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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA
CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO
CAMILA BERNARDIN LENZI COSTEIRA VILAS BÔAS
MARKETING DIGITAL: ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA O CURSO DE
SECRETARIADO EXECUTIVO DA UNIOESTE
TOLEDO-PR
2017
CAMILA BERNARDIN LENZI COSTEIRA VILAS BÔAS
MARKETING DIGITAL: ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA O CURSO DE
SECRETARIADO EXECUTIVO DA UNIOESTE
Relatório Final de Estágio apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado em Secretariado Executivo II, do curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Toledo. Prof.ª da disciplina: Fernanda Cristina Sanches, Ma. Prof.ª orientadora: Fernanda Cristina Sanches, Ma.
TOLEDO - PR
2017
Toda vida humana precisa de influências.
Dedico este trabalho a pessoa que segue,
mesmo de longe, sendo a minha influência
Marione Bernardin (in memorian).
AGRADECIMENTOS
Gostaria de carinhosamente agradecer a Deus, por ter me permitido chegar
até aqui e pelas maravilhas que me proporcionou nesses quatro anos de graduação,
sem esquecer de agradecer também por me pegar pela mão e me guiar pelos
momentos morosos que vivi nesse período.
Agradeço aos meus filhos, Rafael e Miguel, que foram privados de diversos
instantes de diversão para que eu pudesse me dedicar aos estudos. Por terem me
presenteado com o amor mais puro e sincero e me amparado, mesmo sem saber,
com seus beijos e abraços que por muitas vezes foram o estímulo que eu precisava.
Eu amo vocês incondicionalmente.
Não poderia deixar de agradecer ao meu esposo e anjo da guarda, João, que
não mediu esforços para me auxiliar quando necessário, com toda sua paciência e
compreensão, com certeza eu não teria chegado ao fim deste trabalho sem o seu
apoio. Você foi essencial!
Aos meus familiares, que mesmo distantes emanavam energias positivas para
que aqui as coisas dessem certo, com uma atenção especial a minha amada avó Ione,
que em muitos momentos cuidou dos meninos para que eu pudesse participar das
atividades do curso. Obrigada!
Às minhas amigas, que suportaram muitas reclamações e dedicaram o seu
tempo para me tranquilizar!
Aos professores do curso de Secretariado Executivo, por partilharem comigo
algo de seu conhecimento. Ao professor Márcio Alberto Goebel, meu primeiro
orientador pela paciência e dedicação. À coordenadora do curso, Ivanete Daga Cielo,
pela oportunidade de estagiar, mesmo que por pouco tempo, sobre sua supervisão e
por toda ajuda dispensada a este trabalho.
Agradeço imensamente a professora Fernanda Cristina Sanches, minha
orientadora, por ofertar a mim, seus conhecimentos como mestre, seus conselhos
como mentora e seu ombro como amiga. Pelas inesgotáveis horas de orientação nos
fins de semana e madrugadas. Você é especial professora!
Enfim, a todos que de alguma maneira contribuíram para que este trabalho
fosse realizado, o meu muito obrigada!!
RESUMO
O mercado educacional sofreu mudanças com os avanços que as tecnologias têm galgado e dentro desse ambiente competitivo está a Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Toledo, que oferta o curso de Secretariado Executivo, objeto deste estudo. Entende-se que a satisfação dos clientes do setor educacional está relacionada com os serviços que estes fornecem ao seu público e, verifica-se a necessidade que as Instituições de Ensino Superior e seus cursos têm enfrentado para adaptarem-se aos novos métodos de comunicação destes serviços para conquistar e reter esse público. Observa-se assim a importância do marketing digital para realizar essa troca de informações. Portanto, o presente estudo teve como objetivo geral desenvolver estratégias de marketing digital para o Secretariado Executivo, com intuito de propiciar a divulgação deste aos possíveis clientes, bem como estabelecer um relacionamento mais efetivo e duradouro com os docentes e discentes envolvidos. Segundo a teoria do marketing todo o público estratégico é considerado cliente, então cumpre destacar que para este estudo, levou-se em consideração que os clientes, consistem nos acadêmicos, professores e possíveis alunos, pois acredita-se que esses sejam os consumidores dos serviços - correntes e futuros - prestados pelo tripé ensino, pesquisa e extensão da Universidade. O trabalho desenvolveu-se primeiramente com o estudo da teoria que abrangeu marketing, marketing educacional e o marketing digital, com o propósito de entrelaçar as estratégias para desenvolver ações efetivas. Num segundo momento aplicou-se questionário aos acadêmicos de Secretariado Executivo, com a intenção de identificar o perfil social e digital destes, objetivando compreender esses clientes e estabelecer ações que atingissem o público corretamente. A terceira etapa foi a observação das estratégias de marketing digital utilizadas pelo objeto deste estudo, a fim de verificar a efetividade das atividades. Após coletar os dados da pesquisa e compreendê-los, juntamente com o entendimento da teoria sobre o marketing digital, desenvolveu-se estratégias digitais para o referido objeto, bem como implementou-se as ações. Com a efetivação das estratégias digitais, observou-se que o curso de Secretariado Executivo pôde lograr públicos distintos, que não seriam atingidos por atividades de marketing comum, assim como, que as ações executadas permitiram aos envolvidos, o conhecimento maior sobre o curso, além de outorgar a sensação de pertencimento e aproximação com os colegas e docentes. Entende-se que o marketing digital está em ascensão e manter ações e estratégias que utilizem as várias ferramentas digitais disponíveis permitirá uma maior visibilidade ao Secretariado Executivo da Unioeste, oportunizando assim a conquista de novos clientes, bem como a retenção dos atuais. Palavras-chave: Secretariado Executivo; Marketing digital; Estratégias de marketing.
ABSTRACT
The educational market has undergone changes with the advances that the technologies have gained and within this competitive environment it is found the State University of Western Parana, Campus Toledo, that offers the course of Executive Secretariat, object of this study. It is understood that the satisfaction of the clients of the educational sector is related to the services they provide to their public and, it is verified the need that the Institutions of Higher Education and its courses have faced to adapt to the new methods of communication of these services to conquer and retain this audience. It is observed the importance of digital marketing to accomplish this exchange of information. Therefore, the main objective of this study was to develop digital marketing strategies for the Executive Secretariat, in order to promote its dissemination to potential clients, as well as to establish a more effective and lasting relationship with the teachers and students involved. According to the marketing theory, all the strategic public is considered a customer, so it should be emphasized that, for this study, it was taken into account that the clients consist of the academic, teachers and possible students, since they are the consumers of the services - current and future - provided by the tripod teaching, research and extension of the University. The work was first developed with the study of the theory that covered marketing, educational marketing and digital marketing, in order to interweave the strategies to develop effective actions. In a second moment, a questionnaire was applied to the Executive Secretariat scholars, with the intention of identifying the social and digital profile of these, aiming to understand these clients and establish actions that reach the public correctly. The third step was the observation of the digital marketing strategies used by the object of this study, in order to verify the effectiveness of the activities. After collecting the research data and understanding them, together with the understanding of the theory on digital marketing, digital strategies were developed for that object, as well as the actions implemented. With the implementation of digital strategies, it was observed that the Executive Secretariat course was able to achieve different audiences, which would not be affected by common marketing activities, as well as that the actions carried out allowed the participants to have more knowledge about the course, besides give the sense of belonging and rapprochement with colleagues and teachers. It is understood that digital marketing is on the rise and maintaining actions and strategies that use the various digital tools available will allow greater visibility to the course of Executive Secretariat of Unioeste, thus allowing the conquest of new clients, as well as the retention of the current ones. Keywords: Executive Secretariat; Digital marketing; Marketing strategies.
RESUMÉN
El mercado educativo sufrió cambios con los avances que las tecnologías han construido y dentro de ese ambiente competitivo está la Universidad Estadual del Oeste de Paraná, Campus Toledo, que ofrece el curso de Secretariado Ejecutivo, objeto de este estudio. Se entiende que la satisfacción de los clientes del sector educativo está relacionada con los servicios que estos proveen a su público y se verifica la necesidad que las Instituciones de Enseñanza Superior y sus cursos han enfrentado para adaptarse a los nuevos métodos de comunicación de estos servicios para conquistar y retener a ese público. Se observa así la importancia del marketing digital para realizar este intercambio de información. Por lo tanto, el presente estudio tuvo como objetivo general desarrollar estrategias de marketing digital para el Secretariado Ejecutivo, con el propósito de propiciar la divulgación de este a los posibles clientes, así como establecer una relación más efectiva y duradera con los docentes y discentes involucrados. Según la teoría del marketing todo el público estratégico es considerado cliente, entonces es importante destacar que para este estudio, se tuvo en cuenta que los clientes, consisten en los académicos, profesores y posibles alumnos, pues se cree que estos son los consumidores de los servicios - corrientes y futuros - prestados por el trípode enseñanza, investigación y extensión de la Universidad. El trabajo se desarrolló primero con el estudio de la teoría que abarcó marketing, marketing educativo y el marketing digital, con el propósito de entrelazar las estrategias para desarrollar acciones efectivas. En un segundo momento se aplicó un cuestionario a los académicos de Secretariado Ejecutivo con la intención de identificar el perfil social y digital de estos, con el objetivo de comprender a esos clientes y establecer acciones que alcanzase al público correctamente. La tercera etapa fue la observación de las estrategias de marketing digital utilizadas por el objeto de este estudio, a fin de verificar la efectividad de las actividades. Después de recoger los datos de la investigación y comprenderlos, junto con el entendimiento de la teoría sobre el marketing digital, se desarrollaron estrategias digitales para el referido objeto, así como se implementaron las acciones. Con la efectividad de las estrategias digitales, se observó que el curso de Secretariado Ejecutivo pudo lograr públicos distintos que no serían alcanzados por actividades de marketing común, así como que las acciones ejecutadas permitieron a los involucrados el conocimiento mayor sobre el curso, además de otorgar la sensación de pertenencia y aproximación con los colegas y docentes. Se entiende que el marketing digital está en ascenso y mantener acciones y estrategias que utilicen las diversas herramientas digitales disponibles permitirá una mayor visibilidad al curso de Secretariado Ejecutivo de la Unioeste, oportunizando así la conquista de nuevos clientes, así como la retención de los actuales. Palabras-clave: Secretariado Ejecutivo; Marketing digital; Estrategias de marketing.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Organograma do curso de Secretariado Executivo da Unioeste – Campus
Toledo. ...................................................................................................................... 39
Figura 2 - Mensagem enviada aos acadêmicos. ....................................................... 48
Figura 3 - Homenagem ao profissional de Administração e QR code da imagem. ... 49
Figura 4 - E-mail enviado aos egressos. ................................................................... 50
Figura 5 - Depoimento do egresso Fabricio Stocker e QR code da imagem. ........... 51
Figura 6 - Publicação em comemoração aos 30 anos do curso e QR code da imagem.
.................................................................................................................................. 52
Figura 7 - Kit comemorativo ao dia do profissional e QR code da imagem. .............. 53
Figura 8 - Homenagem ao profissional de Secretariado Executivo e QR code da
imagem...................................................................................................................... 54
Figura 9 - Comparativo do alcance das publicações. ................................................ 54
Figura 10 - Conta WhatsApp. .................................................................................... 55
Figura 11 - Entrega do material para utilização da ferramenta WhatsApp. ............... 57
Figura 12 - Divulgação do jantar de 30 anos do curso na plataforma WhatsApp. ..... 58
Figura 13 - E-mail do curso de Secretariado Executivo no Google. .......................... 59
Figura 14 - Convite aos docentes para o SecFala. ................................................... 60
Figura 15 - SecFala. .................................................................................................. 61
Figura 16 - Capa da primeira edição do SecNews. ................................................... 63
Figura 17 - Folder ConecSec. ................................................................................... 65
Figura 18 - Participação na feira de cursos de Toledo. ............................................. 67
Figura 19 - Banner utilizado no jantar de 30 anos do curso. ..................................... 68
Figura 20 - Plano de fundo utilizado no jantar comemorativo do curso. .................... 69
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 12
2 OBJETIVOS ................................................................................................. 14
2.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 14
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 14
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 15
4 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 18
4.1 MARKETING E SEUS FUNDAMENTOS ...................................................... 18
4.2 COMPOSTO DE MARKETING..................................................................... 20
4.3 MARKETING EDUCACIONAL...................................................................... 24
4.4 MARKETING DIGITAL ................................................................................. 27
4.4.1 8 Ps do marketing digital .............................................................................. 30
4.5 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL ................................................. 33
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................... 35
6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ...
...................................................................................................................... 38
6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL ............................................................ 38
6.1.1 Caracterização da organização .................................................................... 38
6.1.2 Histórico da Instituição .................................................................................. 39
6.1.3 Operacionalização da Instituição .................................................................. 40
6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ....................................................... 41
6.2.1 Resultados e análise dos questionários aplicados aos acadêmicos ............ 41
6.2.2 Estratégias de marketing digital para o curso de Secretariado Executivo .... 47
6.2.3 Sugestões e recomendações ....................................................................... 69
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 72
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 74
APÊNDICES ................................................................................................. 78
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ACADÊMICOS. ......... 79
APÊNDICE B – PROFISSÕES HOMENAGEADAS NO FACEBOOK E SEUS
QR CODES. ................................................................................................. 81
APÊNDICE C – #SECGLOBAL E SEUS QR CODES. ................................ 89
APÊNDICE D – PUBLICAÇÕES DIVERSAS NO FACEBOOK E SEUS QR
CODES. ........................................................................................................ 91
APÊNDICE E – LISTA PARA AUTORIZAÇÃO DA INCLUSÃO NO GRUPO
WHATSAPP DA COORDENAÇÃO. ............................................................ 95
APÊNDICE F – SECNEWS .......................................................................... 96
APÊNDICE G - CADASTRO COM LOGIN E SENHA E SEU QR CODE. . 100
APÊNDICE H - BANNER ENVIADO AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE
TOLEDO E REGIÃO. ................................................................................. 101
APÊNDICE I - INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE RECEBERAM O BANNER
DIGITAL. .................................................................................................... 102
APÊNDICE J – ORÇAMENTO DA PLATAFORMA PARA O CONECSEC.
.................................................................................................................... 105
APÊNDICE K – PROJETO DO APLICATIVO DO CONECSEC. ............... 106
ANEXO A – ORÇAMENTO APLICATIVO CONECSEC ............................ 107
12
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos pôde-se verificar diversas mudanças nos ambientes
empresariais e dentro destes ambientes encontram-se as Instituições de Ensino (IE).
Um aspecto apontado como causa dessas mudanças é a globalização, que teve início
em 1947 com o Tratado Geral de Tarifas e Comércio e apoia-se na maior velocidade
dos transportes e das comunicações (RIBEIRO, 2010).
Hoje vive-se em um mundo globalizado e a facilidade que as pessoas e
organizações possuem em se comunicar, oportuniza a movimentação de bens e
serviços ou até mesmo dos indivíduos, fatores esses que são considerados cruciais
para a globalização. Outro elemento associado à globalização e também às
transações de informações é o uso da internet (CAMPOS; CANAVEZES, 2007).
O mundo encontra-se no tempo dessas transações eletrônicas e existem
muitas razões para que as empresas e IE procurem a internet como auxiliar no
comércio de seus produtos e serviços, afinal essa ferramenta permite que a
organização e/ou instituição esteja disponível 24 horas por dia e que os clientes do
mundo inteiro possam acessar seus produtos e serviços que muitas vezes são
personalizados (SHARMA; SHARMA, 2001).
Esse grande catálogo eletrônico, a internet, permitiu que as organizações e
indivíduos realizassem suas transações por meio de equipamentos eletrônicos, assim
como, que as IE fornecessem seus serviços de maneira online para seus clientes e
que houvesse comunicação entre os estudantes e as universidades. Observa-se que
essa ferramenta que permite às instituições o entendimento de seu público, bem
como, oportuniza a transmissão das suas mensagens por meio das vastas mídias
presentes nessa ferramenta, se utilizada de maneira correta, pode ser considerada
uma vantagem competitiva às Instituições de Ensino Superior (IES).
Verifica-se que essa ferramenta, considerada uma vantagem competitiva,
precisa de muito mais que um marketing comum, aquele dedicado apenas a
divulgação de produtos ou de ofertas, ele deve ser repensado. Conforme explana Vaz
(2011), os métodos utilizados pelo marketing tradicional devem ser alterados para que
essa ciência possa acompanhar as mutações que ocorrem, pois, essas estratégias de
marketing devem considerar a opinião dos clientes, já que a internet permitiu que os
mesmos tenham voz ativa, expressando suas exigências e críticas.
