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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia - CAMEAM Curso de Administração - CAD Samuel Freitas de Carvalho RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO O USO DO SIG EM UMA MICROEMPRESA: As influências na Loja Exclusiva Ortobom. PAU DOS FERROS - RN 2014

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN

Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia - CAMEAM

Curso de Administração - CAD

Samuel Freitas de Carvalho

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

O USO DO SIG EM UMA MICROEMPRESA: As influências na Loja Exclusiva Ortobom.

PAU DOS FERROS - RN

2014

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Samuel Freitas de Carvalho

O USO DO SIG EM UMA MICROEMPRESA: As influências na Loja Exclusiva Ortobom.

Relatório Final de Curso apresentado ao Curso de Administração/CAMEAM/UERN, como requisito parcial para obtenção de título de Bacharel em Administração.

Professor Orientador: Edcarlos Costa de Oliveira

Área: Sistema de Informação – S.I.

PAU DOS FERROS - RN 2014

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COMISSÃO DE ESTÁGIO

Membros:

__________________________________________________________________________________

Samuel Freitas de Carvalho Aluno

__________________________________________________________________________________

Esp. Edcarlos Costa Oliveira Professor Orientador

__________________________________________________________________________________

Francisca Simone de Oliveira Supervisora de Estágio

__________________________________________________________________________________

Ms. Sidneia Maia de Oliveira Rego Coordenara de Estágio Supervisionado

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Samuel Freitas de Carvalho

O USO DE SIG EM UMA MICROEMPRESA: As influências na Loja Exclusiva Ortobom.

Esse Relatório Final de Curso foi julgado adequado para obtenção do título de

BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO e aprovado em sua forma final pela Banca Examinadora designada pelo Curso de

Administração/CAMEAM/UERN, Área: Sistema de Informação.

Pau dos Ferros/RN, em 28 de julho de 2014.

BANCA EXAMINADORA

Julgamento:_____ Assinatura:___________________________________________ Esp. Edcarlos Costa de Oliveira

Orientador – UERN

Julgamento:_____ Assinatura:____________________________________________ Me. Francisco Jean Carlos de Souza Sampaio

Examinador – UERN

Julgamento:_____ Assinatura:___________________________________________ Esp. Rinaldo Medeiros Alves de Oliveira

Examinador – UERN

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Dedico esse trabalho a DEUS, autor do meu

destino, minha família e amigos, em especial a

minha mãe, meu pai, meu irmão e minha

namorada Mayara.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades, e por mim proporcionar

pessoas e experiências maravilhosas ao longo dessa caminhada, sem ele não estaria aqui.

A minha família, minha mãe, por tudo que tem feito na minha vida, e principalmente por mim dar

a vida, ela que é minha base. Ao meu pai por quem tenho tamanho apreço e respeito e ao meu irmão

com quem conto com muito companheirismo e parceria. Aos meus primos, avós e tios pelo conhecimento

me repassado ao longo da vida.

A todos aqueles que, de forma direta e indireta, contribuíram para a realização deste trabalho,

principalmente aos colaboradores da Loja Exclusiva Ortobom de Pau dos Ferros/RN, o Sr. Joaquim

Farias e a Sra. Simone, pela oportunidade de uma nova experiência e pelo o respeito e carinho que mim

receberam na instituição do estágio.

Aos professores que com paciência e profissionalismo me habilitaram ao desenvolvimento desse

trabalho de conclusão de curso, em especial ao meu orientador Edcarlos Costa de Oliveira pelo suporte

no pouco tempo que lhe coube, pelas suas orientações e incentivos e a Professora Sidnéia Maia de

Oliveira Rego, por quem tenho grande admiração e respeito.

Aos meus colegas e amigos de faculdade: Moisés Henrique, Pierre Pinheiro, Allan John, George

Oliveira, Airton Medeiros, Eliesio Freire, entre outros que me proporcionaram momentos maravilhosos

nessa caminhada acadêmica, com quem fiz grande amizade.

E por último, e não menos importante, a Mayara Queiroz, minha namorada, companheira, amiga,

meu problema e minha solução, que conheci nessa experiência acadêmica, e que tenho o orgulho de

está ao meu lado. Amo todos vocês. Obrigado.

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A escuridão não pode expulsar a escuridão;

só a luz pode fazer isso. O ódio não

pode expulsar o ódio; só o amor pode fazer isso.

(Martin Luther King Jr.)

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar a influência de um Sistema de Informação Gerencial

(SIG) no auxílio das atividades da Loja Exclusiva Ortobom, localizada no município de Pau dos Ferros-

RN, conhecendo o grau de conhecimento acerca do Sistema de Informação, demonstrando de que forma

o SIG pode auxiliar o microempresário na tomada de decisão e identificar os obstáculos para sua

implantação. Essa pesquisa se faz necessária pelo motivo de que as microempresas serem poucas

providas do uso da tecnologia e de sistemas de informações como instrumentos de assistência dos

processos operacionais, sendo de suma importância para a tomada de decisão da instituição e eficiência

no desempenho dos processos organizacionais. A pesquisa caracteriza-se como estudo de caso, a

coleta de dados se deu por meio da realização de entrevista ao proprietário/gerente e o funcionário da

empresa que atuam diretamente com a execução de processos cotidianos e rotineiros da microempresa,

e o tratamento dos dados foi feito com análise de dados qualitativos. Na pesquisa foi registrado que as

respostas dos entrevistados comprovaram a importância e a necessidade do uso do sistema de

informação gerencial por proporcionar informações claras e objetivas que facilitam a execução das

tarefas operacionais, eliminação do desperdício de tempo e redução de custos, além de comprovar a

importância da Tecnologia no mundo organizacional. Assim, pode-se concluir que o Sistema de

Informação Gerencial possui um papel estratégico importante dentro das microempresas, no contexto

atual informatizado, são sistemas que ajudam a melhorar as tarefas do dia-a-dia, além de fornecer as

informações precisas para a tomada de decisões, que consequentemente irá fazer com que a

organização alcance seus objetivos com mais facilidade e competência.

Palavra-chave: Sistema. Tecnologia. Informação. Processos. Ortobom.

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ABSTRACT

This study aims to analyze the influence of a Management Information System (GIS) to aid the activities of Ortobom Exclusive Store, located in the municipality of Pau dos Ferros-RN, knowing the level of knowledge about Information System, demonstrating how GIS can assist the small business owner in decision making and to identify barriers to its implementation. This research is needed on the ground that microenterprises are few provided the use of technology and information systems as tools to support operational processes, which is extremely important for making the institution's decision on performance and efficiency of organizational processes. The research is characterized as a case study, data collection was done through conducting an interview with the owner / manager and the employee who work directly with the execution of routine daily processes and microenterprise, and data processing was done with qualitative data analysis. In the research it was announced that the answers of the respondents confirmed the importance and the necessity of using information management system by providing clear and objective information to facilitate the implementation of operational tasks, eliminating wasted time and cost savings, besides proving the importance of technology in the organizational world. Thus, we can conclude that the Management Information System has an important strategic role within the micro, the current computerized context, are systems that help improve the tasks of day-to-day, and provides accurate information for decision decisions, which will consequently cause the organization to reach its goals with more ease and competence.

Keyword: System. Tech. Information. Processes. Ortobom.

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Lista de Abreviaturas e Siglas

Abreviaturas

RN – Rio Grande do Norte

CE - Ceará

SIG – Sistema de Informação Gerencial

S.I – Sistema de Informação

T.I – Tecnologia da Informação

SPT – Sistema de processamentos de transações

SIF – Sistema de Informação Funcional

SAD – Sistema de Apoio a Decisão

BI – Business Intelligence (inteligência de negócios)

SE – Sistema Especialista

Siglas

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

CETIC – Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação

CPU – Unidade Central de Processamento

SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor

DBMS – Database Management System

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

UERN – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

CAMEAM – Campus Avançado Maria Elisa de Albuquerque Maia

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figuras

Figura 1 – Logomarca da empresa....................................................................................................... 15

Figura 2 – Organograma Funcional – Loja Exclusiva Ortobom............................................................ 16

Figura 3 – Visão geral do software e seus recursos............................................................................ 25

Figura 4 – Processos de um Sistema Aberto........................................................................................ 27

Figura 5 – Processo de Transação de Dados....................................................................................... 32

Figura 6 – O processo de informação do SAD...................................................................................... 34

Figura 7 – Sistemas funcionais de informação...................................................................................... 35

Figura 8 – Nível Estrutural dos Sistemas de Informação....................................................................... 38

Figura 9 – Processo de armazenamento de banco de dados............................................................... 40

Figura 10 – Página do Facebook da Loja Exclusiva Ortobom............................................................... 52

Figura 11 – Tux – Logotipo do Software Livre....................................................................................... 54

Figura 12 – Sistema SisLoja.Web 3.0.................................................................................................... 55

Figura 13 – Modelo proposto de um sistema de informação gerencial – SIG........................................ 59

Quadros

Quadro 1 – Distribuição de Tarefas por atividades/setor....................................................................... 17

Quadro 2 – Resumo do Delineamento.................................................................................................. 47

Quadro 3 – Nível do uso de ferramentas tecnológicas dentro da Loja Exclusiva Ortobom................... 57

Tabelas

Tabela 1 – Taxa de sobrevivência de empresas de 2 anos, para empresas constituídas em 2007, por

regiões e setores................................................................................................................................... 63

Gráficos

Gráfico 1 – Proporção de Microempresas que têm acesso a internet, por porte e região, 2010 (%)....65

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................13

1.1 Caracterização da organização .....................................................................................................14

1.2 Situação problemática ....................................................................................................................17

1.3 Objetivos .........................................................................................................................................19

1.3.1 Geral ..............................................................................................................................................19

1.3.2 Específicos.....................................................................................................................................19

1.4 Justificativa .....................................................................................................................................19

2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................................22

2.1 Bases do Conhecimento ................................................................................................................22

2.2 Tecnologia da Informação (T.I) ......................................................................................................23

2.3 Sistemas ..........................................................................................................................................25

2.3.1 Sistemas de Informação (S.I) .........................................................................................................28

2.3.2 Tipos de sistema de informação ....................................................................................................30

2.3.3 Sistema de apoio a decisões .........................................................................................................33

2.3.4 Sistema de informação Gerencial ..................................................................................................35

2.4 Os papéis fundamentais das aplicações de SI na empresa ........................................................37

2.4.1 Gerenciamento de dados ...............................................................................................................39

2.4.2 Por que utilizar Sistema de informação? ........................................................................................41

2.5 A tecnologia da informação nas pequenas empresas .................................................................42

2.5.1 Novas perspectivas para a Tecnologia da Informação ..................................................................44

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...........................................................................................45

3.1 Tipo de pesquisa .............................................................................................................................45

3.2 Universo e amostra .........................................................................................................................47

3.3 Coleta de dados ..............................................................................................................................48

3.4 Tratamento dos dados....................................................................................................................48

4. ANÁLISSE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..............................................................................50

4.1 Conhecimento acerca do Sistema de Informação (S.I) ................................................................50

4.2 O SIG como auxilio na tomada de decisões. ................................................................................53

4.3 Obstáculos na implantação de um SIG em uma microempresa. ................................................61

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5. CONCLUSÕES, SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES .....................................................................67

5.1 Conclusões......................................................................................................................................67

5.2 Sugestões e Recomendações .......................................................................................................69

REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................71

APÊNDICES ...........................................................................................................................................74

APÊNDICE A – Instrumento de coleta de dados ................................................................................75

APÊNDICE B – Lista de Acompanhamento das Atividades de Estágio........................................... 80

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1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa aborda o sistema de informação como instrumento de auxílio dos processos

operacionais que acontecem na empresa Loja Exclusiva Ortobom, localizada na cidade de Pau dos

Ferros, Rio Grande do Norte - RN, vislumbra-se como um sistema de informação possa eliminar ou

reduzir desperdício de tempo e redução de custos, caso, se decida desenvolver e implantar, seguindo

análise dos fatos e dados.

Dessa forma, o trabalho se divide em cinco capítulos. O primeiro tratou de definir o problema e

o tema que foram trabalhados, a caracterização da empresa, apresentando sua logomarca,

organograma, estruturação, valores e história. Além disso, aborda a situação problemática, os objetivos

geral e específicos que orientou o desenvolvimento do estudo, e justificativa para o uso do sistema de

informação gerencial para este segmento de empresa.

No segundo capitulo foi desenvolvido o referencial teórico, que serviu como fundamento para a

pesquisa. Neste capitulo é abordada as Bases do conhecimentos, buscando uma base para o começo

da pesquisa, adiante foi relatado sobre a Tecnologia da Informação bem como seus conceitos, definições

e características. Em seguida, é evidenciado os Sistemas de Informação, seus conceitos, classificação

dos sistemas e tipos, dando ênfase a uma breve explicação à cerca de Sistema de Informação Gerencial,

suas características e suas relações, observa-se também os papeis fundamentais do Sistema de

Informação nas empresas e a tecnologia nas pequenas empresas com novas perspectivas.

O capítulo três, é de fundamental importância para a pesquisa, nele aparecem os procedimentos

metodológicos utilizados. O referido capítulo faz uma descrição dos tipos de pesquisa, o método de coleta

de dados e a técnica de tratamento para a análise dos dados.

O capítulo quatro relata a análise e discussão dos resultados obtidos com a coleta de dados,

além de evidenciar os conhecimentos acerca do sistema de informação a ser sugerido para implantação

de acordo com o perfil e necessidades da empresa estudada. Então, de acordo com a revisão literária,

foi avaliado com o objetivo de nossa abordagem, analisar quais as melhorias alcanças com a implantação

de um SIG em uma microempresa.

Finalmente, o capítulo cinco finaliza-se com as conclusões, sugestões e recomendações acerca

do resultado do estudo, onde revela a satisfação quanto aos recursos de tecnologia de informação e

alguns indicativos para que a empresa se empenhe para o desenvolvimento do sistema de informação

gerencial.

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1.1 Caracterização da organização

O trabalho foi realizado em uma microempresa de comércio varejista que tem como nome

empresarial Melissa & Farias LTDA – ME. Popularmente conhecida pelo nome Loja Exclusiva Ortobom

de Pau dos Ferros, situada na Rua Pedro Velho, nº 1227 – Centro, Pau dos Ferros-RN, inscrita no

Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, sob o nº 11.448.863/0001-42, estabelecimento matriz,

sendo uma franquia da Ortobom, seu código e descrição de natureza jurídica é: 206 - 2 – Sociedade

Empresaria Limitada, e com Inscrição Estadual de nº 20.225.584-0.

A organização tem como código e descrição da atividade econômica principal: 47.54-7-02 –

Comércio varejista de artigos de colchoaria. Como atividades secundárias a instituição tem, como código

e descrição, respectivamente: 47.54-7-01 – Comércio varejista de móveis; 47.53-9-00 – Comércio

varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo; 47.55-5-03 – Comércio

varejista de artigos de cama, mesa e banho; 47.81-4-00 – Comércio varejista de artigos do vestiário e

acessórios. Como já foi demonstrado, a empresa procurou não se limitar apenas na sua atividade

principal, procurando novos horizontes no seu ramo de colchoaria.

A empresa foi constituída no dia 28 do mês de dezembro de 2009, com o objetivo de atingir bons

rendimentos com uma marca que já era conhecida no mercado, no caso é a Ortobom, e para isso foi

preciso comprar sua franquia, a microempresa tem como missão comercializar colchões e outros

produtos capazes de proporcionar o máximo de bem estar e conforto aos clientes, contribuindo para ou

com a saúde.

Empresas franquiadas são baseadas no Franchising que é uma tática empregada em gerência

que tem, como objetivo, um sistema de negócio de licença na qual o franqueador, que é aquele que é o

possuidor da licença, cede ao franqueado, o autorizado a explorar a licença, o direito de uso da sua

marca ou patente. Para Plá (2001) Franchising é um sistema de distribuição de produtos, tecnologia e/ou

serviços. Estabelece que o franqueador concede ao franqueado o direito de explorar o seu conceito,

know-how e marca, mediante uma contraprestação financeira.

Como a microempresa estudada é franquiada da Ortobom, os dois representantes da instituição,

tinham que criar um nome fantasia que fosse ligado a marca e repasse a qualidade que essa marca

oferece, então a senhora Samia Melissa Nogueira Farias e o senhor Joaquim Farias Neto que é o sócio

administrador, e com a fusão desses nomes foi instituído a Razão Social da empresa; Melissa & Farias

LTDA – ME, colocaram o nome de Loja Exclusiva Ortobom; Exclusiva pois também é a única loja de

franquia da Ortobom da cidade, e para dar ênfase à exclusividade dos produtos e à qualidade.

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15

Figura 01 – Logomarca da Microempresa

Fonte – Loja Exclusiva Ortobom

A Ortobom trabalha com algumas modalidades de franquia, na Loja Exclusiva Ortobom trata-se

de uma franquia rua, onde a taxa franquia é R$ 500,00. O custo para montagem de loja é R$1.000 por

metro quadrado e o capital de giro é em torno de R$10.000,00 tendo um total de investimentos a partir

de R$ 30.000,00. O franqueador cobra apenas um custo de 5% sobre o valor total das mercadorias

adquiridas para cobrir royalties e serviços, tais como auxílio contábil mensal; balanço para controle da

mercadoria; auxílio jurídico, treinamentos periódicos; palestras motivacionais de vendas; avaliações

bimestrais da equipe de vendas e avaliações bimestrais do visual do ponto de venda (padrões

arquitetônicos das instalações).

Para começar um negócio é necessário identificar os fatores principais para o sucesso de uma

loja franqueada levando em consideração várias situações, as quais de acordo com o senhor Joaquim

Farias Neto, que é contador e tem seu próprio escritório de contabilidade no município de Iracema-CE,

são: “Ponto Comercial e Franqueado/Empreendedor. O ponto comercial que tem melhor resultado

apresentado é os reconhecidos como pontos de comércio e de alto fluxo, por exemplos: calçadões,

shoppings, ruas de comércio reconhecido, centros de compra, hipermercado, localidades com foco em

lojas de decoração, imóveis etc. Por esse motivo a loja se encontra no centro do município de Pau dos

Ferros-RN, ao lado de uma referência que é o Supermercado Queiroz”.

Para manter o controle das suas franquias, a Ortobom designa um Balancista para fazer a

supervisão das lojas. O Balancista visita a empresa de 15 em 15 dias para fazer a supervisão do estoque,

controle financeiro, controle de vendas, orientações, entre outras funções.

