universidadecatólicaportuguesa–’faculdade’engenharia ...³rio-esp.pdf · europeu para! a!...
TRANSCRIPT
F E -‐ U C P
Universidade Católica Portuguesa – Faculdade Engenharia Epidemiologia e Saúde Pública 18 de Dezembro 2012, Sintra, Portugal Bernardo Ribeiro da Cunha – 182812001 Diogo Costa – 182812003 João Mota -‐ 181909006
1º Semestre 2012-‐2013 12
Estudo Epidemiológico de Incidência e Mortalidade por Traumatismo Crânio-‐Encefálico na População Portuguesa
2
3
ÍNDICE
LISTA DE TABELAS ......................................................................................................................... 3
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................................... 3
RESUMO.............................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 5
MÉTODOS E MATERIAIS................................................................................................................ 5 ORIGEM E DESCRIÇÃO DOS DADOS ...................................................................................................................5 Associação Novamente................................................................................................................................5 Instituto Nacional de Estatistica ............................................................................................................6
TRATAMENTO DE DADOS ..................................................................................................................................6 Agrupamento e actualização com dados referentes a 2009 e 2010 .......................................6 Cálculo das Taxas de Incidência Cumulativa e Taxas de Mortalidade para 2003 a 2010...............................................................................................................................................................................6 Determinação do distrito com maior Taxa de DI médio por Distrito em 2009 e 2010 ..7 Determinação das descrições de TCE mais frequentes por distrito em 2009 e 2010 ......7 Dados referentes aos motivos...................................................................................................................7
RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 8 EVOLUÇÃO DE DS, DI, NO E T DEVIDO A TCE DESDE 1993 A 2010.......................................................8 EVOLUÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE DI E NÚMERO DE DS .........................................................................11 EVOLUÇÃO DA TAXA DE MORTALIDADE POR TCE DESDE 2003 A 2010.............................................12 TAXA DE INCIDÊNCIA CUMULATIVA DE TCE DESDE 2003 A 2010.......................................................14 DISTRITO COM MAIOR TAXA MÉDIA DE DI POR DISTRITO EM 2009 E 2010 ......................................16 DESCRIÇÕES DE TCE MAIS FREQUENTES EM 2009 E 2010 POR DISTRITO.........................................19 DADOS REFERENTES AOS MOTIVOS ..............................................................................................................20 NOTA EM RELAÇÃO AOS DADOS OBTIDOS ATRAVÉS DA BASE DE DADOS DO INE.................................20
CONCLUSÕES...................................................................................................................................20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................................21
LISTA DE TABELAS Tabela 1 -‐ Descrições Resumidas mais Frequentes por Distrito ...............................................19
LISTA DE FIGURAS Figura 1 -‐ Evolução de DS, DI, NO e Total de Casos por TCE desde 1993 a 2010 nos
Homens por Ciclo de Vida ..................................................................................................................10
Figura 2 -‐ Evolução de DS, DI, NO, e Total de Casos por TCE desde 1993 a 2010 nas Mulheres por Ciclo de Vida ................................................................................................................10
Figura 3 -‐ Evolução do Número Médio de DI e Número de DS ...................................................11
4
Figura 4 – Evolução da Taxa de Mortalidade por TCE em Homens por Ano e Ciclo de Vida de 2003 a 2010 por cada 1,000,000 Habitantes ............................................................13
Figura 5 – Evolução da Taxa de Mortalidade por TCE em Mulheres por Ano e Ciclo de Vida de 2003 a 2010 por cada 1,000,000 Habitantes ............................................................13
Figura 6 -‐ Evolução da Taxa de Incidência Cumulativa de TCE em Homens por Ano e Ciclo de Vida de 2003 a 2010 por cada 1,000,000 Habitantes...........................................15
Figura 7 -‐ Evolução da Taxa de Incidência Cumulativa de TCE em Mulheres por Ano e Ciclo de Vida de 2003 a 2010 por cada 1,000,000 Habitantes...........................................15
Figura 8 – Taxa Média de DI para Homens Por Ciclo de Vida por Distrito para 2009 e 2010 .............................................................................................................................................................17
Figura 9 -‐ Taxa Média de Di para Mulheres por Ciclo de Vida por Distrito para 2009 e 2010 .............................................................................................................................................................18
Figura 10 -‐ Taxa Média DI para homens e mulheres por ciclo de vida por distrito para 2009 e 2010..............................................................................................................................................18
RESUMO Pretendeu-‐se com este trabalho ganhar experiência a trabalhar dados reais, realizando um estudo epidemiológico para seguir a evolução da taxa de incidência e mortalidade, por distrito e ciclo de vida, numa amostra de doentes que sofreram de Traumatismo Crânio-‐Encefálico(TCE). É objectivo deste trabalho agrupar dados não-‐tratados relativos aos Dias de Internamento(DI), Doentes Saídos(DS), Número de Óbitos(NO) e Total de Casos(TC), para os anos de 2009 e 2010, e ainda, actualizar os dados tratados desde o ano de 1993, dados estes fornecidos pela Associação Novamente. A partir desta informação, complementada pelos dados referentes à população, obtidos através do INE, determinou-‐se uma aproximação para as taxas de incidência cumulativa e determinaram-‐se as taxas de mortalidade. Por fim, comparou-‐se os dados não-‐tratados, de 2009 e 2010, para determinar qual a taxa de dias de internamento médio por distrito, e ainda, determinar qual a descrição de TCE mais frequente, em cada distrito.