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O marketing na era digital, para organizações, neste caso para a instituição
de ensino, deve ser embasado em ações que considerem não somente as variáveis
de preço, praça, produto e promoção, mas várias opções de plataformas digitais que
estão disponíveis atualmente. Afinal, deve-se empregar a internet como um
instrumento, englobando todas as estratégias e princípios já utilizados na teoria
tradicional do marketing (TORRES, 2009).
A partir do contexto apresentado, que embasa a importância do marketing
digital, verifica-se que o assunto mostra relevância nos âmbitos institucionais e nesse
contexto, cabe o exemplo do curso objeto de estudo deste relatório de estágio, o
Secretariado Executivo, no qual o tema foi aplicado na prática. Estudo este que busca
responder à seguinte problemática: de que forma a aplicação de estratégias de
marketing digital podem contribuir com a divulgação do curso de Secretariado
Executivo?
Procurando propor soluções referentes ao tema de estudo para a supracitada
instituição, o presente trabalho tem como principal objetivo desenvolver estratégias de
marketing digital, com ações diferenciadas, para o referido curso. Com esse foco, está
subdivido em sete capítulos. Apresentará, além desse primeiro em que foi exposta a
introdução, o segundo capítulo, no qual são definidos os objetivos gerais e
específicos. O terceiro explana a justificativa teórica e prática deste trabalho. Por sua
vez, o quarto capítulo deste estudo mostrará o referencial teórico que embasou a
prática de estágio, como os conceitos de marketing, o mix de marketing, o marketing
digital e o mix de marketing digital. A metodologia de pesquisa utilizada para atingir os
objetivos propostos está apresentada no quinto capítulo, a análise da instituição e os
resultados obtidos com este relatório de estágio estão expostos no capítulo seis e por
fim, as considerações finais são apresentadas no sétimo e último capítulo deste
estudo.
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2 OBJETIVOS
Este estudo divide-se em objetivo geral e objetivos específicos.
2.1 OBJETIVO GERAL
Desenvolver estratégias de marketing digital para divulgação do curso de
Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Para atingir o objetivo geral, foram estabelecidos os seguintes objetivos
específicos:
a) observar e compreender as estratégias de marketing digital utilizadas
pelo curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná;
b) analisar o perfil social e digital dos acadêmicos do curso, para auxiliar no
desenvolvimento de novas estratégias digitais;
c) desenvolver novas técnicas e estratégias digitais de marketing para o
curso de Secretariado Executivo;
d) implementar as estratégias digitais desenvolvidas neste trabalho;
e) propor maneiras de continuidade das estratégias desenvolvidas.
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3 JUSTIFICATIVA
No Brasil, a internet iniciou suas atividades em 1988 quando o Laboratório
Nacional de Computação Científica e a Fundação de Amparo à Pesquisa de São
Paulo se conectam à rede pela primeira vez. Em 1990 nasceu a rede nacional de
pesquisa, em 1994 os servidores web chegam ao Brasil e em 1995 o acesso à internet
foi liberado para uso comercial (TAIT, 2007).
Na sequência, ainda no ano de 1995 surgiu o primeiro e-commerce brasileiro,
inicialmente intitulado Booknet que, em 1999, após sua venda para uma empresa
financeira, recebeu o nome que é atualmente utilizado, Submarino (COSTA; SILVA,
2010).
O crescente uso da internet está mudando a visão e o comportamento das
pessoas com relação à utilização dos comércios eletrônicos. A introdução dessa
ferramenta, a internet, na vida da população brasileira tem alterado sua maneira de
consumo, até mesmo a maneira que essa população adquire conhecimentos, como a
expansão da educação a distância (COBRA; BRAGA, 2004).
Esse fator deve ser levado em consideração pelas IES, haja vista que
segundo o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimentos da Sociedade da
Informação (CETIC, 2016) em sua Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação nos domicílios brasileiros (TIC Domicílios), cerca de 46%
da população do país possui computadores em seus domicílios e 54% dessa possui
acesso à internet.
Esse acesso facilitado às redes tem intensificado o número de cursos
oferecidos na modalidade à distância, como pode-se comprovar com dados
apresentados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (INEP, 2013) que apresenta 1.964 IES públicas e privadas que disponibilizam
graduações na modalidade EaD e um total de 1.153.572 alunos.
Considera-se ainda que em maio de 2017 o Ministério da Educação (MEC)
publicou o Decreto nº 9054, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos a distância,
o que permite inferir que esses números sejam ainda mais expressivos. Esse mesmo
Decreto credenciou automaticamente as instituições públicas de ensino para ofertar
esses cursos a distância, fator esse que influencia este estudo, haja vista que o
mesmo é realizado em uma IES pública (MEC, 2017).
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Observa-se que a concorrência para com os cursos em IES públicas tem se
intensificado com o aumento do número de IES privadas, assim como com a
possibilidade de que os alunos realizem seus cursos de graduação na modalidade a
distância, pois verifica-se que o número de IES públicas é 85,60% menor do que as
de ensino privado (INEP, 2013).
A introdução dos cursos tecnólogos presenciais e a distância, também são
razões que devem ser consideradas pelas IES públicas e seus respectivos cursos,
pois estes têm galgado uma quantidade expressiva de adeptos. Verifica-se que em
2013 existiam 995.746 matriculados nessa modalidade (INEP, 2013).
Os fatores citados podem exercer influência sobre o número de alunos
matriculados no curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste
do Paraná pois, como apresenta o relatório da IES sobre a concorrência para o
referido curso, houve uma redução de 11,11% no número de inscritos para o vestibular
(UNIOESTE, 2017a).
Observando-se o apresentado, infere-se que as distintas modalidades de
ensino, principalmente as que estão em contato com os meios virtuais, estão sendo
acessadas pelas mais variadas categorias de clientes, sendo assim, se torna vital que
os cursos de graduação utilizem de estratégias para manterem-se ativos neste
ambiente competitivo. Nesse sentido, compreende-se que atender às necessidades e
desejos dos clientes, se torna um ponto relevante para a sobrevivência neste mercado
educacional. Considera-se que os alunos das IE são os consumidores dos serviços
prestados por esta, sendo assim, os clientes deste estabelecimento, que ingressam
na IE, pois “procuram soluções que atendam a seus próprios processos de geração
de valor” (VIEGAS; TITTANEGRO, 2008, p.133). Conclui-se então que as IES
públicas possuem clientes, assim como as IES privadas, mesmo que o discente não
efetue o pagamento de mensalidade para obter o ensino, pois entram nestas IES com
o objetivo de satisfazer a necessidade e ou desejo de adquirir conhecimento.
No que se refere à manutenção de estratégias para manter-se no mercado
educacional competitivo, pode-se citar o marketing como uma ferramenta eficaz.
Marketing é definido por Kotler e Armstrong (2007, p. 4) como “o processo pelo qual
as empresas criam valor para os clientes e constroem fortes relacionamentos com
eles para capturar seu valor em troca”. Verifica-se com essa definição que entender e
atender os clientes é primordial para alcançar um marketing efetivo.
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Esse marketing, se aplicado de maneira correta, permitirá que a instituição
estabeleça relacionamentos duradouros com seus clientes, mantendo os que já
possui e atraindo os novos e, consiga realizar as trocas necessárias para atender não
somente seus alunos, mas também, atender suas demandas para continuar
operando. Sem essas trocas, as instituições dificilmente conseguem se manter no
mercado.
Compreende-se que o marketing é requisito fundamental para que as IES
consigam sobreviver e galgar o sucesso no mercado altamente competitivo e de
constantes mudanças. Nesse contexto, uma estratégia considerada competitiva é o
marketing digital.
O marketing digital é considerado a comunicação e o relacionamento que as
instituições, por meio da internet, realizam com seus clientes, efetivando assim as
trocas para esses consumidores sem a ajuda de canais de distribuições tradicionais
(OGDEN; CRESCITELLI, 2007).
A partir dessa conceituação de marketing digital é possível verificar a
importância que o mesmo possui no mercado atual e, o correto planejamento das
estratégias utilizadas é fator primordial para o sucesso do mesmo. Verifica-se com
essa contextualização, a necessidade que as empresas possuem de investir em
marketing e a possibilidade de contar com o marketing digital como diferencial.
Nesse sentido é possível entender que para a IES, mais especificamente o
curso de Secretariado Executivo, o marketing digital poderá ser esse diferencial.
Sendo assim, o marketing digital estrategicamente estruturado pode distinguir o curso,
objeto deste trabalho, dos outros cursos, na mesma IES e em outras.
Essas estratégias podem desenvolver um melhor relacionamento entre os
clientes (discentes, docentes, egressos e profissionais) e o curso de Secretariado
Executivo, permitindo assim que este cumpra efetivamente com um dos princípios do
marketing, que explana a importância desses relacionamentos para manterem os
clientes e torná-los fiéis à instituição, mesmo após o término da troca.
Nesse cenário, o marketing digital é capaz de permitir ao curso de
Secretariado Executivo aumentar seus prospectos de alunos, pois implementar
estratégias que ainda não são utilizadas pela organização pode possibilitar que o
curso seja melhor e mais visualizado por possíveis clientes.
18
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Este capítulo apresentará o referencial teórico que servirá de aporte e
sustentação para este trabalho. Pontos como marketing, mix de marketing, marketing
educacional e marketing digital serão abordados nesta seção.
4.1 MARKETING E SEUS FUNDAMENTOS
O crescimento das civilizações tornou os desejos e necessidades distintos e
fez com que cada indivíduo ou organização se especializasse na criação ou fabricação
de determinados produtos ou serviços para atender a demanda e facilitar a troca (LAS
CASAS, 2012).
Foi a sucessão da economia de produção pela economia de consumo,
inicialmente na época da revolução industrial, que permitiu as primeiras transações
fundamentadas no marketing, pois influenciou a redução dos custos com a fabricação
de produtos e consequentemente reduziu os preços dos mesmos para o mercado, o
que influenciou também, o consumo (COBRA, 1997).
Essas transações fundamentadas no marketing aconteceram em 1650 no
Japão quando a família Mitsui instalou a primeira loja de departamentos do oriente,
pensando assim em atender as necessidades e desejos de seus clientes (DRUCKER,
1975).
Muitas são as definições encontradas de marketing, algumas apresentam
pontos bem definidos e complexos, outras já explanam o marketing de uma maneira
geral. Não é possível verificar uma descrição de marketing utilizada por todos os
autores que apresentam essa matéria do conhecimento, mas alguns apontam, mesmo
que de maneiras diferentes, as particularidades primordiais do marketing, como Las
Casas (2012, p. 10) que explana marketing como:
[...] área de conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade.
Para Kotler e Keller (2013, p. 3) o marketing “atende as necessidades de
maneira lucrativa”, entende-se que os autores afirmam que o marketing tem como
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função reconhecer e atender as carências humanas, de maneira a gerar lucros para
as organizações ou indivíduos que entendem e satisfazem essas necessidades.
Kotler e Armstrong (2015, p. 4) apresentam o marketing de uma maneira geral
como sendo “o processo administrativo e social pelo qual indivíduos e organizações
obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação e troca de valor com os
outros”. Esse processo social ainda é descrito por Kotler e Keller (2012, p. 4) como o
meio “pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da
criação, da oferta e da livre troca de produtos de valor entre si”.
Já o processo administrativo do marketing é apresentado por Drucker (1975,
p. 70) como sendo a atividade que atende as necessidades e desejos de seus clientes
e não somente um processo de venda, pois explana que:
Pode-se supor que sempre haverá necessidade para alguma atividade de vendas. Mas o objetivo do marketing é torná-la supérflua. O objetivo do marketing é conhecer e compreender o cliente tão bem que o produto e o serviço lhe sejam talhados e se vendam por si próprios.
De acordo com Cobra (2011, p. 29) o marketing “é um compromisso com a
busca da melhoria da qualidade de vida das pessoas [...]”, entende-se que o autor
apresenta como uma das atribuições do marketing o cuidado, o foco nos indivíduos.
O marketing é também apresentado segundo a AMA – American Marketing
Association (2013), como:
[...] uma atividade realizada entre os conjuntos de instituições e que adotam processos para criar, trocar ofertas, entregar e comunicar produtos e serviços que possuam valor para os clientes, os consumidores, parceiros e a sociedade como um todo (AMA, 2013, p. 1, tradução nossa).
Entende-se com essa definição que o marketing é necessário para todos os
modelos empresariais, desde os que criam produtos para venda ou serviços, até as
organizações que somente realizam a entrega desses produtos ou serviços
elaborados por outras empresas. Pode-se verificar que particularidades como a troca,
as necessidades, as pessoas e os desejos estão presentes direta ou indiretamente
em todas as conceituações. Esses aspectos fazem parte do processo amplo de
marketing e constituem alguns de seus componentes.
O marketing é uma atividade que pode ser explorada por diversos setores do
mercado, como o consumidor, o organizacional, o global, o governamental, o
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educacional e os sem fins lucrativos. Mercado esse que pode ser físico, virtual ou
metamercado, como apresentam Kotler e Keller (2012).
Essa ciência, o marketing, possui em seu escopo a ideia de permear trocas
de qualquer finalidade. Pode ser utilizada para auxiliar a permanência ou alteração
das demandas negativas, inexistentes, latentes, declinantes, irregulares, plenas,
excessivas e indesejadas (LAS CASAS, 2012).
As organizações podem ser orientadas com relação às atividades realizadas
para com o mercado por cinco modelos: a orientação para a produção, aquela que
tem como prioridade o baixo custo; a orientação para o produto, que prioriza a
qualidade do produto; a orientação para vendas, enérgica concentração na vazão de
produtos ou serviços; a orientação para marketing, possui atenção no cliente e a
orientação para marketing holístico, compilação de diferentes atitudes de marketing,
sendo elas, o marketing de relacionamento, o marketing integrado, o marketing interno
e o marketing de desempenho (KOTLER; KELLER, 2012).
Entende-se que as empresas que possuem uma orientação voltada para o
marketing estão constantemente preocupadas com as necessidades de seus clientes
e por isso continuamente preocupam-se em atendê-las. E é evidente a necessidade
que as IES devem ter para com essa atitude, a de entender e atender as demandas
de seu público, pois as mesmas devem considerar a “aplicação de estratégias de
marketing para manterem-se viáveis no mercado competitivo”, afirmam Cobra e Braga
(2004, p. 7).
Verifica-se que os temas comunicação, produto, entrega e preço foram
abordados não somente nas definições, mas também utilizados para nortear setores
de mercado ou orientação das atividades. Esses elementos são considerados
ferramentas do marketing e partes essenciais do mix de marketing e serão explorados
a seguir.
4.2 COMPOSTO DE MARKETING
As ferramentas de marketing que, se utilizadas de maneira harmonizada
podem transformar-se em um diferencial competitivo na instituição, são conhecidas
como mix de marketing. Esse mix marketing, ou composto de marketing, são as
atitudes que as organizações tomam com o objetivo de facilitar a troca de seus
serviços ou produtos (ZENONE, 2013).
21
Segundo Gabriel (2010, p. 30) “o marketing não cria necessidades (que são
determinadas pela essência humana), mas influencia e/ou cria os desejos de produtos
para satisfazer as necessidades”. Entende-se que as instituições que aplicam o
marketing devem instigar as vontades de seus clientes, persuadir suas ambições. E
para que consigam sucesso nessa atividade, devem conhecer o seu ambiente de
marketing, ponto crucial para que possam aplicar o mix de marketing.
Esse ambiente é composto por variáveis controláveis (preço, praça, produto
e promoção), aquelas em que a organização pode ter controle, e variáveis
incontroláveis, as quais a instituição não exerce controle, somente toma ações
corretivas. Essas são variáveis econômicas, políticas, sociais, tecnológicas,
demográficas, culturais, ambientais e concorrenciais (LAS CASAS, 2012).
As variáveis controláveis que compõem o composto de marketing e que são
elementos essenciais de um plano de marketing, foram propostas de maneiras
distintas por diferentes autores, como os 4 Cs, os 4 As e os 4 Ps, porém segundo
Gabriel (2010, p. 58) “uma estratégia de marketing normalmente analisa primeiro os 4
As, para, a seguir, desenvolver os 4 Ps e, finalmente, avaliá-los sob a ótica dos 4 Cs”.
