universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo ......jereissati (csf mlrj), localizado no conjunto...
TRANSCRIPT
1
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTOS SOBRE
CUIDADOS DA GESTANTE E DO BEBÊ:
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL
MEDIANTE APLICAÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA
Por: Priscilla Freire Brandão
Orientador: Profª Maria Esther de Araújo
Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand
Fortaleza - Ceará
2015
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Aquisição de conhecimentos sobre cuidados da Gestante e do Bebê: Intervenção terapêutica ocupacional mediante aplicação de Cartilha
Educativa
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão de saúde.
Por: Priscilla Freire Brandão
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me dado a
oportunidade de ter chegado até
aqui, a minha família pelo apoio, ao
meu amado esposo pela
compreensão e aos amigos que
foram de suma importância para a
realização deste trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho ao meu filho,
presente de Deus para mim, ao meu
esposo e minha família pelo total apoio
e compreensão.
5
RESUMO
O presente trabalho será baseado na aquisição de conhecimento
sobre cuidados da Gestante e do Bebê: Intervenção terapêutica ocupacional
mediante aplicação de Cartilha Educativa.
O estudo do tipo pesquisa de campo e intervencionista, com
abordagem qualitativa, desenvolvida em uma área de abrangência do
Centro de Saúde da Família Maria de Lurdes Ribeiro Jereissati (CSF MLRJ).
O primeiro capítulo abordará a assistência à saúde da gestante com
base na utilização das cartilhas educativas, No segundo capítulo enfatizará a
importância da terapia ocupacional na promoção e prevenção da saúde das
gestantes. Já no capítulo três é tratado sobre os resultados obtidos com a
utilização das cartilhas educativas com as gestantes e trazendo as
conclusões do trabalho.
6
METODOLOGIA
Este estudo é do tipo pesquisa de campo e intervencionista, utilizando-
se de uma abordagem qualitativa, desenvolvida em uma área de
abrangência do Centro de Saúde da Família Maria de Lourdes Ribeiro
Jereissati (CSF MLRJ), localizado no conjunto habitacional Tancredo Neves
no bairro Jardim das Oliveiras na cidade de Fortaleza (CE).
Baseado nas idéias de Almeida Filho Paim que traz o desafio de fazer
ciência de um modo diferente, também de Bernal CDMF onde destaca que a
Terapia Ocupacional, no contexto da Educação em Saúde, favorece uma
ação consciente em que se possam planejar experiências de aprendizagem
e de Paz MHD assumindo a idéia de que as ações de educação em Saúde
fundamentam numa concepção de uma qualidade de vida prazerosa do
cotidiano dos indivíduos, por proporcionar uma educação crítica e
transformadora, entendendo estes como agentes promotores de uma vida
mais saudável
A amostra do estudo foi constitui-se total constituída aleatoriamente
por oito mulheres gestantes, tendo como critérios de inclusão que
estivessem realizando acompanhamento pré-natal no CSF– MLRJ,
alfabetizadas e que aceitassem participar do estudo.
O instrumento de coleta de informações constituiu-se em uma
entrevista semi-estruturada e na observação participante, contemplando as
variáveis levantadas no estudo: tipo de assistência recebida, dúvidas e
dificuldades quanto ao período gestacional e aos cuidados com o bebê, e o
uso de um instrumento educativo e de fácil compreensão, a cartilha.
7
A coleta de informações aconteceu num período de três meses, de
setembro a novembro de 2013, havendo encontros mensais, no qual no
primeiro encontro foi realizada a seleção das participantes e aplicação da
entrevista inicial. No segundo, ocorreu a aplicação da primeira cartilha (guia
da gestante) na forma de discussão. No terceiro e último encontro, foi posto
em prática a segunda cartilha (cuidados diários do bebê), na forma
demonstrativa, e a entrevista final, contendo perguntas que investigava a
eficácia da cartilha educativa como instrumento educativo. As ações
aconteceram no próprio CSF MLRJ. As informações foram processadas e
analisadas utilizando-se do método de analise temática proposto por Minayo.
Vale ressaltar que este estudo esteve vinculado ao Programa
Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró Saúde),
que visa à substituição do modelo tradicional de organização do cuidado em
saúde, historicamente centrado na doença e no atendimento hospitalar,
tendo como principal objetivo a integração ensino-serviço, buscando à
reorientação da formação profissional, assegurando uma abordagem integral
do processo saúde-doença com ênfase na Atenção Básica, promovendo
transformações na prestação de serviços à população.
A fim de preservar a identidade das participantes foi utilizado a letra “G”
e um número para identificá-las, respeitando os aspectos éticos da pesquisa
por seguir a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO - 9
CAPÍTULO I - ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA GESTANTE E A UTILIZAÇÃO
DAS CARTILHAS EDUCATIVAS 13
CAPÍTULO II - TERAPIA OCUPACIONAL NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO
DA SAÚDE DAS GESTÂNTES 19
CAPÍTULO III – RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DA
CARTILHA EDUCATIVA 24
CONCLUSÃO - 29
BIBLIOGRAFIA- 31
WEBGRAFIA - 32
ANEXOS - 34
9
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo Investigar a aplicabilidade de cartilha
educativa como estratégia terapêutica ocupacional na atenção a saúde da
gestante e do bebê. O estudo do tipo pesquisa de campo e intervencionista,
com abordagem qualitativa, desenvolvida em uma área de abrangência do
Centro de Saúde da Família Maria de Lurdes Ribeiro Jereissati (CSF MLRJ).
