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SFI 5800 Espectroscopia Física Espectroscopia Eletrônica: Espectros de emissão e luminescência Prof. Dr. José Pedro Donoso Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC

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SFI 5800 Espectroscopia Física

Espectroscopia Eletrônica:

Espectros de emissão e luminescência

Prof. Dr. José Pedro Donoso

Universidade de São Paulo

Instituto de Física de São Carlos - IFSC

Espectros de Emissão e fenômeno de luminescência

Luminescência: fenômenos que envolvem a absorção de energia e sua

posterior re-emissão.

Sistemas inorgánicos

Nestes sistemas a classificação fluor ou fosfo /rescente é inadequada

e se utiliza somente o termo luminescência.

A luminescência de sólidos é de considerável interesse tecnológico:

1 - ela é a base para a construção de lasers de estado sólido (via

luminescência de estados de impurezas em materiais semicondutores)

2 - luminescência de semicondutores e outros materiais é importante

para as telas de equipamentos eletrônicos

Sólidos luminescentes

-Compostos que contém um íon com camadas eletrônicas incompletas,

bem blindadas de seus vizinhos.

Exemplos: halogenetos de Mn, sulfetos de Sm ou Gd

-Halogenetos alcalinos ativados com Tl ou outros metais pesados

-ZnS e CdS ativados com Cu, Ag, Au e Mn

-Zn2SiO4 ativado com Mn2+ (telas de osciloscópios)

-Oxidos e fosfatos ativados com íons metais de transição e Terras raras

-Cristais orgánicos (anthraceno ativado com naphtacene)

Termoluminescência:

Emissão de radiação luminosa de uma substâcia quando ela é aquecida.

O processo envolve a criação, pela radiação ionizante, de e- ou h+ em

traps, sua excitação a banda de condução, sua recombinação e emissão

de um foton.

Antigamente se distinguiam os fenômenos de

fluorescência e de fosforescência pela vida media

da emissão: até 10 ns era fluorescência. Hoje

elas se distinguem pelos estados de spin dos

níveis envolvidos. Se durante o processo de

emissão não ocorre mudança de multiplicide de

spin, a emissão é fluorescente. Se há inversão

de spin (ex: triplete → singlete) a emissão é

fosforescente.

Na fluorescência, a radiação emitida cessa

imediatamente depois da excitação desaparecer.

Na fosforescência, a emissão espontânea

persiste durante intervalos de tempo longos (de

seg. até horas). Isto sugere que a fluorescência é

uma conversão da radiação absorvida em energia

reemitida e que a fosforescência envolve o

armazenamento de energia e uma emissão lentaAtkins & de Paula : Físico Química

Fosforescência

A molécula pode efetuar um cruzamento

intersistema, uma transição não – radioativa

entre estados de diferentes multiplicidade.

As transições entre estados singleto e

tripleto podem ocorrer na presença de

acoplamento spin – orbita. O mecanismo de

cruzamento intersistema será importante

quando a molécula tiver átomos pesados, pois

o acoplamento spin – orbita será grande.

Este acoplamento quebra a regra de seleção e

a molécula pode, então, emitir fracamente.

Este processo explica a observação de a

energia de excitação parece estar confinada em

um reservatório que vaza lentamente.

Atkins & de Paula : Físico Química

Espectro de absorção do Ruby

Lumb : Luminescence Spectroscopy

Espectro de absorção do rubi: Al2O3 : Cr3+

1 – a banda intensa em 7 eV é uma banda de transferência de carga onde um dos

eletrons do O2- é transferido ao íon cromio:

O2-(2p6) + Cr3+(3d3) → O-(2p5) + Cr2+(3d4)

2 – a banda intensa em 9 eV é causada pela absorção na matriz Al2O3 (absorção

intrínseca) envolvendo umaa transferência de carga de O2- ao Al3+:

O2-(2p6) + Al3+(2p6) → O-(2p5) + Al2+(2p63s1)

Os 9 eV correspondem ao gap de energia da safira Al2O3

3 – as bandas intensas na região de 1.5 a 4 eV são causadas pelas transições4A2 → 4T2 e 4T1 que são transições spin permitidas. As linhas fracas são causadas

Pelas transições spin proibidas 4A2 → 2E, 2T1 e 2T2.

Espectro de emissão do rubi

A absorção de um foton de luz azul pode levar o íon Cr3+ ao estado excitado 4T1.

