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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE AGRONOMIA DIVERSIDADE E DIVERGÊNCIA GENÉTICA EM CLONES DE Eucalyptus spp. SOB TESTE EM GOIÁS JOÃO PAULO CAIXETA DE SOUZA Goiânia/GO Julho/2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE AGRONOMIA

DIVERSIDADE E DIVERGÊNCIA GENÉTICA EM CLONES DE

Eucalyptus spp. SOB TESTE EM GOIÁS

JOÃO PAULO CAIXETA DE SOUZA

Goiânia/GO

Julho/2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE AGRONOMIA

DIVERSIDADE E DIVERGÊNCIA GENÉTICA EM CLONES DE

Eucalyptus spp. SOB TESTE EM GOIÁS

JOÃO PAULO CAIXETA DE SOUZA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Escola de Agronomia da UFG, como requisito

parcial para a obtenção do título de

Engenheiro Florestal.

Orientador: Profº Dr. Evandro Novaes

Goiânia/GO

Julho/2016

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JOÂO PAULO CAIXETA DE SOUZA

DIVERSIDADE E DIVERGÊNCIA GENÉTICA EM CLONES DE Eucalyptus spp.

SOB TESTE EM GOIÁS

Trabalho de Conclusão de Curso Defendido e Aprovado em ___/___/____, pela Banca Examinadora constituída pelos membros:

Nota:_______

_____________________________________

Prof. Dr. Alexandre Siqueira Guedes Coelho

Universidade Federal de Goiás

_____________________________________

Dra. Ludmila Ferreira Bandeira

Universidade Federal de Goiás

_____________________________________

Prof. Dr. Evandro Noaves

Universidae Federal de Goiás - Orientador

Goiânia/GO Julho/2016

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Aos meus amados pais Paulo Francisco de Souza e Kátia Caixeta de Faria

DEDICO

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AGRADECIMENTOS

A Deus por proporcionar a força necessária para que eu continue esta caminhada

Ao meu pai Paulo, por seus conselhos e amizade sincera e incondicional.

À minha mãe por ter me acompanhado e ser exemplo de grandes valores.

Às minhas irmãs pelas brincadeiras e carinho dado e recebido em todos esses anos.

À toda minha família com seu apoio eterno e acolhida nos momentos difíceis.

Ao Prof. Dr. Evandro Novaes por ter me guiado e acompanhado, demonstrando sempre o

verdadeiro significado de ser professor.

A Profa. Ludmila Ferreira Bandeira pelo acompanhamento e grande paciência em seus

ensinamentos.

A Georgia do Laboratório de Melhoramento por ceder seu tempo e paciência.

A todos os meus amigos e, em especial, ao Rodrigo Oliveira e Thaís Vieira Webber pela

ajuda na construção deste trabalho.

Muito Obrigado!

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DIVERSIDADE E DIVERGÊNCIA GENÉTICA EM CLONES DE

Eucalyptus spp. SOB TESTE EM GOIÁS

JOÃO PAULO CAIXETA DE SOUZA

RESUMO

As espécies do gênero Eucalyptus tem, cada vez mais, alcançado lugar de destaque nos programas de melhoramento genético, principalmente pelo seu imenso potencial produtivo e diversidade de usos. No decorrer destes programas genótipos são selecionados para critérios de crescimento e qualidade da madeira. Este trabalho analisou 48 genótipos desenvolvidos em empresas e ambientes diferentes através da amplificação e genotipagem de 9 marcadores microssatélites organizados em 3 sistemas multiplex. A eletroforese capilar foi realizada na plataforma ABI-3100 (Applied Biosystems) e a genotipagem no programa GeneMapper (Applied Biosystems). A análise de diversidade genética envolveu a estimativa da frequência alélica, heterozigosidade observada (Ho), heterozigosidade esperada (He) e índice de fixação intrapopulacional (f) utilizando os programas Fstat e GDA. Para análise da divergência genética foi construído uma matriz de distância genética pelo método de Rogers (1972), obtendo-se um dendrograma pelo método das médias aritméticas não ponderadas (UPGMA) na plataforma R. De forma geral os dados encontrados foram condizentes com os descritos na literatura, indicando alta diversidade e baixa estruturação genética entre os genótipos avaliados. A média de alelos por loco foi de 14,71, com uma variação de 11 a 21 alelos. A heterezigosidade observada se mostrou maior (Ho = 0,88) que a esperada (He = 0,846). Com isso, o índice de fixação intrapopulacional apresentou uma média negativa (-0,042), o que evidencia uma baixa fixação de alelos devido a baixa taxa de endogamia do eucalipto. Através da análise dos componentes principais fica claro a falta de formação de grupos entre os genótipos selecionados, mesmo havendo um distanciamento genético significativo. Esse resultado indica ausência de estruturação genética entre os clones amostrados. A análise do dendograma revelou possíveis enganos na nomeação de genótipos potencialmente idênticos.

