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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
CENTRO DE APOIO A EDUCAÇÃO BÁSICA
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO
CADERNO PEDAGÓGICO
PROFESSORA PDE: Lucília Caetano
ORIENTADORA: Profª Ms. Paula Marçal Natali
Maringá
Maio/2011
APRESENTAÇÃO..............................................................03
MÓDULO I
EDUCAÇÃO FÍSICA POPULAR EM UMA PRÁTICA
CRÍTICO-LIBERTADORA..................................................05
MÓDULO II
JOGOS COOPERATIVOS EM UMA PROPOSTA LIBERTADORA...........12
JOGOS COOPERATIVOS.....................................................17
REFERÊNCIAS.................................................................35
ste Caderno Pedagógico foi elaborado para ser utilizado com
alunos da 5ª série do Colégio Estadual Luzia Garcia Villar – EFM, da
cidade de Barbosa Ferraz, Paraná, na disciplina de Educação Física, sendo
resultante da observação de que a competição é parte integrante da
configuração social atual e como, geralmente, muitos jogos refletem esta
tendência na escola, consideramos necessário romper com esta propensão
adotando novas metodologias que possam oportunizar a problematização da
competitividade e do individualismo. Para isso utilizaremos a Educação
Popular como fundamentação da nossa práxis.
Esta opção teórica se faz, pois a intervenção se concretizará a
partir da realidade dos alunos e a Educação Popular vem de encontro a
este anseio pois esta é:
[...] orientada para a transformação da sociedade, exige que se parta do
contexto concreto/vivido para se chegar ao contexto teórico, o que requer
a curiosidade epistemológica, a problematização, a rigorosidade, a
criatividade, o diálogo, a vivência da práxis e o protagonismo dos sujeitos
(Freire, 1995 apud Paludo, 2008, p.158).
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O Material Didático aqui apresentado cumpre as exigências do plano
de trabalho do professor PDE cujas atividades consistem, entre outras
em, com o devido acompanhamento de seu Orientador, elaborar uma
produção didático-pedagógica pertinente ao seu objeto de estudo/problema
devidamente sistematizado no Projeto de Intervenção Pedagógica na
Escola, e de acordo com a sua área/disciplina de ingresso no Programa.
A base para o desenvolvimento do Caderno Pedagógico são os
pressupostos teórico-metodológicos da Pedagogia Libertadora de Paulo
Freire que preconiza a superação do individualismo e da competição a
partir da conscientização dos educandos.
Afirma Paulo Freire, “[...] que os seres humanos, somente na
medida em que se descubram “hospedeiros” do opressor poderão contribuir
para o partejamento de sua pedagogia libertadora" (FREIRE, 1987, p.32).
Isto significa que para o oprimido, o opressor é a figura bem
sucedida e diante dele sente-se incapaz e assim só lhe resta adaptar-se.
O opressor não é responsável por agir assim, ele é aquele que sabe e ao
oprimido só resta conformar-se. Portanto só poderá libertar-se quando
ficar livre de tal forma de pensar e conceber o mundo.
Com este propósito apresentamos neste Material Didático uma
prática pedagógica com jogos de cooperação promovendo as decisões
coletivas, o diálogo e a liberdade entre os alunos, pois os jogos são, eles
próprios, experiências que podem ter características que desenvolvem a
originalidade, a criatividade dos alunos e enriquece seus conhecimentos.
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A educação popular tem uma concepção educativa de “Educação
libertadora”. Podemos compreender que. “[...] a razão de ser da Educação
libertadora está no seu impulso inicial conciliador. Daí que tal forma de
educação implique a superação da contradição educador-educandos, de tal
maneira que se faça ambos, simultaneamente, educadores e educandos”
(Freire,1987, p.29).
Para Brandão (1983), a educação popular seria uma re-significação
política, social e pedagógica de toda a educação, compreendendo enquanto
prática, a ação transformadora destas classes através da “consciência de
classe” e prática nos movimentos sociais. O mesmo autor ressalta as
dificuldades enfrentadas pelos educadores para colocar este tipo de
educação em prática:
Podemos compreender esta forma de educação como sendo uma
corrente de pensamento, uma forma de fazer educação a partir dos
Muitas vezes é difícil ao educador imaginar que as suas questões de “adequação” têm
a ver com o teor político das relações de poder – disfarçadas como “serviços” – entre
classes desiguais. Relações que a fala pedagógica evita enfrentar, porque ali estão
situações de fato que não se adéquam à lógica do poder à qual serve a educação
(BRANDÃO, 1983, p.29).
