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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL NOTAS DE AULAS DA DISCIPLINA CONSTRUÇÃO CIVIL ASSUNTO: ESQUADRIAS (última revisão em abril de 2002) PROF. CARLAN SEILER ZULIAN ELTON CUNHA DONÁ CARLOS LUCIANO VARGAS abril de 2002

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

NOTAS DE AULAS DA DISCIPLINA CONSTRUÇÃO CIVIL ASSUNTO: ESQUADRIAS

(última revisão em abril de 2002)

PROF. CARLAN SEILER ZULIAN ELTON CUNHA DONÁ CARLOS LUCIANO VARGAS

abril de 2002

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ESQUADRIAS 1 – INTRODUÇÃO 2 – CONDIÇÕES GERAIS 3 – PORTAS DE MADEIRA 4 - JANELAS DE MADEIRA 5 - PORTAS METÁLICAS DE FERRO E AÇO 6 - JANELAS DE FERRO E AÇO 7 - ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO 8 – FERRAGENS 9 – VIDROS GLOSSÁRIO NORMAS TÉCNICAS BIBLIOGRAFIA

1 – INTRODUÇÃO As esquadrias e caixilhos, compostas com vidros ou outros materiais transparentes ou translúcidos, são considerados elementos de fechamento de vãos em edificações e fazem parte dos acabamentos, ou seja, são executados nas etapas finais de uma obra. Sendo assim é comum, nessa fase da obra, a percepção de defeitos das etapas anteriores pela falta de prumo, nivelamento e alinhamento, fatores estes que a colocação das esquadrias apontarão, exigindo muitas vezes a execução emergencial de retrabalhos na obra antes da instalação de portas e janelas. Da mesma forma, a qualidade dos serviços e dos materiais empregados serão imediatamente colocadas à prova na ocupação da edificação, pois o mau funcionamento na abertura ou fechamento desses elementos é facilmente detectável pelos usuários, assim como na seqüência, com o uso freqüente, na sua durabilidade e desempenho contra intempéries, ruídos e ações externas. Em termos práticos, o termo esquadria é usado para a designação genérica de todos os sistemas de vedação de vãos com portas, janelas, persianas e venezianas, executados em madeira ou plástico; e o termo caixilho é usado para identificar toda a vedação de vãos por meio de portas e janelas executados em metal, seja de ferro ou alumínio. 2 – CONDIÇÕES GERAIS De acordo com o projeto, as esquadrias e caixilhos de portas e janelas devem atender as especificações e detalhes estabelecidos em normas técnicas, as exigências do usuário, adequadas à composição arquitetônica quanto a sua utilização, dimensão, forma, textura, cor e desempenho. Considerando o desempenho, os sistemas devem observar as condições principais de:

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a) estanqueidade ao ar: características dos sistemas que devem proteger os ambientes interiores da edificação das infiltrações de ar que possam causar prejuízo ao conforto do usuário e/ ou gastos adicionais de energia a climatização do ambiente, tanto no calor como no frio;

b) estanqueidade à água: característica dos sistemas em proteger o ambiente interior da edificação das infiltrações de água provenientes de chuvas, acompanhadas ou não de ventos;

c) resistência a cargas uniformemente distribuídas: característica dos sistemas em suportar pressões de vento estabelecidas nas normas técnicas e que têm de ser compatibilizadas pelo projetista, segundo o seu local de uso;

d) resistência à operação de manuseio: característica do sistema em suportar os esforços provenientes de operações e manuseio prescrita nas normas;

e) comportamento acústico: característica das janelas em atenuar, quando fechadas, os sons provenientes de ambientes externos, compatibilizado com as condições de uso e as normas técnicas.

3 – PORTAS DE MADEIRA As portas são sistemas funcionais constituídos de batente ou marco (quando é mais estreito que a parede), guarnição (alisares ou vistas), folha ou folhas e ferragens (dobradiças, fechadura, travas e fixadores). O batente é o elemento fixo que guarnece o vão da parede onde se prende a folha de porta, e que tem um rebaixo (jabre) contra o qual a folha de porta se fecha. A folha é a parte móvel da porta, e quando é do tipo de articulação, o sentido de abertura é à direita ou à esquerda de quem olha a porta do lado em que não aparecem as dobradiças. O alisar (guarnição ou vista) é a peça fixada ao batente e destinada a emoldurá-lo (para arremate junto da parede).

����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

�����������������������������������������������������������������������������������������

batente

alvenaria

chapiscoemboço

reboco

jabreguarnição

madeira de lei (peróba)

4,5

10 a 15 cm (depende da espessura da

parede acabada)

3,5

3 a 4

1

espuma espansiva

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3.1 – Componentes das portas

Marco batente com largura menor que a espessura da parede

Caixão batente com largura da parede, de 10 a 25 cm, ou mais

Batente

Aduela batente sem rebaixo (jabre) para o encaixe da folha

Lisa chapeada ou compensada

Maciça executada com duas ou três tábuas, mas pouco usadas

Almofadada executadas com montantes e travessas, munidas de ranhuras que recebem os machos das almofadas

Folha

Calha ou Mexicana (maciça)

feitas com sarrafos do tipo macho-fêmea, presos por meio de travessas sobrepostas na contra-face

Guarnição Vistas peças com larguras variando de 4 a 9 cm, trabalhadas ou não, com espessura de 1 a 1,5 cm

Sôcolo ou soco Vistas

peça de madeira do mesmo formato da guarnição, mais robusta (seção ligeiramente maior), empregada como arremate da guarnição junto ao piso

Mata-junta ou

batedeira peça de madeira utilizada para vedar a fresta entre duas folhas

são peças metálicas para a sustentação, fixação e movimentação das esquadrias, podendo ser trabalhadas ou não, constituídas de:

Ferragens

Dobradiças Fechaduras Contratestas Espelhos Rosetas Maçanetas Puxadores

Ferrolhos Rodízios Cremonas Tarjetas Carrancas Fixadores ou prendedores Fechos

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3.2 - Fixação dos batentes de portas Existem vários métodos executivos para a fixação dos batentes das portas no vão que dependem do tipo de parede, de batente, tipo de porta etc. Seja qual for o método, o principal cuidado deve ser em relação às medidas, prumos, níveis e alinhamentos. Qualquer desvio dimensional na colocação dos batentes irá provocar o funcionamento incorreto da porta, obrigando a retrabalhos, aumento de custos e atrasos na entrega da obra e insatisfação do cliente. 3.3 - Serviços preliminares à colocação dos batentes em madeira

a) alvenaria concluída e vãos das aberturas aprumados e nas dimensões determinadas pelo projeto (sempre com uma folga de 1 a 1,5 cm de cada lado);

b) se a fixação for com espuma expansiva de poliuretano as faces dos vãos devem estar chapiscadas e requadradas com emboço;

c) o contrapiso deve estar pronto e nível do piso deve estar rigorosamente marcado ou com taliscas até seu nível final (se a acabamento for em carpete ou qualquer outro material considerar a espessura final do acabamento);

d) as taliscas (tacos) do revestimento das paredes devem ter sido colocadas. 3.4 - Preparação dos batentes

a) se a obra comportar trabalhos em série (padronização e repetição) a montagem dos batentes pode ser feita em bancada centralizada;

b) definir as dimensões padrões de altura das ombreiras (montantes) efetuando os cortes necessários com absoluto rigor de esquadro;

c) posicionar a travessa já cortada na medida indicada sobre os montantes e fixar com pregos 18x36, fazendo furos com broca de 5mm na madeira para evitar rachaduras;

d) conferir o esquadro entre os montantes e a travessa e fixar os travamentos (sarrafos de 1”x2”)já devidamente cortados com pregos 15x15;

..

.

50 cm

5 cm

5 cm

50 cm

travamentosripas 1”x2”

ombreira

travessa

. . . .. .

. .

. .

..

. . . ..esquadro

adaptado CTE, 1996

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3.5 - Transporte e armazenagem dos batentes a) os batentes montados e travados devem ser transportados com o máximo

de cuidado pra que não sofram qualquer alteração no esquadro e espaçamentos;

b) devem ser acondicionados nos pavimentos próximos dos vãos em locais seguros e livres de umidade e insolação sobre ripas niveladas ou em pé encostados nas paredes.

3.6 - Preparação do vão para a fixação do batente O vão deve estar previamente preparado para receber o batente, dependendo do tipo escolhido de fixação e conforme o esquema a seguir:

largura do vão

altu

ra d

o vã

o

verga

fixação do batente com

tacos

fixação do batente com

grapas

argamassa de fixação cimento e

areia 1:3

o vão largura deve ficar sempre com 1 cm a mais de cada lado do indicado no projeto e altura com 1 cm para ajustes de prumo, nível e

alinhamento

Exemplo de dimensões do vão para porta de 80x210 com batente de 4,5 cm:L = 80 + 1 + 4,5 + 4,5 + 1 = 91 cmA = 210 + 1 + 4,5 = 215,5 cm

3.7 - Fixação provisória do batente A fixação dos batentes pode ser feita com parafusos, com tacos ou grapas ou ainda pelo sistema de porta pronta. Seja qual for a forma de fixação deve-se adotar os seguintes procedimentos:

a) posicionar o batente junto ao vão apoiando os pés dos montantes no nível do piso acabado, ajustando o prumo e mantendo folgas iguais em ambos os lados dos montantes;

b) acertar o alinhamento usando régua de alumínio posicionada no plano da parede acabada (taliscas);

c) verificar o prumo e nível em todas as faces dos montantes e da travessa;

