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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS
UTILIZAÇÃO DE EXTRATOS VEGETAIS E ÓLEOS ESSENCIAIS NA
PRODUÇÃO AVÍCOLA
Raquel Oliveira Santana
Orientador: Prof. Dr. José Henrique Stringhini
GOIÂNIA
2011
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RAQUEL OLIVEIRA SANTANA
UTILIZAÇÃO DE EXTRATOS VEGETAIS E ÓLEOS ESSENCIAIS
NA PRODUÇÃO AVÍCOLA
Seminário apresentado junto à disciplina Seminários
Aplicados do Programa de Pós-Graduação em
Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia
da Universidade Federal de Goiás
Nível: Mestrado
Área de concentração:
Produção Animal
Linha de Pesquisa:
Metabolismo nutricional, alimentação e forragicultura
na produção animal
Orientador: Prof. Dr. José Henrique Stringhini – UFG Comite de orientação:
Profa. Dra. Heloisa Helena de Carvalho Mello – UFG
Profa. Dra. Leila Maria Leal Parente – UFG
GOIÂNIA
2011
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1
2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................... 3
2.1 Extratos vegetais e óleos essenciais .................................................................. 3
2.2 Histórico ................................................................................................................ 5
2.3 Utilização de extratos vegetais e óleos essenciais na produção animal ......... 6
2.4 Modos de ação ....................................................................................................10
2.4.1 Atividade antimicrobiana .................................................................................11
2.4.2 Atividade antioxidante .....................................................................................13
2.4.3 Efeito sobre a digestibilidade e desempenho animal ....................................14
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................18
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................19
1 INTRODUÇÃO
A avicultura de corte no Brasil é uma atividade altamente intensiva.
O progresso em termos de genética, nutrição, manejo e controle sanitário
proporcionou ganhos que tornaram a avicultura uma atividade competitiva no
mercado de proteína animal atingindo altos níveis de produtividade.
A utilização de antibióticos promotores de crescimento (APC) na
ração é uma das ferramentas utilizadas para o sucesso deste sistema. Os
APCs têm sido usados na avicultura para aumentar o desempenho e diminuir a
mortalidade das aves. Entretanto, a proibição do uso desses pela União
Européia e a crescente preocupação dos consumidores relacionada com o
desenvolvimento de cepas resistentes aos antibióticos têm restringindo o uso
destes aditivos na alimentação animal.
A queda no desempenho dos animais e o aumento da utilização de
antibióticos terapêuticos são algumas das consequências prováveis da retirada
dos antibióticos promotores de crescimento. De acordo com LANGHOUT
(2005), a retirada dos antibióticos promotores de crescimento da dieta de
frangos pode resultar em menores índices produtivos, com diminuição média
no desempenho das aves de 3,0 a 7,0%, além de aumento na mortalidade.
Embora este seja um assunto polêmico, o contexto é propício para
que a indústria avícola busque alternativas ao uso dos antimicrobianos
químicos para manter a mesma eficiência produtiva proporcionada pelos
antibióticos promotores de crescimento. Dentre as alternativas aos APCs
podem ser citados os probióticos, prebióticos, simbióticos, extratos vegetais,
óleos essenciais e ácidos orgânicos.
Os produtos de origem vegetal já tiveram seu potencial
antimicrobiano avaliado em estudos in vitro e na medicina humana. Grande
parte dos medicamentos de uso na medicina humana foi originada a partir de
extratos de plantas, o que evidencia que há possibilidade de se obter agentes
antimicrobianos eficazes para uso na produção animal a partir desses extratos.
A evidência de que a adição de óleos essenciais e extratos vegetais
em rações de frangos pode substituir os promotores de crescimento por
apresentarem ação antimicrobiana, foi avaliada em diferentes pesquisas.
2
Nestes estudos, observou-se melhora na digestibilidade e no desempenho
animal, além de apresentarem ação antioxidante na carne de frango.
Ao partir da premissa de que tudo aquilo que é natural não
apresenta riscos, a inclusão de extratos vegetais na alimentação animal têm
grande aceitação. Contudo, é necessário reconhecer que estudar
adequadamente aspectos relacionados à composição química, especialmente
quanto aos seus princípios ativos, à sua atividade biológica, ao modo de ação,
à eficiência no sistema de extração e ao grau de toxicidade de plantas e seus
respectivos metabólitos são indispensáveis para o uso seguro dos produtos
alternativos e facilitando a sua adoção pelas cadeias produtivas.
