos. (Oliveira, 2006)"

Quanto ao pessoal de "Apoio", uma vez informados sobre aquele

determinado aluno, os Inspetores deverão colher informações precisas sobre o

que fazer, qual a melhor estratégia para lidar com os "problemas" causados por

aquele aluno, dirimir conflitos que não exijam medidas enérgicas, facilitar o

acesso as mais variadas formas para promover o bem-estar, enquanto ele

estiver fora da sala de aula, nos momentos de lazer e nas tarefas extra-classe.

As merendeiras, ou as pessoas responsáveis pela alimentação dos

alunos durante o período escolar, deverão preocupar-se com alimentos que

não promovam ainda mais excitação, alimentos que contém salicilatos devem

ser bastante restringidos, são eles: Frutas secas, morango, framboesa,

amoras, laranja, tangerina, damasco, pepino, picles, molho de tomate, e todos

os tipos de chás. Como sugestão para a alimentação, ou dieta, durante o

período escolar, o que pode e deve ser seguido pela família:

ü Café da manhã: Mais proteínas, menos carboidratos, eliminando

cereais com açúcar, sucrilhos e achocolatados, opte por ovos ou frios

com pão integral, verificar com a família se o aluno tem alergia ao leite.

ü Almoço: Evitar alimentação "pesada" baseada em alimentos muito

gordurosos, evitar sobremesas doces, sugerir sempre frutas e gelatinas.

O aluno portador do TDAH tem a tendência a sentir muito sono após as

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refeições. É recomendável que o aluno tenha bastante oferta de água,

além de fornecer substancial ajuda aos rins, ela é pura, sem

conservantes ou cafeína incluídas em sua fórmula.

ü Jantar: Alimentação "leve", sempre baseada em mais proteínas e

menos carboidratos, servir sucos de frutas evitando as sobremesas

doces, achocolatados, ou produtos que tenham cafeína, facilitando o

sono da criança ou adolescentes.

Aos professores, acompanhar o desenvolvimento do aluno,

repassando aos interessados no processo, informações relevantes, que possa

ser o agente de mudança na formação pessoal e profissional do indivíduo,

deverá saber a melhor forma de repassar os conhecimentos para o aluno,

motivá-lo para que o mesmo mantenha-se atento ao conteúdo pragmático de

sua matéria, evitando que esses artifícios venham a prejudicar o "andamento"

do aprendizado da turma que o aluno com TDAH pertence. Sugerimos como

padrões comportamentais dos professores, passos simples, porém objetivos

para, inclusive a formação do caráter do aluno:

ü Identificar um possível talento - Sabemos que grandes talento do

presente e também do passado, eram portadores de patologias

associadas a Hiperatividade, dentre eles destacamos: Alexander

Grahan Bell, Albert Einstein, Beethoven, Bill Cosby, Leonardo da

Vinci, Thomas Edison, Walt Disney, Tom Cruise, Whoopi Goldberg,

Magic Johnson, Jim Carey entre tantos outros que necessitaríamos

de milhares de páginas para relatarmos.

ü Desenvolver a política do ELOGIO - O Elogio é a parte da

recompensa para que o aluno com TDAH possa se sentir

identificado com uma tarefa bem realizada, uma conquista

alcançada, evitar as "broncas", o que é antagônico ao elogio, fato

que por si só já esclarece a necessidade dessa política.

ü Desenvolver um processo de estímulo à criatividade, procurando

sempre relacionar/trabalhar a importância das regras e dos limites,

mantendo-o informado sobre as devidas consequências dos atos

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ditos "impensados", levando sempre a necessidade de "reflexão",

importando-se com os demais.

ü Procurar sempre avaliá-los, diariamente, desta forma o indivíduo

se sentirá útil, necessário, melhorando de forma sensível a sua auto-

estima, evitando-se se assim os não desejados estigmas,

característicos dos grupos que tem um indivíduo portador do

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.

ü Desenvolver no próprio aluno, uma forma simples onde ele

mesmo consiga definir estratégias mais funcionais, tornando-se mais

"útil" e valioso para si mesmo.

Desta forma, entendemos que a escola, na forma de "apoio" ao

aluno, estaria "enquadrada" para minimizar os efeitos do Transtorno do Déficit

de Atenção de Hiperatividade, restando somente para o próximo capítulo a

Adequação Curricular.

3.3. Adequação curricular para a criança portadora do TDAH

Entendemos como Adequação Curricular, o espectro de fatores que

irão contribuir para o desejo de todos os envolvidos no processo de educação

da criança e do adolescente com o TDAH, entendemos que a tarefa é árdua,

sabemos da necessidade da busca incessante do conhecimento, da pesquisa,

a troca de informações constante entre os interessados, sejam Pais,

Professores, Psicopedagogos, Diretores, enfim, todos os que realmente se

dedicam a nobre arte da Educação Especial / Inclusiva. Abaixo sugerimos

algumas idéias práticas para a Adequação Curricular, não queremos ser

ditadores de regras, apenas sugestionamos situações lógicas e de fácil

entendimento, tanto para leigos quanto para os experts:

ü Fator primordial para a manutenção da atenção - Elogio.

