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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
CLAUDIO ROBERTO DURIGAN SOBRINHO
MATHEUS LOPES ENOMOTO
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA EM DIFERENTES TOPOLOGIAS DE PROJETOS DE INSTALAÇÃO FTTX COM TECNOLOGIA
GPON
CURITIBA 2017
CLAUDIO ROBERTO DURIGAN SOBRINHO
MATHEUS LOPES ENOMOTO
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA EM DIFERENTES TOPOLOGIAS DE PROJETOS DE INSTALAÇÃO FTTX COM TECNOLOGIA
GPON
Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título
de Bacharel, Curso de Bacharelado
em Engenharia Elétrica, Setor de
Ciências Exatas, Universidade
Federal do Paraná.
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Eduardo
Pellenz
CURITIBA 2017
TERMO DE APROVAÇÃO
CLAUDIO ROBERTO DURIGAN SOBRINHO
MATHEUS LOPES ENOMOTO ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA EM DIFERENTES TOPOLOGIAS DE PROJETOS DE INSTALAÇÃO FTTX COM TECNOLOGIA GPON
Monografia aprovada como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel, Curso
de Bacharelado em Engenharia Elétrica, Setor de Ciências Exatas, Universidade
Federal do Paraná, pela seguinte banca examinadora:
_________________________________
Prof. Dr. Marcelo Eduardo Pellenz
Orientador - Departamento de Engenharia Elétrica
_________________________________
Prof. Dr. Carlos Marcelo Pedroso
Avaliador 1 - Departamento de Engenharia Elétrica
_________________________________
Prof.ª. Dr. Evelio Martín García Fernández
Avaliador 2 - Departamento de Engenharia Elétrica
“Deixe o futuro falar a verdade e classificar cada um de acordo com seu trabalho e
conquista. O tempo presente
é de cada um. Já o futuro, o
qual eu tenho realmente
trabalhado, é meu. ”
(Nikola Tesla)
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, ao Prof. Dr. Marcelo Eduardo Pellenz, por
sempre incentivar os alunos a procurarem seus sonhos e
desenvolverem suas ideias, mas também por ter aceito o papel
de orientador do Trabalho de Conclusão de Curso.
Somos também gratos ao Centro Politécnico, campus III da
Universidade Federal do Paraná, localizado no Jardim das
Américas, e a seus elementos correlacionados (professores, alunos, cantinas, restaurante universitário, etc.) por ter nos
proporcionado diversas e mais variadas emoções no decorrer de nossa jornada acadêmica e por nos preparar como seres
humanos aptos a desempenhar nossos devidos papéis sociais.
À minha família, por sua capacidade de acreditar e investir em
mim. Mãe, seu cuidado е dedicação foi que deram, em alguns
momentos, а esperança para seguir. Pai, sua presença
significou segurança е certeza de que não estou sozinho nessa
caminhada.
Por último, e não menos relevante, ditamos a grandee
importância de termos pessoas próximas que tornaram isso
tudo possível, seja incentivando, promovendo ou patrocinando.
“[...] É uma pena que a matemática seja necessária e, ao mesmo
tempo, seja tão difícil para algumas pessoas. Costuma-se dizer
– não sei se é verdade – que, quando tentava aprender
geometria com Euclides, um rei teria reclamado que aquilo era
difícil. Euclides teria dito: “Não existe caminho real para a
geometria. ” Realmente não existe. Os físicos não podem
converter a matemática em outra linguagem. Se você quer
aprender sobre a natureza, apreciar a natureza, é necessário
entender a linguagem que ela usa. Ela oferece suas
informações somente de uma maneira. Não devemos ser
presunçosos a ponto de exigir que ela mude. [...]”
Richard Feynman
RESUMO
Nos dias de hoje, o fluxo de informações através das redes de computadores
se tornou corriqueiro, rápido, confiável e de qualidade. Devido a isso inúmeras
aplicações e tecnologias se fizeram possíveis. Agora, com o advento de aplicações
que demandam maior largura de banda para o cliente final como serviços de “triple-play” (dados, vídeo e voz), novas soluções de transmissão de dados acabaram se
tornando populares entre as Operadoras e os Internet Service Providers (ISPs) - Provedores de Serviço Internet. A tecnologia Gigabit Passive Optical Network (GPON)
tem se mostrado uma ótima solução para prover banda larga, no entanto, devido às variações dos tipos de topologias de redes passivas (PON – Passive Optical Network)
definidas com base no número de acessos, tipos de acessos e posição dos elementos
de redes, acaba criando muitos desafios do ponto de vista de otimização. O projeto
desenvolvido neste trabalho propõe melhorar o planejamento de redes FTTx através de otimização da posição dos elementos de rede e revisão técnica de viabilidade do
projeto. Hoje, todas as tarefas à serem otimizadas são feitas pelo projetista de rede
PON de forma manual e visual. A proposta principal do trabalho foi desenvolver uma
ferramenta que auxiliasse no planejamento de rede FTTx, essa ferramenta trouxe
agilidade no desenvolvimento de novos projetos e também na tomada de decisão
baseada em demonstrativos de custos. Para desenvolvimento da ferramenta foram utilizados os softwares Mathematica e Google Earth.
Palavras-chave: PON, FTTx, GPON, Topologia, Otimização, ISP e Triple-Play
ABSTRACT
Nowadays, the flow of information through computer networks has become
commonplace, fast, reliable and of high quality. Due to this numerous applications and
technologies have become possible. Now with the advent of applications that demand
greater width End-user services such as triple-play services (data, video and voice), new solutions in data transmission became popular with Operators and Internet
Service Providers (ISPs). Gigabit Passive Optical Network (GPON) technology has
proven to be a great solution to provide broadband, however, due to variations in the
Passive Optical Network (PON) topologies, based on the number of users, types of
accesses and position of network elements, created many challenges from the point
of view of optimization. This work proposes to improve the planning of FTTx networks
by optimizing the position of the network elements and the technical feasibility of the
Project. Today, all the tasks to be optimized are done manually and visually by the
PON network designer. The main proposal of the work was to develop a tool that could
help in the planning of FTTx network, this tool brought agility in the development of
new projects and in the decision-making based on cost statements. The tool was
developed using software Mathematica and geographical information from Google Earth.
Keywords: PON, FTTx, GPON, Topology, Optimization, ISP and Triple-play.
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Quantidade de acessos de FTTx no Brasil ................................................................. 15
Figura 2 – Refração da Luz I ............................................................................................................ 16
Figura 3 – Refração da Luz II ........................................................................................................... 17
Figura 4 – Refração da Luz III .......................................................................................................... 18
Figura 5 – Reflexão interna total na fibra óptica ............................................................................ 18
Figura 6 – Fibras monomodo e multimodo ..................................................................................... 19
Figura 7 – Diagrama de rede PON .................................................................................................. 21
Figura 8 – Topologia de rede centralizada ..................................................................................... 22
Figura 9 – Topologia de rede com convergência local ................................................................. 22
Figura 10 – Topologia de rede distribuída ...................................................................................... 23
Figura 11 – Características da tecnologia GPON ......................................................................... 25
Figura 12 – Perdas em redes FTTx ................................................................................................. 26
Figura 13 – Diagrama de rede FTTx ............................................................................................... 28
Figura 14 – Topologia de rede FTTx ............................................................................................... 30
Figura 15 - Topologia de rede FTTx com cabo Drop .................................................................... 31
Figura 16 – Diagrama de blocos da ferramenta de planejamento ............................................. 34
Figura 17 – Marcações das esquinas ............................................................................................. 38
Figura 18 – Grafo das esquinas ....................................................................................................... 39
Figura 19 – Projeto 1 (1x4 + 1x16) .................................................................................................. 43
Figura 20 – Projeto 2 (1x8 + 1x8) .................................................................................................... 44
Figura 21 – Projeto 3 (1x4 + 1x16) .................................................................................................. 46
Figura 22 – Otimização da posição do 2º nível de splitter ........................................................... 47
Figura 23 – Projeto de Eunápolis na Bahia .................................................................................... 48
Figura 24 – Projeto de Eunápolis na Bahia (elementos de rede) ............................................... 48
Figura 25 – Projeto de Eunápolis na Bahia (ferramenta de planejamento) .............................. 49
Figura 26 – Diagrama de blocos final da ferramenta de planejamento ..................................... 51
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Atenuação das fibras ..................................................................................................... 20
Tabela 2 – Perdas ópticas ................................................................................................................ 27
Tabela 3 – Marcação das esquinas ................................................................................................. 38
Tabela 4 – Tabela de esquinas ........................................................................................................ 41
Tabela 5 – Tabela de cabos ............................................................................................................. 41
Tabela 6 – Comparativo de topologias ........................................................................................... 42
Tabela 7 – Comparativo Real x Simulado ...................................................................................... 50
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 13
1.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................................. 13
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................. 14
1.3 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................... 14
2 REVISÃO TEÓRICA .................................................................................................... 16
2.1 FUNCIONAMENTO DA FIBRA ÓPTICA EM REDES PON .............................................. 16
2.2 REDE PON ............................................................................................................................... 20
2.3 GPON ........................................................................................................................................ 24
2.4 PERDAS ÓPTICAS ................................................................................................................. 25
2.5 PROJETO DE REDE FTTx .................................................................................................... 27
3 PROJETO .................................................................................................................... 32
3.1 SOFTWARE MATHEMATICA ............................................................................................... 32
3.2 PREMISSAS DO PROJETO .................................................................................................. 33
3.3 DIAGRAMA DE BLOCOS DA FERRAMENTA DE PLANEJAMENTO ........................... 33
3.4 ETAPAS DO PROJETO ......................................................................................................... 34
4 RESULTADOS OBTIDOS ............................................................................................ 38
4.1 PROJETO COM CLIENTES ALEATÓRIOS ........................................................................ 39
4.2 PROJETO COM CLIENTES DEFINIDOS ........................................................................... 45
4.3 COMPARATIVO COM PROJETO REAL ............................................................................. 47
5 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 52
6 TRABALHOS FUTUROS ............................................................................................. 53
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 54
8 CÓDIGO DA FERRAMENTA ........................................................................................... 57
13
1 INTRODUÇÃO
A Internet é um sistema global de redes de computadores, todos interligados para
que seja possível a troca de informações e dados através de um conjunto de
protocolos de comunicação entre redes de computadores. Desde o início da troca de
dados e informações até os dias de hoje, a demanda por largura de banda no
ambiente corporativo e residencial tem aumentado exponencialmente, devido a isso,
a inovação nos meios de comunicação para a entrega de Internet no usuário final tem
sido necessária. Por consequência das limitações das tecnologias de transmissão de
dados do provedor de internet até o cliente final fez-se necessário a evolução das
redes de transmissão via rádio, híbrida (HFC), xDSL, Satélite, Ethernet, Cable
Modem, dentre outras migrarem para atendimento com fibra óptica até o usuário. Isso
porque a tecnologia permite um aumento de banda representativo, junto com a
possibilidade de estruturar uma rede com maior vida útil de produto e tecnologia.
