universidade federal do parÁ campus ... - ufpa.br · universidade federal do pará, ... muito...

68
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS LABORATÓRIO DE ECOLOGIA DE MANGUEZAL BIATRIZ PRESTES DE AVIZ ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO E ASPECTOS POPULACIONAIS DO CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (UCIDIDAE) EM MANGUEZAIS REPLANTADOS Bragança PA 2016

Upload: ledat

Post on 08-Nov-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA

INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS

LABORATÓRIO DE ECOLOGIA DE MANGUEZAL

BIATRIZ PRESTES DE AVIZ

ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO E ASPECTOS POPULACIONAIS DO

CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (UCIDIDAE) EM MANGUEZAIS

REPLANTADOS

Bragança – PA

2016

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

ii

BIATRIZ PRESTES DE AVIZ

ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO E ASPECTOS POPULACIONAIS DO

CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (UCIDIDAE) EM MANGUEZAIS

REPLANTADOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Colegiado do

Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas da

Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança, como

requisito parcial para a obtenção do Grau de Licenciado em

Ciências Biológicas.

Orientador: Dr. Darlan de Jesus de Brito Simith

Coorientador: Dr. Marcus Emanuel Barroncas Fernandes

Bragança – Pará

2016

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

iii

BIATRIZ PRESTES DE AVIZ

ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO E ASPECTOS POPULACIONAIS DO

CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (UCIDIDAE) EM MANGUEZAIS

REPLANTADOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Colegiado do

Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas da

Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança, como

requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciado em

Ciências Biológicas.

Data de aprovação: ___ de ____________________ de 2016.

__________________________________________________– Orientador

Dr. Darlan de Jesus de Brito Simith

Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança- UFPA

__________________________________________________– Coorientador

Dr. Marcus Emanuel Barroncas Fernandes

Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança- UFPA

__________________________________________________– Titular

Dr. Cleidson Paiva Gomes

Instituto Federal do Pará, Campus de Bragança- IFPA

__________________________________________________– Titular

M.Sc. Ádria de Carvalho Freitas

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, CLP – UNESP - SP

Bragança – Pará

2016

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

iv

DEDICATÓRIA

Dedico a minha Bisavó-mãe Benta Prestes (em memória) e ao meu

esposo Elias Ribeiro de Aviz, amores da minha vida e meus maiores

incentivadores.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

v

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por me dar força, saúde e coragem para superar as

dificuldades.

A toda a minha família, em especial ao grande amor da minha vida, minha bisavó e

mãe Benta Prestes (em memória), que infelizmente me deixou. O meu amor por você

ultrapassa as barreiras da morte. Mesmo ausente, um exemplo de mulher e inspiração. Eu

jamais lhe esquecerei minha eterna florzinha.

Ao meu esposo Elias, que se manteve fiel, companheiro e guerreiro ao meu lado,

sendo meu cúmplice, meu melhor amigo e conselheiro, mesmo nos momentos de sofrimentos

e perdas, ao qual nossa família passou nesses últimos meses. Eu admiro sua imensa força e

companheirismo meu amor.

Aos meus amigos de campo Jessé, seu Virgílio, Paulo César, Alex, Moisés e Nicolly,

muito obrigada meus queridos sem vocês a realização desse trabalho seria impossível.

À minha doce amiga Monalisa Freitas por toda a amizade, ajuda e companheirismos

te levo no meu coração.

À minha amiga Eliane pelo abrigo, apoio e amizade. A vida quis que

compartilhássemos a mesma dor e isso unificou uma amizade que parecia meio sem jeito.

Obrigada, você me mostrou o valor da verdadeira amizade.

À Raissa pelo abrigo e carinho. Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais

precisei.

Ao orientador Darlan Simith pela imensa paciência, compreensão e orientação para a

elaboração deste trabalho.

Ao Prof. Dr. Marcus Fernandes pela orientação e oportunidade de realizar este

trabalho.

À Universidade Federal do Pará e ao Curso de Licenciatura Plena em Ciências

Biológicas pela formação acadêmica e oportunidade de desenvolver esta pesquisa.

Ao Laboratório de Ecologia de Manguezal pelo suporte e apoio para realização deste

trabalho.

Ao Fundo Amazônia - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES) via Projeto 3052 (FADESP) pela bolsa de estudo e à VALE/FAPESPA (edital

001/2010, ICAAF 068/2011. VALE S.A./FAPESPA, pelo apoio financeiro fundamental ao

desenvolvimento desta pesquisa.

E à todos que, que contribuíram direta ou indiretamente com a realização deste

trabalho., os meus sinceros agradecimentos.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

vi

EPÍGRAFE

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”

Cora Coralina

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

vii

SUMÁRIO

Dedicatória............................................................................................................................ iv

Agradecimentos.................................................................................................................... v

Epígrafe................................................................................................................................. vi

Sumário................................................................................................................................. vii

Resumo............................................................................................................................. ..... viii

Abstract................................................................................................................................. ix

1. Introdução......................................................................................................................... 1

2. Material e métodos........................................................................................................... 3

2.1. Área de estudo....................................................................................................... 3

2.2. Estrutura da vegetação.......................................................................................... 5

2.3. Estrutura da população do caranguejo-uçá Ucides cordatus............................... 6

2.4. Parâmetros ambientais.......................................................................................... 6

2.5. Análise de dados.................................................................................................... 7

3. Resultados......................................................................................................................... 7

3.1. Parâmetros ambientais.......................................................................................... 7

3.2. Estrutura da vegetação em manguezais replantados............................................ 8

3.3. Densidade e estrutura da população de Ucides cordatus em manguezais

replantados...................................................................................................................

16

3.4. Influência da vegetação na densidade e estrutura da população de Ucides

cordatus em manguezais replantados...........................................................................

21

4. Discussão........................................................................................................................... 23

5. Conclusão.......................................................................................................................... 27

6. Referências........................................................................................................................ 28

Anexo..................................................................................................................................... 41

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

viii

Resumo

A recuperação de manguezais degradados, a partir do plantio de árvores nativas de mangue,

pode favorecer o reestabelecimento da abundância, biomassa e diversidade de organismos

bentônicos, incluindo aqueles de importância comercial. No presente estudo, os atributos

estruturais da vegetação de mangue e o status atual dos parâmetros populacionais do

caranguejo-uçá, Ucides cordatus, foram avaliados em áreas de manguezal impactadas e

replantadas entre os anos de 2007 e 2009. Atualmente, estas áreas apresentam um total de

1513 indivíduos pertencentes a três espécies de árvores de mangue (Rhizophora mangle =

Rm, Avicennia germinans = Ag e Langucularia racemosa = Lr). No sítio replantado em 2007,

registrou-se 152 indivíduos de Rm, 218 de Ag e 314 de Lr. Para o sítio de replantio em 2008,

foram registrados 218 indivíduos de Rm, 28 indivíduos de Ag e 217 indivíduos de Lr. Para o

sítio replantado em 2009, contabilizou-se 211 indivíduos de Rm, 24 indivíduos de Ag e 131

indivíduos de Lr. Os resultados revelaram que a população de U. cordatus conseguiu se

reestabelecer com sucesso nas áreas replantadas. Um total de 1620 tocas habitadas foi

registrado (1,8 ± 0,3 tocas∙m-²) e 423 caranguejos foram capturados, sendo que 57,7% foram

identificados como machos e 42,3% como fêmeas (1,4 M:1F). A densidade de tocas,

abundância, tamanho e biomassa (peso úmido) dos caranguejos machos e fêmeas

apresentaram diferenças significativas entre as diferentes áreas replantadas. Além disso, estes

parâmetros populacionais diferiram significativamente entre as áreas replantadas que

apresentaram outros tipos de vegetação dominante (Rm, Ag e Lr). Os caranguejos machos e

fêmeas apresentaram tamanho mais expressivo nos sítios dominados por Lr, enquanto que a

densidade de tocas e a biomassa foram maiores nos sítios com maior dominância de Rm e Lr.

O sucesso da recuperação de áreas impactadas de manguezal, a partir do plantio de árvores

nativas de mangue, contribuiu para o retorno da população de U. cordatus assim como para o

seu potencial extrativo. O recrutamento desse crustáceo nas áreas replantadas está diretamente

relacionado à disponibilização de novos nichos para abrigo, alimentação e reprodução,

refletido parâmetros populacionais semelhantes àqueles observados em manguezais não

impactados na península de Ajuruteua.

Palavras-chave: Conservação, crustáceos decápodos, densidade de tocas, estrutura da

vegetação, manguezais replantados.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

ix

Abstract

The recovery of degraded mangroves, from planting native mangrove trees, can favor the

reestablishment of the abundance, biomass, and diversity of benthic organisms, including

those of commercial importance. In the present study, the structural attributes of mangrove

vegetation and the current status of the crab population parameters, Ucides cordatus, were

evaluated in impacted and replanted mangrove areas between 2007 and 2009. Currently, these

areas present a total of 1513 individuals belonging to three species of mangrove trees

(Rhizophora mangle = Rm, Avicennia germinans = Ag, and Langucularia racemosa = Lr). At

the site replanted in 2007 we recorded 152 individuals of Rm, 218 of Ag, and 314 of Lr. For

the replanting site in 2008, 218 Rm individuals, 28 Ag individuals, and 217 Lr individuals

were recorded. For the site replanted in 2009, 211 Rm individuals, 24 Ag individuals, and 131

Lr individuals were counted. The results showed that the population of U. cordatus was

successfully reestablished in the replanted areas. A total of 1620 inhabited burrows were

recorded (1.8 ± 0.3 burrows∙m-²) and 423 crabs were captured, with 57.7% being identified as

males and 42.3% as females (1.4 M : 1 F). The densities of burrows, abundance, size, and

biomass (wet weight) of male and female crabs showed significant differences between the

different replanted areas. In addition, these population parameters differed significantly

between the replanted areas that presented other types of dominant vegetation (Rm, Ag, and

Lr). Male and female crabs showed a more expressive size at Lr - dominated sites, while

densities and biomass were higher at sites predominantly covered by Rm and Lr. Male and

female crabs had a more expressive size at sites dominated by Lr, whereas burrow densities

and biomass were higher at sites with higher dominance of Rm and Lr. The success of the

recovery of impacted mangrove areas, from planting of native mangrove trees, contributed to

the return of the U. cordatus population as well as its extractive potential. The recruitment of

this crustacean in the replanted areas is directly related to the availability of new niches for

shelter, feeding, and reproduction, reflecting population parameters similar to those observed

in non-impacted mangroves on the Ajuruteua Peninsula.

Palavras-chave: Burrow density, conservation, decapod crustaceans, replanted mangroves,

vegetation structure.

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

1

Abundância, distribuição e recrutamento do caranguejo-uçá Ucides cordatus (Ucididae)

em manguezais replantados

1. Introdução

Os manguezais são formações vegetacionais que ocorrem em regiões dominadas pelo

regime das marés na linha costeira de regiões tropicais e subtropicais (Lugo & Snedaker,

1974, Saenger, 2002). As florestas de mangue encontram-se entre as mais produtivas dos

trópicos (Donato et al., 2011). São áreas de grande importância para a dinâmica dos estuários,

pois reduzem a erosão costeira, atenuando a força das ondas e marés, além de atuarem

também na proteção contra desastres naturais (ex. tsunamis e tempestades), assegurando desta

forma o equilíbrio morfogenético dos ecossistemas costeiros (Nascimento, 1984, Mazda et al.,

1997, 2006, 2007, Spalding et al., 1997, 2014, Barbier, 2006, Alongi, 2008). Os manguezais

ainda desempenham um papel fundamental por servir de habitat para diversos tipos de

organismos e por fornecer bens e serviços às comunidades tradicionais que vivem no seu

entorno (Barbier, 2000, Alongi, 2008, Barbier et al., 2008, Nagelkerken et al., 2008, Walters

et al., 2008).

Apesar da sua importância, o manguezal representa um dos ecossistemas mais

ameaçados do mundo, sofrendo grande impacto causado principalmente pela extração das

suas riquezas naturais de forma desordenada (Valiela et al., 2001, Diop, 2003, Vanucci, 2003,

2004, Duarte et al., 2008). Nas últimas décadas, o declínio das áreas de manguezal tem

atingido taxas alarmantes, decorrentes do crescimento populacional, aquicultura, atividades

industriais e outras ações antrópicas (Alongi, 2002, Duke et al., 2007, Giri et al., 2011). Esta

elevada pressão sobre os manguezais, somada ao declínio dessas áreas, pode resultar na perda

das funções ecológicas desse ecossistema, extinção de espécies, redução da biodiversidade e

da produtividade, diminuição dos recursos pesqueiros e, consequentemente, assoreamento dos

estuários (Alongi, 2002, Macelino et al., 2005, Duke et al., 2007, Airoldi et al., 2008, Alfaro,

2010).

Atualmente, grandes áreas de manguezais estão sendo devastadas em uma taxa

acelerada (Spalding et al., 2010). Fato esse que preocupa as comunidades locais que

dependem dos recursos desse ecossistema para sobrevivência e proteção, pois tendem a se

tornar escassos em curto espaço de tempo (Valiela et al., 2001, Diop, 2003, Duke et al., 2007,

Duarte et al., 2008, Dale et al., 2014). Sendo assim, compreende-se que a recuperação de

áreas impactadas de manguezal tem grande importância no contexto socioambiental das

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

2

populações estuarino-costeiras, refletindo diretamente na melhoria do seu padrão de vida,

assim como na conservação desse ecossistema e retorno de suas funções ecológicas (Field,

1998, 1999, Barbier et al., 2011, Barbier, 2013, Dale et al., 2014). Estudos realizados

envolvendo a recuperação do manguezal, através do replantio de espécies nativas, são

indispensáveis para amenizar e reverter o quadro de decadência desse ecossistema (Bernini et

al., 2014), uma vez que, o reflorestamento de áreas degradadas é umas das medidas que

podem ser utilizadas para proteger e conservar os manguezais (Field, 1996, Morais, 1999).

Alguns estudos têm mostrado que o recrutamento, a diversidade, a abundância e a

estrutura das comunidades de organismos bentônicos podem ser considerados bons

indicadores do sucesso da recuperação das florestas de mangue replantadas (Field, 1998,

1999, Macintosh et al., 2002, Ashton et al., 2003, Walton et al., 2006, 2007, Ellison, 2008,

Ferreira et al., 2015). Dentre estes organismos, o caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus,

1763), pode ser utilizado diretamente como espécie modelo para o monitoramento do

processo de reabilitação dos manguezais, após o replantio das espécies de vegetação nativas

em áreas previamente impactadas. Este caranguejo, é uma espécie semiterrestre de

crescimento lento (Pinheiro et al., 2005a, Diele & Koch, 2010a), tipicamente encontrado no

ambiente bentônico das florestas de mangue (Türkay, 1970, Melo, 1996, Koch & Wolff,

2002, Diele et al., 2010a) situadas ao longo da costa Atlântica Ocidental, desde o Estado da

Flórida (Estados Unidos da América) até a cidade de Laguna, no Estado de Santa Catarina

(Sul do Brasil), além de ser encontrado também nas Ilhas do Caribe (Türkay, 1970, Melo,

1996). Esta espécie possui uma notória influência sobre o processamento da serapilheira e o

fluxo energético do manguezal (Koch, 1999). Ucides cordatus tem sido considerado um dos

recursos pesqueiros mais importantes do manguezal, cuja disponibilidade depende da

preservação dessas florestas costeiras (Kjerfve & Lacerda, 1993, Glaser, 2003, Glaser &

Diele, 2004, Glaser et al., 2010). A intensa exploração desse crustáceo é decorrente i) do seu

grande porte na fase adulta, o que garante um bom rendimento da sua carne (Diele et al.,

2005, Pinheiro et al., 2005b, Araújo, 2006), ii) do excelente valor nutritivo e iii) do sabor da

sua carne (Blankensteyn et al., 1997, Pedrosa & Cozzolino, 2001).

No município de Bragança, Estado do Pará, grande parte da população estuarino-

costeira é mantida economicamente por atividades relacionadas à cadeia produtiva do

caranguejo-uçá, sendo considerada um dos maiores produtores desse recurso no Estado do

Pará (Araújo, 2006, Matos, 2001). No entanto, a sobrepesca desse crustáceo, juntamente com

a devastação dos manguezais, vem reduzindo seus estoques pesqueiros (Abrunhosa et al.,

2002). Devido à intensa exploração dessa espécie ao longo da costa brasileira, a Portaria n° 34

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

3

do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e do Recurso Renováveis) de 24 de julho

de 2003 estabeleceu a largura mínima da carapaça de 60 mm permitida para a captura de

indivíduos machos, sendo que medidas inferiores impossibilitam a coleta, o beneficiamento

ou o transporte de caranguejo-uçá, assim como a proibição da sua captura entre 1º de

Dezembro até 31 de Maio, considerado então como o período do defeso. Para que a atividade

extrativista continue sendo praticada é necessário que haja um controle da degradação dos

manguezais e da captura do caranguejo-uçá, respeitando-se seu período reprodutivo e

tamanho mínimo permitido para comercialização.

Dada à importância ecológica e socioeconômica, tanto do manguezal quanto do

caranguejo-uçá, o presente estudo descreve os atributos estruturais de florestas de mangue

replantadas em diferentes períodos e o status atual dos aspectos populacionais de U. cordatus

nesses manguezais , no intuito de verificar i) o efeito do replantio sobre a recuperação natural

das populações de U. cordatus e o seu potencial extrativo e ii) a influência das diferentes

espécies arbóreas de mangue sobre os parâmetros populacionais de U. cordatus.

2. Material e métodos

2.1. Área de estudo

As áreas de estudo estão localizadas na península de Ajuruteua, a qual faz parte da

planície costeira bragantina, situada cerca de 30 km do Oceano Atlântico e 200 km a nordeste

da cidade de Belém (Fig. 1). Esta região estende-se desde a ponta do Maiaú até a foz do rio

Caeté, perfazendo uma área de aproximadamente 1570 km² (Souza Filho, 1995).

No presente estudo foram selecionadas duas áreas de replantio de árvores de mangue

(Fig. 1A, B). A primeira área está localizada nas proximidades da comunidade de Tamatateua

(00°57’12,5’’S e 46° 47’02,4’’W), 19 m acima do nível do mar e a 15 km do município de

Bragança, Estado do Pará (Fig. 1A). Anteriormente ao replantio, esta área de manguezal era

caracterizada por ausência de cobertura vegetal, decorrente da urbanização, atividades

agrícolas, modificações dos cursos originais dos rios e canais estuarinos e principalmente pelo

desmatamento para utilização da madeira para construção de currais de pesca, casas e cercas

de quintais (Gomes, 2013). A segunda área de replantio encontra-se próximo à comunidade de

Taperaçu-Campo (00º57’08,1’’S e 46°46’06,2’’W) (Fig. 1B). Esta comunidade está inserida

em uma região que apresenta vários tipos de ambientes, tais como, terra firme, manguezal,

campos naturais e capoeiras (Costa, 2010). É uma área próxima a algumas casas na

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

4

comunidade, com frequência de inundação da maré, ocorrendo durante seis dias para cada

mês, durante os períodos chuvoso e seco, sendo que neste último período acontece o

ressecamento do solo (Dias, 2014).

Fig. 1. Sítios de replantio localizados próximo às comunidades do

Tamatateua (D) e Taperaçu-Campo (E), na região bragantina, Norte do

Brasil, onde os atributos estruturais da vegetação de mangue e os

parâmetros populacionais do caranguejo-uçá, Ucides cordatus, foram

estudados no presente trabalho.

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

5

O clima da região é do tipo AW, apresentando variações entre quente e úmido

(Köppen, 1948). A temperatura média regional oscila em torno de 26°C, com precipitação

anual variando de 1900 a 2400 mm e a estação chuvosa estendendo-se de dezembro a julho

(Morais et al., 2005). Nesta região, o regime das marés é semidiurno, com enchente e vazante

ocorrendo duas vezes ao dia, durante um período de aproximadamente 6,2 h e sistema de

macromarés (4–5 m de altura máxima) com ciclo total de 24,5 h (Schwendenmann, 1998).