Ressaltar tarefas cumpridas no prazo, comprometê-lo nas

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regras de comportamento iguais aos outros alunos "normais",

mantendo o seu nível de auto-estima elevado.

ü Substituir aulas pragmáticas - Tornar a difícil tarefa de

transmissão do conhecimento, por aulas mais simpáticas, de

criação, mais atraentes, "brincando com o saber", tarefas

baseadas em pesquisas, maquetes, fazendo-os participar de

atividades desafiadoras, especialmente ligadas a informática

ligadas aos personagens de histórias em quadrinhos.

ü Desenvolver o hábito da leitura em grupo, sabemos que o

aluno com o TDAH tem enorme dificuldade em se concentra

para ler um livro, mas em grupo, com estímulos externos, é

sabidamente um grande negócio.

ü Aproximação da escola com a família, trazer os pais para

participarem do processo de educação escolar do seu filhote,

diminuir a distância que hoje existe, criar uma agenda para

que a comunicação não se baseie somente em datas de

reuniões, quando sabemos é praticamente impossível a troca

de informações mais preciosas.

ü Roteiros de atividades pré-definidas - Aplicar de forma bem

sucinta, quais serão, e de que forma deverão se cumpridas as

tarefas dos quais os alunos, incluindo o portador do

Transtorno, deverão executar, exaltando a importância dele

no grupo, e quais serão as regras para o não cumprimento.

ü Manter esses alunos mais próximos da "mesa" do professor,

assim será possível um acompanhamento bem "próximo" do

quanto o aluno está se desenvolvendo, ou porque ele não

está acompanhando a classe.

ü A cromoterapia também deverá fazer parte desse processo,

não devemos aplicar cores vivas nas paredes das salas de

aula, tão pouco nos uniformes escolares, podemos utilizar

cores mais suaves para que possamos harmonizar os

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diversos ambientes. No restante da escola, ok, cores vivas

sim, afinal tratamos de crianças não é mesmo.

ü Finalmente a Atividade Física - É sabido que a atividade física

alivia o stress da criança que já é estressada por natureza,

após correr, brincar, participar de uma aula de Educação

Física, são liberados os principais fluídos

(neurotransmissores) para a "felicidade" aparente desses

alunos, a Endorfina e a Serotonina, que objetiva o

relaxamento aliada a sensação de bem estar.

"A Endorfina e a Serotonina são

neurotransmissores. A Endorfina é produzido

em resposta às atividades físicas e tem por

objetivos básicos o relaxamento, a sensação

de prazer, de euforia, de bem estar. Além

disso a Endorfina está associada a melhora

da memória, do bom humor, ao aumento da

resistência e disposição física e mental.

Também fornece ajuda ao sistema

imunológico, diminui as dores, e retarda o

envelhecimento. A Serotonina é um

neurotransmissor que participa intensamente

do controle do humor, comportamentos

emocionais e do ciclo do sono-vigília, tem

efeito analgésico e também está relacionada

com a termoregulação, fome, controle da

respiração, pressão sanguínea e da liberação

de hormônios hipofisiários." (Guyton A.C.:

Hall. J. E.: Tratado de Fisiologia Médica,

1997)

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CONCLUSÃO

A despeito do que parece, esse trabalho foi especificamente

baseado em pesquisas sobre matérias publicadas por autores consagrados,

personagens da nossa história contemporânea, heróis do passado, ou de

médicos que durante várias décadas debruçaram sobre a matéria, procurando

causas e fatores que pudessem colaborar com outras pessoas que não tinham

condições de pesquisar, assim como nós, pobres ignorantes, desconhecemos

quase tudo o que se sabe sobre os Transtornos, Demências, temos um caso

familiar onde nós mesmos sofremos pela ignorância, sofremos pela falta de

educação médica, temos um filho com o TDAH, Transtorno do Déficit de

Atenção e Hiperatividade, pudemos fazer todas as comparações que se dava

entre as trevas da ignorância e da luz da sabedoria.

Somente quando iniciamos as pesquisas sobre a situação do nosso

filho, pudemos tomar conhecimento desse mal moderno, tomamos parte de

associações, participamos de palestras, buscamos Psicólogos,

Psicopedagogos, partimos para todos os destinos que pudessem indicar qual o

caminho certo para ser tomado, já que das nossas decisões o futuro de nosso

filho seria selado, sofremos em demasia quando o médico considerou tratar-se

de TDAH, os medicamentos que o nosso filho tomava o deixava "robotizado",

num estado de letargia que, mais nos fazia chorar do que quaisquer tristezas

imediatas pudessem nos assolar, dessa forma me senti muito a vontade para

falar sobre o assunto, pude me capacitar ainda mais sobre matérias que

pesquisei, o quanto fui rude ao tratar de algumas mazelas que ele cometia,

puxa, quanta falta de sensibilidade.

