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Urbanismo ecológico: a cidade comoprojeto políticoPOR VANESSA CORREAjornal Folha de São PauloTRANSCRIPT
05/03/2015 Urbanismo ecológico: a cidade como projeto político | Seres Urbanos | Folha
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O diretor da escola de design e arquitetura de Harvard, Mohsen Mostafavi, durante visita a São Paulo
O urbanismo sustentável é muitas vezes apenas um “clichê”, uma “forma delegitimação técnica para promover soluções convencionais”, de acordo comMohsen Mostafavi, 60, diretor da Faculdade de Design e Arquitetura daUniversidade Harvard, nos EUA.
Já o chamado urbanismo ecológico, tema e nome de um novo livroorganizado pelo iranianoamericano, se propõe a pensar a cidade também sobas dimensões política, ética e estética, numa síntese entre ecologia, economiapolítica da cidade e design.
“Quando digo que o urbanismo ecológico é um projeto político, quero dizertambém que a cidade é um lugar de conflitos, não só de consenso. E a cidadeprecisa ter uma estrutura para esse embate”, diz o diretor.
Leia abaixo a entrevista exclusiva concedida por Mohsen para a Folha (umpequeno extrato da conversa já havia sido publicado no caderno “Cotidiano”)quando ele esteve no Brasil para o lançamento do livro “UrbanismoEcológico” [GGili, 656 págs., R$ 120]. Na conversa, Mohsen também falou dopapel do arquiteto como profissional e comentou a qualidade de projetos deLina Bo Bardi e Vilanova Artigas, em oposição a uma arquitetura deostentação que se difunde tanto aqui como nos EUA.
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Urbanismo ecológico: a cidade comoprojeto políticoPOR VANESSA CORREA19/11/14 13:06
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05/03/2015 Urbanismo ecológico: a cidade como projeto político | Seres Urbanos | Folha
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Qual foi sua primeira impressão da cidade de São Paulo comoarquiteto?[Tive a impressão] que é uma cidade incrivelmente dinâmica, que um montede coisas estão acontecendo, que as pessoas são muito sociais. Isso é muitopalpável. Você sente aqui que há participação das pessoas, engajamento. Éum uso da cidade muito diferente do que se vê nos Estados Unidos.
É curioso você ter comentado isso, porque entendemos com umproblema da cidade a falta de convivência no espaço público.Talvez isso esteja latente e seja só uma questão de promover.Certamente vocês têm isso em vocês.
E, afinal, o que é urbanismo ecológico?É vermos nossas cidades de uma maneira diferente, combinando diferentessensos de estética, política e ética, ao mesmo tempo sendo mais sensíveis àlimitação de recursos naturais. O que não é o mesmo que cidade sustentávelou arquitetura sustentável.
Qual é a diferença?A diferença é que, quando as pessoas pensam sobre sustentabilidade, muitasvezes elas estão pensando apenas em gerenciamento de recursos limitados, demodo a usálos menos. A ênfase recai sobre a redução do gasto de energia,com vidros que deixam passar menos insolação, esse tipo de coisa. Isso ébom. Mas sabemos que esse sistema se baseia em uma posição moral, nosentido de que é a coisa certa a se fazer. Projetamos coisas que são boas naintenção, mas o que fazemos em nome de boas intenções nem sempre é bom.Porque não há uma correlação forte entre intencionalidade e resultado.
Para mim, a ideia de uma dimensão de desempenho da cidade é um aspectoinseparável do urbanismo ecológico. Temos que fazer duas coisas ao mesmotempo. Podemos ser mais cuidadosos e, ao mesmo tempo, melhores?
O que você quer dizer com desempenho?As coisas têm um desempenho funcional, mas também um desempenhosocial, espacial. Você vai no centro comunitário da Lina Bo Bardi [SescPompéia], que muitas pessoas dizem que é o melhor deles [dos Sescs]. Maspor que é tão apreciado? Porque as pessoas estão usando ele de fato. Daentrada, passando pela biblioteca, ao banho de sol, à piscina, tudo tem umaatmosfera particular. Portanto, a ideia de performance se torna muitopróxima de atmosfera, de sensação.