Palavra-chave: Eucalipto; marcadores moleculares, diversidade genética,

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GENETIC DIVERSITY AND DIVERGENCE AMONG CLONES OF Eucalyptus

spp. UNDER EVALUATION IN GOIÁS

JOÃO PAULO CAIXETA DE SOUZA

ABSTRACT

The species of the Eucalyptus genus have increasingly reached prominence in breeding programs, mainly for their high productivity and diversity of uses. During these programs some genotypes are selected for wood growth and quality traits. This study analyzed 48 genotypes developed in various companies and environments through the amplification and genotyping of 9 microsatellite markers combined in three multiplex systems. Cappilary electrophoresis was performed in the ABI 3100 platform (Applied Biosystems) and genotyping with the GeneMapper software (Applied Biosystems). The genetic diversity was evaluated by estimating allele frequency, observed heterozygosity (Ho), expected heterozygosity (He) and intrapopulational fixation index (f) using the programs GDA and FStat. For the analysis of genetic divergence, a Rogers (1972) genetic distance matrix was estimated to construct a dendrogram based on groups obtained with the unweighted arithmetic average (UPGMA) using the R platform. In general the results indicated high genetic diversity and low genetic structure among the sampled clones. The average number of alleles per locus was 14.71, ranging from 11 to 21 alleles. The observed heterezygosity was larger (Ho = 0.880) than expected (He of 0.846). As such, the average intrapopulation fixation index was negative (-0.042), which shows a low fixation of alleles due to low eucalyptus inbreeding rate. The principal component analysis did not show the existence of consistent groups among the sampled genotypes, even with significant genetic distances among them. This result indicates a lack of genetic structure among the analyzed clones. The analysis of the dendrogram revealed mistakes in the nomination of potentially identical genotypes.

Keywords: Eucalyptus; molecular markers; genetic diversity.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................9

2. REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................11

2.1 Gênero Eucalyptus........................................................................................11

2.2 Melhoramento Florestal do Eucalipto no Brasil...........................................12

2.3 Marcadores Moleculares...............................................................................13

2.4 Microssatélites..............................................................................................13

2.5 Diversidade e Divergência Genética.............................................................14

3. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................16

3.1 Área de Coleta e Material Vegetal................................................................16

3.2 Extração de DNA..........................................................................................17

3.3 Amplificação dos Locos Microssatélites......................................................18

3.4 Genotipagem do Material..............................................................................19

3.5 Análise dos Dados.........................................................................................20

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................22

5. CONCLUSÃO....................................................................................................27

6. REFERÊNCIAS..................................................................................................28

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil reúne uma das melhores combinações de características

edafoclimáticas existentes no mundo para o desenvolvimento de florestas. A grande

cobertura florestal nativa, aliado ao grande desenvolvimento tecnológico já existente no

âmbito das florestas plantadas são prova do grande potencial de competitividade do setor

florestal brasileiro (JUVENAL & MATTOS, 2002).

De acordo com o relatório do IBA (2015), o setor florestal brasileiro conta com

7,74 milhões de hectares de florestas plantadas, o que corresponde a apenas 0,9% da área

do território nacional, sendo responsável por 91% de toda madeira produzida para fins

industriais. É importante lembrar que o setor florestal não se restringe aos produtos

madeireiros e também é composto por outras atividades como a extração de óleos

essenciais, látex, apicultura, etc.

O gênero florestal mais plantada no país é o Eucalyptus, com aproximadamente

5,59 milhões de hectares. Minas Gerais é o Estado que possui a maior área plantada com

1,4 milhões de hectares (IBA, 2015). Estes números se devem, em grande parte, a

disponibilidade de materiais genéticos altamente produtivos e adaptados a diferentes

condições ambientais, bem como a diversos usos (XAVIER, 2003)

Apesar dos avanços das pesquisas com esse gênero, o recente avanço da

eucliptocultura para as regiões interioranas do país trouxe uma série de desafios. As

dificuldades vão desde a necessidade de re-adequação de operações básicas, como as de

implantação e manejo, do espaçamento e protocolos de adubação, até a seleção e

melhoramento de materiais genéticos adaptados a essa nova realidade. Apesar do inerente

avanço da eucaliptocultura nas regiões Norte e Centro-Oeste, Goiás ainda se mostra

estagnado, apresentando em alguns anos até uma diminuição da área plantada com

florestas (IBA, 2015). Essa realidade contrasta bastante com o crescimento de estados

vizinhos como o Mato Grosso do Sul, que já possui 803.699 hectares plantados, e

Tocantins que é o Estado com maior crescimento em silvicultura nos últimos anos

O Estado de Goiás possui apenas 138.384 hectares de florestas plantadas,

destes 124.297 são cultivados com Eucalyptus (IBA, 2015). Essa área plantada contrasta

com o grande potencial para o estabelecimento de florestas plantadas no estado, sobretudo

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devido a sua posição geográfica no centro do País, o que facilita o escoamento interno da

produção (MORALES et al, 2002).