O decaimento será não radioativo (via fonons) através dos vários estados excitados

até chegar ao estado excitado de mais baixa energia, o 2E, que está 1.74 eV

(7131 Å, 14023 cm-1) acima do nivel fundamental 4A2.

O material emitirá luminescência em 7131 Å, que corresponde a diferênça de energia

entre o estado 4A2 e o 2E. A eficiência quantica do processo é de 80 a 100% (quando

para cada foton bombeado e absorvido, um foton é emitido)

A intensidade da luminescência do rubi depende do número de íons Cr3+ elevados

aos estados excitados. As absorção nas regiões verde – amarela e azul servem para

popular o estado 2E. O processo de decaimento radioativo 2E → 4A2 é uma transição

fracamente spin – proibida, mais com uma probabilidade de ocorrer maior que um

Processo não radioativo entre 2E e 4A2.

Cheetham & Day : Solid State Chemistry: techniques

Fluorescência do Rubi

Espectros de fluorescência

em função da concentração

de Cr3+. Nestes casos existe a

possibilidade de interação

(exchange interactions) entre

íons vizinhos (Cr3+ pairs)

As energias desta interação

de exchange tem sido

estimadas entre 7 e 54 cm-1.

De Luca: J. Chem. Education 57 (8) 541, 1980

Luminescência em sólidos

inorgánicos

Nos materiais luminescentes devemos

distinguir:

-O hóspede (host) : que define a rede

cristalina (ZnS, CaWO4, Zn3(PO4)2)

-o ativador: íons incorporados na rede que

viram centros luminescentes (Ag+, Mn2-)

-O sensitizador: íons que quando

incorporads na rede são capaces de

trasferir sua energia de excitação aos

ativadores vizinhos, induzindo a

luminescência

Aplicação comercial: tubo fluorescente

A corrente elétrica excita os átomos de Hgos quais decaim emitindo no visível e no UV (a maior parte). O vidro do tubo érecoberto com uma substânciafosforescente que converte eficientementea radiação UV em visível. O íon Sb3+ atuacomo sensitizador e como ativadorenquanto o Mn2+ atua só como ativador.

Espectros de absorção e de emissãode KCL dopado com Tálio

204Tl: [Xe] 5d10 6s2 6p1

Quando cristais de halogenetos alcalinos são

irradiados com raios-X, se observa uma fraca

luminescência, associada a presença de

impurezas. O Tálio é um dos mais eficientes.

KCl : Tl+ (2 × 10-3 at%)

Pelo seu tamanho (1.5 Å) ele substitui o K+

O espectro de absorção apresenta duas bandas intensas (A e C) associadas ao Tl+

1S0 → 1P119606.3C

20605.9B

1S0 → 3P124704.9A

transiçãoλλλλ (Å)E (eV)Banda

O espectro de emissão do KCl : Tl mostra

duas bandas em 3050 Å e 4750 Å (4.06 e

2.61 eV), identificadas como as transições3P1 → 1So e 1P1 → 1S0

Os picos na curva de termoluminescência

Sugerem a existência de niveis meta-

estáveis com energias de ativação de 0.35

e 0.72 eV, associadas aos estados 3P0 e 3P2

J. Chem Phys. 21, 125 (1953)Dekker: Solid State Physics

Espectros de absorção e de emissão de ions lantanoides (Terras Raras)

Shriver & Atkins, Química Inorgánica

Greenwood & Earnshow, Chemistry of the Elements

Greenwood & Earnshow, Chemistry of the Elements

Ashcroft & Mermin, Solid State Physics

Optical Spectroscopy of Inorganic Solids.Garcia Solé, Bausá & Jaque

Dieke diagrams

Diagrama de níveis de energia

para íons (RE)3+ em LaCl3 obtidosa partir dos espectros medidos

pelo Prof Dieke

O diagrama mostra a energia dos

estados:2S+1L J

O diagrama dá uma ideia dos λdas transições 2S+1LJ → 2S´+1LJ´paraíons (RE)3+ em qualquer matriz.

Optical Spectroscopy of Inorganic Solids.Garcia Solé, Bausá & Jaque

Inorganic Chemistry, Huheey, Keiter, Keiter

Espectros de absorção de ions (RE)3+

Os espectros ópticos dos íons (RE)3+

mostram linhas relativamente finas

devido a blindagem da camada 4f

pelos eletrons 6s.