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interesses dos meios populares e um modo de contribuir para os processos
de transformação social.
Freire (1987) considera que a educação deve ser um processo de
humanização, ou seja, o caráter problematizador que se dá através do
diálogo, tem base existencialista, visto que o diálogo "se impõe como
caminho pelo qual os homens ganham significação enquanto homens" (Freire,
1987, p.93). O ato pedagógico deve ser uma ação que consiste em criar
dialogicamente, um conhecimento do mundo e o diálogo leva o homem a se
comunicar com a realidade. Para trabalhar com jogos cooperativos estes
princípios são importantes pois as relações humanas são fundamentais na
luta pela transformação da sociedade e libertação da opressão.
Com uma visão histórica e social da Educação Física, Bracht (1992)
afirma que:
[...] a educação libertadora, problematizadora, já não pode ser o ato de
depositar, ou de narrar, ou de transferir, ou de transmitir conhecimentos e valores
aos educandos, meros pacientes, à maneira da educação “bancária”, mas um ato
cognoscente de um sujeito, é o mediatizador de sujeitos cognoscentes, educador, de
um lado, educandos, de outro, a educação problematizadora coloca, desde logo, a
existência da superação da contradição educador-educandos. Sem esta não é
possível a relação dialógica, indispensável à cognoscibilidade dos sujeitos
cognoscentes, em torno do mesmo objeto cognoscível (FREIRE, 1987, p. 39).
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Em um trabalho com a Educação Física partindo desta perspectiva é
fundamental o estabelecimento de um processo dialógico entre professor e
alunos e estes com seus pares de uma forma dinâmica e em contínua
transformação. Ao perceber-se e assumir-se como ser pensante o aluno
compreenderá que é sujeito de sua própria transformação.
Entendemos que não podemos permanecer mais com estas visões parciais e falseadoras
da nossa prática social, produzidas por uma metodologia positivista e fragmentada.
Nesse sentido, não podemos prescindir de uma análise crítica que possa identificar o
papel que a Educação Física concretamente cumpre neste momento histórico de nossa
sociedade (BRACHT, 1992, p.57).
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Vídeo: A lição dos gansos
http://www.youtube.com/watch?v=W4uX_jqEB9c
http://www.senado.gov.br/portaldoservidor/jornal/jornal81/Imagens/geese
.jpg
10
http://www.inclusao.com.br/projeto_textos_10.htm
“Quando um ganso bate as asas, cria um „vácuo‟ para o pássaro seguinte.
Voando numa formação em V, o bando inteiro tem o seu desempenho 71%
melhor do que se a ave voasse sozinha.”
Lição: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade,
podem atingir seus objetivos mais rápido e facilmente.
“Sempre que um ganso sai da formação, sente subitamente a resistência por
tentar voar sozinho. Rapidamente, volta para a formação, aproveitando a
“aspiração” da ave imediatamente à sua frente.”
Lição: Se tivermos tanta sensibilidade quanto um ganso, permaneceremos em
formação com aqueles que se dirigem para onde pretendemos ir e nos
disporemos a aceitar a sua ajuda, assim como prestar a nossa aos outros.
“Quando o ganso líder se cansa, muda para trás na formação e, imediatamente,
um outro ganso assume o lugar, voando para a posição de ponta”.
Lição: É preciso acontecer um revezamento das tarefas pesadas e dividir a
liderança. As pessoas, assim como os gansos, são dependentes umas das outras.
“Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar e encorajar os da
frente e aumentar a velocidade.”
Lição: Precisamos nos assegurar de que o nosso “grasno” seja encorajador para
que a nossa equipe aumente o seu desempenho.
“Quando um ganso fica doente, ferido, ou é abatido, dois gansos saem da
formação e seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que
esteja apto a voar de novo ou morra. Só assim, eles voltam ao procedimento
normal, com outra formação, ou vão atrás de um outro bando.”
Lição: Se nós tivermos bom senso tanto quanto os gansos, também estaremos
ao lado dos outros nos momentos difíceis.