A população do estudo foi constituída aleatoriamente por mulheres
grávidas que estavam realizando acompanhamento pré-natal no CSF MLRJ.
O instrumento de coleta de informações constituiu-se em uma entrevista
semi-estruturada e na observação participante.
A coleta de informações aconteceu num período de três meses, de
setembro a novembro de 2013, havendo encontros mensais, estas foram
processadas e analisadas utilizando-se do método de analise temática.
A estratégia utilizada, mediante a cartilha educativa, foi bem aceita
entre as participantes e conseguiu-se alcançar o objetivo principal, gerar
conhecimento e aprendizagem, oportunizando a descoberta da realidade em
um processo de auto-conhecimento, identificando as variáveis que
interagem e que constituem a vida cotidiana.Os resultados evidenciam
efetividade da estratégia de intervenção utilizada, a cartilha, esta percebida
como um instrumento facilitador do processo de aprendizado que busca a
promoção da saúde.
A gravidez é um dos momentos mais especial para a mulher. O
período da gestação é um processo dinâmico, que ocorre no âmbito familiar
e social e a sua vivência é influenciada por um conjunto de fatos
relacionados ao contexto que a mulher experiência.
10
Estar grávida pode significar um estado particular de mudanças, seja
do ponto de vista físico e emocional, ou das rotinas e dos hábitos. Estas
modificações permitem à mulher se adaptar às necessidades do ciclo
gravídico puerperal, e acontecem principalmente sob o ponto de vista
biopsicossocial. Ocorrem alterações fisiológicas em todos os sistemas,
sendo que algumas delas provocam distúrbios e desconfortos, estas
alterações são intensas e não se limitam apenas a uma barriga crescendo,
mas a todo o contexto de vida da mulher.
A gestação representa a geração de uma vida, uma semente para o
futuro, é um acontecimento que envolve aspectos biológicos, psicológicos,
sociais e espirituais. É também um período de inúmeras transformações, no
qual cada mulher vivencia a gravidez de maneira particularizada. Desta
forma, o indivíduo que vive a situação de gravidez passa por várias
mudanças, passando a se perceber e aos demais elementos que compõem
seu ambiente de maneira diferente, acontecendo uma mistura de
sentimentos em relação à situação de ter um filho, pois apesar de ser um
momento repleto de alegrias, as dúvidas, temores, anseios e fantasias
sempre surgem.
Diante deste contexto, percebe-se a necessidade de ações de saúde
organizadas para assegurar, além dos conhecimentos técnico-científicos, a
utilização de abordagens educativas que propiciem à mulher e à família a
vivência do ciclo gravídico puerperal sob uma nova perspectiva e como
participantes do processo. Por isso se faz necessario políticas públicas
voltadas para as gestantes, que enfoquem a Educação em Saúde e não
apenas o modelo médico intervencionista.
11
A Educação em Saúde é uma prática que procura encontrar
benefícios para a saúde mediante informações, as quais geram um
aprendizado individual e coletivo, buscando ainda, influenciar a ruptura do
modelo biomédico vigente, o qual é resistente às mudanças. Assim as ações
educativas proporcionam aos indivíduos tornarem-se sujeitos ativos na
promoção e prevenção de sua própria saúde.
A promoção da saúde é entendida como um dos eixos da atenção
primária, a qual utiliza-se de um conceito ampliado de saúde, visando
promover qualidade de vida, equidade e reduzir riscos a saúde. Busca ainda,
ampliar a autonomia e a co-responsabilidade da população no cuidado a
saúde.
Diante deste contexto vale enfatizar a participação da Terapia
Ocupacional nessa área de atuação, tendo como principal foco construir o
elo inicial de uma cadeia evolutiva para a comunidade, fundamentando-se
numa qualidade de vida prazerosa do cotidiano dos indivíduos,
proporcionando ainda, uma educação crítica e transformadora, pois vê os
sujeitos como agentes promotores de uma vida mais saudável.
Intenciona-se que a estratégia mais adequada, para a promoção da
saúde da gestante e do bebê, seja a aplicação de cartilha educativa, a qual
deverá conter as principais inquietações das gestantes. As cartilhas foram
construídas com a orientação teórica de educação e promoção da saúde, na
qual a primeira cartilha aborda as mudanças que a mulher passa no período
gestacional, o desenvolvimento fetal e o momento do parto. A segunda
cartilha chama atenção para ações simples do cotidiano, como alimentação,
higiene, vestuário, colo e o brincar, ações essas que muitas vezes são
12
realizadas de forma inadequada, mas que realizada da forma correta tem
impacto significativo no desenvolvimento da criança.
No entanto, materiais didáticos instrucionais para auxiliar na
orientação de gestantes/mães são escassos, essa dificuldade se dá,
principalmente, pela falta de recursos físicos, humanos, estruturais e
materiais em grande parcela dos serviços de saúde.
Justifica-se a realização deste estudo com a finalidade de possibilitar
uma reflexão sobre a utilização de estratégias, como aplicação de cartilha
educativa, para a promoção da saúde, buscando contribuir para a saúde
coletiva por meio da intervenção na realidade.
