vasculariza--o e inerva--o dos membros inferiores

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FACULDADE DE MEDICINA TRABALHO REFERENTE À DISCIPLINA ANATOMIA HUMANA BÁSICA PEDRO RUAN CHAVES FERREIRA VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES BELÉM – PARÁ DEZEMBRO – 2009

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Page 1: Vasculariza--o e Inerva--o Dos Membros Inferiores

FACULDADE DE MEDICINA TRABALHO REFERENTE À DISCIPLINA ANATOMIA HUMANA BÁSICA

PEDRO RUAN CHAVES FERREIRA

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

BELÉM – PARÁ DEZEMBRO – 2009

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PEDRO RUAN CHAVES FERREIRA

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

BELÉM – PARÁ DEZEMBRO – 2009

Trabalho de Pesquisa Bibliográfica apresentado ao Prof. Paulo Martins Cesar da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará – UFPA, em cumprimento às exigências para obtenção da 4ª avaliação semestral da disciplina Anatomia Humana Básica do 1º semestre do curso de Graduação em Medicina.

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PEDRO RUAN CHAVES FERREIRA

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

Data de aprovação: ______/_______/________

Conceito:

Banca Examinadora:

______________________________________ Prof. Dr. Paulo Martins César Universidade Federal do Pará

Trabalho de Pesquisa Bibliográfica apresentado ao Prof. Paulo Martins Cesar da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará – UFPA, em cumprimento às exigências para obtenção da 4ª avaliação semestral da disciplina Anatomia Humana Básica do 1º semestre do curso de Graduação em Medicina.

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À Deus, por tudo ao que Ele tem nos proporcionado viver e aprender.

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RESUMO

Os membros inferiores exercem a função de sustentação e locomoção de nosso organismo para que este realize normalmente suas atividades. A metodologia realizada foi a de levantamento bibliográfico (escrito e/ou digital) acerca da vascularização e inervação do membro inferior. Estes membros são, normalmente descritos, em regiões para assim facilitar uma análise detalhada de cada uma destas com as estruturas atuantes e suas características. Vários são os vasos sanguíneos que se ramificam para suprirem de oxigênio e nutrientes esta região do corpo, e o inverso para o retorno do sangue venoso por inúmeras veias de menor calibre que convergem para as maiores e assim retornar ao coração. A inervação também apresenta a característica de se ramificar em estruturas distintas que atuaram em áreas diferentes, mas praticamente toda a inervação dos membros inferiores foram originados dos plexos lombos-sacros formados por raízes L4 a S3. Em cada um dos dois membros está presente o maior nervo do corpo que se estende da região glútea ao dedo do pé.

Palavras-chave: Vascularização. Inervaçãos. Revisão bibliográca.

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ABSTRACT

The legs perform the function of support and movement of our body to undertake normal activities. The methodology used was of literature review (written and / or digital) about the vascularization and innervation of the lower limb. These members are usually described in regions to facilitate a detailed analysis of each of these structures with active and their characteristics. There are many blood vessels that branch off to supply the oxygen and nutrients this body region, and the reverse for the return of venous blood for a number of smaller caliber veins that converge to the largest and thus return to the heart. Innervation also has the feature to branch into distinct structures that were active in different areas, but virtually the entire innervation of the lower limbs were originated from the lumbar-sacral roots formed by L4 to S3. In each of the two members this is the largest nerve in the body that extends from the buttock to the foot finger.

Key words: Vascularization. Innervation. Literatura review.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Artérias do membro inferior. .................................................................................. 9

Figura 2: Distribuição das artérias presentes nos membros inferiores. ................................ 10

Figura 3: Relação das artérias dos membros inferiores. ....................................................... 10

Figura 4: Trígono femoral (I) e canal adutor na parte medial do terço médio da coxa (II).. 12

Figura 5: Artérias do pé. ....................................................................................................... 15

Figura 6: Veias do pé............................................................................................................ 17

Figura 7: Visualização da veia poplítea por dissecção profunda.......................................... 19

Figura 8: Nervos da região glútea e do compartimento posterior da coxa. .......................... 20

Figura 9: Nervos da perna e denominação, origem, trajeto e distribuição na perna dos

nervos que a inervam............................................................................................................ 22