Diante do exposto, objetivou-se realizar uma revisão da literatura
sobre a utilização de extratos vegetais e óleos essenciais na produção de aves.
3
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Extratos vegetais e óleos essenciais
A Resolução da Diretoria Colegiada nº. 249 de 13 de setembro de
2005 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária estabelece as boas práticas
de fabricação especificas de produtos intermediários e insumos farmacêuticos
ativos derivados de droga vegetal. De acordo com esta resolução, extratos são
definidos como sendo preparações de consistências líquida, sólida ou
intermediária, obtidas a partir de material vegetal. Os extratos são preparados
por percolação, maceração ou outro método adequado e validado, utilizando
etanol, água ou outro solvente que posteriormente pode ser eliminado ou não.
Os extratos devem conter os princípios sápidos, aromáticos, voláteis e fixos
correspondentes ao respectivo produto natural (ANVISA, 2005).
Óleos essenciais são produtos voláteis de origem vegetal obtidos
por processo de destilação por arraste com vapor de água, destilação por
pressão reduzida ou outro método. Eles podem se apresentar isoladamente ou
misturados entre si, retificados, desterpenados ou concentrados. Óleos
essenciais retificados são aqueles produtos que tenham sido submetidos ao
processo de destilação fracionada para concentrar determinados componentes;
já os desterpenados, são aqueles que tenham sido submetidos ao processo
que objetiva eliminar os terpenos e sesquiterpenos, com o que se melhoram
tanto a solubilidade como a estabilidade do material (desterpenação). Os óleos
essenciais concentrados, por sua vez, são os que tenham sido parcialmente
desterpenados (ANVISA, 1999).
De modo geral, óleos essenciais podem ser definidos como misturas
complexas de substancias voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e liquidas.
Também podem ser chamados de óleos voláteis, óleos etéreos ou essências.
De acordo com LANGHOUT (2005), a principal diferença que pode
ser estabelecida entre os extratos vegetais e os óleos essenciais é o método
de extração utilizado.
Os princípios ativos encontrados nas plantas são moléculas de baixo
peso molecular, produzidos pelo metabolismo secundário das plantas. São
glicosídeos, alcalóides (alcoóis, aldeídos, cetonas, éteres, ésteres e alactonas),
4
compostos fenólicos e polifenólicos (quinonas, flavononas, taninos e
cumarinas), terpenóides (mono e sesquiterpenos e esteróides), saponinas,
mucilagens, flavonóides e óleos essenciais (MARTINS et al., 2000).
Essas substâncias estão geralmente, envolvidas no processo de
interação dessas plantas com o meio ambiente. A defesa contra patógenos, a
proteção contra os raios ultravioleta, e a atração de polinizadores já foram
reconhecidas como algumas das funções de vários compostos pertencentes à
essa classe dos metabólitos secundários.
A parte do vegetal em que o óleo essencial é encontrado depende
da espécie e, embora todos os órgãos de uma planta possam acumular óleos
essenciais, sua composição pode variar segundo sua localização na estrutura
do vegetal. O óleo da casca da canela, por exemplo, é rico em aldeído
cinâmico, enquanto os óleos das folhas e das raízes são ricos em eugenol e
cânfora, respectivamente (SIMÕES et al., 1999).
Além da parte da planta utilizada, outro fator que pode influenciar
diretamente a composição, a quantidade extraída e a qualidade dos extratos
vegetais e óleos essenciais é o método de extração.
BRITO (2008), avaliando in vitro a atividade anti-helmíntica do
extrato das folhas de noni (Morinda citrifolia) sobre a Ascarídia galli, constatou
que o extrato aquoso apresentou maior eficiência que o extrato etanólico.
Desta forma, o método de obtenção de um óleo essencial ou de um
extrato vegetal deve ser escolhido conforme as características intrínsecas
(químicas e físicas) da matriz.
A figura 1 ilustra os procedimentos para obtenção dos extratos e
indica as prováveis classes de compostos separados com uso de diferentes
solventes.
5
Figura 1 - Esquema geral de partição e separação provável dos principais
metabólitos secundários presentes em plantas.
Fonte: Cechinel Filho & Yunes, 1998.