Com uma área de mais de 4 milhões de hectares de pastagens degradas que

poderiam ser utilizadas para o cultivo de florestas, sem interferir na produção agrícola,

Goiás tem um excelente potencial de produtividade florestal, contudo a falta de

informações e apoio técnico dificulta o planejamento de uma estratégia para o

desenvolvimento da silvicultura no Estado (MORALES et al, 2012).

Dado o potencial produtivo do Estado de Goiás e a falta de material

genético adaptado às condições edafoclimáticas do Cerrado, a UFG em parceria com a

Suzano Papel e Celulose, Clonar Resistência a Doenças e três empresas de base florestal de

Goiás (Anglo American, FL Florestal e JPFlorestal), instalou três testes clonais para avaliar

o potencial produtivo de 113 diferentes clones de Eucalyptus spp. no estado (MACIEL,

2014). O objetivo desse trabalho é analisar a diversidade e a divergência genética em uma

amostra com 48 desses clones sob teste no estado, utilizando marcadores microssatélites.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Gênero Eucalyptus.

Pertencendo a família Myrtaceae, o gênero Eucalyptus abrange mais de 700

denominações diferentes, entre espécies, híbridos e variedades, possui uma ocorrência

ampla, se estendo, principalmente, pela Austrália, Indonésia e ilhas adjacentes. Sua grande

diversidade permite que este ocorra em uma grande gama de condições ambientais que vão

desde áreas pantanosas, até muito secas, solos arenosos muito pobres, solos de baixada e

de alta fertilidade. É também encontrado em ambientes com índices de precipitação e

temperatura bastante variáveis (ASSIS, 1996).

As espécies do gênero Eucalyptus que se destacam mundialmente são, E.

grandis, E. camaldulensis, E. tereticornis, E. globulus, E. urophylla, E. viminalis, E.

saligna, E. deglupta, E. enxerta, E. pellita e E. citriodora. Sendo que as cinco primeiras

são as mais importantes em termos de incremento anual de madeira (ELDRIDGE et al,

1993).

No Brasil as espécies mais utilizadas são E. grandis e E. urophylla, bem como

o híbrido entre elas, destacando-se por apresentarem ampla adaptação às condições

edafoclimáticas do país (BERTOLLUCI et al., 1993). Além dessas, o E. saligna também

merece destaque na produção de híbridos com E. grandis e E. urophylla.

A espécie Eucalyptus grandis é originária da Austrália, possui uma boa

adaptação a diversos tipos de solos, mas se desenvolve de forma ótima em solos profundos

e bem drenados, com moderada fertilidade, não tolerando ambientes alagados

(ELDRIDGE et al., 1993).

O Eucalyptus urophylla não ocorre naturalmente na Austrália e tem como

origem as regiões tropicais da Indonésia. Tem uma elevada resistência ao déficit hídrico e

ótima adaptação a climas quentes. Sua madeira é de boa qualidade para celulose, serraria e

carvão, além de apresentar resistência ao fungo Cryphonectria cubensis, responsável pelo

cancro (TONACO, 2002).

A maioria das espécies de eucalipto são alógamas, mesmo assim possuem

sistema reprodutivo misto, podendo ocorrer até 30% de autofecundação (PRYOR, 1976).

Um fator que favorece a alogamia do eucalipto é a protandria, que é definida pela

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maturação dos pólens ocorrer antes do estigma se tornar receptivo, porém uma mesma

planta pode apresentar flores em diferentes níveis de desenvolvimento, o que deixa uma

margem a autofecundação (ELDRIDGE, 1977).

Segundo Pryor (1976) existe outro mecanismo que dificulta a autofecundação,

consistindo de um sistema de autoincompatibilidade controlado geneticamente que pode

variar sua intensidade de espécie para espécie. Se observa então que populações formadas

por eucalipto tendem a ter mais indivíduos heterozigotos.

2.2 Melhoramento florestal do eucalipto no Brasil

O primeiro relato de introdução do eucalipto no Brasil data de 1904, por

Edmundo Navarro de Andrade (FERREIRA, 2001). Este era utilizado nos motores a vapor

do sistema ferroviário e também fornecia madeira para postes e dormentes no Estado de

São Paulo. Após este período Edmundo Navarro de Andrade iniciou a introdução e

avaliação de 144 espécies de Eucalyptus para identificação de indivíduos promissores para

a silvicultura. Entretanto foi Carlos Arnaldo Krug que iniciou, em 1941, um programa de

melhoramento genético da espécie no Instituto Agronômico de Campinas visando atender

a Companhia Paulista de Estrada de Ferro.

Mesmo possuindo um dos programas de melhoramento mais avançados, Krug

ainda não isolava os talhões selecionados da entrada de pólen indesejado o que fazia com

que as sementes geradas possuíssem metade de seu genoma oriundo de indivíduos não

selecionados (FERREIRA & SANTOS, 1997).