Você me perguntou sobre minha primeira impressão da cidade: era umapergunta sobre atmosfera. Claro que não há uma receita para criar atmosfera.Na medicina, para se descobrir a cura de uma doença, é preciso pesquisa. Nascidades também é assim. A questão também é metodológica: como devemosfazer a cidade? Por um lado, é um tipo de posição filosófica e política; poroutro, é a busca por um novo método, por novas formas de fazer as coisas, eque variam de lugar para lugar.
Então o urbanismo ecológico também faz parte da crítica daarquitetura moderna, que buscava soluções universais para oproblemas das moradias e do urbanismo?Sim, há uma crítica do zoneamento modernista, da separação de zonas, com olugar das casas separado da dimensão do trabalho, do lazer. Em cidadesantigas, por causa de seu desenvolvimento orgânico, você vê mais fusão entreas diferentes funções. Mas a natureza das nossas cidades está mudando. Nãoé necessário ser romântico sobre as coisas, querer apenas o que é tradicional,o que foi a manifestação da vida em um determinado momento. A mistura defunções também é um jeito de fazer a crítica do planejamento modernista.Precisamos encontrar uma alternativa.
Os EUA foram na mesma direção do planejamento modernista. Ou então parao “novo urbanismo”, que é essa ideia de uma versão mais nostálgica dacidadezinha, da casa, onde todo mundo é amigo, existe uma comunidade,todo mundo concordando, somos todos bonzinhos. Só que não é bem assim.Então, quando digo que o urbanismo ecológico é um projeto político, querodizer também que a cidade é um lugar de conflitos, não só de consenso. E acidade precisa ter uma estrutura para o conflito. Não para ficarmos brigandouns com os outros, mas no sentido que é possível discordar. Apenas quandoas cidades se tornam lugar de dissenso elas se tornam lugares da democracia.O urbanismo ecológico também pensa o espaço como componente importanteda democracia.
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05/03/2015 Urbanismo ecológico: a cidade como projeto político | Seres Urbanos | Folha
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E como se projetam lugares para esse embate?Em certas tradições literárias há muita descrição de vidas que estãoacontecendo no contexto de diferentes cidades, com uma visão inseparável davida e do lugar. Quando James Joyce escreve sobre a vida, está escrevendotambém sobre Dublin como um lugar. A localização, a altitude, as montanhasque a circundam, mas também a cultura das pessoas. Então, pra mim isso éimportante.
Neste livro [Urbanismo Ecológico], eu tento colocar escritores diferentes paraescrever sobre cidades diferentes. Quando você quer fazer um projeto, vocêdesenha imaginando o que vai acontecer naquele desenho. E, ao mesmotempo, você não quer controlar. E às vezes funciona, às vezes não, ou chegaperto do que você imaginou, ou é só ligeiramente diferente. Mas é necessárioimaginar o que pode acontecer no ambiente, em vez de imaginar apenastipologia pura. É pensar que certa tipologia tem uma consequência.
As pessoas em São Paulo na rua, as famílias sentadas num café, a mistura dediferentes classes sociais mostram interações operando no espaço. Parece queé uma coisa simples, mas não é. Quando você tenta criar, como urbanista, apossibilidade de metodologias alternativas, você também está criandometodologias que não são neutras. Elas têm uma posição, que é tambémpossibilitar diversos níveis e formas de participação.
Estou agora terminando um terceiro livro, chamado “Ética do urbano: ascidades e o espaço do político”. E esse é sobre a relação do que nósconsideramos como ético, com o que consideramos político e como nascidades existem determinados lugares de ação política. Você vê o queaconteceu na Turquia, no Egito, no Brasil. Há certos tipos de lugares quequando as pessoas têm que dizer algo, elas têm que dizer naquele lugar.
