vida abundante setembro 2014
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Devocional Vida Abundante para o mês de Setembro de 2014.TRANSCRIPT
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IGREJA PRESBITERIANA UNIDA COREANA DE SÃO PAULO 연합교회
vida abundante
09/2014
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3
Este material foi selecionado do devocional "SEM-MUL"
do ano 2013.
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Quando vem o Reino de Deus
Marcos 6-9
“Discípulo de Jesus Cristo” não é simplesmente um “crente com fé e personalidade maduras”. Discípulo é agente do Reino de Deus que realiza o governo de Deus nesse mundo. Ele é enviado para o mundo como agente, mas não segue os padrões desse mundo. A importante missão dos discípulos é anunciar que essa terra está sob autoridade de Deus, e não mais do mundo. Para vivermos como discípulos de Jesus Cristo, devemos saber como é o Reino de Deus e que tipo de trabalho é encarregado a seus agentes. Vamos conhecer mais sobre o Reino de Deus, através do “Vida Abundante” de setembro.
Como chega? (6:1-56): Embora Jesus tenha sido rejeitado na sua cidade (6:1-6), o evangelho foi levado para todos os povoados através dos discípulos. O nome de Jesus, o rei do Reino de Deus, tornou-se bem conhecido, muitos demônios foram expulsos e muitos doentes foram curados pelas testemunhas que pregaram as boas novas sem levar em consideração as necessidades pessoais ou ganância individual (6:7-14). Ao ouvir falar dessas coisas, Herodes, o rei desse mundo, ficou perturbado. Ele tinha um grande prestígio na época, mas tornou-se inimigo do Reino de Deus ao assassinar João Batista. Ele morava em um palácio luxuoso e oferecia banquetes às principais personalidades da região, porém o seu banquete luxuoso e barulhento era de maldição e resultou na morte de um profeta, cuja cabeça foi trazida num prato (6:14-29). Já o rei do Reino de Deus foi para um “lugar afastado” (6:31-32), ou seja, um lugar deserto, e fez um banquete com as ovelhas sem pastor. Os discípulos serviram nesse banquete, encarregando-se a levar comida à multidão.
Eles tinham somente cinco pães e dois peixes, todavia foram suficientes para alimentar cinco mil homens e todos se alegraram, tendo sido um banquete de vida (6:30-44). Logo em seguida, Jesus andou sobre o mar e demonstrou o seu poder majestoso, revelando-se o “Sou o que Sou” (6:50 Sou eu), o mesmo que dividiu o mar Vermelho e alimentou o povo de Israel com maná e codornizes durante a vida no deserto. A capacidade e a autoridade do Reino de Deus aparecem poderosamente àqueles que o aceitam e nele creem. O poder de Jesus que não apareceu na sinagoga da sua cidade aparece poderosamente à multidão que se reuniu em Genesaré (6:53-56). Assim, onde o Senhor está torna-se um lugar santo, quer seja durante a tempestade, quer seja no mar, na cidade ou campo. A quem chega? (7:1-8:26): A graça de Deus chega aos “limpos”, ou seja, santos e puros, por isso os judeus, principalmente os fariseus e os mestres da lei, evitavam ao extremo o que era considerado “impuro”.
5
Como é estabelecido? (8:27-9:13): Um reino terreno é estabelecido quando uma figura forte torna-se rei e, conduzindo o seu exército, derruba muros das cidades para conquistar o seu território e render o seu povo. Jesus também levantou o seu exército (discípulos) e de Galiléia “avançou” para Jerusalém, mas a sua forma foi bem diferente. Jesus, quando perguntou aos seus discípulos nas proximidades de Cesaréia de Filipe quem o povo dizia quem ele era, estava preparando o avanço do Reino de Deus: o caminho da cruz (8:27). As pessoas ouviam sobre Jesus e viam vários sinais, porém achavam que ele era um dos profetas. Pedro e outros discípulos, diferentemente de outros grupos, entenderam que Jesus era o rei ungido (Cristo) do Reino de Deus e confessaram essa verdade a Jesus (8:28-29).
Pedro, mesmo após essa confissão,
não conseguiu aceitar o
ensinamento de Jesus sobre a cruz.
Para eles, “Cristo” (Messias)
simbolizava um líder que engloba
força política, religiosa e bélica, ou
seja, um rei, no entanto, Jesus não
fazia acordos com o mundo. O
caminho da glória que estava
preparado para Jesus era de ser
humilhado até morrer na cruz. Jesus
usou uma expressão de tom militar
quando disse: “siga-me”, todavia,
não com espadas e lanças e sim,
tomando a sua cruz (8:27-38).
Jesus mostrou aos três discípulos,
Pedro, Tiago e João, “o Reino de
Deus vindo com poder, antes da
morte” (9:1). O episódio do monte da
Transfiguração foi uma confirmação
No entanto, aos olhos de Jesus, as suas atitudes não eram muito puras, porque por mais que as suas palavras pudessem estar próximas de Deus, os seus corações estavam longe Dele (7:1-23). Quem realmente teve a graça da purificação foi a gentia siro-fenícia. Os siro-fenícios eram considerados inimigos dos judeus, mas à mulher, que pediu humildemente a graça de Jesus e rogou-lhe que expulsasse um “espírito imundo”, foi mostrado o poder do Senhor (7:24-30). Embora as obras de Jesus se espalhassem até entre os gentios e o povo ficasse maravilhado com os Seus feitos (7:31-37), não havia ninguém que compreendesse bem quem Ele era: os fariseus, ainda, pediram-lhe um sinal do céu (8:11-13). O problema maior está no fato de que os discípulos de Jesus, apesar de terem presenciado muitos milagres como a multiplicação de cinco pães e dois peixes, não diferiam do nível espiritual dos fariseus e dos seguidores de Herodes (8:14-21). Essa incompreensão dos discípulos acerca de Jesus é bem representada na cura de um cego em Betsaida. O cego não foi curado na primeira vez que Jesus impôs-lhe as mãos. Ele enxergava imperfeitamente e só quando Jesus colocou as mãos pela segunda vez que os seus olhos foram abertos e a sua vista lhe foi restaurada. Da mesma forma, tanto os fariseus como os discípulos só entenderam quem Jesus era pelos repetidos ensinamentos (8:22-26)
6
de que Jesus é Filho de Deus e que ele é maior que os profetas do Antigo Testamento, como Moisés e Elias. Quando Pedro falou das “tendas”, ele estava se referindo à Festa das Cabanas, comemorada depois da colheita, e significa que eles viram de antemão o que aconteceria no dia da última colheita (9:2-8). Jesus é de tal majestade que ninguém do mundo pode se aproximar; ele julgará o mundo, e preparou a sua vinda enviando Elias (João Batista) antes Dele. O rei da glória avançou para Jerusalém com apenas doze discípulos e estabeleceu o seu reino através da cruz e a ressurreição. Ele decidiu usar meios totalmente diferentes do mundo. Como será governado? (9:14-50): O modo como o Reino de Deus foi estabelecido difere da forma desse mundo, por isso o modo de governar também deve ser diferente. Enquanto Jesus estava no monte, um homem trouxe o seu filho possuído por um espírito que o deixara mudo, mas os discípulos não conseguiram curá-lo. Por esse motivo, os mestres da lei estavam discutindo com os discípulos de Jesus (no Judaísmo, a cultura de debate era bem difundida). Como não conseguiam subjugar o espírito imundo com poder, os discípulos caíram na discussão mundana (9:14-18). Tal situação ocorreu devido à falta de fé, não só dos discípulos, mas também do pai do menino. Diante do ensinamento de Jesus misturado com censura: “tudo é possível àquele que crê”, o pai exclamou: “creio, ajuda-me a vencer a minha
incredulidade!” (9:23-24). Esse paradoxo revela a inevitável fraqueza da sua fé, porém Jesus curou o menino baseado no clamor dessa fé fraca. Assim, o que os discípulos precisavam não era um argumento logicamente bem estruturado, e sim uma oração baseada na fé (9:19-29). A atitude mais imatura de um discípulo que governará o Reino de Deus é exaltar o seu próprio poder e elevar a sua posição através do debate. Os doze não entenderam essa verdade e começaram a discutir para ver quem era maior entre eles. Entretanto, para alguém ser o primeiro, este deve ser o último, e deve também receber os humildes como as crianças. Uma verdadeira humildade é a ordem do governo do Reino de Deus (9:30-37). Dessa maneira, não pode haver divisão no governo do Reino de Deus. Os que pertencem a Cristo são elogiados e recompensados por servir uns aos outros e por dividir um copo de água. Atitudes como criar conluios (panelinhas) ou brigar com as oposições não podem ser aceitas no Reino de Deus (9:38-50). O Reino de Deus é diferente dos reinos desse mundo, pois o luxo e a hipocrisia religiosa não fazem parte dele. O reino de Deus não é estabelecido por guerras, mas por carregar a cruz; não é governado com poder e autoridade, porém com humildade e serviço. Nós somos os discípulos do Senhor, chamados para governar o Reino de Deus estabelecido por Jesus. Oramos para que, durante o mês de Setembro, possamos meditar sobre a missão dada a nós por Jesus.
7
01 Não tenha medo; tão somente creia
seg Marcos 5:34-43
34 Então ele lhe disse: “Filha, a sua
fé a curou! Vá em paz e fique livre
do seu sofrimento”.
35 Enquanto Jesus ainda estava
falando, chegaram algumas
pessoas da casa de Jairo, o
dirigente da sinagoga. “Sua filha
morreu”, disseram eles. “Não
precisa mais incomodar o mestre!”
36 Não fazendo caso do que eles
disseram, Jesus disse ao dirigente
da sinagoga: “Não tenha medo; tão
somente creia”.
37 E não deixou ninguém segui-lo,
senão Pedro, Tiago e João, irmão
de Tiago.
38 Quando chegaram à casa do
dirigente da sinagoga, Jesus viu um
alvoroço, com gente chorando e se
lamentando em alta voz.
39 Então entrou e lhes disse: “Por
que todo este alvoroço e lamento? A
criança não está morta, mas dorme”.
40 Mas todos começaram a rir de
Jesus. Ele, porém, ordenou que eles
saíssem, tomou consigo o pai e a
mãe da criança e os discípulos que
estavam com ele, e entrou onde se
encontrava a criança.
41 Tomou-a pela mão e lhe disse:
“Talita cumi!”, que significa “menina,
eu lhe ordeno, levante-se!”.
42 Imediatamente a menina, que
tinha doze anos de idade, levantou-
se e começou a andar. Isso os
deixou atônitos.
43 Ele deu ordens expressas para
que não dissessem nada a ninguém
e mandou que dessem a ela alguma
coisa para comer.
8
Estudo e Reflexão Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
9
Orientações Consequência da fé que Jesus exigiu
Marcos 5:34-43
Análise do conteúdo
Jairo, dirigente da sinagoga, veio a
Jesus para implorar pela vida da
sua filha doente, mas ouviu a
notícia de que sua filha falecera
durante o episódio da mulher com
hemorragia. Ao dirigente da
sinagoga entristecido, Jesus disse:
“Não tenha medo; tão somente
creia” e foi à casa de Jairo
acompanhado de Pedro, Tiago e
João. Jesus pediu a saída das
pessoas que estavam lamentando a
morte da menina e segurou a mão
da menina e disse: “Talita cumi” e a
menina levantou e andou.
Estudo e Reflexão
1. Por que Jesus disse a Jairo para
que não tivesse medo e cresse?
- Pela demora causada pela cura da
mulher que sofria de hemorragia e
pela notícia da morte da filha, o
dirigente da sinagoga devia estar
entristecido, mas Jesus governa até
a morte e estava decidido a salvar a
menina e recuperar a sua vida.
Deus pretendia mostrar quão
grande era o poder dos que creem.
2. Por que Jesus mostrou o milagre
somente para os pais da menina,
Pedro, Tiago e João?
- Jesus mostrou aos pais da menina
e aos seus discípulos que a cura e
o poder sobre a morte são
possíveis somente pelo poder e
autoridade de Deus e advertiu-os
para que não dissessem nada a
ninguém, pois ainda não tinha
chegado o momento do Senhor.
Jesus realizou um grande milagre,
mas não queria chamar atenção por
isso. Talvez Jesus pediu o silêncio
sobre episódio para preparar sua
cruz.
Percepção
Talvez Jesus, que recupera até a
morte, esteja exigindo a minha fé. Eu
digo que é preciso educar as
crianças com fé e oração, mas tenho
medo diante da realidade, como
notas escolares ou vestibulares, e
desvio a atenção para soluções
mundanas e fico ansioso. Talvez seja
natural que os pais tenham este tipo
de medo em relação aos filhos,
mesmo que seja menor que o temor
de Jairo, mas Jesus disse: “Não
tenha medo; tão somente creia”.
Talvez esta frase fosse dirigida a
mim. Se até a morte do filho é
recuperada pela fé, não há motivo
para não confiar os eventos futuros
dos filhos em Jesus.
Decisão e aplicação
1. Devo ser uma mãe que ora com fé,
confiando no Senhor que cuida da
criação dos meus filhos. Confesso
que estabeleci horário para a oração,
mas não tenho praticado. Começarei
novamente a oração de intercessão
pelos meus filhos.
2. Quero ser uma professora que
transmite decisões de fé pela
confiança em Deus para os alunos do
Time de Deus. Ligarei ou mandarei
mensagens, lembrando de domingo,
aos jovens que se habituaram a faltar
aos cultos na época de provas.
10
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que ocorreu durante a
conversa entre Jesus e a mulher
curada da hemorragia? (v.35)
2. O que Jesus fez ao chegar à
casa de Jairo? (v.37-43)
4. O que você sente ao ver Jesus
que atrasa a ida à casa de Jairo
(situação em que a filha de Jairo
morre) para conversar com a mulher
que curou da hemorragia?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus disse: “Não
tenha medo; tão somente creia” a
Jairo, que ouviu a notícia da morte
da filha? (v.36)
Decisão e aplicação
5. Como você deve pensar sobre
suas preocupações se crer que o
Senhor está com você?
Quais questões da sua vida põem
dúvida sobre o acompanhamento do
Senhor e como reagir a isso? Anotação
11
Provavelmente Jairo teve dois pensamentos ao presenciar a cura da
hemorragia da mulher que nenhum médico conseguia curar. Talvez ele
tivesse certeza que Jesus iria curar sua pequena filha e talvez estivesse
ansioso pela demora de Jesus chegar à sua casa, mas durante a conversa
entre Jesus e a mulher curada, Jairo ouve a notícia da morte da sua filha
(v.35). Mesmo que tenha presenciado o milagre, Jairo se desesperou,
porém Jesus ao perceber isso, diz a Jairo: “Não tenha medo; tão somente
creia”. Jesus restaura a menina morta e evoca a falta de fé das pessoas
que riram Dele. Coincidentemente a menina tinha doze anos de idade, o
mesmo tempo da doença da mulher que sofria de hemorragia. Deus
demonstra como deve ser a fé dos seguidores de Jesus através deste
episódio. Tudo é possível se avançar com fé e sem temor. Quais são as
coisas que você não consegue suportar pela falta de fé? Avance, pedindo
verdadeira fé a Deus.
ORAÇ Ã O Dê-me a fé completa diante das situações
temerosas para que experimente seu milagre.
Anotação
12
02 Preconceito que rejeita a graça
ter Marcos 6:1-6
1 Jesus saiu dali e foi para a sua
cidade, acompanhado dos seus
discípulos.
2 Quando chegou o sábado,
começou a ensinar na sinagoga, e
muitos dos que o ouviam ficavam
admirados. “De onde lhe vêm estas
coisas?”, perguntavam eles. “Que
sabedoria é esta que lhe foi dada?
E estes milagres que ele faz?
3 Não é este o carpinteiro, filho de
Maria e irmão de Tiago, José,
Judas e Simão? Não estão aqui
conosco as suas irmãs? E ficavam
escandalizados por causa dele.
4 Jesus lhes disse: “Só em sua
própria terra, entre seus parentes e
em sua própria casa, é que um
profeta não tem honra”.
5 E não pôde fazer ali nenhum
milagre, exceto impor as mãos sobre
alguns doentes e curá-los.
6 E ficou admirado com a
incredulidade deles. Então Jesus
passou a percorrer os povoados,
ensinando.