Para o modelo de rede PON (Passive Optical Network) seja alcançado de forma
satisfatória, tecnicamente e economicamente, um bom planejamento é necessário.
Tendo em vista a quantidade de variáveis em um projeto de rede FTTx (Fiber To The
x), conseguir projetar uma rede de forma rápida e coerente tem-se mostrado cada vez
mais interessante para os pequenos, médios e grandes provedores de Internet. Nesse
caso, uma ferramenta de projeto FTTx torna-se fundamental para estudo de
viabilidade técnica e econômica.
1.1 OBJETIVO GERAL
Desenvolver uma ferramenta de projeto de rede FTTx que possa auxiliar e agilizar o
estudo de viabilidade técnica e econômica do projeto de rede PON.
14
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolvimento de uma ferramenta para planejamento de Redes GPON.
Reduzir o investimento de implantação de uma rede GPON.
Utilizar informações geográficas da topologia de implantação da rede (posição
de postes / assinantes).
Otimizar a posição dos splitters para reduzir o comprimento total do Drop Cable.
Implementar a ferramenta de planejamento no Software Mathematica.
Ao ser levada em conta a ideia de inovação, para complementar o sistema atual
de desenvolvimento de projetos de redes FTTx, é necessário que o resultado do
programa apresente confiabilidade, podendo diminuir o número de revisões de projeto
necessárias e sua complexidade inicial. Leva-se em conta que os projetos atuais são
desenvolvidos de forma manual com cálculos padrões que podem ser automatizados,
de tal forma que as peculiaridades de qualquer projeto poderão ser incluídas nesses
cálculos de forma a se tornar uma premissa ajustável em cada caso específico. Há
também a necessidade de que a ferramenta gerada otimize de forma real o custo de
implantação da rede FTTx.
1.3 JUSTIFICATIVA
Para justificar o desenvolvimento desse projeto fez-se necessário a verificação da
quantidade de ISPs (Provedores de Internet) no Brasil que utilizam de tecnologia de
atendimento ao cliente final passível de migração para uma rede FTTx.
15
Os dados coletados na ANATEL são apresentados na Figura 1, mostram que no
Brasil nós temos uma caracterização de migração de tecnologia dos usuários final de
internet para redes com fibra óptica. Tendo em vista que esse crescimento é
acompanhado paralelamente com a necessidade de projeto de redes de FTTx, a
ferramenta para estudo de viabilidade é fundamental para otimizar as atividades de
projetistas ou consultores que atendem esse segmento.
Figura 1 – Quantidade de acessos de FTTx no Brasil
Fonte: Anatel (2017)
Torna-se essencial melhorar a maneira com que os projetos de rede FTTx são
desenvolvidos, para que a rapidez no desenvolvimento dos projetos seja compatível
com a demanda dos provedores de Internet, considerando as características de um
bom projeto de engenharia, com otimização dos custos, com a qualidade e a
viabilidade técnica da rede e econômica da rede.
16
2 REVISÃO TEÓRICA
2.1 FUNCIONAMENTO DA FIBRA ÓPTICA EM REDES PON
A fibra óptica aplicada em redes de computadores para transmissão de dados é
utilizada aplicando o princípio físico da reflexão interna total da luz. Esse princípio da
natureza explicado no livro “FUNDAMENTOS DA FÍSICA: Eletromagnetismo” é
expresso matematicamente pela equação 1.
μ1senθ1 = μ2senθ2 (1)
As variáveis μ1 e μ2 representam os índices de refração dos meios por onde o
feixe luz transita, já as variáveis θ1 e θ2 representam os ângulos medido entre o feixe
de luz e a reta normal do ponto de incidência entre os dois meios. A Figura 2 ilustra o
efeito de refração da luz ao mudar de meio de propagação.
Figura 2 – Refração da Luz I
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Como ilustrado na Figura 2, no primeiro caso o feixe luz se propaga de um meio
com índice de refração menor para o meio com índice de refração maior, logo, o
ângulo entre o feixe de luz e a reta normal à superfície é maior no primeiro meio do
que no segundo.
17
Já no segundo caso, o feixe de luz se propaga de um meio com índice de refração
maior para o meio com índice de refração menor, logo, o ângulo entre o feixe de luz
e a reta normal à superfície é menor no primeiro meio do que no segundo. Por
consequência desse efeito, ao aumentarmos o ângulo de incidência do feixe de luz
no meio com maior índice de refração tem-se para um determinado ângulo de
incidência específico um feixe de luz refratado com ângulo igual à 90º. Isso significa
que o feixe de luz estaria saindo paralelamente à superfície de contato entre os meios.
A equação 1 pode ser ajustada para se encontrar o ângulo de incidência do feixe para
que esse efeito ocorra, a equação 2.2 expressa esse efeito em função dos índices de
refração dos meios.
μ1sen90º = μ2senθ2 (2)
senθ2 =μ1
μ2 (2.1)
θ2 = sen−1 μ1
μ2 (2.2)
A Figura 3 ilustra o efeito de se ter um feixe refratado com ângulo igual à 90º.
Figura 3 – Refração da Luz II
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Se o ângulo de incidência do feixe de luz for maior do que o que causa um feixe
de luz refratado com ângulo de 90º o efeito causado será o de reflexão interna total.
18
Isso fará com que o feixe luz não saia do meio com índice de refração maior para o
meio com o índice de refração menor. Esse efeito é ilustrado na Figura 4.
Figura 4 – Refração da Luz III
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
O efeito de reflexão interna total é utilizado para transportar o sinal de luz na
fibra óptica. A fibra óptica é fabricada com um núcleo de fibra de vidro de índice de
refração determinado e uma casca que envolve a mesma possui um índice de refração
menor do que a fibra de vidro. Assim, ao ser transmitido um sinal de luz por meio da
fibra, o sinal segue o percurso delimitado pela fibra, sem que o sinal saia do meio de
transporte desejado (fibra de vidro). A Figura 5 ilustra esse efeito na fibra óptica.
Figura 5 – Reflexão interna total na fibra óptica
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
19
Com o mesmo conceito de propagação de luz sobre o meio da fibra óptica existem
dois modelos principais de fibra óptica utilizados para comunicação de dados, são
elas as fibras monomodo e as fibras multimodo. A fibra monomodo é produzida com
um núcleo de fibra de vidro menor do que o modelo multimodo, por consequência da
diferença de diâmetros as aplicações de cada uma também são diferentes.
No caso do modelo monomodo, ela disponibiliza um alcance maior de transporte
de luz sem dispersão do comprimento de onda, isso porque o núcleo e a casca da
fibra óptica não permitem que um ângulo de incidência na casca seja muito grande,
consequentemente, o sinal não se altera em longas distância. Já o modelo multimodo,
gera a dispersão do comprimento de onda da luz quando utilizado em distâncias mais
longas que 1 km. A Figura 6 apresenta as diferenças características entre os dois
modelos de fibra óptica.