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16

Além das vendas dos produtos da Ortobom, a empresa também tem um serviço de entrega dos

produtos, onde quem fica encarregado desse serviço é um funcionário terceirizado; sua remuneração é

de acordo com a quantidade de entregas que tem na empresa por semana. Além do funcionário de

entregas, a empresa conta com uma vendedora, com função de vender os produtos, fazer as finanças e

receber os clientes e prestar contas com o balancista. Além desses funcionários, a empresa ainda

pretendi aumentar seu quadro de pessoal até dezembro desse ano, ficando com dois vendedores, um

interno e outro externo.

A seguir, foi destacado o organograma da empresa, tentando explicar o sentindo claro das

funções da empresa e procurando identificar a tarefa e setor de cada funcionário, conforme Figura 2:

Figura 02 – Organograma funcional – Loja Exclusiva Ortobom

Fonte - Loja Exclusiva Ortobom

A empresa em estudo apresenta três subdivisões, são elas: Diretoria que é a responsável pela

administração geral da empresa, o segundo nível ficou com as gerências financeira e comercial, ou seja

executa diretamente cargos de tomada de decisões e funções essenciais da empresa, e por fim, o

terceiro nível, que tem as contas a pagar e a receber, departamento pessoal, tesouraria, compras, vendas

e marketing onde abrange as atividades feitas pelos funcionários.

Para um melhor entendimento das funções realizadas na empresa o Quadro 1 descreve a

distribuição das tarefas, de acordo com o movimento operacional.

Diretoria

Gerência Comercial

ComprasVendas

Marketing

Gerência Financeira

Ctas.

Pagar

Tesouraria

Depto PessoalCtas.

Receber

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17

Quadro 1 – Distribuição das tarefas por atividades/setor.

Atividades/Setor Distribuição de tarefas

Diretoria Joaquim Farias

Financeira/Comercial Joaquim Farias

Contas a Pagar/Receber Simone

Departamento Pessoal Joaquim Farias/Simone

Tesouraria Joaquim Farias/Simone

Compras Joaquim Farias/Simone

Vendas Simone

Marketing Simone

TOTAL 2 Colaboradores

Fonte – Loja Exclusiva Ortobom

1.2 Situação problemática

Vivemos atualmente na era da informação, cuja a necessidade por recursos voltados para as

tecnologias que se fazem necessário, pois sem ela não temos o conhecimento para desenvolver

determinadas habilidades, e se tratando de organizações é exigido uma estratégia eficiente, e para

melhor definir essas estratégias podemos fazer uso de recursos inteligentes oferecidos pela tecnologia

de informação e sistemas de informação.

Laudon e Laudon (2004) dizem que sistema de informação pode ser definido como um conjunto

de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem

informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização.

Os mesmos autores ainda destacam um sistema de informação gerencial que é uma categoria especifica

de sistemas de informações que atendem aos gerentes de nível médio. Os SIGs oferecem vários tipos

de relatórios do desempenho da organização, com essas informações é possível monitorar e controlar a

empresa, além de fazer uma breve previsão do seu desempenho futuro.

Costumeiramente S.I é confundida por T.I, para esclarecer melhor os termos, Batista (2004)

define T.I como: Tecnologia da Informação é todo e qualquer dispositivo que tenha a capacidade para

tratar dados e/ou informações, tanto de forma sistemática como esporádica, independentemente da

maneira como é aplicada.

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18

É interessante ressaltar também que neste trabalho foi estudado um tipo de sistema de

informação aplicado especificamente a empresa estudada, que é o SIG, sistema de informação gerencial,

que tem como objetivo lidar com questões comportamentais e técnicos da empresa. Sendo importante

destacarmos que sistema de informação não é apenas a parte tecnológica, como já foi dito, a parte

comportamental também vai ser um fator preponderante; assim poderemos traçar os sistemas de

informação por três fatores: Organizações, pessoas e tecnologia. As microempresas tem uma enorme

dificuldade de acesso a novas tecnologias ou novos conhecimentos. A maioria destas ferramentas são

voltadas para as médias e grandes empresas, e são sofisticadas demais para a compreensão e absorção

das microempresas, além de necessidade de grandes investimentos com equipamentos, consultorias e

treinamentos para suas implantações; desta maneira as microempresas estão sempre defasadas

tecnologicamente, não sendo portanto competitivas no mercado que atuam.

O desenvolvimento de um software adequada com o tipo de venda utilizada na empresa, também

pode ser uma ferramenta importante. Rezende e Abreu (2003) fala que software são conjuntos de

comandos, instruções ou ordens elaboradas pelo cliente e/ou usuário para o computador cumprir,

visando resolver problemas e desenvolver atividades ou tarefas especificas, geralmente esses

aplicativos são usados nas empresas para desempenhas determinadas funções empresariais, e pode

ter várias habilidades e atender múltiplos setores da organização, com por exemplo, recursos humanos,

financeiro, matérias, produção, entre outros departamentos.

Finalizando, o presente trabalho tem como problema de pesquisa a integração de um sistema

de informação gerencial agregado aos processos organizacionais, para solucionar problemas rotineiros

da microempresa, por exemplo, a organização dos dados dos clientes, das vendas e do estoque,

facilitando e agilizando o repasse e a organização das informações, e também mostrar possíveis erros

que vai ser utilizado no auxílio das operações rotineiras, sugerindo a facilidade, organização, e eficiência

no desenvolvimento dos trabalhos organizacionais e por consequência promovendo o alcance dos

objetivos da empresa.

Contudo, foi levantado a questão que procurarei responder ao longo do trabalho, e que será

detalhada na seguinte indagação, quais são as melhorias que um SIG pode oferecer a uma

microempresa?

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1.3 Objetivos

1.3.1 Geral

Analisar a importância de um Sistema de Informação Gerencial (SIG) no auxílio das atividades

administrativas da Loja Exclusiva Ortobom.

1.3.2 Específicos

Conhecer o grau de conhecimento acerca do Sistema de Informação dentro da Loja Exclusiva

Ortobom.

Demonstrar de que forma o SIG pode auxiliar o micro empresário nos processos de tomada de

decisões.

Identificar possíveis obstáculos na implantação de um SIG em uma microempresa.

1.3 Justificativa

Este trabalho tem grande importância não só na parte organizacional, mas também para o meio

acadêmico, pois será mais uma forma de ampliar o conhecimento a respeito da área estudada, e poderá

servir de base para trabalhos e pesquisas futuras, principalmente na região do Alto Oeste Potiguar, onde

o comércio movimenta grande parte da economia.

É importante ressaltar que esta é uma área que está em ascensão e que muitas empresas estão

explorando para ter como vantagem competitiva, além de minimizar os erros da organização esse

sistema agiliza e torna eficiente muitas atividades, se tornando cada vez mais indispensável para um

bom desempenho das empresas.

Autores como O’brien (2002), acredita que um dos valores estratégicos da tecnologia da

informação é proporcionar progressos fundamentais nos processos empresariais. Os processos

operacionais podem se tornar mais competentes, e os processos gerenciais da empresa mais eficazes.

Com essas melhorias nos processos empresarias a empresa pode reduzir custos, melhorar a qualidade

e o atendimento ao cliente e criar novos produtos e serviços. Com as melhorias oferecidas pela

Tecnologia de Informação, as empresas podem ter novas oportunidades comerciais, permitindo a

expansão para novos mercados ou novos segmentos de mercados existentes. Ainda que isso signifique

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enfrentar muitas barreiras, principalmente no que tange ao custo elevado de investimento e

complexidade da tecnologia de informação.

Segundo Laudon e Laudon (2004), os sistemas de informação também podem ajudar o gerente

e o colaborador da Loja Exclusiva Ortobom a analisar problemas e visualizar assuntos complexos.

Portanto o sistema de informação facilita o reconhecimento das falhas e erros, por exemplo, no repasse

dos relatórios com as informações entre gerente e colaborador, permitindo progressos contínuos nos

processos e aprimorando o desenvolvimento da equipe nas funções que exercem. Tomando como base

esse conceito pode-se concluir então que a implantação de um sistema de informação, agiliza todos os

procedimentos já que ele faz toda coleta e processamento de informações e repassa ao gestor e

funcionário todo conhecimento e habilidade sobre o gerenciamento e a atividade do cargo. Seria

interessante se essa fase de transição de um sistema de informação fosse simples, que dependesse

apenas de o gestor identificar a necessidade e implantar, mas infelizmente não é tão simples.

Para Stair (1998), o desenvolvimento de sistemas é criar novos programas ou reestruturar e

adaptar as mudanças ao programa já existentes. Para que se dê início a um sistema, é imprescindível

identificar os problemas a serem solucionados ou oportunidades a serem exploradas até a avaliação e

possível aprimoramento da solução selecionada para que se for necessário haja a alteração no sistema.

O sistema de informações gerenciais deve prover informações básicas e fundamentais de que

os gestores precisam em suas tomadas de decisão. Assim, quanto maior for a harmonia entre a

informação fornecida e as necessidades dos gestores, melhores decisões poderão ser tomadas. Isto é,

ao lançar um sistema de informações, faz-se necessário considerar cuidadosamente o processo de

decisão e o fluxo de informações existente. Esses dois fatores são essenciais e inseparáveis no desenho

e arquitetura de um sistema de informações gerencial, também conhecido como SIG (ROBBINS, 2000).

De com o Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC) a

evolução do número de Hosts (máquinas ou computadores conectado a uma rede) o Brasil foi de 11.576

em Julho de 1995 para 22.212.190 em Julho de 2011, colocando o país em 4º lugar no Ranking de países

por números de Hosts.

O SIG dá suporte às funções de planejamento, controle e organização de uma empresa,

fornecendo informações seguras e em tempo hábil para tomada de decisão. O sistema de informação

gerencial é representado pelo conjunto de subsistemas, visualizados de forma integrada e capaz de gerar

informações necessárias ao processo decisório. Tem-se dificuldade em avaliar quantitativamente os

benefícios oferecidos por um sistema de informação gerencial. O sistema de informação gerencial pode,

sob determinadas condições, trazer os seguintes benefícios para as empresas: Redução dos custos das

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21

operações do cotidiano da empresa, diminuindo os erros que acontecem na empresa; Melhoria no

acesso às informações, proporcionando relatórios mais precisos e rápidos, com menor esforço, tornando

o trabalho mais fácil e eficiente; Melhoria na produtividade, proporcionando a empresa mais vantagem

competitiva.

Após o processo de implantação, tendo o sistema sido desenvolvido internamente ou

desenvolvido por uma empresa terceirizada, a organização a partir desse sistema sofre algumas

mudanças. As mudanças que são mais percebidas nos vários tipos de empresas são a mudança na

estrutura organizacional e no número de funções nos cargos (STAIR E REYNOLDS, 2006).

O sistema de informação gerencial possibilita fazer um acompanhamento das rotinas econômico-

financeiras, proporcionando um panorama seguro da organização e uma melhor alocação de

investimentos, constituindo um grande diferencial para a empresa. Garantindo, também, o

gerenciamento das informações para geração de relatórios rápidos e precisos, tornando mais ágil desta

forma o processo de tomada de decisões (REZENDE e ABREU, 2003).

Ainda podemos destacar características construtivas dos sistemas de informação gerenciais,

que fortalecem o plano de atuação das empresas. A geração de informações rápidas, precisas e

principalmente úteis para o processo de tomada de decisão garante uma estruturação de gestão

diferenciada, resultando em vantagem competitiva sobre as demais empresas.

Portanto, é importante o desenvolvimento de sistemas de informação para acompanhar o

desenvolvimento do mundo. Laudon e Laudon (2007) fala que se todos somos colaboradores ou

administradores de uma instituição, não se consegue fazer praticamente nada sem a tecnologia. A

concorrência global torna os negócios acirrados e as organizações carecem das informações para

crescer e sobreviver. A necessidade de que as organizações sejam astutas, perante as transformações

constantes da sociedade da informação, faz com que elas também se modifiquem e requeiram

planejamento de suas informações auxiliadas pelos recursos da Tecnologia da Informação.

.

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22

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O mundo está em constante evolução em todas as áreas de conhecimento, e a que mais cresce

e que está concentrando muitos investimentos é a tecnologia, porém como todos sabem o mundo está

vivendo a era da informação, onde o conhecimento é considerado o que se tem de mais valioso. A

Tecnologia da informação está em crescimento, são processos complicados e extraordinários que podem

definir melhor o desempenho de empresas assim como também o futuro das mesmas.

A tecnologia da informação foi criada para facilitar os processos administrativos, financeiros,

comunicativos, dentre outros, servindo assim de vantagem competitiva para a concorrência no mercado.

Para melhor entendermos o que é a tecnologia da informação, devemos conhecer primeiramente a base

do conhecimento, que procura explicar como o conhecimento surge e de que maneira podemos obtê-lo.

2.1 Bases do Conhecimento

Acredita-se que o primeiro grande desafio de ordem teórico-conceitual encontrado pelas

organizações que venham trabalhar com sistema de informação, de fato, é às bases da Gestão do

Conhecimento, isto porque, ao compreender as bases de um processo de Gestão, pode-se planejar

melhor o processo que ele tenta aplicar, assim como mapear melhor os riscos e maximizar os ganhos

(SOUZA, 2006).

A Gestão do Conhecimento, especificamente nesses últimos tempos, tornou-se um processo

central na busca e obtenção da inteligência competitiva e, devido às amplas possibilidades de

processamento, armazenamento e acesso à informação e dados, amparados nas tecnologias de

informação e comunicação, ela tem crescido cada dia mais, com um diálogo mais efetivo e com propostas

cada vez mais bem desenvolvidas e com estratégias de bastante sucesso (ZABOT e SILVA, 2002).

Saber gerir conhecimento significa investir de maneira equilibrada em processos de criação e

armazenamento de conhecimento assim como na sua partilha e distribuição. Desse modo, outro grande

desafio percebido está no processo de compartilhamento de conhecimento nos processos operacionais

(SOUZA, 2006).

Tonet e Torres (2006) afirmam que:

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“...no atual cenário das organizações, o compartilhamento de conhecimento tem mostrado ser de suma importância, mas de difícil concretização, embora o senso comum identifique facilmente o que é compartilhar conhecimento, ainda não há consenso empírico sobre o significado do construto” (TONET e TORRES, 2006, pág 76).

Para Terra (2005) muitos são os motivos para investir em conhecimento, tanto pode trazer

retornos exponenciais, já que estão associados a círculos virtuosos de novos conhecimentos e deve ser

encarado como combustível para transformação do ambiente organizacional; aumenta a flexibilidade

organizacional, causa maior sinergia nas relações entre pessoas de uma organização e, ao se inserir na

cultura organizacional, garante vantagens competitivas.

Ainda segundo Terra (2005), sobre o conhecimento:

“Nenhum outro recurso ou investimento pode trazer retornos exponenciais de maneira tão óbvia (exceção feita a atividades ilícitas). O caráter exponencial advém de algumas características importantes do recurso conhecimento. Conhecimento reutilizado em novos contextos pode trazer ganhos enormes com investimento mínimos de tempo ou de novos conhecimentos. Seguindo a fórmula básica na qual retorno se mede pela proporção entre ganhos marginais e investimentos marginais, a possibilidade do retorno exponencial fica evidente” (TERRA, 2005, p. 02).

2.2 Tecnologia da Informação (T.I)

Com a criação do computador e máquinas tecnológicas o mundo corporativo tem se

desenvolvido bastante ao longo dos anos, provavelmente, a pelo menos vinte anos atrás nenhuma

pessoa poderia imaginar que os processos gerenciais e de comunicação que afetam a tomada de

decisões iriam evoluir tanto na velocidade que os processos acontecem como na eficiência e nos

resultados que são alcançados. Também é interessante citar como essa área do conhecimento está

interligada a outras áreas que de um modo harmônico pode melhorar suas respectivas áreas, como

marketing, recursos humanos, financeiro, entre outras.

Para melhor entendermos o que é T.I, levaremos como base o pensamento de autores da área,

que diz que Tecnologia da Informação é:

“...todo software e todo hardware de que uma empresa necessita para atingir seus objetivos organizacionais. Isso inclui não apenas computadores, disk drives, assistentes digitais pessoais – e até mesmo iPods, se usados para fins organizacionais –, mas também software, como os sistemas operacionais Windows ou Linux, o pacote Microsoft Office e as centenas de programas computacionais que normalmente podem ser encontrados em uma grande empresa.” (LAUDON; LAUDON, 2007, p. 09).

O desenvolvimento e excelência das organizações ultimamente estão integralmente ligados à

agilidade em que as informações são assimiladas e pela rapidez em que são tomadas as decisões. Os

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componentes que motivam a Tecnologia de Informação são os grandes precursores desse sucesso.

Segundo Rezende e Abreu (2000), a Tecnologia de Informação está fundamentada nos seguintes

componentes:

• Hardware e seus dispositivos e periféricos;

• Software e seus recursos;

• Sistemas de telecomunicações;

• Gestão de dados e informações.

A união desses componentes eleva a potencialidade de atuação das empresas, agregando valor

de mercado e capacidade de gerir as informações de forma eficiente.

Com o decorrer dos anos as empresas estão cada vez mais competitivas, e procuram meios de

se tornarem destaque no mercado e é com esse objetivo que muitas organizações buscam modernizar

o ambiente de trabalho com as tecnologias que estão surgindo na nossa época. A busca por softwares

e hardwares estão cada vez mais intensas, pois esses instrumentos são a essência de um sistema de

informação, podendo classificar esses instrumentos em pagos e livres; os pagos são os instrumentos

que para ter acesso a eles o usuário precisa pagar uma taxa de aquisição para poder usufruir sem

nenhuma restrição, no caso de softwares são os programas que envolvem os dados, por exemplo,

Microsoft Office, Microsoft Windows, o RealPlayer, Adobe Photoshop, entre outros; no caso dos

Hardwares todos os equipamentos são pagos para poder ter a permissão de usá-los; existe também os

instrumentos livres que são os que tem o total acesso para utilizar todo o potencial do instrumento, existe

muitos sites que podem proporcionar softwares livres, como o Baixaki, SuperDownload, entre outros; o

hardware livre é não existe, pois são instrumentos físicos e não programados com dados, e seu custo

que requer recurso material e não só programação.

Os softwares segundo Rezende e Abreu (2003) podem ser divididos em diversos tipos, tais como

os softwares de base, operacionais, de redes, aplicativos, utilitários e de automação, que tem como

finalidade dirigir, organizar, e controlar os recursos dos hardwares, municiando instruções, comandos,

ou seja programas.