No presente trabalho, a estimativa dos atributos estruturais da vegetação e da

população do caranguejo-uçá foi realizada em áreas, das quais o replantio ocorreu nos anos de

2007 a 2009 (7 a 9 anos após o reflorestamento) durante o projeto de cooperação técnica

(Restauração dos Manguezais Degradados em Bragança - REDEMA) desenvolvido pelo

Laboratório de Ecologia de Manguezal (LAMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e

pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). Para o estudo, foram utilizados

três sítios de amostragem (= réplicas) em áreas pertencentes a cada ano de replantio, as quais

estão distribuídas dentro das comunidades do Tamatateua (duas áreas com replantio realizado

em 2007 e três em 2008) e Taperaçu-Campo (uma área replantada em 2007 e três em 2009).

Para o replantio nestas áreas foram utilizadas sementes, propágulos e mudas (com

aproximadamente 12 meses de vida) das três espécies arbóreas de mangue dominantes na

região: Rhizophora mangle L., Avicennia germinans (L.) L. e Laguncularia racemosa (L.) C.

F. Gaertn. Todas os sítios de amostragem foram georeferenciados utilizando-se um GPS

portátil (eTrex 30, GarmimTM

).

2.2. Estrutura da vegetação

Os parâmetros referentes à vegetação de mangue foram obtidos nos meses de janeiro

e fevereiro de 2015. Em cada área com diferentes anos de replantio (2007, 2008 e 2009), a

estrutura da vegetação foi avaliada em 4 parcelas de 5x5 m (= 25 m2 ou 0,0025 ha) dentro de

cada sítio de amostragem. As parcelas foram mensuradas e delimitadas utilizando-se uma

trena e, em cada parcela, de todas as árvores vivas das três espécies arbóreas de mangue

foram medidas a altura total (m) e a circunferência à altura do peito (CAP, cm), adotando-se

os métodos descritos por Cintrón & Schaeffer-Novelli (1984). Além dos parâmetros

estruturais foram estimados o diâmetro à altura do peito (DAP, cm), através da fórmula DAP

= CAP/π, a frequência (F), que representa a presença/ausência de uma dada espécie em uma

parcela, a densidade (De, ind∙m-2

), que é o número de indivíduos por unidade de área, a

dominância (Do, m2.

0,0025 ha-1

), que representa a área basal (g) através da fórmula

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

6

g=0,00007854 (DAP)² e o valor de importância (VI), que é o somatório dos valores

percentuais de F, De e Do.

2.3. Estrutura da população do caranguejo-uçá Ucides cordatus

Em cada um dos três sítios pertencentes às respectivas áreas com diferentes idades de

replantio, a população de U. cordatus foi avaliada e estudada, dentro das quatro parcelas de

amostragem quanto: à abundância, à densidade, à proporção sexual, ao tamanho corporal

(largura e comprimento da carapaça) e biomassa. Os indivíduos foram coletados utilizando-se

a técnica de ‘braceamento’ (Pinheiro & Fiscarelli, 2001) e por meio de ganchos por dois

‘catadores’ profissionais. A abundância foi considerada como o número de caranguejos

obtidos em cada parcela de amostragem. A densidade de indivíduos foi obtida por meio da

contagem do número de tocas habitadas (abertas e tapadas; tocas∙m-2

), pois segundo Skov et

al. (2002), este método apresenta acurácia nesse tipo de estimativa. Galerias apresentando

duas aberturas foram confirmadas pelo catador profissional, sendo consideradas como uma

única galeria. A caracterização sexual foi determinada através da inspeção morfológica do

abdome e por meio da contagem do número de pleópodos segundo Pinheiro & Fiscarelli

(2001).Os caranguejos machos e fêmeas foram então mensurados quanto à largura (LC) e

comprimento da carapaça (CC), utilizando-se um paquímetro com precisão de 0,05 mm.

Posteriormente, os indivíduos foram lavados e pesados utilizando-se uma balança de precisão

(Pesola 500g, precisão 1 g) para obtenção da biomassa (peso úmido, g). Indivíduos com

quelípodos ou pereópodos ausentes não foram considerados para obtenção do peso. Após a

obtenção dos parâmetros biométricos os caranguejos foram devolvidos as suas respectivas

áreas de amostragem.

2.4. Parâmetros ambientais

Em cada área a temperatura e a salinidade foram mensuradas dentro de cada parcela

amostrada. A temperatura foi obtida no sedimento utilizando-se um termômetro digital tipo

espeto (Incoterm). A salinidade foi mensurada da água armazenada no interior das tocas dos

caranguejos por meio de um refratômetro de mão (modelo S-Mill/E, Atago). Cada parâmetro

ambiental foi obtido em cinco amostras dentro de cada parcela.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

7

2.5. Análise de dados

Os dados referentes aos atributos estruturais (DAP, altura, De, e Do) das três

espécies de mangue foram comparados entre si considerando-se os sítios e os anos de

replantio (2007, 2008 e 2009). Após verificação dos pressupostos de normalidade dos dados

(teste de Kolmogorov-Smirnov) e homocedasticidade (teste de Levene), utilizou-se o teste

não-paramétrico de Kruskal-Wallis (KW). Quando registrada diferença significativa foi

utilizado o teste post-hoc de Student-Newman-Keuls (SNK). O mesmo procedimento

estatístico foi utilizado para se detectar diferenças significativas nos parâmetros populacionais

(densidade de tocas, LC, CC e biomassa) dos caranguejos machos e fêmeas de U. cordatus

entre os sítios com diferentes anos de replantio e entre sítios que apresentaram diferentes tipos

de vegetação de mangue. O teste t foi utilizado para testar a existência de diferenças

significativas na abundância, LC, CC e biomassa entre os caranguejos machos e fêmeas

dentro de cada sítio de amostragem. O teste de Qui-quadrado (χ2), com correção de Yates, foi

utilizado para verificar diferenças significativas entre a proporção sexual dos caranguejos

capturados em cada sítio de amostragem. Diferenças foram consideradas significativas

quando P < 0,05. Os dados da estrutura da vegetação e da população de caranguejos foram

apresentados como média ± erro padrão (EP).

3. Resultados

3.1. Parâmetros ambientais

Agrupando os dados obtidos em todos os sítios de amostragem replantados em anos

diferentes, a salinidade apresentou variação de 5 a 57, com média mínima de 10,5 ± 4,1 e

máxima de 49,9 ± 0,5. A média geral para salinidade foi de 36,4 ± 11,4. Para a temperatura,

os valores apresentaram variação de 25,7 a 34,4°C, apresentando média mínima de 26,3 ±

0,2°C e máxima de 31,7 ± 1,3°C. A média geral para a temperatura foi de 27,8 ± 1,8°C.

Considerando cada sítio, observou-se que tanto a salinidade quanto a temperatura

apresentaram os maiores valores médios para o sítio replantado em 2009, enquanto que os

menores valores foram registrados no sítio replantado em 2008 (Tabela 3).

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

8

Tabela 3. Salinidade e Temperatura (°C, média ± Erro Padrão)

registradas nos sítios replantados em 2007, 2008 e 2009 na península

de Ajuruteua, Bragança, costa amazônica brasileira.

Sítio Parâmetro Mínimo Máximo Média ± EP

2007 Salinidade 05,0 57,0 35,7 ± 2,4

Temperatura (°C) 25,9 28,8 27,5 ± 0,1

2008 Salinidade 23,0 45,0 33,9 ± 0,5

Temperatura (°C) 27,5 26,9 26,3 ± 0,0

2009 Salinidade 30,0 50,0 39,6 ± 0,5

Temperatura (°C) 27,2 34,4 29,4 ± 0,3

3.2. Estrutura da vegetação em manguezais replantados

No presente estudo, contabilizou-se um total de 1513 indivíduos pertencentes às três

espécies arbóreas de mangue, sendo a maioria dos indivíduos (n=684) registrada no sítio com

replantio realizado em 2007, enquanto 463 indivíduos no sítio replantado em 2008 e 366 em

2009. Do total de indivíduos contabilizados no sítio com replantio em 2007, Laguncularia

racemosa apresentou o maior percentual de indivíduos (45,9%, n=314), seguida por A.

germinans (31,9%, n=218) e R. mangle (22,2%, n=152). No sítio replantado em 2008 foram

registrados mais indivíduos de R. mangle (47,1%, n=218) e L. racemosa (46,9%, n=217) do

que de A. germinans, que apresentou apenas 28 indivíduos (6%). Da mesma forma, o sítio

replantado em 2009 contabilizou mais indivíduos de R. mangle (57,7%, n=211) e L.

racemosa (35,8%, n=131), enquanto que para A. germinans foram registrados apenas 24

indivíduos (6,6%).

A Tabela 1 apresenta os atributos estruturais das espécies mangue registrados nos

sítios replantados nos anos de 2007, 2008 e 2009. Para R. mangle não houve diferenças

significativas para os valores médios do diâmetro à altura do peito (DAP) (KW: H = 3,43, g.l.

= 2, P = 0,18) e densidade (KW: H = 4,32, g.l. = 2, P = 0,12) entre os sítios de amostragem.

Com relação à altura dos indivíduos desta espécie, observou-se diferença significativa (SNK:

P < 0,01) entre os sítios replantados em 2007 e 2008, registrando-se o menor valor médio (2,8

± 0,3 m) para o sítio replantado em 2007. Considerando a mesma espécie, esse mesmo sítio

apresentou a menor dominância (SNK: P < 0,05) quando comparado aos demais sítios. Para A.

germinans não foram identificadas diferenças significativas nos valores médios de DAP (KW:

H = 0,98, g.l. = 2, P = 0,61) e altura (KW: H = 0,26, g.l. = 2, P = 0,88) entre os sítios

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

9

replantados (Tabela 1). Os valores médios de Densidade e Dominância desta espécie foram

significativamente maiores (SNK: P < 0,05) no sítio replantado em 2007, quando comparado

aos demais sítios de amostragem. Laguncularia racemosa não apresentou diferença

significativa (SNK: P = 0,16) comparando o DAP entre os sítios replantados em 2008 e 2009,

os quais apresentaram os maiores valores médios. Os valores médios de altura (5,4 ± 0,2 m) e

Dominância (0,026 ± 0,005) desta espécie foram significativamente maiores (SNK: P < 0,05)

no sítio replantado em 2008. A densidade média desta espécie foi significativamente maior

(SNK: P < 0,05) nos sítios replantados em 2007 e 2008, os quais não apresentaram diferença

entre si (SNK: P = 0,78).

A Tabela 1 também apresenta outros resultados referentes aos atributos estruturais

das árvores de mangue replantadas nos diferentes sítios de amostragem. No sítio replantado

em 2007, por exemplo, foram observadas diferenças significativas nos valores médios de

DAP (KW: H = 10,67, g.l. = 2, P < 0,01) e altura (KW: H = 11,18, g.l. = 2, P < 0,01) entre as

diferentes espécies de mangue. Os maiores valores médios de DAP e altura foram observados

para A. germinans. Neste sítio de amostragem, os valores médios de Densidade não

apresentaram diferenças significativas (KW: H = 5,34, g.l. = 2, P > 0,05) entre as respectivas

espécies de mangue, com médias variando de 0,5 a 1,0 ind∙m-2

. No entanto, a Dominância

apresentou diferenças significativas (KW: H = 11,97, g.l. = 2, P < 0,01), sendo

significativamente maior (SNK: P < 0,05) para as espécies A. germinans e L. racemosa. O

valor de importância (VI) foi mais expressivo para L. racemosa neste sítio de amostragem.

Para o sítio com replantio realizado em 2008, o DAP (KW: H = 7,31, g.l. = 2, P < 0,05) e a

altura (KW: H = 12,4, g.l. = 2, P < 0,01) foram significativamente diferentes entre as espécies

de mangue, das quais L. racemosa apresentou os maiores valores médios (SNK: P < 0,05) de

ambos os atributos. A Densidade média entre as espécies variou significativamente (KW: H =

21,99, g.l. = 2, P < 0,001) neste sítio de amostragem e foi significativamente maior (SNK: P <

0,05) para R. mangle e L. racemosa, ambas com 0,7 ± 0,1 ind∙m-2

. A Dominância, por sua

vez, diferiu significativamente (KW: H = 22,37, g.l. = 2, P < 0,001) entre as espécies de

mangue, das quais L. racemosa foi a espécie mais dominante (SNK: P < 0,05) e apresentou o

maior valor de importância. No sítio com replantio realizado em 2009, não foram registradas

diferenças significativas no DAP (KW: H = 2,56, g.l. = 2, P = 0,28) e altura média (KW: H =

1,8, g.l. = 2, P = 0,41) entre as espécies de mangue. No entanto, a Densidade (KW: H = 18,42,

g.l. = 2, P < 0,01) e a Dominância (KW: H = 8,14, g.l. = 2, P < 0,05) diferiram

significativamente entre as espécies arbóreas de mangue, sendo que R. mangle e L. racemosa

apresentaram os maiores valores médios para ambos os atributos estruturais. Neste sítio de

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

10

amostragem R. mangle apresentou o maior valor de importância dentre as outras espécies de

mangue.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

11

Tabela 1. Parâmetros estruturais (média ± Erro Padrão) das espécies de mangue (Rm = Rhizophora mangle, Ag = Avicennia germinans e Lr =

Laguncularia racemosa) pertencentes aos sítios replantados em 2007, 2008 e 2009, na península de Ajuruteua, Bragança, costa amazônica brasileira.

DAP = diâmetro à altura do peito, FA = frequência absoluta, FR = frequência relativa, De = densidade, DeR = densidade relativa, Do = dominância,

DoR = dominância relativa, VI = valor de importância. Os resultados do teste post-hoc de SNK estão indicados, através de letras, após os valores

médios. Letras diferentes indicam diferenças significativas (P < 0,05) para cada espécie de mangue entre os sítios replantados em diferentes anos

(representadas por ‘a’ e ‘b’) e entre as espécies de mangue dentro de cada sítio de amostragem (representadas por ‘A’, ‘B’ e ‘C’).

Espécie Sítio DAP (cm) Altura (m) FA FR (%) De (ind∙m-2

) DeR (%) Do (m2.

0,0025 ha-1

) DoR (%) VI

Rm 2007 2,0 ± 0,2 a, A 2,8 ± 0,3 a, A 1,0 ± 0,0 33,3 0,5 ± 0,2 a, A 22,2 0.004 ± 0,001 a, A 14,6 70,1

2008 2,4 ± 0,2 a, A 3,8 ± 0,2 b, A 1,0 ± 0,0 37,5 0,7 ± 0,1 a, A 47,1 0,014 ± 0,005 b, A 32,3 116,9

2009 2,4 ± 0,3 a, A 3,3 ± 0,3 ab, A 0,9 ± 0,1 34,4 0,7 ± 0,1 a, A 57,7 0,012 ± 0,003 b, A 47,9 139,9

Ag 2007 2,8 ± 0,2 a, B 3,6 ± 0,1 a, B 1,0 ± 0,0 33,3 0,7 ± 0,2 a, A 31,9 0,012 ± 0,002 a, B 44,1 109,3

2008 2,5 ± 0,7 a, A 3,3 ± 0,8 a, A 0,7 ± 0,1 25,0 0,1 ± 0,04 b, B 06,0 0,003 ± 0,001 b, B 06,5 37,6

2009 2,6 ± 0,7 a, A 3,5 ± 08 a, A 0,8 ± 0,1 28,1 0,1 ± 0,03 b, B 06,6 0,003 ± 0,001 b, B 13,3 48,0

Lr 2007 2,4 ± 0,2 a, AB 3,3 ± 0,2 a, AB 1,0 ± 0,0 33,3 1,0 ± 0,2 a, A 45,9 0,011 ± 0,006 a, B 41,3 120,6

2008 3,7 ± 0,2 b, B 5,4 ± 0,2 b, B 1,0 ± 0,0 37,5 0,7 ± 0,1 a, A 46,9 0,026 ± 0,005 b, C 61,2 145,5

2009 3,2 ± 0,3 b, A 4,1 ± 0,3 a, A 1,0 ± 0,0 37,5 0,4 ± 0,2 b, A 35,8 0,010 ± 0,003 a, A 38,8 112,1

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

12

Para os indivíduos pertencentes à R. mangle, contabilizados no sítio replantado em

2007, registrou-se DAP variando de 0,8 a 5,4 cm com as maiores frequências de indivíduos

(29,6%) observadas entre as classes de 1,0 a 2,0 cm de DAP (Fig. 2A). No sítio de replantio

realizado em 2008, os indivíduos desta espécie exibiram uma variação no DAP de 0,7 a 7,8

cm, com as maiores frequências dos indivíduos (19,7 e 21,6%) ocorrendo entre as classes de

2,0 a 3,0 cm de DAP, respectivamente (Fig. 2A). Para os indivíduos mensurados no sítio de

2009, observou-se que o DAP variou de 0,8 a 9,4 cm, sendo a maior frequência (33,7%)

registrada na classe entre 1,5 e 2,0 cm de DAP (Fig. 2A).

Para a espécie A. germinans, registrada no sítio com replantio em 2007, o DAP

apresentou variação de 0,6 a 8,2 cm e os indivíduos mais frequentes (21,6%) foram

registrados na classe entre 1,0 e 1,5 cm de DAP (Fig. 2B). Para o sítio replantado em 2008, a

variação do DAP dos indivíduos de A. germinans foi de 0,8 a 9,3 cm e a classe entre 1,0 e 1,5

cm de DAP agrupou a maior frequência de indivíduos dessa espécie (28,6%) (Fig. 2B). Os

indivíduos de A. germinans, mensurados no sítio com replantio realizado em 2009, exibiram o

DAP variando de 1,9 a 9,2 cm e a maioria dos indivíduos (20,8%) se concentrou na classe

entre 1,5 e 2,0 cm de DAP (Fig. 2B).

Com relação aos indivíduos pertencentes à L. racemosa registrados no sítio

replantado em 2007, observou-se que o DAP variou de 0,6 a 6,0 cm e a classe entre 1,0 e 1,5

cm de DAP apresentou a maior frequência dos espécimes amostrados (27,1%) (Fig. 2C). Para

o sítio com replantio realizado em 2008, a variação no DAP para a mesma espécie foi de 0,8 a

8,8 cm e as maiores frequências dos indivíduos (10,1–11,1%) foram registradas entre as

classes de 1,0 a 2,0 cm, de 2,5 a 3,5 cm e na classe entre 4,5 e 5,0 cm de DAP (Fig. 2C). Já

para o sítio replantado em 2009, L. racemosa apresentou DAP variando de 0,9 a 8,7 cm, com

os indivíduos mais frequentes (13,0–18,3%) sendo registrados entre as classes de 1,0 a 3,0 cm

de DAP (Fig. 2C).

Os indivíduos pertencentes a R. mangle, registrados no sítio com replantio realizado

em 2007, apresentaram altura variando de 1,5 a 5,5 m, com a maior frequência dos indivíduos

(32,9%) sendo observada na classe de altura entre 2,0 e 2,5 m (Fig. 3A). Com relação aos

indivíduos de R. mangle presentes no sítio de replantio em 2008, observou-se altura variando

de 1,5 a 7,0 m, e a maior frequência de indivíduos (33,9%) foi registrada na classe de altura

entre 4,0 e 4,5 m (Fig. 3A). Para os indivíduos observados no sítio replantado em 2009, a

altura apresentou uma variação de 1,5 a 8,0 m e a maior frequência de indivíduos (26,5%) se

concentrou na classe de altura entre 3,0 e 3,5 m (Fig. 3A).

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

13

0

5

10

15

20

25

30

35

Fre

quência

(%)

DAP (cm)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Rhizophora mangle

Avicennia germinans

2007

2008

2009

0

5

10

15

20

25

30

35

Fre

quência

(%)

DAP (cm)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Laguncularia racemosa

0

5

10

15

20

25

30

35

Fre

quência

(%)

DAP (cm)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A

B

C

Fig. 2. Distribuição de frequência dos indivíduos (%) em classes de

diâmetro à altura do peito (DAP, cm) das espécies de mangue (A)

Rhizophora mangle, (B) Avicennia germinans e (C) Laguncularia racemosa

registradas nos sítios de amostragem replantados em 2007, 2008 e 2009, na

península de Ajuruteua, Bragança, costa amazônica brasileira. Os intervalos

das classes de DAP (= 0,5 cm) das respectivas espécies de mangue foram

fechados à esquerda e abertos à direita.

