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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA Maria Fernanda da Silva Souza INTERFERÊNCIA DE ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA K NA TERAPIA COM VARFARINA EM PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES Natal - RN 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

Maria Fernanda da Silva Souza

INTERFERÊNCIA DE ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA K NA TERAPIA

COM VARFARINA EM PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE

LOPES

Natal - RN

2019

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Maria Fernanda da Silva Souza

INTERFERÊNCIA DE ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA K NA TERAPIA

COM VARFARINA EM PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE

LOPES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Graduação em Farmácia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como requisito parcial para obtenção do título

de Bacharel em Farmácia.

Orientadora: Profa. Dra. Ivanise Marina

Moretti Rebecchi

Coorientadora: Dra. Karla Simone Costa de

Souza

Natal - RN

2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde – CCS

Souza, Maria Fernanda da Silva.

Interferência de alimentos ricos em vitamina K na terapia com

varfarina em pacientes do Hospital Universitário Onofre Lopes / Maria Fernanda da Silva Souza. - 2019.

39f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Farmácia) -

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências

da Saúde, Departamento de Farmácia. Natal, RN, 2019. Orientadora: Ivanise Marina Moretti Rebecchi.

Coorientadora: Karla Simone Costa de Souza.

1. Varfarina - TCC. 2. Vitamina K - TCC. 3. Anticoagulante -

TCC. 4. International Normalized Ratio - TCC. I. Rebecchi,

Ivanise Marina Moretti. II. Souza, Karla Simone Costa de. III.

Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 615.273

Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263

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Maria Fernanda da Silva Souza

INTERFERÊNCIA DE ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA K NA TERAPIA

COM VARFARINA EM PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE

LOPES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Graduação em Farmácia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como requisito parcial para obtenção do título

de Bacharel em Farmácia.

Orientadora: Profa. Dra. Ivanise Marina

Moretti Rebecchi

Coorientadora: Dra. Karla Simone Costa de

Souza

______________________________________________________________________

Presidente: Profa. Ivanise Marina M. Rebecchi, Dra. – Orientadora, UFRN

______________________________________________________________________

Membro: Profa. Adriana Augusto de Rezende, Dra. UFRN

________________________________________________________________

Membro: Prof Rodrigo dos Santos Diniz Dr. UFRN

Natal, 05 de novembro de 2019.

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Dedico esta, bеm como todas аs minhas demais

conquistas, à Deus, por ser meu refúgio nos

momentos de aflição, à minha mãe Nininha, por todo

apoio e a minha vó materna Luca por todo carinho e

incentivo.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por sempre me guiar, me proteger e por conceder forças

para alcançar meus objetivos mesmo diante de todas as dificuldades.

A minha família, por todo carinho e incentivo. A minha mãe Nininha, que diante de todas

as dificuldades, nunca mediu esforços para me ajudar e me apoiar. A senhora é tudo pra

mim. Te amo incondicionalmente.

Ao meu avô Mário de Gentil, que mesmo não presente entre nós. Foi fundamental na

minha vida, por ter-me incentivado e por sempre ter acreditado em mim.

Agradeço à minha orientadora Ivanise Rebecchi, pela atenção, comprometimento, pelos

conhecimentos transmitidos e por toda paciência na orientação deste trabalho. A senhora

foi fundamental em todos os momentos. Obrigada por tudo.

A minha co-orientadora Karla Simone, que sempre me deu todo apoio e sempre se

disponibilizou a me ajudar. Minha eterna gratidão.

À Profª Drª Adriana Rezende, por todo acolhimento na pesquisa e por todos os

ensinamentos compartilhados.

Aos meus amigos Ony, Karla, Iago, Renato, Clariscy, Geórgia, Ana, Tássia, Marilia e

Eduarda. Por todos os ensinamentos, pelos momentos compartilhados, e pela ajuda no

desenvolvimento deste trabalho, a vocês minha eterna gratidão.

Ao meu amigo Jucivan, que nos últimos anos, se tornou um irmão pra mim. Obrigada por

tudo, por sempre me colocar pra cima, por sempre acreditar em mim. Por toda ajuda e por

ser esse amigo maravilhoso.

Aos meus amigos da faculdade, em especial Maria Clara, Renata, Fernanda, Denis,

Daniele, Joelly, Amanda, Carol, Pedro, Miguel, Washington e João Victor. Obrigada pela

amizade e por todo companheirismo durante a graduação.

Aos meus amigos Gabriela, Leonardo, Filipe, Flora e Helorrana por todo incentivo.

A todos os funcionários do Ambulatório de Anticoagulação do Hospital Onofre Lopes, em

especial, Dr. Fabio, Dr. Rodolfo, Rosi, Nayara e Luziene pelo acolhimento e auxílio na

apresentação do projeto aos pacientes. Como também a todos os alunos do projeto

varfarina, por toda ajuda na coleta dos dados.

A todos o meu muito obrigada!

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"Descobri como é bom chegar quando se tem paciência. E para se chegar, onde quer que

seja, aprendi que não é preciso dominar a força, mas a razão. É preciso, antes de mais nada,

querer. "

Amyr Klink

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Interferência de alimentos ricos em vitamina K na terapia com varfarina em pacientes

do Hospital Universitário Onofre Lopes

Interference of vitamin K rich foods in warfarin therapy in patients of University

Hospital Onofre Lopes

Maria Fernanda da Silva Souza1; Karla Simone Costa de Souza1; Ivanise Marina Moretti

Rebecchi1*

1Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Farmácia, Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil.

*Autor de Correspondência:

Maria Fernanda da Silva Souza

Av. General Gustavo Cordeiro de Farias, S/N, Faculdade de Farmácia, Petrópolis, CEP:

59012-570, Natal, RN, Brasil

Tel: +55 84 3342-9835

E-mail: [email protected]

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RESUMO

A anticoagulação oral crônica é uma estratégia terapêutica para prevenir e tratar o

tromboembolismo em diversas condições clínicas. A varfarina é um anticoagulante que

atua como antagonista da vitamina K, por este motivo o consumo de alimentos com

elevadas quantidades desta vitamina torna-se um importante fator influenciador da

estabilidade da anticoagulação oral. O presente estudo teve como objetivo avaliar a

interferência de alimentos ricos em vitamina K na ação anticoagulante da varfarina,

utilizando como parâmetro de avaliação os resultados de INR (do inglês, International

Normalized Ratio). Foram selecionados 47 pacientes atendidos no ambulatório do Hospital

Universitário Onofre Lopes, durante os anos de 2015 a 2018. Estes pacientes foram

avaliados em sua totalidade e também em 3 grupos (abaixo, dentro e acima do intervalo

terapêutico), de acordo com os valores de INR. Dados sobre a frequência alimentar de

alimentos ricos em vitamina K e escore do consumo alimentar desta vitamina foram

obtidos. Neste estudo, observou-se que a maioria dos pacientes era do sexo feminino

(76,6%), com principal indicação clínica de uso do anticoagulante, para a válvula cardíaca

metálica (57%). Além disso, foi verificado que o consumo mais elevado de alimentos com

alto teor de vitamina K contribuiu para uma maior frequência de pacientes com valores de

INR abaixo do intervalo terapêutico. Diante disso, nossos resultados indicam que a

influência do consumo de alimentos ricos vitamina K na terapia com varfarina são

clinicamente relevantes na prática clínica e deve ser reconhecida como um fator importante

e independente que interfere na estabilidade da anticoagulação.