Vamos definir cada software usando o pensamento de Rezende e Abreu (2003) começando com

os softwares de base que decide quais recursos computacionais serão usados para efetivações de

atividades, solução de problemas, frequência e prioridade de atividades, a partir de alocação e

monitoramento dos recursos computacionais disponíveis, é um conjunto de programas destinados a dar

apoio ao sistema global do computador atuando com a CPU. Os softwares de redes são os que admitem

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que os computadores se liguem entre si, através de dispositivos e recursos de telecomunicações. O

Software aplicativo são conjuntos de comandos, instruções ou ordens elaboradas pelo cliente e/ou

usuário para o computador cumprir, visando resolver problemas e desenvolver atividades ou tarefas

específicas. Softwares de escritório, também conhecido como software de office permitem utilizar

recursos de multimídia (sons, imagens, vídeos), de gráficos, textos predefinidos e outros recursos de

apresentação. Software utilitários tem como função principal a complementação dos softwares de

automação de escritórios e de aplicativos. Software de automação tratam das automações industriais,

comerciais e de serviços. Esses softwares citados são apenas alguns, existem outros que podem auxiliar

os gestores no ambiente de trabalho, agregando mais qualidade no desenvolvimento das tarefas no

cotidiano.

Para melhor visualizarmos os tipos de softwares e como fica distribuído na Tecnologia da

Informação, atente para a Figura 3:

Figura 3 – Visão geral do software e seus recursos

APLICATIVOS Do Negócio (Fonte e/ou executável)

OFFICE

- Editor - Planilha Eletrônica -Apresentação - Banco de Dados

LINGUAGENS

De Programação

UTILITÁRIOS - Cópia - Antivírus - Compactadores - Desfragmentadores - Internet e Intranet

AUTOMAÇÃO - Processos - Procedimentos

Rede

Sistema Operacional

Fonte: REZENDE e ABREU 2003

2.3 Sistemas

Para iniciarmos falando sobre o Sistema de Informação, primeiramente devemos conhecer o que

é sistema, qual sua função, sua definição, seu objetivo e para isso vamos primeiramente conceituar a

Teoria Geral de Sistemas do alemão Ludwig von Bertalanffy, para Rezende e Abreu (2003), essa teoria

afirma que as características dos sistemas não podem ser descritas significativamente em termos de

seus elementos separados, exigindo sua junção ou integração.

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São muitas as definições relacionadas aos sistemas, mas poderíamos destacar alguns que são

os mais fundamentais para Rezende e Abreu:

Conjunto de partes que interagem entre si, integrando-se para atingir um objetivo ou resultado;

Partes integrantes e interdependentes que conjuntamente formam um todo unitário com determinados objetivos e efetuam determinadas funções;

Em informática, o conjunto de software, hardware e recursos humanos;

Componentes da tecnologia da informação e seus recursos integrados;

Empresas e seus vários subsistemas; (REZENDE e ABREU, 2003, p. 31)

Também pegamos como base alguns dos pressupostos básicos de Chiavenato (1993) da Teoria

Geral de sistemas, que são:

Existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais;

Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;

Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não-físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais;

Essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproximamos do objetivo da unidade da ciência;

Isto pode nos levar a uma integração muito necessária na educação científica. (CHIAVENATO, 1993. p.140).

Para Stair e Reynolds (2006) Um sistema é um conjunto de dados ou componentes que

interagem para atingir resultados. Os elementos entre si e as relações entre eles determinam como

funciona o sistema. Os sistemas têm entradas, mecanismos de procedimento, saídas e realimentação.

Vamos identificar como os sistemas devem atuar em geral para podermos entender melhor como

essas ferramentas podem nos ajudar, segundo Rezende e Abreu (2003. p. 32):

• Ferramentas para exercer o funcionamento das empresas e de sua intrincada abrangência e complexidade; • Instrumentos que possibilitam uma avaliação analítica e, quando necessária, sintética das empresas; • Facilitadores dos processos internos e externos com suas respectivas intensidades e relações; • Meios para suportar a qualidade, produtividade e inovação tecnológica organizacional; • Geradores de modelos de informações para auxiliar os processos decisórios empresariais; • Produtores de informações oportunas e geradores de conhecimento; • Valores agregados e complementares à modernidade, perenidade, lucratividade e competitividade empresarial. (REZENDE e ABREU, 2003. p. 32)

Os sistemas podem ser classificados em diversos tipos, para este trabalho vamos classificar os

sistemas em duas maneiras fundamentais: Sistemas Abertos e Sistemas Fechados.

O sistema aberto tem uma variedade enorme de entradas e de saídas com relação ao ambiente

externo. Essas entradas e saídas não são bem conhecidas e suas relações de causa e efeito são

indeterminadas. Por essa razão, o sistema aberto é também chamado sistema orgânico. O melhor

exemplo de sistemas abertos são as organizações em geral e as empresas em particular, todos os

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sistemas vivos e, principalmente, o homem. Nas organizações não existe uma separação muito nítida

entre o sistema e o seu ambiente, isto é, as fronteiras do sistema são abertas e permeáveis. O sistema

é aberto à medida que efetua transações ou intercâmbios (entradas e saídas) com o ambiente que o

envolve. Em outros termos, o sistema aberto apresenta uma grande interdependência com o seu

ambiente. E essa interdependência não obedece as leis determinísticas da física. O sistema fechado tem

poucas entradas e poucas saídas com relação ao ambiente externo. Essas entradas e saídas são bem

conhecidas e guardam entre si uma relação de causa e efeito: a uma determinada entrada (causa) ocorre

sempre uma determinada saída (efeito). Por esta razão, o sistema fechado é também chamado sistema

mecânico ou determinístico. O melhor exemplo de sistemas fechados são as máquinas, os motores e

quase toda a tecnologia inventada pelo homem. Há uma separação muito nítida entre o sistema e o seu

ambiente, isto é, as fronteiras do sistema são fechadas. Na realidade, não existe um sistema totalmente

fechado, nem totalmente aberto. Todo sistema tem algum grau de relacionamento e de dependência

como ambiente. O sistema fechado obedece às leis da física nesse relacionamento com o ambiente.

(DIAS, 2010).

Sistemas abertos vivem em constante interação com o ambiente, com entradas introduzidas no

sistema (inputs), que são processadas, gerando uma saída (outputs), que pode realimentar (feedback)

esse sistema, como pode ser observado na Figura 4 abaixo:

Figura 04 – Processos de um Sistema Aberto.

Fonte: Administração de Sistemas de Informação Capitulo 1 – REBELLO (2004)

Conceituando melhor os elementos apresentados na Figura 04:

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ENTRADAS: São todos os dados e informações que o sistema deve receber

para serem processados e convertidos em saídas ou produtos.

SAÍDAS: São as consequências produzidas pelo sistema, em geral diretamente

relacionados aos objetivos ou razões dos sistemas; quando não acontece, então o sistema não

está cumprindo o seu fim.

COMPONENTES e PROCESSOS INTERNOS: São as partes internas do

sistema, utilizadas para converter as entradas em saídas. Os processos são as ações realizadas

pelos componentes do sistema na transformação das entradas e saídas.

FEEDBACK: É o retorno dado sobre as saídas produzidas pelo sistema sobre

as entradas do mesmo. É a avaliação da qualidade do produto do sistema. A realimentação deve

ser contínua, para que se tenha certeza da evolução dirigida do sistema, garantindo seu

desenvolvimento no sentido de adaptação as necessidades. (SANTOS, 2007).

2.3.1 Sistemas de Informação (S.I)

Os computadores e sistemas de informação estão mudando constantemente a forma como as

organizações conduzem seus negócios. Sistemas computacionais são cada vez mais usados para criar,

armazenar e transferir informações. (STAIR e REYNOLDS, 2006).

Para Stair e Reynolds (2006) o sistema de informação é um conjunto de elementos inter-

relacionados que colhem, manuseiam e difundem informações e dados para adequar uma estrutura de

realimentação para atingir os resultados.

Outro conceito de sistema de informação de Laudon e Laudon, diz que:

“Sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e controle de uma organização. Além de dar apoio a tomada de decisões, à coordenação a ao controle, esses sistemas auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos” (LAUDON e LAUDON, 2007, p. 09).

Já para Rezende e Abreu sistema de informação é definido em diversos conceitos, como:

Relatórios de determinados sistemas ou unidades departamentais, entregues e circulados dentro da empresa dentro da empresa, para uso dos componentes da organização;

Relatório de processos diversos para facilitar a gestão da empresa;

Coleção de informações expressas em um meio de veiculação;

Conjunto de procedimentos e normas da empresa, estabelecendo uma estrutura formal;

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Conjunto de partes (quaisquer) que geram informações. (REZENDE e ABREU, 2003, p. 62).

Para podermos ter uma visão mais ampla e detalhada sobre o que é sistema de informação

Polloni descreve como:

“SI é qualquer sistema usado para prover informações (incluindo seu processamento), qualquer que seja sua utilização. Os Sis se desenvolvem em uma empresa segundo duas dimensões: os componentes da empresa e seu nível de decisão. Os componentes da empresa correspondem aos diversos setores que executam as diferentes funções necessárias ao funcionamento da empresa. Os níveis de decisão obedecem à hierarquia existente na empresa e são conhecidos como nível estratégico, tático e operacional” (POLLONI, 2000, p.30).

Os sistemas de informação são aqueles que, de modo geral, tem como finalidade a realização

de métodos de entendimento. Alguns autores explicam sistemas de informação mais vastamente para

abranger sistemas de comunicação de massa, redes de comunicação de dados e de mensagens etc.,

independentemente da configuração, natureza ou conteúdo desses dados e mensagens (ARAUJO,

1995).

O S.I pode dissimular das mais variadas maneiras o desempenho das atualizadas empresas,

proporcionando, até mesmo, novos ambientes e chances de atuação competitiva, motivo pelo qual os

gerentes e administradores não podem se furtar a compreender sua natureza e a utilizar seus recursos

com eficácia. O leque de novas oportunidades que os S.I trazem começa com a melhoria e otimização

das operações internas da organização, indo até suas operações externas, auxiliando na competitividade

vantajosa através de benefícios diretos aos clientes ou usuários (FILHO, 1994).

A necessidade do Sistema de Informação (SI) nas organizações passou a existir devido ao amplo

e crescente volume de informações que a empresa possui. Com o Sistema de Informação estruturado a

apresentação das informações necessárias e também já propiciando uma visão das decisões, a empresa

tem como garantia um grande diferencial em relação aos concorrentes, e os seus devidos

administradores podem tomar decisões com tamanha facilidade, rapidez e segurança. A cobrança do

mercado, dinâmico, competitivo e principalmente tecnológico motiva as empresas a operarem com um

sistema de informação eficiente, garantindo níveis mais elevados de produtividade e eficácia. Segundo

Batista (2004, p. 39), “... o objetivo de usar os sistemas de informação é a criação de um ambiente

empresarial em que as informações sejam confiáveis e possam fluir na estrutura organizacional”.

Para serem efetivos, os sistemas de informação precisam, segundo Pereira e Fonseca (1997),

corresponder às seguintes expectativas:

Atender as reais necessidades dos usuários;

Estar centrados no usuário (cliente) e não no profissional que o criou;

Atender ao usuário com presteza;

Apresentar custos compatíveis;

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Adaptar-se constantemente às novas tecnologias de informação;

Estar alinhados com as estratégias de negócios da empresa (PEREIRA e FONSECA (1997, p. 242).

2.3.2 Tipos de sistema de informação

De fato nenhum sistema isolado consegue fornecer todas as informações de que uma empresa

necessita. Por isso vamos detalhar os tipos de sistemas de informação diferentes, principalmente em

empresas de porte médio e grande que contam com grande repertório de recursos tecnológicos e várias

funções e habilidades. Para Laudon e Laudon (2007), podemos classificar os sistemas de informação

sobre a visão de duas perspectivas, a funcional, que trabalha em cima da função organizacional, e a

perspectiva grupos usuários, que leva em consideração os principais grupos organizacionais pelos

sistemas atendidos. Vamos começar a descrição dos sistemas sobre a perspectiva funcional pois são os

primeiros sistemas de informação que temos o primeiro contato, pois são os sistemas que temos maior

grau de conhecimento (LAUDON e LAUDON, 2007).

a) Sistemas de vendas e marketing

Esse sistema é responsável pelas vendas de produtos ou dos serviços das empresas, e pelo

marketing, que tem como finalidade atrair os clientes, identificando suas necessidades e desenvolvendo

os produtos e serviços. O Sistema de vendas e marketing ajudam aos gestores ao controle e

desenvolvimento de produtos e serviços, procura oportunidades de vendas, criam as condições das

campanhas promocionais e de propaganda, tomada de decisões de preços e aumento do desempenho

das vendas. Interessante mencionar que esse sistema ajuda os colaboradores em tarefas básicas da

organização, como localização de clientes, atenção especial aos clientes potenciais, rastreamento de

vendas, processamento de pedidos e o suporte ao SAC da organização (LAUDON e LAUDON, 2007).

b) Sistemas de manufatura e produção

Este sistema trata do desenvolvimento, planejamento, conservação e manutenção das

instalações de produção; da aquisição, armazenagem e disponibilidade de materiais de produção; do

estabelecimento de metas de produção; e da programação de equipamentos, instalações, matérias

primas e trabalho exigidos para fabricar produtos finais. Para tratar com esses itens esse sistema tem

ferramentas de auxilio, como softwares, que buscam coordenar as atividades da organização, por

exemplo, sistema de controle de estoque, os dados de cada item de estoque, como o número de

unidades retiradas para atender a uma entrega ou venda, ou o número de unidades repostas por

renovação do pedido de compra do item ou devoluções, são registados no sistema por leitura óptica ou

digitação. O arquivo mestre de estoque contém dados básicos sobre cada item, inclusive o código único

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de identificação, sua descrição, o número de unidades existentes, o número de unidades do pedido e o

estoque mínimo para o item (número de unidades em estoque que aciona a reposição para evitar a falta

de estoque). O sistema produz relatórios com informações tais como número de cada item disponível em

estoque, número de unidades de reposição para cada item, ou itens de estoque que precisam ser

repostos (LAUDON e LAUDON, 2007).

c) Sistemas financeiros e contábeis

O objetivo do financeiro e contábeis é maximizar o retorno do dinheiro em caixa, ações, títulos e

outros investimentos. Os gerentes usam os sistemas financeiros e contábeis para estabelecer as metas

de investimentos de longo prazo da organização e fazer previsões de longo alcance para seu

desempenho financeiro; supervisionar e controlar os recursos financeiros da organização; monitorar o

fluxo de recursos da empresa realizados por meio de transações como cheques, pagamentos a

fornecedores, relatórios de valores e recibos. Um exemplo dado por LAUDON e LAUDON para esse tipo

de sistema, foi a adoção de um sistema de contas a receber que mantem o registro dos compradores a

crédito que devem à empresa. O sistema de contas a receber registra cada fatura em um arquivo mestre,

que também contém informações sobre cada cliente, inclusive o risco de conceder credito a ele. O

sistema identifica todas as contas em aberto e pode produzir uma variedade de relatórios, em papel ou

na tela, que auxiliam o setor de cobrança. Também é possível fazer consultas sobre o risco de credito e

o histórico de pagamento de determinado cliente (LAUDON E LAUDON, 2007).

d) Sistema de recursos humanos

Esse sistema procura apoiar atividades como identificar funcionários potenciais, manter registro

completos sobre colaboradores existentes e criar programas para desenvolver seus talentos e suas

capacidades. Ajuda os administradores a identificar as habilidades, nível de escolaridade, tipos de

cargos, quantidades de cargos e custos, atendendo assim aos planos de longo prazo da empresa; outras

características desse sistema é o monitoramento e analise dos recrutamentos, a alocação e a

remuneração dos colaboradores;

Vamos agora trabalhar com as perspectivas de grupos usuários que procura examinar os

níveis de gerência e os tipos de decisão que é apoiada.

e) Sistema de processamento de transações

Esse sistema dá suporte, em nível operacional, as transações e atividades básicas da empresa,

trabalham com as tarefas do cotidiano da organização, como por exemplo, vendas, recebimentos,

entradas de dinheiro, folhas de pagamento, decisões de crédito ou o fluxo de matérias. Este sistema

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geralmente é padronizado e computadorizado que realiza e registra as transações rotineiras necessárias

ao funcionamento da empresa. O principal objetivo é monitorar o fluxo de transações rotineiras da

organização, e como são informações que são difundidas cotidianamente o tempo de resposta e a

tomada de decisão deve ocorrer o mais rápido possível.

A necessidade desses sistemas para Laudon e Laudon, é importante, pois:

Os gerentes precisam de SPTs para monitorar o andamento das operações internas, assim como as relações da empresa com o ambiente externo. Os SPTs também são importantes fontes de informações para outros tipos de sistema. Por exemplo, o sistema de folha de pagamento, junto com outros SPTs contábeis, fornecem dados ao sistema de livro-razão da empresa, responsável pelos registros de entradas e saídas e pela produção de relatórios como demonstração de resultados e balanço patrimonial entre outros. (LAUDON e LAUDON, 2007, p. 47).

Para Rainer e Cegielshi (2012), os SPTs coletam, armazenam, monitoram e processam dados

originados em todas as transações da organização, com isso, esses dados são entradas para o banco

de dados da organização.

Primeiro os dados são coletados por pessoas ou sensores que são inseridos no computador

por meio de algum dispositivo de entrada. Em seguida, o sistema processa os dados de acordo com o

processamento em lote ou online, por exemplo, quando você paga por um item em uma loja o sistema

registra a venda, reduz o estoque disponível em uma unidade, aumenta a posição do caixa da loja no

valor que você pagou e aumenta a qualidade de vendas em uma unidade (RAINER e CEGIELSKI, 2012).