Após este período, a Aracruz Celulose S/A se destacou por financiar e

desenvolver projetos de melhoramento genético com alto nível tecnológico, sendo os

pioneiros na utilização da clonagem em escala comercial. O melhoramento e a clonagem

geraram um aumento expressivo na produtividade de madeira por hectare e tornaram os

plantios de eucalipto mais homogêneos, melhorando a rentabilidade dessas florestas

(REZENDE, 2001; VENCOVSKY & RAMALHO, 2000).

Em 1979 esta mesma empresa estabeleceu o primeiro plantio comercial de

clones de eucalipto após diversos testes com multiplicação sexuada e assexuada

(IKEMORI, 2000). Os altos investimentos no melhoramento desta cultura atraíram

diversas empresas que também criaram programas de melhoramento visando

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características como rendimento em celulose, qualidade e volume da madeira e teor de

lignina (VENCOVSKY & RAMALHO, 2000).

2.3 Marcadores Moleculares

A palavra marcador, em seu significado genérico, remonta a um fator

morfológico, fisiológico, bioquímico ou genético passível de ser identificado e

acompanhado (SAKIYAMA, 1993). O marcador molecular age da mesma maneira, sendo

definido como uma ferramenta para identificar o genótipo molecular derivado de um

polimorfismo específico da sequência de DNA (GRATTAPAGLIA, 2001).

Após a descoberta das enzimas de restrição e do advento da PCR foi possível

identificar diversos tipos de marcados moleculares, entre os mais usados estão o AFLP

(Polimorfismo de Comprimento de Fragmentos Amplificados), RFLP (Fragmento

Polimórfico Amplificado ao Acaso), RAPD (DNA Polimórfico Amplificado ao Acaso) e

SSR (Sequências Simples Repetitivas ou microssatélites) (CAETANO-ANOLLES, 1996).

Estes marcadores podem ser empregados em diversas áreas, como na seleção

de germoplasma em programas de melhoramento, caracterização de diferentes genótipos

(fingerprinting), construção de mapas genéticos, estabelecimento de filogenias, clonagem

de genes baseadas em mapas, seleção assistida por marcadores, proteção de cultivares,

entre outras (GRATTAPAGLIA et al., 1992).

2.4 Microssatélites

Dentre as classes de marcadores moleculares existentes os microssatélites se

destacam por possuirem maior informatividade, dado seu multi-alelismo e alto taxa de

polimorfismo. Assim, os microssatélites são amplamente utilizados em estudos para avaliar

a diversidade genética seja em populações naturais ou de melhoramento genético

(GRATTAPAGLIA et al., 1992). Esses marcadores são baseados na amplificação de

sequências repetitivas em tandem, com 2 a 6 pares de base de comprimento (HAMADA &

KAKUNAGA, 1982).

O DNA repetitivo é interessante para os estudos genéticos por apresentar

uniformidade em sua distribuição no genoma. Em vegetais, em média a cada 20 a 23 Kb

pode-se se encontrar um microssatélite (WANG et al., 1994). Características como

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codominância, ser altamente multialélico, possuir um maior conteúdo informativo por loco

em relação aos outros marcadores, possibilidade de avaliação em sistemas multiplex e

comparação com outros trabalhos fazem com que os microssatélites se sobreponham a

outros marcadores (FERREIRA & GRATTAPAGLIA, 1998). O uso de sistemas multiplex

com grande número de microssatélites pode parecer uma forma de simplificar o processo e

obter resultados mais acurados.

A desvantagem principal para o uso dos microssatélites é a dificuldade em

desenvolver estes marcadores, já que é necessária mão de obra especializada e altos

investimentos em equipamentos de sequenciamento bastante precisos. Mesmo com esses

empecilhos existem diversas pesquisas para descoberta de novos marcadores, como o

trabalho de Smith & Devey (1994) com pinus e White & Powell (1997) com o mogno.

2.5 Diversidade e Divergência Genética

A diversidade genética é a base para a adaptação e sobrevivência das espécies

frente às mudanças provocadas em seu ambiente. É também uma das maiores

preocupações em programas de melhoramento, uma vez que os ganhos de seleção

dependem completamente da existência de diversidade genética em suas populações.

Conhecer o nível a estruturação da diversidade genética são imprescindíveis tanto para a

conservação dos recursos naturais como em programas de melhoramento genético

(SEBBEN et al., 1999).

Vencovsky (1987) afirma a necessidade de se preservar populações naturais e

desenvolver germoplasmas para conservação da diversidade genética, sem os quais as

atividades de pesquisa e melhoramento genético ficariam bastante depreciadas. O motivo

para tal se deve ao próprio cerne do melhoramento, que se baseia na eliminação de alelos e

combinações alélicas consideradas negativas através da seleção. Nota-se então que se

houver pequena variabilidade genética na população base do programa de melhoramento, a

seleção se torna precária graças ao pequeno pool de alelos disponíveis (FONSECA, 2010).