Observou-‐se uma tendência geral para a diminuição das taxas de incidência cumulativa, tanto para os Homens como para as Mulheres, no entanto, apenas a taxa de mortalidade para os Homens apresentou uma tendência decrescente, até 2008, não sendo notório qualquer tendência para as Mulheres. O Distrito com maior taxa de dias de internamento foi Beja em 2009, para os Homens, e Portalegre, para as Mulheres, enquanto que para o ano de 2010 verificou-‐se, para ambos os sexos, que o distrito de Beja apresentava as maiores taxas de DI. Registou-‐se também que a descrição resumida de TCE mais frequente, ao longo de todos os distritos, foram as Hemorragias, excepto em Portalegre, onde foram as Concussões.
5
INTRODUÇÃO Os traumatismos crânioencefálico são essencialmente divididos em ligeiros e graves. Os primeiros tendem a ser de gravidade clínica relativamente baixa, no entanto, os segundos têm associados bastantes problemas e especialmente muito sofrimento, para o paciente e para a sua família. As dificuldades impostas por estas lesões e as sequelas que deixam, significam muitas vezes, cuidados de saúde especializados, dispendiosos e durante períodos de tempo prolongados. É por estas razões que os países desenvolvidos têm vindo a procurar medidas de prevenção mais eficientes e orientadas para a sua população. Deste forma têm vindo a aumentar a necessidade de realizar estudos epidemiológicos para conseguir compreender a causa -‐ efeito, a incidência e mortalidade de traumatismos crânioencefálico (WHO, NA).
Existe, em Portugal, uma associação que se dedica aos pacientes vitimas de TCE. O seu espectro de acção vai desde apoio psicológico, técnico, burocrático, legal, etc. Muitas das suas actividades passam por promover a comunicação entre pacientes e especialistas, para assim, estimular a troca de experiências e promover a estabilidade emocional, motivação e adaptação das vitimas. Esta organização pertence também ao Fórum Europeu para a Deficiência (EDF), celebra protocolos com entidades que possam facilitar a vida dos pacientes, participa na elaboração do plano nacional de saúde, elabora e organiza acções de informação para melhor prevenir traumatismos crâneoencefálicos. Esta mesma associação trabalha também com dados sobre a população Portuguesa que sofreram de TCE, nomeadamente com registos clínicos, de forma a conseguir delinear a sua forma de actuação. (Associação Novamente)
MÉTODOS E MATERIAIS
ORIGEM E DESCRIÇÃO DOS DADOS
ASSOCIAÇÃO NOVAMENTE A Associação Novamente(AN) forneceu 3 documentos no formato Microsoft Excel (.xml).
O primeiro documento designado “2009_2010” continha os dados brutos dos doentes com TCE, agrupados por Descrição de Patologia, para os anos de 2009 e 2010. Cada descrição(linha na tabela) tinha associado: número de doentes saídos, dias de internamento, número de óbitos, distrito, concelho, código da patologia, género e ciclo de vida. Os dados de 2010 registam um total de 44396 descrições onde 2818 eram Homens e 1578 Mulheres, por outro lado, os dados de 2009 incluem 4612 descrições onde 2995 eram Homens e 1617 Mulheres.
O segundo documento, com o nome “DGS_Tcraneoence_92_09”, incluía 197,694 Dados Tratados desde o ano de 1993 a 2008 inclusive. Cada ano contêm os valores agrupados de DS, DI, NO e T para cada género e ciclo de vida. O mesmo documento continha a evolução de DS e ainda, média de DI desde 1993 a 2008 inclusive, agrupados por género. Ainda neste documento estavam agrupados os valores de DS, tanto por distrito como por concelho, desde 1993 a 2008. Por fim foram fornecidos dados referentes aos motivos de TCE desde 2001 a 2008, agrupados por ciclo de vida e género.
6
O terceiro documento, designado “DGS_Tcraneoence_92_08_Motivos”, incluía os motivos de TCE desde 2001 a 2008, dados estes que estavam agrupados por idade e género. Este documento continha igualmente uma lista com as correspondências entre as descrições de patologia e motivo de TCE.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATISTICA De forma a calcular as taxas mencionadas foi necessário obter dados relativos à população para cada distrito, agrupada por ciclo de vida. Como tal recorreu-‐se ao website do INE, secção de dados estatísticos, escolhendo a ligação bases de dados. Na categoria de População, subcategoria estimativas e projecções é possível obter a população residente, estimada anualmente, para cada distrito, agrupado por ciclo de vida desde o ano de 2003 a 2010.