13
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como reagiram os
conterrâneos de Jesus ao ouvirem
seu ensino na sinagoga? (vs.2-3)
2. Como Jesus confrontou as
pessoas que reagiam
escandalizadas ao seu ensino?
(vs.5-6)
4. O que você aprende ao ver que
os conterrâneos de Jesus o
rejeitavam por causa do preconceito
sobre a sua origem humilde?
Estudo e reflexão
3. Por que diante do ensino de
Jesus muitos ficavam admirados,
mas também escandalizados?
Decisão e aplicação
5. Se acaso você ouve a pregação
do pastor ou a palavra aos domingos
com algum tipo de preconceito, qual
seria ele?
O que você deve fazer no dia de
hoje para abandonar este
preconceito e sujeitar-se à palavra? Anotação
14
“Só em sua própria terra...um profeta não tem honra” (v.4): Há um ditado que diz
que santo de casa não faz milagre. Na Bíblia, esta realidade é expressa por Jesus
por meio de um provérbio local palestino que ironiza a natureza humana.
Jesus foi para a sua cidade natal, Nazaré, com seus discípulos e, quando
chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos dos que o
ouviam, ficavam admirados com seu talento e capacidade (v.2), no
entanto, mesmo diante do poderoso ensinamento, recusavam-se a aceitar
Jesus e a obedecer à sua palavra. Um judeu sempre era identificado como
“filho de seu pai”, mas, em relação a Jesus, chamaram-no de ‘filho de
Maria’, referindo-se negativamente às circunstâncias de seu nascimento.
Igualmente, citavam os nomes dos irmãos de Jesus, com o objetivo de
enfatizar que ele nada tinha de especial, uma vez que não passava de um
filho de um carpinteiro (v.3). Quando eles viram Jesus, que julgavam ser
inferior ou no máximo igual a eles, ensinar a palavra de uma forma tão
notável, reagiram com inveja ao invés de obediência. Por este motivo
Jesus não realizou muitos milagres em Nazaré, exceto quando impôs as
mãos sobre alguns doentes e curou-os (vs.5-6). Acaso você deixou de
receber a graça de Deus por causa de um preconceito equivocado?
ORAÇ Ã O Faça com que eu não julgue Tua palavra ou
meu próximo com preconceito. Capacita-me
com sabedoria para eu discernir a verdade.
Anotação
15
03 Princípios para a pregação do evangelho
qua Marcos 6:7-13
7 Chamando os Doze para junto de
si, enviou-os de dois em dois e deu-
lhes autoridade sobre os espíritos
imundos.
8 Estas foram as suas instruções:
Não levem nada pelo caminho, a
não ser um bordão. Não levem pão,
nem saco de viagem, nem dinheiro
em seus cintos;
9 calcem sandálias, mas não levem
túnica extra;
10 sempre que entrarem numa casa,
fiquem ali até partirem;
11 e, se algum povoado não os
receber nem os ouvir, sacudam a
poeira dos seus pés quando saírem
de lá, como testemunho contra eles.
12 Eles saíram e pregaram ao povo
que se arrependesse.
13 Expulsavam muitos demônios e
ungiam muitos doentes com óleo, e
os curavam.
16
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jesus instruiu para o
início da jornada da
evangelização? (vs.8-11)
2. Que poder Jesus concedeu aos
doze e qual foi a essência da sua
pregação? (vs.7, 12-13)
4. O que você sente quando vê a
postura que Jesus requisita ao
pregador?
Estudo e reflexão
3. Por qual motivo Jesus disse
para levar somente um bordão
(cajado) durante a jornada da
evangelização?
Decisão e aplicação
5. Como você tem cumprido o
chamado do Senhor para a
evangelização?
Você sente o peso da
responsabilidade ao evangelizar?
Como pretende superá-lo então?
Anotação
17
“Enviou” (v.7): “Representante oficial daquele que enviou”. Significa que Jesus
dispôs sua própria autoridade aos discípulos.
“Sacudam a poeira dos seus pés” (v.11): Referência ao costume judeu de sacudir
a poeira externa de seus pés após uma viagem ao território pagão.
Jesus começou a enviar os discípulos em duplas ao local da pregação
(v.7). A exigência de Jesus para a jornada missionária foi de que os doze
desapegassem totalmente de suas posses (vs.8-9) e que não mudassem
de casa em casa em busca de comodidade (v.10). Da mesma maneira,
orientou-os a pregarem o evangelho de forma digna, sem perder a
coragem (v.11). Os discípulos não buscaram apoio nas posses ou nas
influências mundanas, mas sim na autoridade que o Senhor havia
conferido a eles, exercendo o ministério segundo o ensino de Jesus (v.7,
12-13). Jesus rejeita o pregador que evangeliza preocupado com o que
comer e o que vestir, pois aquele que prega o evangelho recebe de Deus
o pão espiritual para se alimentar. Embora sacrifício e sofrimento sejam
inerentes à evangelização, não se deve temer ou se curvar diante deles,
permanecendo firme em Cristo. Essa missão profética de pregar o
evangelho tem seu alicerce na autoridade de Jesus. Em que aspecto você
se vê falho para guardar os princípios do evangelho?
ORAÇ Ã O Faça com que em toda a minha vida a beleza
do evangelho se torne presente.
Anotação
18
04 Aquele que declara os critérios de Deus
qui Marcos 6:14-20
14 O rei Herodes ouviu falar dessas
coisas, pois o nome de Jesus havia
se tornado bem conhecido.
Algumas pessoas estavam dizendo:
“João Batista ressuscitou dos
mortos! Por isso estão operando
nele poderes milagrosos”.
15 Outros diziam: “Ele é Elias”. E
ainda outros afirmavam: “Ele é um
profeta, como um dos antigos
profetas”.
16 Mas quando Herodes ouviu
essas coisas, disse: “João, o
homem a quem decapitei,
ressuscitou dos mortos!”
17 Pois o próprio Herodes tinha dado
ordens para que prendessem João, o
amarrassem e o colocassem na
prisão, por causa de Herodias,
mulher de Filipe, seu irmão, com a
qual se casara.
18 Porquanto João dizia a Herodes:
“Não te é permitido viver com a
mulher do teu irmão”.
19 Assim, Herodias o odiava e queria
matá-lo. Mas não podia fazê-lo,
20 porque Herodes temia João e o
protegia, sabendo que ele era um
homem justo e santo; e quando o
ouvia, ficava perplexo. Mesmo assim
gostava de ouvi-lo.
19
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem era Jesus para Herodes
e o povo? (vs.14-15).
2. Por que Herodes, ao ouvir falar
de Jesus, pensou que João
Batista ressuscitara dos mortos?
4. O que você sente ao ver João
Batista confrontar diretamente o
supremo senhor dizendo “erro é
erro”?
Estudo e reflexão
3. Por que João Batista falou a
Herodes que era errado possuir a
esposa de seu irmão?
Decisão e aplicação
5. Qual o ministério que você, como
crente, recebeu de Deus?
O que deve pôr em prática para
executar propriamente esse
ministério? Anotação
20
“Falou” (v.18): Significa alertar continuamente, e não falar apenas uma única vez.
Lv 20:21: “Se um homem tomar por mulher a mulher do seu irmão, comete
impureza, desonrou seu irmão. Ficarão sem filhos”.
Existe um motivo para Herodes achar que Jesus era João Batista
ressuscitado. João Batista disse diretamente a Herodes que a sua atitude
de possuir a mulher de seu irmão era errada por estar violando a lei (vide
Lv 20:21), que proibia roubar a mulher do irmão. João declarava os
critérios de justiça, sem conciliações, assim como Deus os havia
determinado. Ele proclamava corretamente, com base na Palavra, contra
as coisas injustas, independente da pessoa com quem estava lidando.
João Batista teve sua cabeça cortada devido à sua atitude resoluta, no
entanto, quando Herodes ouvia as suas palavras, por mais que ficasse
imensamente perplexo, gostava de ouvi-las. Pode parecer que João
Batista foi vítima do ódio de uma mulher e da tentativa de manter a
dignidade de um homem, porém Jesus o exaltou, afirmando a respeito de
sua vida: “entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior que
João Batista” (Mt11:11). No céu, somos maiores que João Batista. Vamos
declarar firmemente ao mundo acerca do ministério que devemos conduzir
como crentes, assim como fez João Batista.
ORAÇ Ã O Ajude-me a cumprir a missão de declarar os
critérios da justiça, fortalecido pela graça de
Deus.
Anotação
21
05 A verdade que liberta a vida
sex Marcos 6:21-29
21 Finalmente Herodias teve uma
ocasião oportuna. No seu
aniversário, Herodes ofereceu um
banquete aos seus líderes mais
importantes, aos comandantes
militares e às principais
personalidades da Galiléia.
22 Quando a filha de Herodias
entrou e dançou, agradou a
Herodes e aos convidados. O rei
disse à jovem: “Peça-me qualquer
coisa que você quiser, e eu lhe
darei”.
23 E prometeu-lhe sob juramento:
“Seja o que for que me pedir, eu lhe
darei, até a metade do meu reino”.
24 Ela saiu e disse à sua mãe: “Que
pedirei?” “A cabeça de João
Batista”, respondeu ela.
25 Imediatamente a jovem apressou-
se em apresentar-se ao rei com o
pedido: “Desejo que me dês agora
mesmo a cabeça de João Batista
num prato”.
26 O rei ficou aflito, mas, por causa
do seu juramento e dos convidados,
não quis negar o pedido à jovem.
27 Enviou, pois, imediatamente um
carrasco com ordens para trazer a
cabeça de João. O homem foi,
decapitou João na prisão
28 e trouxe sua cabeça num prato.
Ele a entregou à jovem, e esta a deu
à sua mãe.
29 Tendo ouvido isso, os discípulos
de João vieram, levaram o seu corpo
e o colocaram num túmulo.
22
Análise do conteúdo
Percepção
1. Por que Herodes teve que
matar João Batista, e quem ele
temia e protegia por considerá-lo
justo e santo? (vs.21-28)
2. Por qual motivo Herodes,
mesmo aflito, teve que ordenar a
execução de João Batista? (v.26)
4. O que você sente ao ver Herodias
aniquilar João Batista por ter
exposto ao público o seu pecado, ao
invés de se arrepender?
Estudo e reflexão
3. Por que Herodes ficou
perturbado ao associar Jesus a
João Batista? (vide vs.19-20)
Decisão e aplicação
5. Como deve ser a sua vida para
que você não viva perturbado por
sua consciência intranquila como
Herodes?
De que maneira você deve se portar
hoje, diante de Deus, que expõe os
pecados dentro de você? Anotação
23
“Juramento” (v.26): A palavra original está no plural, mostrando que Herodes fazia
promessas imprudentes repetidamente.
Lc 13:32: “Ele respondeu: ‘Vão dizer àquela raposa: Expulsarei demônios e curarei
o povo hoje e amanhã, e no terceiro dia estarei pronto.’”
Herodes promete firmemente dar até a metade de seu reino à filha de
Herodias por tê-lo alegrado em seu aniversário, no entanto, essa
promessa se transformou em algo indesejado: uma armadilha para a
decapitação de João Batista. Mesmo sabendo que não era uma atitude
correta, Herodes matou João Batista porque a “sua promessa” e os
“convidados de sua festa” estavam acima de Deus. Não é fácil para um
líder admitir o erro e retirar o que havia dito, porém também não é uma
atitude correta insistir no cumprimento da sua promessa mesmo sabendo
que está errada. Herodes, denominado “raposa” por Jesus (vide Lc 13:32),
devia ter admitido o erro de suas palavras. Somente assim, poderia
desfrutar de uma vida sem se envergonhar diante de Deus, com a
consciência livre. Principalmente Herodias, ao invés de acabar com o seu
pecado, quis acabar com João Batista por ter exposto publicamente seu
pecado, entretanto, não se pode tapar o céu com as mãos. O que você
deve pôr em prática hoje para ter uma vida livre pela verdade?
ORAÇ Ã O Ajude-me a seguir a verdade em todos os
momentos para que eu possa viver uma vida
onde a verdade me liberta.
Anotação
24
06 A fome das ovelhas sem pastor
sáb Marcos 6:30-34
30 Os apóstolos reuniram-se a
Jesus e lhe relataram tudo o que
tinham feito e ensinado.
31 Havia muita gente indo e vindo,
ao ponto de eles não terem tempo
para comer. Jesus lhes disse:
“Venham comigo para um lugar
deserto e descansem um pouco”.
32 Então eles se afastaram num
barco para um lugar deserto.
33 Mas muitos dos que os viram
retirar-se, tendo-os reconhecido,
correram a pé de todas as cidades e
chegaram lá antes deles.
34 Quando Jesus saiu do barco e viu
uma grande multidão, teve
compaixão deles, porque eram como
ovelhas sem pastor. Então começou
a ensinar-lhes muitas coisas.
25
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jesus ordenou ao ouvir
os relatos dos discípulos? (v.31)
2. Como a multidão chegou até
Jesus e qual foi sua reação ao vê-
los? (vs.33-34)
4. O que você sente ao ver Jesus
começar a ensinar por compaixão à
multidão?
Estudo e reflexão
3. Por qual razão Jesus teve
compaixão ao ver a multidão?
Decisão e aplicação
5. Caso você não tenha fome
espiritual em relação à Palavra, por
qual motivo seria isso?
Se há alguém próximo que necessita
de ajuda espiritual, como deve
ajudar?
Anotação
26
“Lugar deserto” (v.31): No original “deserto”. É o mesmo lugar para onde Jesus se retirou para orar de madrugada (1:35).
Os discípulos enviados aos pares retornaram e relataram a Jesus seus feitos e ensinamentos. Jesus disse aos discípulos cansados devido às viagens para descansarem um pouco num lugar deserto. Assim como Jesus procurava lugares desertos para orar quanto mais ocupado ficava com o seu ministério (1:35), ele queria dar a oportunidade de recarga espiritual e de descanso aos seus discípulos. No entanto, as pessoas, sem saberem disso, chegaram lá antes de Jesus e seus discípulos e estavam os esperando. Jesus não se irritou com a multidão, mas teve compaixão deles, porque eles eram como ovelhas sem pastor. As ovelhas se dispersam facilmente e se perdem do caminho. Sem um pastor, elas podem correr sério perigo. Essas pessoas necessitavam de um pastor para alimentá-las espiritualmente, ensiná-las e protegê-las. Você tem fome espiritual como a multidão? Há algum próximo que necessita de ajuda espiritual? Em relação a essas pessoas, você tem a mesma compaixão que Jesus teve com a multidão?
ORAÇ Ã O Faça com que eu prove da graça de Deus, que
sacia a sede espiritual todos os dias, e que eu
possa testemunhá-la.
Anotação
27
07 Deus que nos dá graça em abundância
dom Culto no Lar - Marcos 6:35-44
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
35 Já era tarde e, por isso, os seus
discípulos aproximaram-se dele e
disseram: Este é um lugar deserto,
e já é tarde.
36 Manda embora o povo para que
possa ir aos campos e povoados
vizinhos comprar algo para comer.
37 Ele, porém, respondeu: “Deem-
lhes vocês algo para comer”. Eles
lhe disseram: “Isto exigiria
duzentos denários! Devemos
gastar tanto dinheiro em pão e dar-
lhes de comer?”
38 Perguntou ele: “Quantos pães
vocês têm? Verifiquem”. Quando
ficaram sabendo, disseram: “Cinco
pães e dois peixes”.
39 Então Jesus ordenou que
fizessem todo o povo assentar-se
em grupos na grama verde.
40 Assim, eles se assentaram em
grupos de cem e de cinquenta.
41 Tomando os cinco pães e os dois
peixes e, olhando para o céu, deu
graças e partiu os pães. Em
seguida, entregou-os aos seus
discípulos para que os servissem ao
povo. E também dividiu os dois
peixes entre todos eles.
42 Todos comeram e ficaram
satisfeitos,
43 e os discípulos recolheram doze
cestos cheios de pedaços de pão e
de peixe.
44 Os que comeram foram cinco mil
homens.