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

14

Os indivíduos de A. germinans, presentes no sítio replantado em 2007, apresentaram

altura entre 1,4 a 9,0 m, sendo que a maior frequência de indivíduos (20,2%) ocorreu na

classe de altura entre 2,0 e 2,5 m (Fig. 3B). Para o sítio replantado em 2008, A. germinans

apresentou altura variando de 2,0 a 9,0, com as maiores frequências de indivíduos (17,9%),

sendo observadas nas classes de altura entre 2,0 e 2,5 m e entre 4,0 e 4,5 m (Fig. 3B). Já no

sítio replantado em 2009, a altura dos indivíduos dessa espécie variou de 1,6 a 11,0 m e a

maior frequência dos indivíduos (20,8%) foi registrada na classe de altura entre 8,0 e 8,5 m

(Fig. 3B).

Para L. racemosa, observada no sitio replantado em 2007, a altura dos indivíduos

variou de 1,0 a 7,5 m, e a maior frequência dos indivíduos (29,0%) concentrou-se na classe de

altura entre 2,0 e 2,5 m (Fig. 3C). No sitio replantado em 2008, esta espécie apresentou altura

variando de 2,0 a 9,0 m, com as maiores frequências dos indivíduos (21,2 e 25,4%) sendo

observadas nas classes de altura 6,0 e 6,5 m e entre 7,0 e 7,5 m, respectivamente (Fig. 3C).

Para o sítio replantado em 2009, os indivíduos de L. racemosa exibiram altura de 1,5 a 8 m e

as classes de altura entre 3,0 e 3,5 m, 4,0 e 4,5 m e 5,0 e 5,5 m apresentaram as maiores

frequências de indivíduos (15,3, 17,6 e 16,8%, respectivamente) (Fig. 3C).

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

15

0

5

10

15

20

25

30

35

Fre

quência

(%)

Altura (m)

2007

2008

2009

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Rhizophora mangle

0

5

10

15

20

25

30

35

Fre

quência

(%)

Altura (m)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Avicennia germinans

0

5

10

15

20

25

30

35

Fre

quência

(%)

Altura (m)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Laguncularia racemosa

A

B

C

Fig. 3. Distribuição de frequência dos indivíduos (%) em classes de

altura (m) das espécies de mangue (A) Rhizophora mangle, (B)

Avicennia germinans e (C) Laguncularia racemosa registradas nos sítios

replantados em 2007, 2008 e 2009, na península de Ajuruteua, Bragança,

costa amazônica brasileira. Os intervalos das classes de altura (= 0,5 m)

das respectivas espécies de mangue foram fechados à esquerda e abertos

à direita.

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

16

3.3. Densidade e estrutura da população de Ucides cordatus em manguezais replantados

No presente estudo foi contabilizado um total de 1620 tocas habitadas de U.

cordatus, com densidade média geral de 1,8±0,3 tocas∙m-² (dados agrupados dos sítios

replantados em 2007, 2008 e 2009). Do total de tocas registradas foram coletados 423

caranguejos, dos quais 244 foram identificados como machos (57,7%) e 179 como fêmeas

(42,3%), apresentando uma razão sexual (M:F) de 1,4:1 (χ2 = 4,147, P = 0,042) para a

população de caranguejos dos sítios replantados. No geral, os caranguejos machos

apresentaram os maiores valores médios para a largura da carapaça (LC = 5,5 ± 0,9 cm),

comprimento da carapaça (CC = 4,1 ± 0,7 cm) e biomassa (peso úmido = 87,9 ± 3,3 g)

comparado com as fêmeas (LC = 5,1 ± 0,6 cm, CC = 3,9 ± 0,5 cm, 65,7 ± 2,4 g). Do total de

caranguejos machos coletados no presente estudo, 81 indivíduos (33,2%) apresentaram

tamanho comercial (≥ 6 cm de LC), com média de 6,4 (± 0,3) cm. O restante dos caranguejos

(n = 163 indivíduos, representando 66,8% do total capturado) exibiu tamanho não comercial

com média geral de 5,0 (± 0,8) cm de LC.

Na Tabela 2 estão apresentados os dados referentes à densidade e estrutura da

população de U. cordatus nos sítios replantados em diferentes períodos. A densidade média

de tocas diferiu significativamente (KW: H = 21,81, g.l. = 2, P < 0,05) entre os sítios de

amostragem (Tabela 2). O sítio replantado em 2008 apresentou o maior número de tocas

registradas (n = 669) e, consequentemente, a maior densidade média de tocas (2,3 ± 0,1

tocas∙m-2

) do que nos sítios replantados em 2008 e 2009 (Tabela 2). Ainda para este sítio de

amostragem, o número de caranguejos capturados foi maior (n = 221) e a proporção de

indivíduos machos predominou significativamente (χ2 = 14,15, P < 0,001) sobre a das fêmeas

quando comparado com os demais sítios (Tabela 2). A abundância de caranguejos machos e

fêmeas variou de 0,1 a 0,6 ind∙m-2

e de 0,04 a 0,5 ind∙m-2

, respectivamente. Para ambos os

sexos, a abundância média apresentou diferenças significativas (Macho, KW: H = 23,97, g.l. =

2, P < 0,001, Fêmea, KW: H = 11,20, g.l. = 2, P < 0,01) entre os respectivos sítios,

observando-se a maior abundância média (SNK: P < 0,05) no sítio com replantio realizado em

2008 (Tabela 2). Os caranguejos machos e fêmeas apresentaram tamanhos (LC e CC, SNK: P

< 0,05) e biomassa (SNK: P < 0,05) significativamente maiores no sítio replantado no ano de

2008 (Tabela 2).

Não houve diferenças significativas na abundância (t = -0,93, P = 0,18), LC (t =

0,51, P = 0,3) e CC médio (t = 0,32, P = 0,38) entre os caranguejos machos e fêmeas de U.

cordatus no sítio replantado em 2007 (Tabela 2). No entanto, a biomassa média dos

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

17

indivíduos machos foi significativamente maior (t = 2,08, P = 0,02) do que à biomassa das

fêmeas (Tabela 2). No sítio replantado em 2008, os caranguejos machos apresentaram

abundância (t = 5,5, P < 0,001), LC (t = 5,1, P < 0,001), CC (t = 3,9, P < 0,001) e biomassa

média (t = 3,8, P < 0,001) significativamente mais expressivos do que as fêmeas (Tabela 2).

No sítio replantado em 2009, os caranguejos machos apresentaram LC (t = 1,9, P = 0,03) e

biomassa média (t = 2,1, P = 0,02) significativamente maiores do que as fêmeas (Tabela 2).

No entanto, neste sítio de amostragem, os valores médios de abundância (t = 1,1, P = 0,14) e

CC (t = 1,7, P = 0,05) não apresentaram diferenças significativas entre os caranguejos machos

e fêmeas (Tabela 2).

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

18

Tabela 2. Densidade de tocas, número total de indivíduos coletados, estrutura da população e parâmetros biométricos [Largura (LC) e

comprimento da carapaça (CC) em cm, média ± EP] e biomassa (peso úmido em gramas, média ± EP) dos caranguejos machos e fêmeas de

Ucides cordatus coletados nas áreas de manguezal com diferentes anos de replantio (2007, 2008 e 2009), localizadas na península de

Ajuruteua, Norte do Brasil. M:F = proporção macho e fêmea. Os resultados do teste post-hoc de SNK (representadas por ‘a’, ‘b’ e ‘c’) e do

teste t (representadas por ‘A’ e ‘B’)..Letras diferentes indicam, portanto, diferenças significativas (P < 0,05) para a densidade de tocas e para

os parâmetros populacionais dos caranguejos de cada sexo entre os sítios replantados em anos diferentes e entre os caranguejos machos e

fêmeas dentro de cada sítio de amostragem. * = diferença significativa (P < 0,05) entre a proporção de caranguejos machos e fêmeas em cada

sítio de amostragem identificada após o teste de Qui-quadrado (χ2), com correção de Yates. AT = Abundância de Tocas, DT = Densidade de

Tocas, AI = Abundância de Indivíduos, DI = Densidade de Indivíduos.

Sítio AT DT (tocas∙m-2

) AI Sexo AI % DI (ind∙m-2

) LC (cm) CC (cm) Biomassa (g) M:F

2007 399 1,3 ± 0,1 a 107 Macho 49 45,8 0,2 ± 0,03 a, A 4,8 ± 0,2 a, A 3,7 ± 0,1 a, A 62,0 ± 6,4 a, A

0,8:1 Fêmea 58 54,2 0,2 ± 0,04 a, A 4,8 ± 0,1 a, A 3,7 ± 0,1 a, A 48,5 ± 3,5 a, B

2008 669 2,3 ± 0,1 b 221 Macho 141 63,8 0,5 ± 0,03 b, A 5,8 ± 0,1 b, A 4,3 ± 0,04 b, A 98,6 ± 3,3 b, A

1,8:1* Fêmea 80 36,2 0,3 ± 0,02 b, B 5,4 ± 0,1 b, B 4,1 ± 0,04 b, B 79,4 ± 3,3 b, B

2009 552 1,7 ± 0,1 c 95 Macho 54 56,8 0,2 ± 0,02 a, A 5,2 ± 0,2 a, A 4,0 ± 0,1 a, A 85,8 ± 8,8 a, A

1,3:1 Fêmea 41 43,2 0,1 ± 0,01 a, A 4,9 ± 0,1 a, B 3,8 ± 0,1 a, A 65,6 ± 3,8 c, B

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

19

Para o sítio replantado em 2007, os caranguejos machos exibiram LC com uma

variação de 2,5 a 6,6 cm (Fig. 4A), enquanto que as fêmeas variaram entre 3,0 a 6,3 cm (Fig.

4B). A maioria dos caranguejos machos (14,3 a 18,4%) foi agrupada entre as classes de 3,5 a

5,5 cm de LC (Fig. 4A), enquanto as fêmeas que representaram as maiores porcentagens dos

indivíduos coletados (20,7 a 27,6 %) concentraram-se entre as classes de 4,0 a 5,5 cm de LC

(Fig. 4B). Para o sítio replantado em 2008, o tamanho dos caranguejos machos variou de 3,5 a

7,2 cm de LC (Fig. 4A), enquanto que as fêmeas variaram entre 3,6 a 6,2 cm (Fig. 4B). Para

os caranguejos machos, a classe de tamanho entre 5,5 e 6,0 cm de LC agrupou a maior

abundância dos indivíduos coletados (31,9%), seguido pela classe entre 6,0 e 6,5 cm de LC

(24,8%) (Fig. 4A). Para as fêmeas, a maior frequência dos indivíduos (38,8%) ocorreu na

classe entre 5,5 e 6,0 cm de LC e a segunda maior frequência (33,8%) foi observada na classe

entre 5,0 e 5,5 cm de LC (Fig. 4B). Para o sítio replantado no ano de 2009, a variação de LC

dos caranguejos machos foi de 1,9 a 7,5 cm (Fig. 4A), sendo a das fêmeas de 3,8 a 6,0 cm

(Fig. 4B). Ambos os caranguejos machos e fêmeas apresentaram a maior porcentagem de

indivíduos (25,9 e 43,9%, respectivamente) na classe entre 5,0 e 5,5 cm de LC (Fig. 4A, B).

Para o sítio replantado em 2007, os caranguejos machos apresentaram CC variando

de 2,0 a 5,1 cm (Fig. 4C) e as fêmeas de 2,3 a 4,9 cm (Fig. 4D). As maiores frequências dos

caranguejos machos foram registradas nas classes de tamanho entre 3,0 e 3,5 cm (26,5%) e

entre 4,0 e 4,5 cm e 24,5%) de CC (Fig. 4C), enquanto que as maiores frequências das fêmeas

(24,1 a 32,8%) foram observadas entre as classes de 3,0 a 4,5 cm de CC (Fig. 4D). No sítio

com replantio realizado em 2008, os caranguejos machos apresentaram tamanhos variando de

2,6 a 5,2 cm de CC (Fig. 4C) e as fêmeas de 2,7 a 4,8 cm (Fig. 4D). A maioria dos indivíduos

machos se concentrou na classe de tamanho entre 4,0 e 4,5 cm (37,6%), seguido pela classe

entre 4,5 e 5,0 cm de CC (31,9%) (Fig. 4C). Para as fêmeas, a maioria dos caranguejos

(48,8%) foi registrada na classe entre 4,0 e 4,5 cm de CC (Fig. 4D). Já para o sítio com

replantio realizado em 2009, o tamanho dos caranguejos machos variou de 1,5 a 5,7 cm (Fig.

4C) e das fêmeas de 2,9 a 4,7 cm de CC (Fig. 4D). As maiores frequências dos indivíduos

machos (20,4 a 24,1%) foram observadas entre as classes de 3,5 a 5,0 cm (Fig. 4C), enquanto

que a maior frequência de fêmeas (56,1%) ocorreu na classe entre 3,5 e 4,0 cm de CC (Fig.

4D).

A biomassa (peso úmido, g) dos caranguejos machos, coletados no sítio replantado

em 2007, apresentou uma variação de 10 a 140 g (Fig. 4E), enquanto que a das fêmeas variou

de 15 a 120 g (Fig. 4F). A maior porcentagem dos indivíduos machos (27,3%) foi registrada

entre as classes de biomassa de 20 a 60 g (Fig. 4E). Para as fêmeas, as maiores frequências

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

20

0

10

20

30

40

50

60

Fre

quê

ncia

(%)

LC (cm)

2007

2008

2009

1 2 3 4 5 6 7 8 9

0

10

20

30

40

50

60

Fre

quê

ncia

(%)

LC (cm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9

0

10

20

30

40

50

60

Fre

quên

cia

(%)

CC (cm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9

A B

C D

E F

Macho Fêmea

0

10

20

30

40

50

60

Fre

quên

cia

(%)

CC (cm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9

0 40 80 120 160 200 240

0

10

20

30

40

Fre

qu

ência

(%)

Biomassa (g)

280 0 40 80 120 160 200 240

0

10

20

30

40

Fre

qu

ência

(%)

Biomassa (g)

280

(24,1 a 29,3%) foram observadas entre as classes de 0 a 60 g (Fig. 4F). Com relação ao sítio

replantado em 2008, a variação da biomassa dos caranguejos machos foi de 20 a 200 g (Fig.

4E), enquanto a das fêmeas foi de 50 a 195 g (Fig. 4F). A maioria dos caranguejos machos

(29,6%) foi agrupada na classe de biomassa entre 80 e 100 g (Fig. 4E), enquanto que a maior

abundância de fêmeas (37,7%) foi registrada na classe entre 60 e 80 g (Fig. 4F). Para o sítio

replantado em 2009, a biomassa dos caranguejos machos variou de 5 a 235 g (Fig. 4E) e a das

fêmeas de 30 a 110 g (Fig. 4F). A maior abundância dos caranguejos machos (29,0%) e

fêmeas (38,2%) foi registrada na classe entre 60 e 80 g (Fig. 4E, F).

Fig. 4. Distribuição da frequência (%) dos caranguejos machos e fêmeas de Ucides cordatus,

com relação às classes de tamanho: (A) e (B) = largura da carapaça (LC, cm), (C) e (D) =

comprimento da carapaça (CC, cm) e (E) e (F) = biomassa (peso úmido, g), capturados em

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

21

sítios de manguezal replantados em 2007, 2008 e 2009, na península de Ajuruteua, Bragança,

costa amazônica brasileira. Os intervalos das classes dos respectivos parâmetros biométricos

(LC e CC = 0,5 cm, biomassa = 20 g) foram fechados à esquerda e abertos à direita.

3.4. Influência da vegetação na densidade e estrutura da população de Ucides cordatus em

manguezais replantados

Considerando as nove amostras pertencentes aos três sítios replantados em anos

diferentes, observou-se a dominância de três espécies de mangue. Dois sítios de amostragem

foram dominados por R. mangle, com 54,1 ± 10% de DoR, dois sítios apresentaram

dominância de A. germinans, com 55,4 ± 3,4%, e cinco sítios foram dominados por L.

racemosa com 58,3 ± 4,4%. Ao se comparar os parâmetros populacionais de U. cordatus

entre os sítios com diferentes tipos de vegetação arbórea dominante, observou-se diferenças

significativas quanto à densidade média de tocas (KW: H = 8,95, g.l. = 2, P < 0,05), a qual foi

significativamente maior (SNK: P < 0,05) nas áreas dominadas por R. mangle e L. racemosa,

ambas com média de 1,9 ± 0,1 tocas∙m-2

(Fig. 5A).

Com relação aos parâmetros biométricos dos caranguejos machos e fêmeas de U.

cordatus, observou-se diferenças significativas na largura (LC, Machos: KW: H = 18,37, g.l. =

2, P < 0,001, Fêmeas: KW: H = 38,22, g.l. = 2, P < 0,001, Fig. 5B), assim como também no

comprimento da carapaça (CC, Machos: KW: H = 14,84, g.l. = 2, P < 0,001, Fêmeas: KW: H

= 35,58, g.l. = 2, P < 0,001, Fig. 5C) e biomassa (Machos: KW: H = 9,32, g.l. = 2, P < 0,05,

Fêmeas: KW: H = 35,19, g.l. = 2, P < 0,001, Fig. 5D) entre os sítios dominados por espécies

de mangue diferentes. Os caranguejos machos e fêmeas apresentaram tamanho da carapaça

(LC e CC) significativamente maior (SNK: P < 0,05) nos sítios onde L. racemosa apresentou

maior dominância (Fig. 5B, C), enquanto que a biomassa média foi significativamente mais

expressiva (SNK: P < 0,05) nos sítios com predominância tanto de R. mangle quanto de L.

racemosa (Fig. 5D).

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

22

A B

C

Macho Fêmea

D

0.0

1.0

2.0

3.0D

ensid

ade

(tocas·m

)-2

Rm Ag Lr

Vegetação dominante

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

L.C

.(c

m)

Rm Ag Lr

Vegetação dominante

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

C.C

.(c

m)

Rm Ag Lr

Vegetação dominante

0

20

40

60

80

100

120

Bio

massa

(g)

Rm Ag Lr

Vegetação dominante

aa

ba

b

c

a ab

ab

c

a

b

a

a

b

a

a

b

a

Fig. 5. (A) = Densidade (tocas∙m-², média ± Erro Padrão), (B) = largura da carapaça

(LC, cm, média ± EP), (C) = comprimento da carapaça (CC, cm, média ± EP) e (D)

= biomassa (peso úmido, g, média ± EP) dos caranguejos machos e fêmeas de Ucides

cordatus coletados nos sítios replantados em 2007, 2008 e 2009, que apresentaram

diferentes espécies de mangue dominantes. Rm = Rhizophora mangle, Ag =

Avicennia germinans e Lr = Laguncularia racemosa. Letras diferentes acima das

barras indicam diferenças significativas (SNK, P < 0,05) entre os sítios com

diferentes tipos de vegetação dominante.

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

23

4. Discussão

O reestabelecimento das funções ecológicas e dos recursos economicamente

importantes do ecossistema de manguezal, associado ao retorno das comunidades dos

organismos bentônicos, podem indicar o sucesso dos programas de recuperação de áreas

degradadas, alcançado através do replantio das espécies arbóreas de mangue (Macintosh et

al., 2002, Bosire et al., 2004, 2008, Chen & Ye, 2011, Ferreira et al., 2015). No presente

estudo, as árvores mensuradas são resultado de técnicas de reflorestamento a partir da

produção de mudas dos gêneros Rhizophora, Avicennia e Laguncularia, os quais formam a

paisagem dos manguezais da península de Ajuruteua, em Bragança e da região costeira da

Amazônia brasileira (Almeida, 1996, Fernandes, 1997, 2002, Abreu, 2007). A análise da

distribuição dos indivíduos por classes de altura e por classe de diâmetro mostrou que as

espécies de mangue apresentaram maior contribuição nas menores classes, indicando,

portanto, que os manguezais estudados apresentam atributos estruturais de vegetação jovem,

ainda em desenvolvimento. Essas mesmas características também foram observadas por

Bernini et al. (2014) em uma floresta replantada no estuário do rio das Ostras, Estado do Rio

de Janeiro. No entanto, apesar do aspecto jovem, a vegetação replantada de mangue,

dependendo da sua estrutura e função, pode exercer o mesmo papel ecológico que as florestas

naturais bem desenvolvidas (Mckee & Faulkner, 2000, Luo et al., 2010).

