uso de bioestimulantes na cultura da soja - bruno alvim werner alves
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BRUNO ALVIM WERNER ALVES
USO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA
LONDRINA 2010
BRUNO ALVIM WERNER ALVES
USO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Londrina. Orientador: Prof. Dr. Cássio Egídio Cavenaghi Prete.
LONDRINA 2010
BRUNO ALVIM WERNER ALVES
USO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA
COMISSÃO EXAMINADORA TITULAR
____________________________________ Prof. Dr. Cássio Egídio Cavenaghi Prete
Orientador do projeto Universidade Estadual de Londrina
____________________________________
Prof. Dr. Osmar Rodrigues Brito Universidade Estadual de Londrina
____________________________________
Eng°. Agr°. José Cateli Salomão Filho Belagrícola Comércio e Representações de
Produtos Agrícolas LTDA.
SUPLENTES
Prof. Dr. Hideaki Wilson Takahashi Universidade Estadual de Londrina
Prof. Dr. José Carlos Vieira de Almeida Universidade Estadual de Londrina
Londrina, _____de ___________de _____.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por possibilitar que eu e todos os
seres deste mundo estejamos presentes em vida ou alma, e também por ser a base
fundamental de todas as ações em minha vida.
Aos meus pais Jayme e Sandra por fornecerem uma vida repleta de
amor, carinho e educação, e por me apoiarem em todas as escolhas e caminhos
percorridos na minha vida.
Agradeço também à minha namorada Palloma por todo o apoio nos
momentos bons e difíceis de minha jornada, e por ter sido minha companheira e
amiga nos últimos anos.
Agradeço ao meu irmão Jayme Júnior que, mesmo não estando
presente nos últimos anos, me trouxe alegria e apoio em vários momentos de minha
vida.
Ao meu orientador, professor Cássio Prete, pela constante
orientação neste projeto e pela sua prestabilidade durante a execução do mesmo.
Gostaria de agradecer também algumas pessoas que contribuíram
para execução desse projeto: o Engenheiro agrônomo José Filho e aos funcionários
da fazenda Nossa Senhora Aparecida.
“Imaginar é mais importante do que
saber, pois o conhecimento é limitado,
enquanto a imaginação abarca o universo.”
(ALBERT EINSTEIN)
ALVES, Bruno Alvim Werner. Uso de Bioestimulantes na Cultura da Soja. 2010. 37 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2010.
RESUMO A busca por produtos que visam melhorar a nutrição e a produtividade da cultura da soja remeteu ao uso de substâncias denominadas bioestimulantes, substâncias estas formuladas à base de hormônios vegetais. Este trabalho visou avaliar o uso de bioestimulantes na cultura da soja. Foram testados os tratamentos: T1 - testemunha, T2 - produto comercial Stimulate® (0,009% de cinetina, 0,005% de ácido giberélico e 0,005% de Ácido 4-indol-3-ilbutírico), T3 - cinetina, T4 - ácido giberélico, T5 - 4-indol-3-ilbutírico e T6 - composto de cinetina, ácido giberélico e 4-indol-3-ilbutírico. Os produtos foram aplicados via foliar no estádio fenológico V5. Para avaliar o efeito dos bioestimulantes, análises foilares foram realizadas antes e após as aplicações dos produtos para quantificar os teores foliares de nutrientes. Após a colheita, realizou-se a análise quantitativa dos fatores descritos como produtividade e massa de 100 grãos, avaliados pelo teste de Skott-Knott em nível de significância de 5%. . Os resultados indicaram que a aplicação dos bioestimulantes acarretou em variações nos níveis de micro e macronutrientes em teido foliar e mostraram que todos os bioestimulantes aumentaram a produtividade da soja, porém somente variações significativas só foram obtidas com T2 e T6, com ganhos de 17,64% e 16,31%, respectivamente. Em relação à massa de 100 grãos, não foram observadas diferenças significativas.
Palavras-chave: Soja. Bioestimulante. Stimulate®. Cinetina. Ácido Giberélico. AIB.
ALVES, Bruno Alvim Werner. Use of biostimulation in Soybean. 2010. 37 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2010.
ABSTRACT
The search for products aimed at improving the nutrition and productivity of soybean referred to the use of substances called biostimulation, these substances formulated with plant hormones. This study evaluated the use of biostimulation on soybeans. The treatments were: T1 - control, T2 - Stimulate ® commercial product (0.009% kinetin, gibberellic acid 0.005% and 0.005% acid 4-indole-3-ilbutírico), T3 - kinetin, T4 - gibberellic acid, T5 - 4-indole-3-ilbutírico T6 - composed of kinetin, gibberellic acid and indole-3-4-ilbutírico. The products were applied to leaves at growth stage V5. To evaluate the effect of biostimulation, analysis foil were taken before and after the applications of the products to quantify the nutrient content. After harvest, there was a quantitative analysis of the factors described as yield and weight of 100 grains, measured by Skott-Knott test at a significance level of 5%. . The results indicated that the application of biostimulation resulted in variations in the levels of micro and macronutrients in teide leaf and showed that all biostimulants increased soybean yield, but only significant differences were only achieved with T2 and T6, with gains of 17.64 % and 16.31% respectively. On the mass of 100 grains, there were no significant differences.
Key words: Soybeans. Biostimulant. Stimulate®. Kinetin. Gibberellic acid. IBA.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Análise qímica do solo da área do experimento.......................................23
Tabela 2 - Teores foliares de macronutrientes antes das aplicações dos
bioestimulantes...........................................................................................................26
Tabela 3 - Teores foliares de macronutrientes após das aplicações dos
bioestimulantes...........................................................................................................26
Tabela 4 - Teores foliares de micronutrientes antes das aplicações dos
bioestimulantes...........................................................................................................26
Tabela 5 - Teores foliares de micronutrientes após das aplicações dos
bioestimulantes...........................................................................................................26
Tabela 6 - Índices de produção líquida, produtividade e massa de 100 grãos
referentes à aplicação de diferentes bioestimulantes na soja....................................29
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA .............................................................................. 12
2.1 A CULTURA DA SOJA ........................................................................................ 12
2.2 OS BIOESTIMULANTES..................................................................................... 15
2.3 UTILIZAÇÃO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA ....................... 19
3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 22
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 26
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33
10
1 INTRODUÇÃO
A cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) é de significativa
importância para o agronegócio brasileiro, por ser a principal cultura explorada no
Brasil e destaca-se pela maior contribuição para a produção brasileira de grãos,
principalmente devido ao seu uso em larga escala na alimentação animal e na
produção de óleo comestível.