Figura 6 – Fibras monomodo e multimodo
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Quando consideramos atenuação de sinal nos dois modelos de fibra óptica, vê-
se características físicas diferentes também, sendo o modelo monomodo responsável
por uma atenuação de sinal menor do que o modelo multimodo. A Tabela 1 apresenta
as atenuações de cada um dos modelos de fibra em seus comprimentos de onda
utilizados, conforme as recomendações da ITU-T G.657 e a ITU-T G.651
20
Tabela 1 – Atenuação das fibras
Modelo de
Fibra
Comprimento de onda com atenuação
mais crítica
Atenuação
[dB/km]
Monomodo 1310 nm 0,40
1550 nm 0,22
Multimodo 850 nm 3,00
1300 nm 1,00
Fonte: Normas ITU-T G.657 e ITU-T G.651 (2017)
Na prática, visualiza-se o uso do modelo multimodo em conexões entre
datacenter ponto-a-ponto e fibra monomodo para longas distâncias. Mesmo tendo a
possibilidade de utilizar uma fibra monomodo no lugar da multimodo isso não é
realizado com frequência devido ao fato dos periféricos (componentes eletrônicos)
utilizados para cada modelo de fibra possuírem um custo menor para o modelo
multimodo.
2.2 REDE PON
Rede PON (Passive Optical Network) é definida, conforme a norma ITU-T G.984.1,
como uma rede na planta externa sem a presença de equipamentos ativos
(amplificadores, switches, pontos de distribuição, etc.). Esse modelo de rede externa
possui vantagens quando comparado com o os modelos de rede externa que
possuem equipamentos ativos na planta externa. Algumas vantagens são:
Não sofre com distúrbios elétricos da rede elétrica.
Não sofre com a falta de energia causada por agentes externos.
Não sofre com interferência eletromagnética por utilizar materiais dielétricos.
21
Além de não ser necessário nenhum tipo de equipamento ativo entre a central de
equipamentos do provedor de internet e o cliente final, com apenas uma fibra saindo
da central de equipamentos é possível atender de 1 a 128 clientes finais, dependo do
dimensionamento do projeto. Isso porque com o splitter óptico (divisor de sinal óptico)
é possível fazer com que o sinal da fibra seja dividido em outras fibras. A Figura 7
ilustra o diagrama de uma rede PON. A rede externa possui apenas elementos
passivos, que transportam o sinal de luz, sendo eles a fibra óptica e o divisor óptico.
Figura 7 – Diagrama de rede PON
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Existem diversas topologias de rede PON, elas são definidas pela posição da
rede FTTx em que se coloca o splitter óptico. Esse posicionamento é determinado
conforme as necessidades técnicas e econômicas que o projeto precisa contemplar.
Algumas topologias existentes em redes PON e usualmente utilizadas são:
Centralizada, Convergência Local e Distribuída.
Na topologia Centralizada a divisão óptica do sinal é feita totalmente na central
de equipamentos, consequentemente, nesse modelo existe uma fibra dedicada para
cada assinante da central de equipamentos até o assinante final. A Figura 8 apresenta
o conceito de topologia centralizada.
22
Figura 8 – Topologia de rede centralizada
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Já o modelo de Convergência Local a divisão óptica do sinal é totalmente feita
em um único ponto da planta externa, neste caso o cliente final tem uma fibra dedicada
a partir de um ponto de consolidação da rede externa. Na Figura 9 apresenta-se o
conceito de convergência local.
Figura 9 – Topologia de rede com convergência local
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
23
No modelo de rede Distribuída a rede possui no mínimo dois níveis de divisão
óptica, e esses níveis não precisam estar posicionados na mesma região física da
rede, podendo por exemplo ter um splitter na central e outro na planta externa de
forma a cascatear a divisão óptica, ou dois splitters cascateados na planta externa.
Uma consequência disso para a rede óptica é que ela pode ser dimensionada para
ter um cabo principal com menor quantidade de fibras ópticas do que os modelos
anteriores. A Figura 10 ilustra o modelo de topologia distribuída.
Figura 10 – Topologia de rede distribuída
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Para determinar a melhor topologia a ser utilizada é necessário entender os
requisitos técnicos e financeiros que o projeto pretende cumprir. Com essas
premissas é possível projetar redes e levantar custos de implementação para cada
uma das topologias.
24
2.3 GPON
GPON (Gigabit Passive Optical Network) é uma família de recomendações
definidas pela ITU-T, suas referências são encontradas na ITU-T G.984. Com essas
recomendações é possível realizar o transporte de dados utilizando a rede PON. Os
elementos característicos da tecnologia GPON são a OLT (Optical Line Termination)
e a ONU (Optical Network Unit). Cada um dos elementos possui uma função. No caso
da OLT, a porta PON desse equipamento é responsável por enviar o sinal óptico até
o cliente final, já a ONU, a sua função é receber o sinal da OLT e filtrar apenas o que
lhe é destinado.
O GPON opera com operação full-duplex, ou seja, ele utiliza uma fibra para
realizar o a transmissão do sentido da OLT para ONU e da ONU para a OLT. Isso é
possível pois o protocolo GPON separa em comprimentos de onda eletromagnética
diferentes a operação de downstream e upstream. O sentido de downstream é emitido
da OLT para a ONU, já o upstream é a operação de sentido reverso, ou seja, da ONU
para a OLT. Os comprimentos de ondas utilizados para cada uma das transmissões
é de1490nm para downstream e 1310nm no upstream.
Uma característica importante de transmissão do protocolo GPON é que o
downstream e o upstream possuem larguras de banda assimétricas. Para o
downstream o protocolo GPON permite uma largura de banda de 2,5 Gbps, já para o
upstream a largura de banda é possível é de 1,25 Gbps. A maneira como o transporte
de dados é realizada também possui diferença, no caso do downstream, o método
utilizado é Broadcast, já no sentido de upstream o método é o TDMA.
A Figura 11 apresenta um resumo de como a transmissão em redes GPON opera,
tendo as características apresentadas anteriormente resumidas para cada um dos
sentidos de transmissão: downstream e upstream.
25
Figura 11 – Características da tecnologia GPON
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
A razão de divisão de atendimento por fibra em um projeto com tecnologia GPON
é limitada inicialmente para o máximo permitido pelo protocolo, nesse caso, 128. Isso
quer dizer que em uma fibra conectada à uma porta PON da OLT é possível dividir o
acesso para até 128 usuários.
Essa limitação de autenticação de ONUs por porta não deve ser o único critério
para realização de um projeto, tendo em vista que outras limitações técnicas podem
fazer com que essa quantidade de acessos não seja possível, por exemplo:
disponibilidade de largura de banda atual, disponibilidade de largura de banda para o
futuro, perdas ópticas, entre outras características de operação de rede.
2.4 PERDAS ÓPTICAS
As perdas ópticas em uma rede PON estão vinculadas principalmente à:
𝛼𝑓𝑖𝑏 - Perdas no cabo de fibra óptica [dB/km]
𝛼𝑠𝑝𝑙 - Perdas nos Splitter [dB]
𝛼𝑒𝑚 - Perdas por emendas ópticas [dB]
𝛼𝑐𝑜𝑛 - Perdas por conexões [dB]
26
Para o projeto, é possível calcular uma estimativa de atenuação do sinal da saída
da OLT até a ONU mais distante. Como em grande parte das vezes a ONU mais
distante fisicamente da OLT é a ONU com maior atenuação do sinal, através de uma
estimativa é possível estimar no desenvolvimento do projeto se o sinal que chegará
até a ONU está dentro da faixa de potência de operação da mesma. A Figura 12 ilustra
as perdas ópticas de uma rede FTTx e a faixa de potência de sinal óptico que uma
ONU precisa receber para operar de forma adequada, sendo entre -27 < ONU < -9
dBm. Já a OLT possui uma faixa de operação de sinal óptico de saída de 3 dBm.
Figura 12 – Perdas em redes FTTx
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
A Tabela 2 fornece algumas perdas para utilizar na equação 3 de perdas
ópticas da rede.
𝛼𝑡𝑜𝑡 = 𝛼𝑓𝑖𝑏 + 𝛼𝑠𝑝𝑙 + 𝛼𝑒𝑚 + 𝛼𝑐𝑜𝑛 (3)
27
Tabela 2 – Perdas ópticas
Fonte: Normas ITU-T G.652.B, ANATEL, EIA/TIA 568 (2017)
2.5 PROJETO DE REDE FTTx
Os projetos de rede FTTx estudados através de artigos científicos apresentam um
ponto em comum, a otimização técnica e a viabilidade econômica de um projeto de
rede FTTx são medidas que normalmente não podem ser atingidas de forma absoluta
sem prejudicar uma à outra.
Para um melhor entendimento da rede FTTx é necessário compreender a os
segmentos e regiões existentes dentro do modelo da rede, somente com essa
compreensão é possível otimizar um projeto no seu total. A Figura 13 ilustra um
diagrama de rede PON segmentada por suas regiões características.