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montates(ombreiras)

travessa

detalhe 1

detalhe 2

o batente deve ser apenas firmado nos calços deixando de 1 a 1,5 cm entre o batente e a parede, para futuros ajustes com a porta podendo servir de gabarito – nunca usar cunhas ou permitir folgas nos calços

d) usar cunhas somente para garantir que o prumo não seja alterado até a fixação final com a colocação da porta e nunca como calço;

orelha

parafuso de fixação do montante

detalhe 1 detalhe 2

as frestas entre a alvenaria e montantes ou travessas devem ser preenchidas com argamassa 1:3 ou com espuma espansiva de poliuretano em pelo menos 3 pontos em cada montante

antes de colocados os batentes devem ser protegidos com uma demão de selador de madeira ou outro impermeabilizante, e depois receber uma proteção provisória até a altura de 1,5 m a fim de evitar choques com carrinhos de mão

calço

fresta p/ ajuste

e) no caso da fixação com espuma expansiva de poliuretano, a superfície

das faces deve estar chapiscada e emboçada, limpa e levemente umedecida;

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montates(ombreiras)

travessa

detalhe 1

ii

travamento

porta pronta

a) colocar 2 parafusos, no mínimo, na parte externa do batente da porta pronta em pelo menos 3 seções em cada montante (nos locais onde ficariam os tacos ou grapas);

b) para batentes de até 14 cm deve-se colocar no mínimo 4 parafusos em cada seção;

detalhe 1c) acertar o esquadro e o prumo;d) chumbar os parafusos com

argamassa 1:3;e) esperar endurecer a

argamassa e vedar com argamassa ou espuma espansiva de poliuretano;

f) retirar o travamento após 48 horas;

g) se ainda ocorrer movimentação de materiais na obra proteja as portas.

f) preferencialmente conservar os sarrafos de travamento por alguns dias até

que a madeira absorva a umidade natural do local e no mínimo o travamento do pé, evitando assim o empenamento das peças;

g) o sistema porta pronta é mais indicado para paredes já com acabamento final executado (exceto a pintura) e piso também já terminado, incluindo soleiras ou baguetes de transição de pisos frios pra pisos quentes;

h) depois de conferidos todas as dimensões proceder a fixação final dos batentes, dando o aperto nos parafusos, deixando uma folga para ajuste final na colocação da porta.

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3.8 - Colocação das portas montadas no local a) encostar a porta no encaixe do batente para verificar as folgas e ajustes; b) manter 3 mm de folga entre a porta e batente (montantes e travessa); c) manter 8 mm de folga entre a porta e o piso; d) marcar e colocar as dobradiças, usando ferramentas adequadas (furadeira

e brocas, plainas, formões e ponteiros); e) colocar a fechadura na porta e furos no batente para lingüeta e trinco; f) colocar cavilhas nos furos dos parafusos e dar o último acabamento; g) testar o funcionamento, fazer ajustes; h) cortar, ajustar e pregar as guarnições (pode ficar pra depois da pintura); i) manter as portas fechadas ou travadas com cunhas pra evitar que batam

com o vento. 3.9 - Tipos de portas de madeira Por variadas razões as portas de madeira ainda são as mais encontradas, seja por motivo estético, facilidade de execução, durabilidade ou qualquer outro. As portas de madeira e seus componentes exigem, a exemplo de portas de outros tipos, uma manutenção adequada e cuidados na conservação, tais como: pintura ou proteção com verniz, reaperto e lubrificação de dobradiças e fechaduras e impermeabilização de juntas e pingadeiras. A seguir são mostrados alguns tipos mais comuns de portas de madeira encontradas no mercado da construção civil.

porta laminada para pinturaporta laminada para verniz porta almofada simples

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porta almofada 2 folhas porta almofadão porta veneziana 2 folhas

porta lambris

Porta maciça (mexicana)

parafuso unindo todas os lambris com travessas e estroncas

indicada para uso externo em estilos rústicos, podendo ficar sujeita a intempéries

travessa de reforço

madeira de lei - imbúia

4 - JANELAS DE MADEIRA A especificação da utilização de janelas de madeira tem ficado, cada vez mais, restrito à habitações de alto padrão e às edificações para fins comerciais (restaurantes e lojas), devido, principalmente ao seu alto custo. Em geral as janelas de madeira tem os seguintes componentes:

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a) batente – também de madeira na forma de marcos, pois não atingem a espessura total da parede, como mostram as figuras a seguir:

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face externa

face interna

folha veneziana (escuro)

vidraça (claro)

batente

parede

peitoril externo

abre neste sentido

peitoril interno

b) vidraça - chamado claro da janela, é constituído de um quadro com

baguetes onde são fixados os vidros com massa de vidraceiro ou filetes de madeira ou alumínio;

c) venezianas – chamada também de escuro, é a vedação da janela contra a entrada de claridade e permitir alguma ventilação;

d) guarnição – mesma função que nas portas, para dar acabamento entre a alvenaria e o batente

e) peitoril – dependendo do tipo de janela o peitoril pode ser externo, interno ou ambos com a mesma função da soleira, dar acabamento e impedir a infiltração de água;

f) pingadeira – no caso de janelas mais trabalhadas deve utilizar pingadeiras para evitar a infiltração de água;

peitoril

pingadeira

vidro

detalhe de perfil de batente com pingadeira

parede

peitorilinterno

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4.1 - Tipos de janelas de madeira Abrir semelhante a porte de abrir, pode ser com uma ou 2 folhas

Correr a janela é dividida em 4 partes, sendo 2 fixas e duas móveis

Guilhotina as folhas correm na vertical livremente ou pode-se fixar a parte superior