A utilização de produtos que visam melhorar a nutrição e a
produtividade da cultura da soja tem tido um crescimento significativo nos últimos
anos. Uma linha de produto que tem apresentado grande crescimento no mercado
atual são os bioestimulantes, devido à sua alta resposta econômica.
Por bioestimulantes, entende-se por produtos com princípios ativos
constituídos por substâncias reguladoras do crescimento das plantas, ou seja,
hormônios vegetais.
A utilização deste tipo de produto na cultura da soja tem por
finalidade o incremento da produtividade, devido a complementação e a interação
dos hormônios reguladores de crescimento vegetal presentes em sua constituição.
Dentre os hormônios produzidos pelos vegetais destacam-se as
auxinas, as giberilinas, as citocininas, o etileno e os ácidos abcísicos, porém as
empresas produtoras de bioestimulantes têm focado suas atividades, principalmente,
na produção de compostos a base de auxinas, giberilinas e citocininas.
Um bioestimulante que tem se destacado para emprego na cultura
da soja é o Stimulate®, um composto de fitormônios líquido constituído de cinetina
(0,09 g L-1), ácido 4-indol-3-ilbutírico (0,05 g L-1) e ácido giberélico (0,05 g L-1).
A cinetina é um hormônio que pertence à classe das citocininas.
Elas possuem várias funções nos vegetais, porém se destacam por regular o
processo de divisão celular na parte aérea e nas raízes, modificando a dominância
apical e promovendo o crescimento de gemas laterais. Além disso, retardam a
senescência foliar, favorecendo a mobilização de nutrientes e a expansão celular em
folhas e cotilédones, etc.
O ácido giberélico, por sua vez, pertence à classe das giberelinas,
hormônios envolvidos com a germinação das sementes, crescimento da parte aérea,
transição para o florescimento, desenvolvimento da antera, crescimento do tubo
polínico, desenvolvimento floral, estabelecimento do fruto e com o posterior
11
desenvolvimento das sementes.
O ácido 4-indol-3-ilbutírico pertence à classe das auxinas e são
responsáveis pela regulação da dominância apical, formação de raízes laterais e
adventícias, desenvolvimento de gemas florais, indução à diferenciação vascular,
abscisão foliar e pelo desenvolvimento dos frutos.
A utilização desses hormônios em conjunto ou separadamente pode
resultar em ganhos de produtividade para a cultura da soja. Entretanto, não se sabe
ao certo qual é o ganho de produção que se tem com a aplicação de tais hormônios.
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar e quantificar
os efeitos da aplicação de bioestimulantes na cultura da soja.
12
2 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA
2.1 A CULTURA DA SOJA
A soja (Glycine max (L.) Merrill) é uma planta anual, herbácea, que
apresenta ampla variabilidade genética e morfológica (GANDOLFI et al, 1983). Ela
pertence à família das leguminosas (fabáceas), à subfamília Faboidea e a tribo
Phaseolae (ALVAREZ FILHO, 1988).
Como descrito por Gomes (1976), a soja possui caule do tipo
ramoso, com 80 a 150 cm de comprimento. As folhas são longopecioladas, com 3
folíolos cordiformes, muito desenvolvidos e peludos na face inferior. As flores,
reunidas em cachos curtos, são axilares, sésseis, brancas, violáceas ou amarelas,
conforme a variedade. As vagens, levemente arqueadas, subcomprimidas, peludas,
têm de 1 a 5 sementes. As sementes lisas, ovóides, globosas ou elípticas, possuem
hilo quase sempre castanho, mas cuja coloração difere de acordo com a variedade.
Há sementes brancas, amarelas, escuras, negras, vermelhas, vermelho-escuras,
verdes, verde-amareladas ou matizadas. O comprimento varia entre 3 e 7 mm. O
peso de 100 sementes varia entre 5 e 17 gramas, de acordo com a variedade.
Apesar de não se saber com exatidão, é aceito que a soja teve sua
origem e domesticação no continente asiático, sendo posteriormente levada e
introduzida em vários países do mundo (VERNETTI, 1983).
A soja que hoje cultivamos é muito diferente dos seus ancestrais,
que eram plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia,
principalmente ao longo do rio Yangtse, na China. Sua evolução começou com o
aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais entre duas espécies de
soja selvagem que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China,
sendo que as primeiras citações do grão estão entre 2883 e 2838 AC, quando a soja
era considerada um grão sagrado, ao lado do arroz, trigo, cevada e milheto
(EMBRAPA SOJA, 2009).
Segundo Alvarez Filho (1988) e Vernetti (1983) a primeira referência
sobre a soja no Brasil, data do ano de 1882, quando foi feito relato de seu cultivo no
estado da Bahia. Mas foi a partir da década de 60 que ela começou a ser cultivada
como cultura em diversos estados, começando por São Paulo, passando pelo Rio
grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás,
13
entre outros, e assim ocupando vários estados brasileiros.
No final da década de 60, dois fatores internos fizeram os
agricultores brasileiros começarem a observar a soja como um produto comercial,
fato que mais tarde influenciaria no cenário mundial de produção do grão. Na época,
o trigo era a principal cultura do Sul do Brasil e a soja surgia como uma opção de
verão, em sucessão ao trigo. O Brasil também iniciava um esforço para produção de
suínos e aves, gerando demanda por farelo de soja. Em 1966, a produção
comercial de soja já era uma necessidade estratégica, sendo produzidas cerca de
500 mil toneladas no País (EMBRAPA SOJA, 2009).
A soja é a matéria-prima que está entre os produtos agrícolas mais
comercializados no mundo, por ser uma fonte protéica para a alimentação humana e
animal, e também para indústria farmacêutica e siderúrgica (MARGARIDO &
TUROLA, 2003).
A cultura da soja, devido à sua rusticidade e ampla variabilidade
genética, permitiu a ocupação de novas fronteiras agrícolas, sendo atualmente
cultivada em quase todos estados brasileiros, se tornando a principal cultura
explorada no mercado interno e destacando-se pela sua contribuição para a
produção brasileira de grãos, com aproximadamente 41,64% da produção total
(CONAB, 2009).
Os investimentos em pesquisa levaram à "tropicalização" da soja,
permitindo, pela primeira vez na história, que a cultura fosse explorada com
sucesso, em regiões de baixas latitudes, entre o trópico de capricórnio e a linha do
equador. Essa conquista dos cientistas brasileiros revolucionou a história mundial da
soja a partir do final da década de 80 e mais notoriamente na década de 90.
