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VALERIA XAVIER DA SILVEIRA ESTIMULACAO RUSSA EM PACIENTES PORTADORES DE LOMBALGIA POR FRAQUEZA DOS MUSCULOS ABDOMINAIS Monografia aprescntada como requisito a obten4;ao do grau de cspecialista em Fisioteral)ia Traumato-Ortopcdica e Desportista do setor de Cicncia s da Saude da Universidadc Tuiuti do Parana. Orientadora: Eunicc Tokars. ,-- CURITffiA 2001

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VALERIA XAVIER DA SILVEIRA

ESTIMULACAO RUSSA EM PACIENTES PORTADORES DE LOMBALGIA PORFRAQUEZA DOS MUSCULOS ABDOMINAIS

Monografia aprescntada comorequisito a obten4;ao do grau decspecialista em Fisioteral)iaTraumato-Ortopcdica e Desportistado setor de Cicncia s da Saude daUniversidadc Tuiuti do Parana.Orientadora: Eunicc Tokars.,--

CURITffiA2001

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SUMARIO

RESUMO ..

ABSTRACT ....

INTRODUt;AO ..

I. EMBASMANTO TEORlCO ..

................................................................................iii

. iv

. 1

. 2

2. MATERIAL E METODO . 12

3. APRESENTAt;AO DOS DADOS ..

4. INTERPRET At;AO DOS RESULTADOs..

5. CONCLUSOES ..

ANEXO ..

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ..

.. 13

.............. 15

. 16

.. 17

. 18

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RESliMO

A proposta desle estudo rai avaliar 0 cfcito da corrente fussa no fortalecimento damusculatura do abdomen, para a redu~ao da lombalgia. Foram avaliadas 20 pacientes comidade entre 18 e 25 anDS do sexo feminino sendo realizadas 20 scssoes diarias,os resultadosindicaram que a estimulayao eletrica realizada sabre a referida musculatura obteve urn efeitono seu fortalecimcnto diminuindo assim, a lombalgia.

Palavras - Chaves:

LombalgiaElctroestimulm;;aoFortalecimento muscular

iii

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ABSTRACT

The proposal of this study went evaluate the effect of the Russian current in theinvigoration of the musculature of the abdome to the reduction oflhe lombalgia.

The subject, went avaluated 20 patient with age between 18 and 25 years of the femininesex.

The subject went achioved 20 darly sessions and the results indicated that the eletricstimulation achieved about the,musculature tgot na effect in you sbrenghening di inished so, thelombalgia.

Key-words:

• Hiperlordosis• Russian Current• Eletric-stimulation

iv

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INTRODU(:AO

Este estudo tern como objetivo, avaliar 0 efeito da Corrente Russa no fortalecimento

da musculatura do abdomen para a diminuic;ao da lombalgia. No primeiro capitulo sao

enfatizados a importancia do equilibrio pelvico~ as alterac;oes posturais e suas correiac;oes

musculares. ossos e musculos envolvidos e a ac;ao da corrente eh!trica na musculatura e a

diferenc;a entre unidades motoras tonicas e fasicas. No segundo capitulo sao aprcsentados 0

material e 0 metodo utiiizados, dando detalhes sobre a quantidade de pacientes, durac;ao de

sessoes, avaliac;ao, aparclho utilizado e tTIetodo de aplicac;ao. No terceiro capitulo sao

apresentados os dades e gnlfico para analise dos resultados. No quarto capitulo a interpretac;ao

dos resultados de fonna clara e objetiva e ao final esta a conclusao a que este estudo

proporcionou.

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I. EMBASAMENTO TEO RICO

Segundo KISNER & COLBY (1987), "lima ilia pos/ura e lima pOSfura fora do

alinhamento normal mas sem limifar;:oes esfrulurais". TANAKA & FARAH (1997) at'irmam

que, "pos/llra e 0 arranjo que os segmenlos do corpo manlbn entre si em detel'minada

pm;ir.:iio de forma a propurcionar con/orlo, harmonia, economia e slislelllw;:iio ao corpo. A

pos/ura prepara 0 individllo para a reali;ar;:iio de Ill/I movimelllO hem como promove a

sllsfenfar;:iio duranle () movimenfo em si". Os ligamentos, capsula das facetas articulares,

periosteo das vertebras, duramatcr anterior, pregas durais, tecido adiposo areolar epidural, e

paredes dos vasos sanguineos, sao inervados e sensiveis a estimulos nociceptivos. Quando urn

individuo mantem rna postura p6T tempo prolongado, a sobrecarga mecanica nessas

estruturas, decorrente da mesma, causa dor, isto caracteriza uma sindrome dolorosa postural,

porque a dor e nonnalmente aliviada com atividade~ nao ocorrem anonnalidades em

equilibrio de forca e flexibilidade muscular, mas se a rna postura persiste, eventual mente tais

desequilibrios podem ocorrer. Por outro lado, na disfuncao dolorosa postural ocorre urn

encurtamento adaptativo dos tccidos moles e hfl fraqueza muscular envoi vida. Isso e freqOente

oa hiperlordose lombar. fA duracao prolongada de maus hflbitos posturais, alem da dor,

provoca desequiHbrio de [orca e flexibilidade muscular que podem predispor a area a lesoes

que urn sistema musculoesqueh:~tico normal poderia proteger.