Sanfona (articulada) as partes deslizam sobre um trilho para o aproveitamento total do vão para ventilação e luminosidade natural

Máximo ar proporciona maior ventilação pois não possui folhas fixas

Venezianas proporciona ventilação e vedação de luz

Janela veneziana de correr em arco

Janela veneziana de correr reta

Janela veneziana de abrir retaJanela veneziana de abrir arco

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Vitrô de correr reto Vitrô de correr reto c/ divisão

Máximo-ar 1 módulo Máximo-ar 2 módulos 5 - PORTAS METÁLICAS DE FERRO E AÇO As portas metálicas podem substituir as portas de madeira em quase todas as situações, devendo-se apenas levar em consideração os aspectos técnicos (segurança e base para fixação), estéticos e de custo envolvidos. Em geral as portas de aço e mistas são indicadas para edificações comerciais e industriais e para segurança e proteção em edificações de qualquer tipo. Com relação à execução (instalação) de portas de aço os cuidados são muito semelhantes aos adotados na instalação de portas de madeira ou alumínio, considerando a folga no vão, dimensões, nivelamento , alinhamento e prumos das superfícies, com a vantagem de que as portas em geral são instaladas já montadas (porta, batentes e chumbadores). Na seqüência são relacionados os diversos tipos de portas metálicas e a indicação de uso mais freqüente para cada uma delas:

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Tipo de porta Sistema e características Indicação e uso

Giratória Folhas e batentes e sistemas em função do uso

locais onde há brusca variação de temperatura com fluxo intenso de pessoas (lojas, metrô) e mais recentemente em segurança bancária

De correr sistemas com rodízios, mecanismos de controle de abrir e fechar

garagens, indústrias, comércio

Portas corta-fogo

folhas de aço com núcleo isolante e incombustível com fechaduras e dobradiças especiais que mantém a porta sempre fechada como opcional podem ter molas e sistemas de alarme eletrônicos

todas a edificações nas quais é obrigatório o uso de portas corta-fogo

De suspender

vários sistemas mecanizados ou não (articulada, deslizante e basculante)

garagens

Cortinas Sistemas de correr verticais, articuladas, de enrolar, embutir etc.

lojas, galpões, depósitos

6 - JANELAS DE FERRO E AÇO Os mesmos cuidados na instalação de portas e janelas de outros tipos também devem ser considerados quando se tratar de peças de serralheria. A escolha de um bom fornecedor e instalador (pedreiro), o rigor na execução dos vãos (preparação), os alinhamentos e prumos são fatores preponderantes para o funcionamento perfeito das janelas de ferro. O engenheiro da obra deve estar atento para os seguintes pontos na fase de execução das janelas de ferro:

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a) o dimensionamento dos perfis, cantoneiras e chapas devem ser feitos por profissional habilitado e experiente, pois estarão sujeitas as tensões de uso;

b) a esquadria deve ter rigidez e estabilidade suficientes com chumbadores (grapas) colocados distantes uns dos outros não mais do que 60 cm e solidarizadas com argamassa de cimento e areia no traço 1:3;

c) no caso de peças de grande vão e peso, verificar se os reforços (tirantes, mãos-francesas) são suficientes para garantir a segurança do conjunto, lembrando sempre que haverá movimentação de folhas;

d) no caso de uso de buchas plásticas expansíveis, garantir que as mesmas estejam bem solidarizadas na alvenaria ou no concreto;

e) acompanhar a calefetação do conjunto com borracha de silicone de forma que não ocorra qualquer tipo de infiltração de água na pós-ocupação;

f) após a consolidação do chumbamento, testar o funcionamento dos basculantes, janelas de correr, máximos-ares, venezianas etc. e proceder os ajuste se necessário;

g) conferir a limpeza e execução da proteção contra ferrugem e pintura final. 7 - ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO O setor de fabricação, de fornecimento e de projetos de esquadrias de alumínio tem adquirido avanços tecnológicos notáveis nos últimos anos, fazendo com que ocorra o melhor aproveitamento do material, devido, principalmente ao seu alto custo. Atualmente já é possível encomendar junto ao fornecedor a racionalização do projeto com o uso de programas de computador que otimizam o consumo de material, aumentando a padronização, reduzindo perdas e diminuindo o custo da mão-de-obra de instalação. 7.1 - Serviços preliminares à colocação dos contramarcos de alumínio Os serviços de preparação para a colocação de esquadrias de alumínio dependem muito do tipo de caixilho a ser utilizado e seu acabamento em relação aos peitoris externos e internos. Os procedimentos a seguir são indicados para projetos padrões de edificações de alvenaria comum, revestimentos internos com argamassas, pastilhas nas fachadas etc:

a) alvenaria deve estar concluída e chapiscada com vãos das aberturas com folgas de 3 a 7 cm de cada lado, em cima e em baixo, dependendo da orientação do fornecedor;

b) no caso de edifícios altos, preferivelmente, a estrutura deverá estar concluída para que seja possível aprumar os contramarcos a partir de fio de prumo externo;

c) dependendo do tipo de caixilho, as taliscas das paredes internas também devem estar indicando o plano final do acabamento;

d) internamente deve haver uma referência de nível do peitoril em relação ao piso acabado padrão para todas as janelas do mesmo pavimento ou de conformidade com o projeto.