TRATAMENTO DE DADOS
AGRUPAMENTO E ACTUALIZAÇÃO COM DADOS REFERENTES A 2009 E 2010 O primeiro passo no tratamento dos dados foi agrupar os dados do primeiro documento, contendo os dados dos anos 2009 e 2010. Desta forma pretende-‐se actualizar os dados tratados, no segundo documento. Para tal bastou-‐nos somar, para cada género e fase do ciclo de vida, o número de ocorrências de Doentes Saídos(DS), Dias de Internamento(DI) e Número de Óbitos(NO). Foi ainda necessário somar o número de DS com NO para obter o Total de Casos de forma a, posteriormente, acrescentar esta informação aos dados dos anos 1993-‐2008. Durante este processo actualizamos também a média de DI e valor de DS desde 1993 a 2008 do segundo documento, registando também a percentagem de cada género na população, para cada ano.
CÁLCULO DAS TAXAS DE INCIDÊNCIA CUMULATIVA E TAXAS DE MORTALIDADE PARA 2003 A 2010
Seguidamente procedeu-‐se à determinação da taxa de incidência cumulativa. A mesma foi obtida por aproximação, uma vez que se considerou que cada doente saído representou um individuo que adquiriu a doença. Desta forma bastou-‐nos dividir o número de DS pelo valor da população para o mesmo período. Para os valores da população foram utilizadas as estimativas anuais obtidos através da base de dados do INE, como descrito previamente.
Os mesmos dados obtidos através do INE foram utilizados para determinar a taxa de mortalidade por TCE, sendo que, para este cálculo, foram utilizados os valores do número de óbitos. Assim bastou-‐nos dividir o número de NO, por período, pela população desse período.
7
DETERMINAÇÃO DO DISTRITO COM MAIOR TAXA DE DI MÉDIO POR DISTRITO EM 2009 E 2010
Inicialmente determinou-‐se a média dos dias de internamento, para cada descrição de ocorrência, nos dados não-‐tratados tanto de 2009 como de 2010. Deste modo dividiu-‐se o número de DI pelo valor de DS. De seguida agrupou-‐se estes dados por género e ciclo de vida, para cada distrito, sendo que o valor obtido foi dividido pelos valores correspondentes para a população estimada, obtida através do INE, como indicado. Desta forma obtemos algo como uma taxa de dias de internamento por distrito, género e ciclo de vida.
DETERMINAÇÃO DAS DESCRIÇÕES DE TCE MAIS FREQUENTES POR DISTRITO EM 2009 E 2010
Nesta parte do trabalho agrupou-‐se as descrições de TCE, fornecidas nos dados não-‐tratados de 2009 e 2010, em sete descrições resumidas. As sete descrições resumidas utilizadas foram a patologia principal de TCE, observadas nas descrições provenientes dos dados, nomeadamente: contusões, concussões, traumatismos, hemorragias, lacerações, hematomas e fracturas. Foi determinado o valor de DS para cada descrição resumida, e de seguida, determinadas as frequências relativas de cada descrição resumida, em termos de percentagem em relação ao total, para cada distrito. Posteriormente tentámos compreender qual a descrição, faixa etária e género mais afectado em cada distrito para a descrição resumida mais frequente. Como critérios de desempate, para descrições com iguais números de DS em cada distrito, foram seleccionadas as descrições que levavam a mais NO e, de seguida, mais DI.
DADOS REFERENTES AOS MOTIVOS Apesar de não termos tratado estes dados, acabamos por ter contacto com várias referencias, nomeadamente entre os diferentes motivos e as diferentes descrições da patologia. Este factor foi posteriormente importante na nossa análise, isto pois permite-‐nos introduzir algumas sugestões que podem explicar padrões observados.
8
RESULTADOS E DISCUSSÃO
EVOLUÇÃO DE DS, DI, NO E T DEVIDO A TCE DESDE 1993 A 2010 Mantendo a organização estabelecida no Dados Tratados, no segundo documento fornecido pela AN, foram actualizadas as tabelas e gráficos que mostram a evolução de DS, DI, NO e T. Desta forma, apresentam-‐se os resultados para os Homens, Mulheres e total de ambos géneros nas figuras 1, 2 e 3 respectivamente. É de salientar a diferença na escala entre a figura 1 e a figura 2, o que indica, claramente, que os Homens estão sujeitos a maiores DI, DS, NO e TC. Isto pois, tirando a escala, os gráficos aparentam ser, no geral, bastante semelhantes. Convém também referir que os valores de NO, lidos a partir do gráfico, são demasiado pequenos na escala utilizada, logo, deveriam ser estudados separadamente. Contudo, são apresentadas as taxas de mortalidade, e como tal, a evolução dos valores de NO não foram avaliadas nesta secção.