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MATERIAL: Vídeo: A lição dos Gansos. CD com música suave. Texto “A
Lição dos Gansos” (cópia para cada participante).
OBJETIVO: Vivenciar o espírito de grupo. Ressaltar a importância da
unidade, cooperação e incentivo.
DESENVOLVIMENTO:
1- Assistir ao vídeo.
2- Formar equipes e distribuir cópias do texto “A Lição dos Gansos” para
cada participante.
3- As equipes deverão, em dez minutos, refletir acerca das lições que
podem ser extraídas de cada item com as relações humanas e registrá-las
nas linhas em branco.
4- Feito isso, pedir para as equipes que compartilhem com todo o grupo
suas reflexões. Solicitar que estabeleçam relações consigo mesmos. Até
que ponto buscam a mesma direção, quando em grupo? Que associações
podemos fazer dessas lições nos jogos nas aulas de Educação Física?
5- Depois distribuir o texto já com as analogias feitas e pedir leitura em
voz alta.
6- Plenária – o grupo comenta o trabalho, analisando qual o objetivo da
dinâmica.
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Educadores, psicólogos, filósofos e pessoas ligadas à educação
deixam claro, em seus trabalhos, o quanto o jogo é importante no processo
de aprendizagem da criança, não mais o vendo apenas como uma atividade
recreativa, mas também orientada por objetivos relacionados ao aspecto
físico, cognitivo e social da criança (KISHIMOTO, 2005).
De acordo com a autora:
Outra contribuição sobre os jogos e brincadeira é de Maturana
(1998, p.12) defende a idéia de que “a competição sadia não existe”
tentando “maquiá – la”, ela não constitui um fenômeno biológico.
Para Maturana “os seres humanos não são apenas animais políticos,
mas, sobretudo, animais cooperativos”(1998, p.76) devido a que:
[...] na vida de criança, para além do entretenimento, o jogo ganha espaço através
da focalização de suas propriedades formativas, consideradas sob perspectivas
educacionais progressistas, que valorizam a participação ativa do educando no seu
processo de formação (1994, p.166).
A competição é um fenômeno, cultural e humano, e não constitutivo do biológico. Como
fenômeno humano, a competição se constitui na negação do outro [...] a competição se
ganha com o fracasso do outro, e se constitui quando é culturalmente desejável que
isso ocorra. No âmbito biológico não – humano, esse fenômeno não se dá
(MATURANA, 1998, p.12).
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Desta forma a reflexão no âmbito da Educação Física pode ser
baseada nas ideias de Bracht (1989) que têm se apresentado de modo
bastante diversificado e, mesmo considerando que a prática pedagógica
atual ainda seja influenciada pelo paradigma da aptidão física e do esporte
rendimento, o autor reconhece que várias abordagens pedagógicas foram
gestadas nas últimas duas décadas, as quais se colocam hoje como
alternativas para o ensino da Educação Física.
Nessa proposta, dentro de uma tendência libertadora que vincula a
educação à luta e organização de classe oprimida, os jogos cooperativos
evidenciam-se como um dos modos mais adequados para o desenvolvimento
da cooperação e a superação do processo de esportivização e do mito da
competição, dando espaço para a inclusão social.
[...] tanto o viver político como o cooperativo implicam em consenso, mas o fazem
de maneira diferente. A coexistência política restringe a atenção ao viver sob o
domínio da luta pela dominação e submissão, e a possibilidade que oferece para a
expansão da inteligência se restringe a esse domínio. A coexistência cooperativa, ao
contrário, expande a atenção para o viver em todos os domínios possíveis de
coexistência e para a aceitação da legitimidade do outro (1998, p.76).
Um jogo de duas equipes, por exemplo, “queimada”, envolve a situação imaginária de
uma guerra onde uma equipe “extermina” a outra com “tiros” de bola. O imaginário da
“guerra” vai sendo escondido pelas regras, cada vez mais complexas, às quais os
jogadores devem prestar o máximo de atenção. Por esse motivo é conveniente promover
junto aos alunos discussões sobre as situações de violência que o jogo cria e as
consequentes regras para seu controle. Dessa forma, os alunos poderão perceber, por
exemplo, que um jogo como a “queimada” é discriminatório, uma vez que os mais fracos
são eliminados (queimados) mais rapidamente, perdendo a chance de jogar. Isso não
significa não jogar “queimada”, senão mudar suas regras para impedir a sobrepujança da
competição sobre o lúdico (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.66).