Nos sítios replantados em 2007, a espécie A. germinans exibiu valores médios

significativamente mais expressivos de DAP, altura e dominância comparada às outras

espécies utilizadas no replantio. Segundo Cintrón & Schaeffer-Novelli (1992), este gênero é

considerado o mais tolerante ao estresse ambiental, podendo ser encontrado em substratos

altamente salinos. Com relação aos atributos estruturais referentes aos sítios replantados em

2008, os valores médios de DAP, altura, densidade e dominância foram mais expressivos para

L. racemosa, indicando que estas áreas possuem as melhores condições ambientais para esta

espécie. Segundo alguns estudos, L. racemosa representa uma espécie pioneira na

recolonização das áreas de clareiras nos bosques de manguezal (Adams & Berger, 2002) e de

áreas de manguezais degradados (Carvalho, 2000, Menezes & Compton, 2003). Outra

característica que pode explicar a grande representatividade de L. racemosa seria o menor

período de tempo para germinação e estabelecimento de raízes que as demais espécies típicas

de mangue (Rabinowitz, 1975, 1978a). Nos sítios replantados em 2009, apenas os valores

médios de densidade e dominância apresentaram diferenças significativas entre as espécies R.

mangle e L. racemosa. Segundo Duke et al. (1998), a dominância das espécies do gênero

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

24

Rhizophora deve-se à capacidade de reprodução de raízes adventícias em condições de maior

exposição ao vento e fluxo de água. A espécie L. racemosa também consegue se desenvolver

em locais com fluxo de água e salinidade de baixo a moderado (Lovelock & Feller, 2003).

Adicionalmente, é importante lembrar que a salinidade e o tempo de inundação pela maré têm

sido considerados como importantes variáveis abióticas que podem influenciar no

desenvolvimento dos bosques de mangue (Van Speybroeck, 1992, Elster et al., 1999).

A estrutura e o retorno das comunidades bentônicas parecem indicar o sucesso da

reabilitação de manguezais alterados (Macintosh et al., 2002, Ashton et al., 2003, Walton et

al., 2006, 2007, Ellison, 2008, Ferreira et al., 2015). Com o retorno da cobertura vegetal, o

ambiente torna-se novamente habitável, uma vez que o sedimento torna-se mais úmido e

retomam suas características físico-químicas, impulsionado pela deposição contínua de

matéria orgânica (Alongi et al., 1998, McKee & FaulKner, 2000, Morrisey et al., 2003) e o

alimento (folhas senescentes, propágulos) torna-se novamente acessível para as espécies

bentônicas herbívoras, assim como o caranguejo-uçá, U. cordatus. No presente estudo,

observou-se que a densidade populacional, representada diretamente pelo número de tocas

contabilizadas, o tamanho (largura e comprimento da carapaça) e o peso médio dos

caranguejos, nos diferentes sítios de replantio apresentaram valores abaixo ou acima daqueles

registrados para população de U. cordatus avaliada em áreas preservadas de manguezal ao

longo da península de Ajuruteua, na costa amazônica brasileira (Diele, 2000, Koch & Wolff,

2002, Schories et al., 2003, Diele et al., 2005, Nordhaus et al., 2006, Piou et al., 2007, 2009,

Gomes et al., 2013, Pülmanns et al., 2015). Além do mais, a densidade e a estrutura da

população de U. cordatus, observada nos sítios replantados, também foram diferentes ou

similares àquelas de outras populações oriundas de outras regiões ao longo da linha costeira

brasileira (Alcântara-Filho, 1978, Branco, 1993, Alves & Nishida, 2004, Dalabona et al.,

2005, Hattori, 2006, Fernandes & Carvalho, 2007, Castro et al., 2008, Wunderlich et al.,

2008, Conti & Nalesso, 2010, Góes et al., 2010, Sandrini-Neto & Lana, 2012, Wunderlich &

Pinheiro, 2013, Amaral et al., 2014).

Os resultados do presente trabalho revelaram que a população de U. cordatus

recolonizou as áreas anteriormente degradadas, em função do replantio das espécies arbóreas

de mangue replantadas. Ucides cordatus é uma espécie endêmica de áreas de manguezal,

onde é extremamente dependente do alimento, consumindo aproximadamente 81% da

serapilheira e participando, desta forma, do fluxo energético na rede trófica marinha (Koch &

Wolff, 2002, Schories et al., 2003, Nordhaus et al., 2006, Nordhaus & Wolff, 2007, Koch &

Nordhaus, 2010). Adicionalmente, vale ressaltar que o retorno de populações dessa espécie de

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

25

caranguejo às áreas de manguezal replantadas parece estar relacionado com: i) movimentos

migratórios dos indivíduos oriundos de áreas preservadas, evitando a competição

intraespecífica por espaço e alimento (Nordhaus et al., 2006, 2009, Nordhaus & Wolff, 2007,

Piou et al., 2007), ii) deslocamento desorientado dos caranguejos pelas áreas do manguezal

em busca de parceiros para cópula durante o período reprodutivo, a ‘andada’ (Alcântara-

Filho, 1978, Costa, 1979, Castro 1986, Nascimento, 1993, Nordi 1994, Pinheiro & Fiscarelli,

2001, Fiscarelli & Pinheiro, 2002, Wunderlich et al., 2008, Diele & Koch, 2010b, Schmidt et

al., 2012) e iii) elevada taxa de recrutamento larval em habitats favoráveis ao

desenvolvimento dos juvenis (Diele, 2000, Diele & Simith, 2007, Simith & Diele, 2008).

Segundo alguns estudos, após a remoção total dos organismos de uma determinada área, esta

espécie é capaz de recuperar aproximadamente 80% da população anteriormente existente no

local (Diele, 2000, Piou et al., 2007). Além disso, o recrutamento de larvas (megalopas),

proveniente das populações adjacentes, contribui para manutenção e colonização de novas

áreas dentro do manguezal (Diele, 2000, Diele & Simith, 2007, Simith & Diele, 2008),

incluindo as áreas de replantio. Durante as marés enchentes, as megalopas são transportadas

para o interior do manguezal e assentam no ambiente bentônico dessas florestas, onde a

população conspecífica reside (Diele, 2000, Diele & Simith, 2007, Simith & Diele, 2008).

Alguns autores já demonstraram que o assentamento de U. cordatus no ambiente bentônico e

a metamorfose das suas megalopas para fase juvenil são desencadeados por fatores físico-

químicos provenientes dos manguezais e ainda por substâncias químicas emitidas pela

população juvenil-adulta conspecífica (Diele & Simith, 2007, Simith & Diele, 2008, Simith,

2012, Simith et al., 2013). A presença de pequenos recrutas bentônicos, por exemplo,

habitando o interior das tocas dos adultos conspecíficos (Schmidt & Diele, 2009), e

indivíduos exibindo tamanhos variados, principalmente devido ao crescimento lento que a

espécie exibe (Pinheiro et al., 2005a, Diele & Koch, 2010a), poderiam representar bons

indicadores do reestabelecimento das condições físico-químicas naturais que são favoráveis

para o crescimento e manutenção da população do caranguejo-uçá em manguezais

recuperados através do replantio de espécies de árvores nativas. Segundo Field (1998) e Teal

& Weishar (2005), a taxa de recrutamento da fauna bentônica tem sido considerada um dos

principais critérios para julgar o sucesso de programas de restauração em ambientes costeiros.

Uma vez que essas espécies desempenham um papel importante na determinação da estrutura

da comunidade bentônica (Smith et al., 1989).

No presente estudo, a densidade populacional do caranguejo-uçá foi estimada a partir

do método de contagem direta do número de galerias. Os resultados apresentaram uma ampla

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

26

diferença da densidade (~ 75%), com elevado número de tocas contabilizadas (n = 1620) para

um baixo número de caranguejos capturados (n = 423). Esta variação pode estar atribuída às

dificuldades encontradas pelos ‘catadores’ profissionais durante a captura dos caranguejos, os

quais frequentemente escavam suas tocas entre as raízes da vegetação de mangue ou embaixo

de troncos de árvores mortas, dificultando assim a sua captura (Diele et al., 2005, Piou et al.,

2007, 2009, Nordi et al., 2009, Conti & Nalesso, 2010). Além disso, mesmo com a utilização

do gancho, a captura desta espécie pode ser dificultada pela grande profundidade atingida por

sua galeria, que pode chegar a dois metros da superfície (Costa, 1972, Branco, 1993,

Nascimento, 1993, Diele, 2000, Pinheiro & Fiscarelli, 2001, Nordi et al., 2009). Finalmente,

galerias escavadas em locais apresentando sedimento mais consolidado e o pequeno diâmetro

das tocas, construídas pelos caranguejos pequenos, não permitem a passagem do braço do

‘catador’ para realizar a captura.

Segundo alguns estudos, as populações e comunidades bentônicas reestabelecidas em

manguezais restaurados podem atingir características equivalentes ou aproximadas daquelas

existentes em áreas naturais preservadas (Walton et al., 2007, Bosire et al., 2008, Ferreira et

al., 2015). No presente estudo, a proporção sexual da população de U. cordatus revelou

diferenças significativas entre os sítios replantados (= 1,4M: 1F), apresentando característica

semelhante a de outras áreas preservadas dos manguezais bragantinos, das quais os

caranguejos machos sempre predominam sobre as fêmeas (veja Diele, 2000, Diele et al.,

2005, Gomes et al., 2013).

Vários estudos têm retratado a relação existente entre o caranguejo-uçá e a vegetação

arbórea típica dos manguezais (Oliveira, 2005, Perote, 2010, Freitas, 2011). Esta associação

de algumas espécies de caranguejos com certo tipo de vegetação trata-se de um mutualismo

facultativo, expresso pela nítida associação das galerias com a cobertura vegetal (Nomann &

Pénnings, 1998). No presente estudo, os valores referentes à densidade de tocas, tamanho e

peso úmido dos caranguejos machos e fêmeas de U. cordatus apresentaram uma variação

significativa entre as áreas restauradas exibindo diferentes espécies arbóreas que dominam a

paisagem do manguezal, principalmente R. mangle e L. racemosa. Resultados similares

também foram observados por Wunderlich & Pinheiro (2013) nos manguezais do Estado de

São Paulo, sugerindo que a composição das espécies de vegetação de mangue pode ter um

efeito significativo na seleção do habitat por caranguejos machos e fêmeas de diferentes

tamanhos. A elevada densidade de tocas nas áreas dominadas por estas espécies de mangue

pode ser explicada pela associação de U. cordatus com itens alimentares ou características do

sedimento. Segundo Nordhaus & Wolff (2007), ao invés das folhas de A. germinans, esta

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

27

espécie consome mais folhas senescentes de R. mangle seguida por L. racemosa. Além disso,

o sedimento mais fluido e inconsolidado existente nas áreas dominadas por R. mangle facilita

a construção de tocas com um menor gasto energético e a presença das raízes escoras

(rizóforos) fornecem abrigo contra a predação (Nordhaus et al., 2006, 2009). Segundo alguns

estudos, as características do sedimento podem influenciar a abundância e a distribuição

espacial das populações de caranguejos braquiúros dentro dos manguezais (Frusher et al.,

1994, Morrisey et al., 1999, 2003, Koch et al., 2005, Ribeiro et al., 2005). Em manguezais

dominados por L. racemosa, caranguejos pequenos são mais frequentes (Hattori, 2006,

Wunderlich & Pinheiro, 2013), sugerindo que estas áreas podem ser consideradas como zonas

de estoque de caranguejo. No entanto, em nosso estudo, as áreas dominadas por L. racemosa

apresentaram caranguejos machos e fêmeas com tamanhos médios significativamente maiores

quando comparado com as áreas dominadas por R. mangle e A. germinans. O fato de que U.

cordatus possui crescimento lento (Pinheiro et al., 2005a, Diele & Koch, 2010a) e apresentou

menor tamanho nas áreas replantadas dominadas por R. mangle e A. germinans, fortemente

sugere que as áreas dominadas por L. racemosa foram colonizadas primeiramente e, portanto,

podem ser consideradas como zonas de recrutamento. Contudo, a variação na densidade e

estrutura da população do caranguejo-uçá, dentro do ecossistema de manguezal, pode ocorrer

em decorrência da composição e estrutura da vegetação de mangue, disponibilidade e tipo de

alimento, características do sedimento, competição intraespecífica por espaço e alimento,

nível e frequência de inundação pelas marés, densidade de pneumatóforos, pesca excessiva e

doenças infecciosas, tais como a ‘Doença do Caranguejo Letárgico’ (Diele, 2000, Boerger et

al., 2005, 2007, Diele et al., 2005, Nordhaus, 2004, Hattori, 2006. Nordhaus et al., 2006,

2009, Nordhaus & Wolff, 2007, Piou et al., 2007, 2009, Sandrini-Neto & Lana, 2012,

Wunderlich & Pinheiro, 2013).

5. Conclusão

Em suma, o presente estudo mostrou que a população do caranguejo-uçá, U.

cordatus, conseguiu se reestabelecer com sucesso nos sítios replantados com espécies

arbóreas nativas de mangue, indicando, portanto, a importância da restauração dos

manguezais para a recuperação, manutenção e conservação da macrofauna bentônica,

principalmente das populações de espécies exploradas comercialmente, como é o caso do

caranguejo-uçá. Adicionalmente, o retorno da fauna de caranguejos também favorece o

manguezal do ponto de vista ecológico, contribuindo com o equilíbrio da dinâmica desse

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

28

ecossistema através de várias funções por esses crustáceos desempenhados durante seu ciclo

de vida. A recuperação do ecossistema e das suas funções ecológicas possibilita a formação

de um novo manancial desse recurso e com alto potencial extrativo e disponibilidade para o

uso e apropriação das comunidades estuarino-costeiras, cuja economia de subsistência

depende, quase que exclusivamente, dos recursos existentes nos manguezais.

6. Referências

Abreu, M.M.O., 2007. Os Manguezais da Costa Amazônica Brasileira: Uma análise da

composição florística, distribuição de espécies arbóreas e estrutura de bosque. Dissertação

de Mestrado. Universidade Federal do Pará, Bragança, Brasil, não publicado.

Abrunhosa, F.A., Silva Neto, A.A., Melo, M.A., Carvalho, L.O., 2002. Importância da

alimentação e do alimento no primeiro estágio larval de Ucides cordatus cordatus

(Linnaeus, 1763) (Decapoda: Ocypodidae). Revista Ciência Agronômica 33(2), 74–78.

Adams, M., Berger, U., 2002. Regeneração e sucessão em área de manguezal após cultivo de

arroz - Bragança, Pará. In: VI Workshop ECOLAB. Resumos. Belém. Pará. Brasil. CD-

ROM.

Airoldi, L., Balata, D., Beck, M.W., 2008. The gray zone: relationships between habitat loss

and marine diversity and their applications in conservation. Journal of Experimental

Marine Biology and Ecology, 366, 8–15.

Alcântara-Filho, P., 1978. Contribuição ao estudo da biologia e ecologia do caranguejo-uçá,

Ucides cordatus (L. 1763) (Crustacea, Decapoda, Brachyura), no manguezal do rio Ceará

(Brasil). Arquivos de Ciências do Mar, 18, 1–41.

Alfaro, A.C., 2010. Effects of mangrove removal on benthic communities and sediment

characteristics at Mangawhai Harbour, northern New Zealand. ICES Journal of Marine

Science, 67, 1–18.

Almeida, S.S., 1996. Estrutura e florística em áreas de manguezais paraenses: evidências da

influência do estuário amazônico. Bol. Mus. Emilio Goeldi, 8, 93–100.

Alongi, D.M., 2008. Mangrove forests: resilience, protection from tsunamis, and responses to

global climate change. Estuarine, Coastal and Shelf Science, 76, 1–13.

Alongi, D.M., 2002. Present state and future of the world’s mangrove forests. Environmental

Conservation, Cambridge, 29, 331–349.

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

29

Alongi, D.M., Sasekumar, A., Tirendi, F. & Dixon, P., 1998. The influence of stand age on

benthic decomposition and recycling of organic matter in managed mangrove forests of

Malaysia. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, 225, 197–218.

Alves, R.R.N. & Nishida, A.K., 2004. Population structure of the mangrove crab Ucides

cordatus (Crustacea: Decapoda; Brachyura) in the estuary of the Mamanguape River,

Northeast Brazil. Tropical Oceanography, 32, 23–37.

Amaral, K.D.S., Vieira, I.M., Osório, F.M., Rocha, J.D.M., Lima, J. F., 2014. Bioecology of

the crab Ucides cordatus (Crustacea, Decapoda) in mangroves influenced by the Amazon

River, Brazil. Acta Amazonica, 44, 213–222.

Araújo, A.R.R., 2006. Fishery statistic and commercialization of the mangrove crab, Ucides

cordatus (L.), in Bragança – Pará – Brazil. Tese (Doutorado em Biologia/química),

Zentrumfür Marine Tropenökologie, Universität Bremen. Bremen, Alemanha, não

publicado.

Ashton, E.C., Hogarth, P.J. & Macintosh, D.J., 2003. A comparison of Brachyuran crab

community structure at four mangrove locations under different management systems

along the Melaka straits-Andaman sea coast of Malaysia and Thailand. Estuaries, 26,

1461–1471.

Barbier, E.B., 2000. Valuing the environment as input: review of applications to mangrove

fishery-linkages. Ecological Economics, 35, 47–61.

Barbier, E.B., 2006. Natural barriers to natural disasters: replanting mangroves after the

tsunami. Frontiers in Ecology and the Environment, 4, 124–131.

Barbier, E.B., Koch, E.W., Silliman, B.R., Hacker, S.D., Wolanski, E., Primavera, J., Granek,

E.F., Polasky, S., Aswani, S., Cramer, L.A. Stoms, D.M., Kennedy, C.J., Bael, D.,

Kappel, C.V., Perillo, G.M.E., Reed, D.J., 2008. Coastal ecosystem based management

with nonlinear ecological functions and values. Science, 319, 321–323.

Barbier, E.B., Hacker, S.D., Kennedy, C., Koch, E.W., Stier, A.C., Silliman, B.R., 2011. The

value of estuarine and coastal ecosystem services. Ecological Monographs, 81(2), 169–

193.

Barbier, E.B., 2013. Valuing ecosystem services for coastal wetland protection and

restoration: progress and challenges. Resources, 2, 213–230.

Bernini, E., Santos, C.F.N.R., Lage-Pinto, F., Chagas, G.P., Rezende, C.E. 2014.

Fitossociologia de lorestas de mangue plantadas e naturais no estuário do Rio das Ostras,

Rio de Janeiro, Brasil. Revista Biotemas, 27 (1), 37 – 48.

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

30

Blankensteyn, A., Cunha Filho, D. & Freire, A.S., 1997. Distribuição, estoques pesqueiros e

conteúdo protéico do caranguejo do mangue Ucides cordatus (L. 1763) (Brachyura:

Ocypodidae) nos manguezais da Baía das Laranjeiras e adjacências, Paraná, Brasil.

Arquivos de Biologia e Tecnologia, 40, 331–349.

Boeger, W.A., Pie, M.R., Ostrensky, A., Patella, L., 2005. Lethargic crab disease:

multidisciplinary evidence supports a mycotic etiology. Memoria do Instituto Oswaldo

Cruz, 100 (2), 161–167.