De forma a facilitar a análise dos resultados obtidos, apresenta-‐se por vezes, uma percentagem de redução entre determinados anos. Esta foi obtida fazendo o quociente da diferença entre os dois anos e o valor do ano inicial, multiplicado por 100%.
Evolução de DS, DI, NO e TC nos Homens
Observando a figura 1, nota-‐se uma tendência geral para os valores de DI diminuírem, desde 1993 até 2010, à excepção de 1996 e 1997. A redução do número de DI foi de, aproximadamente, 39% de 1993 a 2010. A Faixa Etária Predominante(FEP) é 15-‐44 até 2005, e ≥65 anos a partir de 2006.
Os valores de DS apresentam também uma tendência geral para descer, desde 1993-‐2010, excepto novamente os anos de 1996 e 1997. Neste caso, é de salientar que o valor máximo é obtido no ano de 1997. A redução do número de DS, desde 1997 a 2010, foi de aproximadamente 63%. Neste caso, a FEP foi de 15-‐44 anos, até o ano de 2008, e, até 2010, foi ≥65 anos.
O número Total de Casos revela igualmente uma tendência geral para reduzir, desde o ano de 1993 a 2010, sendo que o valor máximo é obtido outra vez em 1997. A redução do número Total de Casos foi de, aproximadamente, 65%, desde 1997 a 2010, onde verificou-‐se que, a Faixa Etária Predominante até 2004, era 15-‐44 anos e posteriormente, ≥65 anos.
Evolução de DS, DI, NO e TC nas Mulheres
Tendo em conta a figura 2, é de salientar uma tendência decrescente do número de DI, desde 1997 a 2002, contudo, para os restantes anos nota-‐se uma oscilação. O valor máximo foi registado no ano de 1997. A redução, desde 1997 a 2010, foi de, aproximadamente 29%, sendo a FEP sempre ≥65 anos. A redução de DI, de 1993 a 2010, foi de 22%, para a mesma Faixa Etária Predominante.
Os valores de DS apresentam uma tendência para diminuir, desde 1997 até 2010, sendo que o valor máximo foi novamente registado em 1997. A redução de DS, desde 1997 até
9
2010, foi sensivelmente 63%, e, a FEP foi, até 1995 15-‐44 anos e posteriormente ≥65 anos. Note-‐se que a redução de DS, de 1993 a 2010, foi de 59%.
O número Total de Casos tende também a descer, desde 1996 até 2010, sendo os valores máximos obtidos, desta vez, em 2006 e 2007. A redução de TC, desde 1997 a 2010, foi de aproximadamente 61%, e a Faixa Etária Predominante, até 1995, foi 15-‐44 anos, enquanto que posteriormente foi ≥65 anos. A redução de TC, desde 1993 a 2010, foi de 57%.
Evolução de DS, DI, NO e TC nos Homens e Mulheres
Os dados apresentados acima, para ambos os sexos, reflectem uma diminuição acentuada de quase todos os valores de DI, DS e TC, desde 1993 até o ano de 2010. Este factor pode dever-‐se a boas medidas de prevenção, incluídas, por exemplo, no Plano Nacional de Saúde, ou até noutras áreas, como a segurança rodoviária e a segurança no trabalho. Áreas estas salientadas pois foi notada uma associação entre as descrições mais frequentes e a correspondência com os motivos, utilizando a referencia no terceiro documento fornecido pela AN. Nomeadamente, notou-‐se uma frequência acentuada das descrições relacionadas com acidentes rodoviários e acidentes no trabalho, em dados referentes ao inicio do estudo.
As Faixas Etárias Predominantes acima mencionadas levam a crer que actualmente, as pessoas na faixa etária ≥65 anos, tendem a ficar mais tempo internadas em relação a outras faixas etárias. Uma possível explicação é que a sua saúde, está em geral, mais debilitada, logo, pretende-‐se evitar sequelas mantendo o paciente sob observação. Por outro lado, no inicio do estudo, os pacientes com mais dias de internamento estavam maioritariamente na idade activa, tal pode dever-‐se, por exemplo, a internamentos para observação. Estes poderiam não garantir melhorias da saúde e como tal deixaram de ser praticados. Possivelmente houve uma alteração na politica de saúde, nomeadamente ao nível dos critérios de internamento e duração do mesmo.
Por outro lado, há que ter em conta que a população Portuguesa tem vindo a envelhecer, desta forma, é expectável encontrar maior fracção de idosos em cada descrição, isto pelo simples facto de haver, gradualmente, mais idosos na população. Para uma melhor análise, seria necessário avaliar a evolução da idade média da população Portuguesa, e posteriormente, comparar com a variação da faixa etária predominante, notada neste estudo.