Para comparação é mostrado o

espectro do Ti3+

Optical Spectroscopy of Inorganic Solids. Henderson & Inbusch

Espectro de emissão do Eu 3+ (4f6)

Transições: 5D0 → 7FJ

A transição 5D0 → 7F0 é proibida pela

regra de seleção de dipolo elétrico, mais

ela é observada fracamente devido ao

fenômeno de J-mixing

Optical Spectroscopy of Inorganic Solids.

Garcia Solé, Bausá & Jaque

Espectro de emissão do

Eu3+ em LiNbO3

O espectro de luminescência do Eu3+ produz radiação vermelha e consiste de

quatro grupos de linhas, correspondendo as transições do estado excitado 5D0

para os sub-estados 7FJ (com J = 1 a 4) . Observe que a transição 5D0 → 7F1

mostra dois picos porque o estado terminal 7F1 desdobra em dois níveis, com

degenerescência 1 e 2.

Espectro de emissão do Eu3+ num campo

cristalino de simetria octaédrica

Optical Spectroscopy of Inorganic SolidsGarcia Solé, Bausá & Jaque

O operador de dipolo elétrico transforma como

a representação T1 (que corresponde a D1)

Como D0 × D1 = D1, apenas a transição5D0 → 7F1 será permitida por dipolo elétrico.

Isto corresponde a regra da Mec. Quântica:

∆J = 0, ±1 (com exeção de J = 0 → J´ = 0)

O espectro de emissão do Eu3+

terá uma única linha

Espectro de emissão do Eu3+ num

campo cristalino de simetria D3

Optical Spectroscopy of Inorganic SolidsGarcia Solé, Bausá & Jaque

Em D3 : x,y ⇒ E enquanto z ⇒ A2

1 - se o campo elétrico da radiação emitida

for paralelo a x ou y, então A1 × E = E

Apenas as transições A1 → E são permitidas

2 - se o campo elétrico da luz emitida for

paralela a z, então A1× A2 = A2

Apenas as transições A1 → A2 são

permitidas.

Optical Spectroscopy of Inorganic Solids. Henderson & Inbusch

Espectro de absorção e de luminescência do Yb3+ (4f13) em CaF2

Por causa do grande acoplamento

spin-órbita do Yb3+, o estado 4F5/2

está a 10.000 cm-1 acima do nivelfundamental 4F7/2.

A substituição do Yb3+ pelos Ca2+ nossitios cubicos do CaF2 leva ao

desdobramento do estado 4F5/2 em

dois níveis e do 4F7/2 em tres níveis.

Além da transições dos íons em sítios

cubicos observam-se linhas de Yb3+

em sítios de baixa simetria ou clusters

Optical Spectroscopy of Inorganic Solids. Henderson & Inbusch

Desdobramento dos níveis J de íons de Terras Raras para diferentes simetrias de

campo cristalino

Representação esquemáticado desdobramento do nível J num campo cristalino de simetria octaédrica

Optical Spectroscopy of Inorganic Solids.

Henderson & Inbusch

Espectro de luminescência

YAG: Nd3+

As propriedades espectroscópicasdo Nd3+ (4f3) tem sido muitoestudadas, particularmente emY3Al5O12 (YAG) e em vidros, onde

a linha de emissão em 1.06 µm (9.4×103 cm-1) é uma eficientetransição laser.

A figura mostra as transiçõesluminescentes do nivel 4F3/2 a todos os níveis 4IJ, cada um deles desdobrado pelo campo cristalino.

Luminescência em cristais

ou em vidros dopados com

Mn2+, Eu3+ e Er3+

Os íons de Terras Raras (Erbio,

Yterbio, Europio, etc) não são muito

sensíveis a intensidade do campo

cristalino porque os orbitais 4fn ficam

blindados pelos 5d e 6s. A posição

das linhas nos espectros de

luminescência são aproximadamente

as mesmas em qualquer matriz.

Wilson et al.Phys. Rev. B 19 (8) 4238 (1979)

Espectro de emissão do MnF2

O íon Mn2+ no MnF2 é oticamente ativo,

dando a cor rosa-alaranjada ao cristal.

O MnF2 absorve radiação e a re-emite,

mais a sua luminescência não se deve

aos Mn2+ intrinsecos senão aqueles

íons afetados por impurezas vizinhas,

que atuam como armadilhas (traps).