Entende-se a necessidade de as organizações deterem conhecimentos sobre essas
propostas para desenvolver um plano de marketing eficiente, pois cada uma delas
apresenta diferentes focos de estudo, como verifica-se na sequência.
Quem estruturou o composto de marketing baseado nos 4 Cs foi Robert
Lautenborn, em 1990, no qual, apontou-se como etapas: o consumidor, o custo ao
consumidor, a comunicação e a conveniência (GABRIEL, 2010).
Essas etapas são apresentadas por Magalhães (2007, p. 36) como:
Carência dos consumidores. Necessidades e desejos, físicos e/ou psicológicos, que estão sendo satisfeitos, independente das características do produto [...]. Custo para o consumidor. Esforços, não apenas monetários, exigidos para a obtenção de produtos e/ou serviços mas, principalmente, sua relação de valor nas cestas de consumo das pessoas e sua participação no dinheiro, tempo e esforço disponível. Conveniência do consumidor. Disponibilização no espaço e no tempo do produto e todas as conveniências dos encontros, ativos ou passivos, com os consumidores. Comunicação com o consumidor. Extensão para uma relação bidirecional e interativa do diálogo com o cliente, o que inclui saber escutá-lo.
Segundo Zenone (2013) quando um cliente visualiza o marketing, ele o vê
como uma criação para seu próprio benefício, pois adquire um produto ou serviço para
satisfazer suas necessidades e desejos, como complementa Cobra (1997, p. 31):
22
A ênfase, [...] deve ser dada ao custo para o consumidor dos produtos ofertados para atender as suas necessidades e desejos, comunicando os benefícios ao seu público-alvo e proporcionando a ele toda a conveniência possível em termos de facilidade de compra e de entrega além de uma variada gama de serviços.
Entende-se que a proposição dos 4 Cs de Lautenborn aponta que a
organização deve ter como foco o cliente, pois apresenta em suas 4 etapas as
necessidades e desejos desses consumidores, desde a criação do produto e/ou
serviço até a comunicação com os mesmos.
Os 4 Cs do marketing são também apresentados para a área da educação,
onde segundo Cobra e Braga (2004, p. 127):
Cliente – o aluno é alma do negócio educação. Mas o verdadeiro cliente é o mercado de trabalho. Conveniência – é toda espécie de facilidade proporcionada aos alunos como forma de retê-los. Comunicação – é a forma de levar aos alunos informações acerca de produtos e serviços. Custo – é a preocupação em não onerar o produto ou serviço para o aluno.
Verifica-se que a estrutura dos 4 Cs apresentada pelos autores mantém o foco
no cliente, que nesse contexto será o aluno. Outra variação apresentada do mix de
marketing é a dos 4 As, proposta por Raimar Richers (2000, p. 153) a qual afirmava
que “ o marketing jamais deve ser concebido como um conjunto de funções
desconexas”. Esse composto de marketing é fundamentado nos objetivos e metas e
tem como etapas a análise, a adaptação, a ativação e a avaliação.
As definições dessas etapas são apresentadas por Richers (2000, p. 152)
como:
Análise – visa compreender as forças vigentes no mercado em que a empresa opera, ou pretende operar no futuro; Adaptação – visa ajustar a oferta da empresa – as suas linhas de produtos e/ou serviços – às forças externas detectadas pela Análise; Ativação – é o conjunto de medidas destinadas a fazer com que o produto atinja mercados predefinidos e seja adquirido pelos compradores nas quantidades e com freqüência desejadas; Avaliação – propõe-se a exercer controles regulares e esporádicos sobre os processos de comercialização e a interpretar seus resultados para realimentar o sistema com dados atualizados, a fim de permitir um ajuste nos futuros processos de marketing.
Observa-se que o composto proposto por Richers (2000) contém
primeiramente a avaliação do mercado em que a instituição atua, verificando assim
as forças que podem influir sobre a organização, como pesquisa de mercado ou
23
análise ambiental. Posteriormente utilizam-se as informações captadas na avaliação
para auxiliar a instituição nas possíveis alterações em suas propostas, como preço ou
marca. Complementando as primeiras ferramentas, a proposta de Richers (2000)
ainda possui dispositivos que auxiliam em necessários ajustes, como auditorias de
marketing; essas ferramentas que compõem a última etapa do mix são: distribuição e
divulgação, e a observação e monitoramento.
Embora os 4 Cs e os 4 As sejam empregados em algumas organizações, a
proposição de E. Jerome McCarthy é a abordagem pioneira sobre composto de
marketing e provavelmente, a mais utilizada, apresentada em 1960 e composta por
quatro instrumentos que as empresas devem considerar para manterem-se ativas no
mercado (ZENONE, 2013).
As quatro etapas do composto proposto foram denominadas os 4 Ps do
marketing e são definidos por seu criador como:
Produto – o certo para o alvo [...] diz respeito ao desenvolvimento do “produto” certo para o mercado-alvo; Praça – atingir o alvo [...] diz respeito a levar o produto certo até o mercado-alvo; Promoção – informar o consumidor e vender para ele [...] diz respeito à informação de mercado sobre a existência do produto “certo”; Preço – o correto [...] os administradores de marketing têm que decidir também sobre o Preço certo (MCCARTHY, 1982, p. 55-56).
Verifica-se que esses componentes dedicam atenção especial para a
organização, pois levam em conta a praça em que a empresa deve disponibilizar o
produto, o preço que a organização deve praticar para atender suas necessidades e
também as necessidades de seu público alvo, a promoção que deve ser dispensada
para que a organização realize a troca com esse público, e o produto que a empresa
desenvolve para atingir esse público alvo.
O produto não é somente um amontoado de materiais ou a prestação de um
serviço, ele é o proposito que atende à necessidade ou desejo dos clientes e, segundo
Gabriel (2010), o produto possui três dimensões e três níveis, os quais são divididos
em parte central, parte tangível e ampliação do produto e aquelas são divididas em
marca, embalagem e o produto em si. As facilidades de tempo, uso e ponto em que
os produtos e serviços serão disponibilizados através dos canais de distribuição dizem
respeito a praça e devem considerar os clientes-alvo e suas características, as
características do produto, as da empresa e as estratégias de comercialização.
24
Considerações sobre os objetivos da organização devem ser levados em
conta para que decisões sobre preço de produtos e serviços sejam estabelecidas, já
que esse montante é considerado condição para que a troca seja efetuada
(MCCARTHY, 1982).
Outra etapa do mix marketing relacionada aos 4 Ps é a promoção, que
explana a transmissão de informações sobre o produto ao cliente, “é dizer aos
fregueses-alvo que o Produto certo existe na Praça certa e ao Preço certo”
(MCCARTHY, 1982, p 299), entendendo-se então que a promoção é uma ferramenta
de comunicação.
Essa comunicação, para Kotler e Keller (2012) tem a função de auxiliar as
instituições a recordar, anunciar e influenciar o público a respeito de seus produtos e
serviços. Em contrapartida os mesmos autores afirmam que a comunicação tem
também a função de contribuir com o consumidor, pois é através dessa comunicação
que o mesmo fica ciente dos atributos do que é vendido.
Existes algumas ferramentas que orientam essa comunicação e, de acordo
com Las Casas (2012, p. 380-381), elas podem ser propaganda, venda pessoal,
relações públicas e promoção de vendas. Já Gabriel (2010, p. 17) apresenta, além
dessas ferramentas, o marketing direto como forma de “construir relacionamento de
duas vias com o público”.
Entende-se que a comunicação é essencial para que as IES efetuem seu
marketing educacional, assunto esse que será explorado na próxima seção deste
trabalho.
4.3 MARKETING EDUCACIONAL
Antes de verificar-se o marketing educacional, observa-se a necessidade de
entender o que seriam os serviços educacionais para a teoria e segundo Cobra e
Braga (2004, p. 52-53) são:
Um ato ou desempenho oferecido por uma parte à outra. O desempenho é essencialmente intangível. Os serviços educacionais são atividades econômicas que criam valor e fornecem benefícios para os alunos entendidos como clientes e para as empresas que os empregam.
25
Segundo os mesmos autores o serviço educacional pode ser visualizado
como um produto pois, “no caso de instituições de ensino o produto é, na verdade um
serviço – os cursos oferecidos por essa instituição” (COBRA; BRAGA, 2004, p. 53).
O marketing já não é mais visto como supérfluo pelas IES, como afirmam
Kolter e Fox (1994, p. 11), muitos demonstram interesses em “saber como as ideias
de marketing podem ser relevantes para os problemas que enfrentam – por exemplo,
como atrair alunos melhores e em maior quantidade, como aumentar a satisfação dos
mesmos com a instituição [...]”.
Informações essas que vão ao encontro com o pensamento de Cobra e Braga
(2004, p. 27) que explanam “o marketing no setor educacional deixou de ser um
elemento secundário e até desnecessário, [...] para se tornar uma preocupação
essencial no conjunto da gestão educacional”. Entende-se que aplicar estratégias de
marketing em IES, pode auxiliá-las a lograr discentes mais comprometidos e
interessados para com seus cursos.
Essas ações de marketing podem garantir que as IES consigam enfrentar
problemas que têm sido, segundo Cobra e Braga (2004, p. 13), presentes no cenário
educacional superior, o “aumento do índice de evasão nos cursos de graduação, e
segundo, o aumento do número de vagas ociosas”.
Facó (2008, p. 18) contribui para o entendimento do marketing educacional
quando explana os conceitos de produto, praça, preço e promoção para estas
instituições:
Podemos definir o produto como sendo os serviços educacionais prestados, com toda a sua gama de possibilidades de cursos diferenciados. Quanto ao preço (valor monetário) que e cobrado, posicionamos a instituição e passamos a gerar uma expectativa nos “clientes” potenciais. Devemos ainda levar em consideração a questão do custo, entendido como esforço a ser empregado quando da escolha. Maior distância, maior duração de um curso, falta de estacionamento, etc., podem representar um custo maior para o “cliente”, que considera, quando de sua escolha por uma instituição, todos esses atributos, que devem estar presentes no processo de comunicação. A promoção (propaganda), por ser o mais visível, e o aspecto mais conhecido do marketing, envolvendo a comunicação para o mercado não somente dos cursos que ela oferece, mas também formando uma imagem da instituição para a sua comunidade. À localização e ao modo de distribuição desses serviços educacionais, englobando possibilidades de instituições com apenas um campus, multicampi, com ensino presencial, a distância, etc.
Corroboram Cobra e Braga (2004) quando exploram o valor percebido pelo
cliente da IES como sendo a compreensão da relação do esforço realizado e sua
26
compensação. E afirmam que a promoção pode ser incentivo para que os clientes se
decidam por determinado curso.
Compreende-se ainda, que a comunicação é fator primordial para as ações
de marketing das IES, pois como exploram Cobra e Braga (2004) ela tem duplo papel
pois auxilia na manutenção e prospecção desses clientes do setor educacional. Ainda
complementam quando afirmam que a comunicação “desempenha também um
importante papel no posicionamento da IES e seus cursos no mercado” (COBRA;
BRAGA, 2004, p. 112).
Para os mesmos autores (op. cit.), a comunicação pode ser considerada as
ações exercidas por vários mecanismos com intuito de acessar e sensibilizar o público
alvo das IES e, consideram essencial para a instituição, saber estabelecer sintonia
nas comunicações com pessoas e grupos.
Entende-se, portanto, que estabelecer corretamente essas estratégias de
marketing podem auxiliar na sobrevivência das IES ou até mesmo para seu
crescimento nos mercados competitivos.
Observa-se que a função do marketing não é somente encontrar clientes para
os produtos e serviços já existentes nestas IES, mas também, auxiliar na interação
entre os mesmos promovendo a clara comunicação de todos os benefícios que essa
IES pode proporcionar a seus clientes.
Porém percebe-se que o ambiente em que essas IES estão inseridas
atualmente não é mais o mesmo e as tecnologias que diariamente são lançadas no
mercado merecem adendo dessas instituições e cursos, pois analisam Cobra e Braga
(2004, p. 14) “presenciamos o surgimento de inúmeros novos componentes no
tabuleiro educacional”. Entende-se que as solicitações para com essas IES têm se
alterado e que as mesmas deverão transformar-se para acompanhar essas
solicitações.
Corrobora também Motta (2013, p. 118) quando alega que “as IES deverão
se adequar para atender a demanda com serviços de qualidade, que atendam às
necessidades de qualificação para o mercado de trabalho, cada vez mais emergente
e competitivo”.
Entende-se que essas tecnologias estão permitindo uma “aprendizagem
assíncrona, quebrando as restrições de tempo e espaço para tornar as oportunidades
de aprendizagem mais compatíveis às necessidades e estilos de vida das pessoas”
(COBRA; BRAGA, 2004, p. 23).
27
Entretanto verifica-se a necessidade das IES adaptarem-se a estas
transformações e vislumbrarem as oportunidades que as novas tecnologias permitem
ao marketing educacional, como elaborar estratégias e lançar ações que comuniquem
essas vantagens observadas na IES.
Para Kotler e Keller (2012, p. 514) eventos e experiências, publicidade,
marketing boca a boca e o marketing interativo são descritos como “atividades e
programas online destinados a envolver clientes atuais e potenciais [...]”, as quais
também são consideradas ferramentas de comunicação. Porém enfatiza-se que esses
componentes citados não são mídias e sim, ferramentas estratégicas para a
comunicação do marketing. Assim, as organizações podem utilizar várias ferramentas
em uma única mídia, ou uma única ferramenta em várias mídias.
Ressalta-se que o ambiente de comunicação tem sofrido grandes mudanças
e influenciado os clientes pois “a tecnologia e outros fatores mudaram profundamente
o modo como os consumidores processam as comunicações” (KOTLER; KELLER,
2012, p. 512).
Deste modo, como visto, as instituições devem adaptar suas estratégias para
manterem-se ativas em um ambiente de mudanças cada vez mais competitivo,
utilizando as ferramentas do composto de marketing e adaptando-as, às diversas
mídias existentes. Apontamentos como o marketing interativo e o avanço tecnológico,
que têm influenciado as trocas atualmente, induzem as instituições a adquirirem
sabedoria sobre uma nova área do conhecimento, o marketing digital, assunto este
que será apresentado na próxima seção deste trabalho.
4.4 MARKETING DIGITAL
O surgimento da internet possibilitou que as instituições se relacionem de
forma diferenciada com seus consumidores. As ações de apresentação de produtos
e serviços, a persuasão sobre o cliente, as atividades que lembram aos consumidores
as marcas, podem ser realizadas de distintas maneiras. Esse advento que são as
redes de computadores, com o auxílio de tecnologias que surgem diariamente,
permitem que as organizações conheçam e alcancem públicos diversificados,
necessitando assim de estratégias variadas.
Confirma-se a utilidade dessas estratégias com Gabriel (2010, p. 105) a qual
explana que “a proliferação de tecnologias e plataformas digitais oferece um cenário
28
fértil para as mais diversificadas ações de marketing”. Entende-se que as instituições
precisam atentar-se às novas tecnologias e mídias para realizar um marketing online
eficaz.
Segundo Torres (2010, p. 7), o marketing digital é:
[...] o conjunto de estratégias de marketing e publicidade, aplicadas a Internet, e ao novo comportamento do consumidor quando está navegando. Não se trata de uma ou outra ação, mas de um conjunto coerente e eficaz de ações que criam um contato permanente da sua empresa com seus clientes.
Ainda segundo o autor supracitado “[...] continuamos falando de marketing e
de consumidores. Quando falamos de marketing digital e Internet, estamos falando
sobre pessoas, suas histórias e seus desejos. Estamos falando sobre
relacionamentos e necessidades a serem atendidas” (TORRES, 2009, p. 62).
Ao se falar de marketing digital e internet, estende-se o debate para o
marketing online e marketing eletrônico, sendo que Las Casas (2012, p. 335)
apresenta o marketing online como “um conjunto de transações eletrônicas que visam
a transferência de produtos e serviços do produtor ao consumidor”. O mesmo autor
discorre que “o marketing eletrônico corresponde a todas as atividades online ou
eletrônicas que agregam valor à produção e à comercialização de produtos e serviços”
e explana que o objetivo das trocas pelo marketing digital é o de conseguir atender os
desejos e necessidades dos clientes (LAS CASAS, 2012, p. 335).