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Torna-se, portanto, necessário que o professor cumpra seu papel de
mediador e mostre aos educandos que os espaços para as aulas de
Educação Física são para a aprendizagem e não a competitividade, a
desunião e a eliminação do outro. De acordo com Huizinga (1971, p.57):
Existem autores que se dedicam a estudar os jogos cooperativos e
suas implicações nos diferentes contextos. Podemos citar os estudos de
Brown, Orlick, Brotto e Deacove. Estes autores entendem os jogos
cooperativos desta forma:
Orlick (1989, p.23) A diferença principal entre jogos competitivos e cooperativos é que
nos jogos cooperativos todo mundo coopera e todos ganham e estes
jogos eliminam o medo e o sentimento de fracasso. O principal objetivo
seria criar oportunidades para o aprendizado cooperativo e prazeroso.
Brown (1994, p.24). O jogo cooperativo busca a criação e a contribuição de todos. Busca
eliminar a agressão física contra os outros. Busca desenvolver atitudes
de empatia, cooperação, estima e comunicação.
Deacove (1974, p.1). Jogos cooperativos são jogos com uma estrutura alternativa onde os
participantes, jogam uns com os outros, ao invés de uns contra os
outros.
Brotto (2001, p.54). Nos jogos cooperativos joga-se para superar desafios e não para
derrotar os outros; joga-se para gostar do jogo, pelo prazer de jogar.
São jogos onde o esforço cooperativo é necessário para se atingir um
objetivo comum e não para fins mutuamente exclusivos.
[...] Tal como todas as outras formas de jogo, a competição é geralmente desprovida
de objetivo. “Quer isto dizer que a ação começa e termina em si mesma, não tendo o
resultado qualquer contribuição para o processo vital do grupo”.
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Entretanto, neste projeto utilizaremos bases teóricas da Educação
Popular e da Educação Física Histórico – Crítica, pois entendemos que
estas contemplam melhor as contradições do ambiente escolar. Desta
forma entendemos que:
Levando em consideração estas afirmações pretende-se desenvolver
esta proposta utilizando os jogos cooperativos como metodologia de ensino
buscando evidenciar e problematizar as categorias competitividade,
exclusão e individualismo partindo dos pressupostos teóricos que vão
embasar a ação.
Quanto mais se problematizam os educandos, como seres no mundo e com o mundo,
tanto mais se sentirão desafiados. Tão mais desafiados, quanto mais obrigados a
responder ao desafio. Desafiados, compreendem o desafio na própria ação de captá-lo.
Mas, precisamente porque captam o desafio como um problema em suas conexões com
outros, num plano de totalidade e não como algo petrificado, a compreensão resultante
tende a tornar-se crescentemente crítica, por isto, cada vez mais desalienada (FREIRE,
1987, p.40).
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Objetivo do jogo: Desenvolver a capacidade de raciocínio e
estratégia no jogo e o sentimento de ajuda mútua.
Recursos: Um salão amplo com aproximadamente 10m x 10m e livre
de obstáculos.
Uma cadeira para cada participante, ou uma folha de jornal.
Descrição: Divide-se o grupo em 04 equipes (navios) que formarão
uma "Esquadra" e ficarão dispostas em 04 fileiras como um grande
quadrado. Cada "tripulante" começará o jogo sentado em uma cadeira.
Esquema:
Cada "Navio" deverá chegar ao "Porto Seguro" que corresponde ao
lugar que está o navio da sua frente. Porém, para isso deverá chegar com
todas as suas cadeiras, ou folhas de jornal, e com todos os participantes.
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Nenhum tripulante poderá colocar qualquer parte do corpo no chão
nem arrastar as cadeiras ou as folhas.
Quando todos os "navios" conseguirem alcançar o "porto seguro", o
desafio será vencido por toda a Esquadra.
Ao final, quando todos já estiverem alcançados o "porto seguro",
pedir que os tripulantes de toda a "esquadra" se coloquem em ordem
alfabética.
Depois todos dão-se as mãos e pulam juntos das cadeiras até o
chão.
Para facilitar o desafio para grupos mais jovens ou, na falta de
cadeiras, pode-se substituir as mesmas, por folhas de jornal abertas e
estendidas no chão.