Figura 10: Inervação do pé e descrição dos nervos. ............................................................. 23

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 8

2 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................ 8

3 RESULTADOS ................................................................................................................... 9

3.1 ARTÉRIAS DO MEMBRO INFERIOR...................................................................... 9

3.1.1 Artéria femoral: ................................................................................................... 11

3.1.2 Artéria poplítea .................................................................................................... 12

3.1.3 Artéria tibial anterior ........................................................................................... 13

3.1.4 Artéria tibial posterior ......................................................................................... 13

3.1.5 Artéria fibular ...................................................................................................... 14

3.1.6 Artéria circunflexa fibular ................................................................................... 14

3.1.7 Atéria nutrícia da tíbia ......................................................................................... 14

3.2 ARTERIAS DO PÉ .................................................................................................... 14

3.2.1 Artéria dorsal do pé ............................................................................................. 15

3.2.2 Artéria tarsal lateral ............................................................................................. 15

3.2.3 Artéria arqueada .................................................................................................. 16

3.2.4 Artérias metatarsais ............................................................................................. 16

3.4 VEIAS DO MEMBRO INFERIOR ........................................................................... 17

3.4.1 Veia safena magna:.............................................................................................. 17

3.4.2Veia safena parva: ................................................................................................ 18

3.4.3 Veia poplítea........................................................................................................ 18

3.5 NERVOS DO MEMBRO INFERIOR ....................................................................... 19

3.5.1 Nervos da região glútea ....................................................................................... 19

3.5.2 Nervo ciático (isquiático) .................................................................................... 21

3.5.3 Nervo femoral...................................................................................................... 21

3.5.4 Nervo cutâneo lateral da coxa ............................................................................. 21

3.5.5 Nervos na fossa poplítea...................................................................................... 21

3.5.6 Nervos da perna ................................................................................................... 21

3.5.7 Nervos do Pé........................................................................................................ 23

4. CONCLUSÃO.................................................................................................................. 24

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 24

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1. INTRODUÇÃO

Os membros inferiores são extensões do tronco especializadas para sustentar o peso

do corpo, a fim de permitir a locomoção, a capacidade de se deslocar de um lugar para

outro e manter o equilíbrio (MOORE; DALLEY, 2007).

Estes membros são muitas vezes descritos em regiões, como por exemplo: região

glútea, coxa ou região femoral, joelho, perna, tornozelo e pé. E seu desenvolvimento é

comparado ao do membro superior, iniciando durante a 5ª semana quando brotos do

membro inferior salientam-se da face lateral dos segmentos L2-S2 do tronco (ibid).

Cada membro é formado por 31 ossos (Wikipédia, 2009). O esqueleto pode ser

dividido em dois componentes funcionais: cíngulo do membro inferior (pelve óssea) que

fixa o membro livre ao esqueleto axial.

Devido a este grande esforço exercido pelos membros inferiores, estes membros

apresentam diversos tipos de complicações nas suas junturas que são expostas a atritos e

esforços constantes e intensos. Esta região corporal esta sujeita a várias lesões que podem

ocasionar grandes danos, como é o caso da fratura da bacia, local de passagem de vasos

sanguíneos calibrosos que quando rompidos podem causar uma perda excessiva de sangue.

Os membros inferiores são importantes na realização de várias atividades e o seu

desenvolvimento pleno (muscular, motor e circulatório) promove maior capacidade de

locomoção e autonomia.

Este trabalho tem por objetivo realizar levantamento de informações quanto a

vascularização e inervação dos membros inferiores através de pesquisa bibliográfica digital

e tradicional através de livros e revistas.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho consiste de um levantamento bibliográfico, acerca da vascularização e

inervação dos membros inferiores do corpo humano, através de livros, apostilas e sites

especializados que abordem o assunto.

Para elaboração deste trabalho utilizou-se o programa Microsoft Office Word 2003®.

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3 RESULTADOS

3.1 ARTÉRIAS DO MEMBRO INFERIOR

Figura 1: Artérias do membro inferior. Fonte: http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/mm_sec3_28.html. Acesso em 10/12/2009).

Quanto à distribuição (Fig. 2) e as relações entre as artérias (Fig. 3) que realizam a

vascularização dos membros inferiores têm-se:

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Figura 2: Distribuição das artérias presentes nos membros inferiores.