Para o estudo da divergência genética entre indivíduos de populações, seja de

melhoramento ou naturais, os pesquisadores se utilizam de diversos métodos

multivariados, como a análise por componentes principais e por variáveis canônicas e os

métodos de agrupamento (CRUZ, 1990). Os métodos de agrupamento se dividem em duas

clases, hierárquivos e de otimização.

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O método de otimização tem sua formação de grupos baseada no nível de

adequação a algum critério de agrupamento pré-definido. Ou seja, objetiva-se descobrir

uma parcela dos indivíduos que otimize este critério, podendo maximizar caso o critério

seja positivo ou minimizar caso não seja (CRUZ & CARNEIRO, 2003).

Já os métodos hierárquicos de agrupamento se baseia na repetição de um

processo em vários níveis até que se possa construir um dendrograma onde será possível

visualizar a relação entre os acessos. O dendograma é um diagrama em forma de árvore

que demonstra a subdivisão dos grupos formados (MARTEL et al., 2003).

A diversidade e divergência genética entre genótipos de programas de

melhoramento de Eucalyptus foram previamente obtidas em diversos trabalhos. Caixeta et

al (2003) utilizaram marcadores RAPD para detectar cruzamentos favoráveis em 44

híbridos naturais de Eucalyptus. O objetivo foi o de maximizar a variabilidade dos

genótipos nas progênies segregantes, através da seleção de genitores divergentes para

cruzamento. Souza et al. (2010) avaliou a diversidade genética em 39 indivíduos utilizando

14 primers microssatélites com intuito de formar um banco de informações envolvendo

genótipos de diferentes programas de melhoramento. Ribeiro et al. (2009) desenvolveu um

protocolo de avaliação do parentesco analisando a diversidade e divergência genética entre

125 indivíduos com 16 microssatélites para auxiliar no desenvolvimento de programas de

melhoramento mais eficientes.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Área de Coleta e Material Vegetal

O material vegetal foi coletado em uma área de experimento de teste clonal

pertencente a empresa JP Florestal, situada em Corumbá de Goiás, GO. A fazenda possui

as seguintes coordenadas geográficas: Latitude 15º 55’ 27’’ Sul e Longitude 48º 48’ 32’’

Oeste. Esta região está inserida no bioma Cerrado, apresentando clima tropical sub-úmido

e altitude média de 962 metros. O solo utilizado é do tipo latossolo vermelho com pH

ácido, apresentando valores de 4,9 na faixa dos 0 a 20 cm e 4,6 na faixa dos 20 aos 40 cm.

As plantas amostradas foram obtidas de um teste clonal com 93 clones de

Eucalyptus spp. potencialmente importantes para a eucaliptocultura em Goiás (MACIEL,

2014). Foram selecionados aleatoriamente 48 clones para participar desta análise. Na

tabela 1 se encontra a relação dos clones selecionados.

Tabela 1. Relação das espécies que compõem a amostra de 48 clones selecionados para as análises genéticas do presente projeto.

Empresa Doadora Origem Espécie

Número de

Clones

Clonar Faz. Guaxupé E. urophylla 25

Plantar

Plantar

E. urophylla x E. grandis 2

E. urophylla 2

E. grandis 1

E. grandis x E. urophylla 1

Suzano E. grandis 1

Veracel E. grandis x E. urophylla 1

E. grandis 1

Cenibra E. grandis x E. urophylla 2

Suzano

Bahia E. grandis 1

Maranhão

E. urophylla x E. grandis 9

E. urophylla 1

E. grandis x E. pellita 1

A coleta do material vegetativo de cada clone foi feita utilizando um podão

para obtenção de uma pequena porção da parte aérea da árvore. A coleta priorizou tecidos

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foliares mais juvenis, que rendem maior quantidade e melhor qualidade no processo de

extração do DNA.

Após coleta, o material foi acondicionado em envelopes de papel e

armazenados em uma caixa de isopor com gelo para transporte até o Laboratório de

Genética e Genômica de Plantas da Universidade Federal de Goiás. No laboratório o tecido

foi armazenado em freezer -20o C até o momento da extração.

3.2 Extração do DNA

Para a extração do DNA do material coletado foi utilizada a metodologia de

Doyle & Doyle (1987) descrita por Ferreira & Grattapaglia (1998). Esse método se baseia

na utilização do detergente CTAB para extração do DNA. A extração das amostras foi

dividida em duas rodadas, respeitando a capacidade de 24 amostras da centrífuga.

Para extração, as folhas foram cortadas em forma de tiras de aproximadamente

3 a 5 mm de largura e armazenadas em tubos de 2 ml. Nitrogênio líquido foi adicionado

aos tubos e, com a ajuda de uma chave Phillips, o tecido congelado foi macerado até

atingir aspecto visual de pó.