Boeger, W.A., Pie, M.R., Vicente, V., Ostrensky, A., Hungria, D., Castilho, G.G., 2007.

Histopathology of the mangrove land crab Ucides cordatus (Ocypodidae) affected by

lethargic crab disease. Diseases of Aquatic Organisms, 78, 73–81.

Bosire, J.O., Dahdouh-Guebas, F., Kairo, J.G., Cannicci, S. & Koedam, N., 2004. Spatial

variations in macrobenthic fauna recolonisation in a tropical mangrove bay. Biodiversity

and Conservation, 13, 1059–1074.

Bosire, J.O., Dahdouh-Guebas, F., Walton, M., Crona, B.I., Lewis Iii, R.R., Field, C., Kairo,

J.G. & Koedam, N., 2008. Functionality of restored mangroves: A review. Aquatic

Botany, 89, 251–259.

Branco, J.O., 1993. Aspectos bioecológicos do caranguejo Ucides cordatus (Linnaeus, 1763)

(Crustacea, Decapoda) do manguezal do Itacorubi, Santa Catarina, BR. Arquivos de

Biologia e Tecnologia, 36, 133–148.

Castro, A.C.L., 1986. Aspectos bioecológicos do caranguejo-uçá, Ucides cordatus cordatus

(Linnaeus, 1763), no estuário do rio dos Cachorros e Estreito do Coqueiro, São Luís -

MA. Boletim do Laboratório de Hidrobiologia, 7, 7–26.

Castro, A.C.L., Correia, M.L.F., Nascimento, A.R., Piedade-Júnior, R.N., Gama, L.R.M.,

Sousa, M.M., Sena, A.C.S., Sousa, R.C.C., 2008. Aspectos bioecológicos do caranguejo-

uçá (Ucides cordatus cordatus L., 1763) (Decapoda, Brachyura) nos manguezais da ilha

de São Luís e litoral oriental do Estado do Maranhão, Brasil. Amazônia: Ciência &

Desenvolvimento, 3 (6), 17-36.

Carvalho, E.A.de., 2000. Impactos ambientais na zona costeira: o caso da estrada Bragança-

Ajuruteua, Estado do Pará. Dissertação de mestrado (Programa de Pós-Graduação em

Ciência Ambiental), Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, não publicado.

Chen, G.C. & Ye, Y., 2011. Restoration of Aegiceras corniculatum mangroves in

Jiulongjiang Estuary changed macro-benthic faunal community. Ecological Engineering,

37, 224–228.

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

31

Cintrón-Molero, G. & Schaeffer-Novelli, Y., 1984. Methods for studying mangrove structure.

In: Snedaker, S.C. & Snedaker, J.G., (Eds.). The mangrove ecosystems: research

methods. Monographs on Oceanographic Methodology, UNESCO, Paris, UK., 91-113.

Cintrón-Molero, G. & Schaeffer-Novelli, Y., 1992. Ecology and management New World

mangroves. In: U. Seeliger (ed.). Coastal plant communities of Latin America. San

Diego, Academic Press. 233-258.

Conti, R.C. & Nalesso, R.C., 2010. Status of the population structure of the mangrove crab

Ucides cordatus (Decapoda: Ocypodidae) on the Piraquê-Açu river estuary, Espírito

Santo, Brazil. Brazilian Journal of Oceanography, 58(2), 81–92.

Costa, R.S., 1979. Bioecologia do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763)-

Crustáceo, Decápode - no nordeste brasileiro. Boletim Cearense de Agronomia, 20, 1–74.

Costa, R.S., 2010. Avaliação do desenvolvimento e da qualidade de mudas de espécies

arbóreas de mangue em diferentes tipos de substratos na peninsula de ajuruteua-bragança-

pa. Trabalho de conclusão de Curso, Universidade Federal do Pará. Bragança, Brasil, não

publicado.

Dale, P.E.R., Knight, J.M. & Dwyer, P.G., 2014. Mangrove rehabilitation: a review focusing

on ecological and institutional issues. Wetlands Ecology and Management, 22, 587–604.

Dalabona, G., Loyola-Silva, J. & Pinheiro, M.A.A., 2005. Size at morphological maturity of

Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) (Brachyura, Ocypodidae) in the Laranjeiras Bay,

Southern Brazil. Brazilian Archives of Biology and Technology, 48, 139–145.

Dias, J.L., 2014. Estabelecimento de mudas derhizophora manglena comunidade de Taperaçu-

Campo, Bragança-PA. Trabalho de conclusão de Curso, Universidade Federal do Pará.

Bragança, Brasil, não publicado.

Diele, K., 2000. Life History and Population Structure of the Exploited Mangrove Crab

Ucides cordatus cordatus (Linnaeus, 1763) (Decapoda: Brachyura) in the Caeté Estuary,

North Brazil. Tese (Doutorado em Ecologia). Universidade de Bremen. Bremen,

Alemanha, não publicado.

Diele, K., Kock, V., Saint-Paul, U., 2005. Population structure, catch composition and CPUE

of the artisanally harvest mangrove crab Ucides cordatus (Ocypodidae) in the Caeté

estuary, North Brazil: Indications for overfishing?. Aquat. Living Res., 18(2), 169 178.

Diele, K. & Koch, V., 2010a. Growth and mortality of the exploited mangrove crab Ucides

cordatus (Ucididae) in N-Brazil. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology,

395, 171–180.

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

32

Diele, K. & Simith, D.J.B., 2007. Effects of substrata and conspecific odour on the

metamorphosis of mangrove crab megalopae, Ucides cordatus (Ocypodidae). Journal of

Experimental Marine Biology and Ecology, 348, 174–182.

Diele, K., Koch, V., Abrunhosa, F.A., Lima, J.F. & Simith, D.J.B., 2010a. The Brachyuran

Crab Community of the Caeté Estuary, North Brazil: Species Richness, Zonation and

Abundance. In: Saint-Paul, U., Schneider, H. (Eds.), Mangrove Dynamics and

Management in North Brazil. Ecological Studies. Springer, Berlin, Heidelberg, 211, 251–

263.

Diele, K. & Koch, V., 2010b. Comparative population dynamics and life histories of north

Brazilian mangrove crabs, genera Uca and Ucides (Ocypodoidea). In: Saint-Paul, U.;

Schneider, H. (Eds.), Mangrove Dynamics and Management in North Brazil. Ecological

Studies, Springer, Berlin, Heidelberg, 211, 275–285.

Diop, S., 2003. Vulnerability assessment of mangroves to environmental change. Estuarine,

Coastal and Shelf Science, 58, 1–2.

Donato, D.D., Kauffman, J.B., Murdiyarso, S., Stidham, M., Kanninen, M., 2011. Mangrove

among the most carbon-rich forest in the tropics. Nature Geoscience 4, 293–297.

Duarte, C.M., Dennison, W.C., Orth, R.J.W. & Carruthers, T.J.B., 2008. The charisma of

coastal ecosystems: addressing the imbalance. Estuaries and Coasts, 31, 233–238.

Duke, N.C., Meynecke, J.O., Dittmann, S., Ellison, M., Anger, K., Berger, U., Cannicci, S.,

Diele, K., Ewel, K.C., Field, D., Koedam, N., Lee, S.Y., Marchand, C., Nordhaus, I.,

Dahdouh-Guebas, F., 2007. A world without mangroves? Science, London, 317, 41–42.

Duke, N.C., Ball, M.C., Ellison, J.C., 1998. Factors Influencing Biodiversity and

Distributional Gradients in Mangroves. Global Ecology and Biogeography Letters, 7(1),

27–47.

Ellison, A.M., 2008. Managing mangroves with benthic biodiversity in mind: moving beyond

roving banditry. Journal of Sea Research, 59, 2–15.

Elster, C., Perdomo, L. & Schnetter, M.L. 1999. Impact of ecological factors on the

regeneration of mangroves in the Ciénaga Grande de Santa Marta, Colombia.

Hydrobiologia, 413, 35–46.

Fernandes, M.E.B. 1997. The ecology and productivity of mangroves in the Amazon region,

Brazil. Tese (Doutorado), University of York. York, England, não publicado.

Fernandes, M.E.B., 2002. Structural analysis of Rhizophora, Avicennia, and Laguncularia

forests on Maracá Island, Amapá, Brazil. In: Lieberei, R. et al. (Ed.). Neotropical

Ecosystems: proceedings of the German-Brazilian Workshop. Hamburg, 565–572.

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

33

Fernandes, M.E.B. & Carvalho, M.L., 2007. Bioecologia de Ucides cordatus Linnaeus, 1763

(Decapoda: Brachyura) na costa do estado do Amapá. Boletim do laboratório de

Hidrobiologia, 20, 15–22.

Ferreira, A.C., Ganade, G., Attayde, J.L., 2015. Restoration versus natural regeneration in a

neotropical mangrove: Effects on plant biomass and crab communities. Ocean & Coastal

Management, 110, 38–45.

Field, C.D., 1996. Restoration of Mangrove Ecosystems- International Society for Mangrove

Ecosystems. Okinawa: Japan, 250.

Field, C.D., 1998. Rehabilitation of mangrove ecosystems: an overview. Mar. Pollut. Bull. 37,

383–392.

Field, C. D., 1999. Mangrove rehabilitation: choice and necessity. Hydrobiologia, 413, 47–52.

Fiscarelli, A.G. & Pinheiro, M.A.A., 2002. Perfil sócio-econômico e conhecimento

etnobiológico do catador de caranguejo-uçá, Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763), nos

manguezais de Iguape (24°41’ S), SP, Brasil. Actualidades Biológicas, 24, 39–52.

Freitas, A.C., 2011. Potencial extrativo do caranguejo-uçá Ucides cordatus (linnaeus, 1763) e

a associação dessa espécie com os bosques De mangue, na reserva extrativista marinha de

maracanã, Maracanã–Pa. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Pará.

Bragança, Brasil, não publicado.

Frusher, S.D., Giddins, R.L., Smith, T.J., 1994. Distribution and abundance of grapsid crabs

(Grapsidae) in a mangrove estuary: effects of sediment characteristics, salinity tolerances,

and osmoregulatory ability. Estuaries, 17, 647–654.

Giri, C., Ochieng, E., Tieszen, L.L., Zhu, Z., Singh, A., Loveland, T., Masek, J., Duke, N.,

2011. Status and distribution of mangrove forests of the world using earth observation

satellite data. Global Ecology and Biogeography, 20, 154–159.

Glaser, M., 2003. Interrelations between mangrove ecosystem, local economy and social

sustainability in Caeté Estuary. Wetland Ecology and Management, 11, 265–272.

Glaser, M. & Diele, K., 2004. Asymmetric outcomes: assessing central aspects of the

biological, economic and social sustainability of a mangrove crab fishery, Ucides

cordatus (Ocypodidae), in North Brazil. Ecological Economics, 49, 361–373.

Glaser, M., Krause, G., Oliveira, R.S. & Fontalvo-Herazo, M., 2010. Mangroves and people:

A social-ecological system. In: SAINT-PAUL, U., SCHNEIDER, H. (Eds.), Mangrove

Dynamics and Management in North Brazil. Ecological Studies, Springer, Berlin,

Heidelberg, 211, 307–351.

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

34

Góes, P., Branco, J.O., Pinheiro, M.A.A., Barbieri, E., Costa, D., Fernandes, L.L., 2010.

Bioecology of the uçá-crab, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763), in Vitória bay, Espírito

Santo State, Brazil. Brazilian Journal of Oceanography, 58 (2),153–163.

Gomes, J.D., Abrunhosa, F.A., Simith, D.J.B. & Asp, N.E., 2013. Mangrove sedimentary

characteristics and implications for crab Ucides cordatus (Crustacea, Decapoda,

Ucididae) distribution in an estuarine area of the Amazonian region. Acta Amazonica, 43,

481–489.

Gomes, L.F., 2013. Estabelecimento de mudas espécies arbóreas de mangue em florestas

desmatadas na comunidade de Tamatateua, Bragança- Pará. Trabalho de conclusão de

Curso, Universidade Federal do Pará. Bragança, Brasil, não publicado.

Hattori, G.Y., 2006. Densidade populacional do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus,

1763) (Crustacea: Brachyura: Ocypodidae), na região de Iguape (SP). Tese de Doutorado,

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista.

Jaboticabal, Brasil, não publicado.

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), 2003.

Portaria IBAMA Nº 034 /03-N, de 24 de junho de 2003. 2pp.

Kjerfve, B, Lacerda, L.D., 1993. Mangroves of Brazil. Mangroves Ecossystems Technical

Reports. 2, 245-272.

Koch, V., 1999. Epibenthic production and energy flow in the Caeté mangrove estuary, North

Brazil. ZMT Contribution 6, Bremen, 97.

Koch, V., Wolff, M., 2002. Energy budget and ecological role of mangrove epibenthos in the

Caeté estuary, North Brazil. Marine Ecology Progress Series, 228, 119–130.

Koch, V., Wolff, M. & Diele, K., 2005. Comparative population dynamics of four fiddler

crabs (Ocypodidae, genus Uca) from a North Brazilian mangrove ecosystem. Marine

Ecology Progress Series, 291, 177–188.

Koch, V. & Nordhaus, I., 2010. Feeding ecology and ecological role of north Brazilian

mangrove crabs. In: Saint-Paul, U. & Schneider, H. (Eds.), Mangrove Dynamics and

Management in North Brazil. Ecological Studies, Springer, Berlin, Heidelberg, 211, 265–

273.

Luo, Z., Sun, O.J., Xu, H., 2010. A comparison of species composition and stand structure

between planted and natural mangrove forests in Shenzhen Bay, South China. J. Plant

Ecol. 3, 165e174.

Köppen, W., 1948. Climatologia –conunestudio de los climas de latierra. México, Fondo de

Cultura Economica, 479.

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

35

Lovelock, C.E., Feller, I.C., 2003. Photosynthetic performance and resource utilization of two

mangrove species coexisting in a hypersaline scrub forest. Oecologia, 134, 455-462.

Lugo, A.E., Snedaker, S.C. 1974. The Ecology of Mangroves. Annual Review of Ecology and

Systematics, 5, 39-64.

Macelino, R.L., Cordeiro, T.A., Costa, C.F., 2005. Uma abordagem sócio-econômica e sócio-

ambiental dos pescadores artesanais e outros usuários ribeirinhos do estuário do Rio

Paraíba do Norte, Estado da Paraíba, Brasil. Tropical Oceanography, Recife, 33(2), 183-

197.

Macintosh, D.J., Ashton, E.C. & Havanon, S., 2002. Mangrove rehabilitation and intertidal

biodiversity: a study in the Ranong mangrove ecosystem, Thailand. Estuarine, Coastal

and Shelf Science, 55, 331–345.

Mazda, Y., Magi, M., Kogo, M. & Hong, P.N., 1997. Mangroves as a coastal protection from

waves in the Tong King Delta, Vietnam. Mangroves and Salt Marshes, 1, 127–135.

Mazda, Y., Magi, M., Ikeda, Y., Kurokawa, T. & Asano, T., 2006. Wave reduction in a

mangrove forest dominated by Sonneratia sp. Wetlands Ecology and Management, 14,

365–378.

Mazda, Y., Wolanski, E. & Ridd, P.V., 2007. The role of physical processes in mangrove

environments: manual for the preservation and utilization of mangrove ecosystems.

Terrapub, Tokyo, 598.

Matos, A.V., 2001. Vocabulário semi-sistemático da terminologia do caranguejo Dissertação

de mestrado. Bragança, Universidades Federal do Para. Bragança, Brasil, não publicado.

Mckee, K.L. & Faulkner, P.L., 2000. Restoration of biogeochemical function in mangrove

forests. Restoration Ecology, 8, 247–259.

Melo, G.A.S., 1996. Manual de identificação dos Brachyura (caranguejos e siris) do litoral

brasileiro. 1ª edição. Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo,

Brasil, 603.

Menezes, M.P.M., Compton, A.T.K., 2003. An analysis of the vegetation related to the

inundation level of a degraded mangrove forest: Bragança, Peninsula, NE Brazil. In:

Conferência Internacional sobre Estuários e Manguezais (Mangrove). Resumos. Salvador.

Bahia. Brasil.

Morais, A.C.R., 1999. Contribuições para a gestão da zona costeira do Brasil: elementos para

uma Geografia do Litoral Brasileiro. São Paulo: Hucitec, Edusp, 229.

Morais, B.C., Costa, J.M.N., Costa, A.C.L., Costa, M.H., 2005. Variação espacial e temporal

da precipitação no estado do Pará. Acta Amazônica, 35(2), 207 – 214.

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

36

Morrisey, D.J., Dewitt, T.H., Roper, D.S., Williamson, R. B., 1999. Variation in the depth and

morphology of burrows of the mud crab Helice crassa among different types of intertidal

sediment in New Zealand. Marine Ecology Progress Series, 182, 231–242.

Morrisey, D.J., Skilleter, G.A., Ellis, J.I., Burns, B.R., Kemp, C.E. & Burt, K., 2003.

Differences in benthic fauna and sediment among mangrove (Avicennia marina var.

australasica) stands of different ages in New Zealand. Estuarine, Coastal and Shelf

Science, 56, 581–592.

Nagelkerken, I., Blaber, S.J. M., Bouillon, S., Green, P., Haywood, M., Kirton, L.G.,

Meynecke, J.O., Pawlik, J., Penrose, H.M., Sasekumar, A. & Somerfield, P.J., 2008. The

habitat function of mangroves for terrestrial and marine fauna: a review. Aquatic Botany,

89, 155–185.

Nascimento, S.A., 1984. Estudo bio-ecológico do caranguejo-uçá e das características dos

manguezais do Estado de Sergipe. Relatório Técnico da ADEMA, Governo do Estado de

Sergipe, não publicado.

Nascimento, S.A., 1993. Biologia do caranguejo-uçá (Ucides cordatus). Administração

Estadual do Meio Ambiente (ADEMA), Aracajú, Sergipe, 48.

Nomann, B.E., Pennings, S.C., 1998. Fiddler crab-vegetation interactions in hypersaline

habitats. J. Exp. Mar. Biol. Ecol., 225(1), 53-68.

Nordi, N.A, 1994. Captura do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) durante o evento reprodutivo

da espécie: o ponto de vista dos caranguejeiros. Revista Nordestina de Biologia, 9, 41–47.

Nordi, N., Nishida, A.K., Alves, R.R.N., 2009. Effectiveness of two gathering techniques for

Ucides cordatus in Northeast Brazil: implications for the sustainability of mangrove

ecosystems. Human Ecology, 37, 121–127.

Nordhaus, I., 2004. Feeding ecology of the semi-terrestrial crab Ucides cordatus cordatus

(Decapoda: Brachyura) in a mangrove forest in northern Brazil. Tese de Doutorado,

Center for Tropical Marine Ecology (ZMT), ZMT Contribution 18. Bremen, Germany,

não publicado.

Nordhaus, I., Wolff, M., Diele, K. 2006. Litter processing and population food intake of the

mangrove crab Ucides cordatus in a high intertidal forest in northern Brazil. Estuarine,

Coastaland Shelf Science 67, 239–250.

Nordhaus, I., Wolff, M., 2007. Feeding ecology of the mangrove crab Ucides cordatus

(Ocypodidae): food choice, food quality and assimilation efficiency. Marine Biology 151,

1665–1681.

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

37

Nordhaus, I., Diele, K. & Wolff, M., 2009. Activity patterns, feeding and burrowing

behaviour of the crab Ucides cordatus (Ucididae) in a high intertidal mangrove forest in

North Brazil. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, 374, 104–112.

Oliveira, D.A.F., 2005. Distribuição espacial do caranguejo-uçá, Ucides cordatus(Linnaeus,

1763) (Crustacea, Brachyura, Ocypodidae). Trabalho de Conclusão de Curso

(Bacharelado em Ciências Biológicas - Habilitação em Biologia Marinha). Unidade São

Vicente, Universidade Estadual Paulista. São Vicente, Brasil, não publicado.

Pedrosa, L.F.C., Cozzolino, S.M.F., 2001. Composição centesimal e de minerais de mariscos

crus e cozidos da cidade de Natal/RN. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 21, 154–157.