Atualmente, os lideres mundiais na produção mundial de soja são os Estados
Unidos, Brasil, Argentina, China, Índia e Paraguai (EMBRAPA SOJA, 2009).
A cultura da soja representa 94,5% da produção das oleaginosas
cultivadas no país, chegando a 60 milhões de toneladas de grãos na safra 2007/08
(CONAB, 2008). Constitui-se em uma das culturas mais tecnificadas no país, sendo
atualmente o principal produto agrícola de exportação e continua aumentando as
áreas de cultivo, inclusive abrindo novas fronteiras agrícolas. (GALASSINI, 1998).
Este feito se deve principalmente ao grande volume de exportação
(grãos, farelo e óleo), ao uso em larga escala na alimentação animal, (grãos ou
farelo) e à produção de óleo comestível para abastecer o mercado interno.
14
Segundo Zockun (1980) os grãos de soja constituem-se em matéria-
prima industrial, que gera insumo para uma grande variedade de produtos, como
farinha, proteína isolada e concentrada, lecitina, óleo, farelo e outros. Porém deve-se
destacar a importância do farelo para alimentação animal e do óleo refinado,
produtos de maior peso na demanda pelo grão, tanto a nível nacional como
internacional, inclusive nos países asiáticos, mesmo que nestes países boa parte da
soja em grão destina-se à indústria de alimentos de consumo direto.
A soja é um grão rico em proteínas, cultivada para produção de
alimentos tanto para humanos quanto para animais. O óleo de soja é o mais
utilizado pela população mundial no preparo de alimentos. Também é
extensivamente usado em rações animais. Outros produtos derivados da soja
incluem óleos, farinha, sabão, cosméticos, resinas, tintas, solventes e biodiesel.
(COELHO et al, 2008).
Fredo e Trevisan (1974) reforçam este pensamento ao afirmarem
que o grão de soja foi durante muito tempo apenas usado como fonte de óleo, em
conseqüência da sua relativa riqueza deste constituinte. Da Indústria extrativa do
óleo, obtém-se um subproduto rico em proteínas, o farelo de soja, usado quase que
exclusivamente na alimentação animal.
Apesar de o Brasil ser hoje o segundo maior produtor de soja no
mundo, com uma produção de 57,1 milhões de toneladas na safra 2008/2009,
perdendo apenas para os Estados Unidos, que possui uma produção de 80,5
milhões de toneladas, a produtividade nacional deste grão por área é relativamente
baixa, cerca de 2629 Kg ha-1 (EMBRAPA SOJA, 2009), sendo que os recordes de
produção situam-se em torno de 6000 a 7000 kg ha-1 (INFORMAÇÕES
AGRONÔMICAS, 2003). Porém, pode-se notar historicamente um expressivo
aumento da produtividade (média de 1089 kg ha-1 nos anos 60, contra 2800 kg ha-1
em 2003), resultado do uso de variadas tecnologias (DALL‟AGNOL, 2006).
Na cultura da soja a produtividade, a eficiência e a lucratividade são
aspectos da maior relevância, além de que se deve sempre procurar a
sustentabilidade dos processos produtivos (COELHO et al, 2008).
A produtividade da soja depende de sua carga genética e das
condições externas, que possibilitarão à planta expressar seu potencial genético.
Dentre esses fatores, podem-se destacar as condições ambientais, como clima,
pluviosidade, temperatura, entre outras, e as condições nutricionais da planta, sendo
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estas dependentes da fertilidade do solo e de técnicas que melhorem o seu
desenvolvimento.
A produtividade da soja é definida pela interação entre o potêncial
genético da planta, o ambiente e o manejo. Altas produtividades somente são
obtidas quando as condições são favoráveis em todos os estágios de
desenvolvimento da cultura (GILIOLI et al., 1995).
A crescente demanda pelos grãos de soja faz com que cada vez
mais se procure novas tecnologias capazes de aumentar e manter a produtividade
desta oleaginosa (ZADRA et al, 2008).
Uma forma de prever a produtividade de uma determinada cultura de
soja é por meio de avaliações dos componentes de produção da cultura. Segundo
Navarro Júnior e Costa (2002), os três principais componentes de produção da soja
são: número de vagens por unidade de área, número de grãos por vagem e massa
média dos grãos.
2.2 OS BIOESTIMULANTES
Nos vegetais superiores, a regulação e coordenação do
metabolismo, o crescimento e a morfogênese muitas vezes dependem de sinais
químicos transmitidos de uma parte da planta para outra. Os hormônios, também
chamados de fitorreguladores, responsáveis por variados efeitos nas plantas, são
esses sinalizadores (TAIZ; ZEIGER, 2009).
Hormônios vegetais são moléculas sinalizadoras, presentes em
pequenas quantidades nas diferentes partes das plantas. Alterações na
concentração hormonal de tecidos podem mediar toda uma gama de processos de
desenvolvimento das plantas, muitos dos quais envolvem interações com os fatores
ambientais (CROZIER et al. 2000).
Para Castro e Vieira (2001), hormônios vegetais são compostos
orgânicos, não nutrientes, produzidos na planta, que em a baixas concentrações
promovem, inibem ou modificam processos fisiológicos e morfológicos dos vegetais.
Segundo Weaver (1976), os órgãos vegetais podem ser
influenciados pela ação dos fitorreguladores de maneira que a morfologia da planta
é alterada. Dentre os fitorreguladores mais estudados pode-se citar as auxinas, as
citocininas e as giberelinas.
16
O grupo hormonal das auxinas foi o primeiro a ser descoberto e
estudado. Em estudos com iluminações parciais dirigidas em plântulas de alpiste
(Phalaris canariensis), por volta do ano de 1880, Charles Darwin e seu filho Francis
deduziram que a iluminação lateral de uma parte de um organismo vegetal causava
influência na curvatura de crescimento, fenômeno este conhecido como
fototropismo. Porém foi o fisiologista Frits Went, a partir de 1926, em seu clássico
experimento com coleóptilos de aveia (Avena sativa), quem definiu fisiologicamente
a auxina como a “substância de crescimento” das plantas (MOHR; SCHOPTER,
1994).
A auxina foi descoberta como um hormônio que agia no
encurvamento de coleóptilos em direção à luz. Os coleóptilos curvam-se por causa
das taxas desiguais de alongamento celular, que é maior no lado sombreado em
relação ao iluminado. Porém suas funções não são restritas somente a esta
característica (TAIZ; ZEIGER, 2009).