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7.2 - Assentamento de contramarcos de alumínio a) dependendo das dimensões do vão, utilizar sarrafos de madeira de 1”x2”

em cruz ou verticais para dar suporte ao ajuste pela face externa do contramarco e cunhas de madeira;

b) os contramarcos deverão ser amarrados precariamente nos sarrafos com arames recozidos para permitir os ajustes de prumo, alinhamento e nível;

sarrafos 1”x2”

contramarco

nível do piso

nível do peitoril

fio de prumo externo

grapas ou chumbadores

10 a 20 cm< 60 cm

fio de prumomanual

nível debolha

esquadrode mão

c) preferencialmente os chumbadores de aço devem ocupar a folga entre o

contramarco e o vão, sem que haja necessidade de fazer rasgos na parede;

face interna face externa

3 a 7 cm

contramarcoperfil cadeirinha

sarrafo1”x2”

cunhas

chumbador

arame

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d) os chumbadores devem ficar a 20 cm dos cantos e em número suficiente para que não fiquem a mais de 80 cm uns dos outros;

e) fazer os ajustes de nível, alinhamento, prumo e esquadro usando cunhas, réguas e demais ferramentas;

f) o alinhamento deve compatibilizar a face externa com a face interna da parede e se ocorrer diferenças adotar, preferencialmente, a face externa como referência;

g) após conferir todas as referências, dar o aperto no arame de amarração nos sarrafos;

fio de prumo

contramarco

sarrafo 1”x2”cunhas

contramarcotipo cadeirinha

chumbadoraço

faceando a parede interna

centro da parede com arremate alto externo e interno

argamassa 1:3

centro com arremate interno baixo

h) encaixar os chumbadores (grapas metálicas) no contramarco em número

suficiente (ver norma e indicação do fornecedor); i) conferir novamente esquadro, nível, prumo e alinhamento; j) fazer o chumbamento definitivo com argamassa de cimento e areia média,

no traço 1:3, apenas nos pontos de ancoragem; k) aguardar 24 horas e completar o preenchimento com argamassa e dar o

acabamento (requadro); l) no caso de contramarcos de portas é recomendável a colocação de uma

proteção na soleira para evitar que o trânsito de carrinhos e pessoas danifique a peça de alumínio;

m) após 24 horas pode-se retirar os sarrafos.

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7.3 - Instalação dos caixilhos Em geral a instalação dos caixilhos de alumínio é feita por pessoal especializado que pode ser da própria fornecedora dos caixilhos ou por empreiteiro indicado pela mesma. De qualquer forma, é importante que o engenheiro tome alguns cuidados nesta fase da obra para assegurar o perfeito funcionamento das janelas e portas de alumínio. Quase sempre as etapas que antecedem a instalação dos caixilhos são o revestimento interno e externo.

a) os caixilhos devem vir embalados em plástico e identificados (tipo, andar, etc.), preferencialmente em época próxima de sua instalação para evitar que fique por muito tempo exposto às condições da obra;

b) a armazenagem na obra deve ser feita em local seguro, afastado da circulação de pessoas e equipamentos, seco, coberto, livre de poeiras. As peças devem ser colocadas sobre calços, na vertical, encostadas umas nas outras e separadas por cunhas de madeira, papelão ou pedaços de carpetes;

local plano seco, livre de poeiras e coberto

cunhas de apoio

ripa 1”x2”

cunhas de separaçãopapelão ou carpetes

caixilhosparede

piso

c) após a colocação das esquadrias de alumínio e se ainda existir algum

serviço a ser executado, é recomendável proteger os caixilhos com vaselina ou plásticos adesivos;

d) a limpeza pode ser feita com água e detergente neutro com até 10% de álcool (jamais utilizar esponjas de aço ou de outra fibra que possa riscar a superfície de alumínio);

e) as superfícies de alumínio não podem ser expostas ao contato com cimento, argamassas ou mesmo resíduo aquoso desses materiais ou com ácido clorídrico (muriático), pois haverá uma reação química na superfície com a formação de manchas definitivas.

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8 - FERRAGENS São considerados ferragens todos os acessórios, componentes e peças metálicas para a sustentação, fixação e movimentação das esquadrias de qualquer tipo. A qualidade da ferragem vai determinar o bom funcionamento do conjunto, garantir a durabilidade e a estética de portas, janelas, portões e gradis. No quadro a seguir é mostrada a classificação geral das ferragens e nas figuras são mostrados exemplos de alguns dos tipos de ferragens mais utilizados nas obras correntes.