2.2 Histórico
A utilização de extratos vegetais e plantas medicinais para o
tratamento de doenças que acometem os seres humanos é uma prática
milenar.
De acordo com BAKKALI (2008), desde a Idade Média os óleos
essenciais e os extratos de plantas eram usados pelos árabes no
embalsamamento de corpos, na conservação de alimentos, com a função de
antimicrobianos, de antiinflamatórios e analgésicos locais.
Após séculos de uso empírico, os primeiros estudos científicos de
plantas medicinais datam do século XIX. Nesta época foram isolados alguns
6
compostos de plantas que se afirmaram como princípios ativos eficazes e de
grande importância para a medicina, a exemplo da cânfora, da morfina, da
estriquinina e da cocaína (SCHEUERMANN & CUNHA JUNIOR, 2005).
O primeiro estudo em que a atividade antibacteriana de extratos
vegetais foi avaliada é datado de 1881 (RIZZO et al., 2010). Com o surgimento
dos antibióticos na década de 1950, o uso de extratos vegetais como agentes
antimicrobianos diminuiu consideravelmente.
As pesquisas com plantas medicinais são, geralmente, voltadas ao
desenvolvimento de fitofármacos para uso na medicina humana. As
propriedades terapêuticas dos extratos de plantas ou mesmo seus metabólitos
secundários para uso na alimentação animal ainda são pouco exploradas.
Na Europa, estudos nesse sentido aumentaram significativamente
desde a década de 90. No Brasil, o número de trabalhos ainda é relativamente
reduzido. Entretanto, as restrições ao uso de antibióticos promotores de
crescimento na produção animal e a crescente demanda por produtos isentos
de resíduos químicos e ingredientes de origem animal têm incentivado o
avanço das pesquisas envolvendo compostos derivados de plantas como
ingrediente de rações ou com ação de aditivo nutricional (RIZZO, 2008).
Neste sentido, cresce em importância a possibilidade de exploração
do potencial terapêutico, profilático, melhorador do desempenho de animais,
bem como de outras propriedades das plantas e de seus constituintes.
2.3 Utilização de extratos vegetais e óleos essenciais na produção
animal
A utilização de extratos vegetais e óleos essenciais na alimentação
animal se enquadra na categoria de aditivos fitogênicos (SARTORI et al.,
2009). Esses aditivos podem ser definidos como compostos derivados de
plantas incorporados às dietas animais com intuito de promover melhor
desempenho e melhor qualidade dos produtos obtidos a partir desses animais.
Normalmente os óleos essenciais são os compostos mais utilizados
nas dietas animais. Além dos óleos essenciais extraídos de plantas
7
(fitogênicos) são encontrados no mercado produtos sintéticos que podem ser
imitações dos naturais ou compostos fantasia.
RIZZO et al. (2010) verificaram que frangos de corte alimentados
com dietas que continham um produto comercial, composto pela mistura de
óleo essencial sintético de orégano, canela e pimenta (100 ppm), apresentaram
melhor conversão alimentar que aqueles cuja dieta foi suplementada com 10
ppm de avilamicina.
Quanto ao uso de extratos, de modo geral, utilizam-se aqueles nos
quais todas as moléculas são extraídas na sua totalidade, sem que nenhuma
seja especificamente isolada (extrato bruto). O fato das plantas produzirem
uma série de metabólitos com funções como, defesa contra pragas e doenças
garante a presença de vários princípios ativos nos extratos vegetais. Segundo
PERES (2007), a presença de vários compostos em um só produto pode ter
efeito sinérgico benéfico, o que confere aos extratos vegetais, certa vantagem
sobre os antimicrobianos tradicionais que possuem apenas um princípio ativo.
A utilização de óleos ou extratos vegetais nas rações tem como
requisito básico a não toxicidade aos animais. Dessa forma, os primeiros óleos
e extratos a serem pesquisados são aqueles tradicionalmente utilizados como
condimentos ou temperos, conforme pesquisa realizada por BRUGALLI (2003).
Quando utilizados na alimentação animal, os princípios ativos dos
extratos vegetais são absorvidos no intestino e rapidamente metabolizados no
organismo, alguns podem ser eliminados pela respiração como CO2. Devido à
rápida metabolização e a curta meia vida dos compostos ativos o risco de
acúmulo nos tecidos é mínimo (RIZZO, 2008).