As auxinas são sintetizadas nos meristemas, nas folhas jovens,
nos frutos e nas sementes em desenvolvimento. Seus efeitos fisiológicos são o
fototropismo, o gravitropismo, ambos mediados pela redistribuição lateral da auxina,
e o enlongamento celular, por promoverem o crescimento de caules e coleóptilos,
porém inibirem o crescimento de raízes principais, por aumentarem rapidamente a
extensibilidade da parede celular e por aumentarem indiretamente a extensão
celular. (TAIZ; ZEIGER, 2009). No desenvolvimento das plantas as auxinas atuam
regulando a dominância apical, regulando o desenvolvimento das gemas florais,
promovendo a formação de raízes laterais e adventícias, promovendo o
desenvolvimento do fruto, retardando a abscisão foliar e induzindo a diferenciação
vascular (TAIZ; ZEIGER, 2009).
Castro et al. (2001) afirmam que as auxinas são consideradas
“substâncias do crescimento” pois são ativadoras de enzimas que agem sobre
constituintes das ligações entre as microfibrilas de celulose da parede celular,
causando a ruptura e o aumento da plasticidade, facilitando a entrada de água nas
células e aumentando suas dimensões.
As giberilinas foram originalmente descobertas como fitotoxinas em
1926 por cientistas japoneses. Os fungos patogênicos Gibberella fujikuroi atacam
plantas de arroz e secretam um agente que causam um crescimento longitudinal
patogênico. Entre 1935 e 1938 cientistas japoneses isolaram e cristalizaram a
17
substância ativa a qual foi denominada giberilina. Somente após 1955, depois de
alguns anos de pesquisa intensa, foi mostrado claramente que as giberilinas também
eram formadas em vegetais superiores e possuíam um importante papel na
regulação do crescimento e nos processos de diferenciação (MOHR; SCHOPTER,
1994).
As giberelinas são sintetizadas nos tecidos apicais e podem ser
transportadas para as diferentes partes da planta via floema. Os intermediários da
síntese de giberelinas podem também ser translocados no floema. As etapas iniciais
da biossíntese de giberelina podem ocorrer em um tecido e o metabolismo para
torná-la ativa em outro (TAIZ; ZEIGER, 2004).
Os efeitos das giberelinas no crescimento e no desenvolvimento
são: estímulo do crescimento do caule, regulam a transição da fase juvenil para a
adulta, influenciam a iniciação floral e a determinação do sexo, promovem o
desenvolvimento do pólen e do tubo polínico, promovem a frutificação, promovem a
germinação de sementes, estimulam o alongamento e a divisão celulares. (TAIZ;
ZEIGER, 2009).
As giberelinas promovem a síntese de enzimas como a α-amilase
(que promove a diminuição do potencial osmótico celular através da formação de
glicose a partir do amido), proteases (promovem a síntese de triptofano e formação
de AIA (ácido indol-acético) que aumenta a plasticidade da parede celular),
hidrolases e lipases (CASTRO et al., 2001)
O grupo das citocininas foram descobertas durante as pesquisas dos
fatores que estimulam as células vegetais a se dividirem, ou seja, sofrerem
citocinese. Desde a sua descoberta, as citocininas têm apresentado muitos outros
efeitos nos processos fisiológicos de desenvolvimento, incluindo a senescência
foliar, a mobilização de nutrientes, a dominância apical, a formação e a atividade dos
meristemas apicais caulinares, o desenvolvimento floral, a quebra da dormência de
gemas e germinação de sementes. As citocininas parecem também mediar muitos
aspectos do desenvolvimento regulado pela luz, incluindo a diferenciação dos
cloroplastos, o desenvolvimento do metabolismo autotrófico e a expansão de folhas
e cotilédones (TAIZ; ZEIGER, 2009).
As citocininas são sintetizadas nas raízes, de onde translocam-se
via apoplasto pelo xilema, até a parte aérea, onde promovem divisões celulares
meristemáticas e mantém as atividades metabólicas nos tecidos vegetais,
18
retardando a senescência (CASTRO; VIEIRA, 2003).
Embora as citocininas regulem muitos processos celulares, o
controle da divisão celular é o processo central no crescimento e no
desenvolvimento vegetal, sendo considerado indicador para essa classe de
reguladores de crescimento (TAIZ; ZEIGER, 2009).
Para Coll et al. (2001), as citocininas exercem extensa quantidade
de ações. Em geral, a aplicação de citocinina exógena, inibe o alongamento da raiz
principal das plantas. Entretanto, a mesma concentração que inibe o crescimento da
raiz principal, pode estimular a formação de raízes laterais.
As citocininas, de acordo com suas funções biológicas, regulam a
divisão celular nas partes aéreas e raízes e regulam componentes específicos do
ciclo celular. A proporção auxina:citocinina pode regular a morfogênese de tecidos
em cultura, modificam a dominância apical e promovem o crescimento de gemas
laterais (TAIZ; ZEIGER, 2004).
Substâncias naturais ou sintéticas, consideradas reguladores de
crescimento, podem ser aplicadas diretamente nas plantas (folhas, frutos,
sementes), provocando alterações nos processos vitais e estruturais, com a
finalidade de incrementar a produção, melhorar a qualidade e facilitar a colheita. Por
meio dessas substâncias, pode-se interferir em diversos processos, tais como:
germinação, enraizamento, floração, frutificação e senescência (CASTRO; VIEIRA,
2001).
Segundo Salisbury e Ross (1994), os reguladores vegetais podem
atuar diretamente em diferentes estruturas celulares e provocar alterações físicas,
químicas e metabólicas nessas estruturas.
Embora frequentemente discuta-se a ação dos hormônios como se
eles agissem de modo independente, as inter-relações do crescimento e do
desenvolvimento vegetal resultam da combinação de muitos sinais. Além disso, um
hormônio pode influenciar a biossíntese de outro, de modo que os efeitos produzidos
por um pode ser mediado por outros (TAIZ; ZEIGER, 2004).
A mistura de dois ou mais reguladores vegetais ou destes com
outras substâncias, é denominada bioestimulante. Este produto pode, em vista de
sua composição, concentração e proporção das substâncias, interferir
diferentemente no desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão, a diferenciação e
o alongamento celular (CASTRO; VIEIRA, 2003).