Após a maceração cada frasco recebeu 700 µL de solução CTAB 2X e foi

incubado em banho-maria por 1 hora. A cada dez minutos foi realizada a homogeneização

do material invertendo os tubos manualmente. Terminado este período, 600 µL de CIA

(clorofórmio-álcool isoamílico 24:1) foram adicionados a cada frasco. Após este processo,

os frascos foram agitados e invertidos manualmente por 5 minutos até atingirem o ponto de

uma emulsão homogênea.

Os tubos foram centrifugados a 13.000 rpm por 5 minutos para que houvesse a

separação em uma solução bifásica. O sobrenadante foi retirado cuidadosamente com a

ajuda de uma pipeta e realocado para frascos de 2 ml. A estes novos tubos foi adicionado

aproximadamente 50 µL da solução CTAB 10% para novamente ser realizada a extração

através de agitação manual por 5 minutos e aplicação de 600 µL de CIA. É necessário mais

uma agitação manual antes dos frascos serem levados a centrífuga com 13.000 rpm por 5

minutos.

O sobrenadante desta nova operação foi realocado para um terceiro conjunto de

tubos, agora com volume de 1,5 ml. A estes tubos foi adicionado 400 µL de uma solução

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aquosa de isopropanol frio (-20ºC). Após serem misturados gentilmente por inversão, os

frascos foram levados ao freezer para precipitação do DNA overnight (~12h).

Após precipitação do DNA, os frascos foram centrifugados a 6000 rpm durante

4 minutos até a formação do pellet, constituído pela aglutinação do DNA no fundo do tubo.

O sobrenadante resultante foi descartado, e o pellet lavado duas vezes com 1 ml de etanol a

70%. Em cada lavagem o pellet foi submerso em etanol por 5 minutos e o sobrenadante

formado foi descartado.

Após as lavagens com etanol, o pellet foi seco ao ar. Terminada a secagem este

foi ressuspendido em aproximadamente 50 µL de tampão TE com RNAse. As amostras de

DNA resultantes então foram armazenadas em freezer -80o C.

3.3 Amplificação dos Locos Microssatélites

Para avaliar a diversidade genética na amostra dos 48 clones, foram utilizados

9 locos microssatélites (SSR – do inglês simple sequence repeats) já descritos por Faria et

al. (2011). Para avaliar os fragmentos amplificandos em analisador de DNA automático, os

primers foram marcados com três fluorocromos diferentes (6-FAM, HEX e NED, cujas

cores são azul, verde e amarelo, respectivamente). Com isso, foram criados 3 conjuntos

triplex combinando três locos marcados com com fluorocromos diferentes. O processo de

amplificação foi realizado através de PCR (Polymerase Chain Reaction) utilizando o kit

Multiplex PCR da Qiagen.

Tabela 2. Relação dos tríplex utilizados na análise, seus locos constituintes e a cor da fluorescência para cada loco.

Triplex Loco Cor da Fluorescência

1

EMBRA157 Azul

EMBRA204 Verde

EMBRA003 Amarelo

2

EMBRA011 Azul

EMBRA186 Verde

EMBRA333 Amarelo

3

EMBRA028 Azul

EMBRA041 Verde

EMBRA681 Amarelo

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A solução utilizada para a amplificação teve um volume de 5 µL, constituídos

de: 2,5 µL de Master Mix, 0,25 µL de cada um dos primers a 100 M, 0,5 µL de Q-Solution,

0,25 µL de Água Milli-Q e 1 µL de DNA a concentração de 3ng/µL. O programa da PCR

foi iniciado com a etapa de desnaturação do DNA a 96ºC por cinco minutos, seguida de 10

ciclos com os seguintes passos: 94ºC por um minuto, 64ºC por 1 minuto e 72ºC por dois

minutos. Após esta etapa, inicia-se 20 ciclos com 94ºC por 1 minuto, 56ºC por 1 minuto e

72ºC por 2 minutos, totalizando 30 ciclos de amplificação durante todo o processo. A etapa

de extensão final aconteceu a 72ºC por sete minutos.

3.4 Genotipagem do Material

Com a utilização da plataforma semi-automática de genotipagem ABI-3100

(Applied Biosystem) foi possível realizar a eletroforese capilar para se obter os genótipos

dos clones analisados. A solução de reação foi preparada utilizando 1 µL do produto da

PCR, 0,6 µL de uma mistura de fragmentos de tamanho conhecido marcados com

fluorescência ROX (BRONDANI & GRATTAPAGLIA, 2001) e 8,4 µL de formamida Hi-

Di (Applied Biosystems) por amostra. A mistura foi mantida por cinco minutos a 95ºC,

sendo imediatamente transferida para um recipiente com gelo para desnaturação das

moléculas de DNA. A injeção das amostras na plataforma ABI – 3100 foi feita de acordo

com o protocolo padrão do equipamento. Os dados obtidos da plataforma ABI 3100 foram

analisados com o programa GeneMapper (Applied Biosystem) para detecção semi-

automatizada dos fluorocromos ligados a cada primer. O programa permite, através do

padrão fornecido pelos fragmentos marcados com fluorocromo ROX, identificar o número

de bases dos fragmentos microssatélites.