No decorrer do jogo toca-se a música “Como uma onda no mar” de
Lulu Santos, pois a mesma fala sobre o tema.
Organizar os alunos em circulo e avaliar juntamente com a turma as
percepções e sentimentos de cada aluno durante a vivência do jogo
cooperativo.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=27426
Apresentação dos vídeos:
12º jogos cooperativos
http://www.youtube.com/watch?v=SiKhaBn80dc&feature=related
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Disciplina jogos cooperativos
http://www.youtube.com/watch?v=u8Q1M_Uksog&feature=related
Cooperativismo – vamos salvar o mundo
http://www.youtube.com/watch?v=8FP55R2K5_8
Análise dos vídeos
Escolha de alguns momentos marcantes para serem vistos novamente:
Discussão/mediadora.
Objetivo do Jogo: Refletir sobre a necessidade do trabalho em grupo para
atingir uma meta coletiva.
Recursos: Sala grande, quadra ou ao ar livre. Número de participantes:
Este jogo atinge bons resultados com grupos acima de 15 pessoas.
Descrição: Pedir para que os participantes em pé formem um círculo
voltado para dentro dele. Agora se pede que todos virem para a direita,
de modo que cada um fique de frente para as costas do colega, como numa
fila circular. Cada um deve juntar a ponta dos pés nos calcanhares do
colega á sua frente, colocando as mãos na cintura dele; O professor
contará até três pausadamente, e os alunos devem sentar-se nos joelhos
de quem está atrás, vagarosamente. Todos ao mesmo tempo; Se alguém
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perceber que vai perder o equilíbrio deve comunicar ao grupo,
imediatamente. Tentar várias vezes até que consigam atingir o objetivo.
Quando houver um equilíbrio, uma coesão no grupo, o professor solicitará
que todos soltem a mão direita e levantem para o alto. Em seguida, a mão
esquerda. Finalmente pede-se a todos que coloquem a mão na cintura do
colega a sua frente e, após a contagem até três, por parte do professor,
levantam-se todos juntos, vagarosamente. Repete-se então o mesmo
processo, porém de olhos fechados.
Obs. O grupo perceberá que o equilíbrio conjunto impede que alguém caia
ao chão.
É importante distribuir as pessoas de acordo com o peso e altura
proporcionais, para que possam sentar-se com tranqüilidade.
Objetivo: Desenvolver atitudes de ajuda mútua, iniciativa do trabalho em
grupo e agilidade.
Recursos: Material: Linha ou giz para marcar o chão
Descrição: Formam-se duas fileiras de pessoas. Uma de costas para a
outra. Uma fileira é PAR e a outra ÍMPAR. O professor faz contas em
voz alta que os participantes têm que adivinhar o resultado. Por exemplo,
2+2 =? Se der par, a fileira par tem que sair correndo para frente até
atingir a linha limite. E a fileira Impar, deve correr atrás dos pares, para
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pegá-los. Se atingirem a linha, não vale mais ser pego. E vice–versa.
Quem for pego passa a ajudar o outro grupo. Para terminar, abrir para
compartilhar sensações, idéias, etc.
OBS. esse jogo pode ser trabalhado com outros assuntos como respostas
positivas (sim) ou negativas (não) etc.
Objetivo do jogo: Desenvolver o trabalho em equipe, a comunicação e a
habilidade de planejar coletivamente.
Recursos: Fita Crepe ou giz, folha contendo o mapa do campo minado
e apito.
Descrição: Cruzar um campo minado, representado por uma matriz de
linhas e colunas, cujas células podem conter uma “bomba”. Caso a pessoa
que faz a tentativa de travessia pise em uma célula que contêm uma mina
explosiva, será informada pelo professor.
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O grupo somente alcançará o outro lado do campo minado, caso
aprenda com as próprias experiências, e se estas experiências foram
acumuladas, incorporadas e transmitidas para os integrantes do grupo no
momento apropriado. Este jogo permite também vivenciar a diferença
entre conhecer a saída do campo estando do lado de fora, e como a
situação parece mudar completamente quando se está atravessando o
campo, necessitando da ajuda dos outros integrantes do grupo. O sucesso
do grupo depende do sucesso de cada pessoa, e o sucesso de cada pessoa,
depende do apoio que cada um receber do grupo
O jogo termina quando o grupo descobre o caminho correto e todos
conseguem atravessar.