Na Figura 05 podemos ter uma noção de como ocorre esse processo de transação dos dados

em uma organização:

Figura 05 – Processo de Transação de dados SI

SAD

BI

Dashboards

SE

SIF = Sistema de Informação Funcional SAD = Sistema de Apoio à Decisão

BI = Business Intelligence (inteligência de negócios) SE = Sistema Especialista

Fonte: Introdução à Sistema de Informação, RAINER e CEGIELSKI, 2012

Evento de

negócios ou

transações

Sistema de

Processamento

de Transações

Banco de dados

da organização

Relatórios

detalhados

Flocos de

Milho

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33

A autonomia dos dados exclusivos processados por um SPT, ocorre um processo que é muito

uniformizado, seja em um fábrica, empresa de serviços ou organização governamental. Primeiramente

os dados são recolhidos por pessoas ou aparelhos específicos e são jogados no sistema computacional

por intermédio de algum dispositivo de entrada. Em um contexto geral, as organizações tentam fazer que

a entrada de dados no SPT seja integralmente automatizado, devido ao grande volume envolvido de

informações, este processo é chamado de automação de entrada de dados. O SPT tem duas formas

básicas de processar os dados que são: processamento em lote ou online. No processamento em lote,

a empresa coleta dados das transações enquanto ela ocorrem, colocando-as em lotes ou grupos, mais

adiante, o sistema prepara e processa os lotes periodicamente. No processamento online as transações

da empresa são processadas em tempo real, no mesmo momento da transação. Por exemplo, quando

você paga por um item em uma loja, o sistema registra a venda reduzindo o estoque disponível em uma

unidade, aumentando a posição do caixa da loja no valor que você pagou e aumentando a quantidade

de vendas de itens em uma unidade, esse procedimento ocorre devido a utilização de tecnologias, como

por exemplo, softwares específicos (RAINER e CEGIELSKI, 2012).

2.3.3 Sistema de apoio a decisões

São várias as definições dos Sistemas de Apoio à Decisão (SAD), dependendo do pensamento

e do nível hierárquico para o qual é desenvolvido, entretanto o SAD foi pensado para a gerência média,

com a finalidade de disponibilizar um conjunto de informações direcionadas para satisfazer as

necessidades de informação do pessoal dirigente e de chefia. Alguns autores definem o uso do SAD

para o nível gerencial, como diz Batista (2004): “Constituindo o principal exemplo de tomadas de decisão

auxiliadas pelo computador, esses sistemas devem possuir grande interação com os profissionais táticos

da empresa, além de uma fácil flexibilidade, adaptabilidade e capacidade de resposta rápida” (BATISTA,

2004, p. 25). Os SAD para utilizadores individuais não estão a receber o destaque e a atenção que é

dada aos SAD para grandes empresas, mas eles conseguem ser bastante úteis. Por vezes usamos

folhas de cálculo como o Excel ou o Lotus 123 para pequenas análises de secretária ou para o

desenvolvimento de aplicações SAD específicas para utilizadores individuais. Outras vezes compramos

pacotes especializados de SAD para um PC ou mesmo para um servidor. Um exemplo destes pacotes

especializados que servem como um desktop SAD é o Expert Choice. Para entendermos melhor o fluxo

de informação até a tomada de decisão de um SAD, pegamos como base a Figura 06:

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Figura 06 – O processo de informação do SAD

Fonte: Del Duca (2007)

O objetivo do SAD para Polloni (2001) é viabilizar a utilização do computador de forma interativa

para auxiliar tomadores de decisão a utilizar os dados e modelos nas diversas fases de seu processo

decisório. Para o autor, esse sistema melhora a eficiência pessoal do tomador de decisões de várias

maneiras, como:

- automatiza tarefas repetitivas, diminuindo o tempo para realizá-las;

- acelera a resolução de problemas, permitindo um tempo de resposta baixo para receber

informações, melhorando consistência, exatidão e ainda, fornecendo maneiras mais eficientes de prever

ou resolver problemas;

- promove o aprendizado e treinamento;

O SAD também fornece benefícios para a empresa:

- fortalece a competência organizacional, pois promove o treinamento e consequentemente o

desenvolvimento do colaborador;

- facilita a comunicação entre pessoas, permitindo o uso de ferramentas de persuasão, atingindo

todas as áreas da organização;

- padroniza os processos, facilitando sua identificação e interpretação;

- fornece uma base conceitual e de dados comuns para a decisão aumentando o controle da

organização como um todo;

- fornece informações sobre diferentes aspectos da situação e do processo de decisão, gerando

alternativas diferentes, levando os tomadores de decisão a questionar etapas, rotinas, procedimentos

diversos existentes e/ou explorar diferentes cenários e modelos;

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Numa perspectiva da realidade empresarial, Rezende e Abreu dizem:

“Os Sistemas de Apoio à Decisão são tecnologias fundamentais para a evolução do processo de tomada de decisão nas empresas modernas e usuárias de informações oportunas. Essas empresas estão dentro da nova realidade empresarial em que suas atividades empresariais e as necessidades dos clientes estão em constantes mutações, o que torna as decisões um fator de suma importância. Esses sistemas devem acompanhar essa tendência, sendo flexíveis e adaptáveis no meio onde a empresa se encontra” (REZENDE e ABREU, 2003, p. 203).

2.3.4 Sistema de informação Gerencial

Para Laudon e Laudon (2007) os sistemas de informação gerencial atendem os gerentes de nível

médio e proporcionam relatórios sobre o desempenho corrente da organização. Com essa informação é

possível monitorar e controlar a empresa, além de prever seu desempenho futuro.

Já para Stair e Reynolds (2006), um sistema de informação gerencial é um conjunto organizado

de pessoas, procedimentos, software, bases de dados e dispositivos, usados para fornecer informações

rotineiras a gerentes e tomadores de decisões. O foco do SIG é basicamente a eficiência operacional.

Esse sistema oferece dados e informações assim como mostra a Figura 07.

Figura 07 – Sistemas funcionais de informação

FONTE: STAIR e REYNOLDS (2002) – Sistemas funcionais de informação gerencial capturam dados do sistema

de processamento de transações da empresa

BANCO DE

DADOS

Sistema de informação

gerencial de marketing

Sistema de

Informação gerencial

de manufatura

Sistema de informação

gerencial financeiro

TPS

Outros Sistemas de

informação gerencial

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Conforme Cruz (2009), sistemas de informações gerenciais são um sistema com vários fatores,

como por exemplo, equipamentos, pessoas, comunicações, documentos e procedimentos que coleta,

valida, executa operações, transforma, armazena, recupera e apresenta os dados para ser utilizado no

planejamento, orçamento, contabilidade, controle e outros processos gerenciais para vários propósitos

administrativos.

Para Batista (2006), os SIG proporcionam um conjunto de relatórios resumidos sobre o

desempenho da organização, os quais são utilizados para a realimentação do planejamento operacional,

e ainda complementa dizendo que os SIG são desenvolvidos com base no conhecimento específico do

negócio, chamando de método de trabalho. E, com um processo adequado para selecionar informações

estratégicas e atividades da empresa, os sistemas de informação gerencial usam ferramentas que

permitem uma visão agregada, integrada e gráfica dos principais indicadores de desempenho da

empresa.

O’brien (2004) explica como é importante a utilização do SIG para requisitarem informações em

suas estações de trabalho em rede em apoio às suas atividades de tomada de decisões. Essas

informações assumem a forma de relatório periódicos, de exceção e por demanda, e respostas imediatas

a consultas.

Ainda O’brien (2006) fala dos quatro relatórios que o SIG fornece e seus exemplos, são eles:

Relatórios periódicos programados: esta forma tradicional de fornecimento de informações para os gerentes utiliza um formato pré-especificado, projetado para fornecer informações em uma base regular. Exemplos típicos desses relatórios periódicos programados são os relatórios de vendas diários ou semanais e os demonstrativos financeiros mensais;

Relatórios de exceção: em certos casos, os relatórios são produzidos apenas quando ocorrem condições excepcionais. Em outros casos, são produzidos periodicamente, mas contêm informações apenas sobre essas condições excepcionais. Um gerente de crédito, por exemplo, pode receber um relatório que contém apenas informações sobre clientes que excedem seus limites de crédito. Os relatórios de exceção reduzem a sobrecarga de informações, em vez de sobrecarregarem os tomadores de decisão com relatórios periódicos detalhados da atividade empresarial;

Informes e respostas por solicitação: as informações encontram-se disponíveis sempre que um gerente as requisita. Os navegadores de rede, as linguagens de consulta dos sistemas de gerenciamento de bancos de dados e os geradores de relatórios possibilitam que os gerentes, em suas estações de trabalho, obtenham respostas imediatas ou encontrem e obtenham relatórios personalizados em resposta às suas solicitações das informações de que necessitam. Dessa forma, os gerentes não precisam esperar a chegada dos relatórios periódicos no prazo programado; e

Relatórios em pilha: As informações são empilhadas na estação de trabalho em rede do gerente. Muitas empresas estão utilizando software de transmissão em rede para transmitirem seletivamente relatórios e outras informações para os PCs em rede de gerentes e especialistas ao longo de suas intranets. (O’BRIEN, 2006. p. 283).

Os SIGs habitualmente consentem aos gerentes interessados em resultados semanais, mensais

e anuais, e não em atividades diárias. Em geral dão respostas a perguntas do dia a dia que foram

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explicitadas anteriormente e cujo método de obtenção de respostas é predefinido (LAUDON e LAUDON,

2004).

Podemos citar alguns benefícios que segundo Oliveira (2002) pode acontecer com a adoção do

SIG em uma empresa, como por exemplo, redução de custos; melhoria no acesso às informações,

propiciando relatórios mais precisos e rápidos, com menor esforço; melhor produtividade, tanto setorial

quanto global; melhoria nos serviços realizados e oferecidos; melhoria na tomada de decisões, por meio

do fornecimento de informações mais rápidas e precisas; estímulo de maior interação entre tomadores

de decisão; redução dos custos operacionais; redução da mão de obra burocrática; redução de níveis

hierárquicos.

Os sistemas de informação gerencial mudam constantemente para atender o dinamismo dos

negócios, o que vai de encontro à necessidade de qualquer organização para sobreviver no mercado.

Assim Batista (2004) fala que o SIG:

“É o conjunto de tecnologias que disponibilizam os meios necessários à operação do processamento dos dados disponíveis. É um sistema voltado para a coleta, armazenagem, recuperação e processamento de informações usadas ou desejadas por um ou mais executivos no desempenho de suas atividades. É o processo de transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa proporcionam a sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados” (BATISTA, 2004. p. 22).

Os sistemas de informação gerenciais são ferramentas para o processo decisório. Por consequência, para que a instituição possa desfrutar das vantagens básicas dos SIGs, é necessário, que alguns aspectos sejam observados, podemos citar alguns como:

O envolvimento da alta e média gestão;

A competência por parte das pessoas envolvidas com o SIG;

O uso de um plano mestre ou planejamento global;

A atenção específica ao fator humano da empresa;

A habilidade dos executivos para tomar decisões com base em informações;

O apoio global dos vários planejamentos da empresa;

O apoio organizacional de adequada estrutura organizacional e das normas e procedimentos inerentes ao sistema;

O conhecimento e confiança no SIG;

Existência de e/ou informações relevantes e atualizadas;

A adequação custo-benefício. (REZENDE e ABREU, 2000. p. 121)

As transformações nos processos organizacionais são inevitáveis quando se opta por investir

em inovação, principalmente se for relacionado à tecnologia (REZENDE e ABREU 2000).

2.4 Os papéis fundamentais das aplicações de SI na empresa

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Para O’brien (2004) existe três motivos que são essenciais para que a empresa adote um sistema

de informação, são eles:

Suporte de seus processos e operações;

Suporte na tomada de decisões de sus funcionários e gerentes; e

Suporte em suas estratégias em busca de vantagem competitiva.

Para termos uma melhor visualização desses três papéis vitais em qualquer organização,

destacamos a Figura 8 que vai mostrar como cada fundamento aparece hierarquicamente em uma

empresa.

Figura 8 – Nível Estrutural dos Sistemas de Informação.

Fonte: Adaptado ao de O’BRIEN, 2004.

Laudon e Laudon (2004) fala dos sistemas estratégicos de informação como uma vantagem

competitiva pois estes podem alterar metas, operações, produtos ou relacionamentos com o ambiente

das empresas. Estes sistemas podem até mesmo transformar os negócios de uma instituição. Esses

sistemas podem ser usados em qualquer nível hierárquico da empresa, pois como tem um alcance maior

de informação, visa sempre adaptar o ambiente da organização as atividades do cotidiano.

Já no nível de tomada de decisão tem como finalidade auxiliar os gerentes para que possa

melhor observar e distribuir as informações. A tomada de decisão empresarial procura traçar os objetivos

e influenciar na política da organização, sempre se preocupando com o grau de eficiência e eficácia que

os processos são desenvolvidos e como são desempenhados (LAUDON e LAUDON, 2004).

Laudon e Laudon (2004) ainda conceitua processo decisório operacional e processo decisório

do nível do conhecimento como:

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“O processo decisório operacional determina como realizar as tarefas especificas apresentadas pelos tomadores de decisões das gerências estratégicas e média. O processo decisório do nível do conhecimento trata da avaliação de novas ideias para produtos e serviços, maneiras de comunicar novos conhecimentos e modos de distribuir a informação por toda a organização” (LAUDON e LAUDON, 2004. p. 87).

Para usarmos como referência, podemos citar um exemplo de uma empresa que utilizou o

processo de tomada de decisão, aonde reestruturou sua cadeia de suprimentos, e assim comprovou

como estes sistemas podem tornar mais eficiente o desempenho das atividades da organização.

Usaremos o caso da empresa Procter & Gamble, citada na obra de Laudon e Laudon (2007).

“A administração não conseguia tomar decisões acertadas sobre onde instalar fábricas e centros de distribuição para novos produtos, pois sua cadeia de suprimentos era extremamente grande, complexa e influenciada por um grande número de variáveis diferentes. [...] a solução que se mostrou mais apropriada foi desenvolver novos sistemas de apoio à decisão, baseados em modelos e capazes de avaliar grandes quantidades de dados e milhares de variáveis, determinando assim a alocação ideal dos recursos da cadeia de suprimentos, tanto do ponto de vista operacional quanto financeiro” (LAUDON e LAUDON, 2007, p. 302).

Na base da hierarquia organizacional temos as operações e os processos e é interessante citar

como esses processos podem ajudar não só a melhorar o desempenho da empresa como ajuda o gestor

a conhecer os processos e operações da sua organização de uma maneira mais dinâmica e interativa.

(LAUDON e LAUDON, 2004).

2.4.1 Gerenciamento de dados

Para começarmos a falar sobre gerenciamento de dados, primeiramente temos que saber o que

são dados, e para Turban, Mclean, Wetherbe (2004):

“Dados são itens referentes a uma descrição primária de objetos, eventos, atividades e transações que são gravados, classificados e armazenados, mas não chegam a ser organizados de forma a transmitir algum significado específico” (TURBAN, MCLEAN, WETHERBE. 2004. p. 63).

Os dados são de extrema importância para o ambiente organizacional e precisam ser

administrado como outros recursos da organização. Em geral, quase todas as empresas não conseguiria

se manter ou ter sucesso sem dados de qualidade sobre suas operações internas e seu ambiente

externo. É por isso que todas as organizações e seus gestores devem utilizar o gerenciamento de

dados, pois é uma atividade que interativa as tecnologias de informação (T.I) e outras ferramentas

gerencias com a finalidade de atender às necessidades de informação dos seus clientes (O’BRIEN,

2004).

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- Formular estratégia de cliente - Pesquisar Clientes - Revisar os processos de varejo - Implantar Sistema de informação de varejo - Implantar banco de dados - Implementar estações PDV

Para Stair e Reynolds (2006) os dados são dispostos em uma hierarquia que tem como começo

o menor dado usado por computadores prossegue pela hierarquia até uma base de dados. A hierarquia

dos dados podem ser seguidos respectivamente como caractere, campo, registro, arquivo e bases de

dados. O caractere é um byte, que tipicamente é composto por oito bits, que é um conjunto básico de

informações. É importante destacar que os caracteres podem ser compostos por letras maiúsculas e

minúsculas, dígitos numéricos e símbolos.

O conjunto de caracteres formam o campo. Um campo é caracteristicamente um nome, número

ou combinação de caracteres que descreve um aspecto de um objeto de negócios. Depois do campo,

temos o registro, que é um conjunto do campo. O registro é a combinação de vários aspectos de um

objeto ou atividade, ganhando assim uma descrição mais completa do objeto ou atividade. Já o conjunto

de registros é chamado de arquivo, e por fim, em um nível hierárquico mais alto está uma base de dados,

que é um conjunto de arquivos relacionados e integrados (STAIR e REYNOLDS, 2006).

Laudon e Laudon (2007) exemplifica em sua obra o gerenciamento de dados na empresa

Serven-Eleven, que passou de uma empresa de pequeno porte, para uma grande empresa com várias

filias, por isso o atendimento e o controle dos seus clientes ficou desorganizado, dificultando a tomada

de decisão da empresa, pois a mesma não tinha o conhecimento das ações de todas as suas lojas.

Para visualizar como ocorreu o processo de armazenamento de banco de dados, assim como

foi dito no caso da empresa Serven-Eleven, vise a Figura 9.

Figura 9 – Processo de armazenamento de banco de dados.

Fonte: Sistema de Informação Gerencial, LAUDON e LAUDON (2007)

Problema Organizacional

Pessoas

Organização

Tecnologia

Sistema de Informação Solução

Organizacional

- Falta de Conhecimento sobre o cliente - Dados de Vendas insuficientes

- Analisar as preferências dos clientes - Analisar as tendências de

vendas

- Reduzir estoque

- Elevar a receita de vendas

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Muitos são os benefícios para a implantação de um gerenciamento de dados em uma empresa,

assim como ficou claro no exemplo anterior, Laudon e Laudon (2007) ainda fala que:

“Um banco de dados melhora a eficiência operacional e a tomada de decisão, ajuda a empresa a entender melhor os clientes, aumenta as chances de que novos produtos e serviços bem-sucedidos floresçam e pode ajudar a empresa a responder de maneira mais eficiente a solicitações de informação (tais como quantas unidades de um produto defeituoso foram vendidas em cada loja e quando)” (LAUDON e LAUDON, 2007. p. 139).

Para O’brien (2004) os gestores e colaboradores das organizações devem ter a consciência de

que os dados são um recurso de fundamental importância dentro da empresa, e que é essencial que

aprendam a manusear os dados adequadamente para garantir a sobrevivência e alcançar o objetivo das

organizações.

Laudon e Laudon (2004) falando ainda de um sistema de gerenciamento de banco de dados que

tem como sigla DBMS, segundo o autor esse sistema é simplesmente um software que permite a uma

empresa centralizar seus dados e gerenciá-los com eficiência e proporciona acesso a programas

aplicativos aos dados armazenado. O DBMS serve de interface entre os programas aplicativos e os

arquivos físicos de dados. Esse sistema elimina a maioria dos comandos de definição de dados

encontrados em programas tradicionais.