A musculatura da regiao posterior do corpo e extremamente desenvolvida no ser

humano, para pennitir-Ihe assumir a posiCao ereta. Os musculos dessa regiao tern sua insercao

no periosteo das vertebras que e feita as custas de uma terminacao aponeurotica tendinosa

amp1a. Nos processos dolorosos constata-se uma contracao muscular que poderia, segundo

CAlLLET (1975) levar ao aparecimento das dores por tres mecanismos: a propria contracao

muscular tensa e espastica, que e dolorosa; diminuicao das Irocas metab61icas intemas, pela

contracao das artcriolas no interior do musculo; com a contracao da porcao carnosa do

musculo ha 0 estiramento das insercoes no periosteo da vertebra que, sendo uma regiao

intensamente inervada, pode provocar 0 aparecimento de dores. Admite-se a existencia de urn

mecanismo de agressao muscular que atravcs das tensoes psiquicas e da propria postura

corporal, agiria sobre 0 disco, causando a lesao anatomica.

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o grau de liberdade maior da coluna 10mbar e a flexao-extensao, e e ao longo desse

movimento que a lombalgia se manifestara mais freqoentemente.

Existem essencialmente quatro elementos que podem ser a fonte de dores aD mvel da I

col una 10mbar: 0 disco intervertebral; as facetas articulares posteriores; 0 ligamento

interespinhoso, os musculos paravcrtebrais.

o pivo mais importante da col una vertebral e 0 L3, 0 plato superior e inferior dessa

vertebra sao horizontais, 0 que permite maiores movimentos antero-posteriores, com poueo

componente de rota~3o e de inciinaQ30 lateral. L3 e 0 centro de gravidade do corpo; 0 centro

de convergcncia das linhas antero-posterior para os membros infcriores e tambem 0 vertiee

do pequeno triangulo inferior. Por causa das massas viseerais, 13 sofre lensoes anteriores

muito importanles, assim como, gran des lensoes posteriores pelo areo lombar. L3 e tambem 0

primeiro ponto de ligaQ30 das for9as de apoio verticais. Por isso, L3 e muitas vezes vitima de

lesoes pois 0 corpo esta sustentado por este piv6;L3 e 0 ponto de tor930 maxima. As for9as de

tensao sofridas por L3 sao portanto muito importantes e nonnalmente existe tensao muscular

a este nivel.

Quando uma dor se produz durante a rota93.0, e devido ao choque das facetas

posteriores que eomprime a membrana sinovial, provoeando assim contraturas musculares

reflexas imediatas. Estas comprimem 0 disco e aumenta 0 impacto das facelas. No caso do

traumatismo, 0 controle muscular e surpreendido no desempenho do seu papel de prote9uo, e

o sistema ligamentar pode ser danificado. A dor e entao devida aD nervo sinus vertebral de

Luschka.

A compreensao do sistema hiper-hipomobilidade e muitas vezes a chave de numerosos

problemas cronicos dessa regiao. A hiper mobilidade das vertebras L5 e L4 podem ter origem

pelas fixa90es articulares; pelas retra90es musculares que favorecem igualmente uma

hipcnnobilidade compensadora da col una lombar, pois moditicam a estatica lombopelvica

onde os musculos implicados sao os isquiotibiais, psoas, os espinhais lombares; e pelas

debilidades musculares resultantes das disfunyOes somitticas que vao favorecer a instalaQao de

uma hipennobilidade articular lombar devido a compensaQoes necessarias para a reaiiza9ao de

certos movimentos. Por exemplo: urn paciente em decubito dorsal para elevar as pemas

estendidas ao solo. se os abdominais sao fracos. vai compensar lordosando sua regiao

lombar,pois 0 movimento e realizado sobre tudo pelo iliopsoas. A regiao L5 -S 1 e submetida,

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desse modo,a um cisalhamento no sentido da extensao, fazendo com que 0 disco sofra. Os

musculos afetados quase sempre sao: 0 iliopsoas e 0 reto do abdomen.

Nesses diferentcs casos, basta corrigir a situa<;:ao patol6gica para produzir um

desaparecimento duradouro dos sintomas.

RUY MERCURIO (1973), afirma que "sem dZlvida alguma, 0 sinfOllla mais COI1lWIIde

problema no col una vertebral e a lomba/gia, definlda como dor na regiiio lambar com

irradior;tio para 11111ou ambos us lados silllll/ando dor nos rins ".

A regUio 10mbar nao e bern guarnecida por musculos e 0 reto abdominal e 0 unico

muscul0 longitudinal anterior que control a, diretamcnte. 0 grau de curvatura lombar. ( ... )

alguma contribui<;:ao e proporcionada pela compressao do conteudo abdominal, sendo essa

compressao transmitida como for<;:aque tcnde a rctificar a curvatura lombar (RASCH, 1991).