28
Figura 13 – Diagrama de rede FTTx
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
O central office é a região da rede em que se posiciona uma ou mais OLTs, nessa
região da rede tem-se elementos de rede FTTx ativos e passivos. Têm-se por
Distribution Area a região da rede que está entre os elementos de rede Main Cable e
Distribution Cable. Diferente do Central Office, posiciona-se nessa região apenas
elementos passivo. Nessa região encontra-se os cabos que saem do Central Office
chamados de cabos principais, elementos como divisores ópticos de 1º nível, caixas
de distribuição e os cabos que distribuem as fibras ópticas para as regiões de
atendimento. Têm-se por Access Area a região entre o elemento de rede externa que
se conecta diretamente com o cliente final. Da mesma forma que a região de
distribuição, nessa região posiciona-se somente elementos passivos. Caixas de
atendimento, divisores ópticos e cabos Drop encontram-se nesse segmento da rede.
Para que os equilíbrios técnicos e econômicos aconteçam é necessário
primeiramente entender alguns parâmetros, por exemplo:
Região geográfica de atendimento
Quantidade de assinantes final da região de atendimento
Largura de banda média que será ofertada
29
Com os parâmetros iniciais definidos, é possível por exemplo definir se o
orçamento de potência óptica estará atendendo a faixa de operação da OLT e da
ONU. Por consequência da distância que a fibra terá que percorrer, verifica-se qual a
razão de divisão máxima para cada fibra possa ser dividida sem comprometer a
operação da rede.
Conforme apresenta-se nos artigos científicos “Towards Achieving Practical GPON
FTTH Designs” e “Design and Implementation of a Fiber to the Home FTTH Access
Network based on GPON”, em um projeto de rede FTTx o custo total de cabo Drop
pode chegar a atingir um custo três vezes maior do que o custo dos cabos principais
e de distribuição. Como o elemento da rede externa que se conecta ao cliente final,
utilizando o cabo Drop, pode ser posicionado conforme a necessidade do projeto,
otimizar o posicionamento desse elemento o mais próximo de grupos de possíveis
assinantes torna-se uma ótima maneira de reduzir o custo final da rede FTTX, tendo
em vista que o consumo de cabo Drop para o atendimento do cliente final reduzirá de
forma direta.
Na Figura 14 apresenta-se uma ilustração da distribuição de cabos desde o
Central Office, até a caixa de atendimento com o splitter de 2º nível em um diagrama
com topologia de splitter distribuído.
30
Figura 14 – Topologia de rede FTTx
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Já na Figura 15, ilustra-se que a quantidade de cabo Drop, mesmo não estando
com toda a planta externa instalada, é muito maior do que a dos outros modelos de
cabos, da mesma forma que se apresenta nos artigos estudados.
31
Figura 15 - Topologia de rede FTTx com cabo Drop
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
32
3 PROJETO
O principal foco do projeto é desenvolver uma ferramenta que auxilie no
planejamento de uma rede FTTx com tecnologia GPON. Para isso considera-se
importante ter como resultado:
Redução do investimento de implantação de uma rede GPON. Utilizando
informações da posição geográficas de esquinas, postes e assinantes da
região de implantação da rede
Otimização da posição dos splitters de 2º nível para reduzir o comprimento total
do cabo Drop a ser utilizado. Tendo em vista que o divisor óptico estará
posicionado dentro da caixa de atendimento que se conecta ao cliente final
Uma ferramenta desenvolvida no software Mathematica capaz de ser utilizada
em outros projetos de rede FTTx
3.1 SOFTWARE MATHEMATICA
Escolheu-se o software Mathematica para desenvolvimento da ferramenta de
planejamento, pois o software possui uma linguagem de desenvolvimento de alto
nível, requerida para manipulação matemática, e otimização de informações externas
ao programa, por exemplo as premissas e parâmetros do mapa da região do projeto.
A otimização do planejamento é feita com a geração de um grafo, gerado pelo
próprio software, com base nos dados de entrada fornecidos, utiliza-se o mesmo para
fazer as otimizações através do método de clutering chamado k-means já
incorporados pelo próprio software.
Além de termos como premissa uma redução de investimento, o Mathematica
também possibilita gerar um resultado gráfico da planta do projeto inicial em conjunto
33
com os elementos de rede FTTx, dessa forma, o trabalho do projetista contará com
redução no tempo de trabalho ao utilizar a ferramenta.
3.2 PREMISSAS DO PROJETO
Para trabalhar com a ferramenta desenvolvida, estipulou-se algumas premissas,
são elas:
Definição do Central Office
Mapa aéreo com a localização dos assinantes
Rota do Cabo principal já definida.
Razão de divisão da porta PON da OLT define-se em 1x64
Delimitação da região de atendimento
3.3 DIAGRAMA DE BLOCOS DA FERRAMENTA DE PLANEJAMENTO
Desenvolveu-se a ferramenta de tal forma que a mesma pudesse apresentar
resultados parciais entre cada etapa, importante para a verificação da viabilidade
técnica. Na Figura 16 apresenta-se um diagrama das etapas para execução da
ferramenta. As etapas 1, 2 e 5 são as únicas em que o projetista da rede precisa
atuar de forma direta, as demais são realizadas automaticamente pela ferramenta.
34
Figura 16 – Diagrama de blocos da ferramenta de planejamento
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
3.4 ETAPAS DO PROJETO
Segmenta-se as etapas do planejamento da rede para que seja possível trabalhar
otimizando os dados que são inseridos na ferramenta.
A decisão de escolher uma região para planejar a rede FTTx pode ser tomada de
forma não técnica, tendo em vista que a própria ferramenta estará ajudando a limitar
um eventual projeto com inviabilidade técnica. A decisão pelo local utilizado (etapa 1),
inicialmente para estudo, com informações estratégicas de demanda de mercado,
como mecanismo de conversão de assinantes da concorrência para a sua operação,
entre outros fatores comerciais.
Para tornar a ferramenta de planejamento mais eficiente, definiu-se que a mesma
executaria a otimização exportando arquivos com elementos georreferenciados do
35
software Google Earth no formato KML (etapas 2 e 5), a partir disso as informações
inseridas seriam tratadas pela ferramenta.
Tendo o arquivo KML já com as todas as esquinas da região do projeto definidas
com suas respectivas marcações geográfica (etapa 3), a ferramenta conseguirá
exportar essas informações para um formato de grafo (etapa 4 e 6). É de extrema
importância nesta etapa que esses marcadores estejam devidamente alocados
conforme a região de atendimento, tal importância é dada pois todos os cálculos
subsequentes realizados pela ferramenta terão como premissa as esquinas
mapeadas pelo projetista. Utiliza-se como métrica para leitura do posicionamento das
esquinas, dos assinantes e de todos os elementos da rede as coordenadas
geográficas em latitude e longitude. Esse padrão de métrica inserido na ferramenta
deve-se ao fato de que todos os elementos marcados diretamente no Google Earth
podem ser importados pelo Mathematica, tornando os resultados dos cálculos de
otimização ainda mais realistas. Resulta-se da marcação das esquinas a possibilidade
de interconectá-las em forma de grafo. Dessa operação temos a representação das
ruas, sendo elas um possível trajeto para os elementos da rede, por exemplo, os
cabos ópticos.
Após o mapeamento dos possíveis clientes através do Google Earth exporta-se as
informações para a ferramenta de planejamento e consolida-se essas informações
junto com as informações das esquinas. Possibilita-se a partir desta etapa que a
ferramenta inicie os cálculos de otimização para a rede FTTx.
Para que seja possível a redução de cabos Drop utilizados no projeto, o
agrupamento dos assinantes mais próximos é de extrema importância para que o
splitter de 2º nível seja posicionado na melhor posição entre os possíveis assinantes
desse grupo. Desta forma a quantidade de cabo Drop será diminuída diretamente.
Nesta etapa de clustering, agrupa-se os clientes em grupos de até 8 ou 16 assinantes
(etapa7). Divide-se dessa forma para que na próxima etapa seja possível colocar um
elemento de rede a fim de atender a esse grupo de assinantes. Através cálculos
matemáticos no software Mathematica, calcula-se a melhor posição do splitter de
36
segundo nível (etapa 8). Essa etapa tem como objetivo otimizar a quantidade de cabo
Drop que será consumido para a ativação do cliente final, posicionando o splitter de
2º nível a uma distância média de todos os assinantes do cluster.
Como etapa complementar ao que foi proposto no início do projeto, a ferramenta
de planejamento também calcula o melhor posicionamento para o splitter de 1º nível.
Essa etapa tem como objetivo otimizar a quantidade de cabo de Distribuição. Desta
forma, o resultado final da otimização de rede FTTx é ainda mais completo, pois todos
os elementos da rede externa são posicionados, reduzindo o investimento no projeto.
Com as informações de melhor posição do splitter de 2º nível, a ferramenta
apresenta um grafo com as informações complementares do que já foi apresentado.