Para aprofundar melhor este assunto, seria interessante estudar mais detalhadamente as sequelas associadas a cada descrição. Concretamente, verificar se as patologias com mais dias de internamento são de facto as que podem levar a maiores sequelas, e ainda, verificar se, as patologias que envolvem mais dias de internamento, são de facto as mais graves.
10
FIGURA 1 -‐ EVOLUÇÃO DE DS, DI, NO E TOTAL DE CASOS POR TCE DESDE 1993 A 2010 NOS HOMENS POR CICLO DE VIDA
FIGURA 2 -‐ EVOLUÇÃO DE DS, DI, NO, E TOTAL DE CASOS POR TCE DESDE 1993 A 2010 NAS MULHERES POR CICLO DE VIDA
11
EVOLUÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE DI E NÚMERO DE DS Mais uma vez foram determinadas percentagens, isto para facilitar a compreensão da subsequente análise. As mesmas foram determinadas de forma idêntica às anteriores.
Na figura 3 nota-‐se uma tendência crescente do número médio de DI, desde 1993 a 2010, sendo que o aumento é de, aproximadamente, 44%. É também de salientar que o número de DS também apresenta uma redução, de 1993 a 2010, na ordem dos 65%, especialmente depois de 2007.
Observa-‐se igualmente que o número de doentes saídos tem vindo a diminuir, ao mesmo tempo, aumenta a média de dias de internamento. Esta observação pode estar relacionada com o envelhecimento da população uma vez que, a. priori, uma população mais idosa necessita de maiores cuidados. Por outro lado, considerando a hipótese de sucesso das medidas preventivas de TCE, torna-‐se possível justificar a diminuição de DS verificada desta forma. Contudo, seria necessária mais informação sobre as medidas aplicadas ao longo dos anos, para uma comparação mais aprofundada entre causa e efeito.
FIGURA 3 -‐ EVOLUÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE DI E NÚMERO DE DS
12
EVOLUÇÃO DA TAXA DE MORTALIDADE POR TCE DESDE 2003 A 2010 À primeira vista, as figuras 4 e 5 também apresentam uma diferença considerável em termos de escala, apesar de as taxas terem em conta a população de cada género, continua a ser observada esta diferença. É possível que tal observação esteja relacionada com o estilo de vida geral de cada género, como por exemplo, a práctica de desportos motorizados ou desportos radicais, factores estes normalmente associados mais frequentemente ao género masculino do que ao feminino.
Evolução da Taxa de Mortalidade por TCE nos Homens
Observando inicialmente a figura 4, nota-‐se que os valores correspondentes ao total da população masculina não apresentam uma tendência acentuada para diminuir ou aumentar. Observa-‐se igualmente que, a faixa etária onde a taxa de mortalidade é superior é ≥65 anos. No entanto, é de salientar que a faixa etária de 15 – 24 anos corresponde, até 2008, à segunda maior taxa de mortalidade. Para anos posteriores, a faixa etária correspondente à segunda taxa de mortalidade mais predominante, é 25-‐64 anos.
Na mesma figura, analisando o padrão da taxa de mortalidade total para os Homens, é de salientar que, o valor máximo corresponde ao ano de 2003 e o valor mínimo ao ano de 2008. Houve uma diminuição desta taxa de mortalidade à volta de 21%, entre 2003 e 2008, por outro lado, desde 2003 a 2010 houve uma redução de apenas 14%.
Evolução da Taxa de Mortalidade nas Mulheres
Analisando o total da população feminina, na figura 5, nota-‐se que não há uma tendência acentuada para aumentar ou diminuir. Mais uma vez, a faixa etária com maior taxa de mortalidade é ≥65 anos. As faixas etárias de 15-‐24 e 25-‐64 são, ao longo de 2003 até 2010, variadamente, as faixas etárias com a segunda maior taxa de mortalidade.
Na mesma figura nota-‐se também que a taxa de mortalidade para as Mulheres regista o mínimo em 2007 e o máximo em 2010. Entre estes anos, houve um aumento de aproximadamente 24% da taxa de mortalidade total por TCE para as Mulheres, por outro lado, notou-‐se que, para os anos de 2003 e 2010, a taxa de mortalidade diminuiu aproximadamente 5%.
Comparação da evolução da Taxa de Mortalidade nos Homens e nas Mulheres.
A percentagem de redução da taxa de mortalidade, de 2003 a 2010, para os Homens e para as Mulheres, é respectivamente, de 14% e 5%. Esta diferença pode ser consequência da definição da população alvo das medidas preventivas que possam ter sido implementadas ao longo do tempo do estudo. Um exemplo é a prevenção rodoviária, onde o esforço para a sensibilização para a condução sob o efeito de álcool atinge, sobretudo, o género masculino.