Este jogo torna-se interessante quando exercitado a partir de 10
pessoas. Com grupos acima de 40 pessoas, pode se tornar um pouco
demorado e causar desinteresse pela formação de subgrupos.
Duração:
Com um grupo de cerca de 20 pessoas, não costuma demorar mais
de trinta minutos.
Descrição:
O professor conduz o grupo para o local onde o chão foi
antecipadamente demarcado com fita crepe ou giz. Todos os membros do
grupo são convidados a ficar após uma linha que marca o início do campo
minado.
São passadas as seguintes instruções ao grupo: Vocês deverão
atravessar este campo minado, uma pessoa de cada vez. Quando a pessoa
que está na travessia pisar em uma mina. O facilitador irá soar o apito,
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que simboliza a explosão a mina. A pessoa que "sofreu" a explosão deverá
voltar para junto do grupo e oportunamente tentar novamente a travessia.
Durante o jogo, o grupo não poderá falar, podendo, entretanto emitir
sons. É permitido andar uma célula de cada vez, e sempre para uma célula
adjacente. O grupo terá cinco minutos iniciais, quando poderão falar, para
elaborar a estratégia a ser adotada durante a travessia. O grupo terá
quarenta minutos para efetuar a travessia de todos os integrantes. Um
exemplo de caminho pode ser visto na tabela abaixo:
O caminho correto neste exemplo é dado pelas células: A1, B2. B3,
C4 e B5.
Obs. O jogo deve ser conduzido em silêncio, podendo o grupo utilizar
sinais físicos ou sonoros previamente combinados. Entretanto, é normal que
as pessoas deixem escapar algumas palavras. Neste momento, o professor
deve paralisar o jogo e relembrar a regra. Não é aconselhável instituir
uma punição para o caso de pessoas que falem. Quando algumas pessoas
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insistirem em falar, o professor deve novamente paralisar o jogo e colocar
a questão para o grupo, pedindo que eles resolvam a questão.
Objetivo: Desenvolver a cooperação, capacidade mútua de ajudar e a
estratégia de trabalho em equipe.
Recursos: quadra de esportes
Descrição: Os alunos distribuídos pela quadra, uma pessoa é
escolhida para dar o início do jogo de “pega em corrente,” As pessoas
distribuídas pela quadra tentarão escapar, mas quando uma pessoa for
pega pelo pegador, deverá dar as mãos a ele e correr juntos sem se soltar
e assim sucessivamente vai formando uma corrente que tentarão pegar os
próximos participantes. Todos os que forem pegos deverão participar da
corrente, aumentando o número de participantes, se a corrente quebrar os
participantes não poderão ser pegos.
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Objetivo: Desenvolver a capacidade de diálogo, estratégia de ação
do trabalho em equipe, comunicação e de colocar-se no lugar do outro.
Recursos: Fita crepe ou barbante para fazer uma divisória no chão.
Descrição: O professor comunica que o lugar está pegando fogo e ¾
das pessoas estarão em apuros, de forma que os outros, ou seja, ¼ será
salva vidas. O propósito é que as pessoas “salva-vidas” levem os que estão
em apuros para o outro lado da linha, sem deixar as partes do corpo de
quem está sendo salvo encostar-se ao chão. A estratégia utilizada fica a
cargo do grupo.
Objetivo: Estimular o raciocínio e o trabalho em equipe ao
desmanchar um nó feito com pessoas.
Recursos: Nenhum.
Descrição - Todos os participantes formam um círculo dando as
mãos. Cada um verifica quem está à sua direita e à sua esquerda. Isto é
muito importante, pois pode haver confusão depois, portanto, pedir que
cada um fale alto pra si e para os outros: “João está à minha direita e
Ana, à minha esquerda”, etc. Dizer para soltarem as mãos e caminharem
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pelo espaço, aleatoriamente, até ouvirem um sinal de palma. Ao ouvi-lo,
todos param exatamente onde estão. Agora, sem sair de suas posições,
deverão dar a mão direita para quem estava à direita e a mão esquerda
para quem estava à esquerda. Vai se formar um nó de pessoas, e deverá
ser desfeito, voltando o círculo à posição inicial, sem que ninguém solte as
mãos.
Objetivo: Desenvolver a interação cooperativa.