Kotler e Armstrong (2003, p. 454) apresentam o marketing online como o
marketing “realizado por meio de sistemas interativos de computadores online que
ligam os consumidores aos vendedores por meios eletrônicos”. Um ponto importante
tratado é de que nessa nova maneira de realizar o marketing digital, o cliente tem voz
nos processos de trocas e o objetivo é claramente definido:
O objetivo do marketing digital é usar o poder da rede mundial de computadores interconectados (World Wide Web) para realizar um novo tipo de comunicação e relacionamento com os consumidores, o chamado marketing interativo, no qual o relacionamento é bidirecional, isto é, o consumidor não é passivo, mas sim ativo ao longo do processo (OGDEN; CRESCITELLI, 2007, p.101).
Essa declaração é também reforçada por Turchi (2012) quando discorre sobre
o que a internet trouxe de mais transformador, alegando que foi a alteração do
comportamento dos consumidores, pois agora os mesmos realizam críticas,
participam do processo de troca com voz ativa e permitem-se ser exigentes. Segundo
29
Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 12) as ações de marketing realizadas pelas
instituições devem se adaptar às transformações que a economia digital está impondo
aos mercados, pois a “conectividade alterou de forma radical as vidas humanas”.
Ainda em relação ao marketing eletrônico, Reedy e Schullo (2007, p. 4)
afirmam que:
O marketing eletrônico responde por todas as atividades on-line ou eletrônicas que facilitam a manufatura de bens e serviços pelo produtor para satisfazer os desejos e as necessidades do consumidor. O marketing eletrônico se baseia firmemente na tecnologia de ‘redes’ para coordenar a pesquisa de mercado, ajudar no desenvolvimento de produtos, expandir estratégias e táticas para persuadir consumidores a comprar, proporcionar a distribuição on-line, manter registros do consumidor, conduzir serviços de satisfação ao consumidor e obter feedback dos clientes.
Turchi (2012) explana que as instituições que utilizam algum meio de
marketing online devem manter-se atualizadas e não os abandonar, e que as
empresas que ainda não praticam nenhuma ação de marketing online, estão
atrasadas e passíveis assim de prejuízos. A apresentação de Turchi é confirmada por
Torres (2009, p. 61) para o qual “[...] diferente de outras mídias, a Internet afeta seu
negócio independentemente de sua vontade”.
Verifica-se então que não basta ter um produto bom, uma boa distribuição e
um preço acessível, a instituição precisa também comunicar esses produtos e
serviços para seus clientes atuais e possíveis clientes, que utilizam cada vez mais
meios digitais para atender suas necessidades e desejos. Dados apresentados por
ITU (2016, p. 4) apontam que “quase dois terços das famílias nas Américas estão
conectadas”, correspondendo a um percentual de 65% da população, mostrando
assim a importância dos meios digitais nos processos de troca.
Rocha, Ferreira e Silva (2012, p. 449) afirmam que:
Com todos esses usuários e com a Internet servindo como um importante canal de comunicação e consumo, ações de marketing on-line, com o objetivo de alcançar e se relacionar com o consumidor, se tornam mais e mais relevantes para qualquer empresa.
Entende-se que investir em marketing digital não é mais um diferencial, mas
uma necessidade para que a instituição se mantenha no mercado, pois como afirma
Gabriel (2010) “conhecer essas mudanças e os novos atores que se apresentam é
fator essencial para o sucesso de qualquer ação de marketing hoje”. Las Casas (2012,
p. 40) declara que “através da Internet e de outros sistemas computadorizados
30
agregados à empresa, pode-se desenvolver uma série de estratégias de marketing e
a partir daí gerar vantagem competitiva”.
Compreende-se que as definições de marketing digital apresentadas, mantém
em seu escopo o objetivo central do marketing, que é atender as necessidades e
desejos dos consumidores, porém utilizando de plataformas e tecnologias digitais para
alcançar seus objetivos, oferecendo assim aos seus consumidores algumas
vantagens pela utilização do meio digital.
Corrobora Las Casas (2012) ao destacar a busca pelo conforto, pois o
consumidor não precisa deslocar-se para realizar a troca; a rapidez, o cliente pode
encontrar o produto ou serviço a qualquer horário e em qualquer lugar rapidamente;
os custos, redução de custos utilizados pela organização em manutenção ou
comunicação por exemplo gerando assim uma redução no preço do produto, e as
informações, que podem ser acessadas por meio da internet, em uma vasta
quantidade.
As plataformas e tecnologias que podem ser utilizadas nas ações de
marketing digital são as páginas digitais, o e-mail, as realidades mistas, as plataformas
digitais e redes sociais, as tecnologias mobile, entre outras ferramentas que são
responsáveis pela transformação do mercado, que hoje é considerado global e
totalmente conectado (GABRIEL, 2010; LIMA et al., 2012).
Assim como o marketing tradicional, que apresenta como ferramentas os 4 Ps
do marketing, o digital também conta com ferramentas e estratégias que conduzem o
processo de implementação e manutenção do mesmo, conhecidos como 8 Ps do
marketing digital.
4.4.1 8 Ps do marketing digital
Os smartphones, notebooks, tablets e a evolução da tecnologia mobile faz
com que uma parcela da população permaneça constantemente conectada,
salientando a necessidade de que o marketing utilizado pelas instituições também
deve se manter atualizado às tecnologias. Vaz (2011, p. 299) confirma a necessidade
da implementação de métodos mais tecnológicos nas ações de marketing quando diz:
“O marketing [...] está cada vez mais tecnológico”.
E para auxiliar as empresas nessa incessante busca, Vaz (2011) sugeriu uma
nova base para o marketing digital e a denominou de os 8 Ps do marketing digital. O
31
mesmo autor afirma que esse moderno suporte não é uma mistura dos 4 Ps
introduzidos por McCarthy com intervenções digitais, mas um processo sistêmico que
deve ser seguido para que as organizações consigam cumprir suas estratégias de
marketing.
Esse sistema de marketing digital tem o foco no “método, no conceito, no que
deve ser feito” (VAZ, 2011, p. 299). O mesmo apresenta diversas ferramentas para
que os objetivos traçados pelas estratégias de marketing digital sejam alcançados,
como Facebook ou Twitter, mas esclarece que como as pessoas que utilizam a rede
e até mesmo a rede são convergíeis, essas ferramentas devem acompanhar essa
mudança.
Para acompanhar essa mutação dos consumidores que estão baseados nas
tecnologias de informação, que permite aos mesmos exercerem com plenitude
relação, diálogo e ação sobre as instituições, Vaz (2011) propôs o sistema composto
por pesquisa, planejamento, produção, publicação, promoção, propagação,
personalização e precisão.
O primeiro P desse sistema é a pesquisa, o passo inicial para uma efetiva
estratégia de marketing digital “se você quer comunicar de forma eficaz, persuadir e
vender, primeiro é preciso conhecer profundamente para quem você comunicará sua
marca e seus produtos ou serviços” (VAZ, 2011, p. 301).
Esse processo de pesquisa é realizado pela análise dos rastros que o
consumidor deixa, quando realiza suas navegações. Vaz (2011, p. 301) afirma que a
pesquisa é “ato de recolher todos esses indícios que o consumidor deixa ao passar
por um determinado site e interpretá-los à luz dos estudos sobre o comportamento do
consumidor”. Entende-se que a segmentação dessa metodologia é realizada por meio
das marcas que o indivíduo deixa quando acessa diferentes plataformas na rede.
O segundo P sugerido é o de planejamento, que de acordo com Vaz (2011, p.
305-307) “é um documento [...] que contém a explicação minuciosa do que será feito
em cada um dos outros Ps" ou ainda “é toda a sua ação desenvolvida primeiramente
no papel, para depois partir para a execução física”. Entende-se que a organização
deve estabelecer suas metas e estratégias para cumprir seu plano de marketing digital
e transformá-las em um delineamento que servirá de suporte para a organização até
o final do processo.
O terceiro P desse sistema é a produção, e está diretamente ligada à
construção da plataforma de negócios que será elaborada. Para Vaz (2011, p 309) “O
32
3º P se concentra na estrutura do site, em suas funcionalidades”. Compreende-se que
todas as informações obtidas nos primeiros passos, serão bases para que a
plataforma criada detenha o layout apropriado, o número de páginas necessárias,
entre outras funcionalidades.
A publicação é o quarto P desse sistema e trabalha o conteúdo que será
utilizado na plataforma digital. É um dos pontos mais importantes do processo, já que
os consumidores procuram conteúdos relevantes e é atendendo a esse desejo que as
organizações podem criar relacionamentos com os clientes (VAZ, 2011).
Vaz (2011, p. 313) explana nessa base que a publicação contempla “o
conteúdo do site e o conteúdo que você posta no site e nas mídias sociais
frequentemente”. Percebe-se a importância dos conteúdos publicados não somente
no sítio de negócios, mas também em plataformas off-site, como citado as mídias
sociais, tais como Facebook e Twitter.
Vale ressaltar que foi Vaz que sugeriu essa nova base para o marketing digital
e apresenta dentro dessa base o quinto P como promoção, que é realizada muito mais
pelos consumidores, do que pela própria instituição. O autor destaca que “a
comunicação deve ser feita com o objetivo de ser relevante para os consumidores, de
modo que gere uma propagação natural de consumidor a consumidor” (VAZ, 2011, p.
315). Entende-se que a promoção deve ser planejada de maneira que apresente um
conteúdo relevante aos consumidores e que os mesmos sintam a necessidade de
partilhar esse conteúdo com mais pessoas.
O sexto P do processo é a propagação e ocorre “por meio da comunicação
pessoa a pessoa”, ainda nesta etapa “você fará com que a rede fale de sua empresa
de maneira positiva, estimulando o boca a boca, no ambiente web, para que sua
marca ganhe credibilidade e alcance maiores margens” (VAZ, 2011, p. 317-319).
Observa-se que neste estágio o autor sugere que a promoção bem realizada
pela instituição, fará com que a propagação aconteça, pois, expondo um conteúdo
relevante para o consumidor o mesmo será uma ferramenta de disseminação do
conteúdo. A personalização é o P seguinte e mostra a segmentação como ação
fundamental desta etapa, significa:
Segmentar cada consumidor como se ele fosse um segmento de uma só pessoa é um dos princípios da cocriação – criar uma experiência única e personalizada porque ela é construída juntamente com o consumidor na hora em que ele usufrui da marca (VAZ, 2011, p. 320).
33
Entende-se que personificar, tornar a ação de troca única para o consumidor,
é fundamental para que a atitude de comunicar seja mais significativa para o cliente,
possibilitando assim que o mesmo dedique mais consideração à operação de câmbio,
gerando mais resultados para a instituição.
Na sequência o último P do processo sistêmico é a precisão, que é
apresentada como a operação de “medir os resultados do site ou do e-mail marketing
ou de qualquer outra ação passível de ser mensurada para saber qual a melhor opção
para que a empresa caminhe para frente” (VAZ, 2011, p. 326). Compreende-se assim,
que a avaliação dos resultados obtidos por meio dos procedimentos anteriormente
executados e a verificação das ações que surtiram positivas ou negativas, é praticada
no oitavo P do processo.
Verifica-se que esse sistema utiliza várias etapas para que o marketing digital
seja implementado com êxito. Percebe-se que todas as etapas do sistema proposto
são ações que devem ser realizadas para os ambientes virtuais, como o Market place,
que segundo Las Casas (2012, p. 14) “é o espaço criado pela Internet onde as
empresas comercializam”. Entende-se que aplicar estratégias corretas para esses
ambientes virtuais são considerados essenciais para a sobrevivência das
organizações, assim como das IES que devem se adaptar às novas possibilidades
proporcionadas pelos ambientes virtuais, observa-se, portanto, a viabilidade de
conhecer algumas estratégias sugeridas por Torres, que serão abordadas na próxima
seção deste estudo.
4.5 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL
Segundo Torres (2009) existem sete estratégias que devem ser consideradas
para ações de marketing digital, permitindo assim às instituições distintas
possibilidades de atitudes que auxiliem na comunicação das IES.
A primeira estratégia é apontada por Torres (2009) como o marketing de
conteúdo, pois é por meio do conteúdo disponibilizado nos sites que os clientes
encontrarão a instituição, portanto o autor sugere “que você planeje, crie e publique
conteúdo em seu site para torná-lo mais visível na Internet e mais atraente ao
consumidor” (TORRES, 2009, p. 73).
As mídias sociais são apresentadas como a segunda oportunidade de
estratégias de marketing digital e segundo o autor são “sites na Internet construídos
34
para permitir a criação colaborativa de conteúdo, a interação social e o
compartilhamento de informações em diversos formatos” (TORRES, 2009, p. 74).
Observa-se que as estratégias aplicadas nas mídias sociais são essenciais
para comunicação das IES e seus cursos, pois como afirma o autor “as mídias sociais,
[...], são muito importantes para qualquer estratégia ou ação de marketing. No Brasil,
mais de 80% dos internautas participam de alguma rede social [...]” (TORRES, 2009,
p. 75).
A terceira estratégia é o e-mail marketing apresentado como “qualquer tipo de
mensagem não instantânea que possa ser enviada em massa para destinatários
específicos” (TORRES, 2009, p. 76). Para o autor “a mensagem deve causar impacto
e ser significativa para o consumidor” (TORRES, 2009, p. 175). Acredita-se que o
baixo custo desta estratégia é um fator que a torna bem atrativa para as IES.
O marketing viral é considerado a quarta estratégia e explanado como “uma
mensagem que se comporte na Internet como se fosse um vírus e se espalhe pela
rede espontaneamente, de consumidor em consumidor” (TORRES, 2009, p. 191).
Entende-se que essa estratégia permite a disseminação de um conteúdo de maneira
rápida e abrangente.
A quinta estratégia é a pesquisa online, essa utilizada para conhecer e
entender o público que deseja ser atingido. É considerada “a base da atividade do
marketing” (TORRES, 2009, p. 77).
A publicidade online, considerada pelo autor como a “atividade dedicada à
difusão pública de ideias associadas as empresas, produtos ou serviços,
especificamente a propaganda comercial” é a sexta estratégia de marketing digital
(TORRES, 2009, p. 240). Acrescenta que as ações publicitárias podem ser
disseminadas por distintos espaços como: portais, sites especializados, redes sociais,
celulares e smartphones.
O monitoramento “é a ação estratégica que integra os resultados de todas as
outras ações estratégicas, táticas e operacionais, permitindo verificar os resultados e
agir para a correção de rumos ou melhoria das ações” (TORRES, 2009, p. 79).
Entende-se que as ações propostas por Torres (2009) possuem pontos
semelhantes às ações propostas por Vaz (2011) e que ambas, utilizadas de maneira
precisa, permitirão as IES vantagens competitivas perante as concorrentes que não
vislumbrarem essas oportunidades.
35
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O objetivo deste trabalho foi desenvolver estratégias de marketing digital para
o curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e
para que essa meta fosse alcançada e os resultados pudessem ser adequados, o
trabalho foi norteado por procedimentos metodológicos, que serão apresentados a
seguir.
Trata-se de um estudo de caso, pois “estudará fenômenos em profundidade
dentro de um contexto”, característica apresentada por Roesch (2013, p. 201) como
intrínseca ao método. Severino (2007, p. 121) corrobora afirmando que é a “pesquisa
que se concentra no estudo de um caso particular [...]”, definições essas que se
enquadram no presente trabalho, pois o objeto de estudo do mesmo foi único e
abordou acontecimentos do tema estudado no curso.
É considerado uma pesquisa de proposição de planos que, segundo Roesch
(2013), tem o propósito de resolver adversidades vivenciadas pelas empresas, o que
faz parte do desenvolvimento do estudo no curso de Secretariado Executivo, já que o
mesmo teve objetivo de auxiliar na resolução de possíveis problemas de marketing
digital e na obtenção de novas oportunidades no mercado.
Para o desenvolvimento do estudo, utilizou-se de pesquisa bibliográfica. Para
Lakatos e Marconi (2010, p. 166) “a pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias,
abrange [...] bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo” e
acrescentam que “sua finalidade e colocar o pesquisador em contato direto com tudo
o que foi escrito, [...] sobre determinado assunto”. Essas pesquisas permitem que os
pesquisadores conheçam novos assuntos, os analisando de maneiras particulares e
consequentemente criem entendimentos diferenciados e novos. Verifica-se que o
trabalho em questão utilizou de pesquisa bibliográfica para galgar seus resultados,
pois apresenta diversas bibliografias e suas interpretações à luz da autora deste
relatório, para construção do referencial teórico.
O desenvolvimento deste trabalho necessitou da observação, que para
Lakatos e Marconi (2010, p.173) “e uma técnica de coleta de dados para conseguir
informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade.
Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos
que se deseja estudar”. A modalidade de observação que foi utilizada neste trabalho
36
é a participante e de forma artificial, pois o observador obteve informações do grupo,
após sua integração com o mesmo.
A coleta de dados deste trabalho também se deu a partir da aplicação de
questionário (Apêndice A), esse formulado com 15 questões, que investigou o perfil
social e digital dos acadêmicos, foi aplicado aos quatro anos do curso no período de
30 e 31 de agosto do ano corrente.
Segundo Severino (2007, p. 125) o questionário é o “conjunto de questões,
[...], que se destinam a levantar informações escritas por parte dos sujeitos
pesquisados, com vistas a conhecer a opinião dos mesmos sobre os assuntos em
estudo”. Lakatos e Marconi (2017, p. 338) complementam a definição, afirmando que
o objetivo desta coleta de dados é “obter informações que serão necessárias ao
desenvolvimento da pesquisa”. Este estudo indagou quais eram os dados digitais e
sociais dos acadêmicos, bem como quais eram suas opiniões sobre ações de
marketing digital do curso, objeto deste estudo.
Os dados secundários obtidos por meio da observação e os dados primários
obtidos por intermédio dos questionários foram analisados de maneira qualitativa.
Segundo Roesch (2013, p.154) a abordagem qualitativa e apropriada quando “se trata
de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção[...]”, portanto
esta pesquisa teve abordagem qualitativa, dado que a objetividade deste trabalho foi
a de propor estratégias para o curso de Secretariado Executivo.
Essas estratégias foram desenvolvidas em distintas plataformas, como o
Facebook, que recebeu postagens com imagens produzidas por meio do programa
Adobe Photoshop CS6. Esse que também foi utilizado para produção do banner
digital, do logo do canal ConecSec e do banner para o evento de comemoração dos
30 anos do curso.
Utilizou-se também o programa Publisher 2013 para realização do SecNews
e para produção dos folders enviados às organizações, docentes e discentes,
divulgando a ferramenta ConecSec.
Além destas, utilizou-se o software WhatsApp, para oferecer ao curso um
método de comunicação instantânea com seus acadêmicos. Para isso, adquiriu-se
um número de telefone para uso exclusivo da coordenação, instalou-se o programa
em um telefone celular Samsung modelo GT – S5310C e criou-se o grupo
Secretariado Executivo.
37
Ainda, manipulou-se o correio eletrônico do provedor Gmail, que foi utilizado
para criação de um e-mail para o curso, esse que foi utilizado para disseminação de
informações e a elaboração do canal do curso na plataforma do YouTube, que alojou
os vídeos produzidos para o SecFala.
A plataforma de construção de sites Webnode foi utilizada para o
desenvolvimento de um segundo correio eletrônico com domínio Secretariado
Unioeste e, por meio deste, foram enviados e-mails de solicitação e divulgação, além
da hospedagem da ferramenta ConecSec.
Por fim, para oportunizar ao leitor deste trabalho uma visualização
instantânea das estratégias publicadas em diferentes plataformas digitais, elaborou-
se códigos de barras bidimensionais (QR codes), que podem ser descodificados e
exibidos com o auxílio de Smartphones e para tal utilizou-se da ferramenta QR Code
Fácil.
38
6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo será apresentada a caracterização da Universidade Estadual
do Oeste do Paraná, instituição na qual este estudo foi realizado e posteriormente
serão explorados os dados da operacionalização deste estágio, tal como os resultados
alcançados com as ações propostas e implementadas.
6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
6.1.1 Caracterização da organização
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, é uma instituição
pública, localizada na Rua da Faculdade, número 645, no jardim Santa Maria na
cidade de Toledo, estado do Paraná. Atua no ramo de atividade educacional e visa
proporcionar aos seus acadêmicos uma formação de qualidade, atrelada às
exigências do mercado de trabalho.
O estágio supervisionado foi realizado na coordenação do curso de
Secretariado Executivo, a qual pertence a supracitada IES, essa que possui estrutura
multicampi e tem seu mercado de atuação nas cidades de Cascavel, Toledo, Foz do
Iguaçu, Francisco Beltrão e Marechal Cândido Rondon. Além dos citados a IES atende
outros municípios, totalizando 94, deles 52 da região oeste e 42 da região sudoeste
(UNIOESTE, 2017b).
A Figura 1 ilustra a estrutura organizacional da coordenação do curso de
Secretariado Executivo:
39
Figura 1 - Organograma do curso de Secretariado Executivo da Unioeste – Campus Toledo.
Fonte: dados primários de pesquisa (2017).
Observa-se que a coordenação do curso está atrelada ao Colegiado do curso
de Secretariado Executivo e suas funções estão ligadas a questões pertinentes a ele,
como o atendimento a discentes e docentes.
6.1.2 Histórico da Instituição
A Instituição de Ensino Superior Unioeste, foi concebida pela ligação entre
quatro universidades de ensino já existentes e que exerciam suas atividades de forma
não gratuita. Eram a Faculdade de Ciências Humanas Arnaldo Busato (FACITOL), a
Faculdade de Educação Ciências e Letras de Cascavel (FECIVEL), a Faculdade de
Ciências Sociais de Foz do Iguaçu (FACISA) e a Faculdade de Ciências Humanas de
Marechal Cândido Rondon (FACIMAR).
Após atos públicos para a criação de uma universidade pública na região, em
janeiro de 1987, foi criada a Fundação Federação Estadual de Instituições de Ensino
Superior do Oeste do Paraná (FUNIOESTE), que em dezembro do mesmo ano foi
Reitoria Unioeste
Pró-Reitoria de Graduação
Direção de Campus de
Toledo
Diretor de Centro - CCSA
Colegiado do curso de
Secretariado Executivo
Secretaria
Coordenação de curso
Colegiado do curso de Ciências
Econômicas
Colegiado do curso de Serviço
Social
Mestrado em Economia
Mestrado e Doutorado em
Desenvolvimento Regional e
Agronegócio
Mestrado em Serviço Social
40
autorizada pela Lei Estadual nº 8.680, e instituída pelo Decreto nº 2.352 de 1988. Essa
era formada pelas quatro IES já citadas, porém em 1999, a Faculdade de Ciências
Humanas de Francisco Beltrão (FACIBEL) foi inserida no escopo da Unioeste, que já
era reconhecida pelo Ministério da Educação como universidade, fato esse ocorrido
em 23 de dezembro de 1994, por meio da Portaria Nº 1784-A/94.
Atualmente a IES dispõe de 64 cursos de graduação, bem como 26 de pós-
graduação lato sensu e 75 de stricto sensu, nos seus 5 campi e atende um total de
12.689 alunos, desses 1.233 estão alocados no Campus de Toledo, no qual encontra-
se o curso de Secretariado Executivo (UNIOESTE, 2017c).
Este foi criado no ano de 1987, autorizado pelo Decreto nº 93.593, de 18 de
novembro de 1986 e reconhecido pela portaria nº 824, de 23 de maio de 1991. Oferta
anualmente, por meio de concurso vestibular e pelo Sistema de Seleção Unificada
(SISU), 40 vagas no período noturno e objetiva formar profissionais aptos para
exercerem distintas funções como gestor, consultor, empreendedor e articulador.
O curso tem duração mínima de quatro e máxima de sete anos e confere ao
acadêmico concluinte o título de bacharel em Secretariado Executivo. Possui uma
grade curricular diversificada o que propicia aos acadêmicos um desenvolvimento
amplo, além de proporcionar aos mesmos, contato com atividades de pesquisa e
extensão.
6.1.3 Operacionalização da Instituição
Observa-se que a Unioeste possui políticas organizacionais que auxiliam a
instituição em seu funcionamento como a Resolução nº 028/2003-COU, que
estabelece o regimento geral da Universidade. Esse esclarece o sistema hierárquico
presente na instituição, normas e regras que regem todos os campi.
No ano de 1999, introduziu-se, por meio da Resolução nº 017/99-COU, o
Estatuto da Unioeste, que disponibiliza informações sobre as políticas e normas para
o funcionamento da instituição.
Seu sistema de remuneração é regido pela Lei nº 6.174, de 16 de novembro
de 1970, a qual aprovou o Estatuto dos Funcionários Civis do Estado do Paraná, além
da Lei nº 14.825, de 12 de setembro de 2005, que altera dispositivos da Lei Nº
11.713/97 e adota outras providências pertinentes aos integrantes do Magistério do
Ensino Superior. Complementa-se que há também abonos salariais e que os
41
estagiários e professores temporários possuem suas regulamentações como
Resolução nº 108/2007-COU e a Resolução nº 014/1995-COU.
Observa-se que a instituição possibilita o desenvolvimento de seus
funcionários, pois são concedidas licenças aos docentes para atualização e
aprimoramento. No que se refere ao processo de seleção dos funcionários, este é
realizado de acordo com o regime estatutário estabelecido pela Lei nº 6.174.
Verifica-se que o estilo gerencial é hierárquico e os órgãos máximos de
administração superior deliberativa, são o Conselho Universitário (COU) e o Conselho
de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE). A instituição possui um reitor e um
administrador superior executivo, este trabalha em parceria com as pró-reitoras. A
administração intermediária executiva ocorre por meio de uma direção geral de
Campus.
As direções de cada centro acadêmico são consideradas as administrações
básicas executivas. E, por fim, como uma administração básica setorial executiva,
têm-se as coordenações do curso, que para as tomadas de decisões consultam o
colegiado do curso.
6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
Este capítulo apresentará as atividades que foram desenvolvidas durante o
período de estágio para que sua operacionalização fosse concluída com êxito. Sendo
elas, os resultados e análise dos questionários que foram aplicados aos acadêmicos
do curso e a implementação de estratégias que foram desenvolvidas a partir dos
resultados obtidos por meio dos questionamentos.
6.2.1 Resultados e análise dos questionários aplicados aos acadêmicos
Com o intuito de conhecer o público alvo do curso de Secretariado Executivo
da Unioeste, fator essencial para que as estratégias deste estágio fossem
desenvolvidas, foram aplicados questionários aos acadêmicos do curso. Além disso,
essa investigação buscou atender as necessidades e desejos dos clientes, nesse
caso os alunos, fator esse que Cobra e Braga (2004) apontam como primordial para
a execução do marketing educacional. O formulário de pesquisa na íntegra, pode ser
observado no Apêndice A.
42
Antes da aplicação do questionário aos alunos do curso, realizou-se um pré-
teste com uma acadêmica do quarto ano, para que fossem corrigidos possíveis erros
e realizado ajustes com relação a ambiguidades nas questões.
Posteriormente, os questionários foram aplicados, no mês de agosto de 2017,
em sala de aula, aos quatro anos do curso. Dos 139 alunos matriculados no curso no
ano corrente (segundo a coordenação do curso), obteve-se resposta de 97 discentes,
uma representatividade de 69,78% dos acadêmicos. Contudo deve-se levar em
consideração que para o cálculo dessa representatividade, não foram excluídos os
acadêmicos desistentes e entende-se que nem todos os matriculados realmente
estavam frequentando o curso. Para além desta, observa-se que alguns alunos estão
matriculados apenas em determinadas disciplinas, assim não comparecem
diariamente a IES, o que também influencia no resultado desta representatividade,
visto que no momento da coleta de dados, poderiam não estar presentes.
O questionário foi composto por 15 questões, dessas três abertas, que
contemplavam o objetivo de visualizar o perfil social e digital dos acadêmicos e
também a opinião dos mesmo sobre ações digitais relacionadas ao curso de
Secretariado Executivo da Unioeste.
Com relação ao perfil social dos entrevistados, verificou-se com a primeira
pergunta que haviam 80 respondentes do sexo feminino e 17 do sexo masculino. Esse
resultado vai ao encontro aos dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia Estatística (IBGE) quando apresenta em sua Síntese de Indicadores
Sociais: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (2015) que 50,9% dos
residentes no estado do Paraná são do sexo feminino e que a representatividade
deste sexo na frequência líquida em estabelecimentos de ensino superior é 8% maior
que a do sexo masculino.
Indagou-se também, para melhor compreensão do perfil dos acadêmicos e
um direcionamento sobre os conteúdos a serem abordados nas ações desenvolvidas
no estágio, a idade dos mesmos, os resultados podem ser visualizados no Gráfico 1.
43
Gráfico 1 - Idade dos acadêmicos respondentes.
Fonte: elaborado pela autora (2017).
Observa-se pelo Gráfico 1 que 62,5% dos acadêmicos encontravam-se na
faixa etária de 18 a 21 anos, informação essa que se somada a dados do CETIC no
TIC Domicílios (2016), que apontam que 93% da população com faixa etária entre 16
a 24 anos são considerados usuários da internet, possibilita a percepção que ações
de marketing por meio de plataformas digitais são necessárias para o curso de
Secretariado obter maior contato com seus acadêmicos.
Segundo Cobra e Braga (2004) o e-mail marketing é uma importante
ferramenta e deve ser utilizada para desenvolver um relacionamento com os clientes.
Observa-se uma oportunidade para o curso de Secretariado, afinal, dos 97
entrevistados, 96 respondentes afirmaram possuir esse canal para comunicação com
o curso.
Constatou-se ainda que 100% dos respondentes participam de alguma rede
social, essas, segundo Franco (2012, p. 117) “Indicam um processo de socialização,
algum tipo de interação coletiva e social que pressupõe o partilhamento de
informações, conhecimentos, desejos e interesses”. Com relação às principais redes
utilizadas os resultados apontados são apresentados na Tabela 1.
60
20
8
3
0
5
0 10 20 30 40 50 60 70
18 a 21 anos
22 a 25 anos
26 a 29 anos
30 a 33 anos
34 a 37 anos
38 anos ou mais
44
Tabela 1 - Redes sociais utilizadas pelos acadêmicos do curso de Secretariado Executivo.
Rede Social Números de usuários
97
93
YouTube
76
65
Outras
33
18
Fonte: dados da pesquisa (2017).
Observa-se que a rede social mais utilizada pelos acadêmicos do curso é o
WhatsApp, ferramenta que permite o envio e recebimento de mensagens, arquivos de
mídia e chamadas de voz e vídeo. Seguida do Facebook, rede essa que foi
desenvolvida com o intuito de viabilizar “a franqueza e transparência fornecendo às
pessoas mais poder para compartilhar e se conectar” (FACEBOOK, 2017).
Na sequência, solicitou-se que os acadêmicos fornecessem os nomes que
utilizavam em suas redes sociais, para que fosse possível estabelecer um banco de
dados para posterior contato com os mesmos. Também, verificou-se quanto tempo os
acadêmicos passam conectados nas redes utilizadas, dados apresentados no Gráfico
2.
Gráfico 2 - Tempo que os acadêmicos passam conectados.
Fonte: dados da pesquisa (2017).
Constata-se pelos dados do Gráfico 2 que 37,11% dos acadêmicos do curso,
dispendem de 1 a 3 horas de seu dia, com aparatos digitais. Que 23,71% estão
conectados por mais de quatro horas e que 39,18% dos discentes passam mais de 8
36
23
10
19
7
2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1 a 3 horas 4 a 7 horas 8 a 11 horas 12 a 15 horas Mais de 15horas
Outro
45
horas de seu dia conectados em plataformas digitais. Conforme afirmam, Kotler e
Keller (2012), as tecnologias alteram a maneira que os clientes, nesse caso os
acadêmicos, realizam suas comunicações. Nesse contexto, entende-se que os
discentes do curso utilizam parte de seu dia para realizar trocas por meios digitais e
que é uma necessidade que todas as organizações, inclusive as da área educacional,
manterem-se atentas e participativas nessas plataformas.
Como já citado por Gabriel (2010) e Lima et al. (2012), as redes sociais são
plataformas que devem ser utilizadas para ações de marketing digital e essa
indagação foi feita aos acadêmicos. O nono e o décimo questionamentos da pesquisa
versavam sobre a importância da comunicação do curso por meio dessa ferramenta
e se os discentes gostariam de ser atualizados sobre assuntos pertinentes ao curso,
por meio de suas redes sociais.
Verificou-se que 97,94% dos respondentes da pesquisa acreditam que a
comunicação, por parte do Secretariado Executivo da Unioeste, pelas redes sociais é
importante e 95,86% desses acadêmicos veem a necessidade de serem informados
por meio dessas redes. Confirma-se então, a oportunidade que o curso possui de
atender as necessidade e desejos de seus clientes, por meio dessa ferramenta digital.