Plantas como alecrim, hortelã, sálvia, tomilho, pimenta vermelha,
cravo, e muitas outras despertam cada vez mais o interesse dos pesquisadores
da nutrição animal, por possuírem princípios ativos que poderiam trazer
benefícios aos animais.
Na tabela 1 estão relacionadas algumas das principais plantas que
podem ser utilizadas na forma de extratos vegetais ou óleos essenciais na
nutrição animal.
Tabela 01. Princípio ativo e atividade de alguns produtos fitogênicos.
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Forma Vegetal Parte utilizada
Princípio ativo mais
importante
Propriedades
ESPECIARIAS AROMÁTICAS
Aipo Fruto, folha Ptalide Estimulante da digestão e do apetite
Anis Fruto Anetol Estimulante digestivo
Canela Casca Cinamaldeído Estimulante digestivo e do apetite, antisséptico, antioxidante
Cardamom Semente Eucalyptol Estimulante digestivo e do apetite
Coentro Folha, semente
Linalol Estimulante digestivo
Cravo da índia Flor Eugenol Estimulante digestivo e do apetite, antisséptico
Cominho Semente Cuminaldeído Estimulante digestivo
Feno Grego Semente Trigoneline Estimulante do apetite
Noz Semente Sabinene Estimulante digestivo, antidiarréico
Salsa Folha Apiol Estimulante digestivo e do apetite, antisséptico
ESPECIARIAS PUNGENTES
Gengibre Rizoma Zingerol Estimulante gástrico
Mostarda Semente Alil isothiocianato Estimulante do apetite e da digestão
Orégano Folha Carvacol e timol Antibacterianos
Pimenta da Guiné
Fruto Capsaicina Antidiarréico, antiinflamatório, estimulante, tônico
Pimenta do reino
Fruto Piperina Estimulante digestivo
Rabanete Raiz Alil isothiocianato Estimulante do apetite
ERVAS AROMÁTICAS E ESPECIARIAS
Alho
Bulbo Alicina Estimulante da digestão, anti-séptico
Alecrim Folha Cineol Estimulante da digestão, antisséptico, antioxidante
Tomilho Planta toda Timol Estimulante da digestão antisséptico, antioxidante
Sálvia Folha Cineol Estimulante da digestão antisséptico, antiflatulento
Loro Folha Cineol Estimulante do apetite e da digestão antisséptico, antioxidante
Hortelã Folha Mentol Estimulante do apetite e da digestão, antisséptico
Adaptado de KAMEL, 1999 = GONZALES, 2008
O extrato de alho é um dos mais usados na alimentação animal. Ele
apresenta dois princípios ativos distintos: alicina e garlicina. De acordo com
9
FREITAS et al. (2001), ambos os princípios apresentam ação
predominantemente bacteriostática e atuam tanto contra bactérias gram-
positivas quanto gram-negativas.
O carvacrol e o timol (óleos essenciais do orégano) apresentam
grande perspectiva de substituir os antibióticos. Desses, é mais efetivo o
carvacrol, que possui amplo espectro antibacteriano atuando em leveduras,
fungos e bactérias gram-positivas e gram-negativas (SUZUKI et al. , 2008).
A viabilidade econômica é outro fator a ser considerado na escolha
de um aditivo alternativo para uso na produção animal, e estudos nesse sentido
ainda são escassos e contraditórios.
SUZUKI et al. (2008), comparando a utilização de óleos essenciais
(carvacrol e timol) aos antibióticos em um estudo conduzido com leitões nas
fases pré-inicial e inicial, concluíram que em relação ao desempenho animal os
óleos essenciais apresentaram efeito similar aos antibióticos e a utilização dos
óleos reduziu em aproximadamente seis vezes o custo do programa de
promotores de crescimento por leitão alojado.
Esses resultados corroboram os encontrados por SCHEUERMAN et
al. (2009) em estudo realizado visando explorar a vantagem dos óleos
essenciais na digestibilidade. Os autores avaliaram um produto fitogênico
comercial à base de óleos essenciais microencapsulados, saponinas e
substâncias picantes e amargas em frangos de corte. Baseado em avaliações
preliminares, o produto foi adicionado a uma dieta cujos níveis de energia,
proteína, lisina, metionina, cálcio e fósforo eram consideravelmente menores à
dieta controle. A partir da avaliação econômica do experimento, concluiu-se
que a utilização do composto fitogênico foi vantajosa, visto que não foi
constada diferença entre os tratamentos no peso vivo e conversão alimentar, e
a economia na formulação diferenciada da dieta superou o custo do produto
incluído.