Diante da problemática, este estudo objetivou investigar a
aplicabilidade de cartilha educativa como estratégia terapêutica ocupacional
na atenção a saúde da gestante e do bebê.
13
CAPÍTULO I
ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA GESTANTE E A UTILIZAÇÃO
DAS CARTILHAS EDUCATIVAS
Apesar de diversos programas e ações terem sido implementados no
Brasil nas últimas décadas, a atenção à saúde da gestante continua sendo
um desafio tanto no que diz respeito à qualidade como nos princípios
filosóficos do cuidado, centrado ainda em um modelo medicalizante,
hospitalocêntrico e tecnocrático.
“o sistema de saúde brasileiro após a constituição de
1988 vem buscando construir modelos de atenção que
respondam de forma eficaz e efetiva às reais
necessidades da população brasileira, seja em sua
totalidade, seja em suas especificidades locais.” (PAIM,
Almeida Filho N, 1998)
Pelos resultados colhidos pode-se perceber características marcantes
do modelo biomédico, conforme demonstram as falas:
“Faço só o pré-natal mesmo, agora to vendo a médica porque to perto
de ter, antes era só a enfermeira mesmo” (G5).
“Aqui é só o pré-natal, tira a pressão, mede a barriga e pergunta se
sentiu alguma coisa, passa umas vitaminas e pronto” (G6).
Percebe-se que a assistência à saúde da gestante é oferecida
praticamente vinculada à consulta médica individual, sem proporcionar um
acolhimento às ansiedades, às queixas e temores associados culturalmente
à gestação, sendo esta conduzida de modo intervencionista, sem que a
14
realidade da mulher grávida seja tratada na sua individualidade e
integralidade (11). Vale-se, no entanto ressaltar, que o CSF MLRJ, que foi
contemplado como uma das unidades beneficiadas com o Pró Saúde, está
procurando mudar essa realidade:
“Uma vez me chamaram pra ir num tal grupo que é só de grávida,
sabe? Mas num fui não, não era no dia que eu vinha pra cá, ai não tinha
com quem deixar os meninos, ai não fui.”(G3).
Para Almeida Filho Paim o desafio de fazer ciência de um modo
diferente, não ignorando os paradigmas vigentes, porém complementando-
os, requer um processo de mudança que impõe movimentos de crítica,
elaboração, superação, construção e aplicação de novos conhecimentos e
mudança da práxis .
Para favorecer esse processo de mudança, utilizou-se como base o
conceito de Educação em Saúde ampliado que inclui políticas públicas
ambientes apropriados e reorientação dos serviços de saúde para além dos
tratamentos clínicos e curativos, assim como propostas pedagógicas
libertadoras, comprometidas com o desenvolvimento da solidariedade e da
cidadania, orientando-se para ações cuja essência está na melhoria da
qualidade de vida e na promoção da saúde.
“Ao analisar as respostas sociais no campo da saúde
pública, denomina "atenção primitiva à saúde" aquela
adotada nos países que dispõem de serviços
diferenciados para distintos grupos sociais e que estão
preocupados, fundamentalmente, em reduzir os gastos
15
em saúde organizando serviços de segunda categoria
para uma população considerada inferior.” (Testa 1992)
Tendo como base as principais inquietações das gestantes,
procurando compreender suas necessidades, problemas e a forma de
organização para o seu enfrentamento, utilizou-se com principio norteador a
Educação em Saúde e como estratégia a aplicação de cartilhas educativas,
cujas intervenções têm como foco os grupos sociais e o ambiente.
Com linguagem acessível e apresentação gráfica singela, a cartilha
convoca a reflexão sobre os temas apresentados, evocando sentimentos de
solidariedade e compromisso em colocar em prática o que se aprendeu e
difundir o conhecimento aprendido. A primeira cartilha aplicada aborda as
mudanças que as mulheres passam na gestação, o desenvolvimento fetal e
momento do parto:
“É meu segundo filho sabe? Eu nunca soube realmente o que
acontecia na minha barriga, só aquilo que a gente vê na televisão, mas
agora vi que o negócio é diferente, viu? É coisa demais que acontece, né? E
nesse livrinho tem tudim, tai gostei” (G1).
“Quando soube que estava grávida fiquei desesperada. Eu não tinha
noção de nada e minha sogra dizia que tudo era besteira, e eu não tinha
coragem de perguntar a ninguém, muito menos à doutora. Agora sim, sei o
que acontece comigo e com meu filho, que é o mais importante” (G8).
A segunda cartilha, que abordava os cuidados diários com o bebê, foi
aplicada de forma demonstrativa, na qual a pesquisadora apresentava a
maneira adequada de realizar as atividades diárias do bebê, como
16
alimentação, higiene, vestuário, colo e brincar, e as participantes eram
encorajadas a treinarem utilizando bonecos:
“Eu to chocada! Eu aprendi com minha mãe, que deve ter aprendido
com a mãe dela, a trocar fralda, agora aprendi o certo e já vou ensinar a
minha menina mais velha como fazer porque é ela quem vai me ajudar com
esse aqui. Vou mostrar pra minha vizinha também, ela ganhou menino faz
pouco temp”o (G4).
“Cuidar do bebê é minha maior angustia, principalmente o banho.
Nesse momento aqui pude passar pela experiência, ainda tenho que treinar
muito, mas quando tiver dúvida tiro na cartilha. Agora sei que vou cuidar
bem do meu filho” (G8).