O curso em questão disponibiliza anualmente 40 vagas e, um de seus
objetivos, é formar profissionais preparados para exercer distintas funções em
diferentes áreas, como gestores, empreendedores e articuladores (SECRETARIADO
EXECUTIVO, 2017). Em consonância a esse objetivo, verificou-se a utilidade de
investigar se os acadêmicos observavam a possibilidade de o curso auxiliá-los em sua
inserção no mercado de trabalho por meio das plataformas digitais e constatou-se que
97,94% dos respondentes acreditam que poder-se-ia contribuir com essa tarefa.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, em sua síntese do emprego formal,
o país teve uma queda de 544.658 empregos no último ano (CAGED, 2017). Tal
resultado, confirma a necessidade de que o curso deve possibilitar aos acadêmicos
plataformas digitais, que facilitem a busca dos mesmos por oportunidades de inserção
no mercado de trabalho.
Observou-se com a questão anterior que os acadêmicos visualizam a
oportunidade de o curso auxiliá-los na inserção nesse mercado acirrado por meio de
uma plataforma digital. Porém, verificou-se a necessidade de investigar a possível
adesão desses para com esse método e o décimo segundo questionamento mostrou
46
que 96 dos 97 respondentes utilizariam a plataforma digital do curso, que permitisse
a pesquisa de vagas de emprego, se ela existisse.
Como visto anteriormente nas definições de marketing digital, o mesmo possui
o objetivo de atender as necessidades e desejos dos consumidores, neste caso os
acadêmicos, por meio de tecnologias e plataformas digitais que auxiliem a
organização, nesse contexto a IES, a alcançar seus objetivos, permitindo assim a
esses consumidores determinadas vantagens competitivas pela utilização dessas
plataformas digitais.
Neste cenário, notou-se a indispensabilidade de questionar a opinião dos
entrevistados sobre a importância de o curso disponibilizar informações e se conectar
por meio das distintas plataformas digitais. Concluiu-se que é fundamental que o curso
invista nesta demanda de seus discentes, pois apurou-se que 97,97% das respostas
eram positivas, o que confirma a demanda de informes e conexão por parte do público-
alvo do curso, neste estudo.
Considerando o exposto, investigou-se um jornal informativo como forma de
ferramenta digital e se era considerada atrativa para os acadêmicos, questionando se
os mesmos teriam interesse em recebê-lo se existisse e, logrou-se 85 respostas
afirmativas, um percentual de 87,63%.
Por fim, o questionário permitiu que os acadêmicos expressassem suas
sugestões sobre ações relacionadas às plataformas digitais no curso de Secretariado
Executivo. Das 25 sugestões apontadas, pôde-se apurar que ações para divulgação
do curso e a criação de um site para este, foram as que mais apareceram nos
resultados. O que reforça a deficiência do curso no que tange ao seu marketing digital,
haja vista que o website do Secretariado Executivo da Unioeste já tem seu domínio, o
www.secretariadounioeste.com. Outra sugestão citada e que reitera a carência de
ações de marketing voltadas para as plataformas digitais, foi a recomendação de uma
página do curso do Facebook, essa que também já está em atividade.
Os resultados obtidos com os questionários e análise e interpretação dos
mesmos, solidifica a necessidade de o curso de Secretariado Executivo da Unioeste
utilizar de tecnologias e ferramentas para exercer seu marketing e investir em
marketing digital, esse que já não é mais visto como opcional ou diferencial e sim
como uma imposição do mercado, pois para que as organizações consigam se manter
ativas, devem acompanhar a demanda de seus sujeitos, conforme já citado por
Gabriel (2010).
47
Como visto anteriormente, Las Casas (2012), afirma que utilizando a internet,
plataformas digitais e tecnologias incorporadas à organização, pode-se gerar
vantagem competitiva, com o desenvolvimento de estratégias de marketing distintas.
Assim, após a análise dos questionários e interpretação dos resultados, a próxima
etapa será a proposição de algumas estratégias de marketing digital para
implementação no curso de Secretariado Executivo da Unioeste, com o objetivo de
melhorar alguns itens que foram avaliados de forma não tão satisfatória.
6.2.2 Estratégias de marketing digital para o curso de Secretariado Executivo
Os capítulos sequentes apresentarão as ações desenvolvidas como
estratégias para divulgação digital do curso de Secretariado Executivo da Unioeste e
também, as práticas confeccionadas com a intenção de aproximar o curso de seus
acadêmicos. Sendo elas: ações para o Facebook, desenvolvimento de uma conta na
rede social WhatsApp, elaboração de um jornal, produção de vídeos para a plataforma
YouTube e a elaboração de um portal de empregabilidade.
6.2.2.1 Ações desenvolvidas para a fanpage do curso no Facebook
O curso de Secretariado Executivo da Unioeste possuía, como já citado, uma
página na rede social intitulada Facebook, que estava em atividade desde abril de
2011. Porém, após a análise dos questionários verificou-se que essa ferramenta de
marketing digital não estava sendo manipulada pelo curso de Secretariado Executivo,
de maneira que trouxesse ao mesmo uma vantagem competitiva.
Realizou-se, primeiramente a conferência de todos os acadêmicos
respondentes da pesquisa e sua participação na página do curso. Constatou-se que
50,51% dos acadêmicos respondentes não haviam curtido1 a referida página. Então
como primeira ação, foram enviadas mensagem a esses discentes com o objetivo de
informar-lhes da existência dessa ferramenta e realizar um chamamento para que os
mesmos curtissem a página, como demonstra a Figura 2.
1 Curtir: Curte-se uma página na rede social Facebook clicando-se no botão embaixo da foto de capa desta. A ação possibilita ao usuário apoiar uma página, o que leva o Facebook a entender que este deseja receber atualizações desta página diretamente em seu feed de notícias.
48
Figura 2 - Mensagem enviada aos acadêmicos.
Fonte: a autora (2017).
Outro fator observado com essa busca realizada na fanpage do curso, foi que
alguns docentes que ministravam matérias aos acadêmicos dos quatro períodos do
curso, no ano da pesquisa, também não estavam em contato com essa ferramenta.
Conforme afirmam Cobra e Braga (2004, p. 74) “...pode-se considerar o professor
como uma espécie de fornecedor direto, com impacto decisório na maior ou menor
competitividade do produto (curso) de uma IES”.
Entende-se com a consideração, que é fundamental que os docentes do curso
de Secretariado Executivo participem ativamente das estratégias e ações de
marketing digital ofertadas, para que seus discentes sintam confiança nas ações
desenvolvidas e para que os alcances dessas atividades sejam mais abrangentes,
gerando assim uma visibilidade superior do curso objeto deste estudo. Portanto a
acadêmica, autora deste relatório, remeteu a mensagem de divulgação da página
também a determinados docentes.
Vislumbrou-se a oportunidade de realizar também a divulgação do
Secretariado Executivo por meio da comparação entre características e habilidades
do profissional da área secretarial e os demais profissionais que possuem curso de
ensino superior, então desenvolveu-se a estratégia de homenagear as profissões na
página do curso no Facebook, em suas respectivas datas comemorativas (Apêndice
B).
49
O intuito era demonstrar que os Secretários (as) Executivos (as) são
realmente polivalentes e possuem características em comum com diversas profissões
do mercado, permitindo assim aos acadêmicos, uma visão ampla das características
e habilidades que os mesmos possuem. Além disso, possibilitar o vislumbre sobre
características que podem ser aprimoradas durante seu período de graduação e
permitir a comunidade em geral uma conceituação diferenciada sobre a formação do
profissional de Secretariado Executivo, no qual os mesmos possam contemplar a
pluralidade de competências que o curso oferece.
Compreende-se que a ação de divulgar a multifuncionalidade do curso seja
necessária, pois a capacidade do ensino por si só, não é suficiente para manter uma
IES. Esta precisa ser vista, mostrar ao mercado o motivo de existir e também exibir
aos clientes e futuros clientes, quais benefícios podem adquirir ao escolher
determinado curso e instituição (COBRA; BRAGA, 2004).
Para tanto desenvolveram-se 16 publicações para a fanpage do curso que
ligavam as características e habilidades do profissional de Secretariado Executivo às
mais distintas áreas, como mostra o exemplo na Figura 3.
Figura 3 - Homenagem ao profissional de Administração e QR code da imagem.
Fonte: a autora (2017).
Constatou-se que as ações que homenageavam as profissões e às
conectavam ao profissional que o curso objeto de estudo desta pesquisa forma, foram
50
relevantes, considerando que houve o aumento no número de pessoas alcançadas
por publicação, algumas chegando a atingir 979 pessoas, o que permitiu a
visualização do nome e logo do curso, assim como o nome da IES.
Segundo Palladino e Huelsen (2008, p. 217) “a web propicia que a empresa
converse com seus clientes pelo fato de estar online, o que significa estar ligado (no
mundo virtual: engajado), conectado com o cliente”. A declaração, confirma que o
curso de Secretariado Executivo deve utilizar das possibilidades trazidas pela web
para preservar o relacionamento com as partes interessadas, o que remete aos
egressos do curso em questão e, à possibilidade que os mesmos poderiam contribuir
com a promoção e comunicação do curso de Secretariado Executivo da Unioeste,
portanto elaborou-se a ação intitulada #SecGlobal (APÊNDICE C).
O supracitado instrumento foi formulado com o objetivo de divulgar o curso,
bem como, as distintas oportunidades que os acadêmicos e profissionais têm com a
formação em Secretariado Executivo. Para tanto, formulou-se um e-mail solicitando o
depoimento de determinados egressos do curso de Secretariado Executivo da
Unioeste que atuam nas mais distintas áreas, como: consultoria, docência, pesquisa,
linguística, entre outras. Como exibe a Figura 4.
Figura 4 - E-mail enviado aos egressos.
Fonte: a autora (2017).
51
De posse das declarações, elaborou-se um layout para as publicações que as
identificassem, onde pudessem ser incluídas imagens dos egressos, bem como
resumo da formação e o depoimento, como ilustra Figura 5.
Figura 5 - Depoimento do egresso Fabricio Stocker e QR code da imagem.
Fonte: a autora (2017).
Entende-se que as publicações com depoimentos dos egressos
desempenham papel importante na comunicação do curso, pois como afirmam Cobra
e Braga (2004, p. 112) “um jovem pode ser despertado para a oportunidade de se
inscrever em um determinado curso por meio de comunicação aberta...”, observa-se
também que o relato com essas experiências é uma publicidade, pois “a publicidade
vende experiências” (LIMA, 2008 p. 185).
Como admite a teoria, “a internet tem sido um importante meio de
comunicação educacional” (LAS CASAS, LAS CASAS, 2008, p. 34) e pensando em
auxiliar o curso de Secretariado Executivo da Unioeste em utilizar da mídia social
Facebook para estabelecer um marketing digital efetivo, realizou-se publicações com
conteúdos pertinentes aos acadêmicos e egressos, que informaram sobre eventos na
52
área como o V ENASEC e no curso como o 19º Encontro Regional e 30ª Semana
Acadêmica. Além de publicações sobre assuntos variados, como o aniversário de 30
anos do curso de Secretariado Executivo (Figura 6), o concurso vestibular e a
avaliação do curso no Guia do Estudante, ambos no ano de 2017 (Apêndice D).
Figura 6 - Publicação em comemoração aos 30 anos do curso e QR code da imagem.
Fonte: a autora (2017).
Para enriquecer as ações de marketing digital direcionadas para essa mídia,
realizou-se um Sorteio Comemorativo em homenagem ao dia do profissional de
Secretariado Executivo, para tanto, montou-se um kit com produtos da área secretarial
(Figura 7), que foram sorteados no dia 30 de setembro. Com o intuito de aumentar o
alcance e a visibilidade da página, permitindo assim a divulgação desta, este sorteio
foi norteado por algumas regras, definiu-se então que para participar o usuário da rede
social Facebook deveria “curtir”, “compartilhar” e “marcar” três amigos na referida
publicação, permitindo-se assim, maior alcance e visibilidade da publicação. Utilizou-
se para o sorteio deste kit, o site sorteado.com.
53
Figura 7 - Kit comemorativo ao dia do profissional e QR code da imagem.
Fonte: a autora (2017).
Observou-se que a referida ação proporcionou a página do curso uma
visualização acima da média, haja vista que alcançou mais de 13 mil pessoas,
percentual 824% maior de abrangência se comparada a publicação de maior alcance
dos últimos dois anos, antes deste estágio.
Além disso, desenvolveu-se uma publicação para homenagear aos
Secretários (as) Executivos (as) pelo dia do profissional (Figura 8).
54
Figura 8 - Homenagem ao profissional de Secretariado Executivo e QR code da imagem.
Fonte: a autora (2017).
Observou-se que as referidas ações realizadas na mídia social Facebook para
o curso de Secretariado Executivo surtiram efeitos assertivos, pois como pode-se
observar pela Figura 9, houve melhoria no desempenho da página com relação ao
alcance de suas publicações a partir do momento em que as ações deste estágio
começaram a ser implementadas. Assim como o número de curtidas que passaram
de 771 para 923 e o número seguidores de 767 para 920.
Figura 9 - Comparativo do alcance das publicações.
Fonte: dados da pesquisa (2017).
55
Infere-se com os dados que as estratégias implementadas para conectar e
comunicar aos acadêmicos, docentes e comunidade em geral o curso de Secretariado
Executivo por meio da rede social Facebook foram positivas. Porém verificou-se com
a análise digital dos acadêmicos, que a mídia social até o momento trabalhada não é
a rede que conecta todos os discentes e por essa razão, expandiu-se as ações deste
estágio e criou-se outra ferramenta para amparar o curso em suas ações de marketing
digital, a referida ferramenta e a ação proposta serão retratadas a seguir.
6.2.2.2 Rede Social WhatsApp
Segundo a teoria, assim como as pessoas participam de vários grupos sociais
fora da web, tendem a participar também de várias plataformas de redes sociais online
(GABRIEL, 2010). Declaração essa que vai ao encontro dos dados obtidos com o
questionário aplicado aos acadêmicos do curso de Secretariado Executivo neste
trabalho, que mostrou que 100% dos discentes participam de mais de uma rede social.
Observou-se, portanto, a oportunidade de permitir ao curso, objeto deste estudo, mais
uma plataforma para conectar-se com o público supracitado. Desenvolveu-se assim,
uma conta na rede social WhatsApp para o curso (Figura 10).
Figura 10 - Conta WhatsApp.
Fonte: a autora (2017).
Adquiriu-se um número de telefone, de uma operadora de telefonia móvel
atuante no Brasil e para que a plataforma pudesse ser instalada no dispositivo móvel,
realizou-se um cadastro e ativação da conta para que o número fosse habilitado. Para
tanto, disponibilizou-se gratuitamente a coordenação do curso de Secretariado
56
Executivo um aparelho celular da marca Samsung, para que esta pudesse realizar o
gerenciamento da rede.
Posteriormente, realizou-se novo contato com os acadêmicos dos quatro anos
do curso de Secretariado e solicitou-se aos mesmos que preenchessem uma
autorização (Apêndice E) para que fossem incluídos no grupo criado com o intuito de
facilitar a comunicação entre os acadêmicos e também da coordenação.
A referida plataforma foi desenvolvida, após a acadêmica, autora deste
relatório, observar que os organizadores de eventos do curso, como exemplo o
Encontro Regional e Semana Acadêmica, têm dificuldades em divulgar informações
sobre os referidos eventos, pois mesmo após serem desenvolvidas diversificadas
estratégias de comunicação pela equipe organizadora, alguns acadêmicos acusavam
não estarem cientes das notícias já divulgadas. Entendeu-se, assim, que formular um
grupo para o curso na plataforma WhatsApp, poderia ser uma solução que facilitaria
essa transmissão de informações, haja vista que na análise dos questionários essa
plataforma foi a única opção marcada por todos os respondentes.
Foram incluídos no grupo de WhatsApp da coordenação do curso de
Secretariado Executivo, apenas os acadêmicos que forneceram seus dados de
maneira voluntária. Deve-se ressaltar que as datas de coletas dos dados do
questionário e dos dados para a referida plataforma não foram as mesmas, esses dois
fatores podem justificar o número diferente de dados dos questionários e de ingressos
na plataforma digital WhatsApp.
Os acadêmicos optantes foram cadastrados no dispositivo móvel pelo nome
completo e acrescentou-se o período do curso em que estavam, para que futuramente
os concluintes possam ser excluídos da plataforma com facilidade pela coordenação.