Recursos: Bola e espaço amplo.
Descrição: Formar Duplas. O Jogo deve acontecer com as duplas
amarrados por uma corda ou com papel higiênico, ou de mãos dadas. O
Jogo é como o futebol tradicional, só que com algumas adaptações. As
duplas devem jogar junto (de mãos dadas, amarradas com corda ou com
papel higiênico) o tempo todo. Se as duplas se soltarem vale um gol para o
outro time. Quando for gol, a dupla que a fez deve passar para o time
adversário. O jogo dura o tempo que o grupo achar que deve durar.
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Objetivo: Contribuir para estreitar as distâncias que separam as
pessoas.
Recursos: Bexiga e espaço amplo.
Descrição: Uma pessoa do grupo deverá ser eleita “pegador”. O
pegador segura uma bexiga, e sai correndo atrás das outras pessoas. O
pega-pega transcorre normalmente, mas se elas se abraçarem não poderão
ser pegas. Os que estão correndo do “pegador” devem se abraçar
primeiramente em Duplas e depois em 3, 4, 5 de acordo com o sinal do
professor, ou seja, de tempos em tempos o professor vai dizer que para
se salvar, as pessoas deverão se abraçar em duplas, e depois de um tempo
só poderá ser em trios e assim por diante. Quando alguém for pego, vira
pegador. No caso de ser um grupo pego, todos desse grupo viram
pegadores. Se o jogo estiver muito fácil, na hora do abraço as pessoas
deverão estourar bexigas, senão não terão imunidade. Isso dificultará a
identificação de quem é ou (são) os pegador(es) pois todos caminharão com
bexigas na mão.
OBS. Cada abraço só pode demorar 3 segundos.
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Objetivo: Desenvolver a capacidade de cooperação, agilidade mútua
e raciocínio.
Recursos: cadeiras.
Descrição: Formar um círculo de cadeiras. Dividir o grupo em dois
sendo um grupo ficará em pé atrás de cada cadeira, um representante
para cada cadeira. Outro grupo senta-se nas cadeiras, deixando uma
vazia. Quem está em pé, detrás da cadeira vazia, é o "viúvo". Os que
estão em pé e não são "viúvo" devem ter as mãos nas costas da cadeira à
sua frente, também só olhar a nuca de quem está sentado à sua frente. O
"viúvo" deverá piscar um olho para uma das pessoas sentadas. A pessoa a
quem foi dirigida a piscada, deve sair de sua cadeira para ir sentar na
cadeira vazia do "viúvo". Se, na hora de partir, é tocada por quem está
em pé atrás da cadeira, deve voltar à sua cadeira. Caso consiga partir
sem ser tocado, o colega que estava atrás será o novo viúvo. O jogo
continua com o novo "viúvo" piscando para outras pessoas, e assim
sucessivamente.
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Objetivo: Reconhecer as características de um jogo competitivo.
Recursos: cadeiras, aparelho de som e CDs.
Descrição - Selecionar participantes de cada equipe, colocar em
círculo cadeiras. Em seguida propor o objetivo comum: terminar o jogo com
todos os participantes eliminados. Colocar música para todos dançarem.
Quando a música parar, todos devem procurar um lugar sentar usando as
cadeiras. Em seguida o educador tira uma ou duas cadeiras (e assim
sucessivamente). Aquele que sobrar sai da brincadeira, e a dança continua
até nova parada (e assim por diante). O jogo prossegue até restar uma
cadeira, com um participante, (pois as crianças serão eliminadas da
atividade).
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Objetivo: Reconhecer as características de um jogo cooperativo e
liberar-se dos padrões competitivos.
Recursos: Cadeiras, aparelho de som, CDs
Descrição: Selecionar participantes de cada equipe. Colocar em
círculo as cadeiras. Em seguida propor o objetivo comum: terminar o jogo
com todos os participantes sentados nas cadeiras que sobrarem. Colocar
música para todos dançarem. Quando a música parar, TODOS devem
sentar usando as cadeiras (e os colos uns dos outros). Em seguida o
educador tira uma ou duas cadeiras (e assim sucessivamente). Ninguém sai
do jogo e a dança continua até nova parada (e assim por diante). O jogo
prossegue até restar uma cadeira, ou mesmo sem cadeira (vai até onde o
grupo desejar).