Palavras-chave: Varfarina. Vitamina K. Anticoagulante. International Normalized Ratio.

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ABSTRACT

Chronic oral anticoagulation is a therapeutic strategy to prevent and treat

thromboembolism in various clinical conditions. Warfarin is an anticoagulant that acts as a

vitamin K antagonist, so the consumption of foods with high amounts of this vitamin

becomes an important factor influencing the stability of oral anticoagulation. The present

study aimed to evaluate the interference of foods rich in vitamin K on the anticoagulant

action of warfarin, using as an evaluation parameter the International Normalized Ratio

(INR) results. We selected 47 patients treated at the Onofre Lopes University Hospital

outpatient clinic, from 2015 to 2018. These patients were evaluated in their entirety and

also in 3 groups (below, within and above the therapeutic range), according to the values of

INR. Data on the dietary frequency of vitamin K-rich foods and food intake score were

obtained. In this study, it was observed that most patients were female (76.6%), with the

main clinical indication of anticoagulant use for the metallic heart valve (57%).

Furthermore, it was found that higher intake of foods with high vitamin K content

contributed to a higher frequency of patients with INR values below the therapeutic range.

Therefore, our results indicate that the influence of vitamin K rich food consumption on

warfarin therapy is clinically relevant in clinical practice and should be recognized as an

important and independent factor that interferes with the stability of anticoagulation.

Keywords: Warfarin. Vitamin K. Anticoagulant. International Normalized Ratio.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12

2 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 13

2.1 Desenho do estudo ................................................................................................ 13

2.2 Aspectos Éticos ..................................................................................................... 14

2.4 Ingestão de alimentos ricos em vitamina K ............................................................ 14

2.5 Análises estatísticas ............................................................................................... 15

3 RESULTADOS ....................................................................................................... 16

4 DISCUSSÃO ........................................................................................................... 19

5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 22

CONFLITO DE INTERESSE ..................................................................................... 22

SUPORTE FINANCEIRO .......................................................................................... 22

AGRADECIMENTOS ................................................................................................ 22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 22

APÊNDICE I – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 25

ANEXOS 26

ANEXO I – FICHA DE QUESTIONÁRIO DE PRIMEIRA ENTREVISTA 26

ANEXO II - APROVAÇÃO PELO CONSELHO DE ÉTICA E PESQUISA

DA UFRN 30

ANEXO III – NORMAS DA REVISTA INFARMA 31

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1 INTRODUÇÃO

A varfarina, antagonista da vitamina K (AVK), é o principal anticoagulante

disponível na apresentação oral, sendo amplamente utilizada por todo o mundo (1,2). No

entanto, este fármaco tem numerosas limitações, dentre elas a interação com a própria

vitamina K, que pode comprometer a sua ação terapêutica nos pacientes (3).

A vitamina K pertence a um grupo de compostos lipossolúveis e estão presentes em

diversos alimentos, tanto de origem animal como vegetal (4,5). Os alimentos vegetais com

alto teor de vitamina K geralmente apresentam aspecto verde escuro e folhoso,

representando as fontes mais significativas desta vitamina (6).

De acordo com a estrutura química, a vitamina K apresenta-se de quatro formas

distintas, sendo estas: a filoquinona (vitamina K1), que é a principal forma da vitamina K

encontrada nos óleos, vegetais, hortaliças e chás; a menaquinona (vitamina K2), a qual é

sintetizada a partir de bactérias que compõem o trato intestinal de humanos e de diversos

animais; a menadiona (vitamina K3), um componente sintético que pode ser convertido em

K2 no intestino. E a diihidrofiloquinona (dk), que é formada durante a hidrogenação

industrial de óleos vegetais que são ricos em K1 (6,7).

No sangue, a hidroquinona, forma reduzida da vitamina K (KH2), atua como um

importante cofator no processo de coagulação, promovendo a gama carboxilação do ácido

glutâmico de modo a originar o y-carboxiglutamato, que é essencial para a integridade da

atividade dos fatores II, VII, IX, X, bem como das proteínas C e S. Após carboxilação do

glutamato, a vitamina K sofre oxidação, transformando-se em 2,3-epóxido inativo. Em

seguida, o 2,3-epóxido inativo é regenerado novamente a KH2 pela ação da enzima

vitamina K epóxido redutase (VKOR), para garantir a manutenção da atividade pró-

coagulante dos fatores vitamina K dependentes (7). Os fatores vitaminam K dependentes

participam ativamente na produção da trombina, que ao serem ativados, convertem o

fibrinogênio em fibrina, sendo, portanto, essencial para estabilizar o coágulo (8).

A varfarina exerce sua atividade anticoagulante interferindo na interconversão cíclica

de vitamina K, impedindo a sua regeneração para a forma de KH2, limitando assim o

processo da carboxilação (7). No entanto, o consumo de alimentos ricos em vitamina K

pode contornar o antagonismo da varfarina, conseguindo produzir o cofator (vitamina

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KH2), que é necessário para a carboxilação das proteínas da coagulação dependentes da

vitamina K, através do aumento da atividade da enzima vitamina K redutase (9).

A varfarina é um anticoagulante cumarínico, derivado da 4-hidroxicumarina e vem

sendo o principal pilar na profilaxia de eventos tromboembólicos por mais de 6 décadas. As

suas principais indicações envolvem: prevenção primária e secundária do

Tromboembolismo Venoso (TEV), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Fibrilação Atrial

(FA) e implante de Válvula Mitral (metálica ou biológica).

Embora tenha eficácia estabelecida, a varfarina é considerada um medicamento

potencialmente perigoso, devido a sua janela terapêutica estreita (1), que pode induzir

efeitos adversos graves, sendo sangramento o mais frequente. Diante isso, a sua eficácia e

segurança terapêutica é avaliada através da Razão normalizada internacional (INR, do

inglês International Normalized Ratio), método laboratorial que avalia a coagulação

sanguínea desses pacientes (4). A dose da varfarina, portanto, será ajustada de acordo com

o resultado de INR, característico de cada condição clínica, sendo monitorizada de forma

regular (10). O intervalo terapêutico de INR recomendado para a maioria das indicações

clínicas que requerem anticoagulação está entre 2,0 e 3,0. Entretanto, para pacientes

portadores de próteses valvulares, o alvo terapêutico situa-se entre 2,5 a 3,5 (11).