Após o registro dos acadêmicos no aparelho e a inclusão deles na plataforma o
aparelho móvel foi entregue a coordenadora do curso, Ivanete Daga Cielo, como
mostra a Figura 11.
57
Figura 11 - Entrega do material para utilização da ferramenta WhatsApp.
Fonte: a autora (2017).
Com a plataforma digital WhatsApp espera-se que o curso possa relacionar-
se de imediato com esse público em específico, pois como afirma Gabriel (2010, p.
194) “a introdução da mobilidade, especialmente por meio dos smartphones,
permitindo que as interações nas redes sociais sejam em tempo real [...]”.
Constatou-se que a plataforma implementada concebeu resultados, pois,
foram divulgados no grupo da coordenação eventos realizados no ano de 2017, como
revela a Figura 12.
58
Figura 12 - Divulgação do jantar de 30 anos do curso na plataforma WhatsApp.
Fonte: a autora (2017).
Segundo Santos (2008) para que o marketing de relacionamento na instituição
de ensino seja efetivo, deve possibilitar vários canais de comunicação, para que todos
os envolvidos possam ser ouvidos. Entende-se, por isso, que as estratégias até o
momento apresentadas não seriam suficientes para suprir a demanda apresentada
na análise dos questionários deste estudo. Como explorado na teoria (COBRA;
BRAGA, 2004) transformações como o uso intensivo das tecnologias como
instrumentos de estudo e a expansão da Internet são fatores que devem ser levados
em consideração pelas IES e visando atrelar teoria à prática, desenvolveu-se o
SecFala, um canal do curso de Secretariado Executivo da Unioeste na plataforma
digital YouTube, ações essas que serão descritas a seguir.
6.2.2.3 SecFala
Segundo dados já apresentados, a expansão da educação à distância é um
fator que tem influenciado os métodos de adquirir conhecimento por parte dos clientes
59
das IES. Observando a maneira que essas instituições utilizam para disseminar esses
conhecimentos, notou-se que o curso de Secretariado Executivo da Unioeste poderia
utilizar de plataformas online para também disseminar informações, conhecimentos e
dicas a seus acadêmicos. A construção desse conteúdo é relevante para a
comunicação da instituição, como já apontado no quarto P de Vaz (2011).
Vislumbrou-se, então, na plataforma digital YouTube, uma oportunidade de
realizar essa atividade. Para tanto criou-se um e-mail do curso no hospedeiro Google,
pois a referida plataforma aceita somente contas vinculadas a este provedor (Figura
13).
Figura 13 - E-mail do curso de Secretariado Executivo no Google.
Fonte: a autora (2017).
Com a posse do endereço de e-mail [email protected], a acadêmica
desenvolveu um canal para o curso na plataforma digital YouTube, esse descrito por
Torres (2009, p. 136) como “uma espécie de página que você cria no Youtube para
seus vídeos. Ele ajuda muito na divulgação de sua empresa...”. Atentou-se por
elaborar uma capa para o canal semelhante a já usada no Facebook, para que a
identidade visual utilizada permanecesse. O primeiro vídeo postado no canal, foi o
depoimento completo de um egresso para a estratégia já explanada #SecGlobal.
Com o objetivo de possibilitar aos acadêmicos, egressos e comunidade em
geral informações sobre as matérias do curso de Secretariado Executivo da Unioeste
e também dicas aos acadêmicos sobre as respectivas disciplinas, foi desenvolvida a
ferramenta SecFala, na qual foram gravados vídeos, de aproximadamente cinco
minutos, com os docentes do curso de Secretariado Executivo que ministravam
60
disciplinas nos quatro anos do curso, esses podem ser acessados pelo link:
https://goo.gl/F31p1z.
Para tanto enviou-se um e-mail a 11 docentes para convidá-los a participar
(Figura 14), haja vista que a participação era optativa e não obrigatória.
Figura 14 - Convite aos docentes para o SecFala.
Fonte: a autora (2017).
Verificou-se que os docentes foram receptivos a ideia, porém em função do
curto período de realização deste estágio, logrou-se gravar quatro vídeos, o que
permitiu, mesmo de forma modesta, a transmissão de informações diversificadas
sobre o curso para os acadêmicos. Todavia para obter resultados, o primeiro vídeo do
SecFala foi divulgado por meio de e-mails aos acadêmicos respondentes do
questionário desta pesquisa, assim como para os docentes, pois a ferramenta
apresentada era novidade na referida plataforma e os envolvidos com o curso
desconheciam sua existência.
Os vídeos gravados foram postados no canal (Secretariado Executivo
Unioeste) e infere-se que obtiveram resultados satisfatórios, a julgar pelo número de
inscritos no canal, que atingiram a marca de 23 em um mês e a quantidade de
visualizações dos vídeos, pois o vídeo mais acessado (Figura 15) logrou 153
visualizações em três semanas.
61
Figura 15 - SecFala.
Fonte: a autora (2017).
Como já visto, as redes sociais possuem como base a comunicação, essa
facilitada pelas tecnologias, consideradas elementos catalizadores dessas transações
de informações, que permitem o compartilhamento das mesmas e interações mais
facilitadas (GABRIEL, 2010).
Porém, verifica-se que essa comunicação deve ser utilizada também como
meio para fidelizar clientes, nesse caso, os alunos do curso de Secretariado
Executivo. Segundo Cobra e Braga (2004, p. 141), uma maneira de realizar essa
atividade é a “criação de um veículo de contato dos clientes com a instituição como
boletins, jornais, revistas, etc”, constatou-se então a necessidade de criar uma
ferramenta que possibilitasse aos acadêmicos e docentes do curso, objeto deste
estudo, a interação sobre ações que estavam sendo realizadas sem sua participação.
Desenvolveu-se assim o SecNews.
6.2.2.4 SecNews
Compreendeu-se que disponibilizar materiais exclusivos aos acadêmicos, que
possibilitassem aos mesmos interação e conhecimento sobre ações que seus colegas
realizam juntamente de seus professores, era outra maneira de realizar marketing de
relacionamento para o curso de Secretariado Executivo, pois como afirma a teoria,
incluir os discentes no processo de divulgação possibilita que eles conheçam e se
62
envolvam mais e melhor a instituição, no caso deste estudo o curso (COBRA; BRAGA,
2004).
Para isso desenvolveu-se a ferramenta SecNews (Apêndice F). Essa foi
enviada aos acadêmicos que responderam ao questionário que serviu de
embasamento para esta pesquisa e que investigou o interesse dos mesmos em
recebê-la. Salienta-se que somente os discentes que firmaram resposta positiva para
esta questão, receberam o jornal digital do curso. Enviou-se o SecNews também aos
docentes que ministravam disciplinas no curso de Secretariado Executivo no ano
deste estágio, pois ao encontro do que afirmam Viegas e Tittanegro (2008) as IE
devem prestar atenção também em seus clientes internos, para que os mesmos se
sintam parceiros e parte de uma equipe.
Elaborou-se reportagens, de algumas ações realizadas pelos acadêmicos dos
quatro anos do curso, em parceria com determinados docentes. Assim como de
acontecimentos ímpares que envolviam acadêmicos do curso de Secretariado
Executivo, como mostra a capa da primeira edição do jornal digital (Figura 16).
Salienta-se que a acadêmica, autora deste relatório, participou das ações descritas
neste jornal digital, para obter material fotográfico e textual (exceto da matéria de
capa).
63
Figura 16 - Capa da primeira edição do SecNews.
Fonte: a autora (2017).
Atentou-se para compartilhar nesta ferramenta, informações não comumente
divulgadas, como a existência do Grupo de Pesquisa em Secretariado Executivo
(GPSEB) e da Revista Expectativa, ambos ligados ao curso objeto deste estudo.
Percebeu-se que para a ferramenta SecNews ser aceita e entendida pelos
acadêmicos e docentes do curso, havia a necessidade de um crivo de especialistas
da área secretarial e linguística, sendo assim, antes do envio, o jornal passou por uma
avaliação das docentes de Língua Portuguesa e Fundamentos do Secretariado.
64
Segundo Torres (2009, p. 75) o e-mail é “...um dos principais motivos de
acesso à Internet...”, pensando nisso o SecNews foi compartilhado com os já citados
clientes do curso, por meio da mencionada plataforma. Porém, para que as ações de
marketing digital deste estágio possuíssem uma identidade, desenvolveu-se um e-
mail ([email protected]) para o curso de Secretariado Executivo,
este atrelado ao domínio que o site do curso possui na plataforma Webnode.
Constatou-se que a estratégia desenvolvida apresentou reações positivas,
considerando-se que acadêmicos e docentes agradeceram e elogiaram a ferramenta,
mesmo que não em sua totalidade. Entretanto, observou-se que as estratégias até o
momento implementadas não atendiam ao desejo e necessidade do acadêmico do
curso de Secretariado Executivo da Unioeste de estar inserido no mercado de
trabalho, portanto desenvolveu-se também a ferramenta ConecSec, essa que será
retratada a seguir.
6.2.2.5 ConecSec
Apurou-se com os resultados deste trabalho que uma das demandas dos
acadêmicos do curso de Secretariado Executivo da Unioeste era o fornecimento de
informações sobre o mercado de trabalho para o graduando e profissional da área.
Para atender a essa exigência do público do curso objeto deste estudo, elaborou-se
o ConecSec.
Conforme Motta (2013), as IES e os cursos em que nelas são oferecidos,
deverão adaptar-se para atender as imposições cada vez maiores do mercado de
trabalho. Entende-se que o curso é em parte responsável pela qualificação dos
profissionais que forma e por isso deve também, despender esforços para alocar
esses acadêmicos ou egressos no mercado de trabalho e permitir assim, que a
população em geral vislumbre a primazia de ensino que o curso oferece.
Para isso, desenvolveu-se na plataforma do website do curso de Secretariado
Executivo a ferramenta ConecSec. O objetivo da ferramenta era fazer um elo entre as
empresas e os acadêmicos e egressos do curso de Secretariado. Inicialmente,
elaborou-se no site do curso uma nova aba no menu denominada ConecSec e lá
foram inseridas informações sobre a ferramenta, desde o objetivo até a maneira de
cadastro. O acesso para cadastro de vagas era restrito às empresas que realizam
registro na plataforma, assim como as informações sobre as vagas eram
65
disponibilizadas somente aos acadêmicos e egressos que também fizessem o
cadastro, que gerava a ambos o login e senha (Apêndice G).
Posteriormente elaborou-se o logo do ConecSec, que tinha a intenção de
passar aos envolvidos a ideia de que a ferramenta fora desenvolvida para conectar o
curso, as organizações e os profissionais. Esse foi inserido na plataforma digital na
qual estava hospedada a ferramenta, assim como foi utilizada no folder desenvolvido
para divulgação da mesma para com as empresas, como mostra Figura 17.
Figura 17 - Folder ConecSec.
Fonte: a autora (2017).
A divulgação da ferramenta foi realizada para 934 empresas de Toledo e
região por meio do e-mail desenvolvido para o marketing do curso, já explanado neste
relatório. Essas organizações foram localizadas no site da Associação Comercial e
Empresarial de Toledo (Acit) em que constavam seus nomes fantasias, telefones e
endereço. Como a divulgação foi disseminada por meio digital, realizou-se a busca
dos e-mails dessas organizações na plataforma digital Google.
66
A ferramenta ConecSec, foi anunciada aos acadêmicos do curso de
Secretariado Executivo por meio dos e-mails das turmas (disponibilizado pela
coordenação de curso) e realizou-se anúncio da ferramenta também na fanpage do
curso na plataforma Facebook, levando-se em conta que o objetivo desta estratégia
era atingir igualmente os egressos do curso, por levar em consideração que as vagas
anunciadas poderiam ser de estágio remunerado, contrato de trabalho por tempo
indeterminado, ou concurso.
Compreende-se que desenvolver a ferramenta citada permitiu a divulgação
do curso de Secretariado Executivo às empresas de Toledo e região, pois 41% das
organizações pesquisadas no site que serviu de base para esta divulgação foram
atingidas. Observou-se que a receptividade dos acadêmicos e egressos foi positiva,
pois o ConecSec recebeu o cadastro de 24 pessoas físicas, o que afirma que existia
o carecimento dessa ferramenta.
Entretanto, no decorrer deste trabalho, observou-se a necessidade de
elaborar um material informativo que pudesse ser enviado às escolas que ofertam o
ensino médio na cidade de Toledo e para tal fim foi desenvolvido o banner digital do
curso, que será relatado abaixo.
6.2.2.6 Banner Digital
A acadêmica, autora deste relatório, participou de ações para divulgação do
curso de Secretariado Executivo da Unioeste para alunos do ensino médio da cidade
de Toledo no mês de agosto de 2017 (Figura 18) e vislumbrou a oportunidade de
divulgar o curso para essas IE, objetivando atrair um número maior de inscritos no
concurso vestibular, assim como atingir candidatos mais preparados para o curso.
67
Figura 18 - Participação na feira de cursos de Toledo.
Fonte: a autora (2017).
Assim sendo, investigou-se as principais características do curso que
deveriam ser apresentadas como forma de chamar atenção desse público e com base
nas informações obtidas desenvolveu-se a peça publicitária (Apêndice H).
A ferramenta citada foi enviada ao e-mail de 60 Escolas Públicas Estaduais,
cadastradas no Núcleo Regional de Educação de Toledo, que atingiram 16
municípios, assim como a cinco Escolas Privadas de Toledo (Apêndice I) que no ano
deste estágio ofertavam ensino médio, para que a mesma fosse dissipada entre
alunos e professoras das referidas escolas.
Acredita-se que, além de expor o curso objetivando prospectar futuros alunos,
a ação também disseminou informações para os coordenadores e docentes das
mencionadas escolas.
Para além desta peça publicitária, desenvolveu-se um banner em
comemoração aos 30 anos do curso de Secretariado Executivo, que será apresentado
a seguir.
68
6.2.2.7 Banner Comemorativo
O curso de Secretariado Executivo da Unioeste comemorou, no ano corrente
deste estágio, 30 anos de história. Para contribuir com as ações efetuadas para
festejar esta data marcante, a autora deste relatório desenvolveu oito imagens na
ferramenta Adobe Photoshop CS6 que remetiam a essa comemoração.
Dentre elas, os coordenadores do evento elegeram duas, uma para ser
utilizada em um banner que estava exposto no jantar e que foi formulada utilizando o
número 30 com palavras que estão ligadas a área secretarial, como ética e gestão.
Elaborou-se também uma frase que foi utilizada nas artes, que o proporcionasse aos
envolvidos com o curso a ideia de pertencimento sobre a trajetória do Secretariado
Executivo como mostra a Figura 19.
Figura 19 - Banner utilizado no jantar de 30 anos do curso.
Fonte: a autora (2017).
A segunda peça (Figura 20) apresentava os mesmos elementos utilizados na
anterior, porém possuía um layout distinto e foi utilizado pela comissão organizadora
como plano de fundo do espaço onde foram realizadas as falas dos convidados e
organizadores.
69
Figura 20 - Plano de fundo utilizado no jantar comemorativo do curso.
Fonte: a autora (2017).
Observa-se que as imagens desenvolvidas para o evento utilizam em seu
escopo características e habilidades dos profissionais da área secretarial e, por essa
razão, infere-se que as peças publicitárias poderão ser utilizadas em outras ações
executadas pelo curso, pois ilustram a polivalência do perfil secretarial. Além de
exercer influência sobre o sentimento de pertencimento dos envolvidos com os 30
anos desta graduação.
Verifica-se que as atividades desenvolvidas para as plataformas Facebook,
WhatsApp e YouTube, bem como a elaboração do jornal informativo, do canal de
empregabilidade e dos banners possibilitaram a divulgação do curso. Porém, tais
ações não esgotam as estratégias de marketing digital que o Secretariado Executivo
pode elaborar para galgar maior visibilidade e para auxiliá-lo na continuidade das
ações já desenvolvidas, serão apresentadas algumas observações a seguir.
6.2.3 Sugestões e recomendações
Para dar continuidade às ações de marketing digital desenvolvidas neste
estágio, serão apresentadas recomendações para a manutenção dessas estratégias,
assim como sugestões para a melhoria dessas atividades já executadas, bem como
para implementação de novas ações.