2.4.2 Por que utilizar Sistema de informação?

A exigência do mercado, competitivo, dinâmico e principalmente globalizado motiva as empresas

a operarem com um sistema de informação eficiente, garantindo níveis mais elevados de produtividade

e eficácia. Segundo Batista (2004) os sistemas de informação tem como objetivo principal o

desenvolvimento de um ambiente organizacional em que as informações sejam seguras e confiáveis e

possam fluir de maneira mais objetiva na estrutura da organização.

Para serem efetivos, os sistemas de informação precisam, segundo Pereira e Fonseca (1997),

corresponder as seguintes expectativas:

Atender as reais necessidades dos usuários;

Estar centrados no usuário (cliente) e não no profissional que o criou;

Atender ao usuário com presteza;

Apresentar custos compatíveis;

Adaptar-se constantemente as novas tecnologias de informação;

Estar alinhados com as estratégias de negócios da empresa (PEREIRA e FONSECA. 1997. p. 242).

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Para Polloni (2001) o sistema de informação gerencial viabilizar o uso do computador de modo

interativo para dar assistência aos gestores que tomam as decisões a utilizar os dados e modelos nas

diversas fases de seu processo decisório.

Ainda temos o Sistema de Apoio à Decisão (SAD) que fornece benefícios para a empresa, por

exemplo, facilita a comunicação entre pessoas, permitindo o uso de ferramentas de persuasão, atingindo

todas as áreas da empresa; fortalece a competência organizacional, pois promove o treinamento e

consequentemente o desenvolvimento do colaborador; fornece uma base conceitual e de dados comuns

para a decisão aumentando o controle da organização como um todo; padroniza os processos, facilitando

sua identificação e interpretação; fornece informações sobre diferentes aspectos da situação e do

processo de decisão, gerando alternativas diferentes, levando os tomadores de decisão a questionar

etapas, rotinas, procedimentos diversos existentes e/ou explorar diferentes cenários e modelos

(POLLONI, 2001).

2.5 A tecnologia da informação nas pequenas empresas

Na atual conjuntura brasileira, marcada por profundas transformações na estrutura produtiva e

nas relações de produção, as micro e pequenas empresas, no concernente à geração de emprego e

renda, configuram-se como especialmente importantes, pois têm contribuído, significativamente, para

desconcentrar a renda e absorver amplos contingentes migratórios liberados pela tecnificação e

mecanização da economia rural. E, ante o acelerado processo de automação industrial, que a cada ano

elimina centenas de milhares de postos de trabalho, são as micro e pequenas empresas a alternativa

mais viável de reciclar os trabalhadores e oferecer-lhe novas perspectivas de progresso (SEBRAE,

1998).

Apesar das dificuldades, as empresas de pequeno porte apresenta vantagens que se referem à

agilidade, capacidade de adaptação e velocidade para atender às necessidades dos consumidores. A

fim de consolidar essas vantagens, a TI pode ser fundamental para proporcionar-lhes maior flexibilidade,

auxiliando na superação de alguns limites impostos pelo seu tamanho. A empresa pode adquirir, com a

TI, músculos, que facilitarão a realização de atividades coordenadas com poucos gerentes e funcionários

(LAUDON e LAUDON, 2004).

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Tendo em vista o poder fornecido pelas ferramentas de TI, elas também são usadas na

comunicação e na gestão empresarial, de modo a manter a competitividade entre as pessoas e

organizações em seus respectivos mercados de atuação (REZENDE e ABREU, 2000).

Segundo Laudon e Laudon (2007), entre todas as profissões relacionadas a negócios, a área de

Sistemas de Informação (SI), é formado por: dados; redes; hardware; software e pessoas, sendo uma

das mais dinâmicas e que sofre mudanças mais velozes, porque está diretamente ligada à rápida

evolução das tecnologias da informação, as quais estão entre as ferramentas mais importantes para que

a empresa atinja seus objetivos.

Os sistemas de hoje afetam diretamente o planejamento e as decisões dos gerentes e, em muitos

casos, como e quais produtos e serviços são produzidos. Os SI podem ajudar as empresas a ampliar o

alcance de mercados distantes; a oferecerem novos produtos e serviços; reformarem tarefas e fluxos de

trabalho e até mesmo mudarem profundamente a maneira de conduzir negócios (LAUDON e LAUDON,

2007).

Stair e Reynolds (2006) procuram justificar a tendência da tecnologia de informação (T.I) na

sociedade, explicando:

“Para acompanhar a sociedade altamente tecnológica de hoje, a tecnologia do futuro deve dar suporte a um mundo em que o uso de redes, os requisitos de armazenamento de dados e a velocidade de processamento de dados aumentam de maneira espantosa. Esse aumento rápido dos recursos de comunicações e processamento de dados amplia as fronteiras da ciência da computação e da física. Sistemas operacionais poderosos e sofisticados são necessários para acionar os servidores que atendem a essas necessidades de negócios para grupos de trabalho”. (STAIR e REYNOLDS, 2006. p. 126).

Segundo Beraldi e Escrivão Filho (2000), as pequenas empresas, no geral, não possuem

sistemas informatizados, ou seja, seus controles são feitos quase que, exclusivamente, por meio de

papeladas intermináveis. Contudo, o custo cada vez menor dos computadores e a possibilidade de

gestão integrada por softwares parecem incentivar cada vez mais o pequeno empresário a investir

pesado neste setor em busca de melhor desempenho da empresa com relação aos concorrentes.

A TI, quando implementada corretamente e bem utilizada como ferramenta para a gestão da

empresa, propicia algumas vantagens, possibilitando ao gestor dos negócios uma análise mais criteriosa

do relacionamento com os consumidores, que pode conduzir a uma estratégia de marketing e de vendas

mais eficientes, tendo como consequência a possibilidade do aumento na frequência e no volume das

vendas (SILVA, 2014).

Outro fator importante é que grande parte das pequenas empresas utiliza serviços de terceiros

para implementar alguns sistemas de informatização de escritório e, na maioria dos casos, não fica

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satisfeita com os serviços prestados. Como resultado disso, temos o desinteresse cada vez maior, por

parte da pequena empresa, em usar tecnologia de informação, solidificando assim a ideia de que é

melhor não utilizar os recursos da tecnologia de informação, já· que não temos capital humano para esse

trabalho (BERALDI; ESCRIVÃO FILHO, 2000).

A Tecnologia da Informação nas pequenas empresas pode oferecer o enxugamento da empresa

através da modernização do processo de arquivamento de papéis, fichas, pastas, folhetos, dentre outros

documentos; eliminação das atividades burocráticas que podem ser feitas facilmente no computador;

aumento da agilidade, segurança, integridade e exatidão das informações levantadas; redução dos

custos em todos os setores envolvidos; aperfeiçoamento da administração geral da empresa, do

marketing, do planejamento e controle da produção, das demonstrações financeiras, das previsões

orçamentárias, das análises de investimentos e de custos (SILVA, 2014).

2.5.1 Novas perspectivas para a Tecnologia da Informação

As novas tecnologias de rede e telecomunicações estão constante conexão e revolucionando os

negócios e o mundo. Os negócios se tornaram empreendimentos interconectados. A internet, a rede,

intranets e extranets estão inter-relacionados com processos e funcionários de empresas, e conectando-

os a seus clientes, fornecedores e outros interessados na empresa. Companhias e grupos de trabalho

podem, assim, colaborar mais criativamente, controlando seus recursos e operações de forma mais

eficaz e competir com sucesso na atual economia global em rápida transformação (O’BRIEN, 2004).

Para Filho (2014) a tecnologia está ligada a vários níveis do nosso cotidiano, que está ficando a

cada momento, mais inovadora;

“Para as empresas mais inovadoras, o conhecimento coletivo já é reconhecido como uma competência fundamental para a performance organizacional, e se baseia nas habilidades e experiências individuais em relação ao trabalho realizado. É comum encontrar, na literatura especializada, essas questões associadas a organizações do aprendizado, reengenharia de processos, corporações virtuais, novas formas de organização, educação para o trabalho, criatividade, inovação e tecnologia da informação. Para muitos autores a Gestão do Conhecimento é um ponto importante de confluência entre a cultura administrativa da empresa e a tecnologia de informação que ela utiliza” (FILHO, 2014. p. 20).

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia é a aplicação de conhecimentos e técnicas que devem ser observados para

construção do conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e utilidade nos diversos

âmbitos da sociedade (PRODANOV e FREITAS, 2013). Podendo ser entendida como uma disciplina que

consiste em estudar, compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para a realização de uma

pesquisa acadêmica. Os mesmos autores relatam que a Metodologia, em um nível aplicado, examina,

descreve e avalia métodos e técnicas de pesquisa que possibilitam a coleta e o processamento de

informações, visando ao encaminhamento e à resolução de problemas e/ou questões de investigação.

É um processo formal e metódico de desenvolvimento do método cientifico. A finalidade principal

da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos

(GIL, 2002). É o mesmo que investigação ou busca. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta

para alguma coisa. Em se tratando de ciência, a pesquisa é a busca de solução a um problema que

alguém queira saber a resposta. Não se deve dizer que se faz ciência, mas que se produz ciência através

de uma pesquisa. Pesquisa é, portanto o caminho para se chegar à ciência, ao conhecimento (KAUARK,

MANHÃES, MEDEIROS. 2010). “O método científico é um traço característico da ciência, constituindo-

se em instrumento básico que ordena, inicialmente, o pensamento em sistemas e traça os procedimentos

do cientista ao longo do caminho até atingir o objetivo científico preestabelecido” (PRODANOV e

FREITAS, 2013. p. 24).

3.1 Tipo de pesquisa

A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao

problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não

possa ser adequadamente relacionada ao problema (GIL, 2002).

Para que se possa concluir este trabalho e alcançar seus objetivos foram traçados alguns

estudos e feitas algumas pesquisas sobre os sistemas de informação gerencial e como ele auxilia na

tomada de decisões importante na empresa estudada, e para isso foi feita uma investigação e um

levantamento nas perspectivas de alguns autores.

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Para classificação da pesquisa, Segundo Prodanov e Freitas (2013) classifica-se essa pesquisa,

do ponto de vista de sua natureza como uma pesquisa aplicada, pois temos como objetivo gerar

conhecimentos para aplicação prática para solucionar problemas específicos.

Do ponto de vista do objetivo, a pesquisa é descritiva, pois apenas gravarei e descreverei os

fatos ocorridos sem intervir neles; para Gil (2002. p. 42) as pesquisas descritivas têm como objetivo

primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o

estabelecimento de relações entre variáveis. Para Prodanov e Freitas (2013) a pesquisa descritiva é

quando o pesquisador apenas registra e descreve os fatos observados sem interferir neles. Visa a

descrever as características de determinada população ou fenômeno, que relacionado com o estudo foi

o registro das características que uma microempresa possui para o desenvolvimento de um sistema de

informação.

Os procedimentos técnicos, ou seja, como vamos obter as informações necessárias para a

elaboração da pesquisa, que para Prodanov e Freitas (2013) e muitos outros autores é chamado de

delineamento. Para definir o delineamento primeiramente precisarei identificar o procedimento que

iremos usar para coletar os dados; no nosso trabalho iremos usar o estudo de caso, que para Gil (2002

p. 54) Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimento, tarefa; Prodanov e Freitas (2013 p. 60) ainda destacam que as

pesquisas com esse tipo de natureza estão voltadas mais para a aplicação imediata de conhecimentos

em uma realidade circunstancial, relevando o desenvolvimento de teorias.

O trabalho apresentado baseia-se num estudo qualitativo. De acordo com Martins (2008) uma

avaliação qualitativa “[...] é caracterizada pela descrição, compreensão e interpretação de fatos e

fenômenos”. Para Moresi (2003) esse tipo de abordagem é apropriada para medir tanto opiniões, atitudes

e preferências como comportamentos; essa técnica de pesquisa também é usada quando se quer

determinar o perfil de um grupo de indivíduos, baseando-se em características que elas tem em comum.

A estratégia utilizada, estudo de caso, pode ser descrita da seguinte forma:

“[...] uma investigação empírica que pesquisa fenômenos dentro de seu contexto real (pesquisa naturalística), onde o pesquisador não tem controle sobre eventos e variáveis, buscando apreender a totalidade de uma situação e, criativamente, descrever, compreender e interpretar a complexidade de um caso concreto. Mediante um mergulho profundo e exaustivo em um objeto delimitado – problema de pesquisa - o Estudo de Caso possibilita a penetração na realidade social, não conseguida plenamente pela avaliação quantitativa.” (MARTINS, 2008, p. XI).

Outra definição é que “[...] a essência de um estudo de caso, a principal tendência em todos os

tipos de estudo de caso, é que ela tenta esclarecer uma decisão ou um conjunto de decisões: o motivo

pelo qual foram tomadas, como foram implementadas e com quais resultados” (YIN, 2001, p. 31).

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Foi ilustrado o Quadro 02 do resumo do delineamento do trabalho, expondo o tipo de pesquisa

e características.

Quadro 02 - Resumo do Delineamento

Fonte: O Autor, 2014.

3.2 Universo e amostra

Entende-se por população ou universo é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas

características definidas para um determinado estudo. Já a amostra é parte da população ou do universo,

selecionada de acordo com uma regra ou plano (MORESI, 2003).

Dessa forma, considerando a definição de Vergara de que o universo é um conjunto de

elementos que possuem as características que serão objeto de estudo, bem como a de Cozby (2006) de

que o universo é composto por todos os indivíduos de interesse para o pesquisador, já a definição de

Vergara para amostra utilizado foi a não probabilística, selecionada pelo critério da tipicidade, a qual é

constituída pela seleção de elementos que o pesquisador considere representativos da população-alvo.

(VERGARA, 2007; COZBY, 2006).

Depois das definições citadas anteriormente, foi definido como sujeito de pesquisa os agentes

da empresa estudada, que são o gestor e os colaboradores que serão responsáveis pelo fornecimento

dos dados necessários para o trabalho.

Portanto, será considerado universo e amostra a empresa em geral Loja Exclusiva Ortobom de

Pau dos Ferros-RN, pois se tratando de um estudo de caso, serão observadas as necessidades, práticas

e restrições da empresa em questão, para ser assim determinado a melhor tomada de decisões e

possíveis novas tecnologias.

RESUMO DO DELINEAMENTO

TIPO DE PESQUISA CARACTERISTICAS

Quanto à

natureza

Quanto à forma

de abordagem

Quanto ao

objetivo da

pesquisa

Quanto aos

procedimentos

Gerais

Tipo de Instrumentos

Aplicada Qualitativa Descritiva Estudo de Caso Entrevista

semiestruturada

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3.3 Coleta de dados

Nesta etapa foi feita a pesquisa em campo propriamente dita e definiu-se de que forma poderiam

ser obtidos os dados para responder o problema da pesquisa. Segundo Vergara (2007) nas pesquisas

de campo os meios utilizados para a coleta de dados podem ser: observação, questionários, formulários

e entrevistas. Para a coleta de dados primários foi por meio de entrevista semiestruturada, como citado

por Marconi e Lakatos (2008), foi possível obter dados que não se encontravam em fontes documentais

e que eram relevantes e significativos. Através das visitas e entrevistas com o gerente da Loja Exclusiva

Ortobom, obteve-se informações mais precisas da microempresa, possibilitando uma proximidade e

conhecimento mais apurado e real dos procedimentos e estratégias necessárias para este trabalho, bem

como possibilitou esclarecer dúvidas decorrentes da pesquisa.

Os dados que devem ser extraídos da realidade, pelo trabalho do próprio pesquisador, são

chamados de dados primários. Recebem essa designação por se tratarem de informações em “primeira-

mão” (PREDANOV e FREITAS, 2013, p. 103), ou seja, por não se encontrarem registrados em nenhum

outro documento.

Para Marconi e Lakatos (2008), a entrevista pode ser definido como:

[...] A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnostico ou no tratamento de um problema social. (MARCONI e LAKATOS, 2008. p. 278).

Dessa forma, como a empresa Loja Exclusiva Ortobom não existia documentos para analisar

informações, foi adquirido como método para a coleta de dados as entrevistas desenvolvidos para obter

dados que foram analisadas individualmente e também utilizadas para apresentar um comparativo entre

os dados obtidos e o referencial teórico, para obter informações para resoluções de determinados

problemas ou assunto com base num roteiro previamente estabelecido com perguntas abertas e

fechadas, conforme apêndice A. As entrevistas foram feitas de forma individual, entrevistando o Gestor

em um primeiro momento e em seguida o colaborador, foi adotado este processo de entrevista individual

para que a resposta do primeiro entrevistado não influenciasse na resposta do segundo entrevistado,

realizando dessa forma uma pesquisa com opiniões diferentes.

3.4 Tratamento dos dados

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A análise e a interpretação desenvolvem-se a partir das evidências observadas, de acordo com

a metodologia, com relações feitas através do referencial teórico e complementadas com o

posicionamento do pesquisador. Após a etapa de coleta de dados, o pesquisador dispõe de todas as

informações necessárias à conclusão de seu trabalho. Isso significa que, nessa etapa, a(s) hipótese(s)

já terá(ão) sido verificada(s) e a resposta ao Problema de Pesquisa foi obtida. Essa é a etapa da análise

dos dados da pesquisa, que antecede à fase final, a de apresentação das conclusões (PREDANOV e

FREITAS, 2013, p. 112).

Como a pesquisa realizada foi qualitativa, após a coleta de dados por meio de entrevista, foi

concretizado a análise dos dados e relacionados com as informações bibliográficas propostos na

fundamentação teórica e assim procurar alcançar os objetivos tanto geral, quanto específicos, e no final

será proposto sugestões para o problema que foi destacado na organização.

Para obter os resultados para o estudo proposto foi recolhido das entrevistas feitas na Loja

Exclusiva Ortobom os dados para o levantamento de informações que ocorreu no dia 30 de junho de

2014, onde foi aplicada a entrevista ao gestor da microempresa Joaquim Farias (ENTREVISTADO 1)

responsável pela tomada de decisões da microempresa estudada e sua funcionária Francisca Simone

(ENTREVISTADO 2), que é responsável pelos processos operacionais da microempresa assim como o

manuseio da tecnologia da empresa, como o computador e o software, sendo importante ressaltar que

ambas as respostas foram de suma importância para o desenvolvimento deste trabalho, pois as

informações coletadas do gestor e do funcionário, torna o estudo mais completo em termos gerais.