Mas deve haver alguma característica comum em projetos deurbanismo ecológico…Uma coisa que é importante é a densidade. A aproximação ajuda aeconomizar energia. Dizse que quanto mais denso, mais sustentável. EntãoNova York é provavelmente a cidade mais sustentável dos Estados Unidos,onde as pessoas usam o transporte público e dependem menos do automóvel.Nos EUA, nós sabemos, estatisticamente, que as casas estão ficando cada vezmaiores, e que há um espraiamento. O quanto é o suficiente? O que vocêprecisa em sua vida para que seja suficiente? Como ter mais qualidade commenos? Como criar espaços para morar em que haja combinação de vida ao arlivre, mas também densidade?
Um arquiteto francês que não gostava muito da moradia mínima propostapelo do modernismo tentou maximizar o espaço externo dos apartamentos.Em arquitetura isso é chamado design paramétrico: o foco em uma condiçãoespecífica, maximizando ela. Ao fazer isso ele estava inovando, criando um
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André Porto/Folhapress
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tipo particular de edifício, da mesma forma que a Lina Bo Bardi quandopegou uma fábrica [onde está hoje o Sesc Pompéia], e pela ideia de reusoadaptativo, criou algo que não existia. É uma espécie de reciclagem. Oexemplo de Bo Bardi e do arquiteto francês são inovadores.
Naquele projeto do Artigas próximo daqui tem um arranjo de janelas que seabrem e se fecham afetando o desenho da fachada do edifício. Artigas estavapensando no design do edifício, mas também na luz, no sombreamento. Éinovador. Esse é um exemplo da ideia de urbanismo ecológico, que pensa nascondições do lugar, do terreno na colina, a entrada, a qualidade de vida. Eaquele edifício é muito diferente dos outros ao redor dele, ou que estão sendoconstruídos agora, que têm mais a ver com opulência, monumentalidade. Queservem para as pessoas ricas dizerem: ei, eu moro em um apartamento muitocaro, com colunas e sacadas enormes. Estes prédios podem ser bem feios, éproblemático.
Então, no fim, é uma questão de valores. E os valores estão se movendo maisna direção desses edifícios grandes, pomposos, exuberantes e ostentatórios.Enquanto no projeto de Artigas há um tipo de humildade, mas também umtipo particular de beleza. É preciso aplicar esse tipo de sensibilidade nacidade, nas áreas abertas, no uso do transporte, na redução do uso do carro. Éuma combinação de objetivos. É o aumento da infraestrutura, o que é umaforma de presente para os cidadãos, mas também pode ser uma maneira dediscriminar as pessoas. Se você está projetando uma cidade, você tambémprecisa pensar na questão da democracia. Na França eles estão alocando osimigrantes nos subúrbios. E não há sistema eficiente de transporte entre osubúrbio e o centro. Então isso também significa um tipo de segregação.
Já que você mencionou isso, São Paulo é bastante segregada, com apopulação pobre morando na periferia. As classes médiaalta e altaacabam ditando em grande medida a agenda do urbanismo dacidade, e a infraestrutura continua se concentrando nos bairrosmais consolidados. Como enfrentar essa contradição?Os governos recorrem cada vez mais à iniciativa privada, ao capital privado. Aquestão na maioria dos lugares é: do que o governo está abrindo mão quandoele colabora com instituições privadas? Eu acho que, por não terem recursostécnicos e profissionais suficientes para imaginar como as coisas podem ser,por não haver uma visão, apenas um planejamento, não há a possibilidade demudar o que está configurado, para fazer a urbanização e as melhorias naregião onde a classe trabalhadora vive.
A falha fundamental é a maneira como muitas agências governamentaistrabalham com as empresas. Eles não pedem o suficiente em troca.Principalmente porque não sabem o que pedir. Mas a arte de desenharcidades enquanto a arte de criar um lugar foi abandonada pelos governos
Edifício Louveira 1 de 10
Tuca Vieira/Folhapress
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municipais.