A lombalgia ocorre quando, pela inclinacao da pelve, as vertebras lornbares interiores sao

colocadas nurna posi<;:ao tal que, as for<;:asde compressao tendem a fazer com que as vertebras

superiorcs deslizem, anterionnente, sobre as inferiores. Os poderosos musculos eretores da

col una, 0 reto femoral, 0 tensor da fascia lata e os Iigamentos i1io - femorais atuam no sentido

de colocar a coluna em hiperextensao. Os principais musculos que contrabalan<;:am esse

efeito sao os abdomina is, que geralmente estilo fracos por desuso. A debilidade dos

abdominais pode levar a uma postura viciosa onde, a curvatura lord6tica e aumentada, 0

centro de gravidade do corpo se coloca atnis das vertebras lombares inferiores, e a tendencia

das vertebras lombares a se dcslocarem aumenla, proporcionalmentc.

Na sua funCao postural de contenyaO abdominal e de retroversao da pelve, os musculos

da parede antero-Iateral do abdomen estiio em contraposicao aos da cadeia muscular antero-

medial do quadril, que realizam anteversao da pelve, flexao e adu~ao do quadril.

Segundo LEHMKHL & SMITH (1986), postura c "wna pOSif'y'{joOli afilude do corpo,

o arranjo relalivo dos parIes corporals para uma alill/de especifica, Oll lima moneira

caracterfslica de lima pessoa sus/entar seu cO/po ". As estruturas incrtes que suportam 0

corpo sao ligament os, fascias, osso e articulacoes, enquanto que os musculos e suas inser~oes

tendineas sao as estruluras dinamicas que mantem 0 corpo em uma postura ou 0 movem de

urna postma para outra. A gravidade sobrecarrega as estruturas responsaveis para manter 0

corpo numa postura ereta. Nonnalmente, a Iinha da gravidade passa atraves das curvaturas

fisiol6gicas da col una vertebral e elas sao equilibradas. Se 0 peso de uma regiao desloca-se

para longe da linha de b'favidade, 0 restante da col una compensa para recuperar 0 equilibrio.

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Quando a linha da gravidade passa pela articulac;ao do quadril, hit equilibrio e nao e

necessaria sustentac;ao externa. Deslocando-se posteriormente it articulac;ao, ocorre alguma

rotac;ao posterior da pelve, mais esta e controlada pela !cnsaO nos musculos nexores do

quadril (primariamente 0 iliopsoas). Entao a tensao passiva no ligamento iliofemoral previne a

movimcntac;ao subsequcnte. Os corpos das vertebras eervicais e lombares tambem sao

atravessados pela linha da gravidade, de modo a equilibrar suas curvaturas. Alguma atividade

nos erctores da col una mantem 0 equilibrio. A medida que 0 troneo se inclina, os musculos

contralaterais se contraem e funcionam como cabos. Desvios extremos ou mantidos sao

sustentados por estruturas inerles.

Os musculos que se inserem na col una vertebral e que estao localizados pr6ximos a

cia, orerecem um supoTte nexivel para a col una ereta, e agem para estabilizar suas partes entre

si e no equilibrio do tronco como urn todo em relaC;ao it pelve. Nesta ac;ao, eles sao auxiliados

pelos musculos abdominais e intercostais, que agem indiretarnente sobre a col una. Muitos

destes musculos tern func;oes que podem ser comparadas as de urn cordame sustentando urn

mastro vertical. Enquanlo ele esta vertical, pequena ou nenhuma lensuo e solicitada do

cordame, mas tao logo ele apresenle uma leve inc1inac;ao, os cordames do lado oposto a esta

inclinaC;ao ficarao tensos, para impedir sua queda. Os "cordames" da col una vertebral sao

capazes de produzir tensao em varios graus, e por isso podem permitir desvios do tronco ou

de seus segmentos ern varias direc;5es, enquanto mantem suas func;oes estabilizadoras. Como

alguns desses musculos sao curtos, estendendo-se sobre duas ou tres vertebras somente, e

outros sao longos, suas uyoes podem ajuslar-se para afetar pequenos ou grandes segmentos da

col una vertebral. Para a estabilizac;ao correta e necessaria uma aC;ao reciproca dos museu los

de todos os lados da col una. Entre os musculos envolvidos na eslabilizayao da regiao lombar

encontramos os anteriorcs (psoas maior, musculos abdominais anteriores, intercostais),

posleriores (eretores da col una na regiao lorn bar) e laterais (psoas maior, eretores, eretores

espinhais, musculos e abdominais laterais, intercostais). Se urn dos grupos acima esta

paralisado, 0 corpo assumin'i uma posiyao que elimine a necessidade da ay3.o deste grupo. De

acordo com esla regra, a col una vertebral, ou a cabe~a irao se desviar em direyao aos

musculos paralisados, 0 que coloca em ayao os musculos do lado oposto. Uma funy8.o

importante da musculatura do tronco e fixar 0 t6rax, pelve e vertebras, para estabilizar as

origcns dos musculos dos quadris quando as extremidades sao movidas. Durante a elevayao

da perna estendida, lodos os muscuJos abdominais sao ativados para estabilizar a pelve e