28
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Passou-se muito tempo desde que Jesus começou a ensinar as pessoas que o procuravam. O dia já estava escurecendo e, como era um lugar deserto, eles se encontraram numa situação difícil para encontrar comida (v.35). Os discípulos sugeriram a Jesus que mandasse as pessoas para os campos e povoados vizinhos para comprarem algo para comer (v.36). A essa sugestão, Jesus respondeu: “deem-lhes vocês algo para comer” (v.37). Os discípulos devem ter ficado perplexos ao ouvir isso, porque, para alimentar essa quantidade de pessoas, seria necessário duzentos denários, que era uma grande quantia de dinheiro, equivalente a duzentos dias de trabalho ininterruptos de um trabalhador daquela época. Aos discípulos que estavam tentando resolver o problema apenas com recursos humanos, Jesus perguntou: “quantos pães vocês têm?” (v.38). Eles verificaram e ficaram sabendo que tinham cinco pães e dois peixes.
Jesus ordenou para que o povo se
assentasse em grupos de cem e de
cinquenta pessoas (vs.39-40).
Tomando os cinco pães e os dois
peixes e olhando para o céu, deu
graças e partiu os pães (v.40); logo,
aconteceu um grande milagre. Os
discípulos entregaram os pães e os
peixes, mas foi suficiente para toda a
multidão. A Bíblia registra claramente
que todos comeram e ficaram
satisfeitos (v.42). O milagre não
termina somente com isso: depois de
alimentar as pessoas, os discípulos
recolheram doze cestos cheios de
pedaços de pão e de peixe (v.43).
Através deste milagre, podemos
compreender que Jesus preenche
todas as nossas fraquezas e nos
enche da Sua graça que ultrapassa o
nosso entendimento. Vamos deixar
de lado todos os pensamentos e
métodos humanos frente ao Senhor
e vamos pedir para que possamos
ser uma família amorosa que vai à
busca da graça de Deus.
29
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ver a imagem dos discípulos que responderam:
“isto exigiria duzentos denários” diante da ordem de Jesus: “deem-lhes
vocês algo para comer”?
3. Vamos compartilhar com a família as dificuldades e os problemas que
estamos enfrentando. Vamos orar pedindo a graça de Deus, que
transpõe as nossas experiências e os nossos pensamentos.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Senhor, vou diante da Sua presença, deixando de lado os meus
pensamentos e as minhas experiências. Faça com que a minha vida seja
abundante da Sua graça e misericórdia.
30
08 Quais são os meus cinco pães e dois peixes?
seg Marcos 6:35-44
35 Já era tarde e, por isso, os seus
discípulos aproximaram-se dele e
disseram: Este é um lugar deserto,
e já é tarde.
36 Manda embora o povo para que
possa ir aos campos e povoados
vizinhos comprar algo para comer.
37 Ele, porém, respondeu: “Deem-
lhes vocês algo para comer”. Eles
lhe disseram: “Isto exigiria duzentos
denários! Devemos gastar tanto
dinheiro em pão e dar-lhes de
comer?”
38 Perguntou ele: “Quantos pães
vocês têm? Verifiquem”. Quando
ficaram sabendo, disseram: “Cinco
pães e dois peixes”.
39 Então Jesus ordenou que
fizessem todo o povo assentar-se em
grupos na grama verde.
40 Assim, eles se assentaram em
grupos de cem e de cinquenta.
41 Tomando os cinco pães e os dois
peixes e, olhando para o céu, deu
graças e partiu os pães. Em seguida,
entregou-os aos seus discípulos para
que os servissem ao povo. E também
dividiu os dois peixes entre todos
eles.
42 Todos comeram e ficaram
satisfeitos,
43 e os discípulos recolheram doze
cestos cheios de pedaços de pão e
de peixe.
44 Os que comeram foram cinco mil
homens.
31
Estudo e Reflexão Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
32
Orientações A alegria de compartilhar o milagre de Jesus
Marcos 6:35-44
Análise do conteúdo Já era tarde e os discípulos falam a Jesus para mandar as pessoas aos campos e povoados para comprarem algo para comer. Jesus responde que os discípulos dessem-lhes algo para comer. Quando eles trazem cinco pães e dois peixes, Jesus dá graças e depois ordena aos discípulos que sirvam o povo. Como resultado, mais de cinco mil pessoas comem e ficam satisfeitas, e eles ainda recolhem doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Estudo e Reflexão 1. Por que Jesus ordenou aos discípulos que eles mesmos dessem a comida para o povo? - Jesus testou a fé dos discípulos que não esperavam por nada. Ele quis mostrar, através do milagre da multiplicação, que quando se crê em Deus independentemente da situação, tempo (noite), espaço (deserto), pertences (cinco pães e dois peixes), nada pode atrapalhar a propagação da salvação e do amor de Jesus. Os discípulos foram utilizados como um meio de transmitir o milagre de Jesus e Ele os fez sentir a alegria de compartilhar. 2. Porque Jesus falou para que as pessoas se assentassem em grupos de 50-100 pessoas? - Era uma situação em que, juntando mulheres e crianças, o número de pessoas ultrapassaria dez mil, sendo assim, a distribuição de pães e peixes seria demorada. Nessa situação caótica, Jesus impôs uma ordem, dividindo as pessoas em grupos e colocando um discípulo em cada grupo. Eles entregavam a comida e com alegria
transmitiam a glória de Deus. As pessoas compartilhavam a palavra e a comida vivenciando a alegria de preencher o lado espiritual e físico. Percepção Antes de conhecer Jesus pessoalmente, tendia a pensar sozinho e resolver os problemas por conta própria, mas através do discipulado na igreja, encontrei a comunidade, que trouxe uma grande mudança na minha vida. Assim como os discípulos tinham sido utilizados para o milagre de Jesus, através do encontro com o pastor do discipulado, dos diáconos e dos membros da fazenda, encontrei Jesus e, através da fazenda, vivenciei pequenos e grandes milagres. Os membros da minha fazenda seguraram a minha mão chorando junto e pedindo a vontade de Deus nos momentos em que estava perdido e prestes a cair do precipício. Eles me ajudaram a compreender que Deus, com o seu amor misericordioso, tinha me planejado e salvo mesmo antes da criação do mundo. Através da igreja Jesus cuida de nós, ora por nós e preenche nossas necessidades espirituais e físicas. Agradeço a Deus que nos permite compartilhar do amor e da alegria. Decisão e aplicação 1. Assim como os apóstolos, irei compartilhar as palavras da salvação e do amor. E para anunciar a alegria de estar junto à comunidade, irei pregar boas novas, participando da evangelização na rua durante esta semana. 2. Irei compartilhar mais de uma vez por semana os temas da oração com os colegas de trabalho e da igreja.
33
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual é o conteúdo da pergunta
dos discípulos? Como Jesus
respondeu? (vs.35-38)
2. Como Jesus alimentou a
multidão com cinco pães e dois
peixes? (vs.41-42)
4. O que você sente ao ver o fato de
ter sobrado doze cestos de pães e
peixes, mesmo depois de terem sido
alimentadas satisfatoriamente cinco
mil pessoas com apenas cinco pães
e dois peixes?
Estudo e reflexão
3. Qual é a verdade que podemos
conhecer com a imagem de Jesus
alimentando pessoalmente a
multidão, diferentemente da
opinião dos discípulos?
Decisão e aplicação
5. Qual é o tema da sua oração,
confiando totalmente em Deus, que
conhece e preenche as suas
necessidades?
Quais são os seus “cinco pães e
dois peixes” que você pode dar a
Deus, que realiza coisas grandiosas
através de pequenos sacrifícios?
Anotação
34
“Deu graças” (v.41): Significa “louvar”, “orar”. Assim, ele nos ensina que é dever do
cristão louvar a Deus.
Jesus ensinou a multidão até bem tarde, por isso os discípulos
aproximaram-se de Jesus e sugeriram que Ele mandasse embora o povo
para que ele pudesse ir aos campos e povoados vizinhos para comprar
algo para comer. Jesus, porém, com opinião diferente dos discípulos,
pediu para que eles dessem alimento às pessoas. Os discípulos
imaginaram ser uma ordem impossível de ser executada na vida real,
todavia levaram a Jesus cinco pães e dois peixes, com os quais ele
alimentou cinco mil pessoas (apenas o número de homens). Jesus
conhecia as necessidades da multidão e queria supri-las. Assim como
alimentou o povo de Israel no deserto, partiu os pães e alimentou a
multidão. Através de pequenas coisas, como cinco pães e dois peixes, Ele
realizou grandes milagres. Ainda hoje, Jesus conhece e preenche as
necessidades dos seus filhos que estão na caminhada da vida no deserto.
Ele continua realizando coisas notáveis através de nossos pequenos
sacrifícios. Você acredita nessa verdade? Caso você não acredite até
agora, qual é o motivo? Caso você acredite, quais são os seus cinco pães
e dois peixes que você deve entregar a Jesus?
ORAÇ Ã O Ajude-me a confiar e me entregar por completo
a Ti, para vivenciar o milagre da multiplicação
dos pães.
Anotação
35
09 Quem Jesus é
ter Marcos 6:45-56
45 Logo em seguida, Jesus insistiu
com os discípulos para que
entrassem no barco e fossem
adiante dele para Betsaida,
enquanto ele despedia a multidão.
46 Tendo-a despedido, subiu a um
monte para orar.
47 Ao anoitecer, o barco estava no
meio do mar, e Jesus se achava
sozinho em terra.
48 Ele viu os discípulos remando
com dificuldade, porque o vento
soprava contra eles. Alta
madrugada, Jesus dirigiu-se a eles,
andando sobre o mar; e estava já a
ponto de passar por eles.
49 Quando o viram andando sobre
o mar, pensaram que fosse um
fantasma. Então gritaram,
50 pois todos o tinham visto e
ficaram aterrorizados. Mas Jesus
imediatamente lhes disse:
“Coragem! Sou eu! Não tenham
medo!”
51 Então subiu no barco para junto
deles, e o vento se acalmou; e eles
ficaram atônitos,
52 pois não tinham entendido o
milagre dos pães. O coração deles
estava endurecido.
53 Depois de atravessarem o mar,
chegaram a Genesaré e ali
amarraram o barco.
54 Logo que desembarcaram, o povo
reconheceu Jesus.
55 Eles percorriam toda aquela
região e levavam os doentes em
macas para onde ouviam que ele
estava.
56 E aonde quer que ele fosse,
povoados, cidades ou campos,
levavam os doentes para as praças.
Suplicavam-lhe que pudessem pelo
menos tocar na borda do seu manto;
e todos os que nele tocavam eram
curados.
36
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jesus fez após mandar
os seus discípulos adiante dele de
barco? (vs.45-46)
2. Como Jesus, que chegou
andando sobre as águas, resolveu
o problema de seus discípulos?
(v.50)
4. O que você sente ao ver os
discípulos que, mesmo tendo
presenciado um milagre, tiveram
medo diante da tempestade e nem
reconheceram Jesus?
Estudo e reflexão
3. Por qual motivo o milagre de
Jesus ter andado sobre as águas
e acalmado os ventos foi
registrado logo após o milagre da
multiplicação dos pães?
Decisão e aplicação
5. Como você reage normalmente
ao se deparar com problemas
difíceis em sua vida?
Em quais práticas da fé deve se
concentrar para conhecer melhor
Deus, que é maior que os seus
problemas? Anotação
37
“A ponto de passar” (v.48): Expressão usada quando aparece a glória do Senhor,
tanto para julgamento como para derramamento da Sua graça (Ex 12:23, 33:22;
1Rs 19:11).
“Sou eu! Não tenham medo!” (v.50): “Eu sou o que Sou” (Ex 3:14); Jesus estava
anunciando ser o mesmo Deus do Velho Testamento.
Junto com Mateus e João, Marcos descreve o milagre de Jesus ter
andado sobre as águas e acalmado a tempestade, seguido do milagre da
multiplicação dos pães. Os dois milagres foram registrados
consecutivamente com o objetivo de revelar que Jesus é Deus, que criou
todo o universo, alimentou o povo de Israel com maná no deserto (milagre
da multiplicação dos pães), atravessou uma tempestade (andou sobre as
águas) e salvou o povo de Israel. Apesar disso, os discípulos, os quais
haviam presenciado o milagre da multiplicação dos pães, não
reconheceram Jesus e ficaram aterrorizados com ele, que acalmou o mar
e os ventos. O texto de hoje explica que os discípulos mantiveram-se
nesse nível de fé porque não compreenderam o milagre da multiplicação
dos pães e até mesmo os seus corações estavam endurecidos (v.52).
Aqui, a palavra “endurecido” é a mesma utilizada para acusar a
perversidade dos corações dos fariseus, que eram inimigos de Jesus (3:5),
indicando a gravidade dessa situação. No final, a situação dos discípulos
era quase igual à dos fariseus. Qual é o seu nível de conhecimento em
relação ao Senhor?
ORAÇ Ã O Senhor, ajude-me a perceber a minha
ignorância espiritual. Faça com que eu possa
te conhecer, confiar e seguir corretamente.
Anotação
38
10 Aqueles que adoram em vão
qua Marcos 7:1-8
1 Os fariseus e alguns dos mestres
da lei, vindos de Jerusalém,
reuniram-se a Jesus e
2 viram alguns dos seus discípulos
comerem com as mãos impuras,
isto é, por lavar.
3 (Os fariseus e todos os judeus
não comem sem lavar as mãos
cerimonialmente, apegando-se,
assim, à tradição dos líderes
religiosos.
4 Quando chegam da rua, não
comem sem antes se lavarem. E
observam muitas outras tradições,
tais como o lavar de copos, jarros e
vasilhas de metal. )
5 Então os fariseus e os mestres da
lei perguntaram a Jesus: “Por que os
seus discípulos não vivem de acordo
com a tradição dos líderes religiosos,
em vez de comerem o alimento com
as mãos impuras?”
6 Ele respondeu: Bem profetizou
Isaías acerca de vocês, hipócritas;
como está escrito: “Este povo me
honra com os lábios, mas o seu
coração está longe de mim.
7 Em vão me adoram; seus
ensinamentos não passam de regras
ensinadas por homens”.
8 Vocês negligenciam os
mandamentos de Deus e se apegam
às tradições dos homens.
39
Análise do conteúdo
Percepção
1. A que se referem as críticas
dos mestres da lei e dos fariseus
a Jesus? (vs.1-5)
2. Como Jesus respondeu a essas
críticas e censuras? (vs.6-8)
4. O que você sente ao ver os
fariseus colocando as tradições dos
homens acima dos mandamentos de
Deus?
Estudo e reflexão
3. Citando Isaías, qual o ponto
principal da resposta de Jesus
aos fariseus?
Decisão e aplicação
5. Quais as tradições que você tem
colocado acima dos mandamentos
de Deus na sua vida?
O que deve colocar em prática hoje
para que os mandamentos de Deus
estejam acima das tradições? Anotação
40
No texto, os fariseus e os mestres da lei vindos de Jerusalém, que
apresentaram o problema a Jesus, são os mesmos que antes disseram
que ele estava com Belzebu (Marcos 3:22). Eles seguiam Jesus,
procurando incessantemente por uma fraqueza. Dessa vez, a questão
levantada por eles era o fato dos seus discípulos comerem sem se
limparem cerimonialmente, não cumprindo a tradição dos líderes
religiosos. Esta tradição está relacionada com a Lei, onde os sacerdotes
lavavam cerimonialmente as mãos antes do sacrifício (Ex 30:18-21, 40:30-
32), mas os fariseus que consideravam importante a pureza, no processo
de formação da tese dos rabinos, estenderam essa tradição em relação às
refeições. Jesus, citando Isaías, disse que eles negligenciaram os
mandamentos de Deus e se apegaram às tradições dos homens (v.8). O
ponto principal dessa repreensão é que os “mandamentos” decretados por
Deus tem autoridade absoluta, mas aqueles advindos dos homens não
passam de tradições, não tendo essa autoridade absoluta. Vamos refletir
se, em nossas vidas, não estamos seguindo tradições humanas como se
fossem mandamentos de Deus.
ORAÇ Ã O
Ajude-me a não cometer a loucura de julgar
meu próximo de acordo com as tradições dos
homens, colocando estas acima dos
mandamentos de Deus.