O objetivo desse estudo foi avaliar a influência do consumo de alimentos ricos em

vitamina K na ação anticoagulante da varfarina, utilizando como parâmetro de avaliação os

resultados da INR entre os pacientes atendidos no ambulatório de anticoagulação do

Hospital Universitário Onofre Lopes/UFRN.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Desenho do estudo

Foi realizado um estudo observacional transversal e analítico para avaliar a

interação de alimentos ricos em vitamina K no controle terapêutico de pacientes em uso de

varfarina. Foi aplicado um questionário baseado no método de Dáder (12), onde foram

coletadas informações como idade, sexo, escolaridade, indicações terapêuticas,

determinação de INR e frequência da ingestão de alimentos ricos em vitamina K (ANEXO

1).

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2.2 Aspectos Éticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), obedecendo às diretrizes da

resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 466/12, sob parecer consubstanciado nº

1.344.515 (ANEXO 2).

Os indivíduos selecionados foram informados sobre o protocolo de estudo e somente

participaram aqueles que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Apêndice 1).

2.3 Casuística

Foram selecionados pacientes entre abril de 2015 a junho de 2018, com indicação

para o uso da varfarina, que eram atendidos no ambulatório de anticoagulação do Hospital

Universitário Onofre Lopes/UFRN. Os critérios de inclusão para seleção dos participantes

foram: idade mínima de 18 anos, ter indicação para o uso de varfarina, apresentar registro

de INR e ter relatado o consumo de alimentos ricos em vitamina K, bem como as suas

frequências alimentares na primeira entrevista. Como critérios de exclusão, pacientes que

não tinham a frequência alimentar e que não possuíam o registro de INR na primeira

entrevista.

Dessa forma, durante o período de estudo, dos 101 pacientes avaliados, apenas 47

indivíduos atenderam aos critérios de inclusão. Esses indivíduos foram avaliados em 3

grupos: abaixo, dentro e acima do intervalo terapêutico, de acordo com os valores de INR.

2.4 Ingestão de alimentos ricos em vitamina K

Para análise dos alimentos que mais contribuíram para o consumo de vitamina K,

foi utilizada uma lista de 31 alimentos ricos em vitamina K cujo teor em cada porção de

100g de alimento foi obtido da literatura (5). Como o questionário de frequência alimentar

levou em consideração a análise qualitativa do consumo de vitamina K da dieta, foi criado

um escore do consumo de vitamina K para cada participante. O consumo dos alimentos foi

pontuado conforme a sua frequência: 0, quando o paciente não consumia o alimento, 1

quando consumia pelo menos uma vez por semana e 2 quando era relatado o consumo

diário de alimentos ricos em vitamina K. Além da frequência, o teor de vitamina K em cada

100 g de alimento também foi utilizado como parâmetro, pois diferentes alimentos

apresentam diferentes contribuições dessa vitamina na alimentação. Assim, a frequência de

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consumo normalizada pela frequência do grupo total de pacientes foi multiplicada pelo teor

de vitamina K descrito na literatura para cada um dos 31 alimentos utilizados como

referência. Essa análise teve como objetivo estimar o teor de vitamina K consumido e

relatado pelos pacientes, uma vez que não foi possível quantificar o consumo exato de

alimentos ricos em vitamina K de cada paciente.

2.5 Análises estatísticas

Inicialmente, foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para avaliar a normalidade

da distribuição das variáveis contínuas. As variáveis contínuas foram consideradas com

distribuição paramétrica, sendo expressas como média ± desvio padrão, sendo submetidas

ao teste ANOVA One way, seguida pelo pós-teste de Tukey. Além disso, também foi

realizada a correlação de Pearson. As variáveis categóricas foram expressas como número

absoluto e percentual, sendo aplicado o teste qui-quadrado para avaliar as diferenças entre

as variáveis. Os programas utilizados nestas avaliações foram o SPSS versão 15.0 (SPSS

Inc., Chicago, IL, EUA) e o GRAPHPAD PRISM, versão 5.0 (GraphPad Software, Inc.,

San Diego, CA, EUA). Para todas as análises estatísticas realizadas, foram considerados

estatisticamente significativos os resultados cujos níveis descritivos (valores de p) foram

inferiores a 0,05.

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3 RESULTADOS

As características clínicas da população estão descritas na Tabela 1. Os pacientes do

estudo eram, em maioria, do sexo feminino (76,6%), com a idade média de 49 anos e

tinham como escolaridade o ensino básico incompleto. A principal indicação do uso de

varfarina foi a prótese valvular metálica (57%), conforme demonstrado na tabela 1.

Tabela 1. Características clínicas da população.

Variáveis Total

n = 47

INR abaixo do

IT

n = 31

INR dentro do

IT

n = 13

INR acima do

IT

n = 3

p-valor

Sexo

Feminino, n (%) 36 (76,6) 23 (74,2) 10 (76,9) 3 (100) 0,601

Masculino, n (%) 11 (23,4) 8 (25,8) 3 (23,1) 0 (0)

Idade, anos 49,2 ±13.5 49,1 ±13,4 49,5 ±14,1 48,7 ±17,8 0,998

Escolaridade

Analfabeto, n (%) 1 (2,1) 1 (3,2) 0 (0) 0 (0)

Fundamental, n (%) 21 (44,7) 15 (48,4) 5 (38,5) 1 (33,3) 0,925

Médio, n (%) 21 (44,7) 12 (38,7) 7 (53,8) 2 (66,7)

Superior, n (%) 4 (8,5) 3 (9,7) 1 (7,7) 0 (0)

Indicação terapêutica

VM 15 (31,9) 11 (35,5) 4 (30,8) 0 (0)

TVP 10 (21,3) 7 (22,7) 2 (15,4) 1 (33,3)

AVC 7 (14,6) 5 (16,1) 1 (7,7) 1 (33,3) TEP 6 (12,8) 3 (9,7) 2 (15,4) 1 (33,3) 0,746

FA 4 (8,5) 2 (6,5) 2 (15,4) 0 (0)

IAM 2 (4,3) 2 (6,5) 0 (0) 0 (0) Outras Causas 3 (6,4) 1 (3,2) 2 (15,4) 0 (0)

Resultados são expressos em média ± desvio-padrão, exceto onde indicado. n, número de indivíduos; INR, International

Normalized Ratio; IT, intervalo terapêutico; VM, Válvula Metálica; TVP, Trombose venosa profunda; AVC, Acidente

Vascular Cerebral; TEP, Tromboembolismo Pulmonar; FA, Fibrilação Atrial; IAM, Infarto Agudo do Miocárdio. Teste

ANOVA One way, seguida pelo pós-teste de Tukey foi aplicado nas variáveis contínuas e análise de χ2 nas variáveis

categóricas para comparação entre grupos.