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vertebras lombares. Na posi9aO prono, ocorre uma ativayao dos eretores da coluna. A

extensao do quadril produz uma contra9ao sinf!rgica dos extensores das costas para estabilizar

a pelve.

o quadril c uma articula930 do tipo enartrose, permitindo assim, movimento de

rota9aO em tomo de tres eixos: flexao e extensao no plano sagital, abducao e adUello no plano

coronal ou frontal e rotac,:oes intema e extema no plano transversal ou horizontal. 0 quadril

promove a uniao entre 0 lronco e 0 membro inferior, sendo urn dos elementos determinantes

da postura erguida e da marcha bipodal. E fonnado pelo encaixe da cabec;a femoral no

acetabulo e possuindo grande estabilidade por sua arquitetura e sustenta9ao ligamentosa

apresenta urn alto grau de rnobilidade. A articulac,:ao do quadril pode mover-se

independentcmente do cingulo do membro inferior, mas pode ser completado pOr inclinac;ao

da pelve. 0 sistema fechado do cingulo pelvico impossibilita movimentos no lado direito

independentes do esquerdo.

"A pe/ve e 11m onel dsseo cOflStituidopelos isquios, i1eose pubis, locali;ado no

plano transverso. no centro da cadeia posterior e e equilihroda pe/a ar;iiomuscular dos

membra.,· inferiores, da coluna lombo,. e do abdomen" (TANAKA & FARAM, 1997). Econstituida peJas articula90es lornbossacral, sacroiliaca, sacro - coccigea, sinfise pubica,

quadril. Embora os movimentos nas articula90es sacroiHacas, sinfise pubica e sacrococcigea

sejam pequenas, a capacidade de ter movimento nestas articulacoes e muito irnportante e

devido a lesoes elas podem tomar-se hipo ou hipenn6veis, com dor e disfuncoes resultantes.

Pose-se dizer que a posiCao da pelve constitui a chave do alinhamento postural born ou

defeituoso. Os musculos que man tern born alinhamento da pelve, tanto antero-posterionnente

quanta lateral mente, sao de importancia capital na manutencao do alinhamento global. 0

desequilibrio entre os musculos que se opoem uns aos outros em pe, altera 0 alinhamento da

pelve e afetam adversamente a postura das partes do corpo acima e abaixo. A relaCao da pelve

com a linha de refen!ncia e detcnninada em grande exlensao pela rela9ao entre esta estrutura e

a articulaC;30 do quadril. Como a linha de referencia em vista lateral apresenta 0 plano que

passa ligeirarnente atnis da articulac;3.o do quadril. a pelve sera interscccionada atraves do

acetabulo. Este ponto de referencia nao e suficiente para descrever urna posi950 neutra,

porque a pelve inclina-sc para frente ou para tras em tomo do eixo que passa atraves das

articulacoes dos quadris. Em virtude de variac;oes estruturais da pelvc, parece quase

impossivel dizer que qualquer ponto designado anterionnente esta no mesmo plano horizontal

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que um reparo anatomico posterior quando a pelve esta em posic;:ao ncutra. A posiyao e~

segundo LEHMKUHL & SMITH (1986). e aquela na qual as espinhas iliacas antero-

superiorcs e a sinfise pubica cstao no mesmo plano vertical ( ... ) no que conceme ao

alinhamento padrao na postura creta. Ela e 16gica no ponto de vista da ac;:ao dos musculos

inseridos nestes dois pontos. 0 retc do abdomen com sua insen;ao no Pllbis estendendo~se

para cima ate 0 esterno, e 0 reto femoral. sartorio e 0 tensor da fascia lata com suas insen;oes

na espinhas iliacas antero-superiores estcndem-se para baixo ate a coxa. Na posic;:ao nculra,

estes grupos de musculos que se opoem, possuem essencialmente igual vanta gem medinica

em urna linha reta de 1ra9ao.

As ahera90es mais frequentes da pelve sao as rotac;oes no eixo latero-lateral, a

anteversao e a retroversao. 0 seu deslocamento anterior em rela9ao a linha de projeyao do

centro de gravidade e denominado antepulsao e contrariamente, retropulsao. A hiperlordose

lombar e horizontalizayao do sacro podem ser transmilidas ao osso iliaeo favoreeendo a

aduyao e rolaC;ao medial do membro inferior manifestado pelo enClirtamento da eadeia antero-

medial do quadril. 0 sacra e mais influenciado por encurtamentos musculares provindos da

coluna lombar atraves dos musculos espinhais, enquanto 0 iHaco e influenciado por

encurtamentos musculares origimirios dos membros inferiores atraves dos musculos adutores

e rotadores mediais. Portanto 0 posicionamento da pclve nas allerayoes da cadeia posterior

dependeni. tambem do comportamento dos musculos anteriores do membro inferior e da

parede antero-Iateral do abdomen.