Entre os sentimentos que envolvem o processo de gravidez é comum
às dúvidas em relação ao desenvolvimento fetal, a preocupação com o
momento do parto e a ansiedade em relação aos cuidados com o bebê.
Independente do número de paridade, a mulher geralmente busca novos
conhecimentos, principalmente em relação aos cuidados com o bebê, pois a
chegada de uma criança para a mãe é uma responsabilidade acompanhada
de dúvidas e temores quanto à sua habilidade em cumprir este papel.
Desta forma, a estratégia utilizada, a cartilha educativa, foi bem aceita
entre as participantes e conseguiu-se alcançar o objetivo principal, gerar
conhecimento e aprendizagem, oportunizando a descoberta da realidade em
um processo de auto-conhecimento, identificando as variáveis que
interagem e que constituem a vida cotidiana:
“... num sabia de quase nada disso, também ninguém fala nada! E
num vou mentir não, morro de preguiça de ler, principalmente se for
17
complicado, mas esse livrinho ai, cartilha né? É bem bomzinho de ler,
parece até que é outra pessoa falando, entendi tudo!” (G2).
“As duas cartilhas são muito boas! A gente aprende de forma fácil e
até divertida coisas sérias e complicadas! Vou levar para minha irmã ela
também ta grávida.” (G7).
Desta forma, os materiais didáticos, como cartilhas educativas,
dinamizam as atividades de Educação em Saúde, pois é uma estratégia
divertida e estimulante, oportunizando ao usuário estar mais atento e aberto
a aprender e a ensinar. Assim, o grupo de aplicação das cartilhas, mostrava-
se como um espaço de acolhimento e sensibilização, onde as mulheres
realizam uma reflexão quanto às emoções e dificuldades que enfrentam
durante o desenrolar da gestação, buscando desenvolver a preocupação
com cuidado da própria saúde e do bebê, que a rudeza das condições locais
de vida não as permite ter.
Percebe-se então, a necessidade e a importância de Educação em
Saúde caminha junto ao conceito de promoção da saúde, como uma
definição mais ampla de um processo que abrange a participação de toda a
população no contexto de sua vida cotidiana. Essa noção está baseada em
um conceito de saúde ampliado, considerado como um estado positivo e
dinâmico de busca de bem-estar, que integra os aspectos físico e mental
(ausência de doença), ambiental (ajustamento ao ambiente),
pessoal/emocional (auto-realização pessoal e afetiva) e sócio-ecológico
(comprometimento com a igualdade social e com a preservação da
natureza).
18
A experiência oriunda da práxis constitui uma vantagem do
profissional que utiliza a Educação em Saúde como ferramenta de
prevenção e promoção da saúde, no entanto, este profissional deve possuir
uma visão globalizante e crítica em relação as necessidades de saúde da
clientela; e, sobretudo, estar envolvido com o sujeito, grupos e comunidade.
19
CAPÍTULO II
TERAPIA OCUPACIONAL NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO
DA SAÚDE DAS GESTÂNTES
A assistência pré-natal tem merecido destaque crescente e especial
na atenção à saúde materno-infantil, que permanece como um campo de
intensa preocupação na história da Saúde Pública. Ainda ocorre no Brasil, a
persistência de índices preocupantes de indicadores de saúde, como os
coeficientes de mortalidades materna e perinatal, e esse fato tem motivado
o surgimento de uma gama de políticas públicas que focalizam o ciclo
gravídico-puerperal. Entretanto, essas políticas têm se fundamentado
principalmente no incremento da disponibilidade e do acesso ao
atendimento pré-natal (SILVEIRA, 2001).
Dessa forma percebe-se que o novo paradigma representa uma nova
maneira de interpretar as necessidades e ações de saúde, não numa
perspectiva unicamente biológica, mecanicista, individual e especifica, mas
numa perspectiva contextual, histórica, coletiva e ampla.
Portaria Nº 648 GM/2006, que aprova a Política Nacional de Atenção
Básica, estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização da
Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa de
Agentes Comunitários de Saúde (PACS), definindo Atenção Básica como:
Um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e
20
continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social (BRASIL, 2006).
E como estratégias prioritárias capazes de resgatar o vínculo de co-
responsabilidade entre os serviços e a população, a proposta é, não só a
cura e a prevenção de doenças, mas também, a valorização do papel das
pessoas, das famílias e da comunidade na melhoria de suas condições de
saúde e de vida, na perspectiva da promoção da saúde. Hoje, as mais de 15
mil equipes do Programa de Saúde da Família atendem a 50 milhões de
pessoas, e os mais de 160 mil Agentes Comunitários de Saúde cobrem
4.600 municípios brasileiros, melhorando assim, a saúde da população
atendida. (BRASIL, 2002)
Diante da clientela e do contexto estudado, percebe-se a necessidade
de um profissional que tenha como foco o sujeito com suas particularidades,
enfatizando o terapeuta ocupacional, pois este percebe o sujeito em sua
totalidade, levando em consideração os aspectos psicológicos, emocionais,
culturais, econômicos e outros. O terapeuta ocupacional não deverá ter seu
foco na doença, mas no sujeito, vendo-o como um ser que têm angustias,
dúvidas, ansiedades e principalmente uma história de vida, sendo importante
levar em consideração suas crenças e emoções.