Quando vemos uma família tendo problemas comportamentais e

podemos dar a nossa colaboração, nem pense, de imediato tomamos a

liberdade de colocarmos à disposição os nossos conhecimentos para que essa

família "ignorante" possa tomar tento do que os espera pela frente, mas

sabendo que, nem todos as pessoas tem a capacidade, a humildade de

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reconhecer que estão passando por um problema, até então, como descrito no

trabalho, eles pensam que esse criança é "POBREMÁTICA", é "BIRRENTO",

tem "POBREMA DE NERVOS", ele não pára nunca. Até que você possa

adquirir a confiança dos familiares e tocá-los no coração, é um trabalho um

tanto quanto difícil, mas o que importa hoje, é detenho o conhecimento e que

eu nunca me omitirei a passá-lo, não importando o quanto poderá ser difícil,

mas ele será feito.

Esperamos que através das informações contidas no trabalho,

possamos levar um pouco do que aprendemos na execução da tarefa, filtrar os

assuntos que consideramos mais relevantes e procuramos demonstrar de

forma absolutamente clara, sem muitos rodeios para que a maior parte da

população possa beber dessa fonte de conhecimentos, que possamos irradiar

benevolência e enfim, deixar claro que nenhuma guerra estará perdida até que

o último soldado se renda.

Para demonstrar o quanto o trabalho vale a pena, hoje o nosso filho

está com 19 anos de idade, cursa a Universidade Federal do Estado do Rio de

Janeiro, é brilhante como todos os acometidos pelo TDAH, e é um ser humano

maravilhoso, companheiro, amoroso, tem tudo de bom que qualquer ser

humano deveria ter. É com imenso orgulho que concluo o meu trabalho de

monografia, em primeiro lugar agradecendo a Deus pela oportunidade, e em

segundo lugar agradecer pela oportunidade de viver para contar o que passou

pelas nossas vidas e que esperamos muito mais pela frente. Obrigado!

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANTONY, Sheila. A Criança Hiperativa: Uma Visão da Abordagem Gestáltica.

Enciclopédia Livre. Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.

BARKLEY, Russel A. (org.). Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade:

manual para diagnóstico e tratamento - 3 ed.- Porto Alegre: Artmed, 2008.

BENCZICK, E.B.P (2000).Transtorno de Déficit de

Atenção/Hiperatividade:atualização diagnóstica e terapêutica. São Paulo: Casa

do Psicólogo.

GOLDSTEIN, S. e GOLDSTEIN, M. (1994). Hiperatividade: como desenvolver

a capacidade de atenção da criança. Campinas, SP: Papirus

GUYTON A.C.: Hall. J. E.: Tratado de Fisiologia Médica, 1997)

JONES,C.J. (1998). Sourcebook for Children with Attention Deficit Disorder: a

management guide for early childhood professionals and parents. San Antonio,

TX: Communication Skill Builders

KOCH, Alice Sibile; Ros Dayane Diomário da. Transtorno do Déficit de

Atenção e Hiperatividade.

OLIVEIRA, L. C. Por enquanto canto. Franca: Ribeirão Gráfica e Editora, 2006.

Diálogos Pertinentes

PARTEL, Cleide Heloisa. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

RIEF, S. (1998). The ADD/ADHD Checklist: an easy reference for parents and

teachers. Paramus, NJ: Prentice Hall

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RIEF, S. (1993). How to Reach and Teach ADD/ADHD Children: practical

techniques, strategies, and interventions for helping children with attention

problems and hyperactivity. West Nyack, NY: The Center for Applied Research

in Education

ROHDE, Luis A.; HALPERN, Ricardo. Transtorno de déficit de atenção/

hiperatividade: atualização.

SANTOS, Lucy. Compreensão, avaliação e atuação: uma visão geral sobre

TDAH.

SILVA, A. B. (2003). Mentes Inquietas. São Paulo: Editora Gente.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE 11

1.1 - Definição 11

1.2 - Sintomas e diagnóstico 14

1.3 – Tratamento 18

CAPÍTULO II

A FAMÍLIA E O TDA-H 21

2.1- Família 22

2.2 - A criança hiperativa e a família 24

CAPÍTULO III

CRIANÇAS HIPERATIVAS E O AMBIENTE ESCOLAR. O

TDAH E AS PRÁTICA PEDAGÓGICAS 29

3.1. A melhor postura do Professor e como conseguir ajuda

para enfrentar o problema dos alunos com o TDA-H 30

3.2. Adaptação dos funcionários da escola para lidar com

alunos acometidos pelo TDAH. 33

3.3. Adequação curricular para a criança portadora do TDAH 36

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

ÍNDICE 44