Quando 0 joelho esta estabilizado em extensao, a contray3.o bilateral dos

musculos biceps femoral, semitendineo e semimembranoso por suas ayOes de extensao do

quadril promovem a retroversao da pelve e sao auxiliados nesta ayaO pelo gluteo maximo. A

ay3.o unilateral deste musculo leva a rotayao medial do quadril e inclioayao contralateral da

pclve. Na retroversao pelvica os musculos extensores do quadril podem ser auxiliados pela

parede abdominal pur sua lioha de ay30 pelvico-toracia. Se os paravertebrais lombares

predominarem sobre os retrovcrsores, a pelve sera levada a anteversao, auxiliada pelos

flexores dos quadris como 0 iliopsoas, reto femoral, sartorio, gluteo minimo, obturat6rio

eXlerno, adutor curto e longo e a poryao superficial do adutor magno.

o encurtamento dos musculos extensores dos quadris associado ao do triceps,

pode levar a pclve a antepulsao se 0 eixo articular do joelho estivcr em sua posiyao normal. Se

posteriorizado, a inversao de ay30 muscular levara 0 joelho a hiperextensao

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predominantemente sobre a retroversao e anteversao da pelve. Nesta func;ao de extensao do

tornozelo e quadris em eadeia einetiea feehada com carga, 0 musculo quadriceps tern papel

importante na estabilidade antero-posterior do joelho sendo que seu encurtamcnto contribui

para a antepulsao peivica.

Alem da musculatura dos membros inferiores, 0 encurtamento dos museulos

espinhais pode determinar tambem, uma hiperlordose a nivel lombar e diminuic;ao da curva

toni.ciea. A ac;ao do musculo quadrado 10mbar poden\ aeentuar ou retificar a curvatura lombar

na dependeneia da posic;ao da mesma. Quando a inclinac;ao da pelve para baixo e exagerada,

os conteudos pelvieos sao levados para frente, tendendo a coloearem-se sobre a arcada

pubiana, produzindo uma tensao adicional sobre os museulos do abdomen.

I Viuios musculos inserern-se na pelve~ os posteriores (gluteo maximo,

isquiotibiais, porC;ao posterior do adutor magno, rotadores extemos do quadril); anteriores

(reto femoral, sart6rio, tensor da fascia lata, iliopsoas, pectineo); musculos do tronco posterior

(espinhais) e regiao abdominal. Os musculos anteriores e laterais do tronco, alem de suas

func;oes na SUSlentaC;ao das visceras abdominais e na respirac;ao, esHio relacionados com os

movimentos do tronco; flexao, inclinac;ao lateral e rota<;ao. Eles sao form ados por grandes

bainhas musculares dispostas em muitas camadas. As fibras de cada camada correm em

dire<;oes diferentes das da camada seguinte; urn fator que contribui para a forc;a das camadas

combinadas. A linha alba e urn fcixe fibroso situado na linha media da regiao abdominal,

estendendo-se do processo xif6ide ate 0 pubis. Esta linha une as aponeuroses dos musculos do

lado direito e esquerdo. Essa musculatura e constituida pelo reto abdominal que e urn rnusculo

dclgado e superficial, formado pOr duas partes, uma de cada lado da Iinha alba. Estende-se

verticalmente ao longo da parede abdominal. A extremidade inferior do reto femoral passa

atraves de uma fenda do musculo transverso c se coloca por baixo dele. Tern origem na crista

e sinfise pubica, inserindo-se nas canilagens costais da sa, 63 e T' costelas e processo xif6ide

do esterno. As fibras muscularcs, dispostas longitudinal mente, sao interrornpidas por tres

intersecc;oes tendineas, das quais a mais inferior fica ao nivel ou urn pouco abaixo da cicatriz

umbilical. Tem como a<;ao a flexao da coluna vertebral aproximando 0 t6rax e a pelve

anteriormente. Com a pelve fhada, 0 t6rax se moveni no sentido da pelve; com 0 t6rax

fixado, a pelve se moven! no sentido do t6rax. E inervado pelos ram os ventrais dos nervos

intercostais T7 e T12/0 musculo obliquo extemo do abdomen, constitui a camada superficial

da parede abdominal. Localiza-se lateral mente desde 0 reto do abdomen ate 0 grande dorsal. e

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cobre as regioes abdominais anterior c lateral. E um feixe de fibras paralelas. que sc cstende

diagonal mente para 0 lado e para cima. desde sua origem, fonnando um "V" com as fibras do

lado oposto na parte anterior do abdomen. Tern origem nas faces antero-Iaterais das costelas,

onde ele se interdigita com 0 serrati I anterior e com 0 grande dorsal (na porrrao mais inferior).