Por apresentar uma genotipagem com qualidade questionável, os locos

EMBRA157 e EMBRA003 foram excluídos das análises subsequentes de modo a

minimizar a chance de viés nos resultados.

3.5 Análise dos Dados

A diversidade genética dos clones de Eucalyptus spp. foi estimada com base no

número de alelos por loco, na heterozigosidade esperada e observada. Além disso, também

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foi estimado o índice de fixação dos alelos na população. Estes dados foram obtidos

através de análises nos programas Fstat (GOUDET, 2002) e GDA (LEWIS & ZAYKIN,

2001).

Para o cálculo da divergência genética foi utilizada a plataforma R

possibilitando a formulação de uma matriz de distância genética baseado no cálculo de

distância proposto por Rogers (1972). Esta estimativa de Rogers (1972) é uma modificação

do método euclidiano, possibilitando a comparação de estimativas de divergência obtidas

em estudos diferentes. Para essas análises de divergência foi considerado que cada

indivíduo representaria uma população.

A partir da matriz de distância foi possível construir um dendograma através do

método de agrupamento UPGMA (unweighted pair-group using arithmetic averages)

utilizando o programa R. O UPGMA, também conhecido como método de ligação média

não ponderada, é bastante utilizada em ecologia e sistemática (JAMES e McCULLOCH,

1990) e em taxonomia numérica (SNEATH & SOKAL, 1973. Trata-se da utilização das

médias aritméticas não ponderadas das medidas de dissimilaridade para posterior

agrupamento em diferentes níveis de grupos. Por exemplo, para se calcular a distância

entre um grupo de genótipos formados por a e b e um genótipo c utiliza-se a equação:

𝐷 !" ! =!!"!!!"

!

Onde 𝐷!" é a distância entre o genótipo a e c, 𝐷!" é a distância entre o

genótipo b e c e 𝐷 !" ! é a distância entre o grupo (ab) e o genótipo c.

Para uma segunda opção de visualização da distância genética optou-se pela

construção de um gráfico de componentes principais também na plataforma R. O objetivo

é explicar as variações descritas na matriz de distância genética em poucos componentes.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O loco EMBRA041 apresentou o menor número de alelos, com um valor de 11

(tabela 3). Sendo o loco EMBRA028 o detentor do maior número de alelos, sendo 21 no

total. A média do número de alelos por loco foi de 14,71. Outros trabalhos similares

envolvendo análise e caracterização dos microssatélites em diversas espécies de

Eucalyptus também detectaram locos com um grande e variável número de alelos

(BRONDANI et al., 1998; BYRNE et al., 1996; MARCUCCI et al., 2003). Alta

diversidade genética é comumente encontrada em espécies florestais ainda pouco

domesticadas como as do gênero Eucalyptus. Nas espécies arbóreas de alta longevidade e

com fluxo gênico eficiente, a perda de alelos por deriva genética ocorre de forma lenta e

em baixa frequência (HAMRICK & GODT, 1996).

Os principais indicadores de diversidade são os valores de heterozigosidade

esperada e observada, além do índice de fixação intrapopulacional, pois demonstram a

concentração de indivíduos heterozigotos em uma população além da taxa de endogamia.

A heterozigosidade observada foi maior, em média, que a esperada (Tabela 3). Resultados

como este também foram encontrados em outros trabalhos (FARIA et al., 2010) sendo que

a média da He foi de 0,880 semelhante a encontrada por Souza et al (2010) onde em duas

populações as média da heterozigosidade esperada foram de 0,869 e 0,843. O trabalho de

Maciel (2010), utilizando a mesma população de clones sob teste em Goiás, demonstrou

valores bastante próximos onde a média do valor de He foi de 0,791 e de Ho foi de 0,849.

O resultado da análise do índice f, mostrou, em sua maioria, um valor muito próximo de

zero ou até negativo, com média de -0,042 (Tabela 3). Esse resultado evidencia uma baixa

taxa de fixação dos alelos, possivelmente devido a uma baixa taxa de endogamia. Esse

resultado difere do trabalho de Silva (2010), que apresentou uma média de f de 0,326 com

valores variando de 0,017 a 0,703. A hipótese provável para explicar valores negativos de f

é de que a endogamia diminui a frequência de homozigotos em locos com alelos deletérios.

Esses alelos são, em sua maioria, recessivos e resultam em características fenotípicas

negativas do ponto de vista do melhorista, o que levaria a uma exclusão destes indivíduos

durante os ciclos de melhoramento. Dado seu hábito alógamo, aliado a sua alta

diversidade, é possível que o Eucalyptus ainda concentre um grande número de alelos que

prejudicam o crescimento quando em homozigose.