Figura 3: Relação das artérias dos membros inferiores. Fonte: http://www.auladeanatomia.com/cardiovascular/arterias.htm. Acesso em 10/12/2009.

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3.1.1 Artéria femoral:

Fornece o principal suprimento arterial para o membro inferior e deriva da ilíaca, é a

continuação da artéria ilíaca externa distal ao ligamento inguinal. Seu limite lateral é o

sartório, medialmente o adutor longo e superiormente o ligamento inguinal. Seu teto é

formado pelo iliopsoas, pectíneo e adutor longo. No terço médio da coxa a artéria femoral

se localiza profundamente no canal adutor para passar a se chamar artéria poplítea. Coberta

pela fáscia lata, a artéria femoral se encontra no assoalho do trígono femoral. Apresenta a

veia femoral na sua face medial e se encontra separada do nervo femoral pelo septo

ileopectíneo. No trígono femoral, supre, através das artérias circunflexas femorais, a

musculatura anteromedial da coxa. Finalmente, emite a artéria femoral profunda, que,

através das artérias perfurantes, vãos suprir a musculatura do jarrete. No terço proximal da

coxa é superficial no trígono femoral que está localizado na face anterior proximal da coxa

e que contém os vasos e nervos femorais. No trígono femoral ela pode ser facilmente

acessada por palpação digital ou através de punção. A continuação da artéria femoral, às

vezes denominada de artéria femoral superficial, desce na face medial da coxa dentro do

canal subsartorial (canal de Hunter), em companhia da veia do mesmo nome, que a cruza

posteriormente, e do nervo safeno. Este canal deve ser aberto amplamente durante a

exploração cirúrgica deste vaso (GUSMÃO, 2003).

Tem como ramo principal a artéria femoral profunda (artéria profunda da coxa)

que se origina na porção lateral e posterior da artéria femoral, 2 a 5 cm. abaixo do

ligamento inguinal. Inicialmente situa-se lateralmente à femoral e em seguida corre

posterior a ela e à veia femoral, para a face medial do fêmur. Passa distalmente por trás do

adutor longo terminando no terço distal da coxa. No terço médio da coxa, onde está

separada da artéria e veia femorais pelo adutor longo (Fig. IB e IIB) emite artérias

perfurantes que passam ao redor da face posterior do fêmur, essas artérias suprem músculos

dos três compartimentos fasciais (adutor magno, do jarrete e vasto lateral).

Principais Ramos:

Artéria Circunflexa Lateral Do Fêmur

Artéria Circunflexa Medial Do Fêmur

Artéria Perfurante

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O trígono femoral apresenta 3 Limites (sartório, adutor longo e lig. Inguinal) e está

a artéria, veia e nervo femoral (Fig. 2-I).

Figura 4: Trígono femoral (I) e canal adutor na parte medial do terço médio da coxa (II). Fonte: MOORE; DALLEY, 2007).

3.1.2 Artéria poplítea

É a continuação da artéria femoral (Fig. 5.32) que começa quando a última atravessa

o hito dos adutores. Na altura do canal adutor continua distalmente na fossa poplítea para se

dividir na altura da margem inferior do poplíteo em artérias tibial anterior e posterior. A

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artéria poplítea, estrutura mais profunda (anterior) na fossa poplítea em todo o seu trajeto,

segue próximo a cápsula articular do joelho e se estende sobre a fossa intercondilar. São

cinco os ramos que suprem a cápsula e os ligamentos da articulação do joelho: artéria

superior lateral, superior medial, média, inferior lateral e inferior medial do joelho que

participam da anastomose do joelho mantendo o suprimento sanguíneo na perna durante a

flexão completa do joelho que pode torcer a artéria poplítea. Os ramos musculares suprem

os músculos do jarrete, o gastrocnêmio, o sóleo e o plantar.

Como se situa sob a tensa fáscia poplítea, para a artéria ser palpada é necessário

manter o joelho em flexão.