De acordo com SILVA et al. (2000), a adição de 0,1% do extrato de
urucum às rações de poedeiras contendo 40% de sorgo resulta em
pigmentação da gema dos ovos similar à obtida com rações contendo milho
como fonte de energia. Portanto em caso de disponibilidade de sorgo o
produtor pode optar pela substituição parcial ou total do milho, como forma de
reduzir os custos de produção, sem que a pigmentação da gema seja reduzida
10
já que esta é uma característica importante para valorização e aceitação do
ovo pelos consumidores.
Entretanto, SANTOS (2010) concluiu que a substituição dos
antibióticos por aditivos alternativos (probióticos, simbióticos, ácidos orgânicos
e extratos vegetais) na alimentação de frangos de corte não afetou o
desempenho final, o rendimento de carcaça e cortes e a qualidade da carne
das aves, e ainda resultou em incremento de até 15% dos custos com a
alimentação.
Existem diferentes estudos na literatura avaliando o uso de extratos
de plantas, individualmente ou em combinação, como antimicrobianos,
antioxidantes, ou melhoradores de digestibilidade em rações animais (SARICA
et al., 2005; RIZZO, 2008; YAKHKESHI et al., 2011).
Esses estudos mostram resultados contraditórios, o que justifica a
necessidade de mais investigação e padronização para o uso eficaz de
extratos de plantas como aditivos na nutrição animal.
2.4 Modos de ação
O exato modo de ação dos extratos vegetais e óleos essenciais
ainda não está completamente esclarecido, porém têm sido levantadas e
evidenciadas algumas hipóteses. Dentre os possíveis mecanismos de ação dos
extratos vegetais no organismo animal estudos fazem referências ao aumento
na digestibilidade e absorção dos nutrientes, alterações na microbiota
intestinal, efeito antimicrobiano e melhora na resposta imune.
De acordo com BRENES & ROURA (2010), os óleos essenciais
melhoram a produção de secreções digestivas, estimulam a circulação
sanguínea, exercem propriedades antioxidantes, reduzem os níveis de
bactérias patogênicas e podem melhorar o estado imunológico.
Em experimentos in vitro têm sido pesquisados principalmente os
efeitos antimicrobianos e antioxidantes dos extratos vegetais. No entanto
BRUGALLI (2003) afirma que ainda não foram totalmente esclarecidas se uma
ação particular, como antioxidante, antimicrobiana, imunomoduladora, pode
11
estar associada a uma molécula específica e/ou alguma substância ativa
presente na planta, que pode ter múltiplas funções.
A identificação e avaliação dos efeitos exercidos pelos diferentes
compostos presentes nos extratos vegetais e óleos essenciais sobre o
organismo animal constituem o grande desafio para o uso efetivo desses
aditivos na nutrição animal.
2.4.1 Atividade antimicrobiana
A atividade antimicrobiana de extratos vegetais é avaliada através
da determinação de uma pequena quantidade da substância necessária para
inibir o crescimento do microrganismo-teste. Esse valor é conhecido como
Concentração Mínima Inibitória (CMI) (OSTROSKY et al., 2008).
Existem vários métodos para avaliar a atividade antibacteriana e
antifúngica dos extratos vegetais. Os mais conhecidos incluem método de
difusão em ágar, diluição em caldo, método de macrodiluição e microdiluição.
As variações referentes à determinação da CMI de extratos de plantas podem
ser atribuídas a fatores como a técnica aplicada, o microrganismo e a cepa
utilizada no teste, à origem da planta, a época da coleta, se os extratos foram
preparados a partir de plantas frescas ou secas e a quantidade de extrato
testada (OSTROSKY et al., 2008)
Não há método padronizado para expressar os resultados de testes
antimicrobianos de produtos naturais. De acordo com MENDES et al. (2011), o
método de microdiluição em placas tem sido o mais utilizado e recomendado
para determinar a CMI ou a Concentração Mínima Bactericida (CMB) de
extratos vegetais, devido à sua sensibilidade e quantidade mínima de
reagentes, o que possibilita um maior número de réplicas, aumentando a
confiabilidade dos resultados.