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Os bioestimulantes aceleram o desenvolvimento dos tecidos das
plantas e têm sido usados em muitas culturas. Estes produtos referem-se a mistura
de reguladores vegetais com outros compostos de natureza bioquímica diferentes,
tais como: aminoácidos, algas marinhas, vitaminas, micronutrientes e ácido
ascórbico. (VIEIRA, 2001).
2.3 UTILIZAÇÃO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA
Direcionando-se às aplicações agrícolas dos biorreguladores, deve-
se considerar que algumas plantas cultivadas já atingiram no Brasil estágios de
evolução que exigem elevado nível técnico para se obter maiores produtividades,
sendo que estas já não se apresentam condicionadas por limitações de ordem
nutricional e hídrica, além de serem protegidas adequadamente com defensivos. A
produção de soja no Brasil em algumas regiões utiliza elevado nível tecnológico e
constante monitoramento de forma a reduzir as limitações de produção atingindo
produtividade e qualidade satisfatórias. Muitos agricultores têm observado que tais
produtividades, mesmo sob condições ótimas, não são tão elevadas como esperado
(BERTOLIN et al, 2008).
A aplicação de bioestimulantes visando aumentar a produtividade
tem apresentado resultados significativos, principalmente em regiões onde as
culturas já atingiram um elevado nível de tecnologia e manejo (CASTRO, 1980).
Muitos dos efeitos benéficos dos bioestimulantes são baseados na sua habilidade de
influenciar atividade hormonal das plantas, que é responsável por regular o
desenvolvimento normal da planta bem como as respostas ao ambiente onde se
encontram (LONG, 2006).
O uso de reguladores de crescimento na soja pode ser uma saída
para possibilitar a expressão do potencial produtivo, por isso têm recebido crescente
atenção no mercado agrícola, porém a viabilidade econômica desta técnica nesta
cultura ainda não é comprovada (JOHNSON, 1987).
Existem inúmeras pesquisas realizadas para avaliar a interferência
de reguladores vegetais na agricultura, destacando-se as áreas de floricultura, de
olericultura e de fruticultura. Entretanto ainda são poucas as pesquisas com as
grandes culturas, como é o caso da soja. Nos últimos anos, alguns estudos foram
desenvolvidos com a utilização de bioestimulantes em grandes culturas, como a
20
soja, o arroz, o milho e o feijão (Vieira, 2001; Castro e Vieira, 2001, 2003). Esses
estudos têm apontado para ganhos em produtividade devido a incrementos no
sistema radicular na fase de estabelecimento da cultura e ao aumento de
pegamento de vagens, nas culturas da soja e do feijão (KLAHOLD et al., 2006).
Castro et al. (1998), classificam o produto denominado de Stimulate®
como um bioestimulante que contém fitorreguladores e traços de sais minerais. Os
autores afirmam ainda que esse bioestimulante promove um maior crescimento e o
desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão celular, a diferenciação e o
alongamento das células, e ainda promove o aumento da absorção e da utilização
dos nutrientes pela planta.
Braccini et al. (2005), observaram um incremento na produtividade
da soja superior a 92% em relação à testemunha quando aplicado o bioestimulante
Stimulate 10X® (0,9 g L-1 de cinetina, 0,5 g L 1 de ácido giberélico e 0,5 g L-1 de ácido
4-indol-3-ilbutírico), via foliar na dose de 75 mL ha-1.
Bertolin et al. (2008) em experimento concluíram que a aplicação do
Stimulate® não influencia a altura das plantas, ramos por planta, altura de inserção
da primeira vagem e maturação das vagens. Porém, proporciona incremento no
número de vagens por planta e produtividade de sementes tanto em aplicação via
sementes, quanto via foliar.
Almeida et al. (2004) relatam que a aplicação do bioestimulante
Stimulate® na cultura da soja, via tratamento de sementes nas doses de 0,25, 0,50 e
0,75 L a cada 100 kg de sementes, ou pulverizado no sulco de semeadura nas
doses de 0,5, 1,0 e 1,5 L ha-1 e aplicação foliar nas doses de 0,25, 0,5 e 1,0 L ha-1
no estádio V5, resultou em melhorias visuais no aspecto das plantas, em aumento
no número de plantas e, conseqüentemente, na produtividade e no peso dos grãos,
apesar de um decréscimo na velocidade de emergência, que se normalizou com o
passar do tempo.
Segundo Milléo e Monferdini (2004), as sementes de soja que
receberam tratamentos com Stimulate® antes da semeadura e no sulco de
semeadura emergiram mais cedo que a testemunha e que os outros tratamentos, e
obtiveram um maior número de sementes germinadas dez dias após a semeadura.
O número de vagens por planta e peso de mil grãos nos tratamentos com Stimulate®
foram maiores do que a testemunha. A produtividade foi influenciada positivamente
pelos tratamentos com Stimulate®. Houve um aumento de 1.389 kg ha-1 entre o
21
melhor tratamento (Stimulate®, na dose de 500 mL ha-1, via pulverização foliar) e a
testemunha, sendo a produtividade de 3.634 e 2.345 kg ha-1, respectivamente.
Domingues et al. (2004), também testando o efeito do Stimulate® na
cultura da soja, verificaram que houve aumento no número de folhas, em aplicação
foliar e no tratamento de sementes nas seguintes dosagens e modos de aplicação:
500 mL 120 L-1 de água, via foliar + 6 mL kg-1 de sementes; e 750 mL 120 L-1 de
água, via foliar + 6 mL kg-1 de sementes. O maior número de brotos laterais ocorreu
quando foram aplicados 500 mL 120 L-1 de água, via foliar; 500 mL 120 L-1 de água
via foliar + 6 mL kg-1 de sementes; 750 mL 120 L-1 de água, via foliar + 4 mL kg-1 de
sementes e 750 mL 120 L-1 de água, via foliar + 6 mL kg-1 de sementes. Além disso,
houve maior área foliar na dose 750 mL 120 L-1 de água, via foliar + 6 mL kg-1 de
sementes. A produtividade de soja aumentou quando o Stimulate® foi aplicado em
altas concentrações e com associação de diferentes métodos de aplicação.
22
3 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na fazenda Nossa Senhora Aparecida,
no município de Alvorada do Sul – PR, com as seguintes coordenadas geográficas:
latitude 22°52‟04.6” sul e longitude 051°16‟01.3” oeste e com altitude média de 490
metros.