Nesta etapa, já é possível visualizar onde estarão todos os elementos de rede que
serão utilizados antes de atender um possível assinante (etapa 9). A partir do grafo
com todas as informações dos elementos de rede, a ferramenta calcula a quantidade
de cabo Drop utilizada para atender todos os assinantes, isso significa, que a
quantidade de cabo Drop é otimizada desde o momento em que se projeta a rede,
uma dificuldade atual muito grande, pelo fato de não se saber onde estarão os
possíveis novos assinantes. Neste caso, facilita-se a definição da caixa de
atendimento que conectará o assinante à rede no momento da ativação, tendo em
vista que a otimização da posição da caixa de atendimento já tem os seus possíveis
assinantes pré-determinados.
Para consolidar tecnicamente a possibilidade de implantação do projeto, na última
etapa de cálculo da ferramenta de planejamento (etapa 11), é calculado o orçamento
de potência do assinante mais crítico. Esse assinante mais crítico é o assinante mais
distante do Central Office. A ferramenta calcula de forma automática qual o cliente
mais distante e com essa informação, utiliza-se a equação 3 para estabelecer a
viabilidade técnica do projeto.
𝛼𝑡𝑜𝑡 = 𝛼𝑓𝑖𝑏 + 𝛼𝑠𝑝𝑙 + 𝛼𝑒𝑚 + 𝛼𝑐𝑜𝑛 (3)
37
O cálculo deve conter as informações de potência de saída da OLT e faixa de sinal
óptico para operação da ONU. A Figura 12 ilustra as considerações da equação 3.
Valida-se a potência óptica das OLTs e ONUs conforme o fabricante do produto,
demonstra-se essas informações nas equações 4 e 5.
𝑃𝑂𝐿𝑇 = 𝑓𝑎𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎𝑛𝑡𝑒 (4)
𝑥 < 𝑃𝑂𝑁𝑈 (𝑓𝑎𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎𝑛𝑡𝑒) < 𝑦 (5)
Para exemplificação dos cálculos realizados na validação do orçamento de
potência óptica, temos as equações 6 e 7.
𝑃𝑂𝐿𝑇 = 3 𝑑𝐵𝑚 (6)
−27 < 𝑃𝑂𝑁𝑈 < −9 𝑑𝐵𝑚 (7)
Na equação 8 apresenta-se o cálculo da potência da ONU quando considerado as
variáveis de potência de saída da OLT e das perdas ópticas da rede, já na equação 9
apresenta-se a inequação final que precisa ser validada matematicamente para que a
rede possa ser considerada operável.
𝑃𝑂𝑁𝑈 = 𝑃𝑂𝐿𝑇 − 𝛼𝑡𝑜𝑡 (8)
−27 < 𝑃𝑂𝐿𝑇 − 𝛼𝑡𝑜𝑡 < −9 𝑑𝐵𝑚 (9)
Com os cálculos de otimização realizados, a ferramenta apresenta os resultados
para que possa ser feito a comparação entre os diferentes projetos. Desta forma é
possível escolher a topologia mais adequada baseando-se nas informações técnicas
e econômicas obtidas.
38
4 RESULTADOS OBTIDOS
Apresenta-se nesta etapa os resultados obtidos em cada um dos segmentos da
ferramenta. Todo o código desenvolvido está disponível no apêndice.
Validou-se a ferramenta com um pré-projeto para o bairro do Ouro Verde,
localizado no município de Campo Largo. Obteve-se como resultados as informações
apresentadas nesta sessão.
A Figura 17 apresenta a marcação das esquinas feita através do Google Earth.
Como resultado da importação desse arquivo para a ferramenta de planejamento,
teve-se como resposta do programa a Tabela 3.
Figura 17 – Marcações das esquinas
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Tabela 3 – Marcação das esquinas
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
39
Resultou-se da operação um grafo com 55 posições, sendo essas as esquinas
demarcadas no Google Earth. O programa também delimitou automaticamente a área
em que terá os seus cálculos realizados. Estabeleceu-se nesta etapa um nome para
cada uma das 55 esquinas demarcadas, dessa forma, teve-se a formação visual de
cada um dos pontos em forma de números. A Figura 18 apresenta o resultado da
operação realizada pela ferramenta.
Figura 18 – Grafo das esquinas
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
4.1 PROJETO COM CLIENTES ALEATÓRIOS
Inseriu-se de forma aleatória 40 clientes no grafo, porém, para um projeto real, é
possível importar direto do Google Earth um arquivo com as marcações da posição
dos possíveis assinantes, semelhante ao processo de importação dos pontos
geográficos das esquinas. Nesta etapa, toda a vez que a ferramenta é executada,
40
teremos uma informação diferente, tendo em vista que a operação de inserção de
possíveis assinantes foi feita de forma aleatória. É possível operar a ferramenta de
forma a validar qualquer distribuição de clientes pois a ferramenta permite inserir a
posição dos assinantes de forma manual e real.
Definiu-se para os projetos, splitter de primeiro nível 1x4 e 1x8, agrupamentos de
até 16 e 8 assinantes respectivamente. Esses agrupamentos foram definidos para que
todos pudessem ser atendidos por um único splitter de 2º nível. A operação de
clustering foi realizada pelo Mathematica com ferramentas de otimização próprias.
O clustering utilizado pela ferramenta segue o método de k-means. O método
objetiva particionar “n” observações dentre k grupos onde cada observação pertence
ao grupo mais próximo da média. Isso resulta em uma divisão do espaço de dados, o
Diagrama de Voronoy. O diagrama é um tipo especial de decomposição do espaço,
por exemplo, um espaço métrico, determinado pela distância para uma família de
elementos no espaço.
O método k-means define k centros, um para cada cluster. Esses centros são
posicionados de forma variada pelo próprio programa de forma a causar resultados
diferentes nos agrupamentos dos elementos agrupados. Após variar as posições dos
centroides e calcular os agrupamentos possíveis, finalmente, esse algoritmo visa
minimizar uma função objetiva conhecida como função de erro ao quadrado. As
vantagens desse método é que ele é robusto e eficiente para as premissas da
ferramenta. Porém, uma das desvantagens do método é que ele requer uma
especificação a priori do número de centros de cluster.
A ferramenta otimizou com base nas informações geográficas dos assinantes as
melhores posições geográficas para se colocar os splitters de 1º e 2º nível. Com as
melhores posições geográficas para os splitters definidas, a ferramenta de
planejamento encontrou as melhores esquinas, essas são as mais próximas às
melhores posições geográficas calculadas na etapa 8, para posicionar esses
elementos no grafo. A Tabela 4 apresenta o resultado coletado da ferramenta.
41
Tabela 4 – Tabela de esquinas
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Para apresentar a quantidade de cabos utilizados nos projetos, a ferramenta
gerou de forma separada a quantidade de cabo principal, distribuição e Drop. Na
Tabela 5 é apresentado o resultado dessa operação realizada pela ferramenta.
Tabela 5 – Tabela de cabos
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
A ferramenta calculou também as perdas ópticas e os custos financeiros de
ambas as topologias estudadas. Realizou-se a sumarização de todas as informações
dos projetos e a ferramenta de planejamento gerou a Tabela 6. A Figura 19 e a Figura
20 foram geradas pela ferramenta de planejamento para ilustrar todas as posições
dos elementos de rede.
42
Tabela 6 – Comparativo de topologias
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
43
Figura 19 – Projeto 1 (1x4 + 1x16)
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
44
Figura 20 – Projeto 2 (1x8 + 1x8)
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
45
A análise de validação dos projetos propostos foi feita considerando dois pontos
principais, viabilidade técnica e viabilidade econômica. Foi possível verificar que
ambos os projetos são viáveis do ponto de vista técnico, tendo em vista que o cálculo
de potência óptica não detectou nenhum possível assinante que estivesse fora do
alcance de atendimento por limitação de sinal óptico.
No comparativo de custo de projeto foi verificado uma diferença entre os custos
finais, teve-se para a topologia com 1º nível de divisão óptica 1x4 um custo total de
R$ 23.997,80, já considerando o a topologia com 1º nível de divisão 1x8 um custo de
R$ 22.994,30. Essa diferença de quase 5% no custo final se deve à diferença da
quantidade de cabo Drop necessária em cada topologia. A topologia com o 1º nível
1x8 fez com que fossem necessárias mais caixas de atendimento com o 2º nível de
1x8. Consequentemente, foi possível aproximar esse elemento de rede (splitter de 2º
nível) ainda mais do cliente final quando comparado com a outra topologia, logo, com
essa aproximação teve-se dois impactos diretos, aumento do cabo de distribuição e
a diminuição da quantidade de cabo Drop necessários para a implantação do projeto.
Essa diferença entre os dois modelos de cabo é responsável por ocasionar um a
redução de quase 5% para o Projeto 2.
4.2 PROJETO COM CLIENTES DEFINIDOS
Para validação da ferramenta de otimização, realizamos um terceiro projeto,
nele definimos posições para os clientes na região de atendimento através de
marcadores georreferenciados no Google Earth, como seria feito em um projeto real.