3.1.3 Artéria tibial anterior

Esta situada entre extensor longo do halux e tibial anterior. Tem origem na

bifurcação da poplítea na borda distal do poplíteo e perfura de posterior para anterior a

membrana interóssea e desce, em companhia do nervo fibular profundo, na face anterior da

coxa, profundamente ao músculo tibial anterior. Visto que a maior parte dos ramos

musculares são emitidos nas partes proximais do vaso é possível mobilizar este músculo

para cobrir defeitos no terço inferior da perna sem prejuízo para sua nutrição. Na região

anterior da perna situa-se próximo da fase medial do colo da fíbula, descendo na face

anterior da membrana interóssea aproximando-se da tíbia. Na parte distal da perna situa-se

sobre a tíbia e depois anteriormente à articulação do tornozelo passando a se chamar de

artéria dorsal do pé (pediosa) correndo na borda medial do dorso do pé para a parte

proximal do 1º espaço intermetatársico onde se divide em 2 (dois) ramos: o primeiro

intermediário dorsal, e plantar profundo.

3.1.4 Artéria tibial posterior

É a continuação do vaso reto entre o flexor longo dos dedos e flexor do hálux.

Possui origem na bifurcação da poplítea, descendo obliquamente para trás e à medida que

se aproxima da borda medial da perna se localiza posteriormente à tíbia descendo posterior

ao maléolo medial dividindo-se após em artéria plantar medial e lateral (região plantar do

pé). É o maior e mais direto ramo terminal da artéria poplítea, sendo responsável pelo

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suprimento sanguíneo do compartimento posterior da perna e do pé. Próximo a sua origem

dá origem a artéria fibular (seu maior e mais importante ramo).

3.1.5 Artéria fibular

Tem origem abaixo da margem distal do poplíteo e do arco tendíneo o sóleo (Fig.

5.38 e 5.41). Esta artéria desce obliquamente em direção à fíbula e segue ao longo de sua

face medial, geralmente dentro do flexor longo do hálux. Emite ramos musculares para o

poplíteo e outros músculos nos compartimentos posterior e lateral da perna e origina a

artéria nutrícia da fíbula e distalmente dá origem: ao ramo perfurante (atravessa a

membrana interóssea e segue até o dorso do pé onde anastomosa-se com a artéria

arqueada), e aos ramos terminais maleolares laterais (unem-se a outros ramos maleolares

para formar uma anastomose arterial do tornozelo) e calcâneos (suprem o calcanhar).

3.1.6 Artéria circunflexa fibular

Origina-se da artéria tibial anterior ou posterior no joelho e segue lateralmente sobre

o colo da fíbula até as anastomoses ao redor do joelho.

3.1.7 Atéria nutrícia da tíbia

Origina-se da artéria tibial anterior ou posterior. É a maior artéria nutrícia do corpo.

Envia ramos para o músculo tibial posterior e também o perfura e entra no forame nutrício

no terço proximal da face posterior da tíbia.

3.2 ARTERIAS DO PÉ

As artérias presentes no pé são ramos terminais das artérias tibiais anterior e

posterior (Fig. 3) que correspondem respectivamente as artérias dorsal e plantares.

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Figura 5: Artérias do pé. Fonte: MOORE; DALLEY (2007)

3.2.1 Artéria dorsal do pé

Corresponde a continuação da artéria tibial anterior, sendo uma importante fonte de

suprimento sanguíneo para a parte anterior do pé (Fig. 3A). Inicia-se as metade dos

maléolos e segue em sentido antero-medial e segue até o primeiro espaço interósseo onde

se divide na 1ª artéria metatarsal dorsal e artéria plantar profunda que passa profundamente

entre as cabeças do primeiro músculo interósseo dorsal para entrar na planta do pé unindo-

se a artéria plantar lateral para formar o arco plantar profundo (Fig. 3B).

3.2.2 Artéria tarsal lateral

É um ramo da artéria dorsal do pé e segue lateralmente um trajeto curvo sob o

extensor curto dos dedos com o objetivo de suprir este músculo e os tarsais e as articulações

subjacentes (Fig. 3A), se anastomosa com outros ramos (ex. artéria arqueada).

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3.2.3 Artéria arqueada

Esta disposta lateralmente através das bases dos quatro metatarsais laterais passando

profundamente aos tendões dos músculos extensores para assim alcançar a face lateral da

parte anterior do pé, que é o local onde anastomosa-se com a arterial tarsal lateral para

formar uma alça arterial. Origina a 2ª, 3ª e 4ª artérias metatarsais dorsais.