Gonzos Pivô Comum

Charneiras

Dobradiças Convencionais

Palmelas Axiais

Sobrepor Fechaduras Embutir

Ferrolhos Tarjetas

Tranquetas

Fechos

Cremonas

Visores Amortecedores

Fixadores Molas

Alavancas Puxadores

Acessórios

Rodízios e guias 8.1 - Dobradiças São peças fabricadas em ferro (oxidadas, zincadas, niqueladas ou escovadas), em bronze ou latão (liga e cobre com níquel) que sustentam e permitem a movimentação das esquadrias. São constituídas de duas chapas, chamadas de asas, interligadas por um eixo vertical chamado de pino, podendo ainda ter outros elementos conforme o uso. A seguir são apresentados os diversos tipos mais comuns de dobradiças usadas na construção civil:

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simples sem rodízio simples com rodízio palmela ou palmelão

vai e vem

corta-fogo

pianocom chumbador

invisível ou liceu

8.2 - Fechaduras São os mecanismos instalados nas portas, portões e janelas para travar a sua abertura, garantir a segurança e permitir o funcionamento da porta ou janela de acordo com a finalidade. Em geral pode-se classificar as fechaduras em:

a) de embutir com cilindro - o mecanismo da abertura e fechamento da lingüeta comandada pela chave é removível, sendo mais utilizadas em folhas de portas que dão comunicação com a parte externa das edificações;

b) de embutir tipo gorges - é o tipo mais antigo de fechadura, em que o mecanismo que aciona a lingüeta da chave é parte integrante do corpo da fechadura;

c) de embutir tipo de correr - é a fechadura utilizada em folhas de porta de correr, onde a lingüeta da chave tem forma de gancho (bico de papagaio);

d) de sobrepor - fechadura instalada na face interna da folha; e) de acionamento elétrico – as mais comuns são as que por acionamento

elétrico liberam a lingüeta pelo deslocamento da chapa da contratesta. existem, no entanto, no mercado da construção civil, inúmeros tipos de fechaduras com acionamento elétrico, como porteiros eletrônicos, chaves de tempo, com cartões magnéticos controladas por central informatizada etc.

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de embutir com cilindro de embutir para portas de correr

de sobrepor interna para porta de enrolar

personal quádrupla externa interna 8.3 - Componentes e acessórios para portas e janelas

a) contratesta - é uma lâmina metálica com aberturas para o encaixe das lingüetas do trinco e da chave, havendo um ressalto junto à abertura do trinco para proteger a madeira do batente contra a ação do mesmo, que tende a esfregar (bater) na madeira quando a lingüeta se recolhe e depois penetra no furo correspondente para travar a folha, junto ao rebaixo (jabre) do batente, evitando assim desgastar o local;

b) espelho – é a chapa metálica, com diversos acabamentos, cuja peça única tem dois orifícios para introdução da chave e do eixo do trinco de fechaduras embutidas, com a finalidade de dar arremate nas laterais da folha da porta onde foram feitos os buracos;

c) rosetas - são peças metálicas menores, com diversos acabamentos e geralmente circulares, que tem a mesma finalidade de arrematar os orifícios de chave e eixo de trinco de fechaduras, de forma individual, ou seja, como alternativa de acabamento;

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d) maçanetas - são as peças de uma fechadura que tem a finalidade de abrir, fechar e movimentar a folha de porta, geralmente apresentadas em dois modelos: de bola e de alavanca. Há vantagens e desvantagens na aplicação de cada modelo, sendo que o modelo bola diminui a fadiga na mola do trinco, mas apresenta desconforto no manuseio e em alguns casos quando fica instalado perto do batente, ao rodar a maçaneta o usuário esfrega as juntas dos dedos no batente. Com o modelo tipo alavanca, esse problema não existirá, mas a fadiga da mola provocará o desnivelamento da peça com a horizontal, causando um aspecto estético desagradável com o tempo;

e) puxadores - são peças com a única finalidade de movimentar a folha e não possuem mecanismo de trava, apresentadas em dois modelos: do tipo alça e do tipo concha. Existem, ainda, puxadores do tipo trinco de maçaneta usada em caixilhos de correr;

f) ferrolho - peça utilizada para prender a folha na soleira ou peitoril, quando houver duas folhas. Entre os modelos, existe um denominado fecho (ferro pedrez) que é instalado na face de espessura da folha (encabeçamento), possuindo uma mola que traz sempre a peça travada;

g) tarjetas - são peças semelhantes aos ferrolhos, utilizadas para portinholas e portas de box sanitários, podendo ser executadas em peças mais robustas, com porta cadeado, para portas e portões externos;

h) Cremona - é o mecanismo que substitui nas janelas e portas, a fechadura. É um sistema de cremalheira que movimenta duas varetas de ferro, que faz a vez do ferrolho, podendo ser simples ou com mecanismo de chave que trava o movimento de rotação da Cremona;

i) carrancas - são peças fixadas na alvenaria externa para prender as folhas de venezianas quando abertas, para que o vento não as faça bater;

j) fixadores e prendedores - são peças variadas, fixadas no rodapé, no soalho e na folha das esquadrias ou caixilhos, com o objetivo de fixar a folha para que ela, sobre ação do vento, não venha bater;

k) rodízios – são acessórios utilizados para instalação de folhas de correr, que fazem parte de um sistema composto de trilho, rodízios, guia, pivô e concha.