De acordo com os valores de INR, observou-se que 31 pacientes estavam com o INR

abaixo do intervalo terapêutico, 13 se encontravam dentro do intervalo terapêutico e apenas 3

tinham o valor de INR acima do alvo terapêutico. Entretanto, não houve associação

estatisticamente significativa entre as variáveis e os valores de INR.

A tabela 2 destaca os alimentos mais consumidos pelos pacientes, de acordo com a

frequência de consumo e o teor de vitamina K de cada alimento em todos pacientes

incluídos no estudo e nos 3 grupos categorizados de acordo com o intervalo terapêutico

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(abaixo, dentro e acima do intervalo terapêutico). Os alimentos que mais contribuíram para

ingestão de vitamina K na dieta habitual dos pacientes foram: margarina, óleo de soja,

alface, coentro, uva, manteiga e o óleo de oliva. Nesta avaliação foi observado ainda que no

grupo abaixo do intervalo terapêutico houve uma maior frequência de consumo de

alimentos ricos em vitamina K. Entretanto, o resultado oposto foi observado entre os

pacientes do grupo acima do alvo terapêutico. Esses achados reforçam a associação entre a

ingestão de vitamina K e o baixo valor de INR observado.

Tabela 2. Frequência do consumo de alimentos ricos em vitamina K de acordo com alvo

terapêutico.

Alimentos, teor de

vitamina K µg/100g

Total

(n)

INR abaixo do

IT (n)

INR abaixo do

IT (n)

INR abaixo do

IT (n)

Margarina, 42 40 26 10 4

Óleo de soja, 193 29 18 7 4

Alface, 122 18 14 3 1

Coentro, 440 14 9 4 1 Uva, 16 12 7 4 1

Manteiga, 10 11 7 3 1

Óleo de oliva, 55 7 6 1 0

Óleo de canola, 127 4 3 1 0 Abacate, 21 3 2 1 0

Couve, 440 3 3 0 0

Cebolinha, 192 2 2 0 0 Alface romana, 103 2 2 0 0

Espinafre, 388 2 2 0 0

Espinafre cozido, 541 2 2 0 0 Salsa, 528 2 2 0 0

Rúcula, 227 1 1 0 0

Quiabo, 40 1 1 0 0

Agrião, 347 1 1 0 0

Resultados foram expressos em número absoluto. n, número de indivíduos. INR, International

Normalized Ratio; IT, intervalo terapêutico; Não foi relatado o consumo dos alimentos: Feijão verde,

folha de chá verde, chá preto fervido, castanha de caju, nozes e creme de espinafre. O teor de

vitamina K de cada alimento foi determinado segundo Klack et al. (2)

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Cont. da Tabela 2. Frequência do consumo de alimentos ricos em vitamina K de acordo com alvo

terapêutico.

Alimentos, teor de

vitamina K µg/100g

Total

(n)

INR abaixo do

IT (n)

INR abaixo do

IT (n)

INR abaixo do

IT (n)

Acelga, 139 1 1 0 0

Manjericão, 385 1 1 0 0

Brócolis cru, 102 1 1 0 0 Brócolis cozido, 141 1 1 0 0

Folha de chá preto, 945 1 1 0 0

Chá verde fervido, 433 1 1 0 0

Óleo vegetal misto, 114 1 0 0 0

Resultados foram expressos em número absoluto. n, número de indivíduos. , International Normalized

Ratio; IT, intervalo terapêutico; Não foi relatado o consumo dos alimentos: Feijão verde, folha de chá

verde, chá preto fervido, castanha de caju, nozes e creme de espinafre. O teor de vitamina K de

cada alimento foi determinado segundo Klack et al. (2).

Na análise do escore da vitamina K de acordo o Intervalo terapêutico (Figura 1), foi

observado que o grupo abaixo do alvo terapêutico apresentou maior consumo de alimentos

ricos em vitamina K. Por outro lado, os grupos dentro e acima do alvo terapêutico

apresentaram os menores resultados de consumo de alimentos ricos em vitamina K quando

comparados ao grupo abaixo do alvo terapêutico (p = 0,040 e p = 0,364, respectivamente).

Figura 1. Escore do teor de vitamina K de acordo com o intervalo terapêutico (Abaixo,

dentro e acima do alvo terapêutico). As pontuações são baseadas no consumo de 31

alimentos ricos em vitamina K registrados na primeira entrevista. Os resultados são

expressos em média ± desvio padrão.

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19

Na figura 2, foi observado uma correlação negativa estatisticamente significativa

entre o escore de vitamina K e os valores de INR (r = -0,438; p = 0,002).

Figura 2. Correlação de Pearson do escore de vitamina K com os valores de INR (do

inglês, International Normalized Ratio).

4 DISCUSSÃO

Neste estudo foi observado que a alta ingestão de alimentos ricos em vitamina K

correlacionou-se aos menores valores de INR. Essa observação é confirmada na correlação

negativa observada entre o escore de vitamina K e os valores de INR. Neste estudo, assim

como em muitos outros relatos da literatura, observamos que alcançar a estabilidade na

anticoagulação é um processo demorado e muitas vezes frustrante (13).

No presente estudo as indicações mais frequentes para o uso de varfarina foram a

prótese de válvula metálica e a trombose venosa profunda, resultados se assemelharam a

outros estudos, como o de Henn et al. (14), que observaram que 50% da população

estudada apresentava a válvula metálica como indicação de anticoagulação, e o de Moreira

et al. (15), que encontraram 52% das indicações por trombose venosa profunda. Como a

idade média entre os pacientes incluídos no presente estudo foi de 49 anos, a alta

prevalência de pacientes em uso de válvula metálica, que estão frequentemente

relacionadas com a febre reumática na infância, deve ter sido o fator que motivou o uso de

varfarina mais precocemente, reduzindo a idade média dos pacientes. A febre reumática na

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grande maioria dos casos causa um dano nas válvulas do coração, sendo necessária a

substituição desta por prótese metálica ou biológica, que tem como indicação o uso

contínuo de anticoagulante (16). Rocha et al. (17), que avaliaram 69 pacientes fazendo

anticoagulação com varfarina devido ao uso de válvula metálica, que a média de idade foi

de 50 anos, sendo semelhante com os dados do nosso estudo.