13
FIGURA 4 – EVOLUÇÃO DA TAXA DE MORTALIDADE POR TCE EM HOMENS POR ANO E CICLO DE VIDA DE 2003 A 2010 POR CADA 1,000,000 HABITANTES
FIGURA 5 – EVOLUÇÃO DA TAXA DE MORTALIDADE POR TCE EM MULHERES POR ANO E CICLO DE VIDA DE 2003 A 2010 POR CADA 1,000,000 HABITANTES
14
TAXA DE INCIDÊNCIA CUMULATIVA DE TCE DESDE 2003 A 2010 Convém salientar que, os dados que nos foram disponibilizados, não eram concretamente o número de TCE que ocorreram durante os períodos de tempo considerados, por várias razões. Primeiramente, há que ter em conta que nem todos os indivíduos que sofrem TCE se dirigem a uma unidade de saúde, e como tal, podem não ter sido registados no sistema. Outro factor é que, um individuo pode ter tido uma sequela e ter sido registado novamente no sistema, logo, teremos sobreposição de resultados. Contudo, na ausência de outros dados, considera-‐se uma aproximação razoável para a taxa de incidência cumulativa o número de doentes saídos. Com os dados fornecidos, esta aproximação é a que melhor estima o valor real da taxa de incidência de TCE
Evolução da Taxa de Incidência Cumulativa de TCE nos Homens
Analisando a taxa de incidência total de TCE nos Homens, na figura 6, é de salientar que se observa uma tendência geral de redução da taxa de incidência, de 2003 a 2010, entre estes anos, a taxa de incidência sofreu uma redução na ordem dos 32%. Notou-‐se que o valor mínimo registado para a taxa de incidência foi no ano de 2008, e o valor máximo, no ano de 2003. Entre estes anos houve uma redução de aproximadamente 36%.
A faixa etária com a taxa de incidência por TCE mais elevada foi, consistentemente, ≥65 anos, ao longo dos anos do estudo. Verificou-‐se também que, desde 2003 a 2008, a faixa etária com a segunda taxa de incidência mais elevada foi 15-‐24 anos, mas, depois de 2008, foi a faixa etária de 25-‐64 anos.
Evolução da Taxa de Incidência Cumulativa de TCE nas Mulheres
Observando a evolução da taxa incidência total nas Mulheres, na figura 7, é de notar novamente uma tendência decrescente, desde 2003 a 2010. Entre estes anos houve uma redução de aproximadamente 29.5%, enquanto que, entre 2003 e o ano com menor taxa de incidência, 2008, foi de 29.6%. Novamente, observou-‐se que a FEP foi ≥65 anos ao longo de todos os anos.
Comparação da evolução da Taxa de Incidência Cumulativa nos Homens e nas Mulheres.
Mais uma vez, nota-‐se que houve a presença maioritária da faixa etária ≥65 anos, em ambos os géneros, contudo nos Homens, notou-‐se que houve novamente uma alteração da faixa etária, correspondente à segunda taxa de incidência mais elevada, a partir do ano de 2008, como foi notado para a taxa de mortalidade. Novamente, houve uma redução mais considerável nos Homens do que nas Mulheres, sendo esta diferença foi de aproximadamente 6.5%.
15
FIGURA 6 -‐ EVOLUÇÃO DA TAXA DE INCIDÊNCIA CUMULATIVA DE TCE EM HOMENS POR ANO E CICLO DE VIDA DE 2003 A 2010 POR CADA 1,000,000 HABITANTES
FIGURA 7 -‐ EVOLUÇÃO DA TAXA DE INCIDÊNCIA CUMULATIVA DE TCE EM MULHERES POR ANO E CICLO DE VIDA DE 2003 A 2010 POR CADA 1,000,000 HABITANTES
16
DISTRITO COM MAIOR TAXA MÉDIA DE DI POR DISTRITO EM 2009 E 2010
Para conseguirmos determinar quais os distritos com mais dias de internamento tivemos que recorrer a uma aproximação. Considerámos que os dias de internamento foram igualmente divididos pelos doentes saídos, desta forma, calculámos a média de DI por cada DS fazendo o quociente de ambos, seguidamente, dividimos o valor obtido pela estimativa da população, para o ano e distrito em causa. De qualquer forma, os dados permitem obter uma ideia de quais os distritos que, em 2009 e 2010, apresentaram mais dias de internamento.
Assumiu-‐se também que os critérios de internamento, especialmente a duração do mesmo, são constantes entre distritos, e também, constantes dentro de cada distrito. Deste forma pudemos comparar os valores obtidos. No entanto, não temos informação que aponte neste sentido.
Taxa Média de Dias de Internamento nos Homens
Observando a figura 8, é de salientar que, para o ano de 2009, Beja foi o distrito com mais dias de internamento por doente saído, predominando a faixa etária ≥65 anos. Seguidamente foi o distrito de Portalegre, com uma FEP de 0-‐14 anos e, por fim, o distrito de Vila Real, onde predominou a faixa etária de 15-‐24.