Anotação
41
11 Tradições que quebram mandamentos
qui Marcos 7:9-13
9 E disse-lhes: Vocês estão sempre
encontrando uma boa maneira de
pôr de lado os mandamentos de
Deus, a fim de obedecerem às suas
tradições!
10 Pois Moisés disse: “Honra teu
pai e tua mãe” e “Quem amaldiçoar
seu pai ou sua mãe terá que ser
executado”.
11 Mas vocês afirmam que se
alguém disser a seu pai ou a sua
mãe: “Qualquer ajuda que vocês
poderiam receber de mim é Corbã”,
isto é, uma oferta dedicada a Deus,
12 vocês o desobrigam de qualquer
dever para com seu pai ou sua mãe.
13 Assim vocês anulam a palavra de
Deus, por meio da tradição que
vocês mesmos transmitiram. E fazem
muitas coisas como essa.
42
Análise do conteúdo
Percepção
1. Nos dias de Jesus, o que os
líderes religiosos puseram de
lado, a fim de obedecer às
tradições? (vs.9,13)
2. Qual mandamento e qual
tradição humana que Jesus citou
para repreender os fariseus?
(vs.10,12)
4. O que você sente ao ver as
tradições humanas sendo usadas
inteligentemente para violar os
mandamentos de Deus?
Estudo e reflexão
3. Qual é o significado de Corbã,
que corresponde a uma tradição
humana, e o problema contido
nele?
Decisão e aplicação
5. Você tem caído no erro de
interpretar as palavras de Deus pela
ótica do mundo para favorecer seus
próprios valores?
Quais esforços que deve fazer para
não incidir nesse erro?
Anotação
43
Honra (v.10): Palavra grega “timê”, que significa “pagar o valor”, não somente de
coração, mas preencher toda necessidade material.
Jesus cita “Corbã” para repreender os fariseus. Corbã significa “oferta” em
hebraico, e os fariseus, ao empregarem essa palavra, dedicavam seus
ganhos materiais a Deus e se isentavam da responsabilidade de contribuir
para o sustento dos pais, mesmo tendo a posse desses bens. De acordo
com essa tradição, a partir do momento que era citado Corbã, tanto os
bens materiais e dinheiro citados quanto as terras não poderiam ser
utilizadas para outros fins a não ser ofertar a Deus. Como existiam leis
(Números 30:2, Deuteronômio 23:21-23) que sustentavam a
irrevogabilidade do juramento do Corbã, essa prática era um meio de
contornar a responsabilidade dos filhos para com os pais. Jesus aponta,
de maneira bem clara que, através do Corbã, as pessoas estavam
abandonando o mandamento de Deus, dito por Moisés: “honra teu pai e
tua mãe” e violando o mandamento de que “quem amaldiçoar seu pai ou a
sua mãe terá que ser executado”. Reflita se não existe tradição como
Corbã em você que aparentemente honra a Deus, mas na verdade viola o
seu mandamento, quando insulta os pais deixando de contribuir-lhes
economicamente.
ORAÇ Ã O Faça com que eu obedeça e siga à Sua
Palavra, sem nunca diminuir a autoridade dela.
Anotação
44
12 Não há pecado nos alimentos
sex Marcos 7:14-23
14 Jesus chamou novamente a
multidão para junto de si e disse:
Ouçam-me todos e entendam isto:
15 Não há nada fora do homem
que, nele entrando, possa torná-lo
impuro. Ao contrário, o que sai do
homem é que o torna impuro.
16 Se alguém tem ouvidos para
ouvir, ouça!
17 Depois de deixar a multidão e
entrar em casa, os discípulos lhe
pediram explicação da parábola.
18 “Será que vocês também não
conseguem entender?”, perguntou-
lhes Jesus. “Não percebem que
nada que entre no homem pode
torná-lo impuro?
19 Porque não entra em seu
coração, mas em seu estômago,
sendo depois eliminado. Ao dizer
isso, Jesus declarou puros todos os
alimentos.
20 E continuou: O que sai do homem
é que o torna impuro.
21 Pois do interior do coração dos
homens vêm os maus pensamentos,
as imoralidades sexuais, os roubos,
os homicídios, os adultérios,
22 as cobiças, as maldades, o
engano, a devassidão, a inveja, a
calúnia, a arrogância e a insensatez.
23 Todos esses males vêm de dentro
e tornam o homem impuro.
45
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jesus falou repetidamente à multidão e aos discípulos? (vs.15-16, 18, 20)
2. De que forma aparecem os
maus pensamentos que
contaminam o homem? (vs.21-22)
4. O que você sente ao ouvir Jesus
dizer que devemos focar na
realidade de nosso coração e não
em desculpas, como a comida?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus declarou que
todo alimento é puro? (v.19)
Decisão e aplicação
5. Em quais aspectos de minha vida
tenho desobedecido a Deus,
encobrindo-os com tradições
religiosas?
Entre os treze males do coração do
homem, qual pecado devo eliminar
de maneira urgente para me tornar
mais puro? Anotação
46
“O que entra” (v.15): no original, é escrito no singular, referindo-se ao alimento
(v.19).
“O que sai” (v.16): no original, está no plural, referindo-se aos treze males dos
vs.21-22.
“A inveja” (v.22): “Olho mau”.
Marcos registrou a declaração de Jesus de que “todo alimento é puro”,
provavelmente devido ao fato de o povo estar focando na forte declaração
dos judaizantes: “deve-se seguir os mandamentos acerca de alimentos”.
Na realidade, os mandamentos sobre a comida descritos na Lei são um
modelo, uma espécie de manual de instruções práticas, dado por Deus ao
seu povo para que tenham uma vida pura, separada do mundo.
Entretanto, como Jesus, que tinha sido profetizado pela Lei, veio ao
mundo e, por meio da expiação da cruz, resolveu completamente o
problema do pecado, não era mais necessário cumprir e manter essas
cláusulas. Jesus foi enviado como cumprimento da lei, por isso eliminou o
regulamento sobre a comida. Nós devemos nos focar nas maneiras de
eliminar os pensamentos que nos motivam a pecar, a fim de nos
mantermos puros. A comida física que é de “fora e entra no homem” não
pode torná-lo impuro, porém “o que sai de dentro do homem”, como os
maus pensamentos, tornam-nos impuros. Devemos viver eliminando os
maus pensamentos que nos levam a pecar, sem culpar a comida que é
pura.
ORAÇ Ã O Deus, ajude-me a viver uma vida santa e
separada, através da mudança interna e não
só a externa.
Anotação
47
13 O poder da resposta correta
sáb Marcos 7:24-30
24 Jesus saiu daquele lugar e foi
para os arredores de Tiro e de
Sidom. Entrou numa casa e não
queria que ninguém o soubesse;
contudo, não conseguiu manter em
segredo a sua presença.
25 De fato, logo que ouviu falar
dele, certa mulher, cuja filha estava
com um espírito imundo, veio e
lançou-se aos seus pés.
26 A mulher era grega, siro-fenícia
de origem, e rogava a Jesus que
expulsasse de sua filha o demônio.
27 Ele lhe disse: “Deixe que primeiro
os filhos comam até se fartar; pois
não é correto tirar o pão dos filhos e
lançá-lo aos cachorrinhos”.
28 Ela respondeu: “Sim, Senhor, mas
até os cachorrinhos, debaixo da
mesa, comem das migalhas das
crianças”.
29 Então ele lhe disse: “Por causa
desta resposta, você pode ir; o
demônio já saiu da sua filha”.
30 Ela foi para casa e encontrou sua
filha deitada na cama, e o demônio já
a deixara.
48
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem veio ao encontro de
Jesus e qual foi o seu pedido?
(vs.24-26)
2. Como foi a reação da mulher
grega à resposta fria de Jesus e
qual foi o resultado? (vs.28-30)
4. O que você sente ao ver a fé da
mulher cujo foco era “quem é
Jesus”, em vez de “quem sou eu”?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus disse que o
milagre que aconteceu com a filha
da mulher se deve à sua
“resposta”? (v.29)
Decisão e aplicação
5. Qual é a decisão de fé que você
não conseguiu tomar devido ao seu
orgulho?
O que você precisa colocar na
prática, reconhecendo que Jesus é o
Senhor? Anotação
49
“Tiro” (v.24): A região situada a noroeste da Galileia habitada principalmente pelos
estrangeiros.
“Grega” (v.26): Alguém que fala grego ou que habita na Grécia. Os judeus e os
gregos estavam em conflito devido à diferença religiosa, política e social.
“Siro-fenícia” (v.26): A região que estava em conflito com os judeus historicamente.
A mulher grega que veio pedir ajuda de Jesus para curar a filha, que
estava com um espírito imundo, ouve a seguinte resposta de Jesus:
"Deixe que primeiro os filhos comam até se fartar; pois não é correto tirar o
pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos". Essa resposta significa que os
judeus eram prioridades de Jesus para pregar boas novas. Nesse
momento, a mulher grega mostrou uma grande fé, reduzindo-se ao
“cachorrinho” que come “migalhas” que “as crianças” deixam cair. Ela não
reclamou por ser tratada como um ser inferior aos judeus, nem de
racismo. Ela rogou pela graça minúscula como migalha. Ela sabia quem
era Jesus de verdade. Na época, referia-se a Deus ou ao rei como
“Senhor”, e ela foi a única pessoa no evangelho de Marcos que chamou
Jesus dessa forma. Esta confissão maravilhosa da mulher só foi possível
porque ela sabia corretamente quem era Jesus, por isso Jesus disse que a
causa do milagre era “esta resposta”. Você ama mais a graça que o
Senhor lhe proporciona, em vez do seu orgulho?
ORAÇ Ã O Faça com que eu seja o filho que ama a sua
graça, confessando que Jesus é o Senhor da
minha vida.
Anotação
50
14 A postura e o coração necessários para o momento da oração
dom Culto no Lar – Marcos 7:24 - 30
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
24 Jesus saiu daquele lugar e foi
para os arredores de Tiro e de
Sidom. Entrou numa casa e não
queria que ninguém o soubesse;
contudo, não conseguiu manter em
segredo a sua presença.
25 De fato, logo que ouviu falar
dele, certa mulher, cuja filha estava
com um espírito imundo, veio e
lançou-se aos seus pés.
26 A mulher era grega, siro-fenícia
de origem, e rogava a Jesus que
expulsasse de sua filha o demônio.
27 Ele lhe disse: “Deixe que primeiro
os filhos comam até se fartar; pois
não é correto tirar o pão dos filhos e
lançá-lo aos cachorrinhos”.
28 Ela respondeu: “Sim, Senhor,
mas até os cachorrinhos, debaixo da
mesa, comem das migalhas das
crianças”.
29 Então ele lhe disse: “Por causa
desta resposta, você pode ir; o
demônio já saiu da sua filha”.
30 Ela foi para casa e encontrou sua
filha deitada na cama, e o demônio
já a deixara.
51
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Depois de terminar a discussão
com os judeus na Galiléia, Jesus foi
a Tiro. Entrou numa casa e não
queria que ninguém o soubesse;
contudo, não conseguiu manter em
segredo a sua presença (v.24).
Jesus deve ter ido à esta região
para se preparar para a próxima
missão e ter um momento de
descanso e recuperação, no
entanto a notícia sobre Jesus já
havia se espalhado na região.
Dentre muitos que ouviram falar de
Jesus, uma mulher grega de origem
siro-fenícia veio e lançou-se aos
seus pés (v.25). A Bíblia a descreve
da seguinte maneira: “A mulher era
grega, siro-fenícia de origem”
(v.26). Ela era grega, ou seja, uma
estrangeira, e veio ao encontro de
Jesus porque tinha uma filha que
estava com um espírito imundo e
rogou para que Jesus o expulsasse
do corpo dela. Diante da súplica da mãe, Jesus
mostrou uma reação inesperada:
"deixe que primeiro os filhos comam
até se fartar; pois não é correto tirar
o pão dos filhos e lançá-lo aos
cachorrinhos" (v.27). O termo
“cachorrinho” era usado pelos judeus
para menosprezar os estrangeiros,
assim esta palavra parecia uma
recusa que destruía a esperança de
uma mãe. Apesar disso, esta mulher
insistiu mais uma vez a Jesus (v.28).
No final, Jesus aceitou o pedido dela
e expulsou o espírito (v.30).
Na palavra de hoje, nós encontramos
Jesus que responde ao pedido de
uma mãe insistente e humilde.
Desejamos que a nossa família
possa ir diante do Senhor e ore com
este coração e postura.
52
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ver a mulher que insiste com humildade apesar
da resposta fria de Jesus: “não é correto tirar o pão dos filhos e lançá-lo
aos cachorrinhos” (v.27)?
3. Vamos compartilhar os pedidos de oração entre os familiares. Vamos
também compartilhar o que cada um sente depois de ler Salmos 91:15.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Faça com que nós possamos orar com humildade e urgência diante do
Senhor.
53
15 Curou depois de levá-lo à parte
seg Marcos 7:31–37
31 A seguir Jesus saiu dos
arredores de Tiro e atravessou
Sidom, até o mar da Galiléia e a
região de Decápolis.
32 Ali algumas pessoas lhe
trouxeram um homem que era
surdo e mal podia falar, suplicando
que lhe impusesse as mãos.
33 Depois de levá-lo à parte, longe
da multidão, Jesus colocou os
dedos nos ouvidos dele. Em
seguida, cuspiu e tocou na língua
do homem.
34 Então voltou os olhos para o céu
e, com um profundo suspiro, disse-
lhe: “Efatá!”, que significa “abra-se!”
35 Com isso, os ouvidos do homem
se abriram, sua língua ficou livre e
ele começou a falar corretamente.
36 Jesus ordenou-lhes que não o
contassem a ninguém. Contudo,
quanto mais ele os proibia, mais eles
falavam.
37 O povo ficava simplesmente
maravilhado e dizia: “Ele faz tudo
muito bem. Faz até o surdo ouvir e o
mudo falar”.
54
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
55
Orientações Voltou os olhos para o céu e, com um profundo suspiro, disse-lhe
Marcos 7:31–37
Análise do conteúdo
Algumas pessoas trouxeram a
Jesus um homem que era surdo e
mal podia falar, suplicando que lhe
impusesse as mãos. Jesus colocou
os dedos nos ouvidos dele. Em
seguida, cuspiu e tocou na língua
do homem. Depois ele voltou os
olhos para o céu e, com um
profundo suspiro, disse-lhe: "Efatá!".
Com isso, os ouvidos do homem se
abriram, sua língua ficou livre e ele
começou a falar corretamente.
Estudo e Reflexão
1. Por que Jesus olhou para o céu e
suspirou ao curar o homem?
- Jesus queria que o homem
entendesse que ele foi curado em
resposta à oração de Jesus a Deus
e passasse a ter fé. Ele simbolizou
a surdez colocando os dedos nos
ouvidos e, mudez, tocando a língua
dele. O motivo pelo qual suspirou é
para mostrar a oração ao homem.
2. Por que Jesus disse “Efatá”?
- “Efetá” é uma palavra aramaica
que significa “abra-se”. Assim como
os ouvidos do homem se abriram
quando Jesus disse: “Efatá”,
embora tenha ouvidos, só se
consegue ouvir com graça de
Jesus. Quando abriram-se os
ouvidos do homem, sua língua ficou
livre e ele começou a falar
corretamente, assim como ouvir a
palavra de Deus é mais importante
do que qualquer coisa.
Percepção
Fiquei curioso quando li que Jesus
colocou os dedos nos ouvidos, tocou
a língua do homem e suspirou
olhando para o céu. Mas, depois de
meditar na Palavra, percebi que
Jesus agiu assim para ensinar que a
cura não é um ato mágico, e sim
resultado da oração sincera das
pessoas que levaram o doente até
Jesus e do suspiro e oração pela sua
misericórdia em relação à aflição do
surdo-mudo.
Percebi também que, assim como o
homem doente que não conseguia
ouvir antes de Jesus falar “Efatá”, a
única pessoa que abre os meus
ouvidos é Jesus, e ouvir a Sua
Palavra é mais importante do que
qualquer coisa. Notei também que eu
não conseguir seguir e obedecer o
evangelho, mesmo ouvindo-o, é
mesma coisa que ser surdo
espiritualmente.