Perote, S.M.O., 2010. Estrutura Populacional da Floresta de Mangue e do Caranguejo-uçá,

Ucides cordatus (Linnaeus, 1763), na Reserva Extrativista Marinha “Mãe Grande” de

Curuçá, Curuçá Pa. Dissertação (Mestrado em Recursos Biológicos da Zona Costeira

Amazônica), Universidade Federal do Pará. Bragança, Brasil, não publicado.

Pinheiro, M.A.A., Fiscarelli, A.G. & Hattori, G.Y., 2005a. Growth of the mangrove crab

Ucides cordatus (Brachyura, Ocypodidae). Journal of Crustacean Biology, 25, 293–301.

Pinheiro, M.A.A., Fiscarelli, G., 2001. Manual de apoio à fiscalização do caranguejo-uçá

(Ucides cordatus). Itajaí (SC): UNESP/CEPSUL/IBAMA. 43.

Pinheiro, M.A.A., Souza, C.A. & Borba H., 2005b. Meat yield of the mangrove crab, Ucides

cordatus (Linnaeus, 1763) (Crustacea, Brachyura, Ucididae). Boletim do Instituto de

Pesca, São Paulo, 41 (1), 43–56.

Piou, C., Berger, U. & Feller, I. C., 2009. Spatial structure of a leaf-removing crab population

in a mangrove of North-Brazil. Wetlands Ecology and Management, 17, 93–106.

Piou, C., Berger, U., Hildenbrandt, H., Grimm, V., Diele, K. & D'lima, C., 2007. Simulating

cryptic movements of a mangrove crab: recovery phenomena after small scale fishery.

Ecological Modelling, 205, 110–122.

Pülmanns, N., Nordhaus I., Diele, K. & Mehlig, U., 2015. Artificial crab burrows facilitate

desalting of rooted mangrove sediment in a microcosm study. Journal of Marine Science

and Engineering, 3, 539–559.

Rabinowitz, D., 1978a. Early growth of mangrove seedlings in Panama, and Hypothesis

concerning the relationship of dispersal and zonation. J. Biogeogr., 5, 113-133.

Rabinowitz, D., 1975. Planting experiments in mangroves swamps of Panama. In: Walsh, G.

E., Snedaker, S. C. & Teas, H. J. (eds.) Proceeding of International Symposium on

Biology and Management of Mangroves. Institute of Food and Agriculture Science, Univ.

of Florida, Gainesville, 385-393.

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

38

Ribeiro, P.D., Iribarne, O.O., Daleo, P., 2005. The relative importance of substratum

characteristics and recruitment in determining the special distribution of the fiddler crab

Uca uruguayensis Nobili. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, 314, 99–

111.

Saenger, P., 2002. Mangrove Ecology, Silviculture and Conservation. Dordrecht, the

Netherlands: Kluwer Academic Publishers, 360.

Sandrini-Neto, L. & Lana, P.C., 2012. Distribution patterns of the crab Ucides cordatus

(Brachyura, Ucididae) at different spatial scales in subtropical mangroves of Paranaguá

Bay (southern Brazil). Helgoland Marine Research, 66, 167–174.

Schories, D., Barletta-Bergan, A., Barletta, M., Krumme, U., Mehlig, U., Rademaker, V.,

2003. The keystone role of leaf-removing crabs in mangrove forests of North Brazil.

Wetlands Ecology and Management 11, 243–255.

Schmidt, A.J. & Diele, K., 2009. First field record of mangrove crab Ucides cordatus

(Decapoda: Brachyura: Ucididae) recruits co-inhabiting burrows of conspecific crabs.

Zoologia, 26, 792–794.

Schmidt, A.J., Bemvenut, C.E., Diele, K., 2012. Effects of geophysical cycles on the rhythm

of mass mate searching of a harvested mangrove crab. Animal Behaviour, 84, 333–340.

Schwendenmann, L., 1998. Tidal and seasonal variations of soil and water properties in a

Brazilian mangrove ecosystem. Dissertação de Mestrado. University of Karlsruhe,

Alemanha, 138.

Skov, M.W., Vannini, M., Shunula, J.P., Hartnoll, R.G., Cannicci, S., 2002. Quantifying the

density of mangrove crabs: Ocypodidae and Grapsidae. Mar. Biol., 141, 725-732.

Simith, D.J.B. & Diele, K., 2008. Metamorphosis of mangrove crab megalopae, Ucides

cordatus (Ocypodidae): Effects of interspecific versus intraspecific settlement cues.

Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, 362, 101–107.

Simith, D.J.B., 2012. Fatores físicos, químicos e biológicos envolvidos na indução do

assentamento e metamorfose larval e os efeitos latentes do prolongamento da fase

meroplanctônica no desenvolvimento juvenil do caranguejo-uçá Ucides cordatus

(Linnaeus, 1763) (Decapoda, Brachyura, Ucididae). Tese de Doutorado, Universidade

Federal do Pará (UFPA). Bragança, Brasil, não publicado.

Simith, D.J.B., Abrunhosa, F.A., Diele, K., 2013. Chemical induction in mangrove crab

megalopae, Ucides cordatus (Ucididae): Do young recruits emit metamorphosis-

triggering odours as do conspecific adults? Estuarine, Coastal and Shelf Science, 131,

264–270.

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

39

Souza-Filho, P.W., 1995. A planície costeira bragantina (NE do Pará): influência das

variações do nível do mar na morfoestratigrafia costeira durante o Holoceno. Tese

(Mestrado em geologia e geoquímica), Universidade Federal do Pará. Belém, Brasil, não

publicado.

Smith, T.J., Chan, H.T., Mcivor, C.C., Robblee, M.B., 1989. Comparações de predação de

sementes em florestas tropicais de maré de três continentes. Ecologia 70, 146-151.

Spalding, M., Blasco, F., Field, C., 1997. The International Society for Mangrove

Ecossystems. World Magrove Atlas, Okinawa, Japan. 178.

Spalding, M., Mcivor, A., Tonneijck, F.H., Tol, S. & Van Eijk, P., 2014. Mangroves for

Coastal Defence. Guidelines for Coastal Managers & Policy Makers. Published by

Wetlands International and The Nature Conservancy, 42.

Spalding, M., Collins, L., Kainuma, M., 2010. World Atlas of Mangroves. Earthscan,

London; Washington, DC.

Teal, J.M., Weishar, L., 2005. Ecological engineering, adaptive management, and restoration

management in Delaware Bay salt marsh restoration. Ecol. Eng. 25, 304–314.

Türkay, M., 1970. Die Gecarcinidae Amerikas. Mit einem Anhang über Ucides Rathbun

(Crustacea: Decapoda). Senckenbergiana Biologica, 51(5/6), 333–354.

Valiela, I., Bowen, J.L., & York, J.K., 2001. Mangrove forests: one of the world’s threatened

major tropical environments. BioScience, 51, 807–815.

Van Speybroeck, D., 1992. Regeneration strategy of mangroves along the Kenya coast: a first

approach. Hydrobiologia, 247, 243-251.

Vanucci, M., 2003. Os manguezais e nós: uma síntese de percepções. Editora da Universidade

de São Paulo, São Paulo, 2a edição, 276.

Vanucci, M., 2004. Mangrove management and conservation: present and future. United

Nations University Press, 324.

Walters, B.B., Rӧnnbӓck, P., Kovacs, J.M., Crona, B., Hussain, S.A., Badola, R., Primavera,

J.H., Barbier, E. & Dahdouh-Guebas, F., 2008. Ethnobiology, socio-economics and

management of mangrove forests: a review. Aquatic Botany, 89, 220–236.

Walton, M.E., Le Vay, L., Lebata, J.H., Binas, J. & Primavera, J.H., 2006. Seasonal

abundance, distribution and recruitment of mud crabs (Scylla spp.) in replanted

mangroves. Estuarine, Coastal and Shelf Science, 66, 493–500.

Walton, M.E., Le Vay, L., Lebata, J.H., Binas, J., Primavera, J H., 2007. Assessment of the

effectiveness of mangrove rehabilitation using exploited and non-exploited indicator

species. Biol. Conserv. 138, 180 e 188.

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

40

Wunderlich, A.C., Pinheiro, M.A.A., Rodrigues, A.M.T., 2008. Biologia do caranguejo-ucá,

Ucides cordatus (Crustacea: Decapoda: Brachyura), na Baía da Babitonga, Santa

Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 25, 188–198.

Wunderlich, A.C. & Pinheiro, M.A.A., 2013. Mangrove habitat partitioning by Ucides

cordatus (Ucididae): effects of the degree of tidal flooding and tree-species composition

during its life cycle. Helgoland Marine Research, 67, 279–289.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

41

ANEXO

Normas de formatação dos artigos para submissão e publicação no periódico científico

‘Estuarine, Coastal and Shelf Science’

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 1

ESTUARINE, COASTAL AND SHELF SCIENCEIn association with the Estuarine Coastal Sciences Association (ECSA)

AUTHOR INFORMATION PACK

TABLE OF CONTENTS.

XXX.

• Description• Audience• Impact Factor• Abstracting and Indexing• Editorial Board• Guide for Authors

p.1p.2p.2p.2p.2p.6

ISSN: 0272-7714

DESCRIPTION.

Estuarine, Coastal and Shelf Science is an international multidisciplinary journal devoted to theanalysis of saline water phenomena ranging from the outer edge of the continental shelf to theupper limits of the tidal zone. The journal provides a unique forum, unifying the multidisciplinaryapproaches to the study of the oceanography of estuaries, coastal zones, and continental shelfseas. It features original research papers, review papers and short communications treating suchdisciplines as zoology, botany, geology, sedimentology, physical oceanography.Data reports of mainly local interest are discouraged.

Research areas include:

• Numerical modelling of estuarine and coastal marine ecosystems• Species distribution in relation to varying environments• Effects of waste disposal• Groundwater runoff and Chemical processes• Estuarine and fjord circulation patterns• Meteorological and oceanic forcing of semi-enclosed and continental shelf water masses• Sea-surface and sea-bed processes• Estuarine and coastal sedimentary processes and geochemistry• Brackish water and lagoon phenomena• Transitional waters

Benefits to authorsWe also provide many author benefits, such as free PDFs, a liberal copyright policy, special discountson Elsevier publications and much more. Please click here for more information on our author services.

Please see our Guide for Authors for information on article submission. If you require any furtherinformation or help, please visit our support pages: http://support.elsevier.com

For reviewers:We can provide reviewers of Estuarine, Coastal and Shelf Science with a letter of recognition or areview certificate upon request. Please contact Dr. Luaine Bandounas at [email protected],for more information.

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 2

AUDIENCE.

Marine biologists and ecologists, physical, chemical and biological oceanographers, marinesedimentologists, geologists and geochemists.

IMPACT FACTOR.

2015: 2.335 © Thomson Reuters Journal Citation Reports 2016

ABSTRACTING AND INDEXING.

BIOBASECurrent Contents ASCA/Engineering Technology & Applied Science/Science Citation Index/SCISEARCH DataCurrent Contents/Agriculture, Biology & Environmental SciencesCurrent Contents/Physics, Chemical, & Earth SciencesMarine Literature ReviewMeteorological and Geoastrophysical AbstractsEngineering IndexEnvironmental Periodicals BibliographyGeo Bib & IndexINSPEC Data/Cam Sci AbstrOceanbaseOceanographic Literature ReviewResearch AlertScisearchCurrent Awareness in Biological SciencesCAB InternationalChemical Abstracts ServiceScopusBIOSIS databases/Zoological Records

EDITORIAL BOARD.

Editors

D. Baird, University of Stellenbosch, Matieland, South AfricaEstuarine and coastal ecosystem theory; dynamics and modelling; Ecological Network Analysis;nutrient dynamics and cycling in estuarine and marine ecosystems; water quality assessments.D.J. Burdige, Old Dominion University, Norfolk, Washington, USAChemical oceanography; biogeochemistry of marine and estuarine sediments, including sedimentcontaminants; global changeM. Elliott, Inst. of Estuarine and Coastal Studies, University of Hull, Cottingham Road, Hull, HU6 7RX, UKPapers from Europe, Africa, Australasia and Asia dealing with Life Sciences (ecology, biology,ecosystems), Biota-Chemistry links, Human Impacts, Ecosystem Management and Natural Science-Social Science linksT. Jennerjahn, Leibniz Center for Tropical Marine Ecology in Bremen, Bremen, GermanyBiogeochemical cycling in rivers/estuaries; mangroves; seagrasses and coastal seas; Organic matterdiagenesis; Tropical coastal ecosystems; EutrophicationS. Mitchell, University of Portsmouth, Portsmouth, UKEstuarine sediment transport;dynamics of turbidity maxima in estuaries;civil engineeringhydraulics;coastal morphodynamicsI. Valiela, Ecosystems Center, Marine Biological Laboratory, 7 MBL St. Woods Hole, MA 02543, USABasic and applied papers from the Americas on aspects of life sciences, biogeochemical linkages, andglobal change , review papers from all regions, and invited feature articles

Honorary Editor

E. Wolanski, Australian Institute of Marine Science, Townsville, Queensland, Australia

Associate Editors

R. Asmus, Alfred Wegener Institute for Polar and Marine Research, Bremerhaven, Germany

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 3

coastal ecology, food web analysis, primary production of seagrasses, microphytobenthos andphytoplankton, nutrient dynamics, benthic - pelagic couplingM.M. Baskaran, Wayne State University (WSU), Detroit, Michigan, USATrace metals and isotopesA. Borges, Université de Liège, Liège, BelgiumJ. Bowen, Northeastern University, Nahant, MA, USAEstuarine microbial ecology; estuarine nitrogen cycling; salt marsh ecologyD. Bowers, Bangor University, Menai Bridge, Wales, UKmarine optics; remote sensing of suspended sediments and CDOM; physical oceanography ofestuaries and shelf seas; suspended sediments and marine turbulenceD.R. Cahoon, United States Geological Survey (USGS), Beltsville, Maryland, USAwetland vertical development processes; wetland restoration and managementR. Carmichael, Dauphin Island Sea Laboratory, Dauphin Island, Alabama, USApopulation and trophic ecology; nutrient enrichment and wastewater sources to costal waters -covering invertebrates from bivalve shellfish and horseshoe crabs to cetaceans and manateesZ. Chen, East China Normal University, Shanghai, Chinahydro-geomorphology; and delta-estuary-shelf sedimentologyL. Chicharo, Universidade do Algarve, Faro, PortugalEstuarine fisheries; food web; salt marshR. Feagin, Texas A&M University, College Station, Texas, USASpatial analysis of the erosion in wetlands, dunes, beaches. This includes the use of GIS.A. Franco, Hull, UKfish ecology; community structure and functioning; estuaries, lagoons and coastal waters; numerical/quantitative ecology and statisticsR.W. Fulweiler, Boston University, Boston, Massachusetts, USAcoastal ecology; biogeochemistry; climate change impacts on coastal systemsC.K. Harris, Virginia Institute of Marine Science, Gloucester Point, Virginia, USASediment transport; Numerical models; Estuaries; Continental shelvesL. Harris, University of Maryland, Solomons, Maryland, USAJ. Lambrechts, Louvain-la-Neuve, BelgiumEstuarine and shelf oceanographic modeling, cohesive fine sediment modeling, modeling thedispersion of waterborne particles with/without a special behavior (e.g. swimming for fish larvae andturtle hatchlings, additional wind drift for floating debris).A. Manning, Plymouth University, Plymouth, Devon, UKCohesive sediment transport; Flocculation process; Mixed sediment processes; Nearshore physicaloceanographyP. Martinetto, Universidad Nacional de Mar del Plata, Mar del Plata, Argentinaeutrophication; biological interactions, C and N stable isotopes; coastal and estuarine food webs.J. McClelland, University of Texas at Austin, Port Aransas, Texas, USAfluvial export; coastal ecosystem dynamics; biogeochemistryR.N. Mead, University of North Carolina at Wilmington (UNCW), Wilmington, North Carolina, USAOrganic geochemistry, molecular markers, contaminate fate, natural organic matter fate and transportin estuarine and coastal environmentsI. Nagelkerken, University of Adelaide, Adelaide, AustraliaEffects of climate change on aquatic fauna; coastal&marine fish ecologyP.A. Noble, University of Washington, Seattle, Washington, USADNA sequencing, DNA microarrays, and modellingS Olenin, Klaipeda University, Klaipėda, LithuaniaC. Osburn, Raleigh, USAdissolved and particulate organic matter; photochemistry; absorbance; fluorescence; stable isotopesand biomarkers.M.F. Piehler, University of North Carolina at Chapel Hill, Chapel Hill, North Carolina, USAMicrobial biogeochemistryJ.L. Pinckney, University of South Carolina, Columbia, South Carolina, USAMarine Ecology, phytoplankton, microphytobenthos, ecosystem processesV. Quintino, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugalbenthic ecology (mainly Atlantic, intertidal sandy and rocky shores and subtidal estuarine and coastalshelf areas); bioassement or biomonitoring (namely sediment ecotoxicology, including integratedapproaches such as the sediment quality triad, biotic indicators and indices); community levelresponses to natural and anthropogenic factorsP.A.G. Regnier, Brussels, Belgium

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 4

Estuarine and coastal carbon dynamics in the context of the global carbon cycle; reactive-transportand GIS modeling of the river-estuary-coastal zone continuum, early diagenetic modeling, greenhousegas dynamics (CO2, CH4, N2O), anthropogenic perturbation of the coastal carbon cycle.I. Santos, Southern Cross University, Coffs Harbour, New South Wales, AustraliaBiogeochemistry; Coastal carbon cycle; Submarine groundwater discharge; Isotopic tracers; Land-ocean interactions.A.M. Shiller, Stennis Space Center, USATrace element chemistry; biogeochemical cycling; methane; carbon cyclingS.A. Skrabal, Wilmington, USATrace metal speciation and behavior;Sediment-water intereactions;Effects of sunlight on inorganicand organic components in sedimentsA. Stubbins, Savannah, USADissolved organic matter; aquatic biogeochemistry; environmental photochemistry; glacier, riverineand marine carbon cycleP.W. Swarzenski, U.S. Geological Survey (USGS), Santa Cruz, California, USAM. Teichberg, Leibniz Center for Tropical Marine Ecology in Bremen, Bremen, Germanymarine plant and algal ecology and physiology, estuarine and coastal shallow water ecosystems,eutrophication, ocean acidificationI. Telesh, Russian Academy of Sciences, St. Petersburg, Russian Federationplankton ecology and biodiversity; ecosystem effects of invasive species ; Impact of salinity gradienton aquatic communitiesM.A. Teodósio, Faro, PortugalEstuarine and coastal ecology, plankton, fish larvae, aquatic macroinvertebrates, climate change,marine acidificationS. Vizzini, Università degli Studi di Palermo, Palermo, ItalyC and N stable isotopes; food webs; seagrasses; contaminant trophic transfer; ocean acidificationX.H. Wang, UNSW Australia, Canberra, New South Wales, Australiacoastal oceanography; numerical modelling; sediment transport dynamicsA. Whitfield, South African Institute for Aquatic Biodiversity (SAIAB), Grahamstown, South Africabiology and ecology of fishes in estuariesJ.G. Wilson, Trinity College, Dublin, IrelandBioindicators and coastal management; Aquatic systems analysis; Estuarine pollution; heavy metalsand nutrients; Biota/sediment/water interactions; Ecophysiology and energeticsK. Xu, Baton Rouge, USAGeological oceanography; coastal morphodynamics; observation and numerical modeling of sedimenttransport; sediment dynamics of bottom boundary layer; sedimentary geology; coastal processes

Founding Editors

N.C. FlemmingE. Naylor, University of Wales, Menai Bridge, UK

Editorial Board

M. Alber, University of Georgia, Athens, Georgia, USAestuarine ecology; salt marsh ecology; and coastal policy.W.R. Boynton, University of Maryland, Solomons, Maryland, USAestuarine ecology, eutrophication/water quality; nutrient cycling; nutrient mass balancesO. Defeo, UNDECIMAR, Montevideo, UruguayEcology of sandy shores; Small-scale fisheriesM. Devlin, James Cook University, Townsville, Queensland, AustraliaQ. Dortch, National Oceanic and Atmospheric Administration, Silver Spring, Maryland, USAphytoplankton ecology, Harmful Algal Blooms, and eutrophicationJ. Gomes Ferreira, University of Lisbon, Monte de Caparica, PortugalEcological modelling of estuarine and coastal systems, particularly in the fields of aquaculture andeutrophication.R. Gowen, Agri-Food and Biosciences Institute, Belfast, Northern Ireland, UKPhytoplankton and zooplankton ecology; Marine eutrophication; Harmful algal blooms; Marineecosystem structure and functioningF.L. Hellweger, Northeastern University, Boston, Massachusetts, USAsurface water quality, microbial ecology, mathematical modeling.O. Iribarne, Universidad Nacional de Mar del Plata, Mar del Plata, ArgentinaEstuarine and coastal ecology; Community ecology; Food webs; Coastal fisheriesE. Jaramillo, Universidad Austral de Chile, Valdivia, ChileD.S. McLusky, University of Stirling, Stirling, UK

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 5

Definition of estuaries and transitional waters; Effects of salinity on estuarine invertebrates; Estuarineecosystems, and the impact of pollution on themA.J. Mehta, University of Florida, Gainesville, Florida, USAcoastal Hydraulics; cohesive sediment transportG. Millward, Plymouth University, Plymouth, UKEtuarine and marine biogeochemistry, specifically reaction kinetics in aquatic systems, involvingparticle-water interactions. He also works on the behaviour and transport of radionuclides in estuaries.G.M.E. Perillo, Instituto Argentino de Oceanografia, Bahia Blanca, ArgentinaGeomorphology and Dynamics of Estuaries and Coastal Wetlands - Dynamics of sediment transport- Physical-Biological interactionsD. Prandle, Hertfordshire, UKobservational, modelling and theoretical studies of: tide and storm surge propagation; tidal energyextraction; circulation and mixing; temperatures; sedimentation and water quality in shelf seas andtheir coastal marginsJ. Romero, University of Barcelona, Barcelona, SpainSeagrass biology and ecology, benthic community ecologyY. Saito, National Institute of Advanced Industrial Science and Technology (AIST), Tsukuba, Japansedimentary process, sequence stratigraphy, all silliciclastic shallow marine sedimentsS.D. Sulkin, Western Washington University, Anacortes, Washington, USAW. Zhang, East China Normal University, Shanghai, Chinaheavy metal pollution; sediment tracing using magnetic and geochemical methods; coastalenvironmental changes

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 6

GUIDE FOR AUTHORS.