“A Terapia Ocupacional, no contexto da Educação em
Saúde, favorece uma ação consciente em que se
possam planejar experiências de aprendizagem, pois o
processo educativo somente gera transformação
quando o sujeito é capaz de provocar mudanças por
meio de atuação participativas.” (Bernal CDMF2001)
21
Portanto, o maior desafio no estudo foi transmitir conhecimentos
científicos codificados, em mensagens passíveis de entendimento pela
pessoa que está ouvindo, por isso à escolha pela cartilha:
Eu nunca tinha ouvido falar em Terapia Ocupacional, mas gostei
muito de conhecer, é diferente de tudo, fala tudo que é importante a gente
saber de modo que nós entende diz coisa que a gente ver que da pra nós
fazer, num é como esses outros doutores sabe? Que a nós num entende é
nada! Aqui aprendi muito! (G4).
Terapia Ocupacional, sabia nem o que era, agora sei! É diferente né!?
A gente é acostumado com aquela coisa de que os doutores é que sabe de
tudo e nós num sabe nada, mas ai chega você e mostra assim tão simples
com a cartilha e conversando com a gente, que a gente sabe das coisas que
pode aprender uma com as outras e que ainda pode ensinar, que a gente é
responsável pela nossa saúde e das outras pessoas também, como nosso
filho (G8).
As propostas de promoção da saúde em Leavell & Clark privilegiavam
ações educativas normativas voltadas para indivíduos, famílias e grupos
(Buss, 2003). O ideário da medicina preventiva acabou por produzir uma
redução dos aspectos sociais do processo saúde e doença, naturalizando-os
ao construir modelos explicativos ahistóricos do adoecer humano (Arouca,
1975).
Sem dúvida, as ações de promoção da saúde, apresentadas como
componente da prevenção primária, estão bem aquém da contundente
compreensão da relação entre saúde e sociedade expressa nos estudos de
medicina social no século XIX.
22
A concepção de níveis de prevenção foi incorporada ao discurso da
Medicina Comunitária no Brasil na década de 1960 e orientou o
estabelecimento de níveis de atenção nos sistemas e serviços de saúde que
vigora até hoje. Foi amplamente difundida durante os anos 70 e 80
juntamente com as propostas de Atenção Primária em Saúde e a idéia de
“saúde para todos no ano 2000”, contida na declaração de Alma-Ata
(Teixeira, 2001). Contudo, o desenvolvimento da medicina no Brasil manteve
a predominância de uma prática individual, com enfoque curativo dos
problemas de saúde e a as dicotomias teoria-prática; psíquico-orgânico;
indivíduo sociedade (Torres, 2002).
A assistência pré-natal tem um valor muito importante, uma vez que a
gravidez é um evento de grande significação para o universo feminino. É um
momento único em que a mulher é acometida por mudanças físicas e
emocionais e por sentimentos de medos, fantasias, angústias, dúvidas e
curiosidades. Nesse período, o acolhimento das gestantes é essencial, uma
vez que fornece suporte emocional e respostas às suas dúvidas e
curiosidades. (BRASIL 2001)
Contudo, na prática, nem sempre a consulta médica de pré-natal da
atenção básica fornece subsídios necessários para suprir todas as
demandas das gestantes. Muitas vezes, fatores como a curta duração das
consultas e a pouca abrangência das mesmas não propiciam a manifestação
das mulheres a respeito de suas preocupações, dúvidas, curiosidades,
angústias, receios e queixas inerentes à gravidez. Nessas condições,
consultas de pré-natal pouco humanizadas ou ainda pautadas unicamente
no modelo biomédico negligenciam aspectos que são essenciais para o
23
cuidado integral das gestantes, como o seu contexto histórico, as suas
demandas, as trocas de experiências e a escuta atenta.
Uma maneira de preencher essas lacunas existentes na assistência
ao pré-natal é a criação de grupos educativos de apoio às gestantes nas
Unidades Básicas de Saúde. O grupo é um meio eficaz de disseminação do
conhecimento para a população e de baixo custo para os gestores,
constituindo um local no qual há aprendizagem e as participantes têm
liberdade para compartilhar experiências por estarem vivenciando situações
semelhantes. Além disso, o grupo educativo pode ser um meio eficaz de
promoção da saúde dos usuários dos serviços da atenção básica, uma vez
que possibilita a conscientização, autonomia, desenvolvimento de
capacidades individuais e coletivas, e até mesmo mudanças de hábitos e de
condutas com vistas à melhoria da qualidade de vida e saúde. (ALMEIDA,
2010; DUARTE, ET AL. 2011; SOUZA, ET AL. 2011).
E esse grupo de apoio educativo tem como participação importante o
terapeuta ocupacional que é o profissional que oferece uma atenção
direcionada ao cliente, principalmente sobre as peculiaridades da clientela,
proporcionando um acolhimento mais humanizado, receptividade e
aceitação das informações transmitidas, utilizando reflexão crítica sobre a
estratégia empregada, ponderação de informações e meios didáticos
propícios para contar com a Educação em Saúde como instrumento de
promoção à saúde.
24
CAPÍTULO III
RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DA
CARTILHA EDUCATIVA
A gravidez é um dos momentos mais especial para a mulher. O
período da gestação é um processo dinâmico, que ocorre no âmbito familiar
e social e a sua vivência é influenciada por um conjunto de fatos
relacionados ao contexto que a mulher experiência.