Considerando distribuição de 55 clientes pela região, o resultado obtido para a região
com razão de divisão de primeiro nível de 1x4 e segundo nível 1x16 pode ser
visualizado na Figura 21.
46
Figura 21 – Projeto 3 (1x4 + 1x16)
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Neste terceiro projeto é possível visualizar que após os agrupamentos dos
clientes a ferramenta de planejamento posicionou o splitter de segundo nível de forma
47
a otimizar a quantidade de cabo Drop necessário para implantação do projeto. A
Figura 22 apresenta o posicionamento de um splitter de segundo nível mais próximo
de 6 clientes do que de outros 3, dessa forma o consumo médio de cabo necessário
foi reduzido.
Figura 22 – Otimização da posição do 2º nível de splitter
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
4.3 COMPARATIVO COM PROJETO REAL
Para comparar os resultados com um projeto real, foi utilizado uma rede FTTx
projetada por uma equipe de projetistas. O projeto foi feito com interesse em utilizar a
rede na cidade de Eunápolis na Bahia. O projeto está apresentado na Figura 23. A
Figura 24 é apresentada para facilitar a visualização dos elementos de rede contidos
no projeto. Removeu-se as imagens do que não se refere à rede FTTx. Os resultados
obtidos através da ferramenta de planejamento podem ser visualizados na Figura 25.
48
Figura 23 – Projeto de Eunápolis na Bahia
Fonte: (2017)
Figura 24 – Projeto de Eunápolis na Bahia (elementos de rede)
Fonte: (2017)
49
Figura 25 – Projeto de Eunápolis na Bahia (ferramenta de planejamento)
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Verificou-se diferenças entre os projetos feitos pelo projetista e pela
ferramenta. Percebe-se visualmente diferenças entre as posições dos elementos de
rede, como as rotas dos cabos e as posições dos divisores de sinais ópticos. A Tabela
7 apresenta as diferenças entre os dois projetos.
50
Tabela 7 – Comparativo Real x Simulado
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Além da diferença visual entre os projetos notou-se a diferença de custo final para
implantação. Isso deve se por dois pontos, o primeiro foi a redução de todos cabos
necessários para a implantação da rede. O segundo se trata do custo para se projetar
uma rede FTTx com um projetista capacitado contra a ferramenta de planejamento.
O custo é baseado na quantidade em metros de cabo principal e de distribuição
projetados, o dado levantado de mercado é que os projetistas cobram em média 1,20
R$/m, logo, para o modelo feito manualmente verifica-se um custo de R$ 3.602,34,
para a ferramenta de planejamento consideramos um custo de 0,60 R$/m, tendo em
vista que não há a necessidade de um projetista especialista em redes de FTTx, mas
existe a necessidade de pagar a licença do software utilizado e o custo de fazer o
mapeamento da área no Google Earth. A diferença de custo total entre os dois
projetos ficou igual à R$ 3.705,62, esse montante representa 10% do custo do projeto
desenvolvido manualmente. Notou-se uma redução no tempo execução do projeto,
51
sendo que o modelo manual foi realizado em aproximadamente 1 hora e 30 minutos
e o realizado pela ferramenta de planejamento em aproximadamente 40 minutos.
O diagrama de blocos final do projeto pode ser visualizado na Figura 26. As novas
funções estão descritas nos blocos verdes do diagrama, as etapas 9, 12, 14 e 15
tornaram o resultado final da ferramenta ainda mais efetivo no aspecto técnico e
econômico.
Figura 26 – Diagrama de blocos final da ferramenta de planejamento
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
52
5 CONCLUSÃO
A ferramenta de planejamento conseguiu realizar as tarefas propostas
inicialmente na Figura 16. Durante o desenvolvimento do projeto teve-se o interesse
e a necessidade de implementar algumas tarefas complementares.
Dentro dos projetos simulados pelo próprio programa foi possível verificar a
otimização entre diferentes topologias, essa resposta já foi suficiente para um
planejamento mais adequado e com redução de custos. Verifica-se com isso uma
maior agilidade na tomada de decisão quanto à topologia mais adequada para a região
de implantação da rede FTTx, visto que de atualmente é necessário dimensionar
manualmente ambos os projetos antes de uma decisão final.
Com a confirmação de que a ferramenta de planejamento pode melhorar a posição
dos elementos de rede visando a redução de custo, pode-se dizer que a ferramenta
tem espaço no mercado para projetistas de redes FTTx. Considerando que é possível
fazer uma comparação entre projetos, da mesma forma como foi feito com o projeto
de Eunápolis-BA, torna-se viável a utilização da ferramenta para melhorar projetos
em andamento, sem comprometer a rede já implantada.
53
6 TRABALHOS FUTUROS
Nota-se para um futuro desenvolvimento a possibilidade de melhorar a ferramenta
de planejamento. Identifica-se que poderia ser feito o aperfeiçoamento do parâmetro
limite de clientes, atual de 64, para um número maior de forma a possibilitar o
planejamento de projetos de tamanhos variáveis. Com essa possibilidade seria
interessante a implementação da razão de divisão da rede para 1x128, permitido pela
família de recomendações da rede GPON. Tendo em vista que esse aumento de
assinantes poderia alterar os resultados dos agrupamentos de clientes obtidos com
sucesso pelo método k-means utilizado na ferramenta de planejamento atual, nota-se
a possibilidade de implementar outros métodos de agrupamentos na ferramenta para
comparação com o modelo atual. Como a ferramenta de planejamento tem a
necessidade de ser executada diretamente no Software Mathematica, existe
oportunidade de desenvolver uma interface gráfica de forma a tornar mais amigável a
utilização da ferramenta para o projetista ou usuário final. Visto também que a
usabilidade da ferramenta necessita da utilização de outro software, o Google Earth,
para implementação das marcações das posições geográficas de esquinas, postes e
assinantes, tem-se a necessidade de desenvolver um complemento para a ferramenta
que possibilite a execução dessas tarefas diretamente na ferramenta de
planejamento.
54
7 REFERÊNCIAS
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Eletromagnetismo - Vol. 1. 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 5 v
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. FUNDAMENTOS DA FÍSICA:
Gravitação, ondas e termodinâmica. Vol. 2. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012,
5.v. Cap.14
HAYT, J. W. H, BUCK, J. A. ELETROMAGNETISMO - 7ª. ed. Porto Alegre, Mc
Graw Hill, 2006
REITZ, J. R., MILFORD, R. J., Christy, R. W., Fundamentos da Teoria
Eletromagnética, 3 ed., Editora Campos, Rio de Janeiro, 1988
INTERNATIONAL TELECOMMUNICATION UNION. G.984.1: Gigabit-capable
Passive Optical Networks (GPON) – General characteristics, 2008
ODOM, W. Cisco CCENT/CCNA ICND1 100-101 Official Cert Guide, nº1624,
Indianapolis, Cisco Press, 2013
ODOM, W. Cisco CCNA Routing and Switching ICND2 200-201 Official Cert
Guide, nº1624, Indianapolis, Cisco Press, 2013
ODOM, W. CCNA/ICND2 640-816, nº 1624, Rio de Janeiro, Alta Books Editora,
2014
55
Filippetti, M. A. CCNA 5.0 Guia Completo de Estudo, VisualBooks Editora, 2014
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GPON FTTH Designs, 2015 IEEE, Etisalat British Telecom Innovation Centre,
Khalifa University of Science, Technology And Research Abu Dhabi, UAE
Segarra, J., Sales, V. and Prat, J. Planning and Designing FTTH Networks:
Elements, Tools and Practical Issues, 2012 IEEE, Universitat Politècnica de
Catalunya, Barcelona, Spain
CHU, A., Poon, K. F. and OUALI, A. Using Ant Colony Optimization to design
GPON-FTTH networks with aggregating equipment, 2013 IEEE, Etisalat British
Telecom Innovation Centre, Khalifa University of Science, Technology And
Research, Abu Dhabi, UAE
Al-Quzwini, M. M. Design and Implementation of a Fiber to the Home FTTH
Access Network based on GPON, International Journal of Computer Applications
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no. 1, pp. 17–29, june 2009
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networks using new automatic methods, IET Conference Publications, vol.
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K. Casier, S. Verbrugge, R. Meersman, D. Colle, M. Pickavet and P. Demeester,
A clear and balanced view on FTTH deployment costs, J. Inst. Telecommun.
Prof., vol. 2, no. 3, pp. 2730, 2008.