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Estes dados revelam uma maior porcentagem de indivíduos heterozigotos do

que o sugerido pelo modelo de equilíbrio de Hardy-Weinberg. Uma provável explicação

para este fenômeno pode vir do fenômeno da heterose, onde, principalmente, em condições

de estresse o indivíduo heterozigoto apresenta melhores características fenotípicas do

ponto de vista do melhoramento, resultando em uma maior participação destes indivíduos

nos programas de melhoramento (ODA et al., 1989). Outra hipótese é o resultado do

cruzamento conduzido entre indivíduos de populações ou até espécies diferentes em

programas de melhoramento. Esses cruzamentos conduzidos artificialmente modificam as

condições naturais de reprodução e pode alterar as frequências de heterozigotos e

homozigotos já que há uma seleção prévia dos genitores, sendo que a taxa de homozigotos

pode se apresentar em menor número do que o descrito por Hardy-Weinberg em uma

situação natural.

Tabela 3. Variáveis da diversidade genética descrita por loco microssatélite (A = número de alelos por loco, He = heterozigosidade esperada, Ho = heterozigosidade observada, f = índice de fixação dos alelos, N = número de indivíduos genotipados).

Loco A N He Ho f

EMBRA204 13 39 0,890 1,000 -0,125

EMBRA186 15 40 0,791 0,825 -0,044

EMBRA011 12 45 0,863 0,977 -0,134

EMBRA333 16 45 0,768 0,777 -0,012

EMBRA028 21 44 0,883 0,795 0,099

EMBRA681 15 38 0,867 0,789 0,090

EMBRA041 11 20 0,862 1,000 -0,165

Média 14,71 38,71 0,846129 0,880 -0,042

As frequências alélicas demonstram a grande diversidade genética obtida

comos diferentes locos (Figura 1). Para a grande maioria dos locos, o número de alelos é

alto e não existe predominância de um ou outro alelo. O microssatélite EMBRA333 foi o

loco onde houve uma maior concentração de apenas um alelo, com o alelo de 221 pb sendo

responsável por 45,6% do total de alelos genotipados neste loco. Por outro lado, o

EMBRA204 demonstrou maior uniformidade nas frequências alélicas, com o alelo mais

frequente (221 pb) representando apenas 19,2% do total (Figura 1).

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Figura 1. Frequências alélicas dos locos microssatélites.

O dendograma da Figura 2 foi construído com base nos valores encontrados na

matriz de distância genética de Rogers (1972). Este gráfico tem o objetivo de reunir em

grupos os clones menos divergentes, usando como fator de agrupamento a distância

genética entre eles. É observado que alguns clones são geneticamente idênticos como o

3336 e 1270 além do grupo formado pelo clone 3335 e BA7346, demonstrando uma

possível binomeação do mesmo clone.

A correlação cofenética dada entre este dendrograma e a matriz de distância

genética base foi de 0.7617 com um p-valor de 9,999𝑒!!, mostrando uma forte correlação

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e, consequentemente, que o dendrograma representa bem os dados da matriz de distância.

Essa correlação cofenética é próxima do valor encontrado por Marcucci et al (2003)

(0,749) em seu trabalho com Eucalyptus dunni usando o mesmo método de agrupamento

(UPGMA). O p-valor indica que a chance desta correlação ser devido ao acaso é bastante

ínfima, comprovando que a correlação é significativa.

Figura 2. Dendrograma construído através do método UPGMA para representear as distâncias genéticas entre os 48 clones analisados neste trabalho. A correlação cofenética foi de 0,7617 (p-valor = 9,999𝑒!!).

A análise do gráfico de componentes principais (Figura 3) apresenta uma

distribuição que não demonstra a formação aparente de grupos. Esse resultado indica a não

existência de estruturação genética aparente na amostra de clones genotipada. Isso era

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esperado já que a seleção de clones deste trabalho foi feita de forma aleatória e envolve

materiais genéticos de diversas empresas. O primeiro componente principal conseguiu

explicar somente 13% das variação contida na matriz de distâncias. Já o segundo

componente explicou 9,3%.

Mesmo com os primeiros componentes explicando somente uma pequena

fração dos dados contidos na matriz de distância, o gráfico representa relativamente bem as

distâncias entre os clones. A correlação cofenética neste caso foi de 0,4308, indicando um

correlação moderada, com a matriz de distância genética, mas significativa já que o valor

encontrado para o p-valor foi de 9,999𝑒!!.

Figura 3. Distância genética entre clones através da análise dos componentes principais.

Correlação cofenética de 0,4308 (p-valor = 9,999𝑒!!) com a matriz de distâncias.

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5. CONCLUSÃO

A partir das análises e seus resultados é possível afirmar que a diversidade

genética dos clones em questão se apresenta elevada e os valores se assemelham aos

encontrados em trabalhos semelhantes.

A análise de divergência genética entre os clones não indica a formação de

subpopulações estruturadas, demostrando o grande esforço de cruzamento e hibridização

presentes nos programas de melhoramento florestal.

Observa-se também a grande possibilidade de engano na nomeação de alguns

clones, que pode ocorrer nas diversas etapas do processo de melhoramento e que

necessitam de investigação adicional para esclarecimento.

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