Não existe padronização sobre o nível de inibição aceitável para
produtos naturais quando comparados com antibióticos padrões. ALIGIANIS et
al. (2001) propuseram a classificação para materiais vegetais com base nos
resultados de CMI, considerando como: forte inibição extratos que
apresentarem CMI até 500 μg/mL; inibição moderada os de CMI entre 600 a
12
1500 μg/mL e como fraca inibição os que apresentarem CMI acima de 1600
μg/mL.
Na literatura cientifica em estudos in vitro são evidenciadas ações
antibacteriana, antiviral e antifúngica de muitos extratos vegetais e seus
metabólitos.
SANTURIO et al. (2007), avaliando a ação antimicrobiana dos óleos
essenciais de orégano, tomilho e canela, frente a 20 diferentes sorovares de
Salmonella, observaram a especificidade da atividade de alguns óleos sobre
determinadas sorovares. No método da Concentração Mínima Bactericida (que
implica a morte bacteriana) o óleo de orégano em concentrações abaixo de
500µg mL-1 foi efetivo em 10 (50%) dos sorovares estudados, já os óleos de
tomilho e canela não apresentaram mesma eficiência.
Em pesquisa realizada para avaliar a atividade antimicrobiana dos
óleos essenciais de orégano, tomilho, canela, orégano mexicano, gengibre,
sálvia, alecrim e manjericão frente a amostras de Escherichia coli isoladas de
fezes de aves e de bovinos, SANTURIO et al. (2011) concluíram que os óleos
essenciais de orégano, orégano mexicano, tomilho e canela apresentaram
satisfatória atividade bactericida, e que o óleo essencial de orégano apresentou
atividade antimicrobiana superior aos demais. Reforçando as evidências que o
óleo essencial de orégano, particularmente possui grande potencial de
atividade antimicrobiana tanto para bactérias gram-positivas como gram-
negativas.
A maioria dos óleos essenciais exerce sua ação antimicrobiana via
mecanismo de desnaturação e coagulação de proteínas da estrutura da parede
celular bacteriana. De acordo com BARRETO (2007), eles atuam,
especificamente, alterando a permeabilidade seletiva da membrana
citoplasmática, o que causa interrupção de processos essenciais à célula e, por
consequência, a morte bacteriana.
Apesar de muitos metabólitos secundários de plantas possuírem
comprovada atividade antimicrobiana e apresentar efeitos muito próximos aos
antibióticos disponíveis no mercado, BRUGALLI (2003) ressaltou que na
prática a viabilidade de uso nos sistemas produtivos pode ser dificultada pela
alta dosagem requerida para expressar o mesmo efeito bactericida ou
bacteriostático observado in vitro.
13
BRITO (2008) avaliou a atividade anti-helmíntica do extrato aquoso e
etanólico da folha de noni em duas concentrações diferentes (13,46 e 26,96
mg/mL) sobre a Ascaridia galli e observou nos testes in vitro resultados
satisfatórios para ambos, porém, na avaliação in vivo, os extratos
demonstraram baixa eficiência.
Estes resultados indicam a dificuldade em traduzir efeitos
observados in vitro para avaliações in vivo. Porém, a possibilidade de se obter
resultados diferentes em condições de produção comercial de frangos não
pode ser descartada.
2.4.2 Atividade antioxidante
O efeito antioxidante das plantas e seus metabólitos também pode
ser destacado para a produção animal.
A oxidação dos constituintes lipídicos é uma reação importante que
limita a vida de prateleira de vários alimentos. Em função do elevado teor de
ácidos graxos insaturados na sua composição, a carne de frango é um
alimento altamente susceptível à oxidação lipídica que afeta sabor, aroma, cor
e textura dos alimentos, limitando sua estabilidade e vida útil (MARIUTTI &
BRAGAGNOLO, 2009).
Devido à possível toxicidade dos antioxidantes sintéticos e à
demanda atual por produtos mais saudáveis, o uso de antioxidantes naturais,
como os óleos essenciais representa uma alternativa na prevenção da
oxidação lipídica em carne de frango (SELANI, 2010).
De acordo com TRAESEL et al. (2011), o potencial antioxidante dos
óleos essenciais está relacionado à presença de compostos fenólicos,
flavonóides e terpenóides em sua estrutura química. Essas substâncias podem
interceptar e neutralizar radicais livres, impedindo a propagação do processo
oxidativo.