No ano de 2010, Beja foi novamente o distrito com mais dias de internamento por doente saído, com uma faixa etária predominante de 15-‐24 anos. Seguiu-‐se o distrito de Évora, onde a faixa etária mais presente foi 15-‐24 anos. Por fim, o distrito de Portalegre foi o terceiro com mais dias de internamento por doente saído, principalmente da faixa etária 0-‐14 anos.
Taxa Média de Dias de Internamento nas Mulheres
Analisando a figura 9, é de notar que, no ano 2009, o distrito com mais dias de internamento por doente saído foi Portalegre, principalmente indivíduos na faixa etária 15-‐24 anos. O segundo e terceiro distrito com mais dias de internamento por doente saído foram, respectivamente, Viana do Castelo e Bragança, onde predominaram também as faixas etárias 15-‐24 anos.
No ano de 2010 nota-‐se que os distritos com mais dias de internamento por doente saído foram, respectivamente, Beja, Santarém e Setúbal. As faixas etárias predominantes foram, respectivamente, 0-‐14 anos, 15-‐24 anos e 15-‐24 anos.
Taxa Média de Dias de Internamento nos Homens e Mulheres
Comparando a figura 8 e a figura 9, desta vez, é de salientar que não há grandes diferenças de escala entre os Homens e Mulheres, ao contrário do que se tem vindo a verificar. Nota-‐se que, para ambos os géneros, a faixa etária que levou a mais dias de internamento por doente saído foi a de 15-‐24 anos. É de salientar ainda que, o distrito que levou a mais dias de internamento por doente saído, para ambos os géneros, durante o ano de 2009, foi Portalegre e, para o ano de 2010, foi Beja.
17
Analisando a figura 10, note-‐se que, para o ano de 2009, Portalegre foi o distrito com maior taxa média de DI. No ano seguinte, 2010, Beja foi o distrito com mais dias de internamento médio, como já tinha sido referido.
Seria interessante, dado os padrões salientados, estudar mais aprofundadamente se existe uma correlação entre zonas geográficas e dias de internamento por doente saído. Isto no sentido de determinar concretamente qual a natureza desta correlação, comparando directamente a distribuição da população, em cada distrito. Posteriormente, seria de interesse tentar encontrar uma relação entre as descrições e os motivos, para determinar quais as causas que levam a maiores dias de internamento por doente saído, numa tentativa de adequar possíveis medidas de prevenção e tratamentos, a cada distrito.
FIGURA 8 – TAXA MÉDIA DE DI PARA HOMENS POR CICLO DE VIDA POR DISTRITO PARA 2009 E 2010
18
FIGURA 10 -‐ TAXA MÉDIA DE DI PARA MULHERES POR CICLO DE VIDA POR DISTRITO PARA 2009 E 2010
FIGURA 9 -‐ TAXA MÉDIA DI PARA HOMENS E MULHERES POR CICLO DE VIDA POR DISTRITO PARA 2009 E 2010
19
DESCRIÇÕES DE TCE MAIS FREQUENTES EM 2009 E 2010 POR DISTRITO
Com estes dados foi pretendido explorar a distribuição das descrições ao longo dos distritos. O agrupamento de dados não teve por consideração uma base médica, mas sim critérios definidos durante este estudo, em relação à gravidade da doença, como explicado previamente. Contudo, apenas resumimos as patologias em agrupamentos maiores, não sendo assim perdida a natureza geral da patologia. Provavelmente, o que se pode concluir é que, as descrições registadas como mais frequentes são também as menos graves, como seria de esperar. Seria interessante ter alargado o espectro e assim, explorado cada descrição resumida, em cada distrito, e determinar, por exemplo, quais os distritos onde ocorrem mais fracturas ou traumatismos, pois estas podem ser descrições consideradas geralmente mais graves.
É de salientar que, a descrição resumida mais frequente, são as Hemorragias. Estas afectam tanto Homens como Mulheres, contudo, nota-‐se que a faixa etária mais afectada é ≥65 anos. Observou-‐se igualmente que, para ambos os anos, a segunda descrição resumida mais frequente foram as fracturas, no entanto, neste caso não foi feita a associação com a descrição mais frequente.
TABELA 1 -‐ DESCRIÇÕES RESUMIDAS MAIS FREQUENTES POR DISTRITO
AS ENTRADAS A AMARELO SÃO AS DESCRIÇÕES RESUMIDAS MAIS FREQUENTES E A AZUL AS SEGUNDAS MAIS FREQUENTES.
20
DADOS REFERENTES AOS MOTIVOS Foi igualmente disponibilizada uma referência para agrupamento dos dados, segundo os motivos, correspondestes à descrição de cada patologia, mas verificou-‐se que a mesma não era compatível com as descrições dos dados relativos a 2009 e 2010 e, consequentemente, não foram trabalhados.