Os baixos valores de INR associados ao maior consumo de alimentos ricos em

vitamin K, como óleos, gorduras e os alimentos verdes folhosos neste estudo, foram

relatados por Elhatton et al. (18) que destacaram que as maiores fontes de vitamina K são

encontradas no grupo dos vegetais folhosos, como por exemplo o espinafre, brócolis e

alface. E, a segunda maior fonte encontrada nos óleos e gorduras, que ao serem

acrescentados nos alimentos ou preparações, aumentam a absorção de vitamina K nas

refeições. Corroborando com os achados do presente estudo, relatos da literatura indicam

que o aumento na ingestão alimentar de vitamina K está associado a reduções significativas

na resposta à anticoagulação (19,20,21). Couris et al. (22), através de um estudo cruzado,

mostrou que o aumento ou diminuição da ingestão de vitamina K em curtos períodos,

podem modificar significativamente o valor de INR. A importância dessa variação foi

substancial de tal forma que os pacientes que diminuíram a ingestão de vitamina K por 4

dias, tiveram um aumento do INR de aproximadamente 30% em sete dias após a

intervenção. Em outro estudo realizado por Khan et al. (23), também foi observado que

através de registros alimentares de 53 pacientes, o INR foi reduzido em 0,2 pontos devido

ao aumento médio de 100µg na ingestão de vitamina K durante quatro dias.

A interação entre a vitamina K da dieta e os parâmetros de coagulação foi

questionada no estudo de Sconse et al. (24), utilizando um protocolo duplo-cego de 35

pacientes com anticoagulação instável, randomizados para receber 150μg de vitamina K

oral ou placebo durante 6 meses. Neste estudo, durante o período de intervenção, o controle

da anticoagulação melhorou em 33 dos 35 pacientes que receberam a suplementação de

vitamina K, estabilizando o INR dentro da faixa terapêutica. Com isso, os autores

evidenciaram que a ingestão de vitamina K diária com 150 μg, juntamente com a terapia

com varfarina poderiam conduzir a uma anticoagulação mais estável nos pacientes,

demonstrando um melhor controle da anticoagulação. Apesar de sugerir um efeito

contraditório aos relatos anteriores, o estudo de Sconse mostra que uma ingestão controlada

de vitamina K pode ser um caminho de melhor controle da anticoagulação em pacientes

ambulatoriais.

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Um estudo recente sugere ainda que a ingestão com baixa dose de vitamina K, pode

melhorar os resultados de INR para dentro da faixa terapêutica em pacientes utilizando

varfarina (25). Franco et al. (26) destacaram que avaliação do consumo de vitamina K

através de intervenções programadas sobre a dieta de 39 pacientes, com aumento em média

de 591 ± 257 μg /dia de vitamina K em um grupo e, uma diminuição de 26 ± 8 μg / dia em

outro grupo, durante 4 dias, ocasionou aumento progressivo do INR entre os pacientes do

grupo com redução de vitamina K na dieta. Esse aumento do INR foi de 2,6 para 3,3. E, no

grupo com dieta enriquecida, o INR diminuiu de 3,1 para 2,8.

A alta frequência de valores de INR abaixo do intervalo terapêutico sugere a

dificuldade de manter os níveis adequados de anticoagulação. Essa dificuldade pode estar

relacionada também a outros fatores que podem influenciar no valor de INR, tais como

horário irregular da utilização do anticoagulante, polifarmácia, interação entre os

medicamentos e os fatores individuais como a genética, massa corporal, função hepática e

metabolismo do fármaco (24,27)

Vale ressaltar que a estabilidade da anticoagulação é importante na proteção contra

eventos tromboembólicos. Com isso, melhorar o controle da anticoagulação permitiria

reduzir a frequência de monitoramento de pacientes com controle instável, como também

reduções nos custos associados à terapia e melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Embora tenha eficácia estabelecida, a varfarina é considerada um medicamento

potencialmente perigoso, devido a sua janela terapêutica estreita e por suas diversas

interações, seja relacionada aos medicamentos como os alimentos (8). Por isso, novos

anticoagulantes orais, com características farmacológicas e clínicas mais atrativas, podem

ser utilizados (28). Como exemplo, a rivoraxabana, que tem rápido início de ação com uma

dose-resposta previsível e alta biodisponibilidade, não exigindo o monitoramento da

coagulação e, também, possuindo pouco potencial de interação com alimentos e outros

medicamentos (29).

O presente estudo teve algumas limitações, dentre elas a avaliação da vitamina K da

dieta, que não teve a precisão necessária para estimar a ingestão de filoquinona na faixa de

µg/dia. Como também a falta de algumas informações no momento da coleta de dados.

Apesar disso, nosso achado reforça a interferência do consumo de alimentos ricos em

vitamina K na terapia anticoagulante da varfarina, sendo clinicamente relevantes na prática

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clínica e que pode ser considerado fator importante e independente que interfere na

estabilidade da anticoagulação.

5 CONCLUSÃO

Os resultados encontrados nesse estudo indicam que a influência do consumo de

alimentos ricos vitamina K interfere na terapia com varfarina. Além disso, esses resultados

sugerem que os pacientes que estão abaixo do alvo terapêutico correm risco de formação de

novos trombos. Portanto, o controle da ingestão adequada de vitamina K é um aspecto

essencial da terapia com esse fármaco, que deve ser ativamente monitorada por médicos e

farmacêuticos, bem como por enfermeiros e nutricionistas, com o objetivo de se evitar

flutuações de INR nos pacientes tratados com varfarina.

CONFLITO DE INTERESSE

Não há conflito de interesse.

SUPORTE FINANCEIRO

A pesquisa desenvolvida teve financiamento próprio.

AGRADECIMENTOS

Ao Hospital Universitário Onofre Lopes e seus funcionários por todo o suporte e

atenção para o desenvolvimento desta pesquisa.

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APÊNDICE

APÊNDICE I – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

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ANEXOS

ANEXO I – FICHA DE QUESTIONÁRIO DE PRIMEIRA ENTREVISTA

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ANEXO II - APROVAÇÃO PELO CONSELHO DE ÉTICA E PESQUISA

DA UFRN

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ANEXO III – NORMAS DA REVISTA INFARMA

Instruções para Autores

Infarma - Ciências Farmacêuticas publica artigos originais, revisões da literatura e notas

técnicas relacionados às áreas de Ciências Farmacêuticas, nos idiomas inglês, português e

espanhol.

Os manuscritos deverão ser submetidos no formato eletrônico da revista.

Cada manuscrito (em arquivo único) deve ser acompanhado de carta de submissão, cujo

texto deverá ser inserido no espaço "Comentários para o Editor", ou como documento

suplementar.

Nos comentários para o editor os autores devem sugerir o nome de 3

avaliadores, acompanhado do email para contato de cada um. Contudo, Infarma – Ciências

Farmacêuticas reserva o direito de utilizar os avaliadores sugeridos, ou

não. IMPORTANTE: Os avaliadores sugeridos devem ser doutores e com publicações nos

últimos três anos

Os metadados devem ser completamente preenchidos, inclusive com o endereço completo

da instituição de cada autor. É recomendado que os autores insiram seu número ORCID.