57
APÊNDICE
8 CÓDIGO DA FERRAMENTA
SetDirectory[NotebookDirectory[]]
Start Local
ROTINA DE IMPORTAÇÃO DO ARQUIVO GERADO PELO GOOGLE EARTH
esquinas = Import[StringJoin[NotebookDirectory[],"eunapolis.kml"],"Elements"];
esquinas = Import[StringJoin[NotebookDirectory[],"eunapolis.kml"],{"Data"}];
(*Importa dados*)
esquinas=({#[[1]],#[[2]]} & /@esquinas[[1,2,2,1,1]][[1]]) ;(*Retira altitude*)
esquinas[[All,{1,2}]]=esquinas[[All,{2,1}]];(*Troca a ordem das colunas*)
rota = Association[Thread[Range[Length[esquinas]] -> esquinas]];
(*Faz a rota entre as esquinas*)
geolist = esquinas//GeoPosition;
ESTABELECER PESOS AOS VÉRTICES COM BASE EM DISTÂNCIAS
GEOGRÁFICAS
markerString[{lat_,lng_}]:="&markers=color:blue%7C"<>ToString[lng]<>","<>ToString
[lat];
url=StringJoin[Flatten[{"http://maps.googleapis.com/maps/api/staticmap?sensor=fals
e&size=800x600&zoom=16&maptype=hybrid",markerString/@geolist[[1]]}]];
58
ggpontemp=NearestNeighborGraph[Keys[rota],{3,0.00079},DirectedEdges-
>False,DistanceFunction->(Norm[rota[#1]-rota[#2]]&),VertexCoordinates-
>Values[rota],VertexLabels-> "Name"];(*Gera grafo das esquinas*)
gponweight=(QuantityMagnitude[GeoDistance[GeoPosition[rota[#[[1]]]],GeoPosition[r
ota[#[[2]]]]]] & /@ EdgeList[ggpontemp] );(*Distancias entre as esquinas*)
ggpon=Graph[VertexList[ggpontemp],EdgeList[ggpontemp],VertexCoordinates-
>esquinas,EdgeWeight->gponweight,VertexLabels->"Name"];
ROTINA DE IMPORTAÇÃO DO ARQUIVO GERADO PELO GOOGLE EARTH
nclientes=Import[StringJoin[NotebookDirectory[],"clienteseunapolis.kml"],"Elements"]
;
nclientes=Import[StringJoin[NotebookDirectory[],"clienteseunapolis.kml"],{"Data"}];
(*Importa dados*)
nclientes=({#[[1]],#[[2]]} & /@nclientes[[1,2,2,1,1]][[1]]); (*Retira altitude*)
nclientes[[All,{1,2}]]=nclientes[[All,{2,1}]];(*Troca a ordem das colunas*)
cclientes = Association[Thread[Range[1001,1000+Length[nclientes]] -> nclientes]];
geolist = nclientes//GeoPosition;
tclientes=Length[nclientes];
CÁLCULO PARA DEFINIR O NÚMERO DE CLUSTERS DE 1X4
ONUs=cclientes;
ncluster1x4=Ceiling[tclientes/16];
maxcluster1x4=Ceiling[tclientes/ncluster1x4];splitterset1x4=FindClusters[Values[ON
Us],ncluster1x4,Method->{"KMeans","NeighborsNumber"->maxcluster1x4}];
59
CÁLCULO DA MELHOR POSIÇÃO PARA OS SPLITTERS DE 1º E 2º NÍVEL COM
PRIMEIRO NÍVEL DE DIVISÃO DE 1X4
centsplitter2N1x4=Map[RegionCentroid[Point[#]]&,splitterset1x4];(*Centro do Cluster
- Ponto ótimo para o splitter 2N*)
centsplitter1N1x4=RegionCentroid[Point[#]]&[centsplitter2N1x4];(*Centroid dos
Splitter 2N - Ponto ótimo para o splitter 1N*)
CÁLCULO PARA A MELHOR ESQUINA DE TODOS OS SPLITTERS COM
PRIMEIRO NÍVEL DE DIVISÃO DE 1X4
esquina1ngraf1x4=Nearest[esquinas,centsplitter1N1x4];
esquina2ngraf1x4=Nearest[esquinas,centsplitter2N1x4];
esquina1n1x4=Flatten[Nearest[esquinas,centsplitter1N1x4] ,1];
(*Esquina Splitter 1N - Esquina ótima para o splitter 1N*)
esquina2n1x4=Flatten[Nearest[esquinas,centsplitter2N1x4] ,1];
(*Esquinas Splitter 2N - Esquinas ótima para o splitter 2N*)
eq11x4=Query[Position[rota,Flatten[Nearest[esquinas,centsplitter1N1x4] ,1]]]@rota;
(*Key da Associação que representa o Vértice do Grafo*)
eq21x4=Query[Position[rota,#]& /@ esquina2n1x4]@rota;
(*Key da Associação que representa o Vértice do Grafo*)
keyeq11x4=Keys[eq11x4];
keyeq11x4=keyeq11x4//.{x_}:>x;
keyeq21x4=Keys[eq21x4]//.{x_Lists}:>x//Flatten;
60
CÁLCULO PARA DEFINIR O NÚMERO DE CLUSTER DE 1X8
ncluster1x8=Ceiling[tclientes/8];
maxcluster1x8=IntegerPart[tclientes/ncluster1x8];
splitterset1x8=FindClusters[Values[ONUs],ncluster1x8,Method-
>{"KMeans","NeighborsNumber"->maxcluster1x8}];
CÁLCULO DA MELHOR POSIÇÃO PARA OS SPLITTERS DE 1º E 2º NÍVEL COM
PRIMEIRO NÍVEL DE DIVISÃO DE 1X8
centsplitter2N1x8=Map[RegionCentroid[Point[#]]&,splitterset1x8];(*Centro do
Cluster-Ponto ótimo para o splitter 2N*)
centsplitter1N1x8=RegionCentroid[Point[#]]&[centsplitter2N1x8];(*Centroid dos
Splitter 2N-Ponto ótimo para o splitter 1N*)
CÁLCULO PARA A MELHOR ESQUINA DE TODOS OS SPLITTERS COM
PRIMEIRO NÍVEL DE DIVISÃO DE 1X8
esquina1ngraf1x8=Nearest[esquinas,centsplitter1N1x8];
esquina2ngraf1x8=Nearest[esquinas,centsplitter2N1x8];
esquina1n1x8=Flatten[Nearest[esquinas,centsplitter1N1x8],1];
(*Esquina Splitter 1N-Esquina ótima para o splitter 1N*)
esquina2n1x8=Flatten[Nearest[esquinas,centsplitter2N1x8],1];
(*Esquinas Splitter 2N-Esquinas ótima para o splitter 2N*)
eq11x8=Query[Position[rota,Flatten[Nearest[esquinas,centsplitter1N1x8],1]]]@rota;
(*Key da Associação que representa o Vértice do Grafo*)
eq21x8=Query[Position[rota,#]&/@esquina2n1x8]@rota;
61
(*Key da Associação que representa o Vértice do Grafo*)
keyeq11x8=Keys[eq11x8];
keyeq11x8=keyeq11x8//.{x_}:>x;
keyeq21x8=Keys[eq21x8]//.{x_Lists}:>x//Flatten;
CÁLCULO PARA CÁLCULO DAS DISTÂNCIAS ENTRE A OLT E O SPLITTER DE
1º NÍVEL E ENTRE O SPLITTER DE 1º NÍVEL E OS SPLITTERS DE 2º NÍVEL.