O clima da região, segundo a classificação de Köppen (Critchfield,
1960), é do tipo Cfa, subtropical, com verões quentes e úmidos e invernos frios e
secos, sendo a pluviosidade média histórica anual da região entre 1400 e 1600 mm.
Durante o experimento foram realizadas aferições diárias da
pluviosidade, por meio de um pluviômetro instalado em uma estaca em meio ao
campo onde as parcelas se encontravam (Figura 1)
Figura 1. Pluviosidade diária na área do experimento.
O solo predominante da área é classificado como Latossolo
Vermelho distroférrico, de textura argilosa, e apresenta topografia relativamente
plana, com declividade máxima de 1,6%.
Uma análise química do solo foi realizada 30 dias antes da
implantação do experimento, a fim de se obter um diagnóstico da fertilidade atual do
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
mm
23
solo (Tabela 1). Por apresentar alta fertilidade, não foi necessário nenhum tipo de
correção neste.
Tabela 1 – Análise qímica do solo da área do experimento.
M.O. pH P Mehlich-I K Ca Mg H+Al Al V%
g.dm-3 CaCl2 mg.dm-3 cmolc.dm-3
27,2 5,92 19,57 0,65 11,97 4,1 2,54 0 86,81
Foram semeadas 18 sementes por metro de sulco, estando as linhas
eqüidistantes 0,45 cm. As parcelas possuíam uma área de 13,5 m2, nas dimensões
de 2,7 m X 5 m, ou seja, seis linhas de semeadura de cinco metros cada. A área útil
de cada parcela era constituída das duas linhas centrais a um metro de cada
extremidade, totalizando uma área de 2,7 m2.
A cultivar utilizada foi a BMX-Titan RR, de ciclo super precoce,
indicada para os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e do Paraná, apresenta
bom crescimento, porte médio, boa produtividade, boa resistência a doenças e é
recomendada para solos de média a alta fertilidade e para sistemas de manejo de
alta e média tecnologia.
A semeadura foi realizada mecanicamente no dia vinte e cinco de
novembro do ano de 2009, durante o período indicado para semeadura da cultivar
utilizada, no sistema de plantio direto, sobre a palha de milho safrinha, por meio de
uma plantadeira do modelo Tatu PST 4 de nove linhas de semeadura ano 2009.
Simultaneamente a semeadura foi realizada uma adubação de
manutenção mediante aplicação de 244 Kg ha-1 do adubo de formulação 00 – 30 –
10 distribuído na linha de semeadura.
As sementes utilizadas foram tratadas com o produto Nodulus®
Premium 255, que possui em sua formulação 25,5 g L-1 de cobalto e 255 g L-1 de
molibidênio, na dosagem de 100 mL do produto comercial para cada 100 Kg de
semente, com a finalidade de melhorar a eficácia da fixação biológica do nitrogênio e
ainda auxiliar na ação da enzima desidrogenase do nitrato, a qual atua no processo
de assimilação do nitrogênio nas plantas.
Também fora realizado o tratamento das sementes com o fungicida
Maxim na dosagem de 200 mL do produto comercial a cada 100 Kg de semente,
tendo em vista proteger as sementes e plântulas de ataque de patógenos que
24
prejudicam o desenvolvimento destas.
O bioestimulante aplicado foi o Stimulate®, o qual contém em sua
formulação 0,09 g L-1 de cinetina, 0,05 g L-1 de ácido giberélico e 0,05 g L-1 de ácido
4-indol-3-ilbutírico, sendo este aplicado via foliar na dosagem de 0,25 L do produto
comercial por hectare.
Utilizaram-se, também, os compostos cinetina, ácido giberélico e
ácido 4-indol-3-ilbutírico para aplicações separadamente e em conjunto, tendo como
dosagens individuais, respectivamente: 25,5 mg ha-1, 12,5 mg ha-1 e 12,5 mg ha-1,
sendo estas calculadas de acordo com a composição do produto Stimulate®.
As aplicações foram realizadas no dia vinte e nove de dezembro de
2009, quando as plantas se encontravam no estádio fenológico V5, como indicado
pelo fabricante e previsto em trabalhos anteriormente realizados por outros autores.
Para tais aplicações utilizou-se de um pulverizador do tipo costal,
dotado de um bico do tipo leque e um volume de calda de 150 L ha-1.
Antes e após a aplicação dos bioestimulantes (estádios fenológicos
V5 e R2, respectivamente), foram realizadas análises foliares para avaliar os reais
níveis nutricionais em que as plantas se encontravam antes das aplicações e quais
as ações dos bioestimulantes nos níveis de nutrientes nos tecidos foliares.
A análise foliar anterior as aplicações foi realizada em uma amostra
de trinta folhas retiradas da área experimental. As análises realizadas após as
aplicações foram realizadas com base em amostras de trinta folhas por tratamento,
sendo compostas por sub-amostras de dez folhas por repetição. Os resultados
obtidos nas análises foliares foram tabelados e comparados entre si. As análises de
tecido foram realizadas conforme os parâmetros e métodos indicados para a cultura.
A colheita foi realizada no dia doze de março do ano de 2010,
quando as plantas se encontravam em condições ótimas para a colheita, sendo esta
realizada de forma manual nas áreas úteis de cada parcela. A debulha dos grãos
também foi realizada manualmente.
O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizado,
com três repetições e seis tratamentos, sendo: T1 – Testemunha; T2 - Stimulate®;
T3 - Cinetina; T4 - Ácido Giberélico; T5 – Ácido 4-indol-3-ilbutírico; T6 – Cinetina +
Ácido Giberélico + Ácido 4-indol-3-ilbutírico. O croqui da distribuição das parcelas
pode ser vista na figura 2.
25
Figura1. Croqui da área experimental.
As variáveis de rendimento analisadas no experimento foram os
componentes de produção: massa de 100 grãos (g) e produtividade (Kg/ha).
Os resultados obtidos foram tabelados e submetidos à análise
devariância e médias contrastadas pelo agrupamento de Scott e Knott (1974), a 5%
de probabilidade, para comparação dos tratamentos.
26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos nas análises foliares estão expressos nas
tabelas 2, 3, 4 e 5. Pode-se notar que todos os tratamentos, inclusive a testemunha,
apresentaram variações nos níveis de macro e micronutrientes do estádio V5 para o
estádio R2.
Tabela 2. Teores foliares de macronutrientes antes das aplicações dos bioestimulantes.
N P K Ca Mg S
%
4,73 0,46 2,05 1,44 0,47 0,19
Tabela 3. Teores foliares macronutrientes após as aplicações dos bioestimulantes.