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4. ANÁLISSE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Nesse capítulo serão apresentados e analisados os dados colhidos através das entrevistas feitas

na Loja Exclusiva Ortobom, os quais foram tabulados os dados, fornecendo assim, as informações e os

pontos relevantes para a resolução do problema de pesquisa e o alcance dos objetivos geral e

específicos traçados neste trabalho.

Para começar, irei seguir uma linha de análise começando a analisar os objetivos propostos no

começo deste trabalho, que será feita com a seguinte estrutura, 4.1 Conhecimento acerca do Sistema

de Informação na Loja Exclusiva Ortobom, 4.2 O SIG como ferramenta de auxílio na tomada de

decisões, 4.3 Obstáculos na implantação de um SIG em uma microempresa.

4.1 Conhecimento acerca do Sistema de Informação na Loja Exclusiva Ortobom

Para começarmos analisaremos quais os conhecimentos que os entrevistados tem sobre o tema

Sistema de Informação (S.I). É importante ter uma base dos conhecimentos dos entrevistados sobre este

assunto para podermos ter noção do grau de informações que os mesmos podem oferecer para este

estudo.

Primeiramente foi questionado sobre o sistema de informação (S.I), e se ambos os entrevistados

já tinha ouvido falar neste termo, aonde tive resultados satisfatórios, pois ambos os entrevistados, mesmo

que de forma diferente, já tinham ouvido falar em S.I e sabiam conceituar. O ENTREVISTADO 1 teve

seu conceito de S.I parecido com o de Laudon e Laudon (2007) que define este termo em diversas

maneiras, não tendo uma definição definitiva; o ENTREVISTADO 1 respondeu que na sua concepção

sistema de informação é:

“Um sistema que coleta dados, processa e analisa, e por fim dissemina esses dados e informações, para um objetivo especifico, contem hardware, software, dados e o mais importante; as pessoas, normalmente esses sistemas estão conectados por meio de redes internas ou externas” (ENTREVISTADO 1).

Conforme o referencial teórico, esse conceito é aceitável para muitos autores, pois a base de

conhecimento é idêntica. O ENTREVISTADO 2 não tem a mesma convicção do conceito de sistema de

informação, porém completou que a definição é um sistema que coleta e registra informações que ajuda

nas tarefas organizacionais, mostrando desta maneira que, mesmo não demonstrando certeza, estaria

apto a ajudar na pesquisa sobre Sistema de Informação (S.I).

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Dando continuidade, os entrevistados foram questionados se seriam capazes de identificar um

Sistema de Informação (S.I) na Loja Exclusiva Ortobom, dessa forma foi obtido respostas positivas, com

destaque para o ENTREVISTADO 1, que soube identificar o SIG na empresa, que era um ponto que o

trabalho queria alcançar, se os microempresários já teriam informações sobre a integração de um SIG

nas suas microempresas, e pelo menos por parte do gestor da empresa, ficou estipulado que o SIG já é

de conhecimento em algumas microempresas. Para dar mais embasamento mais em baixo citaremos as

palavras do ENTREVISTADO 1 para essa questão:

“nossa empresa mantem um fluxo integrado de um SIG, onde possibilita o cadastro de clientes, as entradas e saídas, facilitando as operações da empresa e permitindo criar decisões gerenciais (ENTREVISTADO 1).

Para Dias (2010), podemos identificar os sistemas em abertos e fechados, no sistema aberto

apresentam inter-relações com meio ambiente, através de entradas e saídas, que são respectivamente,

a entrada de dados, informações, que serão processadas e que saíram em forma de resultados que

serviram para a tomada de decisões na organização; enquanto o sistema fechado, são sistemas que são

isolados das influencias ambientais que se encontram no ambiente de trabalho.

Existe uma relação recíproca entre Sistema de Informação (S.I) e Tecnologia da Informação (T.I)

que com certeza tem suas características distintas, os sistemas de informação podem envolver um

sistema de computador automatizado ou um sistema manual que abrange pessoas máquinas. Nesse

sentido o sistema de informação que faz a manipulação de dados e gera informação pode fazer uso da

tecnologia da informação.

Usando a opinião do ENTREVISTADO 2 que disse que, “o mundo está em globalização

eminente, e usamos muita tecnologia no cotidiano, e para uma empresa que quer se manter competitiva

precisa acompanhar a evolução tecnológica, pois o mercado está em franco crescimento, qualquer

atividade o microempresário vai depender de tecnologia e não há muitos especialistas nas

microempresas que saibam utilizar as mesmas”.

A tecnologia vem junto com o Sistema de Informação para ser um facilitador de acesso as

informações, consequentemente ajuda as organizações a se prepararem para o futuro, reduzir os riscos

comerciais e as incertezas, aumentando sua flexibilidade e capacidade de resposta. Também possibilita

uma gestão de boa qualidade que torna possível uma fácil introdução de novos produtos e serviços. A

inovação é um fator essencial em todas essas atividades, tecnologia e inovação estão intimamente

ligadas (REZENDE e ABREU, 2000).

Foi requisitado aos entrevistados que procurassem identificar atividades dentro da microempresa

que tivessem relação com processos de sistema de informação e ambos mostraram que conhece bem

os sistemas que acontecem na organização, ambos citaram principalmente, Cadastro de clientes,

Vendas de Mercadorias, Controle de Estoque, Folha de Pagamento e um processo que mim chamou

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atenção foi a propaganda por meio de rede social. O ENTREVISTADO 2 falou que seguindo o exemplo

de outras empresas, utiliza como meio de divulgação o Facebook da Loja Exclusiva Ortobom, conforme

Figura 10, que usa exclusivamente para divulgação de seus produtos e promoções, usando a página da

internet como forma de catálogo para ter uma maior visão de seus produtos.

Figura 10 – Página do Facebook da Loja Exclusiva Ortobom.

FONTE: O Autor, 2014.

Muitas são as influências de um sistema de informação no desenvolvimento das microempresas,

e é importante saber se o gestor e funcionários conhecem essas influências para os entrevistados,

tivemos as seguintes opiniões.

“Existe várias influencias, desde o mercado, a localização, estratégia e planejamento, a produção, operações de distribuições, após estabelecer essas etapas, o desenvolvimento do Sistema de Informação precisa assimilar essas informações em conjunto para um funcionamento eficaz” (ENTREVISTADO 1).

“Não sei de certeza, mas acho que para desenvolver esse tipo de sistema acho que precisamos de recursos para isso, que é algo que não temos, mas acredito que podemos nos planejar para que futuramente esse sistema possa ser uma realidade na nossa empresa, acho nos ajudaria muito” (ENTREVISTADO 2).

É importante notar que o ENTREVISTADO 1 tem mais conhecimento do assunto abordado, pois

como gestor e por apresentar uma formação acadêmica além de experiência profissional, considera-se

mais relevante para o estudo, além de ser a pessoa que toma as decisões dentro da empresa, enquanto

o ENTREVISTADO 2, responde sem convicção, demonstrando uma certa insegurança e

desconhecimento do assunto questionado.

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Hoje é difícil falar em organização sem pensar em Sistema de Informação (S.I), pois as empresas

necessitam dessa relação. Sabemos também que as empresas têm diferentes estruturas

organizacionais, metas, públicos, estilo de liderança, tarefas e ambientes circundantes.

Para O’brien (2004) existe três motivos essenciais para que a empresa adote um sistema de

informação, são eles: Suporte de seus processos e operações; Suporte na tomada de decisões de seus

funcionários e gerentes; e Suporte em suas estratégias em busca de vantagem competitiva.

Quando questionados sobre como o Sistema de Informação (S.I) pode melhorar os processos

operacionais da microempresa, tivemos respostas bastante satisfatórias. Os entrevistados disseram:

“Reduzindo custos e gastos e eliminando desperdício de tempo, possibilitando uma comunicação rápida, confiável, facilitando o trabalho, abrangendo maior número de clientes e custo menor, extinguindo resistências e condutas negativas, tornando assim a aplicação do sistema de informação dinâmico para a empresa” (ENTREVISTADO 1).

“Acho que poderia ajudar bastante, pois é uma ferramenta que já tem esse objetivo que é melhorar esses processos, além de que, poderia minimizar pequenos erros que acontece no trabalho, consequentemente reduzindo custos, e agilizando processos organizacionais” (ENTREVISTADO 2).

Mais uma vez percebe-se que o ENTREVISTADO 2 apresentou dificuldade para responder a

questão, provavelmente não tem conhecimento sobre o assunto questionado, porém destacando que a

resposta dada não está incorreta, devido citar muitos fatores que realmente acontece por influência do

sistema de informação (S.I).

Nesta parte da coleta começarmos a entrar na parte de Sistema de Informação Gerencial (SIG)

pois é a parte que dará mais embasamento a pesquisa. Quando perguntado sobre o desenvolvimento

de um SIG dentro da empresa, o ENTREVISTADO 1 foi seguro na sua resposta e indagou que “é

importante sim o desenvolvimento de um SIG pois facilita o processo de tomada de decisões, diminuindo

chances para erros e aumentando a agilidade do negócios e qualidade no serviço”. Entretanto o

ENTREVISTADO 2, mostrou novamente desconhecer a área que estamos pesquisando, e falou que não

saberia falar sobre o SIG especificamente, por desconhecer como este funciona; comprovando que a

formação acadêmica e a experiência profissional no mercado de trabalho tem uma grande vantagem

contra os que estão começando a vida acadêmica e não acumulou experiência profissional suficiente,

apesar de demonstrar bastante interesse e conhecimento sobre a área de Sistema de Informação (S.I).

4.2 O SIG como ferramenta de auxílio na tomada de decisões.

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Muitas organizações usam como ferramenta de apoio das atividades sistemas de computadores

que se chamam tecnicamente de software, essas ferramentas tem como definição o conjunto de

informações processadas pelo sistema interno de um computador que permite a interação entre usuários

e os periféricos do computador através de uma interface gráfica.

Antigamente as empresas usavam com pouca frequência os softwares por motivos financeiros,

pois os mesmos tinham um custo elevado para sua instalação, principalmente em pequenas empresas

que a dificuldades em investir nesse tipo de tecnologia era uma realidade da época. Atualmente, existem

os softwares livres, na Figura 11, é possível perceber a imagem de um pinguim chamado Tux, criado

pelo fundador do sistema operacional LINUX, Larry Ewing. Para Laudon e Laudon (2007) Software Livre

é qualquer programa de computador que pode ser executado, copiado, modificado e redistribuído pelos

usuários, pois os usuários possuem livre acesso ao código-fonte do software e fazem alterações

conforme as suas necessidades.

Figura 11 – Tux – Logotipo do Software Livre.

Fonte: Imasters.

Na Loja Exclusiva Ortobom o software utilizado na empresa é o SisLoja.Web 3.0 (Figura 12),

que é desenvolvido especificamente para lojas e estabelecimentos comerciais para controle de vendas

e estoque, este sistema permite que seja realizada a administração de entradas e saídas de mercadorias,

além de possuir um conjunto de ferramentas que permitem o fácil controle de mercadorias, sendo

integradas ao módulo financeiro. Contudo um software que esteja mais intimamente relacionado com um

Sistema de Informação Gerencial (SIG), seria mais ideal para o desenvolvimento do estudo, pois as

informações seriam tratada de maneira precisa e eficiente, como por exemplo, a ferramenta SIG-UPKEY

que é um software personalizado de acordo com a cultura organizacional da instituição.

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Figura 12 – Sistema SisLoja.Web 3.0

Fonte: Loja Exclusiva Ortobom (2014).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), 48,3% das

microempresas brasileiras usam softwares livres, porém apenas 3,3% delas desenvolveram seus

próprios programas. Porém, dados do mesmo instituto colhidos em 17.444 empresas em 2012, mostram

que 16,5% não utilizaram computador para os negócios, sendo os principais motivos apontados a falta

de necessidade, altos custos e falta de pessoas que saibam usar as ferramentas tecnológicas.

A dependência de um computador as vezes propicia a empresa um certo risco, pois se o trabalho

depende de um computador, o mesmo tem o risco de dar defeitos, podendo ficar um bom tempo parado,

parando também atividades da empresa. Os processos que o computador executa são diversos, não

sendo diferente na Loja Exclusiva Ortobom é preciso a máquina para realizar registro de vendas, registro

de estoque, pedidos de produtos, registro e busca de clientes, controle de despesas e receitas, emissão

de boletos e notas ficais, emiti relatórios, além dessas funções o computador servi para fazer a

propaganda da Loja em redes sociais, atividade bem vista por todos da empresa.

Para Dias (2010) a justificativa para que a automação dos processos organizacionais fossem

feito por computadores é para tornar o trabalho de um funcionário o mais fácil possível, transformando

procedimentos complicados e que demandam muito tempo para sua realização em procedimentos

relativamente simples possíveis de serem acompanhados e controlados, também, de forma

automatizada. Dessa forma a realização e uma sequência de passos, tarefas e as atividades de

transformação de entradas em saídas, serão realizadas mais rapidamente, trazendo benefícios à

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instituição onde esta seja aplicada, desde empresas de grande porte até as microempresas, trazendo

segurança e agilidade na realização de processos, sem ampla necessidade de interação humana.

Dessa forma, os trabalhadores que no passado aprendiam os fundamentos de um determinado

ofício e passavam praticamente toda a vida trabalhando seguindo uma dada rotina, muitas vezes atuando

na mesma empresa e no mesmo local, se veem obrigados a se adaptar, aprendendo novos ofícios para

mudar de atividade, de profissão, de empresa. Caldas (2002) justifica essa nova maneira de pensar sobre

as tarefas organizacionais como:

Atividades que são dependentes de manuseio de grande volume de dados, de operações de cálculos e certas destrezas manuais repetitivas estão sendo nitidamente substituídas por sistemas informatizados ou robotizados. O mesmo está acontecendo com as atividades e os empregos decorrentes da função de controlar que estão sendo substituídos pelo de programar ou quando muito pelo ajustar (CALDAS, 2002. p. 32).

As pesquisas mostram que tendência do uso de softwares e computadores em microempresas

é crescer mais ainda, pois é uma ferramenta que não pode mais faltar, apesar de ser vista com um custo,

ela tem que ser vista como um investimento e algo essencial para o crescimento organizacional.

Como podemos ver no estudo feito e na realidade do mercado de trabalho, as empresas que

não se desenvolverem no aspecto tecnológico iram provavelmente perder competitividade no mercado

e muitas simplesmente desapareceram ou estão fadadas ao fracasso.

Quando levantado a questão de que tipo de relatórios que são feitos dentro da microempresa

pelo processo informatizado, os entrevistados foram objetivos em responderem principalmente, que

utilizam relatórios de balanço financeiro e estoque de mercadorias. Porém para dar mais embasamento

a pesquisa, o entrevistador interagindo sobre o assunto, proporcionou informações sobre tipos de

relatórios citados no referencial teórico para os entrevistados fazer uma comparação, segundo O’brien

(2006), o SIG pode oferecer quatro tipos de relatórios que apoiam nas decisões e servem para o feedback

das operações diárias, assim ajudando gerentes a elaborar melhores planos, a tomar melhores decisões

e a obter um maior controle sobre as operações da empresa. Após a análise dos conceitos de relatórios

propostos pelo SIG, os entrevistados informaram que usam praticamente os quatro relatórios definidos

por O’brien (2006).

Os relatórios periódicos programados são usados com mais frequência para passar informações

para o franqueador, que solicita esse tipo de relatório semanalmente, por exemplo, vendas diárias ou

semanais, demonstrativos financeiros, estoque de mercadorias, entre outros. Os relatórios de exceção

são feitos na Loja Exclusiva Ortobom quando o gerente, o senhor Joaquim Farias, pede informações

especificas de determinadas vendas ou outro caso que seja qualificado como uma exceção para a

empresa, esse tipo de relatório acontece com pouca frequência dentro da empresa estudada. Um

relatório que também é pouco solicitado dentro da empresa estudada, é o relatório de informes e

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respostas por solicitação, que é um relatório que o gerente requisita sempre que achar necessário, porém

por já ter outros relatórios disponíveis, este tipo é pouco usado dentro da Loja Exclusiva Ortobom. Os

relatórios em pilhas é utilizado mensalmente dentro da empresa estudada para repassar informações

através da rede de internet para o franqueador, que espera sempre que as informações estejam nos

conformes para o controle de sua franquia.

O nível de tecnologia dentro de uma instituição pode mostrar o quanto ela está atualizada dentro

do mercado de trabalho, proporcionando uma vantagem competitiva. Para analisarmos o quanto a

microempresa usa tecnologia atualmente, buscamos saber com que frequência equipamentos

informatizados como computadores e impressoras são usados ao longo do dia dentro de uma

microempresa, e para dar mais fundamento a pesquisa, procurei dar ênfase ao ENTREVISTA 2, pois o

mesmo é o que tem maior contato com os equipamentos tecnológicos dentro da microempresa que diz:

“utilizamos esses equipamentos praticamente em todos os processos da organização, acho que nenhuma empresa sobreviveria, atualmente, sem esses equipamentos, pois dão o suporte e a conveniência, facilitando e melhorando o nosso trabalho, além de ser menos cansativo” (ENTREVISTADO 2)

Para melhor termos uma visualização do nível de uso do equipamento tecnológico ao longo do

dia dentro da Loja Exclusiva Ortobom, propomos no Quadro 3, a média em horas que algumas

ferramentas são utilizadas dentro da microempresa estudada, lembrando que o expediente normal é das

7:00h às 11:00h e das 13:00h às 17:00h. Para chegar a essa conclusão foi feito um teste de observação

rigoroso durante todo o horário de expediente sendo registrado o tempo de cada utilização das

ferramentas relacionadas no Quadro 3:

Quadro 3 – Nível do uso de ferramentas tecnológicas dentro da Loja Exclusiva Ortobom.

Nível do uso de ferramentas tecnológicos dentro da Loja Exclusiva Ortobom

FERRAMENTAS MÉDIA DE USO EM HORAS/DIA

Computador 6 HORAS

Impressora 2 HORAS

Software 4 HORAS

Internet 5 HORAS

Celular Empresarial 4 HORAS

Fonte: Loja Exclusiva Ortobom.

Como podemos ver a média de horas por dia que o funcionário utiliza as ferramentas

tecnológicas é quase o expediente todo, o tempo que resta, é para atendimento de clientes e outras

atividades rotineiras da empresa. Possivelmente esse seja a razão de que a tecnologia está comandando

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as instituições e sendo essencial para a sobrevivência das mesmas dentro do mercado que cada vez

mais se torna competitivo.