Recomenda-se que o curso de Secretariado Executivo da Unioeste mantenha
as postagens que homenageiam as distintas profissões na sua fanpage do Facebook,
pois como pode-se constatar, as ações permitem que o curso seja visualizado por
70
diferentes profissionais, que com o intuito de homenagear conhecidos, disseminam as
postagens. Além de permitir que os Secretários (as) Executivos (as) visualizem a sua
pluralidade de características em outras profissões e vislumbrem assim um leque de
oportunidades. Para tanto disponibilizou-se à coordenação do curso, um banco de
dados no qual constam 20 imagens já desenvolvidas para tal fim, porém verifica-se
que a gama de profissões não se restringe a esse número, enfatizando então a
necessidade de continuidade da atividade. Para além das imagens elaboradas para
este trabalho, registra-se que o referido banco de dados apresenta os logins e senhas
de acesso das ferramentas de divulgação.
Outra ação que se considera importante manter na rede social Facebook é a
divulgação com os depoimentos dos egressos formados na instituição, pois verificou-
se que exaltar o sucesso dos profissionais permite que os acadêmicos do curso
conheçam as distintas áreas que o profissional de Secretariado Executivo pode atuar,
assim como permite que a comunidade em geral tenha interesse na profissão, no
curso e na instituição. Acredita-se que as publicações realizadas nesta plataforma
podem ser disseminadas com maior intensidade se forem realizados pagamentos
para que sejam impulsionadas.
Indica-se que a rede social WhatsApp seja utilizada pela coordenação do
curso para informar seus acadêmicos sobre os acontecimentos, bem como que a
plataforma seja manuseada pelos discentes com o propósito de interação. Assim,
salienta-se que os calouros devam ser incluídos no grupo, quando iniciarem suas
atividades na instituição, bem como os egressos devem ser excluídos do grupo
quando concluírem seu bacharelado.
A quarta recomendação é referente ao jornal digital. Este se mostrou uma
importante ferramenta de comunicação do curso, para com seus clientes internos
(discentes e docentes), fomentando a interação entre períodos do curso, entende-se
assim que a publicação trimestral seja pertinente para dar continuidade a essa
estratégia.
Aconselha-se que os vídeos do SecFala sejam realizados com os demais
docentes do curso, bem como que sejam gravados mais vídeos com os docentes que
acreditam que possam contribuir com mais informações e dicas para os acadêmicos.
Propõe-se que a ferramenta ConecSec seja divulgada às empresas que não
foram atingidas por este estudo. Aconselha-se que seja desenvolvida em uma
plataforma que aceite os comandos de acesso diferenciado ao empresário e
71
acadêmico e egresso do curso, permitindo assim a inclusão do currículo destes e de
cadastro de informações das organizações. A plataforma já foi investigada e seu
orçamento é apresentado no Apêndice K. Sugere-se também que seja desenvolvido
um aplicativo para telefone móvel desta ferramenta, que permita aos empresários
registrarem suas vagas, bem como os acadêmicos e egressos catalogarem seus
currículos e visualizarem essas vagas, com o intuito de ilustrar essa sugestão,
desenvolveu-se um projeto na plataforma MockingBot, que apresenta esta
recomendação (Apêndice L) e também investigou-se o valor para tal estratégia (Anexo
A). A visualização deste projeto pode ser realizada por meio de aparelho celular que
possua instalado um aplicativo leitor de código QR. Após a leitura do código e a
abertura do navegador, a plataforma apresentará o View Project para acesso ao
projeto. Salienta-se que este apresenta um esboço do aplicativo e por essa razão não
expõe todas as oportunidades do aplicativo de empregabilidade.
Sugere-se que o Banner Digital desenvolvido para divulgação do curso por e-
mail às escolas, seja impresso e utilizado nas ações que o curso realiza para
divulgação ou em atividade de extensão, como exemplo em feiras de profissões e o
Projeto de Extensão Primeiro Emprego, pois verifica-se que as atividades citadas
envolvem distintos públicos, porém que podem se tornar clientes do curso de
Secretariado Executivo.
Sugere-se também que ações de melhoria do layout do website do curso
sejam desenvolvidas e também a atualização do conteúdo disponibilizado, pois
observou-se que informações importantes, como estrutura curricular e disciplinas não
estão de acordo com a nova grade curricular, entre outras tantas informações.
Sugere-se que o curso mantenha a investigação sobre o perfil digital de seus
acadêmicos e que dentro de suas possibilidades invista em atividades e plataformas
diferentes das apresentadas, haja vista que esse público do curso de Secretariado
Executivo é em sua maioria de jovens da geração Z, assim como seus prospects.
Acredita-se que com as sugestões e recomendações colocadas em prática o
curso de Secretariado Executivo terá crescente visibilidade nas redes sociais, bem
como logrará se conectar com acadêmicos, egressos, organizações e comunidade
em geral por variadas plataformas digitais.
72
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observou-se com as informações obtidas com a teoria que, as
transformações propiciadas pelas tecnologias têm ocasionado mutações na maneira
que as instituições de ensino devem realizar suas estratégias de marketing,
introduzindo em seus planejamentos as ações de marketing digital.
Essas ações devem ser direcionadas ao público-alvo da IES tanto para atrair
esses novos clientes, como para reter os que já estão no curso. Constatou-se por
meio da análise do perfil digital dos acadêmicos, que os mesmos, em sua maioria, são
usuários ativos das redes sociais e plataformas digitais disponíveis na internet e que
o curso, objeto deste estudo, possui nesta, maneiras distintas de atingir esses
públicos.
Para tanto objetivou-se com esse estudo, desenvolver estratégias de
marketing digital para o curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná, permitindo assim que o referido estreitasse sua relação com os
envolvidos com a academia, bem como alcançasse públicos distintos que não seriam
atingidos por ações de marketing que não fossem digitais.
Concluiu-se que o objetivo deste trabalho foi alcançado, haja vista que as
ações desenvolvidas no decorrer deste, permitem inferir que distintos públicos foram
atingidos, como exemplo alunos de ensino médio por meio dos e-mails enviados às
instituições de ensino.
É relevante citar ainda as estratégias desenvolvidas para as redes sociais,
que permitiram o acesso às informações sobre o objeto deste estudo e as
características dos profissionais de Secretariado Executivo, não somente pelo público-
alvo, mas pela população em geral. Isso que possibilita a conclusão de que o curso
está alcançando uma disseminação efetiva, permitindo que os mesmos conheçam
melhor o profissional formado.
Conclui-se que o curso despertou a sensação de pertencimento nos
envolvidos com a graduação, com as atividades realizadas com exclusividade para os
mesmos, mostrando a esses que as ações desenvolvidas por eles são importantes
para manter a qualidade de ensino ofertada pela instituição.
Observa-se que as estratégias efetivadas por este estudo permitiram que o
Secretariado Executivo fosse apresentado a várias organizações da cidade de Toledo,
o que possibilita o maior contato deste com as empresas e propicia aos acadêmicos
73
e egressos, oportunidades de inserção no mercado de trabalho, que antes não seriam
vislumbradas.
Portanto, conclui-se que as práticas de marketing digital desenvolvidas neste
estudo, bem como as sugeridas pelo mesmo, devem ser mantidas e inseridas nas
atividades da graduação de Secretariado Executivo para possibilitar a maior
comunicação desta, assim como melhorar seu relacionamento com os já envolvidos.
Evidencia-se que a autora deste relatório perpassou limitações para
desenvolve-lo, haja vista que, por problemas logísticos na empresa em que realizava
seu estágio, necessitou trocar de organização. Assim, apenas em 30 de agosto do
ano corrente é que se deu início o novo estágio na Unioeste, tendo a acadêmica
assim, 70 dias para desenvolver e aplicar as estratégias aqui explanadas, bem como
elaborar este relatório. Cita-se ainda como entrave, o fato do curso não possuir
recursos para investimento financeiro nas estratégias, que necessitaram ser gratuitas,
restringindo assim o desempenho das intervenções.
Por fim, deve-se salientar que o desenvolvimento deste trabalho permitiu a
acadêmica o entendimento sobre o marketing digital e a importância deste para as
IES, tal como oportunizou a visualização na prática das teorias apreendidas. Além de
possibilitar o crescimento pessoal e profissional da acadêmica, haja vista que as
implementações das estratégias para o curso exigiram um comprometimento e
envolvimento únicos, em virtude das dificuldades enfrentadas, principalmente pelo
curto tempo para realizar as ações.
74
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ZENONE, L. C. Marketing: conceitos, ideias e tendências. São Paulo: Atlas, 2013.
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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ACADÊMICOS.
QUESTIONÁRIO
Boa noite acadêmico, você está convidado (a) a responder este questionário estruturado que faz parte da coleta de dados de pesquisa que será utilizada para a elaboração de um relatório de estágio.
1) Sexo ( ) Feminino ( ) Masculino
2) Qual a sua idade? ( ) 18 a 21 anos ( ) 22 a 25 anos ( ) 26 a 29 anos ( ) 30 a 33 anos ( ) 34 a 37 anos ( ) 38 anos ou mais 3) Qual seu estado civil? ( ) Solteiro (a) ( ) Casado (a) ( ) Divorciado (a) ( ) Viúvo (a)
4) Qual o seu endereço de e-mail? R) _____________________________________________________________
5) Você possui redes sociais? ( ) Sim ( ) Não
6) Se possui redes sociais, quais utiliza? ( ) Facebook ( ) YouTube ( ) Instagram ( ) WhatsApp ( ) Twitter ( ) Outras. Quais?__________________________ 7) Informe, por gentileza, os nomes que utiliza em suas redes sociais. R) ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________
8) Quanto tempo de seu dia você passa conectado? ( ) De 1 a 3 horas ( ) De 4 a 7 horas ( ) De 8 a 11 horas ( ) De 12 a 15 horas ( ) Mais de 15 horas ( ) Outro. Qual? _____________________ 9) Na sua opinião, seria importante para o curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) se comunicar com seus acadêmicos pelas redes sociais? ( ) Sim ( ) Não
80
10) Você gostaria de receber informações sobre o curso de Secretariado Executivo da UNIOESTE por meio de suas redes sociais? ( ) Sim ( ) Não
11) No seu ponto de vista, o curso de Secretariado Executivo da UNIOESTE pode auxiliar aos acadêmicos a serem inseridos no mercado de trabalho por meio de plataformas digitais? ( ) Sim ( ) Não 12) Se o curso de Secretariado Executivo da UNIOESTE possuísse uma plataforma digital que permitisse a pesquisa de vagas de emprego, você como acadêmico a utilizaria? ( ) Sim ( ) Não
13) Como acadêmico, você considera importante que o curso de Secretariado Executivo da UNIOESTE possua meios de informar e se conectar com seus alunos por meio de plataformas digitais? ( ) Sim ( ) Não
14) Se o curso de Secretariado Executivo da UNIOESTE disponibilizasse informações e compartilhasse experiências por meio de jornais informativos, você gostaria de recebê-los? ( ) Sim ( ) Não
15) Se considerar pertinente, deixe sugestões para o curso de Secretariado Executivo da UNIOESTE sobre possíveis ações relacionadas às plataformas digitais? R)_________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________
Obrigada pela colaboração!
95
APÊNDICE E – LISTA PARA AUTORIZAÇÃO DA INCLUSÃO NO GRUPO
WHATSAPP DA COORDENAÇÃO.
REDE SOCIAL
Boa noite acadêmico, o curso de Secretariado Executivo, pensando em melhor atender seus acadêmicos, preparará uma nova maneira de comunicação entre vocês. Se tiver interesse em ser incluído nessa ferramenta, por gentileza, forneça seu nome completo e número de telefone celular (com DDD).
NOME TELEFONE
Obrigada pela colaboração!
102
APÊNDICE I - INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE RECEBERAM O BANNER
DIGITAL.
Instituição de Ensino Município E-mail
Colégio Estadual Diamante Do Oeste Diamante do Oeste [email protected]
Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo'e Diamante do Oeste [email protected]
Colégio Estadual Professor Ildo José
Fritzen
Entre Rios do
Oeste
Centro Estadual de Educação Básica de
Jovens e Adultos Valdir Fernandes
Guaíra [email protected]
Colégio Estadual Professor Jaime
Rodrigues
Guaíra [email protected]
Colégio Estadual Jardim Zeballos Guaíra [email protected]
Colégio Estadual Professor Mendes
Gonçalves
Guaíra [email protected]
Colégio Estadual Presidente Roosevelt Guaíra [email protected]
Colégio Estadual do Campo Samuel Benck Guaíra [email protected]
Colégio Estadual Antônio Maximiliano
Ceretta
Marechal Cândido
Rondon
Colégio Estadual Eron Domingues Marechal Cândido
Rondon
Colégio Estadual Frentino Sackser Marechal Cândido
Rondon
Colégio Estadual do Campo Margarida Marechal Cândido
Rondon
Escola Estadual Monteiro Lobato Marechal Cândido
Rondon
Colégio Estadual do Campo Professor Nilso
Franceski
Marechal Cândido
Rondon
Colégio Estadual Paulo Freire Marechal Cândido
Rondon
Colégio Estadual Marechal Rondon Marechal Cândido
Rondon
Colégio Estadual Castro Alves Maripá [email protected]
Colégio Estadual Pio XII Maripá [email protected]
Colégio Estadual Leonilda Papen Mercedes [email protected]
Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra Nova Santa Rosa [email protected]
Colégio Estadual de Ouro Verde Ouro Verde do
Oeste
Colégio Estadual Adroaldo Augusto
Colombo
Palotina [email protected]
103
Centro Estadual de Educação Básica de
Jovens e Adultos Palotina
Palotina [email protected]
Colégio Estadual Domingos Francisco
Zardo
Palotina [email protected]
Colégio Estadual do Campo Professor
Eugênio Garmatz
Palotina [email protected]
Colégio Estadual Barão do Rio Branco Palotina [email protected]
Colégio Estadual Santo Agostinho Palotina [email protected]
Colégio Estadual Pato Bragado Pato Bragado [email protected]
Colégio Estadual Quatro Pontes Quatro Pontes [email protected]
Centro Estadual de Educação Básica de
Jovens e Adultos Santa Helena
Santa Helena [email protected]
Colégio Estadual Humberto de Alencar
Castelo Branco
Santa Helena [email protected]
Colégio Estadual do Campo Santos
Dumont
Santa Helena [email protected]
Colégio Estadual do Campo São Roque Santa Helena [email protected]
Colégio Estadual do Campo Professora
Veronica Zimermann
Santa Helena [email protected]
Colégio Estadual São José São José das
Palmeiras
Colégio Estadual do Campo Evaldo Talyuly São Pedro do
Iguaçu
Colégio Estadual São Pedro São Pedro do
Iguaçu
Colégio Estadual Antônio Carlos Gomes Terra Roxa [email protected]
Colégio Estadual Presidente Arthur Costa e
Silva
Terra Roxa [email protected]
Centro Estadual de Educação Profissional
Paulo Renato Souza
Terra Roxa [email protected]
Colégio Estadual do Campo Santa Rita do
Oeste
Terra Roxa [email protected]
Colégio Estadual Antônio José Reis Toledo [email protected]
Colégio Estadual Senador Attílio Fontana Toledo [email protected]
Colégio Estadual Ayrton Senna da Silva Toledo [email protected]
Colégio Estadual Presidente Castelo
Branco
Toledo [email protected]
Centro Estadual de Educação Básica de
Jovens e Adultos de Toledo
Toledo [email protected]
Colégio Estadual Dario Vellozo Toledo [email protected]
Colégio Estadual Esperança Favaretto
Covatti
Toledo [email protected]
Colégio Estadual Vereador Francisco
Galdino de Lima
Toledo [email protected]
104
Colégio Estadual Irmão Germano Rhoden Toledo [email protected]
Colégio Estadual Jardim Europa Toledo [email protected]
Colégio Estadual Jardim Gisele Toledo [email protected]
Colégio Estadual Jardim Maracanã Toledo [email protected]
Colégio Estadual Jardim Porto Alegre Toledo [email protected]
Colégio Estadual João Arnaldo Ritt Toledo [email protected]
Colégio Estadual Luiz Augusto Morais
Rego
Toledo [email protected]
Colégio Estadual Novo Horizonte Toledo [email protected]
Colégio Estadual do Campo Novo Sarandi Toledo [email protected]
Colégio Agrícola Estadual de Toledo Toledo [email protected]
Colégio La Salle Toledo Toledo [email protected]
Colégio Vicentino Imaculado Coração de
Maria
Toledo [email protected]
Alfa Toledo Toledo [email protected]
Fundação Educacional de Toledo Toledo [email protected]
Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial
Toledo [email protected]