Decisão e aplicação
1. Eu me arrependo das ocasiões em
que desisti de orar, pensando que
eram coisas impossíveis de resolver
através da oração. Vou anotar
novamente os temas de oração com
total confiança no Senhor.
2. Eu vou reservar a metade do
tempo de oração para ouvir Jesus
nesta semana e, mesmo que isso
seja entediante, vou ficar em silêncio
esperando ele falar comigo.
56
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Jesus curou “um homem
que era surdo e mal podia falar”?
(vs.32-33)
2. Qual é a ordem que Jesus deu
às pessoas depois de curar o
homem, e como elas reagiram?
(v.36)
4. O que você sente ao ver Jesus se
aproximar da pessoa doente com
todo o coração, em vez de expor os
seus poderes?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus curou o homem
depois de levá-lo à parte, longe da
multidão, e usou gestos atípicos?
Decisão e aplicação
5. Quem são as pessoas ao seu
redor que precisam da cura de
Jesus?
O que você pode fazer para ser um
instrumento de Jesus para mostrar o
milagre de cura? Anotação
57
“Decápolis” (v.31): Significa dez cidades, e se refere à região leste da Galiléia,
onde os estrangeiros residiam.
“Profundo suspiro” (v.34): Mostra a compaixão de Jesus pelo sofrimento do doente.
Quando Jesus chegou à Galiléia, passando por Decápolis, algumas
pessoas lhe trouxeram um homem que era surdo e mal podia falar. Para
evitar que fosse considerado apenas uma pessoa que pratica milagres,
Jesus ordenou que as pessoas não contassem sobre as curas e fez o
mesmo pedido para este homem doente, que aparece apenas no
evangelho de Marcos. Uma coisa interessante a qual devemos nos atentar
é o fato de Jesus não ter usado apenas as palavras para curar o doente,
mas ter tocado nas partes doentes. Depois de levar o homem à parte,
colocou os dedos no seu ouvido para curar a audição e tocou na sua
língua para curar a fala. Sentindo compaixão pela situação do homem,
Jesus suspirou fundo e disse “Efatá”, o que significa “abra-se”. Assim,
além das deficiências físicas, Jesus também se importou com o coração
do homem e o curou. As pessoas apenas se importavam com as curas
físicas que Jesus mostrava, porém ele dava atenção à alma das pessoas.
Você está cumprindo essa missão como um discípulo de Jesus?
ORAÇ Ã O
Assim como Jesus se importou com o coração
e não apenas com o corpo, faça com que eu
consiga ser uma ferramenta de Jesus para
curar este mundo.
Anotação
58
16 Obediência além do pensamento
ter Marcos 8:1-10
1 Naqueles dias, outra vez reuniu-
se uma grande multidão. Visto que
não tinham nada para comer, Jesus
chamou os seus discípulos e disse-
lhes:
2 Tenho compaixão desta multidão;
já faz três dias que eles estão
comigo e nada têm para comer.
3 Se eu os mandar para casa com
fome, vão desfalecer no caminho,
porque alguns deles vieram de
longe.
4 Os seus discípulos responderam:
“Onde, neste lugar deserto, poderia
alguém conseguir pão suficiente
para alimentá-los?”
5 “Quantos pães vocês têm?”,
perguntou Jesus. “Sete”,
responderam eles.
6 Ele ordenou à multidão que se
assentasse no chão. Depois de
tomar os sete pães e dar graças,
partiu-os e os entregou aos seus
discípulos, para que os servissem à
multidão; e eles o fizeram.
7 Tinham também alguns peixes
pequenos; ele deu graças igualmente
por eles e disse aos discípulos que
os distribuíssem.
8 O povo comeu até se fartar. E
ajuntaram sete cestos cheios de
pedaços que sobraram.
9 Cerca de quatro mil homens
estavam presentes. E, tendo-os
despedido,
10 entrou no barco com seus
discípulos e foi para a região de
Dalmanuta.
59
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jesus disse vendo a
multidão que o acompanhava?
(vs.2-3)
2. Como os discípulos
responderam ao comentário de
Jesus? O que aconteceu em
seguida? (vs.4,8-9)
4. O que você sente ao ver os
discípulos vivenciarem novamente o
mesmo milagre através da
obediência a algo impossível?
Estudo e reflexão
3. Por que os discípulos, que já
haviam presenciado o milagre da
multiplicação de cinco pães e dois
peixes, opuseram-se às palavras
de Jesus de alimentar a multidão?
Decisão e aplicação
5. Dentre as palavras de Jesus, qual
é a que você mais sente dificuldade
de crer e obedecer?
O que você deve obedecer hoje para
gozar da graça de Jesus vinda da
obediência? Anotação
60
“Ter compaixão” (v.2): Simpatia aos que passam frio, fome e sofrem por
enfermidades, expressão de pena à multidão que sofre de fome espiritual.
Assim como aconteceu no caso da multiplicação de cinco pães e dois
peixes do capítulo 6, muitas pessoas se reuniram para ouvir os
ensinamentos de Jesus. Após algum tempo, havia chegado a hora do
povo voltar para casa, porém Jesus teve compaixão deles e falou aos
seus discípulos sobre o dever de alimentá-los. Apesar dos discípulos já
terem presenciado o milagre da multiplicação de cinco pães e dois peixes,
diante de uma mesma situação, eles perguntaram novamente a Jesus
sobre onde conseguir pão (v.4). Diante desses discípulos, Jesus
respondeu com a mesma atitude do milagre anterior, quando ele tomou a
pouca quantidade de pães e peixes, deu graças e fez com que os
discípulos servissem à multidão (6:41). Da mesma forma, os discípulos
distribuíram novamente os pães abençoados a quatro mil pessoas e
presenciaram ainda o milagre da sobra de sete cestos cheios de pedaços
de pães. Os discípulos já haviam testemunhado o milagre de Jesus,
porém consideraram esse poder como algo restritivo. No entanto, no final,
vivenciaram novamente o milagre através da obediência. Confie na
providência de Deus, que supera a nossa experiência e a nossa razão.
ORAÇ Ã O Dê-me capacidade de obedecer humildemente
à palavra de Jesus.
Anotação
61
17 Para que se usa o dom espiritual
qua Marcos 8:11-21
11 Os fariseus vieram e começaram
a interrogar Jesus. Para pô-lo à
prova, pediram-lhe um sinal do céu.
12 Ele suspirou profundamente e
disse: “Por que esta geração pede
um sinal milagroso? Eu lhes afirmo
que nenhum sinal lhe será dado”.
13 Então se afastou deles, voltou
para o barco e foi para o outro lado.
14 Os discípulos haviam se
esquecido de levar pão, a não ser
um pão que tinham consigo no
barco.
15 Advertiu-os Jesus: “Estejam
atentos e tenham cuidado com o
fermento dos fariseus e com o
fermento de Herodes”.
16 E eles discutiam entre si,
dizendo: “É porque não temos pão”.
17 Percebendo a discussão, Jesus
lhes perguntou: Por que vocês estão
discutindo sobre não terem pão?
Ainda não compreendem nem
percebem? O coração de vocês está
endurecido?
18 Vocês têm olhos, mas não veem?
Têm ouvidos, mas não ouvem? Não
se lembram?
19 Quando eu parti os cinco pães
para os cinco mil, quantos cestos
cheios de pedaços vocês
recolheram?” “Doze”, responderam
eles.
20 “E quando eu parti os sete pães
para os quatro mil, quantos cestos
cheios de pedaços vocês
recolheram?” “Sete”, responderam
eles.
21 Ele lhes disse: “Vocês ainda não
entendem?”
62
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que os fariseus pediram,
pondo Jesus à prova? (v.11)
2. Como Jesus reagiu ao pedido
dos fariseus? (v.12-13)
4. O que você sente ao ver Jesus
usando o seu poder para o chamado
fundamental, e não para demonstrar
a si mesmo ou gabar-se?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus mostrou uma
reação diferente ao pedido dos
fariseus, mesmo tendo realizado
um milagre a poucos dias atrás?
(vs.11,15, ref. v.2)
Decisão e aplicação
5. Qual é o dom espiritual que Deus
lhe deu?
O que você deve fazer para que o
seu dom espiritual seja usado a
favor de Deus e da igreja? Anotação
63
“Fermento dos fariseus” (v.15): Mencionado também em Lucas 12:1, significa ato
de autoritarismo, formalismo, mentira, hipocrisia, etc.
“Fermento de Herodes” (v.15): Significa a perseguição que os cristãos iriam sofrer
junto com a autoridade do mundo e a tentação satânica que iria dominar até o
retorno de Jesus.
Os fariseus vieram ao encontro de Jesus, que realizava milagres e curas.
Eles pediram a Jesus um sinal do céu com objetivo de criticá-lo e pô-lo à
prova (v.11). Provavelmente, entre eles havia alguns que estavam
presentes no local onde Jesus realizou milagres e outros que ouviram
histórias sobre ele. De qualquer maneira, Jesus suspirou profundamente
diante da exigência dos fariseus e não mostrou nenhum sinal. Em vez
disso, Jesus advertiu os seus discípulos para que estivessem atentos com
o fermento dos fariseus (v.15). Essa atitude de Jesus é muito contraditória
aos atos mostrados anteriormente (v.2). Jesus tinha poder de dar um sinal
do céu, mas ele não usou a sua habilidade para comprovar a sua
identidade. Pelo contrário, usou-a para dar ensinamento às pessoas,
satisfazer as suas necessidades e restaurá-las. Pensemos em Jesus, que
ao invés de usar o poder lhe dado para o bem próprio, usou-o para a sua
missão. Tenha hoje um momento de reflexão sobre como você tem usado
a sua habilidade e seu dom espiritual até agora, e como deve usá-los de
agora em diante.
ORAÇ Ã O Ajude-me a ter um dia focado na missão dada
por Deus.
Anotação
64
18 Para ver claramente
qui Marcos 8:22-26
22 Eles foram para Betsaida, e
algumas pessoas trouxeram um
cego a Jesus, suplicando-lhe que
tocasse nele.
23 Ele tomou o cego pela mão e o
levou para fora do povoado. Depois
de cuspir nos olhos do homem e
impor-lhe as mãos, Jesus
perguntou: “Você está vendo
alguma coisa?”
24 Ele levantou os olhos e disse:
“Vejo pessoas; elas parecem árvores
andando”.
25 Mais uma vez, Jesus colocou as
mãos sobre os olhos do homem.
Então seus olhos foram abertos, e
sua vista lhe foi restaurada, e ele via
tudo claramente.
26 Jesus mandou-o para casa,
dizendo: “Não entre no povoado!”
65
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que aconteceu em Betsaida?
(v.22)
2. Por quais etapas Jesus passou
para curar o cego? (vs.23-25)
4. Assim como o cego que começou
a ver tudo claramente depois de
duas etapas, o que você sente ao
ver os discípulos, que pareciam ser
cegos espirituais?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus curou o cego só
na segunda vez que lhe impôs as
mãos? (vide vs.16-18)
Decisão e aplicação
5. O que você está fazendo agora
para conhecer melhor a Bíblia e a
verdade da salvação?
O que você pode fazer para
compreender mais profundamente a
Bíblia e superar o nível atual de
conhecimento? Anotação
66
A imagem de Jesus curando o cego em Betsaida é muito semelhante ao
seu esforço de despertar a ignorância espiritual das pessoas, inclusive dos
seus discípulos. Jesus tomou o cego pela mão, levou-o para fora do
povoado e, depois de impor as mãos nos olhos do homem, perguntou-lhe
o que via. No começo, o homem via vagamente, porém depois que Jesus
lhe impôs as mãos pela segunda vez, ele começou a ver tudo claramente.
Singularmente, o processo de cura da passagem de hoje é dividido em
duas etapas. Isso não significa que o poder de Jesus era insuficiente para
curá-lo de uma vez, mas esse episódio mostra que Jesus precisava
ensinar várias vezes para fazer os seus discípulos perceberem a própria
ignorância. Assim como o cego recebeu a imposição das mãos de Jesus
da primeira vez, os discípulos sabiam até certo ponto quem era Jesus,
pois presenciaram e ouviram falar dele, entretanto não sabiam exatamente
quem ele era. Eles só puderam entender a verdade, depois que tiveram
outros ensinamentos e passaram a “ver claramente” (v.25). Quão bem
você entende sobre o evangelho de Jesus?
ORAÇ Ã O Faça com que eu possa conhecer melhor
Jesus e segui-lo com fé.
Anotação
67
19 A confissão de fé que somente o discípulo pode fazer
sex Marcos 8: 27-31
27 Jesus e os seus discípulos
dirigiram-se para os povoados nas
proximidades de Cesaréia de Filipe.
No caminho, ele lhes perguntou:
“Quem o povo diz que eu sou?”
28 Eles responderam: “Alguns
dizem que és João Batista; outros,
Elias; e, ainda outros, um dos
profetas”.
29 “E vocês?”, perguntou ele.
“Quem vocês dizem que eu sou?”
Pedro respondeu: “Tu és o Cristo”.
30 Jesus os advertiu que não
falassem a ninguém a seu respeito.
31 Então ele começou a ensinar-lhes
que era necessário que o Filho do
homem sofresse muitas coisas e
fosse rejeitado pelos líderes
religiosos, pelos chefes dos
sacerdotes e pelos mestres da lei,
fosse morto e três dias depois
ressuscitasse.
68
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como as pessoas chamavam e
avaliavam Jesus naquela época?
(v.28)
2. O que Pedro estava pensando
a respeito de Jesus? (v.29)
4. O que você sente ao ver Jesus
dar mais importância à confissão de
seus discípulos do que de outros e
mostrar a verdade da salvação
somente depois dessa confissão?
Estudo e reflexão
3. Por que você acha que Jesus
começou a falar sobre seu
sofrimento, morte e ressurreição,
somente depois da confissão de
Pedro?
Decisão e aplicação
5. Se Jesus lhe fizesse a mesma
pergunta, o que você responderia?
O que deve fazer com prioridade
para viver com responsabilidade e
de acordo com esta confissão? Anotação
69
“No caminho” (v.27): Daqui até o capitulo 10 são relatados os acontecimentos
ocorridos no “caminho” da Galileia até Jerusalém.
Todos os sinais mostrados por Jesus até agora eram para testificar que
ele é o Cristo (Messias), entretanto, devido à dureza do coração dos
homens, eles não aceitaram quem Jesus era. Negaram principalmente
que ele tinha autoridade de rei e sacerdote, e acharam que ele não
passava de um profeta como João Batista ou Elias. Entretanto, Jesus não
se importou com o que os outros diziam, mas sim com a confissão dos
discípulos. Após Jesus confirmar que Pedro e os outros discípulos criam
que ele era o Cristo (v.29), ensinou-lhes que ele, ao invés de receber toda
honra e glória, haveria de sofrer e morrer na cruz e ressuscitar (v.31).
Quando admitimos que Jesus possui o poder de Cristo, podemos entender
o significado de sua obra na cruz, por isso Jesus aguardou que seus
discípulos fizessem a confissão correta, ensinando em secreto a verdade
somente aos discípulos (v.30). Depois disso, o ministério de Jesus mudou
de rumo para o sofrimento.
ORAÇ Ã O Permita que a minha confissão não seja de
boca para fora, mas que seja uma confissão
da vida.
Anotação
70
20 O caminho da cruz que o discípulo deve seguir
sáb Marcos 8:32-9:1
32 Ele falou claramente a esse
respeito. Então Pedro, chamando-o
à parte, começou a repreendê-lo.
33 Jesus, porém, voltou-se, olhou
para os seus discípulos e
repreendeu Pedro, dizendo: “Para
trás de mim, Satanás! Você não
pensa nas coisas de Deus, mas nas
dos homens”.
34 Então ele chamou a multidão e
os discípulos e disse: Se alguém
quiser acompanhar-me, negue-se a
si mesmo, tome a sua cruz e siga-
me.
35 Pois quem quiser salvar a sua
vida, a perderá; mas quem perder a
sua vida por minha causa e pelo
evangelho, a salvará.
36 Pois, que adianta ao homem
ganhar o mundo inteiro e perder a
sua alma?
37 Ou, o que o homem poderia dar
em troca de sua alma?
38 Se alguém se envergonhar de
mim e das minhas palavras nesta
geração adúltera e pecadora, o Filho
do homem se envergonhará dele
quando vier na glória de seu Pai com
os santos anjos.