Com estes dados seria interessante explorar as sequelas associadas a cada descrição e, posteriormente, comparar as frequências de cada descrição, numa tentativa de compreender se, as descrições com sequelas mais graves, levam a mais dias de internamento ou a mais doentes saídos. No entanto, seria necessário um maior conhecimento médico e ainda, mais informação sobre cada paciente individualmente, o que não foi possível de executar neste trabalho, dado os dados disponíveis.
NOTA EM RELAÇÃO AOS DADOS OBTIDOS ATRAVÉS DA BASE DE DADOS DO INE
Na área do INE mencionada na secção “origem e descrição dos dados” apenas estavam disponíveis dados desde 2003 a 2010. Após termos contactado o INE foi nos dito que, dados referentes a anos anteriores a 2003 tinham um custo que considerámos ser demasiado elevado para o trabalho em causa e, como tal, estes dados não puderam ser levados em conta na determinação das taxas previamente determinadas.
CONCLUSÕES Em resumo, os dados previamente apresentados revelam que:
i. Existe uma tendência para DI, DS e T diminuírem tanto nos Homens como nas Mulheres . A faixa etária predominante em 2010 foi ≥65 anos enquanto que, geralmente, antes de 1996 era 15-‐44.
ii. As taxas de Mortalidade por TCE nos Homens e nas Mulheres diminuiu respectivamente 14% e 5%, desde 2003 a 2010, sendo que a faixa etária com maior taxa de Mortalidade foi ≥65 anos, contudo, não se verificou uma tendência decrescente.
iii. As taxas de incidência cumulativa de TCE tanto nos Homens como nas Mulheres, diminuiu, respectivamente 32% e 29.5% entre 2003 e 2010, sendo a faixa etária predominante ≥65 anos.
iv. O distrito que apresentou mais dias de internamento, tanto nos Homens como nas Mulheres, durante os anos de 2009 e 2010, foi Beja.
v. A descrição resumida mais frequente foram as Hemorragias, que afectaram tanto Homens como Mulheres, mas sobretudo a faixa etária de ≥65 anos.
Estes resultados permitem-‐nos sugerir essencialmente que tem vindo a verificar-‐se uma tendência para a diminuição da mortalidade e incidência de TCE, possivelmente devido a boas medidas preventivas. Sugeriu-‐se medidas no âmbito do Plano Nacional de Saúde ou mesmo noutras áreas como a segurança rodoviária, contudo, seria necessária mais informação sobre os mesmos para confirmar. Verificou-‐se que os Homens estão mais predispostos a TCE, factor este que pode ser explicado pelas diferenças entre Homens e
21
Mulheres, no que toca a estilo de vida, como por exemplo, a práctica de desportos motorizados ou desportos radicais, mais comum nos Homens do que nas Mulheres.
Os diferentes ênfases que foram dados às faixas etárias mais predominantes, e ainda, às alterações das mesmas ao longo do tempo, podem reflectir uma alteração do paradigma clínico de internamento. Inicialmente verificou-‐se, por exemplo, que havia maior incidência de TCE e mais DI nas faixas etárias correspondentes às idades activas, contudo, com o passar dos anos, verificou-‐se que essa tendência alterou-‐se para a faixa etária ≥65 anos. Assim, é possível que os internamentos sejam mais reduzidos para as pessoas na idade activa e, pessoas em idades mais avançadas são internadas mais tempo, evitando assim sequelas e outras complicações devido ao estado de saúde geral debilitado. Os dados apresentados para o número médio de dias de internamento e número de doentes saídos também aparentam suportar esta afirmação.
Por fim foram salientadas, ao longo do trabalho, algumas áreas onde possivelmente seria interessante aprofundar o estudo, concretamente, utilizar os dados relativos aos motivos de TCE para determinar quais os motivos que levam a maiores sequelas, aprofundar a relação geográfica entre os distritos com mais dias de internamento por doente saído, e ainda, estender a todas as descrições resumidas a análise apresentada para a descrição resumida mais frequente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Associação Novamente. (n.d.). Obtido em 2012 -‐ 07-‐12 de Documento 1 -‐ 2009_2010; Documento 2 -‐ DGS_Tcraneoence_92_09; Documento 3 -‐ DGS_Tcraneoence_92_08_Motivos_vb: www.novamente.pt
INE. (2012 -‐ 6-‐12). Portal do INE. Obtido em 2012 -‐ 6-‐12 de Dados Estatisticos -‐ Base de Dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0004163&contexto=bd&selTab=tab2
Vale, A. F. (2012). Acetatos das Aulas. Epidemiologia e Saúde Pública, FE-‐UCP, Sintra, Portugal
WHO. (NA). Neurotrauma. Obtido em 26 de 12 de 2012, de WHO: http://www.who.int/violence_injury_prevention/road_traffic/activities/neurotrauma/en/index.html
Nº Palavras: 5374 Nº Caracteres: 27540