Estar grávida pode significar um estado particular de mudanças, seja
do ponto de vista físico e emocional, ou das rotinas e dos hábitos. Estas
modificações permitem à mulher se adaptar às necessidades do ciclo
gravídico puerperal, e acontecem principalmente sob o ponto de vista
biopsicossocial. Ocorrem alterações fisiológicas em todos os sistemas,
sendo que algumas delas provocam distúrbios e desconfortos, estas
alterações são intensas e não se limitam apenas a uma barriga crescendo,
mas a todo o contexto de vida da mulher.
A gestação representa a geração de uma vida, uma semente para o
futuro, é um acontecimento que envolve aspectos biológicos, psicológicos,
sociais e espirituais. É também um período de inúmeras transformações, no
qual cada mulher vivencia a gravidez de maneira particularizada. Desta
forma, o indivíduo que vive a situação de gravidez passa por várias
mudanças, passando a se perceber e aos demais elementos que compõem
seu ambiente de maneira diferente, acontecendo uma mistura de
sentimentos em relação à situação de ter um filho, pois apesar de ser um
25
momento repleto de alegrias, as dúvidas, temores, anseios e fantasias
sempre surgem.
Na base da atenção pré-natal está a promoção da educação em
saúde e consequentemente da cidadania, ação recomendada pelo Ministério
da Saúde, que desde o ano de 2000, através de uma série de medidas
propõe atingir de forma mais efetiva a atenção primária à mulher gestante,
levando-a ao desenvolvimento de um processo gestacional seguro e
saudável que culmine com o nascimento seguro em bases humanitárias.
A educação em saúde através da formação de grupo de gestantes foi
estabelecida como uma das principais estratégias para a melhoria da
qualidade da atenção à saúde a esta clientela (FRANK, 2009).
Para isto, este projeto de extensão tem a intenção de desenvolver
atividades de educação em saúde junto a grupos de gestantes, para
contribuir com a melhoria da qualidade da assistência prestada à mulher
durante o ciclo gravídico-puerperal, além de proporcionar às gestantes,
socialização e esclarecimento de dúvidas que possam surgir nestas fases,
assim como prepará-las para o parto e o aleitamento materno.
Portanto, é relevante observar que o ser humano nesta educação, é
um sujeito que não deve somente "estar no mundo, mas com o mundo", ou
seja, fazer parte dessa imensa esfera giratória, não apenas vivendo, mas
construindo sua própria identidade e intervindo no melhoramento de suas
condições enquanto cidadão e buscando o direito de construir uma
cidadania igualitária e justa.
A maternidade e a paternidade são momentos
existenciais relevantes durante o ciclo vital do
ser humano. Salienta a importância do
26
trabalho integrado da equipe que pode
resultar em um atendimento mais amplo de
uma gravidez ou nascimento. A preparação
psicossocial para a maternidade e a
paternidade tem a finalidade de favorecer o
crescimento emocional por meio da
experiência de ter um filho e de estabelecer
com ele uma ligação potencialmente
saudável. ( Maldonado 2003)
Por isso a pesquisa buscou investigar a aplicabilidade de cartilha
educativa como estratégia terapêutica ocupacional na atenção a saúde da
gestante e do bebê, sendo esta realizada com mulheres grávidas de uma
comunidade da cidade de Fortaleza. Faz-se necessário então, antes de
expor os resultados, apresentar o perfil de caracterização das participantes.
O estudo foi composto por 08 mulheres com idades gestacionais que
variavam de 08 a 37 semanas de gestação, na faixa etária de 20 a 34 anos
de idade. Caracteriza esta população como de baixa renda, baixa
escolaridade (apenas duas concluíram o ensino médio, duas o ensino
fundamental II – até a 8ª série, e quatro o ensino fundamental I – até a 4ª
série) e pouca atividade remunerada (duas trabalhavam com remuneração).
As mulheres em condições socioeconômicas precárias, não
representam a totalidade das gestantes de uma cidade, mas são justamente
aquelas que apresentam os maiores riscos de complicações durante a
gravidez e de terem filhos nascidos com baixo peso ou prematuro, como
conseqüência, essas crianças apresentam riscos substancialmente maiores
de adoecer e morrer no primeiro ano de vida .
27
Levando-se em consideração todos esses aspectos, percebeu-se a
real necessidade e importância de intervir junto a essa clientela. Assim, o
estudo tem como temáticas centrais: Assistência à saúde da gestante;
Educação em Saúde: uso de cartilhas educativas; Terapeuta ocupacional:
profissional da promoção e prevenção da saúde.
Os resultados evidenciam a efetividade da estratégia de intervenção
utilizada, ou seja a cartilha educativa, esta percebida pelas participantes
como um instrumento facilitador do processo de aprendizagem que busca a
promoção da saúde. Portanto, o terapeuta ocupacional, profissional
promotor desse processo, pôde perpetuar o seu objetivo que vê cada
indivíduo como um sujeito único, que possui um ritmo para aprender,
compreender e pôr em prática as orientações, para conseguinte, vir a
estabelecer adaptações para o seu estilo de vida.