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fecho para portas e janelas de correr

ferrolho de sobrepor para portas e janelas tranca de sobrepor

fecho pega ladrão dobradiça com mola

gonzos de embutir para portas e janelas

alavanca para vitrô

amortecedorespara portas

puxador tipo concha

borboleta para guilhotinas

mola hidráulica

puxador janela de

correr

puxador porta de correr levantadores

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tranquetas para janelas maximo ar

tranqueta para janela de correr

trinco de segurançapara-portas

cremonas espelho para porta interna

rosetas

9 – Vidros Além do enfoque estético, a importância do vidro na composição das edificações está relacionada aos aspectos de conforto térmico e acústico, proteção contra radiação solar e de segurança. A escolha do vidro depende do tipo de fixação utilizado, sejam caixilhos de madeira ou alumínio, esquadrias de ferro, perfis para pele de vidro, structural glasing ou mesmo vidros que são simplesmente embutidos em paredes de alvenaria. É evidente que o uso (finalidade) também vai indicar o tipo de vidro mais adequado para cada situação, conforme estabelecido na bibliografia existente e nas normas técnicas vigentes. No quadro a seguir estão relacionados os tipos de vidros mais utilizados na construção civil, suas características e indicação mais adequada:

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Tipo de vidro Características Indicação de uso

Comum (recozido)

é o vidro comum sem qualquer tratamento especial no processo de fabricação espessuras: 2, 3, 4, 5, 7, 8, 10, 12, 15, 19 mm

uso vertical em caixilhos de pequenas dimensões (vidraças) e na espessura de 4mm em esquadrias de alumínio padrão

Temperado

sofre um processo de têmpera que o torna até 5 vezes mais resistente que o vidro comum e ao quebrar-se, fragmenta-se totalmente espessuras: 6, 8 e 10 mm

sacadas portas autoportantes boxes atualmente usado em 80% das edificações comerciais e residências coletivas

Laminado

é constituído de camadas de vidro unidas por película de plástico (polivinibutiral – PVB) e ao quebrar-se, mantém-se inteiro com estilhados aderidos à película padrões: 4+4, 6+6

caixilhos de portas sacadas boxes tampos

Aramado

é uma lâmina de vidro fundida com malha metálica de ½” quadrada, o que confere ao conjunto alta resistência ao fogo espessura – 7mm

vidro de segurança janelas de escadas enclausuradas iluminação zenital parapeitos

Float-glass (comum flotado - cristal)

possui superfícies planas, transparentes e visibilidade perfeita (sem distorções), permitindo cortes precisos

caixilhos portas

Impresso (fantasia)

são vidros que recebem na sua fabricação estampa de desenhos ou figuras que os tornam translúcidos

janelas de banheiros portas de entrada

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9.1 – Cuidados no recebimento e armazenagem dos vidros na obra Até se adquirir a confiança necessária no fornecedor e mesmo depois, alguns cuidados devem ser adotados pelo engenheiro da obra por ocasião do recebimento do material vidro, assim como as condições de armazenagem e aplicação.

a) verificar se a espessura do vidro confere com a que foi solicitada e se está dentro dos limites de tolerância estabelecidos pela norma técnica;

b) verificar se as dimensões (largura e altura) estão dentro dos limites de tolerância e em conformidade com o que foi pedido;

c) inspecionar visualmente para detectar a presença de defeitos do tipo: bolhas de ar incorporados, riscos devido a manuseio inadequado, trincas, manchas, incrustações de outros materiais, distorções na visualização de imagens, ondulações, irização (defeito que provoca a decomposição da luz nas cores fundamentais) e outros defeitos percebíveis a olho nu, dependendo do tipo de vidro;

d) o armazenamento deve ser feito sobre cavaletes com leve inclinação vertical (6 a 8%), com as chapas, no máximo 20, separadas por papelão, feltros ou isopor.

9.2 – Cuidados na instalação dos vidros a) a instalação de vidros, assim como todo o manuseio, deve ser executado

apenas por pessoal especializado, geralmente a própria fornecedora dos vidros;

b) no caso de instalação de vidros em esquadrias de ferro, cuidar para que antes da colocação dos vidros a esquadria seja protegida com base (zarcão ou primer) e pintada na parte interna para evitar posterior defeito estético;

c) nas esquadrias e caixilhos, é recomendado usar massa dupla na colocação dos vidros, ou seja, a utilização de massa na parte interna e externa do caixilho;

d) usar massa de vidraceiro mesmo com a utilização de baguetes; e) depois de assentadas, as placas de vidro devem ser pintadas com X bem

visível com tinta látex, devendo permanecer assim sinalizadas até a limpeza final da obra;

f) na limpeza final, evitar o uso de produtos químicos, devendo-se utilizar água limpa, detergente neutro e pano seco ou produto limpa vidros apropriado.