TRATAMENTO N P K Ca Mg S
%
1 4,87 0,47 2,03 1,45 0,46 0,22
2 4,95 0,56 2,05 1,59 0,49 0,26
3 5,02 0,55 2,05 1,61 0,46 0,23
4 4,82 0,47 2,09 1,48 0,46 0,20
5 4,83 0,53 2,03 1,59 0,49 0,23
6 4,91 0,56 2,07 1,61 0,49 0,25 Tratamentos: 1 - Testemunha; 2 - Stimulate
®; 3 - Cinetina; 4 - Ácido Giberélico; 5 - Ácido 4-indol-3-
ilbutírico; 6 - Cinetina + Ácido Giberélico + Ácido 4-indol-3-ilbutírico
Tabela 4. Teores de micronutrientes antes das aplicações dos bioestimulantes.
B Cu Fe Mn Zn
mg.Kg-1
30,01 15,58 129,91 103,04 41,18
Tabela 5. Teores de micronutrientes após as aplicações dos bioestimulantes.
TRATAMENTO B Cu Fe Mn Zn
mg.Kg-1
1 32,08 15,21 166,13 101,13 44,09
2 34,98 15,18 169,12 101,87 45,65
3 33,78 15,41 167,45 102,13 45,02
4 33,58 15,32 168,45 101,89 45,23
5 34,44 15,22 168,35 102,01 45,54
6 35,00 15,20 168,98 101,88 45,63 Tratamentos: 1 - Testemunha; 2 - Stimulate
®; 3 - Cinetina; 4 - Ácido Giberélico; 5 - Ácido 4-indol-3-
ilbutírico; 6 - Cinetina + Ácido Giberélico + Ácido 4-indol-3-ilbutírico
27
Os padrões de variações de nutrientes observados na testemunha
obtiveram resultados semelhantes ao observado por Caldeira (2007) em seu
trabalho, onde avaliou os níveis de diferentes nutrientes em tecido vegetal da soja
em diferentes estádios fenológicos.
Comparando os dados presentes nas tabelas 2 e 3, nota-se um
aumento no nível de nitrogênio em todos os tratamentos, inclusive na testemunha,
ao comparar as análises realizadas antes das aplicações dos bioestimulantes
(estádio fenológico V5) e após este (estádio fenológico R2). A testemunha
apresentou um aumento de 2,98% no nível de nitrogênio em sua folha. Os
tratamentos 4 e 5 apresentaram um aumento deste nutriente inferior ao da
testemunha, sendo estes de 1,9% e 2,11% respectivamente. Os demais tratamentos
apresentaram aumentos superiores ao da testemunha, com destaque para o
tratamento 3, que apresentou um aumento de 6,13%, enquanto os tratamentos 2 e 6
apresentaram aumentos de 4,65% e 3,81%, respectivamente.
Os tratamentos 2 (produto comercial Stimulate®) e 6 (composto de
hormônios com formulação semelhante ao produto comercial Stimulate®)
apresentaram padrões semelhantes ao observado por Rosolem (1997), o qual
concluiu em seu trabalho que este produto bioestimulante, quando aplicado via foliar
associado a cobalto e molibdênio, aumentou o teor de nitrogênio na planta.
Analisando os níveis de fósforo, pode-se notar um aumento em seus
níveis foliares em todos os tratamentos, sendo que os que apresentaram menor
aumento foram a testemunha e o tratamento 4, com crescimento de 2,17% em
ambos. Os tratamentos 2 e 6 foram os que demonstraram maior aumento, com
crescimento de 21,74% em ambos. Os aumentos dos níveis de fósforo nos
tratamentos 3 e 5 foram de 19,57% e 15,22%, respectivamente.
Os níveis de potássio se mantevem os mesmos nos tratamentos 2 e
3, enquanto os tratamentos 1 e 5 demosntraram um decréscimo de 0,98% no seu
nível foliar. Já os tratamentos 4 e 6 obtiveram um aumento de 1,95% e 0,98%,
respectivamente.
Os níveis de cálcio desmonstraram acréscimo em todos os
tratamentos, sendo que todos foram superiores ao da testemunha, o qual foi de
0,69%. Os tratamentos 3 e 6 demonstraram os maiores incrementos desse nutriente,
com nível de 11,81% em ambos. Os tratamentos 2 e 5 obtiveram incrementos de
10,42% am ambos, enquanto o tratamento 4 demonstrou aumento de 2,78%.
28
A testemunha e os tratamentos 3 e 4 apresentaram um decréscimo
de 2,13% no nível de magnésio em seus tecidos foliares, enquanto os tratamentos 2,
5 e 6 demonstraram um acrésimo de 4,26% deste mesmo nutriente.
Analisando o nível de enxofre nas folhas, nota-se o aumento destes
em todos os tratamentos, sendo que o tratamento 4 foi o que obteve o menor
incremento, com 5,26%, seguido da testemunha, com 15,79%, dos tratamentos 3 e
5, ambos com 21,05%, e dos tratamento 6 e 2, com incremento de 31,58% e
36,84%, respectivamente.
Analisando as tabelas 4 e 5, referentes aos teores foliares dos
micronutrientes, foi possível notar um aumento no nível de concentração foliar do
elemento boro em todos os tratamentos, incluindo a testemunha, onde ocorreu o
menor incremento, que foi de 6,90%. O maior aumento ocorreu no tratamento 6, com
16,63%, segido dos tratamentos 2, 5, 3 e 4, com 16,56%, 14,76%, 12,56% e 11,90%
respectivamente.
As análises referentes aos micronutrientes cobre e manganês,
indicaram um decréscimo desses da concentração desses elementos em tecido
foliar em todos os tratamentos. Sendo estes de 2,37% para Cu e 1,85% para Mn no
tratamento 1 (testemunha), 2,57% para Cu e 1,14% para Mn no tratamento 2, 1,09%
para Cu e 0,88% para Mn no tratamento 3, 1,67% para Cu e 1,12% para Mn no
tratamento 4, 2,31% para Cu e 1,00% para Mn no tratamento 5 e 2,44% para Cu e
1,13% para Mn no tratamento 6.