Objetivo: Elaborar regras para transformar um jogo competitivo em
cooperativo.
ATIVIDADE DE TRANSFORMAÇÃO DE
REGRAS PARA JOGOS COOPERATIVOS.
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Recursos: Bola e quadra de esportes.
Descrição: Divide - se a turma em duas equipe A e B. Cada equipe
coloca-se de um lado da quadra. Apenas um jogador de cada lado deverá
se colocar atrás da linha de fundo do campo adversário, sendo denominado
este espaço de cemitério e o jogador o coveiro. Ele deverá cruzar a bola
para a sua quadra e não pode queimar enquanto alguém de sua equipe não
for queimado, quando isto acontecer ele trocará de lugar com este
podendo então queimar (a troca só acontecerá com o primeiro coveiro). É
iniciada a partida ao apito professor. Ao ser dado o início do jogo, o
jogador que esta de posse da bola, passa ela para o coveiro e ambos vão
cruzar a bola para tentar queimar adversário, pois o objetivo do jogo é
eliminar o adversário da quadra.
Um jogador só é queimado quando a bola bate nele, e depois ela cai
no chão. Se a bola é segurada por qualquer pessoa da equipe, o jogador é
salvo. Se a bola bate apenas em um jogador, só este é queimado, mas se
a bola bate em mais de um jogador, todos os jogadores são considerados
queimados. Os jogadores queimados vão para o cemitério que fica atrás
da linha de fundo do campo adversário. Vence a equipe que "queimar"
todos os jogadores da equipe adversária.
OBS. Esta atividade será aplicada com a transformação de regras
elaborada pelos alunos. Possibilitando assim a reflexão e a criação de
novas regras e formas de jogar.
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Objetivo do jogo: Refletir, procurando resgatar Valores Humanos de
união do grupo em torno de um objetivo comum;
Recursos: Bolas, quadra de esportes.
Descrição:A quadra deve ser dividida em 4 partes, sendo que as
crianças são divididas em 4 grupos, e cada um ocupando um espaço. A
atividade realizada inicialmente com 2 bolas, e posteriormente acrescenta-
se mais uma, aumentando o grau de dificuldade e atenção dos alunos. O
objetivo é queimar o adversário, de qualquer um dos grupos, sem
ultrapassar seu território, de maneira a conquistar mais jogadores para o
seu time, e tentar conquistar o espaço do país vizinho, caso todos fossem
queimados. O desafio lançado é que cada aluno deve procurar não ser
queimado, mas caso isso aconteça, este passa a pertencer àquele país,
procurando ajudá-lo. No término do jogo, não há vencedores, pois todos
terminam em um grande grupo em virtude da conquista dos espaços.
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O desenvolvimento é semelhante ao jogo de cima, porém com a
regra modificada, ou seja, os educandos que forem queimados serão
eliminados do jogo e não podem voltar mais até o término deste, no qual o
grupo com maior número de participantes e com mais territórios
conquistados é o vencedor.
Ao final de cada ação tralhada: discussão em roda com a
propositora do projeto mediando à reflexão dos jogos cooperativos e
competitivos.
Ao término da realização de cada jogo é proposto as seguintes
atividades: escrever no quadro a seguinte frase, “O Jogo Cooperativo foi
para mim”?
1. Solicitar que os alunos escrevam no topo da folha esta frase, e que
a respondam através de um desenho, de uma frase ou de um texto.
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2. Quando os alunos forem terminando, fixar os registros na parede da
sala.
3. Quando todos os registros estiverem fixados, solicitar que os alunos
observem as atividades dos colegas identificando quais foram os
sentimentos, dificuldades e características relacionadas ao jogo
cooperativo vivenciado nessa aula.
4. Após a discussão abrir para o diálogo final roda da conversa,
solicitando que respondam os seguintes questionamentos em conjunto:
- O que vocês fizeram para se ajudar mutuamente durante o
desenvolvimento da atividade?
- Qual a sensação despertada ao realizar o jogo cooperativo e o
competitivo, expondo as diferenças entre eles?
- Durante a realização da atividade todos aceitaram ajuda e todos
ajudaram? Justifique sua resposta.
- Qual atitude foi desenvolvida nesta atividade?
- Em que momento essa atitude poderia ser utilizada no cotidiano
(escola, família, comunidade entre outros.)?
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