BATISTA (2005), avaliando o efeito da inclusão de flavonóides
juntamente com mananoligossacarídeos frente a outros aditivos (probiótico e
antibiótico) na ração de frangos de corte, observou que a utilização de
flavonóides com mananoligossacarídeos apresentou vantagens em relação aos
14
demais aditivos, uma vez que minimizou o grau da oxidação da gordura da
carcaça das aves.
Os óleos essenciais, como o de alecrim, orégano e sálvia, são
utilizados como aromatizantes naturais em alimentos e possuem compostos
com comprovada atividade antioxidante.
O óleo essencial de manjericão demonstrou alto potencial
antioxidante, enquanto o de alecrim apresentou potencial intermediário na
prevenção da oxidação lipídica em charque de carne ovina (BERTOLIN et al.,
2010).
As diversas células que integram o sistema imunológico possuem,
na composição de suas membranas, porcentagens altas de ácidos graxos
poliinsaturados e lipoproteínas. Essas moléculas são as mais sensíveis à ação
dos radicais livres, resultando no processo de lipoperoxidação, com
desestabilização da parede celular e, conseqüentemente, na funcionalidade da
célula (BATISTA, 2005). Desta forma, os antioxidantes têm grande importância
também na proteção do sistema imunológico.
2.4.3 Efeito sobre a digestibilidade e desempenho animal
Em função das propriedades e do potencial dos extratos vegetais
vários produtos estão sendo testados para uso nas dietas como melhoradores
do desempenho animal.
Uma importante propriedade que tem sido observada quando do uso
de determinadas plantas aromáticas ou temperos é sua influência na atividade
enzimática, com consequente melhora da digestibilidade de nutrientes
(SCHEUERMAN & CUNHA JUNIOR, 2005).
Compostos ativos como a capsaicina, o eugenol e o cinamaldeído,
princípios ativos da pimenta vermelha, do cravo e da canela respectivamente
tem se mostrado eficientes em estimular as enzimas pancreáticas e intestinais
em animais monogástricos, tornando o processo digestivo mais eficiente
(BRUGALLI, 2003).
A suplementação de dietas de frangos de corte na fase final de
criação, com uma mistura de sálvia, tomilho e alecrim ou com produto
15
comercial à base de capsaicina, cinamaldeído e carvacrol apresentaram
digestibilidade ileal de matéria seca e proteína bruta semelhantes à do
tratamento com antibiótico e significativamente superiores ao tratamento
controle (GARCÍA et al., 2007).
GABRIEL JUNIOR et al. (2009) testaram a utilização do extrato de
pomelo (Citrus maxima) em rações para frangos de corte de 1 a 42 dias de
idade em três níveis de inclusão: 100 ppm, 150 ppm e 200 ppm e verificaram
que a concentração estimada em 124ppm do extrato foi suficiente para
maximizar o desempenho das aves.
RIZZO et al. (2010) avaliaram rações para frangos de corte contendo
10 ppm de avilamicina comparado a 200 ppm de um produto contendo óleos
essenciais de cravo, tomilho, canela e pimenta; 100 ppm de um produto
composto de óleos essenciais sintéticos de orégano e canela e óleo-resina de
pimenta microencapsulados; 500 ppm de um produto constituído de óleo de
eucalipto, óleo essencial de canela-da-china, folhas de boldo-do-chile e
sementes de feno-grego na fase inicial e 1.200 ppm nas fases de crescimento
e final. Os autores concluíram que as dietas contendo misturas de extratos
vegetais promovem desempenho semelhante ao obtido com dietas contendo
antibiótico, o que demonstra o potencial de uso desses compostos.
YAKHKESHI et al. (2011) avaliaram os efeitos de probióticos
(Primalac®), ácidos orgânicos (Termin-8®) e extratos vegetais (Sangrovit®) e
concluíram que esses aditivos podem substituir o uso de antibióticos na ração
de frangos de corte. Os aditivos alternativos estudados promoveram
desempenho semelhante ao antibiótico, e ainda reduziram a população de
bactérias patogênicas no trato gastrointestinal das aves.
Os resultados de desempenho dessa pesquisa estão apresentados
na tabela 2.