Preparação de artigo original: Os manuscritos devem ser digitados no editor de texto MS

Word versão 6.0 ou superior (ou Editor equivalente), em uma coluna, usando fonte Times

New Roman 12, no formato A4 (210x297mm), mantendo margens laterais de 3 cm e

espaço duplo em todo o texto. Todas as páginas devem ser numeradas

O manuscrito deve ser organizado de acordo com a seguinte ordem: Título, resumo,

palavras-chave, introdução, material e métodos, resultados, discussão, agradecimentos,

referências, figuras, legendas de figuras e tabelas

a) Os autores do documento devem se assegurar que excluíram do texto os nomes dos

autores e sua afiliação

b) Em documentos do Microsoft Office, a identificação o autor deve ser removida das

propriedades do documento (no menu Arquivo > Propriedades), iniciando em Arquivo, no

menu principal, e clicando na sequência: Arquivo > Salvar como... > Ferramentas (ou

Opções no Mac) > Opções de segurança... > Remover informações pessoais do arquivo ao

salvar > OK > Salvar

c) Título do artigo: deve ser conciso, informativo e completo, evitando palavras supérfluas.

Os autores devem apresentar versão para o inglês, quando o idioma do texto for português

ou espanhol e para o português, quando redigido em inglês ou espanhol.

Resumo e Abstract: Os artigos deverão vir acompanhados do resumo em português e do

abstract em inglês. Devem apresentar os objetivos do estudo, abordagens metodológicas,

resultados e as conclusões e conter no máximo 250 palavras.

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Palavras-chave e Keywords: Deve ser apresentada uma lista de 3 a 6 termos, separados

por ponto-e-vírgula, indexados em português e inglês, utilizando Tesauro Medline, ou

descritores da área da Saúde DeCS Bireme <http://decs.bvs.br>.

Introdução: Deve determinar o propósito do estudo e oferecer uma breve revisão da

literatura, justificando a realização do estudo e destacando os avanços alcançados através

da pesquisa.

Material e Métodos: Todos os materiais e métodos utilizados devem ser descritos. Para a

metodologia mais conhecida ou farmacopeica, a descrição deve ser concisa e incluir a

referência adequada.

Material biológico: Deve conter, quando apropriado, as informações taxonômicas: família,

sinonímia científica e autor. Uma breve descrição da espécie, se necessária, o material

estudado, procedência, dados ecológicos e nome da pessoa que fez a identificação. Para

material vegetal, devem ser fornecidos dados do exemplar (exsicata) e do herbário ou

coleção onde está depositado. Caso seja cultivado, os dados agronómicos devem ser

fornecidos.

Quando o material biológico (inclusive mel e própolis) for adquirido no mercado, deve ser

providenciada a comprovação de identidade adequada e quando procedente, o perfil

químico. Devem ser fornecidos os dados do produto (procedência, lote, etc) e, quando

possível, o certificado de análise.

Para extratos brutos deve ser apresentado um perfil cromatográfico ou ser padronizado por

um marcador ou um perfil farmacognóstico.

Ensaios com células devem ser providenciados os dados de linhagens celulares utilizadas,

as condições de cultivo e incubação, bem como as características dos meios de cultura

utilizados.

Animais: Devem ser informados: raça, idade, peso, origem, aprovação pelo comitê de

ética, etc.

Reagentes: Os reagentes devem ser identificados. O nome genérico deve estar em

minúsculas (por exemplo, anfotericina, digoxina). Os fármacos novos ou não comumente

utilizados devem ser identificados por seu nome químico (IUPAC). As doses utilizadas

devem ser citadas em unidades de massa por quilograma (ex. mg/kg) e as concentrações em

molaridade. Para misturas complexas (por exemplo, extratos brutos), devem ser

utilizados mg/mL, µg/mL, ng/mL, etc.

As vias de administração devem ser citadas por extenso pela primeira vez, com a

abreviação em parênteses. Para citações subsequentes devem ser utilizadas as abreviações:

intra-arterial (i.a.), intracerebroventricular (i.c.v.), intragástrica (i.g.), intramuscular (i.m.),

intraperitoneal (i.p.), intravenosa (i.v.), per os (p.o.), subcutânea (s.c.) ou transdérmica

(t.d.).

Caracterização de um composto:

Devem ser seguidos os exemplos abaixo:

MP: 101-103 ºC.

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[α]D:+35,4(c 1.00, CHCl3).

Rf : 0,4 (CHCl3-MeOH, 5:1).

IR (KBr): 3254, 3110, 1710, 1680, 1535, 1460, 970 cm-1.

UV/Vis λmax (MeOH) nm (log ε): 234 (3,80), 280 (4,52), 324 (3,45).

1H RMN (400 MHz, CDCl3): 1,90 (3H, s, Me), 2,79 (3H, s, COMe), 7,20 (1H, d, J =8,1

Hz, H-7)

13C RMN (100 MHz DMSO-d6): 8,9 (CH3), 30,3 (CH2), 51,9 (CH), 169,6 (C).

MS (EI, 70 eV): m/z (%) = 290,2 [M + H+] (100), 265,9 (90).

HRMS-FAB: m/z [M + H+] calc para C21H38N4O8S: 475,529; encontrado: 475,256.

Anal. Calc para C32H50BrP: C, 70,44; H, 9,24. Encontrado C, 70,32; H = 9,43.

RMN de 1H: para sinais bem resolvidos, fornecer as constantes de acoplamento. Depois de

cada deslocamento químico (d), indicar, entre parênteses o número de hidrogênios, a

multiplicidade, as constantes de acoplamento.

RMN de 13C: Os dados devem apresentar precisão de 0,01 ppm.

Dados cristalográficos: Se uma representação de estrutura cristalina for incluída (por

exemplo, ORTEP), deve ser acompanhada pelos seguintes dados: fórmula, dados do cristal,

método de coleta dos dados, métodos de refinamento da estrutura, tamanho e ângulos das

ligações.

Estatística: O detalhamento do tratamento estatístico é importante, bem como o programa

utilizado. As variações dos dados devem ser expressas em termos de erro padrão e média de

desvio padrão. O número de experimentos e réplicas devem ser informados. Se for utilizado

mais de um tratamento estatístico isso deve ser claramente especificado.

Resultados: Devem ser apresentados seguindo uma sequência lógica, sendo mencionados

somente os dados mais relevantes e a estatística. As tabelas e figuras devem ser

identificadas com números arábicos. As figuras devem ser preparadas levando em conta

uma largura máxima de 8,2 cm, nos formatos JPEG, JPG, TIFF ou BMP. As tabelas devem

ser preparadas como texto, não como imagem, com linhas horizontais e espaçamento 1,5

cm. Uma legenda autoexplicativa deve ser incluída tanto para tabelas quanto para figuras.