3.2.4 Artérias metatarsais

Seguem distalmente até as fendas dos dedos, sendo unidos com o arco plantar e as

artérias metatarsais plantares por ramos perfurantes (MOORE; DALLEY, 2007). As veias

acompanhantes estão situadas próximas as artérias que vascularizam a região. Essa

drenagem se junta as veias de mais calibre.

3.3 VEIAS DOS PÉ

Existem as superficiais e as profundas. Ao contrário da perna e da coxa a drenagem

venosa ocorre para as grandes veias superficiais

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Figura 6: Veias do pé. Fonte: MOORE, DALLEY (2007).

3.4 VEIAS DO MEMBRO INFERIOR

3.4.1 Veia safena magna:

Retirada para fazer ponte de safena. Estende-se até o trígono femoral onde

desemboca na veia femoral. É formada pela união da veia dorsal do hálux e do arco venoso

dorsal do pé.

Inicia na veia marginal medial do pé e vai até a veia femoral cerca de 3 cm antes do

ligamento inguinal. Ascende anteriormente ao maléolo medial e ao longo da face medial da

perna junto com o nervo safeno. Dirige-se proximalmente posterior aos côndilos medial da

tíbia e do fêmur, ao longo da face medial da coxa terminando na veia femoral, no trígono

femoral. É a veia mais longa do corpo e possui 10-12 válvulas geralmente localizadas

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18

abaixo das veias perfurantes, as válvulas venosas são projeções do endotélio que formam

seios valvulares caliciformes que se enchem na parte superior. Os processos de oclusão da

luz da veia, evitando o refluxo de sangue distalmente tornando o fluxo unidirecional e o

mecanismo valvular que divide a coluna de sangue na veia safena em segmentos menores

que reduz a pressão retrógrada facilitam a superação da gravidade para a bomba

musculovenosa conduzir o sangue ao coração.

Na sua ascensão a veia safena magna recebe várias tributárias e comunica-se em

vários locais com a veia safena parva. Atravessa o hiato safeno na fáscia lata e desemboca

na veia femoral.

3.4.2Veia safena parva:

Mais lateral, na panturrilha vai até na fossa poplítea onde desemboca na veia

poplítea.

Começa posteriormente ao maléolo lateral subindo lateralmente ao longo do tendão

de Áquiles cruzando-o depois para alcançar a parte média do dorso da perna, dirigindo-se

diretametne para cima atravessando a fáscia profunda na parte distal da fossa poplítea

terminando na veia poplítea, entre as duas cabeças do gastrocnêmio.

3.4.3 Veia poplítea

Inicia na margem distal do poplíteo como continuação da veia tibial posterior

situando-se próximo a artéria poplítea em seu trajeto. A veia poplítea, superiormente,

apresenta várias válvulas e torna-se a veia femoral quando atravessa o hiato dos adutores.

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Figura 7: Visualização da veia poplítea por dissecção profunda. Fonte: MOORE; DALLEY (2007).

3.5 NERVOS DO MEMBRO INFERIOR

Grande parte da inervação deste membro é originado dos plexos lombo-sacro que é

formado por raízes de L4 a S3 que tem como principais ramos deste plexo nas regiões:

posterior o nervo ciático e o tibial; e na região anterior os nervos femoral, cutâneo lateral da

coxa, obturador, fibulares superior e profundo.

3.5.1 Nervos da região glútea

Estes nervos suprem a região glútea ou atravessam a região para suprir o períneo

(nervo pudendo) e a coxa (nervo isquiático). Sendo os nervos clúnios que inervam a pele da

região glútea e os nervos glúteos profundos que são os nervos glúteos superior e inferior,

isquiático, nervo para o quadrado femoral, cutâneo femoral posterior, o nervo para o

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20

músculo obturador interno e nervo pudendo. Estes inervam distintas áreas dos membros

inferiores após sua origem (Fig. 8).

Figura 8: Nervos da região glútea e do compartimento posterior da coxa. Fonte: MOORE; DALLEY (2007).