Ressalta-se a importância de incentivar a construção desses
instrumentos, cartilhas educativas, principalmente direcionadas a clientela de
condições socioeconômica mais baixas e pouco acesso a informações, a fim
de serem incorporados rotineiramente pelas equipes de Atenção Básica,
pois estes possibilitam um aprendizado, melhorando as condições de saúde
e ainda um estreitamento nas relações entre profissionais da saúde e a
população, desencadeando o envolvimento e participação de todos.
Os Centros de Saúde da Família (CSF), são percebidos como o
serviço de maior proximidade com a comunidade e representam a
possibilidade de reorientação do modelo de assistência, dessa forma são
locais privilegiados para o desenvolvimento de novas práticas em Educação
28
para a Promoção da Saúde, necessitando assim de profissionais com visão
holística do sujeito, dentre eles, os terapeutas ocupacionais.
29
CONCLUSÃO
A atuação do terapeuta ocupacional na assistência social permite
reconhecer a comunidade enquanto espaço de intervenção, e a
aproximação com o cotidiano de vida de população atendida, destacando
que as ações estão ligadas ao contexto sócio-histórico-cultural de cada
indivíduo.
Sendo assim, é coerente que a Terapia Ocupacional social se
debruce sobre questões acerca das necessidades de grupos sociais que
estão expostos diretamente à precarização do trabalho, à vulnerabilidade
relacional e, conseqüentemente aos processos de ruptura das redes sociais
de suporte (LOPES, 2007).
Na promoção do acesso de todos aos serviços de saúde, as
intervenções priorizam as questões de saúde básica, naquilo que se
configura nas ações cotidianas do trabalho. São investigadas as
possibilidades de doenças, auxilia-se na detecção de problemas,
encaminha-se para procedimentos de tratamentos.
Para Medeiros (2003), a atuação da Terapia Ocupacional em serviço
publico ou privado não pode ser entendida como uma ação isolada, mas sim
intrinsecantemente ligada e marcada pela história de atendimento público a
saúde.
Ressalta ainda a autora, que o instrumento da Terapia Ocupacional
mostra-se condizente com as proposições de transformação assistencial
atuais, uma vez que o usuário dos serviços passa a ser encarado como um
cidadão que realiza e restabelece sua saúde mediante sua (re)inserção
social. E isso só é efetivado quando essa re-inserção se estabelece na
relação direta com atividades que proporcionem melhor qualidade de vida.
Portanto, isso é condizente com o campo de atuação do terapeuta
ocupacional.
Nesta optica, a terapia ocupacional procura respaldar suas técnicas e
métodos em fundamentos ora mais individual/curativistas, isto é, em cima de
um problema já instalado no sujeito, “naquela doença”, ora mais preventista,
no sentido de ações extensivas a grandes grupos populacionais,
30
consolidando as perspectiva da “medicalização do social” (MEDEIROS,
2003. p.143)
É necessário, que o terapeuta ocupacional se conscientize de que
como agente promotor da saúde ele também deve lutar para que a saúde
deva responder a outros tipos de necessidades e ser vista como direito de
qualquer pessoa.
Segundo Souza (2002) citado por Malfitano (2007, p.68), o desafio
esta na reorganização da atenção básica, para que esta não exclua a
população que realmente necessita dos serviços de saúde, otimizando os
resultados e ampliando a assistência, e seja “um farol que iluminará os
demais pontos do sistema, assegurando, dessa maneira, o acesso universal
e a integralidade da atenção – pilares fundamentais do SUS”.
Através da inserção da cartilha e da realização de entrevistas com as
gestantes, foi possível perceber as dificuldades presentes no dia a dia das
gestantes possibilitando a inclusão de atividades voltadas para a educação
das mães no período da gestação melhorando assim a qualidade de vida
quanto delas como dos bebês.
31
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, 2010; DUARTE, ET AL. 2011; SOUZA, ET AL. 2011
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Atenção Primária e Promoção da Saúde / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Volume 8. Brasília: CONASS, 2007. BURROUGHS. Uma introdução à enfermagem materna. 6. ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995. DELFINO MRR. O processo de cuidar participante com um grupo de gestantes: repercussões na saúde integral individual-coletiva [dissertação]. Tubarão (SC): Universidade do Sul de Santa Catarina; 2003. HOLANDA ICL. Ações educativas na estimulação precoce: analise do desempenho das mães no cuidado diário [dissertação]. Fortaleza (CE): Universidade de Fortaleza; 2004.