O espectro mostra a emissão das

armadilhas Mg(II) e Mg(III) que

correspondem aos íons Mn2+ segundos

ou terceiros vizinhos de impurezas

naturais de Mg2+ (muito difíceis de

remover do cristal. As bandas S(II) e

S(III) são magnon sidebands permitidas

por dipolo elétrico associadas aos

mesmos sítios.

Cheetham & Day, Solid State Chemistry: techniques

MnF2 : Eu3+

O campo cristalino do MnF2 é de baixa

simetria (D2h) e desdobra cada nível J do

íon Eu3+ (4f6) em (2J+1) componentes.

Estado fundamental: 7FJ

Estado Excitado: 5DJ

As linhas ficam agrupadas em 5790,

5900, 6150, 6500 e 7000 Å, sendo que

cada grupo corresponde a uma transição

entre 5D0 e um dos multipletes 7FJ

Todas as transições entre 5D e 7F são

proibidas por spin, mais esta regra de

seleção é relaxada pelo acoplamento

spin-orbita, o qual mistura estes estados.

Cheetham & Day, Solid State Chemistry: techniques

Luminescência do MnF2 : Eu3+

O sítio do Mn2+ no MnF2 tem simetria de inversão portanto as transições 5D – 7F do íon

Eu3+ (que entra na rede substituindo o Mn2+) são transições dipolo magnéticas. A regra de

seleção das transições 5D0 → 7FJ são ∆J = 1

A transição 5D0 → 7F1 é permitida por dipolo magnético dando a linha mais intensa do

espectro de luminescência

As misturas de estados provocadas pela paridade das funções de onda 4f permite

transições dipolo elétricas. Neste caso as regras de seleção para um estado inicial J = 0 é

∆J = 2, 4, 6 … resultado nas fortes transições 5D0 → 7F2 e 5D0 → 7F4

As transições de fraca intensidade do grupo 5D0 → 7F3 não obedecem esta regra de

seleção e podem ser causadas por misturas de outros multipletes J em 7F3

A banda 5D0 → 7F0 e totalmente proibida

Wilson et al. Physical Review B 19 (8) 4238 (1979) Cheetham & Day, Solid State Chemistry: techniques

Henderson & Inbusch, Optical Spectroscopy of Inorganic Solids.

Wilson et al. Phys. Rev. B 19, 4238 (1979)

Espectro de emissão do Er 3+

em MnF 2

Neste material ocorrem excitações

de transferência muito eficientes

entre o nível 4T1 do Mn2+ e o nível4F9/2 do Er3+

Optical Spectroscopy of Inorganic Solids. Henderson & Inbusch

Espectro de emissão do Er 3+

em MnF 2

A figura mostra as transições 4F9/2 → 4I15/2 e 4I11/2 → 4I15/2 no espectro visível. A transição 4I13/2 → 4I15/2 ocorre no infravermelho, em 1.5 µm (6.7×103 cm-1).

Haken & Wolf , Molecular physics and elements of quantum chemistry

Fluorescência do Eu3+ num complexo molecular

Ainda que o Eu3+ em solução não

fluoresce, os complexos apresentam uma

forte luminescência resultante da

absorção de luz pelo ligante orgánico

seguido de uma transferência de energia

intramolecular do estado excitado do

ligante para estado excitado do íon

emisor Eu3+

Figura: direita: espectro de excitação: espectro da luz absorvida que resulta naemissão a 700 nm. Esquerda: espectro de emissão devido ao Eu3+

A figura mostra os espectros de absorção e

de luminescência de um cristal de LiNbO3

dopado com Cr3+.

O espectro de luminescência consiste de

uma banda larga centrada em 890 nm

(11.236 cm-1).

Transição: 4T2g → 4A2g no Cr3+

λ= 890 nm, ν = 1.1 × 104 cm-1

E = hcν = 1.38 eV

J. Non-Crystalline Solids 352, 2395 (2006)

SiO2 – Al2O3 – Na2O – ZnF2 glasses

Up conversion process: o Yb3+ é excitado do nível 2F7/2 ao 2F5/2 por bombeamento em

980 nm e depois transfere sua energia ao Er3+. Este íon é excitado ao estado 4I11/2

O Er3+ no nível 4I11/2 é promovido ao nível 4F7/2 pela mesma transferência de energia, e

dalí relaxa não – radiativamente aos níveis 2H11/2 e 4S3/2, produzindo-se as transiçòes2H11/2 → 4I15/2 e 4S3/2 → 4I15/2.