3.5.1.1 Lesões

No nervo glúteo, uma lesão, resulta em perda motora característica que para

compensar o enfraquecimento da abdução da coxa ocorre uma inclinação para o lado em

que o glúteo esta enfraquecido, ocorre também o compromentimento acentuado da rotação

medial da coxa.

O bloqueio anestésico do nervo isquiático pode ser percebido no pé devido a

ramificações deste nervo. Já uma lesão neste nervo aparece como dor nas nádegas.

Para injeções na região glútea devem ser observadas alguns cuidados para a boa

aplicação do medicamento, um exemplo é o nervo isquiático que esta situado

profundamente na região mais proeminente da nádega.

Page 22: Vasculariza--o e Inerva--o Dos Membros Inferiores

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3.5.2 Nervo ciático (isquiático)

Possui o comando motor e sensível dos membros inferiores e é o maior nervo do

corpo (dedão do pé à região glútea). Ele origina os nervos tibial (que será único e o maior

ramo do ciático) e o fibular próximo a fossa poplítea.

3.5.3 Nervo femoral

É o principal ramo anterior do plexo lombo-sacro. Esta situado na região anterior do

quadril e entra na região do trígono femoral e inerva a região anterior da coxa (quadríceps).

3.5.4 Nervo cutâneo lateral da coxa

Passa para a coxa sob a porção mais lateral do ligamento inguinal. É responsãel pela

inervação sensitiva da região Antero-lateral da coxa.

3.5.5 Nervos na fossa poplítea

É no ângulo superior da fossa poplítea que o nervo isquiático divide-se em nervos

tibial e fibular comum (Fig. 7). O nervo cutâneo sural medial também é derivado do nervo

tibial na fossa poplítea e forma o nervo sural que supre a face lateral da perna e do

tornozelo. O nervo isquiático dá origem ao nervo fibular comum que é o menor ramo

terminal lateral daquele.

3.5.6 Nervos da perna

No compartimento anterior apenas o nervo fibular profundo (um dos dois ramos do

nervo fibular comum) esta presente. Acompanha a artéria tibial anterior e sai do

compartimento anterior e continua através da articulação do tornozelo (MOORE,

DALLEY, 2007).

Page 23: Vasculariza--o e Inerva--o Dos Membros Inferiores

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No compartimento lateral ocorre o nervo fibular superficial (outro ramo do nervo

fibular comum). Continua com o nervo cutâneo atuando na face anterior da perna e em

quase todo o dorso do pé (ibid).

No compartimento posterior há o nervo tibial que supre todos os músculos neste

comartimento. E um dos ramos deste nervo se une a outro para formar o nervo sural que

atua na parte lateral e posterior do terço inferior da perna e a região lateral do pé (ibid).

Figura 9: Nervos da perna e denominação, origem, trajeto e distribuição na perna dos nervos que a inervam. Fonte: MOORE; DALLEY, 2007.

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3.5.7 Nervos do pé

Segundo MOORE; DALLEY (2007) a inervação cutânea do pé é suprida (Fig. 10):

� Medialmente pelo nervo safeno, que se estende distalmente até a cabeça do 1º

metatarsal;

� Superiormente pelo nervos fibulares superficial e profundo;

� Inferiormente pelos nervos plantares medial e lateral; a margem comum de sua

sitribuição estende-se ao longo do 4ºmetacarpal e do dedo;

� Lateralmente pelo nervo sural, incluindo parte do calcanhar;

� Posteriormente (calcanhar) por ramos calcâneos dos nervos tibial e sural.

Figura 10: Inervação do pé e descrição dos nervos. Fonte: MOORE, DALLEY, 2007.

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4. CONCLUSÃO

O membro inferior apresenta-se com um prolongamento corporal que tem na sua

vascularização e inervação poucos componentes numericamente na região pélvica que ao

longo do membro vão se irradiando dando origem a outros ramos que suprem as

necessidades fisiológicas e assim permitem a integração e sobrevivência deste membro do

corpo.

REFERÊNCIAS

GUSMÃO, L. C. B. Anatomia arterial e venosa aplicada. Disponível em <www.lava.med.br/livro/pdf/luiz_anatomia.PDF>, 2003. Acesso em 5 de dezembro de 2009. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5ª Ed. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2007. WIKIPEDIA. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Membro_inferior>. Acesso em 11/12/2009.