Your Paper Your WayWe now differentiate between the requirements for new and revised submissions. You may choose tosubmit your manuscript as a single Word or PDF file to be used in the refereeing process. Only whenyour paper is at the revision stage, will you be requested to put your paper in to a 'correct format'for acceptance and provide the items required for the publication of your article.To find out more, please visit the Preparation section below.

Types of paperEstuarine, Coastal and Shelf Science is an international multidisciplinary journal devoted to theanalysis of saline water phenomena ranging from the outer edge of the continental shelf to the upperlimits of the tidal zone. The journal provides a unique forum, unifying the multidisciplinary approachesto the study of the oceanography of estuaries, coastal zones, and continental shelf seas. It featuresoriginal research papers, review papers and short communications treating such disciplines as zoology,botany, geology, sedimentology, physical oceanography. Data reports of mainly local interest arediscouraged. An original research paper should not contain more than 8000 words, and no more than8 figures and 3 tables. A research note/short communication should not contain more than 4,000words and no more than 3 figures and 1 table. The Journal also welcomes suggestions from leadingand internationally renowned scientists for in-depth Reviews and Invited Feature Articles on wide-ranging and contemporary topics. These Reviews can be approx. 12,000 words but the suggestionsshould be discussed with one of the Editors-in-Chief in the first instance.

Research areas include: Numerical modelling of estuarine and coastal marine ecosystems; Speciesdistribution in relation to varying environments; Effects of waste disposal; Groundwater runoff andChemical processes; Estuarine and fjord circulation patterns; Meteorological and oceanic forcing ofsemi-enclosed and continental shelf water masses; Sea-surface and sea-bed processes; Estuarine andcoastal sedimentary processes and geochemistry; Brackish water and lagoon phenomena; Transitionalwaters.

Up-front rejections of papers submitted to Estuarine, Coastal and Shelf Science

ECSS handles about 1000 papers per year and over 3000 reviewers are involved in assisting thejournal each year.

As editors we follow the declared guidelines for the journal and we also receive advice and commentsfrom the publishers, and members of the editorial board as well as reviewers. The consistent advicethat we have received from everyone is that the editors should reject papers which are likely to berejected at the beginning of the process rather than sending them out for review, knowing what theanswer is likely to be. Over 25% of papers are now rejected at the editorial submission phase.

The papers are subject to an initial technical pre-screening process by the publisher. This processchecks on submission format and examines matters such as the provision of suitable keywords andlegible figures. It also tries to check up on the standard of English, as it is totally inappropriate toexpect a reviewer to undertake linguistic revision.

The pre-screening process however makes no judgement on the suitability of the paper for ECSS. Thisjudgement is made by one of the editors who will up-front reject a paper judged unsuitable withoutgoing to review. These up-front rejections are due to three principal reasons:

Firstly, we receive several papers each year that have been submitted to the "wrong journal". Wehave received, for example, papers on inland freshwater lakes or palaeontology, and other topicswhich are clearly beyond the scope of the journal. As a simple guide, if there is no mention of anyprevious ECSS paper in the reference list, it strongly suggests that the paper has been submittedto the wrong journal.

Secondly, papers that are "data reports" or "reports of local interest" will be rejected up-front. Papersin this category may describe a particular estuary in great detail, but fail to advance estuarine, coastaland shelf science. The overwhelming feeling when reading such a paper is "so-what!"

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 7

Thirdly, other reasons for up-front rejection can be a lack of a valid Discussion which integrates thestudy with the peer-reviewed literature or else relies on excessive self-citation, or a lack of appropriatestatistical analysis, or purely statistical analyses without considering processes.

We at ECSS seek that all papers are based on hypothesis testing and that the hypotheses should be ofgeneral and international interest. We are interested in contributions that add to general knowledge,and move the field forward.

By up-front rejection we hope to give the authors a chance to quickly submit to a more appropriatejournal. We do accept that we will sometimes make mistakes in this process, but we do this to protectthe reviewers by offering them only relevant papers that are potentially publishable in ECSS. Up-front rejected papers will not be reconsidered for publication and we have a similar policy for papersrejected after review.

Submission checklistYou can use this list to carry out a final check of your submission before you send it to the journal forreview. Please check the relevant section in this Guide for Authors for more details.

Ensure that the following items are present:

One author has been designated as the corresponding author with contact details:• E-mail address• Full postal address

All necessary files have been uploaded:Manuscript:• Include keywords• All figures (include relevant captions)• All tables (including titles, description, footnotes)• Ensure all figure and table citations in the text match the files provided• Indicate clearly if color should be used for any figures in printGraphical Abstracts / Highlights files (where applicable)Supplemental files (where applicable)

Further considerations• Manuscript has been 'spell checked' and 'grammar checked'• All references mentioned in the Reference List are cited in the text, and vice versa• Permission has been obtained for use of copyrighted material from other sources (including theInternet)• Relevant declarations of interest have been made• Journal policies detailed in this guide have been reviewed• Referee suggestions and contact details provided, based on journal requirements

For further information, visit our Support Center.

BEFORE YOU BEGINEthics in publishingPlease see our information pages on Ethics in publishing and Ethical guidelines for journal publication.

Declaration of interestAll authors are requested to disclose any actual or potential conflict of interest including any financial,personal or other relationships with other people or organizations within three years of beginning thesubmitted work that could inappropriately influence, or be perceived to influence, their work. Moreinformation.

Submission Declaration and VereficationSubmission of an article implies that the work described has not been published previously (exceptin the form of an abstract or as part of a published lecture or academic thesis or as an electronicpreprint, see http://www.elsevier.com/postingpolicy), that it is not under consideration for publicationelsewhere, that its publication is approved by all authors and tacitly or explicitly by the responsibleauthorities where the work was carried out, and that, if accepted, it will not be published elsewhere

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 8

in the same form, in English or in any other language, including electronically without the writtenconsent of the copyright-holder. To verify originality, your article may be checked by the originalitydetection service CrossCheck http://www.elsevier.com/editors/plagdetect.The cover letter must include a declaration that all authors agree to the submission

ContributorsEach author is required to declare his or her individual contribution to the article: all authors must havematerially participated in the research and/or article preparation, so roles for all authors should bedescribed. The statement that all authors have approved the final article should be true and includedin the disclosure.

Changes to authorshipAuthors are expected to consider carefully the list and order of authors before submitting theirmanuscript and provide the definitive list of authors at the time of the original submission. Anyaddition, deletion or rearrangement of author names in the authorship list should be made onlybefore the manuscript has been accepted and only if approved by the journal Editor. To request sucha change, the Editor must receive the following from the corresponding author: (a) the reasonfor the change in author list and (b) written confirmation (e-mail, letter) from all authors that theyagree with the addition, removal or rearrangement. In the case of addition or removal of authors,this includes confirmation from the author being added or removed.Only in exceptional circumstances will the Editor consider the addition, deletion or rearrangement ofauthors after the manuscript has been accepted. While the Editor considers the request, publicationof the manuscript will be suspended. If the manuscript has already been published in an online issue,any requests approved by the Editor will result in a corrigendum.

Article transfer serviceThis journal is part of our Article Transfer Service. This means that if the Editor feels your article ismore suitable in one of our other participating journals, then you may be asked to consider transferringthe article to one of those. If you agree, your article will be transferred automatically on your behalfwith no need to reformat. Please note that your article will be reviewed again by the new journal.More information.

CopyrightUpon acceptance of an article, authors will be asked to complete a 'Journal Publishing Agreement' (seemore information on this). An e-mail will be sent to the corresponding author confirming receipt ofthe manuscript together with a 'Journal Publishing Agreement' form or a link to the online versionof this agreement.

Subscribers may reproduce tables of contents or prepare lists of articles including abstracts for internalcirculation within their institutions. Permission of the Publisher is required for resale or distributionoutside the institution and for all other derivative works, including compilations and translations. Ifexcerpts from other copyrighted works are included, the author(s) must obtain written permissionfrom the copyright owners and credit the source(s) in the article. Elsevier has preprinted forms foruse by authors in these cases.

For open access articles: Upon acceptance of an article, authors will be asked to complete an'Exclusive License Agreement' (more information). Permitted third party reuse of open access articlesis determined by the author's choice of user license.

Author rightsAs an author you (or your employer or institution) have certain rights to reuse your work. Moreinformation.

Elsevier supports responsible sharingFind out how you can share your research published in Elsevier journals.

Role of the funding sourceYou are requested to identify who provided financial support for the conduct of the research and/orpreparation of the article and to briefly describe the role of the sponsor(s), if any, in study design; inthe collection, analysis and interpretation of data; in the writing of the report; and in the decision tosubmit the article for publication. If the funding source(s) had no such involvement then this shouldbe stated.

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 9

Funding body agreements and policiesElsevier has established a number of agreements with funding bodies which allow authors to complywith their funder's open access policies. Some funding bodies will reimburse the author for the OpenAccess Publication Fee. Details of existing agreements are available online.

Open accessThis journal offers authors a choice in publishing their research:

Open access• Articles are freely available to both subscribers and the wider public with permitted reuse.• An open access publication fee is payable by authors or on their behalf, e.g. by their research funderor institution.Subscription• Articles are made available to subscribers as well as developing countries and patient groups throughour universal access programs.• No open access publication fee payable by authors.

Regardless of how you choose to publish your article, the journal will apply the same peer reviewcriteria and acceptance standards.

For open access articles, permitted third party (re)use is defined by the following Creative Commonsuser licenses:

Creative Commons Attribution (CC BY)Lets others distribute and copy the article, create extracts, abstracts, and other revised versions,adaptations or derivative works of or from an article (such as a translation), include in a collectivework (such as an anthology), text or data mine the article, even for commercial purposes, as longas they credit the author(s), do not represent the author as endorsing their adaptation of the article,and do not modify the article in such a way as to damage the author's honor or reputation.

Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs (CC BY-NC-ND)For non-commercial purposes, lets others distribute and copy the article, and to include in a collectivework (such as an anthology), as long as they credit the author(s) and provided they do not alter ormodify the article.

The open access publication fee for this journal is USD 3000, excluding taxes. Learn more aboutElsevier's pricing policy: https://www.elsevier.com/openaccesspricing.

Green open accessAuthors can share their research in a variety of different ways and Elsevier has a number ofgreen open access options available. We recommend authors see our green open access page forfurther information. Authors can also self-archive their manuscripts immediately and enable publicaccess from their institution's repository after an embargo period. This is the version that has beenaccepted for publication and which typically includes author-incorporated changes suggested duringsubmission, peer review and in editor-author communications. Embargo period: For subscriptionarticles, an appropriate amount of time is needed for journals to deliver value to subscribing customersbefore an article becomes freely available to the public. This is the embargo period and it begins fromthe date the article is formally published online in its final and fully citable form. Find out more.

This journal has an embargo period of 24 months.

Elsevier Publishing CampusThe Elsevier Publishing Campus (www.publishingcampus.com) is an online platform offering freelectures, interactive training and professional advice to support you in publishing your research. TheCollege of Skills training offers modules on how to prepare, write and structure your article andexplains how editors will look at your paper when it is submitted for publication. Use these resources,and more, to ensure that your submission will be the best that you can make it.

Language and language servicesManuscripts should be written in English. Authors who are unsure of correct English usage should havetheir manuscript checked by someone proficient in the language. Manuscripts in which the English isdifficult to understand may be returned to the author for revision before scientific review.

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 10

Please write your text in good English (American or British usage is accepted, but not a mixtureof these). Authors who require information about language editing and copyediting servicespre- and post-submission please visit http://www.elsevier.com/languagepolishing or our customersupport site at service.elsevier.com for more information. Please note Elsevier neither endorsesnor takes responsibility for any products, goods or services offered by outside vendors throughour services or in any advertising. For more information please refer to our Terms & Conditions:http://www.elsevier.com/termsandconditions.

SubmissionSubmission to this journal proceeds totally online and you will be guided stepwise through the creationand uploading of your files. The system automatically converts source files to a single PDF file of thearticle, which is used in the peer-review process. Please note that even though manuscript sourcefiles are converted to PDF files at submission for the review process, these source files are needed forfurther processing after acceptance. All correspondence, including notification of the Editor's decisionand requests for revision, takes place by e-mail removing the need for a paper trail.

In the case of Special Issues, authors should ensure that they submit manuscripts and meet anyadditional requirements in line with deadlines set by the Guest Editor(s) to ensure that the entireSpecial Issue can be published in a timely fashion.

The above represents a very brief outline of this type submission. It can be advantageous to print this"Guide for Authors" section from the site for reference in the subsequent stages of article preparation.

Note: electronic articles submitted for the review process may need to be edited after acceptance tofollow journal standards. For this an "editable" file format is necessary. See the section on "Electronicformat requirements for accepted articles" and the further general instructions on how to prepareyour article below.

Please submit, with the manuscript, the names and addresses of 4 potential Referees. You may alsomention persons who you would prefer not to review your paper.

After peer review, authors will have a 60 days period for submitting their revised manuscript.

Submit your articlePlease submit your article via http://ees.elsevier.com/ecss/

When submitting a manuscript, the author must carefully select the type of paper because severaloptions are possible including normal research papers, short contributions, invited feature papers,review papers, invited editorials, and Special Issues. In the case of Special Issues, several Specialissues may be in preparation at the same time and therefore authors must be very careful to selectthe correct Special Issue.

RefereesPlease submit, with the manuscript, the names, addresses and current email addresses of four expertson the topic of the manuscript. To fit the broad scope of the journal, possible reviewers should includeexperts from a range of regional and international locations. You may also mention, with a briefreason, persons whom you would prefer not to review your paper.

PREPARATIONNEW SUBMISSIONSSubmission to this journal proceeds totally online and you will be guided stepwise through the creationand uploading of your files. The system automatically converts your files to a single PDF file, whichis used in the peer-review process.As part of the Your Paper Your Way service, you may choose to submit your manuscript as a single fileto be used in the refereeing process. This can be a PDF file or a Word document, in any format or lay-out that can be used by referees to evaluate your manuscript. It should contain high enough qualityfigures for refereeing. If you prefer to do so, you may still provide all or some of the source files atthe initial submission. Please note that individual figure files larger than 10 MB must be uploadedseparately.

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 11

REFERENCES_YPYWThere are no strict requirements on reference formatting at submission. References can be in any styleor format as long as the style is consistent. Where applicable, author(s) name(s), journal title/booktitle, chapter title/article title, year of publication, volume number/book chapter and the paginationmust be present. Use of DOI is highly encouraged. The reference style used by the journal will beapplied to the accepted article by Elsevier at the proof stage. Note that missing data will be highlightedat proof stage for the author to correct.

[dataset] Oguro, M., Imahiro, S., Saito, S., Nakashizuka, T., 2015. Mortality data for Japanese oakwilt disease and surrounding forest compositions. Mendeley Data, v1. http://dx.doi.org/10.17632/xwj98nb39r.1.

Formatting requirementsThere are no strict formatting requirements but all manuscripts must contain the essential elementsneeded to convey your manuscript, for example Abstract, Keywords, Introduction, Materials andMethods, Results, Conclusions, Artwork and Tables with Captions.If your article includes any Videos and/or other Supplementary material, this should be included inyour initial submission for peer review purposes.Divide the article into clearly defined sections.

Please ensure the text of your paper is double-spaced and includes page numbers this is an essentialpeer review requirement.

Figures and tables embedded in textPlease ensure the figures and the tables included in the single file are placed next to the relevant textin the manuscript, rather than at the bottom or the top of the file.

REVISED SUBMISSIONSUse of word processing softwareRegardless of the file format of the original submission, at revision you must provide us with aneditable file of the entire article. Keep the layout of the text as simple as possible. Most formattingcodes will be removed and replaced on processing the article. The electronic text should be preparedin a way very similar to that of conventional manuscripts (see also the Guide to Publishing withElsevier). See also the section on Electronic artwork.To avoid unnecessary errors you are strongly advised to use the 'spell-check' and 'grammar-check'functions of your word processor.

Article structureSubdivision - numbered sectionsDivide your article into clearly defined and numbered sections. Subsections should be numbered 1.1(then 1.1.1, 1.1.2 ...), 1.2, etc. (the abstract is not included in section numbering). Use this numberingalso for internal cross-referencing: do not just refer to "the text". Any subsection may be given a briefheading. Each heading should appear on its own separate line.

IntroductionState the objectives of the work and provide an adequate background, avoiding a detailed literaturesurvey or a summary of the results.

Material and methodsProvide sufficient detail to allow the work to be reproduced. Methods already published should beindicated by a reference: only relevant modifications should be described.

Theory/calculationA Theory section should extend, not repeat, the background to the article already dealt with in theIntroduction and lay the foundation for further work. In contrast, a Calculation section represents apractical development from a theoretical basis.

ResultsResults should be clear and concise.

DiscussionThis should explore the significance of the results of the work, not repeat them. A combined Resultsand Discussion section is often appropriate. Avoid extensive citations and discussion of publishedliterature. However, if the paper reads better with a combined section and this prevents an undueamount of repetition then we allow a joint section.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 12

ConclusionsA short Conclusions section can be presented at the end of the Discussion.

Place Acknowledgements, including information on grants received, before the references in aseparate section, and not as a footnote on the title page. Figure captions, tables, figures and schemesshould be presented in this order at the end of the article. They are described in more detail below.

GlossaryPlease supply, as a separate list, the definitions of field-specific terms used in your article if applicable.