Não há saídas?A menos que as cidades abracem o conhecimento que é necessário para seengajar nessa tarefa, não há esperança. Porque sempre haverá essa situaçãopolítica em que os mais ricos têm muito mais capital político e conseguem sermais bem sucedidos em suas demandas. Daí a discussão ser também sobreética e política. O que buscamos em uma escola de design não é dizer “olha,eis aqui um novo método” mas sim “ei arquiteto, planejador, urbanista, vocênão deve ser apenas um profissional do design”. Esses profissionais precisamestar absolutamente engajados na discussão política. A ideia de apenasdesenhar belos quarteirões ou conjuntos habitacionais é idiota, é loucura, sevocê não conhece as consequências políticas. Por isso, em lugares como aEuropa e os EUA o status de arquitetos e urbanistas caiu na sociedade,comparado com o de advogados e médicos, por exemplo.
Mas também há a crítica ao planejamento urbano, que é a ideia de que aspolíticas públicas são separadas do projeto urbanístico. Os dois são comoingredientes de uma receita. Deve existir um escritório de desenho urbanomunicipal que proponha projetos como parte de um plano global e que diga“aqui deve ser feito um edifício de 40 andares”, por exemplo. Em uma cidadecomo São Paulo a questão é mais reconstruir do que expandir, pois há muitoslugares com edifícios industriais. Então, ou através da reciclagem ou dareconstrução, a prefeitura precisa dizer como esses diferentes setores devemser conduzidos dentro da cidade. Se o governo apenas faz políticas maisgenéricas, dizendo o que é permitido construir em cada setor da cidade, oresultado é que você tem todos esses edifícios que dão um jeito de contornaras regras para fazer coisas do tipo ricoextravagante. E aí as políticas podemter consequências bem negativas.
Prédios com selos de qualidade ambiental, completamentevedados e com ar condicionado podem no Brasil, onde não háinvernos rigorosos, ser considerados verdes de fato?A certificação Leed é uma exemplo perfeito do que eu estava falando antes,dessa posição moral baseada em quantificação. O Leed não se importa se vocêestá desperdiçando algo, desde que você seja bastante responsável com a sua“pele de vidro” [tradução livre de ‘triple glazing’; no Brasil existe apenas avedação completa com vidro, mas não a parede tripla]. Não há uma posturaética. E eu acho que nesses lugares é muito importante entender o clima,entender o que acontece, a que as pessoas estão acostumadas, e pensar em umedifício que responda mais ao meio ambiente. Assuntos como designsustentável podem produzir clichês. As pessoas usam selos de edifíciosustentável para dizer que estão fazendo uma coisas boa, como argumento devenda.
Na Europa, nos EUA, o Leed tem sido algo bom no sentido que as pessoas setornaram mais conscientes sobre o consumo de energia dos edifícios, mas nãohá reflexão sobre se tudo isso faz sentido mesmo. É uma abordagemamplamente aceita, porque tem a ver com submeter dados e receber umcertificado. Mas não é uma abordagem alternativa. No Brasil, um exemplo deboa arquitetura é a maneira como vocês usaram o “brise soleil” [parassol]para criar sombreamento, para barrar o sol. A partir da influência deCorbusier e da primeira geração de modernistas, se criou algo que respondiaàs condições locais do Brasil. E acho que precisamos de mais coisas assim. Aía pergunta: como podemos fazer isso?
Veja esse edifício atrás de você [da Fiesp, na avenida Paulista]. Ele procuracriar sombreamento através de um efeito de pele [o prédio é recoberto poruma malha metálica]. Por isso a discussão do urbanismo ecológico tem muitoa ver com as circunstâncias e uso dos recursos locais. Mas há também perigoquando nos tornamos muito provincianos, muito locais, muito comunidade.Por isso é importante pensar o quadro mais geral em uma cidade como SãoPaulo, onde há diversidade, onde existe a capacidade para o dissenso, parapontos de vista diferentes, coisa que não existe em uma pequena comunidade.
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