Sua inserrrao esta nas fibras supcriores e tern direrrao antero-inferior e inserem-se em uma

aponeurosc, atraves da qual estilo conectadas corn a lioha alba; as fibras inferiores estao

inscridas na crista iliaea. E urn museulo motor primario da flexao, da flexao lateral para 0

mcsmo lado e da rotarrao para 0 lade oposto. A Iinha de trarrao e quase coincidente com a

linha da costela correspondente, proporcionando muita potencia para deprirnir 0 t6rax. Se 0

musculo de urn lade atuar isoladamente, ele ira tracionar a origem para frente e para baixo,

causando uma combina~ao de flexao, flexao lateral e rota~ao para 0 lade oposto; se ambos os

musculos do par atuarern ao rnesmo tempo, as tra~oes laterais e as tendencias para rota~ao se

neutralizam. produzindo uma flexao pura da col una vertebral. 0 obliquo ex1erno tende a

aplainar 0 abdomen muito mais que 0 relo abdominal devido a curva que descreve no Oanco e

na parte anterior do abdomen. E inervado pelos ramos do 8° ate 0 12° nervo intercostal e os

nervos ilio-hipogastrico e ilio-inguinal.

~ Outro musculo da regiao abdominal e 0 obliquo interno do abdomen, recoberto

pelo obliquo externo, penence ii segunda camada da parede abdominal. Estende-se

essencialmente sobre a mesma area que 0 externo. mas suas fibras cruzam-se com as dela. Sua

origem e na fascia lombar, nos 2/3 anteriores da crista iHaca e na metade lateral do ligamento

inguinal. Sua inser~ao e no osso pubiano, sobre uma aponeurose Iigada a linha alba e sobre

varias costelas, onde a diret;;ao das fibras e continua com ados musculos intercostais internos.

E um musculo motor primario para a flexao lateral para 0 mesmo lado e rotat;;ao para 0

mesmo lado. Tracionando para baixo e para 0 lado a parte anterior do t6rax e do abdomen, 0

obliquo interno, de urn lado, ira aplainar 0 abdomen, roda-Io para 0 mesmo lade e flexionar 0

tronco; quando aluar com 0 seu hom6logo, produzira flexao pura. E inervado pelos ramos

ventrais T7 e T12, nervo ilio-hipogastrico e ilio-inguinaL 0 musculo transverso do abdomen

compoe a camada mais interna da parede abdominal. Este musculo foi denominado "musculo

do espartilho" pois fecha a cavidade abdominal. A dire~ao de suas fibras e transversa e sua

origem e nas costelas inferiores, fascia loraco lombar, crista iliaca e ligamento inguinal. Sua

inscr~ao e atraves de uma aponeurose, parcial mente fundida com os oulros musculos

abdominais, na Iinha alba, crista pubica. Atua como uma cinta para achatar a parede

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abdominal e comprimir as visccras abdominais; a por~ao superior ajuda diminuir 0 angula

infra-estemal das costelas como na expiratyao, esle musculo nao tern nenhuma atyao na flexae

lateral do tronco, exccto que alua para comprimir as visceras abdominais c estabilizar a linha

alba, desse modo possibilitando melhor a9ao pelos musculos antero-Iaterais do tronco.

Varios museu los atuam sabre a col una lombar e 0 psoas al6m de ser

primariamente urn flexor do quadril, figura como flexor da col una 10mbar. Em circunstancias

especiais, 0 psoas pode tomar-se urn hipcrextensor da coluna lombar. Essa inversao de funtrao

e, as vezes, chamada de paradoxo do psoas, ocorre geralmente. quando 0 corpo esl<i em

decuhito dorsal. Quando 0 psoas se contrai, cle se une ao illaco na flexao da articula.;:ao do

quadril e tende a tracionar as vertebras lombares numa dire.;:ao anterior e inferior. Se os

musculos abdominais se contrairem simultaneamente, evila-se a inclina.;:ao da peJve para

frente e ocorre a flexao 10mbar, a flexilo do quadril, ou ambas. Mas se os abdominais sao

fracos, a pelve se inclina para frente sob a influencia do iliaco, enquanto que as vertebras

lombares se levantam do solo (hiperextensao 10mbar), pOr a.;:ao do psoas. 0 peso inerte da

cabe.;:a e do tcrax impede a flexao do tronco, em resposta a tra.;:uo do psoas. Admite-se a

existcncia de uma significante correlac;ao entre a area de sec.;:ao do psoas e 0 grau de

curvatura lorn bar. A contrac;uo adequada dos abdominais impediria que 0 psoas

hiperextendesse a col una \ombar, mas hu uma tendencia bastante constante, em se considerar

que a for.;:a dos abdominais seja funcionalmente inferior it for.;:a do psoas. Alem disso. 0 corpo

humano tende a possuir uma cllrvatura lorn bar preexistente exccssiva e inflexivel.