16
Tabela 2. Desempenho de frangos de corte alimentados com rações contendo diferentes aditivos
Parâmetros Tratamentos
Controle Virginiamicina Primalac® Sangrovit® Termin-8®
Consumo de Ração (g/dia)
1-14 dias 39.53 39.10 39.01 39.01 39.70
14-28 dias 105.06 106.29 106.39 106.29 106.82
28-42 dias 167.33 171.44 174.67 171.44 167.33
1-42 dias 105.89 104.80 107.37 104.80 106.41
Ganho de Peso (g/dia)
1-14 dias 28.39 30.11 29.31 27.71 29.06
14-28 dias 48.36 56.54 55.16 57.27 53.52
28-42 dias 70.89b 81.47a 76.55ab 71.93b 70.92b
1-42 dias 50.27b 57.50a 54.76ab 53.36ab 50.89b
Conversão alimentar
1-14 dias 1.39 1.29 1.34 1.41 1.36
14-28 dias 2.19 1.88 1.92 1.87 2.00
28-42 dias 2.36b 2.10a 2.28ab 2.28ab 2.34b
1-42 dias 2.11b 1.82a 1.96ab 1.97ab 2.09b
Adaptado de YAKHKESHI et al., 2011
17
Os aditivos melhoradores do desempenho proporcionam melhores
resultados em condições de maior desafio sanitário (BRUGALLI, 2003).
FREITAS et al. (2001) não registraram diferenças significativas no
desempenho de frangos aos 24 dias recebendo dietas com extrato vegetal ou
antibiótico, e atribuíram os resultados encontrados ao baixo desafio sanitário
que as aves estavam expostas.
A adição de 0,4% de óleo de aroeira promoveu uma melhoria na
superfície absortiva intestinal e proporcionou uma diminuição no peso relativo
dos intestinos delgado e grosso de frangos de corte, quando comparado com
as aves alimentadas sem promotor de crescimento (SILVA et al., 2011). Apesar
desta melhora, ao se observar o desempenho animal, a adição de 0,4% de
óleo de aroeira gerou o mesmo ganho de peso que a dieta com promotores de
crescimento. Os autores sugeriram para melhor comprovação dos benefícios
do óleo de aroeira que em estudos futuros fossem realizadas infecções
experimentais nas aves a fim de elevar a oportunidade de o extrato expressar
seu potencial como melhorador do desempenho.
Alguns pesquisadores acreditam que a administração de produtos
formulados com combinações de óleos essenciais de plantas na dieta dos
animais pode proporcionar melhores resultados de desempenho em
comparação aos produtos utilizados isoladamente.
BONATO et al. (2008) avaliaram o efeito de ácidos orgânicos e
extratos vegetais sobre os parâmetros de desempenho e de qualidade de ovos
de poedeiras comerciais. Os autores concluíram que a associação do
acidificante com o extrato vegetal (400 g/t de ácido e 150 g/t de extrato)
promoveu maior porcentagem de postura e conversão alimentar por dúzia de
ovos. No entanto, a administração isolada ou associada desses aditivos não
afetou o consumo de ração nem a qualidade interna (unidades Haugh) e
externa (gravidade específica) dos ovos.
Além da utilização isolada de extratos de plantas, com esses
trabalhos, fica evidenciada a importância de promover estudos com diferentes
combinações de extratos vegetais, para conhecer e explorar melhor o efeito
sinérgico além de evitar que a combinação entre eles promova efeito
antagônico quando adicionados às dietas dos animais.
18
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os extratos vegetais e seus componentes representam uma
promissora alternativa para substituição dos antibióticos promotores de
crescimento nas dietas avícolas. Entretanto, se faz necessário maior
conhecimento do modo de ação, estabilidade, toxicidade, e eficiência
zootécnica, para que tais substâncias possam ser utilizadas na indústria da
produção animal com maior confiabilidade e melhor relação custo-benefício.
Embora já existam produtos à base de extratos vegetais disponíveis
comercialmente, pode-se considerar que a pesquisa com extratos vegetais
ainda é pouco explorada na produção animal.
Pesquisas sobre os fatores que afetam a sua ação, tais como a
variedade da planta, época da colheita, processamento, extração, assim como
a tecnologia empregada para a fabricação do produto comercial e os níveis de
inclusão na dieta mostram resultados controversos, o que justifica a
necessidade de mais estudos e padronização para o uso eficaz de extratos de
plantas como promotores de desempenho, quando adicionado à ração animal.
19
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