Espectros de luminescência

(a) Amostra com 2 mol% Yb3+ + 1 mol% Er3+

excitado por 976 nm em diferentes potências.

A emissão no verde mostra duas componentes

523 nm (2H11/2 → 4I15/2) e 543 nm (4S3/2 → 4I15/2)

A emissão no vermelho: 658 nm (4F9/2 → 4I15/2)

(b) Amostra com 2 mol% Yb3+ + 2 mol% Er3+.

Neste caso a emissão verde é mais intensa que

a do vermelho.

75NaPO3 – 25Nb2O5 : Yb3+, Er3+

A figura mostra o esquema de energia de íon

livre do Er3+ e do Yb3+, o processo de absorção

de um foton pelo Yb3+, o processo de

transferência de energia Yb3+ → Er3+ (ET1) e o

Subsequente decaimento multifonon do nível4I11/2 para o nível 4I13/2 (MD) a qual resulta na

emissão observada em 1527 nm

75NaPO3 – 25Nb2O5 : Yb3+, Er3+ glass

Barbosa et al., Journal of Non-Crystalline Solids 352, 3636, 2006

Rare earth emission in solids

As transições f – f se caraterizam

pelas linhas finas (largura 1 cm-1) a

baixas temperaturas

Algumas transições são fracamente

permitidas. Em parte isso depende

da simetria do campo cristalino.

O decaimento de um íon de Terra

rara num estado excitado pode

ocorrer via fonons no lugar de foton,

dando lugar as multiphonon

transitions

D.R. Vig (ed.), Handbook of Applied Solid State Spectroscopy

Centros de cor

A figura mostra as bandas de

absorção e de emissão de centros F

em KBr para diferentes temperaturas

(Phys. Lett. 11, 15, 1964)

O potencial no qual está situado o

eletron é determinado pela

distribuição de carga dos íons

vizinhos. O acoplamento entre o

centro F e a rede é muito forte, e os

espectros de absorção e de emissão

mostraram bandas largas.

D.R. Vig (ed.), Handbook of Applied Solid State Spectroscopy

A figura mostra as bandas de absorção e de emissão de um centro F+ no óxido de calcio

a 4 K. Um centro F+ é aquele no qual a carga efetiva do centro é +1 em relação ao íon

que normalmente ocuparia esse sítio. Como o oxigênio tem carga -2 em sólidos, o centro

F+ tem um eletron numa vacância de oxigênio. O quadro é analogo ao do centro F em

halogenetos alcalinos, mais neste caso o eletron está ligado mais fracamente com a

vacância. Consequentemente as bandas de absorção e emissão mostram estrutura

vibracional.

Centros de cor

D.R. Vig (ed.), Handbook of Applied Solid State Spectroscopy

Luminescência de semicondutores

A figura mostra (a) o nível eletrónico de um semicondutor tipo p (dopado com Cd) e tipo

n (dopado com S) numa junção p – n GaP e (b) o espectro de emissão dos níveis de

impurezas no diodo GaP. A emissão verde – amarela a 2.2 eV (536.5 nm) resulta da

Recombinação de pares doador – aceitor. As transições entre o nivel de exciton do

Complexo Cd – O e o nivel aceitor resultam na emissão vermelha.

Kuzmani, Solid State Spectroscopy

Referências Bibliográficas

Atkins + de Paula, Físico Química (7a ed) – Capítulo 17

Hollas, Modern Spectroscopy (2nd ed)

Lumb: Luminescence Spectroscopy

Goldberg, Luminescence of inorganic solids

Dekker, Solid State Physics

Cheetham & Day, Solid State Chemistry: techniques

Kuzmani, Solid State Spectroscopy

Haken & Wolf: Molecular Physics and Elements of Quantum Chemistry

De Luca, J. Chem. Education 57 (8) 541 (1980)

Henderson & Inbusch, Optical Spectroscopy of Inorganic Solids.

Garcia Solé, Bausá & Jaque ,Optical Spectroscopy of Inorganic Solids.

Aplicações em bioquímica:

Catherine A. Royer, Biophisical Journal 68, 1191 – 1195 (1995)

Campbell & Dwek, Biological Spectroscopy