Os micronutrientes ferro e zinco apresentaram aumento em seus
níveis em tecido foliar em todos os tratamentos. Os menores incrementos de ambos
nutrientes ocorrerarm na testemunha, sendo de 27,88% para o Fe e de 7,07 para o
Zn. Os maiores incrementos de ambos nutrientes ocorreram no tratamento 2, sendo
de 30,18% para o Fe e de 10,85% para o Zn. O tratamento 3 obteve incrementos de
28,90% para o Fe e de 9,32% para o Zn. Já os tratamentos 4 e 5 obtiveram um
aumento de 29,67% e 29,59% para o ferro e de 9,83% e 10,59% para o zinco,
respectivamente.
Voltando-se aos parâmetros de rendimento, pode-se notar que todos
os tratamentos obtiveram índices superiore aos da testemunha em todas as
variáveis analisadas no experimento. As análises dos dados de rendimento estão
apresentadas na tabela 6.
29
Tabela 6. Índices de produção líquida, produtividade e massa de 100 grãos referentes à aplicação de diferentes bioestimulantes na soja.
TRATAMENTO PRODUTIVIDADE MASSA DE 100 GRÃOS
Kg.ha-1 g
1 3288,72 b1 19,360 a
2 3868,83 a 22,722 a
3 3354,68 b 20,907 a
4 3552,18 b 19,892 a
5 3342,86 b 19,504 a
6 3825,18 a 21,017 a 1Letras iguais na mesma coluna não diferem estatisticamente pelo teste Scott e Knott a 5% de
probabilidade. Tratamentos: 1 - Testemunha; 2 - Stimulate
®; 3 - Cinetina; 4 - Ácido Giberélico; 5 - Ácido 4-indol-3-
ilbutírico; 6 - Cinetina + Ácido Giberélico + Ácido 4-indol-3-ilbutírico
Analisando a variável produtividade, os resultados se mostraram da
seguinte forma: os tratamentos 2 e 6 apresentaram diferença significativa para a
testemunha e para os demais tratamentos, sendo de 3868,83 Kg.ha-1 e 3825,18
Kg.ha-1, respectivamente. Os demais tratamentos também obtivaram uma produção
líquida superior, porém não significativamente, à testemunha, a qual foi de 3288,72
Kg.ha-1. Os resultados obtidos, em ordem crescente, foram de 3342,86 Kg.ha-1 para
o tratamento 5, de 3354,68 Kg.ha-1 para o tratamento 3 e de 3552,18 Kg.ha-1 para o
tratamento 4.
Para massa de 100 grãos, nenhum tratamento apresentou diferença
significativa. A testemunha obteve resultado igual a 19,360 g, seguida, em ordem
crescente, pelos tratamentos 5, 4, 3, 6 e 2, com resultados de 19,504 g, 19,892 g,
20,907 g, 21,017 g e 22,722 g, respectivamente.
Comparando os resultados obtidos nos tratamentos onde foram
aplicados os bioestimulantes aos obtidos na testemunha nota-se que os tratamentos
2 e 6 demonstraram melhorar os rendimentos ligados à produção e produtividade da
cultura da soja.
O produto comercial Stimulate® e o biostimulante com composição
de hormônios idêntica ao produto comercial mostraram resultados superiores à
testemunha, respectivamente, na ordem de 17,64% e 16,31% para a variável
produtividade, além de 17,34% e 8,56% para a variável massa de 100 grãos.
30
Resultados observados por Klahold (2005) mostram que a aplicação
do mesmo produto comercial em soja, via foliar no estádio V5 e/ou via tratamento de
semente, acarretou em ganhos de produtividade, o que está de acordo com o
observado neste trabalho. Porém, diferindo a este, o autor observou uma redução na
massa de 100 grãos.
Milléo et al. (2000), avaliando a eficiência agronômica do produto
Stimulate® aplicado no tratamento de sementes e em pulverização foliar sobre a
cultura da soja, concluíram que esta tecnologia proporcionou um maior número de
vagens e de grãos, sendo que o melhor tratamento apresentou um ganho de
produtividade de 64,96% em relação à testemunha.
Bertolin et al. (2008) observaram um incremento relativo 60% na
produtividade quando aplicado o produto Stimulate® via foliar tanto em V5, como em
R1 e em R5.
Por outro lado, Dario et al. (2005), constatou que a aplicação do
mesmo produto comercial não apresentou influência significativa sobre o número de
vagens por planta e o rendimento de grãos.
Os demais tratamentos também se mostraram superiores à
testemunha em alguns casos, porém em níveis menos satisfatórios. O
bioestimulante cinetina determinou aumentos de 2,01% para produtividade e de
7,99% para massa de 100 grãos em relação à testemunha, confirmando os
resultados obtidos por Passos et al (2008), onde aplicando cinetina via foliar na soja,
obtiveram incrementos na produtividade, igual a 22,5%, e incrementos também na
massa de 1000 sementes.
O bioestimulante ácido giberélico apresentou índices de
superioridade iguais a 8,01% para massa de 100 grãos e a 2,74% para a variável
produtividade em relação à testemunha, a qual pode ser explicada pelos resultados
obtidos por Castro (1981), o qual observou que aplicação de GA3 aumentou a massa
de matéria seca e de folhas nas plantas de soja, o que poderia acarretar em
aumentos na produção de grãos por planta e na produtividade.
Já o bioestimulante ácido 4-indol-3-ilbutírico mostrou-se superior em
1,65% para o parâmetro massa de 100 grãos e em 0,74% para produtividade em
relação à testemunha.
Estes resultados indicam que as aplicações dos diferentes
bioestimulantes resultaram em alterações fisiológicas nas plantas, provavelmente
31
relacionadas à atividade fotossintética e principalmente à relação fonte/dreno,
alterando a distribuição de fotoassimilados nos diferentes órgãos das plantas, o que
resultou em variações nos níveis de nutrientes nos tecidos vegetais e nos
componentes de produção da soja.
32
5 CONCLUSÕES
Após a realização deste trabalho, pode-se concluir que:
a) Aplicações de bioestimulantes acarretaram em variações nos
teores foliares de micro e macronutrientes na cultura da soja;
b) Os tratamentos 2 (produto comercial Stimulate®) e 6 (Cinetina +
Ácido giberélico + AIB) apresentaram diferença significativa para
a variável produtividade em relação à testemunha, apresentando
ganhos de 17,64% e 16,31%, respectivamente;
c) Nenhum bioestimulante apresentou diferença significativamente
à testemunha no parâmetro massa de 100 grãos;
d) O bioestimulante Stimulate® foi o que apresentou o maior
incremento na massa de 100 grãos, com ganhos de 17,34% em
relação à testemunha;
e) A aplicação de bioestimulantes aumenta a produtividade da soja.
33
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