CONSIDERANDO O PRIMEIRO NÍVEL DE DIVISÃO DE 1X4
vOLT=22 ;(*Posição da OLT no Grafo*)
vSplitter1N1x4 = keyeq11x4;(*Posição do splitter de 2 nivel no grafo*)
vSplitter2N1x4 = keyeq21x4;(*Posição do splitter de 2 nivel no grafo*)
nS1x4sn=Count[vSplitter2N1x4,u_/;u<Length[esquinas]+1];
olt1n1x4=PathGraph[FindShortestPath[ggpon,vOLT,vSplitter1N1x4]] ;
(*Caminho olt Splitter 1n*)
n1n21x4 =PathGraph[#] & /@ (FindShortestPath[ggpon,vSplitter1N1x4,#]& /@
vSplitter2N1x4); (*Caminho Splitter 1n Splitter 2n*)
feed1x4 =GraphDistance[ggpon,vOLT,vSplitter1N1x4];
(*Quantidade de cabo do feeder*)
dist1x4=GraphDistance[ggpon,vSplitter1N1x4,#] & /@ vSplitter2N1x4;
, para cada ligação*)
totdist1x4=Total[dist1x4];(*Quantidade total de cabo de distribuiçao*)
Drop1x4=Outer[EuclideanDistance,Flatten[esquina2n1x4],splitterset1x4,2]//Flatten;
(*Quantidade total de cabo de distribuiçao*)
62
totalDrop1x4=Total[Drop1x4];
medDrop1x4=totalDrop1x4/tclientes;
CÁLCULO PARA CÁLCULO DOS CUSTOS E DAS PERDAS ÓPTICAS COMUNS
ENTRE AS TOPOLOGIAS
costroseta=tclientes*R$;(*Custo total de roseta*)
costcord=tclientes*R$;(*Custo total de cordoes*)
costonu=tclientes*R$;(*Custo total de Onu*)
costEZ=tclientes*R$;(*Custo total de EZ*)
costinstalacao=tclientes*R$;(*Custo total de instalação*)
costoutros=costroseta+costcord+costonu+costEZ+costinstalacao;
costspl1x4=R$;
costspl1x16=R$;
costspl1x8=R$;
costfeed=R$;
costdist=R$;
costDrop=R$;
opticlosscord=0.001*0.00040; (*Perda optica no cordão*)
opticlossdist=0.00035;
opticlossDrop=0.00035;
opticlossfeed=0.00040;
opticlossspl1x4=dB;(*Perda optica no splitter 1x4*)
63
opticlossspl1x16=dB;(*Perda optica no splitter 1x16*)
opticlossspl1x8=dB;(*Perda optica no splitter 1x8*)
opticlossemendas=7*dB;(*Perda optica nas emendas*)
CÁLCULO PARA CÁLCULO DOS CUSTOS E PERDAS ÓPTICAS
CONSIDERANDO O PRIMEIRO NÍVEL DE DIVISÃO DE 1X4
costtfeed1x4=feed1x4*costfeed ;(*Custo total de cabo Feeder*)
costtdist1x4=totdist1x4*costdist;(*Custo total de cabo de distribuição*)
costtDrop1x4=totalDrop1x4*costDrop;(*Custo total de cabo Drop*)
costspliter1n1x4=1*costspl1x4;(*Custo total de splitter 1x4*)
costspliter2n1x16=nS1x4sn*60;
custoproj1x4=(costtfeed1x4+costtdist1x4+costtDrop1x4+costoutros+costspliter1n1x4
+costspliter2n1x16); (*Custo total de cabo*)
maxdist1x4=Max[dist1x4];(*Maior comprimento de cabo de distribuição*)
maxDrop1x4=Max[Drop1x4];(*Maior comprimento de cabo Drop*)
opticlossdist1x4=maxdist1x4*opticlossdist;(*Perda optica no maior cabo de
distribuição*)
opticlossDrop1x4=maxDrop1x4*opticlossDrop;(*Perda optica no maior cabo Drop*)
opticlossfeed1x4=feed1x4*opticlossfeed;
opticloss1x4=(opticlossspl1x4+opticlossspl1x16+opticlosscord+opticlossdist1x4+opti
clossDrop1x4+opticlossfeed1x4+opticlossemendas);(*Perdas totais no sistema*)
viabilidade1x4=If[opticloss1x4<27,"Sim",{If[(opticloss1x4-5<27),"Sim com OLT
+5dB","Não"]}];
64
SUMARIZAÇÃO DO PROJETO CONSIDERANDO O PRIMEIRO NÍVEL DE
DIVISÃO DE 1X4
Parallelize[projeto1x4=HighlightGraph[ggpon,{Style[olt1n1x4,Green],Style[n1n21x4[[
1]],Orange],Style[n1n21x4[[2]],Purple],Style[n1n21x4[[3]],Cyan],Style[n1n21x4[[4]],Y
ellow],Style[vSplitter1N1x4,Magenta],Style[vOLT,Red],Style[vSplitter2N1x4,Blue]}]];
Parallelize[projeto1x4=Show[projeto1x4,ListPlot[esquina2ngraf1x4,PlotMarkers-
>""],ListPlot[esquina1ngraf1x4,PlotMarkers->""],ListPlot[splitterset1x4,PlotMarkers->
Automatic]]];
CÁLCULO PARA CÁLCULO DAS DISTÂNCIAS ENTRE A OLT E O SPLITTER DE
1º NÍVEL E ENTRE O SPLITTER DE 1º NÍVEL E OS SPLITTERS DE 2º NÍVEL.
CONSIDERANDO O PRIMEIRO NÍVEL DE DIVISÃO DE 1X8
vSplitter1N1x8=keyeq11x8;(*Posição do splitter de 2 nivel no grafo*)
vSplitter2N1x8=keyeq21x8;(*Posição do splitter de 2 nivel no grafo*)
nS1x8sn=Count[vSplitter2N1x8,u_/;u<Length[esquinas]+1];
olt1n1x8=PathGraph[FindShortestPath[ggpon,vOLT,vSplitter1N1x8]];(*Caminho
olt Splitter 1n*)
n1n21x8=PathGraph[#]&/@(FindShortestPath[ggpon,vSplitter1N1x8,#]&/@vSplitter2
N1x8);(*Caminho Splitter 1n Splitter 2n*)
feed1x8=GraphDistance[ggpon,vOLT,vSplitter1N1x8];(*Quantidade de cabo do
feeder*)
dist1x8=GraphDistance[ggpon,vSplitter1N1x8,#]&/@vSplitter2N1x8; (*Quantidade
,para cada ligação*)
totdist1x8=Total[dist1x8];(*Quantidade total de cabo de distribuiçao*)
Drop1x8=Outer[EuclideanDistance,Flatten[esquina2n1x8],splitterset1x8,1]//Flatten;(*
Quantidade total de cabo de distribuiçao*)
65
totalDrop1x8=Total[Drop1x8];
medDrop1x8=totalDrop1x8/tclientes;
CÁLCULO PARA CÁLCULO DOS CUSTOS E PERDAS ÓPTICAS
CONSIDERANDO O PRIMEIRO NÍVEL DE DIVISÃO DE 1X8
costtfeed1x8=feed1x8*costfeed ;(*Custo total de cabo Feeder*)
costtdist1x8=totdist1x8*costdist;(*Custo total de cabo de distribuição*)
costtDrop1x8=totalDrop1x8*costDrop;(*Custo total de cabo Drop*)
costspliter1n1x8=1*costspl1x8;(*Custo total de splitter 1x4*)
costspliter2n1x16=nS1x8sn*60;
custoproj1x8=(costtfeed1x8+costtdist1x8+costtDrop1x8+costoutros+costspliter1n1x8
);
(*Custo total de cabo*)
maxdist1x8=Max[dist1x8];(*Maior comprimento de cabo de distribuição*)
maxDrop1x8=Max[Drop1x8];(*Maior comprimento de cabo Drop*)
opticlossdist1x8=maxdist1x8*opticlossdist;
(*Perda optica no maior cabo de distribuição*)
opticlossDrop1x8=maxDrop1x8*opticlossDrop;(*Perda optica no maior cabo Drop*)
opticlossfeed1x8=feed1x8*opticlossfeed;
opticloss1x8=(opticlossspl1x8+opticlossspl1x8+opticlosscord+opticlossdist1x8+opticl
ossDrop1x8+opticlossfeed1x8+opticlossemendas);(*Perdas totais no sistema*)
viabilidade1x8=If[opticloss1x8<27,"Sim",{If[(opticloss1x8-5<27),"Sim com OLT
+5dB","Não"]}];
66
SUMARIZAÇÃO DO PROJETO CONSIDERANDO O PRIMEIRO NÍVEL DE
DIVISÃO DE 1X8
Parallelize[projeto1x8=HighlightGraph[ggpon,{Style[olt1n1x8,Green],Style[n1n21x8[[
1]],Orange],Style[n1n21x8[[2]],Purple],Style[n1n21x8[[3]],Cyan],Style[n1n21x8[[4]],Y
ellow],Style[n1n21x8[[5]],Orange],Style[n1n21x8[[6]],Purple],Style[n1n21x8[[7]],Cyan
],Style[n1n21x8[[8]],Yellow],Style[vSplitter1N1x8,Magenta],Style[vOLT,Red],Style[vS
plitter2N1x8,Blue]}] ;];
Parallelize[projeto1x8=Show[projeto1x8,ListPlot[esquina2ngraf1x8,PlotMarkers-
>""],ListPlot[esquina1ngraf1x8,PlotMarkers->""],ListPlot[splitterset1x8,PlotMarkers->
Automatic]]];
COMPARATIVOS ENTRE PROJETOS
final=TextGrid[{{ "Planta",projeto1x4,projeto1x8},{"Projeto","1x4","1x8"},{"Projeto
Viavel",viabilidade1x4,viabilidade1x8},{"Perdas opticas no pior
caso",opticloss1x4,opticloss1x8},{"Quantidade Feeder
(m)",feed1x4,feed1x8},{"Custo Feeder
(R$)",costtfeed1x4,costtfeed1x8},{"Quantidade Distribuição
(m)",totdist1x4,totdist1x8},{"Custo Distribuição
(R$)",costtdist1x4,costtdist1x8},{"Quantidade Drop
(m)",totalDrop1x4,totalDrop1x8},{"Quantidade Média Drop
(m)",medDrop1x4,medDrop1x8},{"Custo Drop
(R$)",costtDrop1x4,costtDrop1x8},{"Quantidade Roseta, Cordão, Onu,
EZConnector, Instalação (unidades)",tclientes,tclientes},{"Custo Roseta, Cordão,
Onu, EZConnector, Instalação (R$)",costoutros,costoutros},{"Custo Total do Projeto
(R$)",custoproj1x4,custoproj1x8}},Alignment->{{Left},{Center},{Center}}, Frame->All]