MALDONADO, M. T. As sementes do amor: educar crianças de 0 a 3 anos para a paz. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003. MINAYO MCS.; Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002. PAIM, Almeida Filho N. Saúde Coletiva: uma “nova saúde pública” ou campo aberto a novos paradigmas? Rev. Saúde Pública [periódico de revista] 1998 [citado 2009 Nov 26]; 32(4): 299-316. TESTA, M. Pensar em saúde. Porto Alegre, Artes Médicas/ABRASCO, 1992
32
WEB GRAFIA
Bernal CDMF. Promoção da Saúde e Terapia Ocupacional na Atenção a Criança. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil Revista Brasileira Saúde Materno Infantil [periódico online] 2001 [citado 2009 Out 29] 4(3): 23 – 30. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2391-38292008000200009&lng=en&nrp=iso Delfino MRR, Patrício ZM, Martins AS, Silvério MR . O processo de cuidar participante com um grupo de gestantes: repercussões na saúde integral individual-coletiva. Ciências da saúde coletiva [periódico online] 2004 [citado 2009 Jan 23]; 9(4): 1057-1066. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232004000400026&lng=en&nrm=iso
Fonseca LMM, Scochi CGS, Rocha SMM, Leite AM. Cartilha educativa para
orientação materna sobre cuidados com o bebê prematuro. Revista Latino-
americana de Enfermagem [periódico online], 2004 [citado 2009 Abr 09];
12(1):65 – 75. Disponível em http://www.eerp.usp.br/rlaenf/v12-1/artigo9.pdf
Grippo MLVS, Fracolli LA. Avaliação de uma cartilha educativa de promoção ao cuidado da criança a partir da percepção da família sobre temas de saúde e cidadania. Rev. esc. enferm. USP [periódico online] 2008 [citado 2009 Nov 26]; 42(3): 56 – 68. Disponível em: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342008000300003&lng=pt&nrm=iso Mendoza-sassi RA, Cesar JA, Ulmi EF, Mano PS, Dall'agnol MM, Neumann NA. Avaliando o conhecimento sobre pré-natal e situações de risco à gravidez entre gestantes residentes na periferia da cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública [periódico online], 2007 [citado 2009 Nov 26]; 23(9): 2157 – 2166 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000900023&lng=en. doi: 10.1590/S0102-311X2007000900023 Ministerio da Saúde - Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró Saúde). http://prosaude.org/not/prosaude-maio2009/proSaude.pdf
33
Paz MHD, Silva RM. Ações Educativas em Saúde: uma proposta da terapia ocupacional para pessoas portadoras de dermatoses. Revista Brasileira em Promoção da Saúde [periódico online] 2004 [citado 2009 Abr 09]; 17(2): 72 – 78. Disponível em: http://www.unifor.br/hp/revista_saude/v17-2/artigo5.pdf Serruya SJ, Cecatti JG, Lago TDG. O panorama da atenção pré-natal no Brasil e o Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil [periódico online] 2004 [citado 2009 Jan 23]; 4(3): 269-279. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292004000300007&lng=en&nrm=iso Silva JLL. Educação em saúde e promoção da saúde: Informe-se em promoção da saúde. Rev. Saúde Pública [periódico online] 2005 [citado 2009 Nov 29]; 1(3): 35 – 43. Disponível em: http://www.uff.br/promocaodasaude/informe
34
ANEXOS
Anexo 1 >> Roteiro de entrevista semi-estruturada inicial.
Anexo 2 >> Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
35
ANEXO I
Roteiro de entrevista semi-estruturada inicial.
IDENTIFICAÇÃO: Nome: Endereço: Telefone: Idade: Situação conjugal:
1. Com quantas semanas de gestação você está?
2. É a sua primeira gravidez? No caso da pergunta anterior ser negativa,
quantos filhos você tem?
3. Que tipo de assistência você está recebendo?
4. Você está satisfeita com a assistência que recebe?
5. Você tem dúvidas em relação à gestação? Quais?
6. Você conhece a Terapia Ocupacional?
Roteiro de entrevista semi-estruturada final.
IDENTIFICAÇÃO: Nome: Endereço: Telefone: Idade: Situação conjugal:
1. O que achou do uso das cartilhas?
2. Como se sentiu durante os encontros?
3. O que foi satisfatório dos encontros?
4. Você conseguiu tirar suas dúvidas?
5. Qual a sua percepção em relação as ações desenvolvidas pela
Terapia Ocupacional?
36
ANEXO II
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Eu, Freire Brandão, aluna do curso de pós graduação em Saúde da
família da Universidade Cândido Mendes pós-graduação lato sensu avm
faculdade integrada. Estou desenvolvendo uma pesquisa denominada:
“Atenção a Saúde da Gestante e do Bebê: Estratégia da Terapia
Ocupacional Mediante a Aplicação de Cartilha Educativa”, sob a orientação
da professora Maria Esther de Araújo
Com esta pesquisa pretendemos analisar a aplicação de cartilha
educativa como estratégia terapêutica ocupacional na atenção a saúde da
gestante e do bebê.
Esclarecemos que:
1. As informações coletadas somente serão utilizadas para os objetivos
da pesquisa;
2. Também esclarecemos que as informações ficarão em sigilo e que o
anonimato será preservado;
3. O pesquisado terá todas as informações que quiser e poderá não
participar da pesquisa ou retirar sem consentimento a qualquer
momento, sem prejuízo algum;
4. Somente após devidamente esclarecida e ter entendido o que foi
explicado, deverá assinar este documento, caracterizando a
autorização para participar da pesquisa;
5. Este documento será impresso em duas vias, ficando uma com a
entrevistada e a outra com as pesquisadoras;
6. Pela participação no estudo, o pesquisado não receberá qualquer
valor em dinheiro, mas terá a garantia de que todas as despesas
necessárias para a realização da pesquisa não serão de sua
responsabilidade;
7. A participação em qualquer tipo de pesquisa é voluntária;
8. Gostaríamos de colocar que a participação será de extrema
importância, pois a pesquisa contribuirá para a sociedade no intuito
37
de investir no conhecimento da finalidade da aplicação de cartilha
educativa como estrategia da Terapia Ocupacional para a promoção
da saúde da gestante e do bebê.