É importante ressaltar também a motivação que o governo federal e estadual tem dado para que

as tecnologias seja um direito de todas as microempresas, regularizando a Lei Complementar nº 123, de

14 de dezembro de 2006, e sendo atualizada pelas leis complementares 127/2007, 128/2008, 129/2009

e 139/2011, com essas atualizações o governo demonstra que se preocupa com essa categoria. Para

complementar, o estado de São Paulo, junto com a câmara municipal da cidade Socorro-SP, aprovou a

Lei Complementar 207/2013, aonde tem a finalidade de criar um Regime Jurídico diferenciado,

simplificado ao Microempreendedor Individual – MEI, às Microempresas – ME e às Empresas de

Pequeno Porte – EPP; dando ênfase ao Parágrafo Único do Artigo 29 que visa:

“a abertura e manutenção de espaços públicos dotados de computadores para acesso gratuito e livre à Internet; o fornecimento de serviços integrados de qualificação e orientação; a produção de conteúdo digital e não-digital para capacitação e informação das empresas atendidas; a divulgação e a facilitação do uso de serviços públicos oferecidos por meio da Internet; a promoção de ações, presenciais ou não, que contribuam para o uso de computadores e de novas tecnologias; o fomento a projetos comunitários baseados no uso de tecnologia da informação; a produção de pesquisas e informações sobre inclusão digital” (Lei Complementar 207/2013, Art. 29. Parágrafo Único).

Ao ser questionado sobre a importância da tecnologia nas microempresas e dentro da Loja

Exclusiva Ortobom, foi constatado que a partir dos entrevistados que considerou sendo unânime a

opinião que as empresas não vivem mais sem tecnologia, e que em pouco tempo será a parte em que

as empresas, independente de tamanho, deveram investir mais. Usemos os pensamentos dos

entrevistados sobre a importância da tecnologia nas microempresas:

“Fundamental, um papel importante da tecnologia é o de ser um viabilizador e um facilitador de atividades organizacionais, processos e mudanças para aumentar o desempenho e a competitividade” (ENTREVISTADO 1). “Como eu já tinha dito antes, os equipamentos tecnológicos são de suma importância para o funcionamento de qualquer empresa, estamos em tempos que necessitamos de tecnologia para sobreviver, uma palavra certa para definir a necessidade da tecnologia na instituição é ESSENCIAL” (ENTREVISTADO 2).

Uma das funções importantes para o SIG nas empresas é o planejamento de suas informações

para que seja feito o feedback das atividades. Na Loja Exclusiva Ortobom esse planejamento é feito de

uma forma diferente, pois além do funcionário fazer essa função com o proprietário e gerente da Loja o

senhor Joaquim Farias, ocorre o planejamento junto com a empresa franqueadora que designa um

colaborador chamado de Balancista que visita a Loja a cada quinze dias para fazer o balanço das

informações, propondo ideias novas que a marca Ortobom traz para o mercado, além de fazer controle

de estoque, previsão e metas de vendas, entre outros planejamentos.

Nesta parte da pesquisa é interessante demonstrar a importância do planejamento estratégico

dentro de um SIG, e quais as vantagens que este pode trazer para uma microempresa. Para Laudon e

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Laudon (2007) o planejamento estratégico tem por finalidade principal a definição do papel da

organização na sociedade e a projeção do estado futuro desejado da mesma em determinado período

de tempo, escolhendo e construindo o seu futuro. Para o SIG esse planejamento deve ter como enfoque

a informação dentro da empresa, como um processo desde a obtenção do dado, na transformação em

informação e a decisão em cima desta informação que deve ser atualizada periodicamente para não ter

erro na tomada de decisões. Vale ressaltar que o SIG funciona apenas como um instrumento de apoio à

otimização dos resultado e não como uma solução imediata.

Para visualizarmos como um Sistema de Informação Gerencial deve ser entendido para que as

informações transcorra no caminho correto dentro da organização e que possa ser feito um planejamento

estratégico mais eficiente e de acordo com as necessidades, propomos o modelo abaixo na Figura 13:

Figura 13 – Modelo proposto de um sistema de informação gerencial – SIG.

Fonte: OLIVEIRA, 2005

Como podemos ver na Figura 13, é necessário um controle e avaliação de todos os processos

que ocorre dentro da organização, tanto no começo com a entrada de dados e seu tratamento,

transformando em informações, que consequentemente irá nos oferecer o conhecimento necessário para

tomar a decisão, para que posteriormente seja executada a ação, e assim alcançarmos resultados

satisfatórios para a empresa. Para que esse processo do SIG ocorra eficientemente é necessário

também que o tomador de decisão dentro da empresa possa caracterizar o problema que existe;

compreender o ambiente que cerca as decisões e ser capaz de identificar os impactos que essas

decisões poderão provocar na empresa.

Para Oliveira (2005) para os administradores terem sucesso em suas decisões vai depender de

um processo de escolha apropriada, e para isso deverá seguir algumas etapas:

Identificação do problema;

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Analise do problema, a partir da consolidação das informações sobre o problema. Tratar o

problema como um sistema;

Estabelecimento de soluções alternativas;

Análise e comparação das soluções alternativas (vantagens e desvantagens de cada uma);

Seleção das alternativas mais adequadas, de acordo com critérios pré-estabelecidos;

Implantação da alternativa selecionada, incluindo o devido treinamento das pessoas envolvidas;

Avaliação da alternativa selecionada através de critérios devidamente aceitos pela empresa.

Este tópico vai servi para demonstrar para a microempresa estudada como lhe dar com as

decisões que devem ser tomadas durante o dia-a-dia, mostrando passo a passo de como tratar

problemas, além de demonstrar um modelo de SIG que será detalhado mais na frente.

Muitos microempresários e funcionários ainda são muito conservadores em relação a tecnologia

e acham que a empresa pode sobreviver sem aderir a essa ferramenta que a cada dia tem se tornado

fundamental para o desenvolvimento de organizações.

Na Loja Exclusiva Ortobom a opinião sobre tecnologia é favorável, pois tanto o

proprietário/gerente como a funcionária, concordam que o mundo organizacional sem tecnologia se

tornaria monótono e obsoleto, mais em baixo foi listado as opiniões dos entrevistados sobre a importância

de se manter atualizado no mundo tecnológico.

“Sim, com a complexidade de tarefas ocasionadas nas empresas pela globalização de mercado e uma variável economia, sem atualização no mundo tecnológico, a possibilidade de perder espaço e clientes para concorrência, dessa forma é preciso investir em tecnologia” (ENTREVISTA 1). “é importante sim se manter atualizado em todas as áreas hoje em dia, se uma empresa quiser ser competitiva precisa estar por dentro de tudo do mercado, se manter atualizado. Na parte tecnológica devemos ter uma atenção especial pois vivemos em tempos que a tecnologia é essencial para sobrevivermos, principalmente para sobrevivência de uma empresa, não se pode mais usar modelos primitivos de se administrar empresas, precisamos se manter em um patamar atualizado” (ENTREVISTADO 2).

O principal argumento em favor da tecnologia hoje em dia diz respeito a poupança em despesas

de negócio, pois os avanços tecnológicos podem significar as microempresas que podem operar com

sucesso em uma fração do que uma vez custar, além das vantagens de redução de custos, controle e

aumento de eficiência.

Outro importante momento das entrevistas, que faz parte da questão tecnológica, foi a

preferência por usar ou não computadores para auxiliar as atividades no ambiente de trabalho, e mais

uma vez as respostas dos entrevistados foram unanimes a favor da tecnologia.

“minha preferência de trabalho é com o computador, pois o mesmo elimina desperdício de

tempo em atividades manuais, aumentando a eficiência dos processos operacionais e gerencias” (ENTREVISTADO 1).

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“uma empresa necessita de um computador, principalmente a empresa que trabalha com vendas, estoques que são fatores que precisam de uma organização, da coordenação e controle das informações. As tarefas utilizadas no computador são praticamente isentas de erros, pois ocorre um aumento na capacidade de tratamento de informações, agilidade na obtenção de informações, existe uma confiança nos resultados que o computador processa, com todos esses fatores eu posso dizer que a empresa está sendo melhor administrada com um computador dando suporte do que sem ele” (ENTREVISTADO 2).

Hoje os computadores são usados nas mais diversas áreas para fazer de tudo. Equipamentos

que estão cada vez mais "poderosos" e podem ser comparados com computadores são os smartphones,

que a cada dia que passa mais aplicativos são produzidos para esses aparelhos e possibilitando uma

experiência semelhante ao do computador. Como disse, essas máquinas denominadas de computadores

estão cada vez mais nas nossas vidas e são usadas para várias coisas. Como disse, são usados nas

mais diversas áreas, são elas: nós negócios, na medicina e na saúde pública, na educação, na ciência,

na arqueologia, na engenharia e arquitetura, na manufatura, na área legal, no cumprimento da lei, no

governo, nas forças armadas, no entretenimento.

4.3 Obstáculos na implantação de um SIG em uma microempresa.

Identificar os obstáculos da microempresa para implantação de um SIG, representou papel

essencial nesse estudo de caso, é através dessa identificação que a instituição têm um esclarecimento

maior de como lidar com essas dificuldades e trabalhar uma forma de superar esses problemas.

Para começarmos a identificar os obstáculos para implantação de um SIG em uma

microempresa primeiramente devemos saber se a microempresa estudada está apta a aceitar

mudanças, pois sempre devemos estar preparados para mudar, principalmente se for para a implantação

de um sistema de informação.

Os entrevistados foram abordados sobre possíveis mudanças dentro da organização, e por qual

motivo essas mudanças são necessárias dento de uma empresa de pequeno porte como é a Loja

Exclusiva Ortobom.

“sim aceitamos mudanças, com a maior concorrência no mercado, pessoas e organizações interagem com maior frequência, comunicam-se, seja através de compras, redes sociais, precisamos sempre estar inovando e mudando para permanecermos vivo como empresa” (ENTREVISTADO 1). “acho que devemos estar sempre atentos para novos desafios no mercado, e que a mudança sempre vai ser necessária ainda mais com novas tecnologias surgindo a todo o momento, devemos acompanhar as mudanças, pois para sermos competitivos devemos estar sempre antenados com as mudanças que acontece no mundo organizacional” (ENTREVISTADO 2).

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Para Rezende e Abreu (2003), as mudanças são necessárias no ambiente organizacional,

principalmente em empresas que tem uma cultura organizacional muito conservadora; empresas com

esse tipo cultura se prende ao tradicionalismo, e esquece que o foco não é só alcançar as metas, e sim

supera-las constantemente.

Já para O’Brien (2004) ter uma cultura definida é importante, pois ela monstra a personalidade

da empresa frente a seus clientes, fornecedores e demais empresas, além de que define métodos de

comportamento e atitudes para todos os níveis de colaboradores. Porém tem-se a cultura organizacional

como uma variável interna, ou seja, até mesmo ela sofre mudanças com o passar do tempo, influenciada

muitas vezes pelas forças do macro ambiente, como as forças econômicas, políticas e culturais,

adaptando-se a realidade. E essa mudança pode acontecer mais rápido do que se imagina, nesse caso

toda a equipe de liderança da empresa precisa estar alinhada e atenta, pois os primeiros a sentirem

estas mudanças são os colaboradores. Por isso é bastante importante nesse momento que haja

comunicação e informação aos funcionários, afim de que permaneçam alinhados aos objetivos e metas

da organização junto aos seus gestores.

Laudon e Laudon (2007), ressaltam que o mundo dos negócios passa por três grandes

mudanças: o fortalecimento da economia global; a transformação de economias e sociedades industriais

em economias baseadas em serviços, informação e conhecimento; e a transformação das empresas.

Conforme os autores, essas mudanças acarretam em novos desafios para as empresas e sua

administração. Por isso, os sistemas de informação são importantes não somente como ferramenta

auxiliar, mas também, como complemento indispensável ao sucesso das empresas.

Nesse ponto da pesquisa procuramos identificar quais as dificuldades encontradas pelo gestor

e o colaborador para atingir os objetivos da Loja Exclusiva Ortobom, consequentemente foi apurado que

a principal dificuldade da Loja é a competitividade no mercado.

“os clientes se acomodam, algumas vezes não preferem nossa marca Ortobom, devido à grande concorrência entre marcas de colchões e o grande número de lojas da mesma atividade encontradas em nossa região, fatiando dessa forma, o mercado da área” (ENTREVISTADO 1).

Porém o ENTREVISTADO 2, preferi acreditar que a dificuldade em alcançar resultados positivos

está em promover melhor a marca Ortobom, que a mesma acredita está sendo pouco divulgada, além

da questão da sazonalidade na região, pois ocorre uma variação do nível de vendas muito grande

durante o ano.

“eu acredito que nossa principal dificuldade atualmente é expor os nossos produtos em nossa região, pois eu sei que todo mundo conhece a qualidade dos produtos da marca Ortobom, mas nem todo mundo sabe que existe produtos desse nível ao seu alcance para que possam verificar sua qualidade. Outro fator que temos dificuldades é em manter elevado os níveis de vendas durante certas épocas do ano. Acho que precisamos de um trabalho de divulgação maior” (ENTREVISTADO 2).

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Dessa forma, ficou claro que a microempresa não dispõe de recursos suficientes e nem

planejamento necessário para lidar com as dificuldades, sendo necessário haver uma melhor

organização e coordenação das informações, e para isso é imprescindível a implantação do SIG, pois

em comparação com Laudon e Laudon (2007), deverá haver uma comunicação entre as pessoas que

formam a organização, inter-relacionando as informações necessárias para que sejam em um certo

momento analisadas, ou seja, planejadas adequadamente, e posteriormente que seja tomada a decisão

mais sensata para o alcance dos objetivos da empresa, assim como a resolução de possíveis problemas.

O gerente/proprietário relatou que no começo da empresa, ele tinha tentado adquirir um software

que fosse de acordo com as necessidades da empresa, porém foi forçado a desistir por ser um

investimento muito alto. Posteriormente ele foi ganhando conhecendo sobre os softwares livres, que tinha

custo zero, e que de certa maneira conseguia suprir a maioria das necessidades da empresa, e começou

a fazer testes, sendo hoje um software livre o sistema que a empresa dispõe.

Outro fator que identificamos na Loja Exclusiva Ortobom como obstáculos para alcançar seus

objetivos, é a falta de capital de giro para investir em serviços de divulgação mais ampla e outros

produtos, limitando a empresa, e não podendo, por enquanto, ampliar sua estrutura organizacional.

Fatores como o empreendedorismo, desconhecimento de técnicas de administração e falta de

recursos financeiros são alguns dos motivos levam as microempresas a apresentarem as maiores taxas

de mortalidade no Brasil, conforme estudo do SEBRAE (2003). A pesquisa foi baseada em dados

cadastrais das juntas comerciais estaduais e é um importante instrumento para os formuladores de

políticas públicas no planejamento de ações e programas de apoio às microempresas.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a taxa

de mortalidade das empresas com mais de dois anos de funcionamento corresponde a 24,6%. Na prática,

uma em cada quatro empresas fecha até dois anos após a criação. Grande parte desse índice pode ser

atribuída à má administração. Na Tabela 1 podemos visualizar melhor a taxa de sobrevivência das

empresas de 2 anos, por área de atuação e região.

TABELA 1 – Taxa de sobrevivência de empresas de 2 anos, para empresas constituídas em 2007, por regiões e setores.

Fonte: SEBRAE NA, (2007).

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Como podemos ver na Tabela 1, no setor de comércio e na região Nordeste, que faz referência

a empresa estudada, a taxa de sobrevivência é de 75,5%.

A falta de capacitação para micro e pequenos empresários prejudica o desempenho das micro

e pequenas empresas e pode colocar em risco a sua sobrevivência. O micro empresário despreparado,

não sabe, muitas vezes, planejar as atividades, organizar-se para, juntamente com sua equipe, alcançar

os objetivos e metas estabelecidos. O empresário incapacitado, não sabe controlar os gastos da

empresa, confundindo-os, por vezes, com seus gastos pessoais, além de faltar-lhe habilidade para

motivar seu pessoal.

Um outro obstáculo para implantação de um SIG é a falta de tecnologia dentro da organização,

porém para a empresa estuda, a tendência é que a Loja Exclusiva Ortobom esteja informatizada e

atualizada para melhor atender seus clientes, em questão de meses. Assim para os entrevistados a

tecnologia vem se tornando realidade para a instituição.

“a medida que as tecnologias vão-se tornando mais complexas, exigindo maior esforço das pessoas para sua implantação e apresentando maior impacto na organização, torna-se imprescindível está aberto as novas tecnologias” (ENTREVISTADO 1). “temos que está antenado com o que acontece no mundo organizacional, e principalmente na parte tecnológica, que é uma área que cresceu muito nos últimos anos e a tendência é que se desenvolva ainda mais. E a tecnologia vem para melhorar a empresa e torna-la ainda mais competitiva” (ENTREVISTADO 2).

A partir da internet houve uma grande mudança na maneira das pessoas consumirem a

informação. Antigamente, o indivíduo tinha acesso apenas à informação que lhe era passada por meio

da TV e do jornal, ou por meio dos livros disponíveis em casa e nas bibliotecas. Hoje é possível escolher

que tipo de notícia se quer ler ou ver, quando e aonde. Além disso, por meio das redes sociais, o usuário

passa a ser também um promotor da informação. Já sabendo dos impactos de informações que as redes

sociais oferece, a Loja Exclusiva Ortobom já se movimentou junto com essa ferramenta para promover

os produtos e promoções que a empresa oferece, dessa maneira havendo uma interação maior com o

cliente.

A pesquisa realizada em 2010, pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e

da Comunicação (CETIC), apresentou estabilidade com relação ao uso de computadores e acesso a

internet nas microempresas. De acordo com o Gráfico 1, 69% das microempresas declararam ter acesso

à internet, mesma proporção de 2007, quando a CETIC fez o mesmo estudo. A principal diferença está

pelo porte da empresa.

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Gráfico 1 – Proporção de Microempresas que têm acesso a internet, por porte e região, 2010 (%).

Fonte: CETIC, TIC Microempresas 2010.