AppendicesIf there is more than one appendix, they should be identified as A, B, etc. Formulae and equations inappendices should be given separate numbering: Eq. (A.1), Eq. (A.2), etc.; in a subsequent appendix,Eq. (B.1) and so on. Similarly for tables and figures: Table A.1; Fig. A.1, etc.

Paper lengthThe paper should not contain more than 8000 words, and not more than 8 figures and 3 tables.

Essential title page information• Title. Concise and informative. Titles are often used in information-retrieval systems. Avoidabbreviations and formulae where possible.• Author names and affiliations. Please clearly indicate the given name(s) and family name(s)of each author and check that all names are accurately spelled. Present the authors' affiliationaddresses (where the actual work was done) below the names. Indicate all affiliations with a lower-case superscript letter immediately after the author's name and in front of the appropriate address.Provide the full postal address of each affiliation, including the country name and, if available, thee-mail address of each author.• Corresponding author. Clearly indicate who will handle correspondence at all stages of refereeingand publication, also post-publication. Ensure that the e-mail address is given and that contactdetails are kept up to date by the corresponding author.• Present/permanent address. If an author has moved since the work described in the article wasdone, or was visiting at the time, a 'Present address' (or 'Permanent address') may be indicated asa footnote to that author's name. The address at which the author actually did the work must beretained as the main, affiliation address. Superscript Arabic numerals are used for such footnotes.

AbstractA concise and factual abstract is required. The abstract should state briefly the purpose of theresearch, the principal results and major conclusions. An abstract is often presented separately fromthe article, so it must be able to stand alone. For this reason, References should be avoided, but ifessential, then cite the author(s) and year(s). Also, non-standard or uncommon abbreviations shouldbe avoided, but if essential they must be defined at their first mention in the abstract itself.

Graphical abstractA Graphical abstract is mandatory for this journal. It should summarize the contents of the article ina concise, pictorial form designed to capture the attention of a wide readership online. Authors mustprovide images that clearly represent the work described in the article. Graphical abstracts should besubmitted as a separate file in the online submission system. Image size: please provide an imagewith a minimum of 531 × 1328 pixels (h × w) or proportionally more. The image should be readableat a size of 5 × 13 cm using a regular screen resolution of 96 dpi. Preferred file types: TIFF, EPS, PDFor MS Office files. You can view Example Graphical Abstracts on our information site.Authors can make use of Elsevier's Illustration and Enhancement service to ensure the bestpresentation of their images also in accordance with all technical requirements: Illustration Service.

HighlightsHighlights are mandatory for this journal. They consist of a short collection of bullet points thatconvey the core findings of the article and should be submitted in a separate editable file in theonline submission system. Please use 'Highlights' in the file name and include 3 to 5 bullet points(maximum 85 characters, including spaces, per bullet point). You can view example Highlights onour information site.

KeywordsAuthors must provide 4 to 6 keywords plus regional index terms. At least four of the subject keywordsshould be selected from the Aquatic Science & Fisheries Thesaurus. An electronic version of theThesaurus can be found at http://www.csa.com/csa/support/demo.shtml. You may also find a paper

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 13

version in your library. The Regional Terms should be provided as a hierarchical string (e.g.: USA,California, Monterey Bay). Authors are also encouraged to submit geographic bounding coordinatesat the end of the keyword string. These keywords will be used for indexing purposes.

AbbreviationsDefine abbreviations that are not standard in this field in a footnote to be placed on the first pageof the article. Such abbreviations that are unavoidable in the abstract must be defined at their firstmention there, as well as in the footnote. Ensure consistency of abbreviations throughout the articleif applicable.

AcknowledgementsCollate acknowledgements in a separate section at the end of the article before the references and donot, therefore, include them on the title page, as a footnote to the title or otherwise. List here thoseindividuals who provided help during the research (e.g., providing language help, writing assistanceor proof reading the article, etc.).

Reporting of Salinity MeasurementsIn articles in ECSS, salinity should be reported using the Practical Salinity Scale. In the PracticalSalinity Scale salinity is defined as a pure ratio, and has no dimensions or units. By decision of theJoint Panel of Oceanographic Tables and Standards it does not have any numerical symbol to indicateparts per thousand. Salinity should be reported as a number with no symbol or indicator of proportionafter it. In particular, it is not correct to add the letters PSU, implying Practical Salinity Units, afterthe number.

An example of correct phrasing is as follows: 'The salinity of the water was 34.2'. It is reasonable tostate at some point early in the paper that salinity was measured using the Practical Salinity Scale.

Formatting of funding sourcesList funding sources in this standard way to facilitate compliance to funder's requirements:

Funding: This work was supported by the National Institutes of Health [grant numbers xxxx, yyyy];the Bill & Melinda Gates Foundation, Seattle, WA [grant number zzzz]; and the United States Institutesof Peace [grant number aaaa].

It is not necessary to include detailed descriptions on the program or type of grants and awards. Whenfunding is from a block grant or other resources available to a university, college, or other researchinstitution, submit the name of the institute or organization that provided the funding.

If no funding has been provided for the research, please include the following sentence:

This research did not receive any specific grant from funding agencies in the public, commercial, ornot-for-profit sectors.

Nomenclature and unitsFollow internationally accepted rules and conventions: use the international system of units (SI).If other quantities are mentioned, give their equivalent in SI. You are urged to consult IUPAC:Nomenclature of Organic Chemistry for further information.

Math formulaePlease submit math equations as editable text and not as images. Present simple formulae inline with normal text where possible and use the solidus (/) instead of a horizontal line for smallfractional terms, e.g., X/Y. In principle, variables are to be presented in italics. Powers of e are oftenmore conveniently denoted by exp. Number consecutively any equations that have to be displayedseparately from the text (if referred to explicitly in the text).

FootnotesFootnotes should be used sparingly. Number them consecutively throughout the article. Many wordprocessors build footnotes into the text, and this feature may be used. Should this not be the case,indicate the position of footnotes in the text and present the footnotes themselves separately at theend of the article.

ArtworkElectronic artworkGeneral points

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 14

• Make sure you use uniform lettering and sizing of your original artwork.• Preferred fonts: Arial (or Helvetica), Times New Roman (or Times), Symbol, Courier.• Number the illustrations according to their sequence in the text.• Use a logical naming convention for your artwork files.• Indicate per figure if it is a single, 1.5 or 2-column fitting image.• For Word submissions only, you may still provide figures and their captions, and tables within asingle file at the revision stage.• Please note that individual figure files larger than 10 MB must be provided in separate source files.A detailed guide on electronic artwork is available.You are urged to visit this site; some excerpts from the detailed information are given here.FormatsRegardless of the application used, when your electronic artwork is finalized, please 'save as' orconvert the images to one of the following formats (note the resolution requirements for line drawings,halftones, and line/halftone combinations given below):EPS (or PDF): Vector drawings. Embed the font or save the text as 'graphics'.TIFF (or JPG): Color or grayscale photographs (halftones): always use a minimum of 300 dpi.TIFF (or JPG): Bitmapped line drawings: use a minimum of 1000 dpi.TIFF (or JPG): Combinations bitmapped line/half-tone (color or grayscale): a minimum of 500 dpiis required.Please do not:• Supply files that are optimized for screen use (e.g., GIF, BMP, PICT, WPG); the resolution is too low.• Supply files that are too low in resolution.• Submit graphics that are disproportionately large for the content.

Color artworkPlease make sure that artwork files are in an acceptable format (TIFF, EPS or MS Office files) and withthe correct resolution. If, together with your accepted article, you submit usable color figures thenElsevier will ensure, at no additional charge that these figures will appear in color on the Web (e.g.,ScienceDirect and other sites) regardless of whether or not these illustrations are reproduced in colorin the printed version. For color reproduction in print, you will receive information regardingthe costs from Elsevier after receipt of your accepted article. Please indicate your preferencefor color in print or on the Web only. For further information on the preparation of electronic artwork,please see http://www.elsevier.com/artworkinstructions.Please note: Because of technical complications which can arise by converting color figures to "grayscale" (for the printed version should you not opt for color in print) please submit in addition usableblack and white versions of all the color illustrations.

Figure captionsEnsure that each illustration has a caption. A caption should comprise a brief title (not on the figureitself) and a description of the illustration. Keep text in the illustrations themselves to a minimum butexplain all symbols and abbreviations used.

TablesPlease submit tables as editable text and not as images. Tables can be placed either next to therelevant text in the article, or on separate page(s) at the end. Number tables consecutively inaccordance with their appearance in the text and place any table notes below the table body. Besparing in the use of tables and ensure that the data presented in them do not duplicate resultsdescribed elsewhere in the article. Please avoid using vertical rules.

ReferencesCitation in textResponsibility for the accuracy of bibliographic citations lies entirely with the Author(s). Pleaseensure that every reference cited in the text is also present in the reference list (and vice versa).Any references cited in the abstract must be given in full. Unpublished results and personalcommunications are not recommended in the reference list, but may be mentioned in the text as"unpublished results" or "personal communication". Citation of a reference as 'in press' implies thatthe item has been accepted for publication. Papers which have been submitted are not valid asreferences until accepted.

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 15

Web referencesAs a minimum, the full URL should be given and the date when the reference was last accessed. Anyfurther information, if known (DOI, author names, dates, reference to a source publication, etc.),should also be given. Web references can be listed separately (e.g., after the reference list) under adifferent heading if desired, or can be included in the reference list.

Data referencesThis journal encourages you to cite underlying or relevant datasets in your manuscript by citing themin your text and including a data reference in your Reference List. Data references should include thefollowing elements: author name(s), dataset title, data repository, version (where available), year,and global persistent identifier. Add [dataset] immediately before the reference so we can properlyidentify it as a data reference. The [dataset] identifier will not appear in your published article.

References in a special issuePlease ensure that the words 'this issue' are added to any references in the list (and any citations inthe text) to other articles in the same Special Issue.

Reference management softwareMost Elsevier journals have their reference template available in many of the most popular referencemanagement software products. These include all products that support Citation Style Languagestyles, such as Mendeley and Zotero, as well as EndNote. Using the word processor plug-ins fromthese products, authors only need to select the appropriate journal template when preparing theirarticle, after which citations and bibliographies will be automatically formatted in the journal's style.If no template is yet available for this journal, please follow the format of the sample references andcitations as shown in this Guide.

Users of Mendeley Desktop can easily install the reference style for this journal by clicking the followinglink:http://open.mendeley.com/use-citation-style/estuarine-coastal-and-shelf-scienceWhen preparing your manuscript, you will then be able to select this style using the Mendeley plug-ins for Microsoft Word or LibreOffice.

Reference formattingThere are no strict requirements on reference formatting at submission. References can be in any styleor format as long as the style is consistent. Where applicable, author(s) name(s), journal title/booktitle, chapter title/article title, year of publication, volume number/book chapter and the paginationmust be present. Use of DOI is highly encouraged. The reference style used by the journal will beapplied to the accepted article by Elsevier at the proof stage. Note that missing data will be highlightedat proof stage for the author to correct. If you do wish to format the references yourself they shouldbe arranged according to the following examples:

Reference styleAll citations in the text should refer to: 1. Single Author's name (without initials) and year ofpublication. 2. Two Authors' names and the year of publication. 3. Three or more Authors; first Author'sname followed by "et al." and the year of publication. In the list of references names of authors andall co-authors must be given in full.References in the text should be arranged chronologically.References in the Reference List should be arranged first alphabetically, and then further sortedchronologically if necessary. More than one reference from the same Author(s) in the same year mustbe identified by the letters "a", b", "c", etc., placed after the year of publication.Examples:References to a journal publication:Names and initials of all authors, year. Title of paper. Journal name (given in full), volume number:first and last page numbers of the paper.Gooday, A.J., Bett, B.J., Shires, R., Lambshead, P.J.D., 1998. Deep-sea benthic foraminiferal speciesdiversity in the NE Atlantic and NW Arabian sea: a synthesis. Deep Sea Research Part II 45, 165-201.

References to a book:Names and initials of all authors, year. Title of the book. Publisher, location of publisher, total numberof pages.Fennel, W. and Neumann, T., 2004. Introduction to the Modelling of Marine Ecosystems. Elsevier,Amsterdam, 297 pp.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 16

Reference to a chapter in an edited book:Names and initials of all authors, year. Title of paper. Names and initials of the volume editors, titleof the edited volume. Publisher, location of publisher, first and last page numbers of the paper.Thomas, E., 1992. Middle Eocene-late Oligocene bathyal benthic foraminifera (Weddell Sea): faunalchanges and implications for ocean circulation. In: Prothero, D.R., Berggren, W.A. (Eds.), EoceneOligocene Climatic and Biotic Evolution. Princeton Univ. Press, Princeton, NJ, pp. 245-271.

Conference proceedings papers:Names and initials of all authors, year. Title of paper. Name of the conference. Publisher, location ofpublisher, first and last page numbers of the paper.Smith, M.W., 1988. The significance of climatic change for the permafrost environment. FinalProceedings International Conference on Permafrost. Tapir, Trondheim, Norway, pp. 18-23.

Unpublished theses, reports, etc.: Use of unpublished theses and reports is strongly discouraged. Ifthey are essential and the editors agree, you must supply:Names and initials of all authors, year. Title of item. All other relevant information needed to identifythe item (e.g., technical report, Ph.D. thesis, institute, current status i.e. in press/unpublished etc.).Moustakas, N., 1990. Relationships of Morphological and Physiochemical Properties of Vertisols underGreek Climate Conditions. Ph.D. Thesis, Agricultural Univ. Athens, Greece, unpublished.

In the case of publications in any language other than English, the original title is to be retained.Titles of publications in non-Latin alphabets should be transliterated, and a note such as '(in Russian)'or '(in Japanese, with English Abstract)' should be added at the end of the reference.

The following provide examples of appropriate citation formats for non-text and electronic-onlyinformation. However, it is requested that a Web site address or list server message is given as areference ONLY where the information is unavailable in a more permanent form. If such sources aregiven, then please give as complete information as possible.Jones, P., 1996. Research activities at Smith Technology Institute. WWW Page,http://www.sti.com/about_us/research.Smith, F., Peabody, A.N., 1997. Hydrographic data for the Sargasso Sea, July-September 1993, SarSeamission. (Deep-Sea Data Centre, Hull, UK), online, dataset, 740 MB, http://www.dcdc.gov.Green, A., 1991. Deformations in Acanthaster planci from the Coral Sea, observed during UEA SpecialProject 7, July 1978. Journal of Pollution Research 14 (7) suppl., CD-ROM, photographic images, 240MB.James, Z., 1997. Ecological effects of sea wall construction during 1994 at Bridlington, UK. List serverMessage, Eco-list, 20 October 1995.

VideoElsevier accepts video material and animation sequences to support and enhance your scientificresearch. Authors who have video or animation files that they wish to submit with their article arestrongly encouraged to include links to these within the body of the article. This can be done in thesame way as a figure or table by referring to the video or animation content and noting in the bodytext where it should be placed. All submitted files should be properly labeled so that they directlyrelate to the video file's content. In order to ensure that your video or animation material is directlyusable, please provide the files in one of our recommended file formats with a preferred maximum sizeof 150 MB. Video and animation files supplied will be published online in the electronic version of yourarticle in Elsevier Web products, including ScienceDirect. Please supply 'stills' with your files: you canchoose any frame from the video or animation or make a separate image. These will be used insteadof standard icons and will personalize the link to your video data. For more detailed instructions pleasevisit our video instruction pages. Note: since video and animation cannot be embedded in the printversion of the journal, please provide text for both the electronic and the print version for the portionsof the article that refer to this content.

Supplementary materialSupplementary material can support and enhance your scientific research. Supplementary filesoffer the author additional possibilities to publish supporting applications, high-resolution images,background datasets, sound clips and more. Please note that such items are published online exactlyas they are submitted; there is no typesetting involved (supplementary data supplied as an Excelfile or as a PowerPoint slide will appear as such online). Please submit the material together with thearticle and supply a concise and descriptive caption for each file. If you wish to make any changes tosupplementary data during any stage of the process, then please make sure to provide an updated

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 17

file, and do not annotate any corrections on a previous version. Please also make sure to switch off the'Track Changes' option in any Microsoft Office files as these will appear in the published supplementaryfile(s). For more detailed instructions please visit our artwork instruction pages.

Database linkingElsevier encourages authors to connect articles with external databases, giving readers access torelevant databases that help to build a better understanding of the described research. Please referto relevant database identifiers using the following format in your article: Database: xxxx (e.g., TAIR:AT1G01020; CCDC: 734053; PDB: 1XFN). More information and a full list of supported databases.

ARTICLE ENRICHMENTSAudioSlidesThe journal encourages authors to create an AudioSlides presentation with their published article.AudioSlides are brief, webinar-style presentations that are shown next to the online article onScienceDirect. This gives authors the opportunity to summarize their research in their own wordsand to help readers understand what the paper is about. More information and examples areavailable. Authors of this journal will automatically receive an invitation e-mail to create an AudioSlidespresentation after acceptance of their paper.

Google Maps and KML filesKML (Keyhole Markup Language) files (optional): You can enrich your online articles by providingKML or KMZ files which will be visualized using Google maps. The KML or KMZ files can be uploadedin our online submission system. KML is an XML schema for expressing geographic annotation andvisualization within Internet-based Earth browsers. Elsevier will generate Google Maps from thesubmitted KML files and include these in the article when published online. Submitted KML files willalso be available for downloading from your online article on ScienceDirect. More information.

Interactive MATLAB Figure ViewerThis journal features the Interactive MATLAB Figure Viewer, allowing you to display figures created inMATLAB in the .FIG format in an interactive viewer next to the article. More information and submissioninstructions.

Interactive plotsThis journal enables you to show an Interactive Plot with your article by simply submitting a datafile. Full instructions.

AFTER ACCEPTANCEOnline proof correctionCorresponding authors will receive an e-mail with a link to our online proofing system, allowingannotation and correction of proofs online. The environment is similar to MS Word: in addition toediting text, you can also comment on figures/tables and answer questions from the Copy Editor.Web-based proofing provides a faster and less error-prone process by allowing you to directly typeyour corrections, eliminating the potential introduction of errors.If preferred, you can still choose to annotate and upload your edits on the PDF version. All instructionsfor proofing will be given in the e-mail we send to authors, including alternative methods to the onlineversion and PDF.We will do everything possible to get your article published quickly and accurately. Please use thisproof only for checking the typesetting, editing, completeness and correctness of the text, tables andfigures. Significant changes to the article as accepted for publication will only be considered at thisstage with permission from the Editor. It is important to ensure that all corrections are sent backto us in one communication. Please check carefully before replying, as inclusion of any subsequentcorrections cannot be guaranteed. Proofreading is solely your responsibility.

OffprintsThe corresponding author will, at no cost, receive a customized Share Link providing 50 days freeaccess to the final published version of the article on ScienceDirect. The Share Link can be usedfor sharing the article via any communication channel, including email and social media. For anextra charge, paper offprints can be ordered via the offprint order form which is sent once thearticle is accepted for publication. Both corresponding and co-authors may order offprints at anytime via Elsevier's Webshop. Corresponding authors who have published their article open access donot receive a Share Link as their final published version of the article is available open access onScienceDirect and can be shared through the article DOI link.

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ... - ufpa.br · Universidade Federal do Pará, ... Muito obrigada pelas palavras doces quando eu mais precisei. Ao orientador Darlan Simith pela

AUTHOR INFORMATION PACK 9 Dec 2016 www.elsevier.com/locate/ecss 18

Author's DiscountContributors to Elsevier journals are entitled to a 30% discount on most Elsevier books, if ordereddirectly from Elsevier.

Author InquiriesFor inquiries relating to the submission of articles (including electronic submission whereavailable) please visit this journal's homepage. You can track accepted articles athttp://www.elsevier.com/trackarticle and set up e-mail alerts to inform you of when an article's statushas changed. Also accessible from here is information on copyright, frequently asked questions andmore. Contact details for questions arising after acceptance of an article, especially those relating toproofs, will be provided by the publisher.

Please contact the Journal Manager for any queries on manuscript, offprints and special issues. Fortechnical help, please contact the support team at [email protected].

© Copyright 2014 Elsevier | http://www.elsevier.com