Para desenhar estruturas químicas, recomendamos os softwares abaixo:

MarvinSketch (para Windows e outros

sistemas): http://www.chemaxon.com/product/msketch.html

Biovia: http://accelrys.com/products/collaborative-science/biovia-draw/

EasyChem for MacOS: http://sourceforge.net/project/showfiles.php?group_id=90102

Os Resultados e Discussão podem ser reunidos (RESULTADOS E DISCUSSÃO)

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Figuras, Tabelas e Quadros que não sejam de autoria própria só poderão ser utilizados com

o consentimento formal dos detentores dos direitos para publicação.

Discussão: Deve explorar o máximo possível os resultados obtidos, relacionando-os com

os dados já registrados na literatura. Somente as citações indispensáveis devem ser

incluídas.

Conclusão: Deve conter preferencialmente no máximo 150 palavras mostrando como os

resultados encontrados contribuem para o conhecimento.

Agradecimentos: Devem ser mencionadas as fontes de financiamento e/ou indivíduos que

contribuíram substancialmente para o estudo.

Referências bibliográficas: Devem ser citadas apenas aquelas essenciais ao conteúdo do

artigo. Devem ser alocadas em ordem de citação, de acordo com o estilo Vancouver

(numérico, entre parênteses), que pode ser conferido

em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/nbk7256/

Nas publicações com até dez autores, citam-se todos; acima desse número, cita-se o

primeiro seguido da expressão et alii (abreviada et al.). O D.O.I., quando disponível, deve

ser inserido.

Os títulos de revistas devem ser abreviados de acordo com o estilo usado no Index

Medicus. Consultar a lista de periódicos indexados no Index Medicus publicada no seguinte

endereço eletrônico:http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lsiou.html.

• Artigos de periódicos: Docherty JR. Subtypes of functional a1 and a2 adrenoceptors. Eur

J Pharmacol . 1998;361(1):1-15. doi:10.3409/fb61_1-2.79

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• Instituição como autor e editor: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de controle das

doenças sexualmente transmissíveis. 3ª ed.Brasília (DF); 1999.

NICARAGUA. Ministerio de Salud de Nicaragua. Política nacional de salud 1997-

2002:descentralización y autonomia. Managua: Ministerio de Salud; 2002.p.42-9.

• Trabalho apresentado em congresso (deverão ser incluídos somente se o artigo não estiver

disponível): Alencar LCE, Seidl EMF. Levantamento bibliográfico de estudos sobre

doadoras de leite humano produzidos no Brasil. In: 2. Congresso Internacional de Bancos

de Leite Humano. 2005. Brasília: Ministério da Saúde; 2005.

Harley NH. Comparing radon daughter dosimetric and risk models. In: Gammage RB, Kay

SV,editors. Indoor air and human Health. Proceedings of the Seventh Life Sciences

Symposium.1984 Oct 29-31; Knosxville, TN. Chelsea, MI: Lewis, 1985:69-78.

• Livros: Goodman LS. The pharmacological basis of therapeutics. 2nd. ed. New York:

Macmillan. 1955.

Brunton LL, Lazo JS, Parker KL, editors. Goodman & Gilman’s the pharmacological basis

of therapeutics. 11th. ed. Chicago: McGraw-Hill. 2006.

• Capítulos de livros: Laurenti R. A medida das doenças. In: Forattini OP. Ecologia,

epidemiologia e sociedade. SãoPaulo: Artes Médicas. 1992. p.369-98.

Fisberg RM, Marchioni D, Slater B. Avaliação da dieta em grupos populacionais [on-line].

In:Usos e aplicações das Dietary Reference Intakes – DRIs ILSI/SBAN; 2001. Disponível

em: http://www.sban.com.br/educ/pesq/LIVRO-DRI-ILSI.pdf.

• Editores, Compiladores: Dienner HC, Wilkinson M, editors. Drug induced headache. New

York: Spring-Verlag. 1988.

• Livro em CD-ROM: Martindale: the complete drug reference [CD-ROM]. Englewood,

CO: Micromedex. 1999. Basedon: Parfitt K, editor.

Martindale: the complete drug reference. London: Pharmaceutical Press;1999. International

Healthcare Series.

• Dissertação e Tese (somente deverão ser incluídas se o artigo não estiver disponível):

Moraes EP. Envelhecimento no meio rural: condições de vida, saúde e apoio dos idosos

mais velhos de Encruzilhada do Sul, RS. [Tese]. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem,

Universidade de São Paulo. 2007.

Chorilli M. Desenvolvimento e caracterização de lipossomas contendo cafeína veiculados

em géis hidrofílicos: estudos de estabilidade e liberação in vitro [Dissertação]. Araraquara:

Faculdade de Ciências Farmacêuticas, UNESP. 2004.

• Documentos legais, Leis publicadas:

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 27, de 30 de março

de 2007.Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados -

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SNGPC estabelece a implantação do módulo para drogarias e farmácias e dá outras

providências. Diário Oficial da União, nº 63, 2 de abril de2007. Seção 1. p. 62-4.

SP. São Paulo (Estado). Decreto no 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de

legislação e jurisprudência, São Paulo, 1998; 62(3): 217-220.

PMSP. Prefeitura Municipal de São Paulo. Lei Municipal no. 12.623, de 6 de maio de

1998. Proíbe a comercialização de água mineral com teor de flúor acima de 0,8 mg/l no

município e dá outras providências. Diário Oficial do Município. 13 maio 1998.

Projetos de lei:

Medical Records Confidentiality Act of 1995, S. 1360, 104th Cong., 1st Sect. (1995).

Código de regulamentações federais Informed Consent, 42 C.F.R. Sect. 441.257 (1995).

Patente:

Harred JF, Knight AR, McIntyre JS, inventors. Dow Chemical Company, assignee.

Expoxidation process. US patent 3,654,317. 1972 Apr 4.

• Software:

Hintze JL. NCSS: statistical system for Windows. Version 2001. Kaysville, UT: Number

Cruncher Statistical Systems; 2002. Epi Info [computer program]. Version 6. Atlanta, GA:

Centers for Disease Control and Prevention; 1994.

EPI Info: a data base and statistics program for public health professionals Version 3.2.2.

Atlanta, GA: Centers for Disease Control and Prevention (CDC); 2005. [cited2006 May

30]. Available from: http://www.cdc.gov/epiinfo/biblio.htm• website Health on the net

foundation.

Health on the net foundation code of conduct (HONcode) for medical and health web sites.

[cited 1998 June 30]. Available from:http://www.hon.ch/Conduct.html.Hoffman DL. St

John’s Wort. 1995; [4 screens]. [cited 1998 July 16]. Available

from:http://www.healthy.net/library/books/hoffman/materiamedica/stjohns.htm.