Depois de ter analisado os conhecimentos acerca de Sistema de Informação (S.I), como o SIG

pode auxiliar o gestor na tomada de decisão e possíveis obstáculos, vamos agora chegar em um ponto

crucial da pesquisa, que é a abordagem das principais dificuldades que a microempresa visualiza para a

implantação de um SIG. Os entrevistados demonstraram um pouco de dificuldade por não conhecerem

esse tipo de sistema, porém foi plausível suas respostas para a pesquisa feita. As principais dificuldades

apresentadas pelos entrevistados foram:

“o valor financeiro para adquirir equipamentos atuais de tecnologia; a falta de qualificação dos funcionários para utilização de um SIG; além de tempo disponível para se dedicar ao treinamento para o uso de um SIG” (ENTREVISTADO 1). “eu não saberia dizer as dificuldades de um SIG, pois não conheço como o mesmo funciona, mas para um Sistema de Informação, acho que falta capital para investir em novas tecnologias e também para treinar o funcionário para realizar tarefas da empresa com esse sistema, falo por mim mesma, que muitas vezes não sei manusear certas tarefas no computador, e fazer relatórios específicos que me solicitam, acho que as empresas deveriam investir mais em treinamentos para seus funcionários” (ENTREVISTADO 2).

Como podemos perceber, existe uma concordância nas duas respostas, aonde eles identificam

como principais dificuldades; a falta de treinamentos na área de sistemas e a falta de capital para investir

nessa área. Relacionando com os autores Rezende e Abreu (2003), concordam que uma das principais

dificuldades encontradas atualmente para a implantação de Sistemas de Informação (S.I) são a falta de

recursos financeiros para investir nesta área, que consequentemente torna a empresa obsoleta.

Para Cruz (2009) a estruturação de um SIG deve estar condicionada a alguns fatores importantes

a serem observados, por exemplo, um sistema deve ser bem definido, pois um sistema simples é mais

bem compreendido e mais aceito pelos funcionários do que um sistema complexo, é fundamental que

ocorra flexibilidade no sistema, pois deverá conseguir absorver as mudanças positivamente; é importante

analisar a relação custo versus benefício que o SIG pode trazer, e por último, analisar a produtividade

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do sistema, nesse ponto, deve-se analisar a relação entre os resultados apresentados pelo sistema e os

recursos alocados para o seu desenvolvimento.

Por fim, segundo Laudon e Laudon (2007), a implantação de um sistema de informação gera

mudanças organizacionais, fatores técnicos, administrativos, são afetados. Contudo, o uso do sistema

de informação causa prioridades e investimentos, com uso adequado nos processos operacionais,

possibilita criar aumento da produtividade e redução de custos.

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5. CONCLUSÕES, SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

Este capitulo, baseado no referencial teórico e na coleta de dados realizada, o presente trabalho

tem a finalidade de expor as conclusões, sugestões e recomendações de forma a atender o objetivo

geral do estudo, Analisar a importância de um Sistema de Informação Gerencial (SIG) no auxílio das

atividades da Loja Exclusiva Ortobom.

Contudo, para que possamos alcançar o objetivo geral, foi necessário primeiro atender aos

objetivos específicos para o desenvolvimento de um Sistema de Informação Gerencial, na qual foi de

suma importância o levantamento de dados acerca do conhecimento sobre sistema de informação,

demonstrar que de forma o SIG auxilia na tomada de decisões e identificar os obstáculos na implantação

de um SIG em uma microempresa.

5.1 Conclusões

Foi proposto a utilização de um sistema de informação que aborde os processamento

operacionais e gerenciais, foi preciso identificar diversas variáveis para usabilidade no sistema, e desta

forma, responder a questão do estudo, quais são as melhorias que um sistema de informação gerencial

pode oferecer a uma microempresa.

Em se tratando do objetivo que é conhecer o quanto o gestor e colaborador tinha de informação

sobre o Sistema de Informação, percebemos que ambos os entrevistados tinham conhecimentos básicos

sobre o assunto abordado e que como consequência disto, a pesquisa seria mais enriquecida quanto a

coleta de dados.

Posteriormente, foi analisado o quanto um SIG poderia auxiliar nas tomadas de decisões

empresarias, aonde foi proposto um sistema para auxiliar as práticas gerenciais que abrange todas as

operações rotineiras que atualmente a empresa realizava, desde a utilização de um software que já tinha

sido adquirido pelo Loja Exclusiva Ortobom até a utilização de planejamentos estratégicos que será

auxiliado por meio de relatórios de informações que deverão ser concedidos por procedimentos

informatizados via computador.

A adesão a novas tecnologias e a utilização de equipamentos tecnológicos foi questionado,

fazendo o gestor pensar em uma nova estruturação e inovação da Loja Exclusiva Ortobom, que achou

como barreira o custo que essa renovação na empresa pode custar, mas que está disposto a se planejar

e procurar alternativas que podem tornar o custo zero, como o software livre.

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A importância que a informática assumi dentro da Loja Exclusiva Ortobom só acrescenta e

valoriza fundamentos ao objetivo principal do estudo, a diversidade de produtos repassados por meio da

utilização do softwares permite a criação de um novo conceito sobre os procedimentos operacionais, ou

seja, o Sistema de Informação Gerencial (SIG).

Um fator importante identificado na Loja Exclusiva Ortobom, foi o planejamento das informações

que se dar através da vistoria de um Balancista, que tem como finalidade o repasse das informações

para a Matriz da Ortobom, sendo que essas informações poderia ser usadas bem mais organizadas e

de forma coordenada, que serviria de base para a melhor tomada de decisões dentro da Loja Exclusiva

Ortobom, proporcionando a redução de custos com “desperdícios gerencias” e a maximização de

resultados.

A opção de escolher trabalhar com computador já é uma importante decisão que o gestor e o

colaborador já tomaram para aderir a tecnologia, aonde essa ferramenta facilita o trabalho e faz com que

as operações rotineiras sejam feitas de forma interativa e reduz a ocorrência de erros, por ser feito

maneira informatizada.

Foi necessário identificar possíveis obstáculos da empresa de acordo com informações do gestor

e colaborador para implantação do SIG, foi constatado na empresa, a demora excessiva para a análise

das informações, ocasionando conflitos com atendimento ao cliente, gerando desestímulo ao cliente,

neste ponto, o sistema proposto elimina parte desses problemas, tornando o trabalho mais ágil e flexível

para os clientes, acabando com o conflito e demora nos atendimentos e nas tomadas de decisões.

É fato que o preço para desenvolvimento do sistema de informação é elevado, mas os hardwares

para instalação e utilização não se torna impedimentos para a proposta, na medida em que trabalha de

forma simples, com um banco de dados ideal para desenvolvimento e principalmente passaria a

patentear o sistema aplicado, eliminado a necessidade de renovar serial ou chaves, como é

características de alguns softwares não gratuitos da área.

Como foi comprovado neste estudo, o alcance de um Sistema de Informação, até mesmo o mais

especifico, no caso o SIG, está ao alcance das microempresas, que mesmo não dispondo de capital de

giro para investir nessa área, pode recorrer a sistemas simples com menos custos e ao planejamento

estratégico das informações que torna a empresa mais organizada e competente.

Por fim, é evidente que o mundo está em pleno desenvolvimento tecnológico, e que estudos

como este que são voltados para as microempresas são importantes, além de demonstrar a capacidade

que a organização tem, fica esclarecido que um Sistema de Informação é atualmente o que temos de

mais moderno em práticas gerencias no mundo organizacional e que com a grande quantidade de

conhecimentos que a cada dia é processado nos sistemas as capacidades das instituição de alcançar

seus objetivos pode dobrar em questão de anos.

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5.2 Sugestões e Recomendações

As sugestões e recomendações foram propostos a partir do resultados obtidos através da coleta,

análise dos dados, a revisão da literatura sobre tecnologia da informação, sistemas de informação e

sistema de informação gerencial.

Com a realização do estudo, foi sugerido para a empresa Loja Exclusiva Ortobom o

desenvolvimento e aplicação do sistema de informação gerencial baseada nas atividades operacionais

cotidianas, de acordo as necessidades da empresa, com o objetivo de buscar soluções para superar as

maiores dificuldades encontradas.

Para o desenvolvimento do sistema de informação gerencial, foi sugerido também a atualização

de softwares que sejam relacionados ao SIG, para que coordene melhor as informações da empresa,

além de diversificar o auxílio a outras atividades, por exemplo, a utilização do aplicativo SIG – UPKEY,

uma ferramenta volta exclusivamente para o gerenciamento dos negócios, pois conta com os módulos

de cadastros, compras, faturamento, ordem de serviço e assistência técnica, financeiro, PCP –

Planejamento e Controle da Produção, expedição, administrativo, estoque, etc., sendo um software que

oferece controle total, e tem o objetivo de aumentar os lucros oferecendo controles eficientes e eficaz a

cada necessidade. Por fim, sugere-se como banco de dados para aplicação no sistema, o uso do MySQL,

sistema de banco de dados mais acessível e usados em aplicativos que se utilize da web, possui licença

gratuita e baixa exigência de processamento, a finalidade deste sistema é dar total liberdade para os

clientes de consultar e fazer comprar sem precisar se encaminhar necessariamente a Loja, é como se

fosse feita uma compra pela internet.

Outra sugestão foi tomar parte de cursos sobre internet, marketing digital, e gestão

administrativa, tanto para o funcionário como para seu administrador, principalmente a internet que

permite hoje expandir os horizontes da empresa no mercado. Também foi sugerido para a Loja Exclusiva

Ortobom investimentos em tecnologia, aliando planejamento e custos dentro dos limites da empresa,

pois já ficou comprovado os benefícios e utilidades que aumentaram eficiência através da tecnologia.

É importante também procurar sempre inovar, ser criativo, buscar soluções para resolver

problemas que não possa ser resolvidos pelo sistema, mas pela capacidade do ser humano de interagir

com meio de trabalho e de se reinventar.

Como recomendações foi proposto a realização de novos estudos e pesquisas na área,

mediante, grande crescimento deste segmento no mercado de profissionais e empresas e devido a

agilidade de atualização que essa área tem se aperfeiçoado e mudado, consequentemente promover um

melhor entendimento na área de sistemas de informações, especificamente nos sistemas de informações

gerenciais, devido os poucos estudos voltados para esse assunto.

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Utilizar-se por fundamento essa pesquisa para conhecer e verificar, os sistemas de informação

gerencial, quais os benefícios proporcionados por sua usabilidade aplicada, e sua colaboração para

atividades operacionais.

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SANTOS, Valdir Marcelo dos Santos, Sistema de informação como fator de sobrevivência das Micro e Pequenas Empresas, 2007. SEBRAE. Coletânea Estatística da Micro e Pequena Empresa. Brasília, 1998. SILVA, Edwin Aldrin Januário, 2014. Impactos da T.I na gestão das micro e pequenas empresas. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/setor/tecnologia-da-informacao/o-setor/areas-de-atuacao/271-1-impactos-da-ti-na-gestao-das-micro-e-pequenas-empres/BIA_2711>. Acessado em: 10 de março de 2014. SOUZA, Daniela Borges Lima. Gestão do Conhecimento na organizações: desafios e oportunidades, Estação Científica, Juiz de Fora, n. 03, Outubro 2006. STAIR, Ralph M; REYNOLDS, George W. Princípios de Sistemas de Informação. Rio de Janeiro: LTC, 2006. TONET, H. C.; TORRES DA PAZ, M. G. Um modelo para compartilhamento de conhecimento no trabalho. Revista de Administração Contemporânea, v. 10, n.2, p. 75-94, abr/jun. 2006. TURBAN, E., MCLEAN, E., WETHERBE, J. Tecnologia da Informação para gestão. Transformando os negócios da economia digital. 3ª Edição. Porto Alegre. Editora Bookman, 2004. TERRA, J. C. C. Por que investir em Conhecimento? Revista Banas Qualidade, ano 15, n. 160, set. 2005. VERGARA, Sylvia Constant. Relatórios de pesquisa em administração. 8º Ed. São Paulo: Atlas, 2007. YIN, R. Estudo de caso: Planejamento e Métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001. 2ª edição. ZABOT, J. M., SILVA, L. C. M. Gestão do Conhecimento: aprendizagem e tecnologia: construindo a inteligência coletiva. São Paulo: Editora Atlas, 2002.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Instrumento de coleta de dados

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM Curso de Administração – CAD

Estágio Supervisionado II Prezado Gestor e Colaborador, Este estudo pretende auxiliar em uma melhor tomada de decisão nas operações da organização, investigar a importância do sistema de informação nesta empresa e proporcionar ao gestor um feedback detalhado das atividades de sua empresa.

1) Você já ouviu falar em Sistema de Informação (S.I)? O que?

2) Como você conceituaria o termo Sistema de Informação (S.I)?

3) Na sua microempresa você consegue identificar um Sistema de Informação (S.I)? Qual?

Instruções

Respondendo a esta ENTREVISTA você vai colaborar com uma Pesquisa que está sendo

desenvolvida na UERN, a respeito das “Influências de um sistema de informação gerencial”

na Loja Exclusiva Ortobom.

Responda as questões com clareza e objetividade.

Não é necessário nenhum tipo de identificação sua, se assim você o desejar.

Que as respostas estejam de acordo com a realidade da empresa.

Obrigado pela colaborar com esta pesquisa.

Conhecimentos sobre S.I

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4) Você acha que existe alguma relação entre Sistema de Informação (S.I) e tecnologia?

5) Relacione atividades da sua empresa que na sua opinião possa está dentro do processo

do sistema de informação.

6) Na sua opinião o que pode influenciar ou o que é preciso para se desenvolver um

Sistema de Informação (S.I)?

7) Como você acha que o Sistema de Informação pode melhorar os processos

operacionais da microempresa?

8) Você acha que é importante o desenvolvimento de um sistema de informação gerencial?

Por que?

9) Existe um software na microempresa? Qual?

Auxilio do SIG na empresa

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10) Quais os processos que são realizados no computador?

11) A microempresa trabalha com quais relatórios realizados por meio de softwares?

12) Qual o nível de utilização dos equipamentos de informática (computadores e

impressoras) ao longo do dia?

13) Como você definiria a importância da tecnologia dentro da microempresa?

14) Com que frequência acontece o planejamento das informações na microempresa? Por

que?

15) Você acha importante se manter atualizado no mundo tecnológico? Por que?

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16) Você prefere trabalhar com ou sem computador? Justifique sua resposta.

17) A microempresa está apta para aceitar mudanças? Por que?

18) Quais as principais dificuldades da microempresa para atender seus objetivos?

19) A microempresa está aberta para novas tecnologias? Justifique.

20) Quais as principais dificuldades que a microempresa visualiza para a implantação de um

SIG?

21)

Obstáculos do SIG na empresa.

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Observações gerais sobre a entrevista.

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Curso de Administração - CAD Coordenação de Estágio Supervisionado - CES

APÊNDICE B - LISTA DE ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO

Nome do Aluno(a) _______SAMUEL FREITAS DE CARVALHO________ Organização em que realiza o Estágio: __LOJA EXCLUSIVA ORTOBOM____________________________ __

Mês ________ABRIL_______________ Área do estágio _______________ SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – S.I_________________________________________________________

Data

Assinatura do aluno(a) Hora

Atividade Realizada Entrada Saída

04/ 04 /2014 13:00 17:00 Conhecimento sobre a rotina da empresa

05/ 04 /2014 07:00 12:00 Anotações sobre a história da empresa

11/ 04 /2014 13:00 17:00 Identificação de práticas de tecnologia

12/ 04 /2014 07:00 12:00 Elaboração de organograma

14/ 04 /2014 13:00 17:00 Identificação do Software

25/ 04 /2014 13:00 17:00 Identificação de procedimentos manuais

26/ 04 / 2014 07:00 12:00 Procedimentos de Tomada de Decisões

28/ 04 / 2014 13:00 17:00 Utilização de Tecnologia de Informação na empresa

Pau dos Ferros - RN, 29 de abril de 2014. ________________________________________________

Carimbo e assinatura do Supervisor Rodovia Br 405, Km 03, Pau dos Ferros/ RN - CEP: 59900-000 Email: [email protected] – fone/fax: 3351-2560/33513909

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM

Curso de Administração - CAD Coordenação de Estágio Supervisionado - CES

APÊNDICE B - LISTA DE ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO I

Nome do Aluno(a) _______SAMUEL FREITAS DE CARVALHO________ Organização em que realiza o Estágio: __LOJA EXCLUSIVA ORTOBOM______________________________ __

Mês ___________MAIO________________________ Área do estágio _______________ SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – S.I_______________________________________________

Data Assinatura do aluno(a) Hora

Atividade Realizada Entrada Saída

02/ 05 / 2014 13:00 17:00 Utilização dos sistemas de informação na empresa

03/ 05 / 2014 07:00 13:00 Tarefas realizadas para propor o SIG

09/ 05 /2014 13:00 17:00 Verificação do atendimento ao cliente

10/ 05 /2014 07:00 13:00 Realização de atividades fotográficas

17/ 05 /2014 07:00 13:00 Levantamento de opiniões

24/ 05 /2014 07:00 13:00 Apresentação do estudo na empresa

31/ 05 /2014 07:00 13:00 Apresentação do SIG

Pau dos Ferros - RN, 31 de Maio de 2014. ________________________________________________

Carimbo e assinatura do Supervisor

Rodovia Br 405, Km 03, Pau dos Ferros/ RN - CEP: 59900-000 Email: [email protected] – fone/fax: 3351-2560/33513909

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM

Curso de Administração - CAD Coordenação de Estágio Supervisionado – CES

APÊNDICE B - LISTA DE ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO II

Nome do Aluno(a) _______SAMUEL FREITAS DE CARVALHO________ Organização em que realiza o Estágio: __LOJA EXCLUSIVA ORTOBOM______________________________ __

Mês _______________JUNHO____________ Área do estágio _______________ SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – S.I______________________________________________________

Data

Assinatura do aluno(a) Hora

Atividade Realizada Entrada Saída

07/ 06 /2014 07:00 13:00 Observação das atividades no computador

13/ 06 /2014 13:00 17:00 Observação das atividades / ambiente de trabalho

14/ 06 /2014 07:00 13:00 Observação das atividades / atendimento aos clientes

20/ 06 /2014 13:00 17:00 Observação das atividades operacionais

21/ 06 /2014 07:00 13:00 Observação dos processos de negócio empresa

27/ 06 /2014 13:00 17:00 Criação do fluxograma operacional

28/ 06 / 2014 07:00 13:00 Modelo proposto do SIG

30/ 06 / 2014 13:00 17:00 Entrevista

Pau dos Ferros - RN, 30 de junho de 2014. ________________________________________________

Carimbo e assinatura do Supervisor Rodovia Br 405, Km 03, Pau dos Ferros/ RN - CEP: 59900-000 Email: [email protected] – fone/fax: 3351-2560/33513909

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