1 E lhes disse: “Garanto-lhes que
alguns dos que aqui estão de modo
nenhum experimentarão a morte,
antes de verem o Reino de Deus
vindo com poder”.
71
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual foi a repreensão que
Pedro ouviu de Jesus? (v.33)
2. Qual é o coração e a atitude
que Jesus esperava dos
discípulos? (vs.34-38)
4. O que você sente diante da
palavra de Jesus, de negar a si
mesmo, tomar a sua cruz e perder a
sua vida para acompanhá-lo?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus falou aos
discípulos para “tomar a sua cruz”
e “perder a vida” para seguir o
caminho?
Decisão e aplicação
5. Você está levando prejuízo ou
sendo criticado por crer em Jesus?
O que pode fazer hoje para viver
negando a si mesmo, conforme a
palavra do Senhor? Anotação
72
“Repreendê-lo” (v.32): Essa atitude de Pedro não era de preocupação ao
sofrimento de Jesus.
Pedro pensava que Cristo governaria o mundo com todo poder de Deus,
por isso ao ouvir profecia acerca do sofrimento vindouro de Jesus, ele quis
impedi-lo, repreendendo-o. Essa profecia, porém, não era algo que
poderia ser impedido, e Jesus o repreendeu ainda mais severamente.
Jesus explicou claramente qual caminho os discípulos e as pessoas que o
seguem devem trilhar. O caminho para seguir Jesus é o caminho da
negação a si mesmo; é a vida que carrega a sua cruz. A vida de um
discípulo é vida de obediência; deve-se abandonar os valores antigos e
obedecer a Jesus integralmente, e segui-lo até a morte. Jesus ensinou
que este não é o caminho para morte, mas para salvação da sua vida.
Aquele que quiser salvar a sua vida, a perderá, mas aquele que perder a
sua vida pelo evangelho de Jesus, a salvará. Jesus ensinou Pedro e
outros discípulos desta forma enfática, porque sabia que o conceito que
eles tinham sobre o “caminho de Cristo”, na verdade, era o caminho para
morte, e ele conhecia qual era o verdadeiro caminho da vida.
ORAÇ Ã O
Confesso que dizia dar glórias a Deus, mas
procurava por vantagens próprias; me
declarava discípulo, mas segurava a glória
mundana.
Anotação
73
21 Qualificação de um discípulo
dom Culto no Lar - Marcos 8:31-38
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
31 Então ele começou a ensinar-
lhes que era necessário que o
Filho do homem sofresse muitas
coisas e fosse rejeitado pelos
líderes religiosos, pelos chefes dos
sacerdotes e pelos mestres da lei,
fosse morto e três dias depois
ressuscitasse.
32 Ele falou claramente a esse
respeito. Então Pedro, chamando-
o à parte, começou a repreendê-lo.
33 Jesus, porém, voltou-se, olhou
para os seus discípulos e
repreendeu Pedro, dizendo: “Para
trás de mim, Satanás! Você não
pensa nas coisas de Deus, mas
nas dos homens”.
34 Então ele chamou a multidão e
os discípulos e disse: Se alguém
quiser acompanhar-me, negue-se a
si mesmo, tome a sua cruz e siga-
me.
35 Pois quem quiser salvar a sua
vida, a perderá; mas quem perder a
sua vida por minha causa e pelo
evangelho, a salvará.
36 Pois, que adianta ao homem
ganhar o mundo inteiro e perder a
sua alma?
37 Ou, o que o homem poderia dar
em troca de sua alma?
38 Se alguém se envergonhar de
mim e das minhas palavras nesta
geração adúltera e pecadora, o Filho
do homem se envergonhará dele
quando vier na glória de seu Pai
com os santos anjos.
74
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Após ouvir a grande confissão de
Pedro em Cesaréia de Filipe, Jesus
fala aos seus discípulos sobre as
coisas que viria a sofrer, a morte na
cruz e a ressurreição (v.31). Os
discípulos devem ter ficado muito
surpresos ao ouvir essa história
chocante. E, nesse momento,
justamente Pedro, que havia feito
uma grande confissão a Jesus, o
chama e mostra uma reação
negativa (v.32). Pedro não
conseguia aceitar de jeito nenhum
a morte na cruz de Jesus.
Em relação a isso, Jesus repreende
Pedro severamente e diz o
seguinte: “Para trás, Satanás! Você
não pensa nas coisas de Deus,
mas nas dos homens” (v.33). Jesus
não podia tolerar Pedro, que estava
pensando mais nas coisas dos
homens do que nas coisas de
Deus.
E então, Jesus chama a multidão e
os discípulos e diz: “Se alguém
quiser acompanhar-me, negue-se a
si mesmo, tome a sua cruz e siga-
me” (v.34). ‘Negar-se a si mesmo’
significa abrir mão totalmente de seu
passado pecaminoso, e ‘carregar a
sua cruz’ indica que nós também
teremos que suportar as dificuldades
que passaremos por causa de Cristo.
Ademais, Jesus pede para
abandonar a própria vida por ele e
pelo evangelho (v.35). Isso ensina
que, para se tornar inteiramente um
discípulo de Jesus, além de negar a
si mesmo e carregar a sua cruz, é
preciso estar disposto a entregar sua
própria vida. Quão correspondente à imagem do
discípulo que Jesus falou é a vida
que estamos vivendo hoje? A
confissão de Pedro também é
importante, mas sejamos uma família
amorosa que sempre se lembra de
que, durante a vida, há coisas que
devemos abrir mão para seguir
Jesus.
75
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ver Jesus repreender Pedro que, mesmo tendo
feito uma grande confissão de fé, pensa mais nas coisas dos homens do
que nas coisas de Deus?
3. Juntamente com sua confissão de fé, escreva sua decisão de que irá
viver uma vida mais adequada à imagem do discípulo que Jesus falou, e
compartilhe com sua família.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Não por meras palavras, faça com que eu viva uma vida de discípulo
adequada à vontade de Deus.
76
22 Não tema e ouça a palavra do Senhor
seg Marcos 9:2-8
2 Seis dias depois, Jesus tomou
consigo Pedro, Tiago e João e os
levou a um alto monte, onde
ficaram a sós. Ali ele foi
transfigurado diante deles.
3 Suas roupas se tornaram
brancas, de um branco
resplandecente, como nenhum
lavandeiro no mundo seria capaz de
branqueá-las.
4 E apareceram diante deles Elias e
Moisés, os quais conversavam com
Jesus.
5 Então Pedro disse a Jesus:
“Mestre, é bom estarmos aqui.
Façamos três tendas: uma para ti,
uma para Moisés e uma para Elias”.
6 Ele não sabia o que dizer, pois
estavam apavorados.
7 A seguir apareceu uma nuvem e os
envolveu, e dela saiu uma voz, que
disse: “Este é o meu Filho amado.
Ouçam-no!”
8 Repentinamente, quando olharam
ao redor, não viram mais ninguém, a
não ser Jesus.
77
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
78
Orientações Jesus do monte da transfiguração
Marcos 9:2-8
Análise do conteúdo
Seis dias após ouvir a confissão de
Pedro em Cesaréia de Filipe, Jesus
subiu a um alto monte junto com
Pedro, Tiago e João. Jesus se
transfigurou e sua roupa se tornou
branca e resplandecente. Além
disso, Moisés e Elias aparecerem
para conversar com Jesus. Pedro
disse que faria tendas para o
Senhor, Moisés e Elias, pois estava
assustado a ponto de não saber o
que dizer. Neste momento, dentro
da nuvem ouviu-se: “Este é meu
Filho amado. Ouçam-no”.
Estudo e Reflexão
1. Por que Jesus apareceu com
aparência transfigurada aos
discípulos?
- Jesus queria mostrar
antecipadamente aos discípulos
sua gloriosa santidade e,
principalmente, o que aconteceria
futuramente, testificando a cruz e a
ressurreição de Cristo (Messias).
Através deste acontecimento, Jesus
provou que ele é Cristo e mostrou
que o sofrimento, a morte na cruz e
a ressurreição, tudo isso não vai
contra a glorificação de Cristo.
2. Por que apareceram Moisés e
Elias?
- Moisés e Elias são os dois
profetas mais famosos do Antigo
Testamento. O fato deles terem
conversado com Jesus demonstra
que Ele é o Messias que foi
profetizado no Antigo Testamento e
também que é maior que aqueles
que os judeus consideravam como
grandes homens. Certamente, o alvo
da nossa fé é somente Jesus Cristo,
mas como Jesus veio para
completar toda a verdade do Antigo
Testamento, não podemos desprezar
os profetas.
Percepção
A primeira coisa que vem à minha
mente é a vontade de ver a glória de
Deus e a glória do Senhor. Por que
ele mostrou a sua glória somente a
três e não a todos os discípulos?
Porém, percebi que esta glória é
referente à preparação da cruz de
Cristo e eu já conhecia e desfrutava
dessa glória. Até agora só pedia para
experimentar a graça de Deus, mas
não procurei conhecer a Sua voz e
estar atento às Suas palavras. Eu
não estava aceitando a glória que
aparece na Bíblia. Jesus, assim
como estava com Moisés e Elias,
veio conforme a profecia do Antigo
Testamento para cumprir a palavra.
Agradeço por já conhecer o Senhor e
ter consciência desta glória.
Decisão e aplicação
1. Toda glória de Deus que me foi
dada já está escrita na Palavra e vou
me alegrar por isso. Vou por louvores
para tocar em casa e, assim, alegrar
o ambiente.
2. Devo admitir que a glória do
Senhor está escrita na Palavra e
recitar os versículos bíblicos
decorados mais uma vez hoje.
79
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que aconteceu quando Jesus
levou Pedro, Tiago e João ao alto
monte? (vs.2-4)
2. Qual foi a reação dos discípulos
quando Jesus se transfigurou e
suas vestes ficaram
resplandecentes? (vs.5-6)
4. O que você sente em relação aos
discípulos apavorados ao ver a
transfiguração de Jesus?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus disse aos
discípulos: “Este é o meu Filho
amado. Ouçam-no”? (vs.6-7)
Decisão e aplicação
5. Em que parte da sua vida os
ensinamentos deste mundo tem tido
mais influência do que a palavra de
Deus?
O que você pode colocar em prática
hoje, como pessoa que obedece à
palavra do Senhor, sem medo? Anotação
80
Ouçam-no (v.7) Declaração de Deus testificando que Jesus é filho de Deus e, ao
mesmo tempo, uma advertência aos que desprezavam o evangelho de Jesus.
Jesus mostrou aos discípulos toda sua resplandecente glória, antes de
iniciar seu caminho para a cruz. Jesus possui autoridade e poder para
liderar Moisés e Elias, dois profetas que representam o Antigo Testamento
e a glória que é inalcançável por este mundo. Pedro diz, sem querer:
“Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas”, e através das
palavras de Pedro podemos ver que este acontecimento simboliza a festa
das cabanas no final dos tempos, onde será completamente revelado o
reino de Deus. Nosso Deus Pai declara certamente aos três discípulos que
Jesus é filho de Deus e que eles devem obedecê-lo. Ele também confirma
que o caminho incompreensível do Senhor, onde Cristo deve carregar a
cruz, é o caminho da verdadeira glória. Jesus escolheu a cruz não porque
não tivesse o poder de fazer tremer o mundo, porém para mostrar a
verdadeira glória da salvação de todo o mundo. O caminho da cruz pode
parecer simples e humilde, entretanto devemos lembrar que não existe
caminho tão maravilhoso e glorioso.
ORAÇ Ã O Ajude-me a seguir-Te com alegria, com
consciência de que o caminho do Senhor é de
glória e vitória.
Anotação
81
23 O caminho de sofrimento pelo qual também devo andar
ter Marcos 9:9-13
9 Enquanto desciam do monte,
Jesus lhes ordenou que não
contassem a ninguém o que tinham
visto, até que o Filho do homem
tivesse ressuscitado dos mortos.
10 Eles guardaram o assunto
apenas entre si, discutindo o que
significaria “ressuscitar dos mortos”.
11 E lhe perguntaram: “Por que os
mestres da lei dizem que é
necessário que Elias venha
primeiro?”
12 Jesus respondeu: De fato, Elias
vem primeiro e restaura todas as
coisas. Então, por que está escrito
que é necessário que o Filho do
homem sofra muito e seja rejeitado
com desprezo?
13 Mas eu lhes digo: Elias já veio, e
fizeram com ele tudo o que quiseram,
como está escrito a seu respeito.
82
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jesus falou aos
discípulos ao descer do monte?
(vs.9, 12-13)
2. O que os discípulos discutiram
entre si e o que perguntaram para
Jesus? (vs.10-11)
4. O que você sente ao ver Jesus
ensinando que o Filho do homem irá
sofrer muito e será rejeitado com
desprezo e que Elias já veio, porém
fizeram com ele tudo o que
quiseram?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus disse aos
discípulos que não contassem a
ninguém o que houve no monte
até a sua ressurreição?
Decisão e aplicação
5. Se houver algum, qual é o
sofrimento ou desprezo pelo qual
você passou por causa da sua fé em
Jesus?
O que você deve deixar para trás
para viver se alegrando e
agradecendo, ainda que passe por
dificuldades por ser discípulo de
Jesus?
Anotação
83
Os discípulos já ouviram que Jesus sofreria muitas coisas, seria rejeitado
pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da
lei, seria morto e três dias depois ressuscitaria (Mc8:31). Porém, até no
momento em que testemunharam a transfiguração de Jesus no monte os
discípulos não entendiam o significado de Jesus sofrer muitas coisas e ser
morto. Talvez, no fundo, eles não queriam saber e Jesus adverte-os para
não contarem a ninguém o que ocorreu no monte da transfiguração. O
caminho de Jesus não era exibir sua honra para as pessoas e fazê-las se
curvarem diante de si, mas pelo contrário, era receber sofrimento por
causa delas. É possível entender isso no contexto da vida de João Batista
que preparou o caminho de Jesus, e de Elias que veio primeiro; os dois
foram tratados de qualquer forma pelas pessoas. Qual é a maior pedra de
tropeço durante a jornada pelo caminho da cruz como sendo discípulo do
Senhor? Diante do Senhor, que observa o centro do nosso coração,
esperamos que possamos sempre decidir andar pelo mesmo caminho de
sofrimento do Senhor.
ORAÇ Ã O Ainda que viver seja penoso e difícil, faça com
que eu viva escolhendo o caminho da cruz
pelo qual o Senhor andou.
Anotação
84
24 Quando o ministério é bloqueado
qua Marcos 9:14-18
14 Quando chegaram onde
estavam os outros discípulos, viram
uma grande multidão ao redor deles
e os mestres da lei discutindo com
eles.
15 Logo que todo o povo viu Jesus,
ficou muito surpreso e correu para
saudá-lo.
16 Perguntou Jesus: “O que vocês
estão discutindo?”
17 Um homem, no meio da multidão,
respondeu: Mestre, eu te trouxe o
meu filho, que está com um espírito
que o impede de falar.
18 Onde quer que o apanhe, joga-o
no chão. Ele espuma pela boca,
range os dentes e fica rígido. Pedi
aos teus discípulos que expulsassem
o espírito, mas eles não
conseguiram.
85
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quando Jesus e os três
discípulos desceram do monte da
transfiguração, o que os outros
discípulos estavam fazendo?
(vs.14,16)
2. Por qual motivo uma pessoa no
meio da multidão pede para Jesus
curar seu filho? (v.18)
4. O que você sente ao ver os
discípulos que não conseguiram
expulsar o espírito da criança e
ficaram discutindo?
Estudo e reflexão
3. Por que os discípulos, ao invés
de expulsar o espírito, estavam
discutindo com os mestres da lei?
Decisão e aplicação
5. Se o ministério que você ou sua
comunidade tiveram sucesso no
passado fosse obstruído, como se
deve resolver o problema?
O que é preciso para se livrar de
discussões inúteis e ser usado
continuamente?