Preparação de Artigo de Revisão e notas técnicas: Essas contribuições seguem estilo

livre segundo os critérios dos autores, exceto quanto à formatação das referências e

citações.

O artigo de revisão deve conter uma revisão crítica de assunto atual e relevante com base

em artigos publicados e em resultados do autor. Deve apresentar resumo na língua em que

estiver redigido e um Abstract quando redigido em português ou espanhol.

A nota técnica deve conter a aplicação de uma técnica a uma análise específica ou conter

análise objetiva sobre uma política pública ou programa de governo, propondo alternativas

para a superação de eventuais gargalos, problemas técnicos, etc.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS.

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Infarma - Ciências Farmacêuticas segue as recomendações do Committee on Publication

Ethics (COPE). As Diretrizes do COPE estimulam e incentivam a conduta ética de editores

e autores, incentivando a identificação ativa de plágio, mal prática editorial e na pesquisa,

fraudes, possíveis violações de ética, dentre outros. Infarma - Ciências Farmacêuticas

recomenda que Autores e Editores acessem o site http://publicationethics.org, onde podem

ser encontradas informações úteis sobre ética em pesquisa e em publicações.

Citações bibliográficas no texto: Devem ser numeradas na ordem de citação utilizando o

formato (número).

Ilustrações Figuras: Fotografias, gráficos, mapas ou ilustrações devem ser apresentadas

embebidas no texto ou em folhas separadas, no final do manuscrito, numeradas

consecutivamente em algarismos arábicos seguindo a ordem em que aparecem no texto (Os

locais aproximados das figuras deverão ser indicados no texto). As legendas

correspondentes deverão ser claras, concisas e autoexplicativas. Para figuras e fotografias

deverão ser encaminhadas cópias digitalizadas em formato jpg ou tif, com resolução

mínima de 300 dpi. Deverão estar em arquivos separados e não inseridas no texto.

Tabelas: Podem ser colocadas no final do manuscrito ou embebidas no texto. Devem

complementar e não duplicar as informações do texto. Devem ser autoexplicativas. Elas

devem ser numeradas em algarismos arábicos. Um título breve e autoexplicativo deve

constar no alto de cada tabela.

Ética: Os pesquisadores que utilizarem em seus trabalhos experimentos com seres

humanos, material biológico humano ou animais, devem observar as normas vigentes

editadas pelos órgãos oficiais. Os trabalhos que envolvem experimentos que necessitam

de avaliação do Comitê de Ética deverão ser acompanhados de cópia do parecer

favorável, enviados como documento suplementar

Os manuscritos que não estiverem redigidos de acordo com as Instruções aos autores

não serão analisados.

Sugere-se que autores submetam os manuscritos, previamente à submissão, a programas de

detecção de plágio

Critérios de autoria: A autoria confere crédito e tem importantes implicações acadêmicas,

sociais e financeiras. A autoria também implica responsabilidade pelo trabalho publicado.

As seguintes recomendações destinam-se a garantir que os contribuintes que fizeram

contribuições intelectuais substanciais para um documento recebem crédito como autores,

mas também os contribuintes creditados à medida que os autores entendem seu papel em

assumir a responsabilidade e ser justificável no manuscrito a ser publicado.

O autor correspondente é aquele que assume a responsabilidade principal pela comunicação

com a revista durante a submissão, processo de revisão pelos pares e processo de

publicação. É o autor que garante que todos os requisitos administrativos do jornal, como o

fornecimento de detalhes de autoria, registro de documentação e aprovação do comitê de

ética, e recolhimento de formulários e declarações de conflito de interesse, sejam

devidamente preenchidos.

Infarma - Ciências Farmacêuticas recomenda que a autoria seja baseada nos seguintes

critérios:

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• Contribuições substanciais para a concepção ou planejamento do trabalho; Ou a

aquisição, análise ou interpretação de dados para o trabalho.

• Redação do trabalho ou revisão crítica do conteúdo intelectual importante.

• Aprovação da versão final a ser submetida à publicação.

• O termo de concordância é responsável por todos os aspectos do trabalho para

garantir que as questões relacionadas à precisão ou integridade qualquer parte do

trabalho sejam devidamente investigadas e resolvidas.

Infarma - Ciências Farmacêuticas recomenda que a designação dos autores seja baseada nos

seguintes critérios:

• Todos os autores devem atender a todos os critérios de autoria e, todos aqueles que

atenderem aos critérios devem ser identificados como autores.

• Aqueles que não cumprem os quatro critérios devem ser reconhecidos em

agradecimentos.

• Esses critérios de autoria destinam-se a reservar o status de autoria para aqueles que

merecem o crédito e podem assumir a responsabilidade pelo trabalho.

• Os indivíduos que conduzem o trabalho são responsáveis por identificar quem

cumpre esses critérios e, idealmente, deve fazê-lo ao planejar o trabalho, fazendo

modificações apropriadas na medida em que o trabalho se desenvolve.

O manuscrito será avaliado por ao menos 3 avaliadores independentes, que emitirão sua

opinião. Contudo os editores reservam o direito de tomar a decisão final e proceder

qualquer modificação necessária para ajustar o manuscrito ao estilo de Infarma - Ciências

Farmacêuticas.

Condições para submissão

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade

da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não

estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.

• Os autores leram e seguiram estritamente as Diretrizes para autores de Infarma -

Ciências Farmacêuticas

• A contribuição é original e inédita, não foi publicada ou não está sendo avaliada

para publicação por outra revista

• O arquivo da submissão está em formato .doc, .docx ou .RTF.

• o D.O.I. ou URL para as referências foram informadas quando possível.

• O texto está em espaço duplo; usa uma fonte de 12-pontos; emprega itálico em vez

de sublinhado (exceto em endereços URL)

• O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes

para Autores, na página Sobre a Revista.

• Em caso de submissão a uma seção com avaliação pelos pares (ex.: artigos), as

instruções disponíveis em Assegurando a avaliação pelos pares cega foram

seguidas.

• Na carta ao Editor foram incluídos 3 nomes com os respectivos emails de contato,

como sugestão de avaliadores com expertise para analisar o manuscrito.

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IMPORTANTE: Os avaliadores sugeridos devem ser doutores e com publicações

nos últimos três anos

• Se pertinente, em material e método foi informado o número do protocolo de

aprovação por comitê de ética

• Os metadados estão completamente preenchidos, com o endereço completo da

instituição de origem de cada autor

• Na lista de referências bibliográficas foi incluído o D.O.I. para aquelas publicações

para as quais esse item esteja disponível

Declaração de Direito Autoral

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

• Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira

publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative

Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com

reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

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distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.:

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como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do

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Infarma-Ciências Farmacêuticas

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ISSN - 2318-9312 (Versão eletrônica)