J Quando os musculos do abdomen funcienam bern, aliviam e estabilizam a col una

vertebral nos movimentos que exigem muito esforc;o das costas, como por exemplo, no

levantamento de objetos pesados. Ao erguennos objetos ou quando estamos em pe ou

sentados, os musculos do dorso sao sempre treinados, sendo assim, na maioria das pessoas a

musculatura abdominal e muita fraca em rela.;:ao a dorsal. dai a importancia de se trabalhar 0

abdomen para que se mantenha urn equilibrio entre seus antagonistas, evitando as sindromes e

disfun.;:oes dolorosas postllrais./

Hi varies programas de treinamento para 0 fortalecimento muscular, entre eles 0

uso de correntes eietricas atraves do musculo ou de seu nervo periferico criando pOlenciais de

a.;:ao em ceJulas estimuhiveis com impulsos eh~tricos. ou seja. a eletroestimula.;:ao. Entre as

modalidades de eletTOestimula.;:ao. a estimula.;:ao russa e uma corrente de media freqliencia,

aitemada, despolarizada, interrompida e difere de outras correntes por ser seletiva. ISlo se

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deve a possibilidadc de modular urna baixa freqGencia ativando as unidades matoras tcnicas

ou fasicas, dependendo da frequencia utilizada. Estudos dernonstram que com exce~ao de

poueDSmusculos, 0 corpo humane so cantem musculos com composiyao de fibras musculares

mistas e lambem roi comprovado que as primeiras fibras recrutadas para executar 0

movimento sao as fibras vennelhas, e as fibras brancas 56 se ativam se for necessaria farya

suplementar em movimentos nipidos; como a estimula~ao russa e seletiva, tern a capacidade

de cstimular tanto fibras vermelhas quante as fibras brancas, de acordo com a frequencia

utilizada, e pOT seT despolarizada nao ocorre 0 deslocamento de ions, podendo seT utilizada

por mais tempo scm provocar a formayao de acidos e sais.

As unidades moLoras tonicas sao composlas por fibras musculares vennelhas

ricas em capilares e resistenles a fadiga. Sua inervayao se d::i.por meio do motoneuronio "A

alfa 2" cuja velocidade de conduyao e lenta, sua frequencia tehinica fica entre 20 e 30 Hz, ao

contnirio as unidades motoras fasicas s30 constituidas por fibras brancas. pobres em capilares,

e nao resistentes a fadiga, sao inervados pelo motoneuronio "A alfa I ", que tern a velocidade

de conduyao alta; para ativa-Ias e necessario urna frequencia compreendida entre 50 a 150 Hz.

Tendo a musculatura abdominal funyao tonica, e necessaria uma freqUi!ncia mais baixa, na

ordem de 20 Hz. Esta fonna artificial de despoiarizayao pennite ativar sirnultaneamente, em

tomo de 30% a 60% a mais de unidades motoras, com isso recupera-se a forya muscular

resultando em urna reorganizayao da postura, levando a urna diminuiyao da lornbaigia.

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2. MATERIAL E METODO

Foram avaliadas 20 pacientes do scxo feminino, na faixa ctaria entre 18 a 25 anos, nao

atlctas, aprcsentando lombalgia por fraqucza de abdominais sem outros encurtamentos

musculares, descartando patologias dos orgaos internos e sem outras qucixas. Realizaram-se

20 sessoes diarias com durayao de 15 minutos cada. Este estudo foi realizado na Clinica

Fisiolapa. localizada na cidade da Lapa-Pc Foi realizado urn teste subjctivo de forya da

musculatura abdominal cnde a paciente era posicionada em decubito dorsal com joelhos e

coxas flexionados, bravos em eXlcnsao em tome de 45° e cram instruidas a realizarem 5 vezes

o movirnento de elevar 0 tronco do solo. Para a graduayao de fon;:a foi utilizada uma escala de

o a 5, onde 0- 0 musculo nao contrai; I) 0 musculo contrai mas nao ocorre 0 movimento; 2) 0

musculo contrai, ocorre 0 movimento mas nao vence a gravidade; 3) 0 musculo contrai,

ocorre 0 movimento, vence a gravidade mas nao vcnce a resistencia do examinador~ 4)

contrai, movimenta, vence a gravidade, vence a uma pequena resistencia irnposta e 5) contrai,

movimenla, vence a gravidade e a uma grande resistencia imposta. Outro teste realizado foi

para a graduac;ao da dar de cada pacienle, onde foi utilizada uma cscala de 0 a 10 sendo que a

propria paciente c1assificava a intensidade de sua dor. Ao t(~nnino das 20 sessoes realizou-se

urn novo teste para a comparac;ao dos resultados.

Para 0 fortalecimento da rnusculatura, foi utilizado urn aparelho de eletroestimulac;ao

muscular (corrente russa) com 4 canais de saida e 8 e1elrodos de 5x5 cm numa frequencia de

2500 Hz. As pacientes foram posicionadas em decubito dorsal com a cabec;a apoiada sobre

um travesseiro, brac;os ao longo do corpo, flexilo de quadril e joelho, sendo estes apoiadas

sabre urn rolo. A regiao abdominal desnuda, Iimpa, seea e sem alterac;oes dennatol6gicas.