Anotação
86
No texto de hoje, os discípulos encontram um obstáculo durante seu
ministério. Os discípulos recebem o pedido de um pai para expulsar de
seu filho um espírito que o impedia de falar, e eles fazem tentativas. Os
discípulos já haviam recebido o poder de expulsar espíritos (6:7), e
obtiveram sucesso antes (6:13). Provavelmente, os discípulos tentaram
expulsar o espírito do mesmo jeito que haviam feito antes. No entanto, por
um motivo desconhecido, não conseguiram expulsar o demônio da mesma
forma (v.18). Assim que o dom dado a eles pelo Senhor não se
manifestou, tudo o que os discípulos podiam fazer era discutir com os
mestres da lei por esses e outros motivos diante de toda a multidão (v.14).
Quando o dom de Deus não se manifesta dessa mesma forma, o que
acontece ao nosso redor são debates e discussões redundantes. Na sua
vida ou em sua comunidade, existe algum ministério que perdeu o dom de
antes e onde restaram apenas explicações e debates? Caso exista, o que
deve ser feito para se livrar desse bloqueio do ministério?
ORAÇ Ã O Senhor, faça com que eu me livre da obstrução
do ministério e seja um servo que é sempre
usado.
Anotação
87
25 O necessário para a geração incrédula
qui Marcos 9:19-24
19 Respondeu Jesus: “Ó geração
incrédula, até quando estarei com
vocês? Até quando terei que
suportá-los? Tragam-me o menino”.
20 Então, eles o trouxeram. Quando
o espírito viu Jesus, imediatamente
causou uma convulsão no menino.
Este caiu no chão e começou a
rolar, espumando pela boca.
21 Jesus perguntou ao pai do
menino: “Há quanto tempo ele está
assim?” “Desde a infância”,
respondeu ele.
22 “Muitas vezes esse espírito o tem
lançado no fogo e na água para
matá-lo. Mas, se podes fazer alguma
coisa, tem compaixão de nós e
ajuda-nos.”
23 “Se podes?”, disse Jesus. “Tudo é
possível àquele que crê.”
24 Imediatamente o pai do menino
exclamou: “Creio, ajuda-me a vencer
a minha incredulidade!”
88
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Jesus reagiu após a
avaliação da situação? (v.19)
2. O que o pai do menino
endemoninhado disse a Jesus?
(vs.22, 24)
4. O que você sente ao ver Jesus
exigindo a fé do incrédulo, fazendo
com que o pai do menino confesse a
sua falta de fé e peça a Sua ajuda?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus falou como se
estivesse repreendendo o pai?
(v.23)
Decisão e aplicação
5. O que você deve pedir ao Senhor
com fé nesse momento?
O que você pode fazer para ter a fé
que é capaz de tornar tudo possível?
Anotação
89
Aguentá-los (v.19) significa "perdoar", "aceitar", demonstra que a infidelidade é
algo que não pode ser aceito diante de Deus.
Jesus diagnosticou a falta de fé como motivo de não conseguirem resolver
o problema. Os sintomas sérios da possessão demoníaca do menino
simbolizam os efeitos negativos que a morte causa em nossas vidas.
Diante dessa situação, o pai do menino, vendo que os discípulos não
podiam fazer nada para ajudar o seu filho, disse a Jesus: "se podes
fazer..." (v.22), demonstrando claramente o seu desespero. Jesus sabia
bem como encorajá-lo. A repreensão de Jesus serviu de forte
encorajamento e fez com que o pai agarrasse a fé. Quando Jesus disse:
"tudo é possível àquele que crê" (v.23), o pai do menino respondeu-lhe:
"creio, ajude-me a vencer a minha incredulidade" (v.24). Essa confissão do
pai é uma contradição: ao mesmo tempo que afirma que crê, admite a sua
falta de fé, mas também é uma confissão sincera, que demonstra a sua
determinação em segurar a fé na situação inacreditável. Deus reconhece
até mesmo esses pequenos atos de fé e ouve o nosso clamor.
ORAÇ Ã O Ajude-nos a proclamar confiantemente as
palavras de Jesus, tão necessárias para essa
geração incrédula.
Anotação
90
26 Só pela oração
sex Marcos 9:25-29
25 Quando Jesus viu que uma
multidão estava se ajuntando,
repreendeu o espírito imundo,
dizendo: “Espírito mudo e surdo, eu
ordeno que o deixe e nunca mais
entre nele”.
26 O espírito gritou, agitou-o
violentamente e saiu. O menino
ficou como morto, ao ponto de
muitos dizerem: “Ele morreu”.
27 Mas Jesus tomou-o pela mão e o
levantou, e ele ficou em pé.
28 Depois de Jesus ter entrado em
casa, seus discípulos lhe
perguntaram em particular: “Por que
não conseguimos expulsá-lo?”
29 Ele respondeu: “Essa espécie só
sai pela oração e pelo jejum”.
91
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem Jesus repreendeu e o
que lhe ordenou? (v.25)
2. Qual foi a reação das pessoas
e de Jesus, respectivamente, em
relação ao menino após o
demônio ter sido expulso? (vs.26-
27)
4. O que você sente ao ver Jesus
demonstrando o Seu poder em
resposta à oração do homem (pai do
menino) incrédulo?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus respondeu aos
seus discípulos: "essa espécie só
sai pela oração e pelo jejum"?
(vs.28-29)
Decisão e aplicação
5. O que você deve realizar na sua
vida através da oração?
Sobre qual problema você vai orar
hoje para concretizar a missão do
Senhor?
Anotação
92
Em resposta ao pedido do pai (v.24), Jesus expulsou o demônio. O
menino parecia estar morto, depois de se agitar violentamente, mas Jesus
pegou-o pela mão e o levantou. Esse ato de Jesus simboliza a esperança
da ressurreição após o desespero da morte. E quando os discípulos
perguntaram-lhe o motivo dos seus fracassos, Jesus respondeu-lhes que
eles haviam confiado em outra coisa além da oração (v.29). Os discípulos
contaram apenas com as suas experiências do passado, em vez de orar e
confiar em Deus no momento do ministério. Jesus também mostrou-lhes
que ao fracassarem no exorcismo, ficaram ocupados em justificar-se das
críticas dos mestres da lei. Que decisão deve tomar hoje para não confiar
em outra coisa além da oração? Que esforço você deve manter para
prosseguir uma vida de um discípulo que se apoia na palavra de Jesus e a
obedece? O que você, sua família e a sua igreja necessitam para focar
mais em oração?
ORAÇ Ã O Ajude-nos a não depender de nada além da
oração e a servir através dela.
Anotação
93
27 Para ser o primeiro
sáb Marcos 9:30-37
30 Eles saíram daquele lugar e
atravessaram a Galiléia. Jesus não
queria que ninguém soubesse onde
eles estavam,
31 porque estava ensinando os
seus discípulos. E lhes dizia: “O
Filho do homem está para ser
entregue nas mãos dos homens.
Eles o matarão, e três dias depois
ele ressuscitará”.
32 Mas eles não entendiam o que
ele queria dizer e tinham receio de
perguntar-lhe.
33 E chegaram a Cafarnaum.
Quando ele estava em casa,
perguntou-lhes: “O que vocês
estavam discutindo no caminho?”
34 Mas eles guardaram silêncio,
porque no caminho haviam discutido
sobre quem era o maior.
35 Assentando-se, Jesus chamou os
Doze e disse: “Se alguém quiser ser
o primeiro, será o último, e servo de
todos”.
36 E, tomando uma criança, colocou-
a no meio deles. Pegando-a nos
braços, disse-lhes:
37 “Quem recebe uma destas
crianças em meu nome, está me
recebendo; e quem me recebe, não
está apenas me recebendo, mas
também àquele que me enviou”.
94
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual era a palavra de Jesus
que os discípulos não entendiam
e tinham receio de perguntar-lhe?
(vs.31-32)
2. O que você deve fazer para se
tornar o primeiro, segundo os
ensinamentos de Jesus? (v.35)
4. O que você sente em relação à
palavra de Jesus de que
reconheceria como o maior, aquele
que serve a todos?
Estudo e reflexão
3. O que significa: “se alguém
quiser ser o primeiro, será o
último, e servo de todos”?
Decisão e aplicação
5. Entre muitos relacionamentos que
você mantém, quem seria a pessoa
da posição mais baixa, a quem você
deve servir?
O que você deve fazer hoje para
cumprir o desempenho de servir?
Anotação
95
“Ser entregue” (v.31) significa “ser transferido”. O verbo indica um futuro próximo,
mas significa que já foi entregue.
Apesar de Jesus estar ensinando-lhes, pela segunda vez, sobre a sua
morte e a ressurreição, os discípulos estavam discutindo sobre quem seria
o maior entre eles (v.34). Então, Jesus explicou-lhes que para ser o maior,
deveriam servir os outros com humildade (v.35). Na perspectiva do mundo
em que vivemos, a pessoa de uma posição mais alta, que é servida por
outras, também é tratada como a maior. Porém no reino de Deus, aquele
que serve a outros com humildade é uma pessoa verdadeiramente
grande. Para enfatizar a importância de servir os outros, colocando-se na
posição mais baixa, Jesus usou o exemplo de criança, que era então
considerada socialmente baixa e fraca. Receber uma criança significa
servir alguém, colocando-se na mais baixa das posições. Jesus disse que
se servir alguém humildemente, ele reconheceria essa atitude como sendo
de uma pessoa grande. Servir alguém com essa postura é como servir
Deus, que enviou Jesus a nós. Você busca ser o maior reconhecido pelo
mundo ou pelo Senhor?
ORAÇ Ã O Ajude-me a servir os outros com a esperança
de ser uma pessoa grande aos olhos de Deus.
Anotação
96
28 A graça para aqueles que creem
dom Culto no Lar - Marcos 9:14-24
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
14 Quando chegaram onde
estavam os outros discípulos,
viram uma grande multidão ao
redor deles e os mestres da lei
discutindo com eles.
15 Logo que todo o povo viu
Jesus, ficou muito surpreso e
correu para saudá-lo.
16 Perguntou Jesus: “O que vocês
estão discutindo?”
17 Um homem, no meio da
multidão, respondeu: Mestre, eu te
trouxe o meu filho, que está com
um espírito que o impede de falar.
18 Onde quer que o apanhe, joga-
o no chão. Ele espuma pela boca,
range os dentes e fica rígido. Pedi
aos teus discípulos que
expulsassem o espírito, mas eles
não conseguiram.
19 Respondeu Jesus: “Ó geração
incrédula, até quando estarei com
vocês? Até quando terei que
suportá-los? Tragam-me o menino”.
20 Então, eles o trouxeram. Quando
o espírito viu Jesus, imediatamente
causou uma convulsão no menino.
Este caiu no chão e começou a
rolar, espumando pela boca.
21 Jesus perguntou ao pai do
menino: “Há quanto tempo ele está
assim?” “Desde a infância”,
respondeu ele.
22 “Muitas vezes esse espírito o tem
lançado no fogo e na água para
matá-lo. Mas, se podes fazer
alguma coisa, tem compaixão de
nós e ajuda-nos.”
23 “Se podes?”, disse Jesus. “Tudo
é possível àquele que crê.”
24 Imediatamente o pai do menino
exclamou: “Creio, ajuda-me a
vencer a minha incredulidade!”
97
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Quando Pedro, Tiago e João
retornaram do monte da
transfiguração de Jesus, viram que
uma grande multidão estava
cercando os outros discípulos e
estes estavam discutindo com os
mestres da lei (v.14). Quando
Jesus indagou-lhes o motivo da
discussão (v.16), um homem, no
meio da multidão, respondeu que
os discípulos de Jesus não
conseguiam expulsar o espírito que
dominara seu filho, impedindo-o de
falar. Quando trouxeram o menino
possuído na presença de Jesus, o
espírito fez com que ele
convulsionasse (v.20). Jesus
mostrou grande interesse pelo
menino e perguntou ao pai sobre o
início da sua doença (v.21). Após
explanar a situação do seu filho a
Jesus, o pai pede a Jesus: “Se
podes fazer alguma coisa, tem
compaixão de nós e ajuda-nos”
(v.22). Sobre este pedido, Jesus
responde: “Se podes? Tudo é
possível àquele que crê” (v.23). Pai
do menino admite sua falta de fé e
clama pela ajuda de Jesus
novamente (v.24). Com este episódio
Jesus nos ensina a necessidade da
fé íntegra ao Senhor. Confessemos a
nossa falta de fé para que a nossa
família experimente a graça do
Senhor dada aos que creem.
98
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ouvir a palavra de Jesus: “Se podes? Tudo é
possível àquele que crê” (v.23)?
3. Tenha tempo para arrepender-se da sua descrença. Ore
fervorosamente compartilhando os pedidos de oração da sua família.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Senhor, perdoa nossa incredulidade e que nossa família confie na Sua
promessa de que tudo é possível àquele que crê.
99
29 Os cooperadores que aceitam uns aos outros
seg Marcos 9:38-42
38 “Mestre”, disse João, “vimos um
homem expulsando demônios em
teu nome e procuramos impedi-lo,
porque ele não era um dos nossos.”
39 “Não o impeçam”, disse Jesus.
“Ninguém que faça um milagre em
meu nome, pode falar mal de mim
logo em seguida,
40 pois quem não é contra nós está
a nosso favor.
41 Eu lhes digo a verdade: Quem
lhes der um copo de água em meu
nome, por vocês pertencerem a
Cristo, de modo nenhum perderá a
sua recompensa.
42 Se alguém fizer tropeçar um
destes pequeninos que creem em
mim, seria melhor que fosse lançado
no mar com uma grande pedra
amarrada no pescoço.
100
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
101
Orientações Os seguidores de Jesus
Marcos 9:38-42
Análise do conteúdo
Quando João disse a Jesus que
impedira o trabalho de um homem
que não pertencia ao grupo de
expulsar espírito usando o nome de
Jesus, Ele pede para não agir de tal
maneira, pois o homem estaria
trabalhando a Seu favor. Jesus
também disse que aquele que
oferece um copo de água para
quem pertence a Jesus será
recompensado e que é melhor
amarrar uma pedra grande no
pescoço e ser lançado no mar do
que fazer tropeçar uma criança que
crê nele.
Estudo e Reflexão
1. Por que João censurou o homem
que expulsava demônios em nome
de Jesus?
- Jesus deu o poder de transmitir o
reino do céu e expulsar demônios
aos discípulos e os enviou para
diversos povoados. Provavelmente
os discípulos pensaram que
aqueles que não andavam com
eles, mas usavam o nome de Jesus
para expulsar os demônios eram
falsos, porque não receberam tal
poder de Jesus. Esta atitude estava
baseada na supremacia e no
facciosismo. Eles reagiram de tal
maneira por acharem que eram os
únicos legítimos.
2. Qual o significado da
recompensa quando se oferece um
copo de água para aquele que
pertence a Cristo?
- Significa que oferecer pequena
ajuda aos discípulos é igual a aceitar
Cristo e será recompensado por isso,
isto é, qualquer gesto de caridade,
como oferecer um copo de água a
quem tem sede, teria seu valor. Isso
demonstra que Deus não
recompensa somente os que
realizam grandes obras, mas também
Ele lembra até pequenos gestos de
obediência.
Percepção
Eu me arrependi por não valorizar os
cooperadores da fé, apesar da longa
vida cristã. Menosprezei consciente e
inconscientemente as pessoas que
criam em Jesus por adotarem
diferentes estilos de vida religiosa.
Agi também como se eu fosse
superior por ter acreditado em Jesus
há mais tempo que outros. Interessei-
me pelas obras que teriam
reconhecimento dos outros e
menosprezei o ato de servir os outros
que Jesus realmente desejava que
fizesse. A partir de agora me
esforçarei para me tornar um
verdadeiro cristão com mudanças
interiores e não somente procurar
mudar a aparência.
Decisão e aplicação
1. Agradecerei às pessoas que se
tornaram cooperadores da fé e
tentarei manter este relacionamento
mais vivo.
2. Não me sentirei acomodado
quando os outros trabalham, mas
trabalharei antes das outras pessoas.
102
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual era a pergunta de João e
como Jesus respondeu? (vs.38-
40)
2. Segundo Jesus, quem seria
recompensado e quem castigado?
(vs.41-42)
4. O que você sente sobre a palavra
de Jesus que pede compreensão e
aceitação do trabalho de outros
obreiros?
Estudo e reflexão
3. Por que os discípulos proibiram
o trabalho das pessoas que não
pertenciam ao grupo?