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GLOSSÁRIO NA ÁREA DE EXECUÇÃO DE ESQUADRIAS Aduela – é o mesmo que batente sem o encaixe para a folha da porta, usado para dar acabamento em vãos. Anodização – é o processo eletrolítico de tratamento do alumínio (espécie de pintura ou proteção), com a formação de uma camada superficial de óxido com espessura variando de acordo com o grau de proteção e acabamento desejado. Anodizado natural - é anodização com camada transparente mantendo a coloração natural do alumínio com acabamento fosco acetinado, brilhante ou escovado. Batente – também chamados de aduelas ou marcos, são as peças geralmente de madeira que são fixadas na alvenaria para dar suporte ao funcionamento da porta, constituído por duas peças laterais (montantes ou ombreiras) e uma peça superior (travessa ou cabeceira). Calço – madeira maciça que fica entre o taco e o batente para fazer o ajuste do batente com a porta. Escova de vedação – são os elementos de vedação de esquadrias de alumínio. Gaxeta – peças de plástico ou de borracha para vedação e fixação do vidro no rebaixo do caixilho. Padieira – o mesmo que verga, termo utilizado antigamente. Peitoril – peça inferior das janelas (contraverga). Rebaixo duplo – usado em batentes para portas ou janelas com mais de uma folha, como por exemplo: vidraças e venezianas. Taco – também chamado de tarugo, é uma peça de madeira maciça em forma de trapézio que é chumbado na parede onde será parafusado o batente. Vitrô – o mesmo que caixilho, geralmente de madeira ou de ferro.

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NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES

Título da norma Código Última atualização

Trincos e fechos NBR7177 EB950 02/1982

Cremona e seus acessórios - Padrão popular NBR7179 EB966 02/1982

Cremona e seus acessórios - Padrão superior NBR7805 EB967 03/1983

Alavanca para basculantes - Padrão popular NBR7778 EB1190 03/1983

Alavanca para basculantes - Padrão superior NBR7779 EB1191 03/1983

Dobradiça invisível NBR7782 EB1355 03/1983

Tarjeta padrão NBR7785 EB1356 03/1983

Fechos de segurança tipo pega-ladrão - Padrão médio

NBR7791 EB1362 03/1983

Fecho de segurança tipo pega-ladrão - Padrão superior

NBR7792 EB1363 03/1983

Fecho de segurança de embutir - Padrão popular NBR7793 EB1364 03/1983

Fecho de embutir - Padrão superior NBR7794 EB1365 03/1983

Fecho de embutir - Padrão popular NBR7795 EB1366 03/1983

Fecho de segurança - Padrão médio NBR7796 EB1367 03/1983

Fecho de segurança - Padrão luxo NBR7797 EB1368 03/1983

Esquadrias modulares NBR5722 NB346 02/1982

Detalhes modulares de esquadrias NBR5728 NB423 02/1982

Esquadrias de alumínio - Guarnição elastomérica em EPDM para vedação - Especificação NBR13756 12/1996

NORMAS DO MINISTÉRIO DE TRABALHO NR – 11 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais NR – 18 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção

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LINKS NA INTERNET http://arouca.com.br/empresa/ http://www.alcoa.com.br/ http://www.bimetal.ind.br/ http://www.esquadrias.cjb.net/ http://www.esul.com.br/portug.htm http://www.fama.com.br/ http://www.fechaduras-brasil.com.br/ http://www.imab.com.br/ http://www.lockwell.com.br/ http://www.pado.com.br/entrada.htm http://www.pilkington.com.br/bp/pilkington_brasil.htm http://www.pormade.com.br/index.html http://www.sasazaki.com.br/ http://www.stam.com.br/ http://www.temparaito.com.br/ http://www.yalelafonte.com.br/ http://www.zeloart.com.br/html/empresa.html

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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard Blücher, 1987. 1178p. AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e sua cobertura. São Paulo: Edgard Blücher, 1977. 182p. BAUER, L A Falcão. Materiais de construção. 5ª edição. Rio de Janeiro: RJ. LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1994. 935p. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA UEPG. Notas de aulas da disciplina de Construção Civil. Carlan Seiler Zulian; Elton Cunha Doná. Ponta Grossa: DENGE, 2000. GUEDES, Milber Fernandes. Caderno de encargos. 3ª ed. atual. São Paulo: Pini, 1994. 662p. KLOSS, Cesar Luiz. Materiais para construção civil. 2ª ed. Curitiba: Centro Federal de Educação Tecnológica, 1996. 228p. PARELLADA. Lázaro A.R. Notas de aulas da disciplina de Construção Civil (terceiro volume). Diversos autores. Revisor: Lázaro A. R. Parellada. Apostíla. Curitiba: DAEP, 1997. PETRUCCI, Eládio G R. Materiais de construção. 4ª edição. Porto Alegre- RS: Editora Globo, 1979. 435p. RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3ª ed.rev. São Paulo: Pini, 1996. 168p. RIPPER, Ernesto. Manual prático de materiais de construção. São Paulo: Pini, 1995. 253p. SAMPAIO, José Carlos de A. Manual de aplicação da NR-18. São Paulo: Pini, 1998. 540p. SOUZA, Roberto...[et al.]. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. 275p. VERÇOSA, Enio José. Materiais de construção. Porto Alegre: PUC.EMMA.1975. YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. 3ª ed. São Paulo: Pini – Sinduscon-SP, 2000. 648p.

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