Apos 0 posicionamento da paciente, aplicou-se os eletrodos sendo 3 de cada lado do musculo

reto do abdomen e I para cada lade do musculo obliquo externo do abdom~n, utilizando-se 0

metodo mioenergetico. 0 aparelho foi regulado em 2500 Hz pois nesta frequencia oblem-se 0

fortalecimento muscular. Inicialmente 0 tralamenlO utilizou-se de apenas 20% de captayao das

ribras e este valor era ·graduado conforme 0 limiar de suporte da paciente e sua polencia

aumentada de acordo com sua sensibilidade, durante 15 minutos. Estas aplicac;oes foram

realizadas durante 20 sessoes diarias e anotadas em fichas individuais de evoluc;ao.

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3. APRESENTA(:AO DOS DADOS

o principal objetivo desta pesquisa. foi aumentar a for~a da musculatura abdominal,

com 0 intuito de diminuir 0 desequilibrio muscular urndos causadores da lombalgia. A tabela

abaixo demonstra as altera~oes ocorridas no grau de for.;;amuscular e dar, no inicio e tennino

do tratamento.

DOR FOR(:APAClENTES INICIO TERMINO INIClO TERMINO

01 04 00 03 0502 05 00 03 0503 05 01 03 0404 02 02 03 0505 07 02 03 0406 10 04 03 0407 09 02 03 0408 05 00 03 0509 08 02 03 0410 05 01 03 05II 05 00 03 0512 08 01 03 0513 05 00 03 0514 04 00 03 0515 05 01 03 0416 04 00 03 0517 02 00 03 0518 07 03 03 0419 05 00 03 0520 10 09 03 04

GRADUA(:AO DA DOR

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GRADUACAO DA FORCA MUSCULAR

0- nao contrai

I - contrai mas nao oeorre 0 movimento

2 - contrai, ocorre 0 movimento, mas na~vence a gravidade

3 - contrai, ocorre 0 movirnento, vence a gravidade mas nao vence a resistencia imposta

4 - contrai, ocorre 0 movimento, vence a gravidade e vence a pequena rcsistencia imposta

5 - contrai, ocorre 0 movimento, vence a gravidade e vence a uma grande resistencia imposta.

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4. INTERPRETACAO DOS RESULTADOS

Os resultados desta pesquisa apresentaram dados significativos. pois 100% das

pacientes obtiveram aumento na farya da musculatura abdominal com 0 uso da

eletroestimulm;ao e 90% diminuir;ao no quadro algico. 10% das pacientes declararam nao

haver melhora no quadro algico, por isso se lorna necessaria uma avaliayao mais detalhada do

grau de fraqueza e encurtamentos dos musculos relacionados com 0 equilibria peivico, do

comportarnento psiquico e atividades de vida diaria.

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5. CONCLVSAO

E comprovado que 0 anel peivico e de suma importancia na inler-rela~ao entre a

musculatura anterior e posterior, tanto do troneD, assim como, dos membros inferiores. Para

se obler equilibria pelvico e importante avaliar tada musculatura que rcaliza essa fum;ao pois,

quando 0 joelho esta estabilizado em extensao, a contrayao bilateral dos musculos biceps

femoral, semitcndineo e semimembranoso por suas a90es de extcnsao do quadril prornovem a

retroversao da pelve, sendo auxiliados pelo musculo gluteo maximo; se os paravertebrais

lombares predominam sabre os retTOversores, a pelve scra levada a anteversao, auxiliada

pelos musculos flexores dos quadris~ se hi encurtamento dos extensores do quadril associ ados

aD do triceps, pode levar a pelve it antepulsao, entao. e imponante 0 trabalho de toda cadeia

muscular. Foi dada enfase a musculatura do abdomen por ser 0 rnusculo que geralmente cede

primeiro em vi nude de suas caracteristicas anatomicas. levando a pelve a urna nexao

exagerada.

Ao final deste estudo com 0 relato de 90% das pacientes terem melhorado 0 quadro

algi co, acredita-se que 0 fortalccimcnlO dos abdomina is com 0 usa da cletroestimulay5.o faz

com que estes aliviem e estabilizem a coluna venebral nos movimentos que exijam esforyo

das costas aliviando assim a sobrecarga, como os resultados foram positivos, caberia em urna

proxima pesquisa comparar este metodo com outras fonnas de fortalecimento da musculatura

abdominal para a reduy30 da lombalgia

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AVALIACAO

Nome:

Cor:

Dor: ao movimento ( ) sim

Lombalgia () sim

Hipcrlordose: () sim

Obs: atraves de inspe~aovisual

Abdomen protuso: ( ) sim

Teste de for~a muscular do abdomen

RelO do abdomen ()O

()I

()2

()3

()4

()5

ObliquQ extemo () 0

01()2

()3

()4

()5

ANEXOS

Idade: Sexo:

Peso: Allura:

() nao

() nlio

14 15 16 17 IS 19 110

() nao

() nao

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REFERENCIAS BIBLlOGRAFICAS

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RASCH, Philip 1.. Cine:-;iofogia e ana/omia aplicada. 7 ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 1981.

TANAKA, Clarice & FARAH, Estela A.. Ana/omia fimcional das cadeias museu/ares. SaoPaulo ieone, 1997.