Decisão e aplicação
5. Em quais aspectos deve haver
mudanças para você aceitar outros
obreiros?
O que você deve aplicar hoje para
que haja tais mudanças?
Anotação
103
Naquela época, havia pessoas que praticavam obras em nome de Jesus,
mesmo não sendo seus discípulos. Os discípulos, incluindo João,
pensaram que somente eles tinham legitimidade para tais ações e os
censuraram, porém Jesus disse para não os impedir. É justo compreender
e aceitar as pessoas com mesmo objetivo, de transmitir o evangelho de
Jesus, mesmo que não pertençam ao mesmo grupo. Não é certo que a
igreja entre em conflito pelas diferenças secundárias tanto nas formas de
realizar as obras, como na maneira de demonstrar sua fé, em vez de
combater heresias (seitas) e valores do mundo. Jesus ensinou que Deus
recompensará aqueles que oferecerem pequenas ajudas (um copo de
água) para os que transmitem o evangelho (v.41) e que haverá castigo
para aqueles que atrapalham a fé dos outros ou que convencem os
seguidores de Cristo a pecar (v.42). Será que você nunca atrapalhou
obras de outras pessoas com o pretexto de enaltecer a Deus?
ORAÇ Ã O Faça-me um cristão que compreende e aceita
os outros que trabalham de maneira diferente
da minha.
Anotação
104
30 Decisão que suporta sacrifício
ter Marcos 9:43-50
43 Se a sua mão o fizer tropeçar,
corte-a. É melhor entrar na vida
mutilado do que, tendo as duas
mãos, ir para o inferno, onde o fogo
nunca se apaga,
44 onde o seu verme não morre, e
o fogo não se apaga.
45 E se o seu pé o fizer tropeçar,
corte-o. É melhor entrar na vida
aleijado do que, tendo os dois pés,
ser lançado no inferno,
46 onde o seu verme não morre, e
o fogo não se apaga.
47 E se o seu olho o fizer tropeçar,
arranque-o. É melhor entrar no Reino
de Deus com um só olho do que,
tendo os dois olhos, ser lançado no
inferno,
48 onde “o seu verme não morre, e o
fogo não se apaga”.
49 Cada um será salgado com fogo.
50 “O sal é bom, mas se deixar de
ser salgado, como restaurar o seu
sabor? Tenham sal em vocês
mesmos e vivam em paz uns com os
outros.”
105
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Jesus manda reagir se
uma parte do nosso corpo comete
pecado? (vs.43, 45, 47)
2. Como Jesus descreve o
inferno? (vs.48-49)
4. O que você sente ao ouvir a
palavra de Jesus que exige correção
total sobre o pecado?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus ordena arrancar
os olhos e cortar as mãos e os
pés, se estes fizerem tropeçar?
Decisão e aplicação
5. Quais são os maus hábitos ou
erros que você não consegue
abandonar?
O que deve mudar ou desistir de
fazer para corrigir estes maus
hábitos ou erros? Anotação
106
“É melhor” (v.43) Significa “imponente”, “magnificente”. Sugere que só um
arrependimento verdadeiro possibilita estar diante de Deus com honra.
Se as partes do nosso corpo, como as mãos, os pés e os olhos, fazem-
nos tropeçar, o Senhor diz para as eliminarmos. Os olhos, as mãos e os
pés são partes do nosso corpo, ligadas ao pecado e ao mesmo tempo
importantes para vivermos confortavelmente, mas é melhor eliminá-las se
ameaçarem a nossa vida, apesar da sua importância. Se continuarmos a
pecar através destas partes, seremos condenados ao inferno. A lição que
podemos tirar desse ensinamento é que seria melhor entrar no paraíso
eliminando essas partes para não pecar. Esta expressão exagerada de
Jesus é recorrente nos evangelhos. Na verdade, Jesus não está falando
para eliminar realmente as partes do nosso corpo, porém está enfatizando
a necessidade de uma decisão firme e determinada para não pecar mais.
É difícil aceitar esta lição ao pé da letra, entretanto também não se deve
menosprezar o ponto importante dela. Observe seus maus hábitos ou
pecados e decida corrigi-los.
ORAÇ Ã O Dê-me a firmeza para corrigir meus maus
hábitos ou pecados.
Anotação
107
Estudo Bíblico da Fazenda
1 semana
Equilíbrio entre o trabalho e o descanso Marcos 6:7-13; 30-32
Jesus queria que os seus discípulos pudessem viver propagando o
evangelho, anunciando o reino de Deus e confiando no seu poder. Apesar
da grande diferença cultural de hoje e aquela época, Jesus está nos
solicitando o mesmo viver dos discípulos. Existem princípios claros no
chamado de Jesus à vida de discípulo. Vejamos, através do chamado de
Jesus aos seus discípulos, o que devemos assegurar para buscar em
primeiro lugar o reino e a justiça de Deus e que grau de equilíbrio
precisamos atingir entre o ministério e o descanso posterior.
1. Verifique quais foram as regras de ministério ordenadas por Jesus ao
enviar os discípulos.
1) Que tipo de objeto Jesus proibiu de carregar? (vs.8-9)
2) Quais foram as duas regras a cumprir? (vs.10-11)
2. Por que Jesus estabeleceu regras como estas ao enviar os discípulos
aos povoados? Pense em relação ao poder confiado aos discípulos. (vide
Mt 6:33)
3. Como os discípulos reagiram à ordem de Jesus e qual foi o resultado
desta reação? Como eles foram chamados ao retornarem da viagem?
(vs.12-13, v.30)
108
4. Qual foi a nova ordem dada para os discípulos que retornaram da
viagem com sucesso, ganhando o título de “apóstolos”? E qual foi a ação
tomada proativamente por Jesus para colocá-la em prática? (vs. 31-32)
5. Obedecer ao chamado de Jesus é o marco inicial da vida de discípulo.
Quais preocupações você deve rejeitar e quais poderes você precisa
adquirir a fim de obedecer a este chamado?
6. O descanso também é uma ordem. O descanso após o ministério não
é apenas uma questão de estratégia, é a atitude de reconhecimento de
que o objetivo, o meio e a motivação do ministério estão alinhados com o
chamado de Jesus. Muitas vezes facilmente caímos em engano dizendo
que estamos tão ocupados ao ponto de não ter tempo para descansar.
Como tem sido a sua atitude em relação ao descanso? Vamos
compartilhar como poderíamos tomar atitudes proativas para o descanso.
Os discípulos de Jesus foram chamados para o ministério do seu mestre
a fim de anunciar o reino de Deus e o evangelho. Esse chamado inclui a
entrega e dependência total de Deus, demonstrados através do pedido de
não carregar dinheiro nem comida para si ou até para o evangelho.
Mesmo que não tenha sido um ministério de longo prazo com duração de
anos, certamente eles devem ter sentido medo diante das circunstâncias
do chamado. Nós precisamos também de atitudes de fé para entregar a
nossa segurança na mão de Deus ao obedecer à sua convocação.
Somente assim, o poder de Deus se manifestará em nossas vidas.
Assim, poderemos experimentar a cura de “muitos” doentes e a expulsão
de “muitos” demônios, mas o ministério de Deus não se limita a apenas
estas experiências, como muitos pensam. Existe a outra ordem de Jesus
que é o “descanso”. E aqui nós aprendemos sobre o equilíbrio entre o
ministério e o descanso. Há muitos discípulos que não conseguem
descansar por estarem muito ocupados, no entanto, ao contrário de seus
desejos, os seus ministérios não irão longe. Acabarão experimentando
facilmente os desgastes e as frustrações. Lembre-se de que tanto o
trabalho como o descanso foram as ordens do mesmo Jesus.
109
Estudo Bíblico da Fazenda
2 semana
O que é que suja? Marcos 7:14-23
Aquele que ama Deus vive de forma santa, conforme os Seus
mandamentos (Jr19:2). A vida santificada significa viver separado do
mundo, e a palavra de Deus guia aquele que deseja viver dessa maneira.
Os fariseus e os mestres da lei, que valorizavam a “pureza” acima de tudo,
ficaram indignados no texto de hoje, pois eles presenciaram os discípulos
de Jesus comendo sem lavar as mãos. Eles questionaram Jesus sobre
como os seus discípulos podiam ignorar a importante tradição herdada de
gerações. Jesus lamentou e repreendeu a ignorância e a hipocrisia deles.
O que seria puro e o que realmente sujaria o homem? Através dessa
pergunta, examinemos qual é o caminho da verdadeira santidade.
1. O que os fariseus e os mestres da lei questionaram a Jesus sobre os
seus discípulos?
2. Jesus responde a esta indagação em três etapas. Nas duas primeiras
etapas da resposta, quais atitudes dos fariseus e dos mestres da lei Jesus
repreende? (vs.8, 13)
3. Na terceira etapa da sua resposta, Jesus argumenta contra a tradição
judaica. Qual é o conteúdo desta argumentação? (vs.15-16)
110
4. O que não pode sujar o homem e o que realmente pode? (vs.19-22)
5. Será que a nossa santidade está fundamentada no ato de comer ou
não comer; obedecer ou desobedecer às leis religiosas? Se não, em que
se fundamenta a nossa santidade? Compartilhe se você não está
enganado ao pensar que a santidade é mantida pelas coisas externas
visíveis aos nossos olhos.
6. O que suja o homem sai do seu interior. O que sai do seu coração que
está lhe sujando? Em que área você se considera mais vulnerável?
Compartilhe e ore uns com os outros.
Jesus se lamentou das atitudes dos fariseus e mestres da lei, pois os
seus lábios pareciam bem perto de Deus, por dizer que O serve,
enquanto os seus corações se encontravam muito distantes Dele. Jesus
lastimou bastante sobre a vida contraditória que eles demonstravam,
vivendo dentro de zonas de conforto erguidas com as tradições religiosas
a sua conveniência, em vez de colocar em prática o amor de Deus. O
que realmente suja o homem? O alimento que entra pela boca e depois é
eliminado pelo corpo não pode tornar o homem impuro. Nem as atitudes
religiosas externamente observáveis podem nos santificar. O pecado
localizado no interior da pessoa é a fonte de toda impureza que suja o
homem, e não há métodos de purificação eficazes senão pela
transformação do seu ser interior. Por isso, somente aqueles que
descobriram a fonte do pecado é que conseguem depender
exclusivamente do sangue de Jesus. Somente estes conseguem lutar
contra o pecado com a ajuda do Espírito Santo. Assim, poderemos servir
o Senhor de “coração” e não apenas de lábios. Através de que nós
fomos purificados?
111
Estudo Bíblico da Fazenda
3 semana
Quem o povo diz que eu sou?
Marcos 8:27-31
Quem é Jesus Cristo para você? Ele é o centro do Cristianismo e ao
mesmo tempo é tudo. Sem ele não podemos explicar sobre a nossa fé,
entretanto não muito raramente, encontramos outras formas de fé cristã
com diferentes aspectos de compreensão acerca de Cristo. A escritura
explica de forma integral acerca dele, mas as pessoas o enxergam sob o
ponto de vista do seu interesse. Para descobrir qual é o seu ponto de vista
em relação ao Cristo, basta observar o conteúdo da sua oração. Pois a
nossa oração mostra claramente quem Ele é para nós e o que esperamos
e almejamos dele. O texto de hoje trata a respeito desta pergunta de Jesus
acerca dele mesmo. Que nós possamos descobrir juntos quem é esse
Jesus que a escritura está nos apresentando.
1. Qual foi o lugar em que Jesus estava conversando com os seus
discípulos? (v.27)
2. Qual foi a primeira pergunta de Jesus para os discípulos? Como eles
responderam a essa pergunta? (vs.27-28)
3. Qual foi a outra pergunta de Jesus? (v.29) Qual é o significado dela?
Reflita.
112
4. Como Pedro respondeu a essa pergunta? (v.29) O que isso significa?
(v.29; vide Mt 16:16)
5. Por que a avaliação de grande multidão que seguia Jesus se
diferenciava da declaração de Pedro e dos discípulos? No mundo em que
vivemos hoje, também há grande discrepância entre a declaração sobre
quem Jesus é. Qual é a razão fundamental disso? Compartilhe suas ideias.
6. Mesmo hoje em dia, as pessoas enxergam Jesus Cristo sob o ponto de
vista do seu interesse. Entre os discípulos também apenas poucos tinham
pleno conhecimento sobre quem realmente Jesus é. Quem ele é para você
hoje? Compartilhe com que desejo você deverá chegar diante dele.
Há crentes na igreja que tem conhecimento superficial sobre Jesus, apesar
de ter frequentado a igreja por um bom tempo. Isso acontece devido à falta
de experiência pessoal com Jesus. Nós devemos ser capazes de dar a
mesma resposta que Pedro deu à pergunta de Jesus. Devemos conhecer
Jesus Cristo, não pelo conhecimento adquirido através de ouvir, mas pela
experiência viva adquirida através de convivência. Jesus perguntou aos
seus discípulos no caminho: “Quem vocês dizem que eu sou?”. Reflita
quem Jesus tem sido na sua confissão. Será que ele não tinha papel
idêntico ao do anjo protetor ou do papai Noel? Que nós possamos ter a fé e
a vida cristã dignas de confissão: “Tu és o Cristo, filho de Deus vivo”.
113
Estudo Bíblico da Fazenda
4 semana
Quem é o maior? Marcos 9:33-37
Tente lembrar do momento do seu primeiro encontro com Jesus. A época
em que você estava decidido a se tornar o seu discípulo. Você deve se
lembrar daqueles momentos em que, mesmo que não haja
reconhecimento dos outros, mesmo que não haja remuneração pelo seu
serviço, com muita alegria seguia os passos dele. Entretanto, descobrimos
que essa jornada muitas vezes termina com o coração cheio de “EU” ao
invés de estar cheio de “Jesus”. E nesses momentos nós nos vemos em
busca do direito particular e do reconhecimento de outros pelas nossas
obras. No texto de hoje vemos os discípulos em briga. Jesus estava indo
em direção ao caminho da cruz, mas os discípulos estavam em busca de
recompensas. Eles estavam brigando para ver quem era o maior e o
merecedor de maior recompensa. Ouça o que Jesus está dizendo a eles.
1.O que Jesus perguntou aos discípulos ao chegar em Cafarnaum? (v. 33)
2. Por que os discípulos ficaram em silêncio sem respostas? (v.34)
3. De acordo com o conteúdo da discussão deles, o que se pode deduzir
sobre o interesse que veio à tona dos que seguiam a Jesus largando tudo
que tinham?
114
4. Qual foi a conclusão de Jesus? (v.35) O que ele disse aos discípulos
exemplificando através de uma criança? (v.37) Por que ele teria dito
isso?
5. Da mesma forma que os discípulos, muitas vezes nós esperamos por
mais reconhecimentos e recompensas, quanto mais servimos a Deus e à
igreja. Reflita quando você experimentou isso e compartilhe a sua
experiência com os irmãos.
6. Jesus colocou uma criança no meio dos discípulos e disse que quem a
recebe está recebendo Jesus e Deus. Servir e cuidar da pessoa de mais
baixo escalão tem mesmo valor que servir Deus. Reflita qual é o lugar
mais rebaixado na igreja que você precisa cuidar como se fosse para
Deus, interrompendo a tendência de você querer ser o maior.
Relembre do momento da primeira chamada de Jesus aos seus
discípulos. Eles largaram tudo para segui-lo. Não tiveram conflito na sua
decisão. (vide Mt4:20; Lc5:28) Era uma grande decisão e enorme
dedicação, porém esses mesmos discípulos já estavam alterados. Eles
podem não ter cobiçado bens materiais como a recompensa pela
entrega e abdicação, mas certamente estavam buscando a recompensa
em forma de poder. Externamente pareciam seguidores do reino de
Deus, mas o seu interior estava cheio de desejos mundanos. Para esses
discípulos, Jesus apresentou a ordem do reino de Deus. É a ordem de
que aquele que quiser ser o maior e quiser a recompensa pelo serviço,
continuará experimentando o verdadeiro valor no meio do seu serviço
aos outros, pois o valor do reino de Deus está justamente no
rebaixamento e no servir os outros. Você descobriu a ordem do reino de
Deus? Então quais são as mudanças necessárias na sua vida e no seu
servir?
115