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Vigilância em Saúde Ambiental e do Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador Trabalhador Carlos Machado de Freit A vigilância em saúde A vigilância em saúde ambiental e ambiental e saúde do trabalhador no saúde do trabalhador no contexto dos acidentes com contexto dos acidentes com produtos químicos perigosos: produtos químicos perigosos: perspectiva perspectiva para a saúde pública para a saúde pública Carlos Machado de Freitas Carlos Machado de Freitas Centro de Estudos e Pesquisas de Emergências Centro de Estudos e Pesquisas de Emergências

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Vigilância em Saúde Ambiental e do Vigilância em Saúde Ambiental e do TrabalhadorTrabalhador

Carlos Machado de Freitas

A vigilância em saúde ambiental eA vigilância em saúde ambiental esaúde do trabalhador no contexto saúde do trabalhador no contexto

dos acidentes com produtos dos acidentes com produtos químicos perigosos: perspectivaquímicos perigosos: perspectiva

para a saúde públicapara a saúde pública

Carlos Machado de FreitasCarlos Machado de FreitasCentro de Estudos e Pesquisas de Emergências e Centro de Estudos e Pesquisas de Emergências e Desastres em Saúde – Fundação Oswaldo CruzDesastres em Saúde – Fundação Oswaldo Cruz

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ACIDENTES QUÍMICOS AMPLIADOS OU ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS PERIGOSOS

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Carlos Machado de Freitas

CONCEITOS FUNDAMENTAISCONCEITOS FUNDAMENTAIS

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Carlos Machado de Freitas

Marco de Ação de Hyogo (EIRD)Marco de Ação de Hyogo (EIRD)

DESASTREDESASTRE: Combinação de ameaçasameaças (eventos de origem natural ou tecnológica), condições de

vulnerabilidadevulnerabilidade (aumento da suscetibilidade social e econômica ou

exposiçãoexposição de uma comunidade) e

insuficiente capacidade ou medidas para insuficiente capacidade ou medidas para

reduzir as conseqüências negativas e reduzir as conseqüências negativas e

potenciais do riscopotenciais do risco, excedendo a capacidade de uma comunidade, município, estado ou país lidar com a situação com seus próprios recursos

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AMEAÇA/PERIGOAMEAÇA/PERIGO

Evento físico, fenômeno e/ou atividade humana que pode causar a morte e/ou lesões, danos materiais, interrupção de atividade social e econômica ou degradação ambiental.Isso inclui condições latentes que podem levar a futuras ameaças ou perigos, as quais podem ter diferentes origens: natural (geológico, hidrometeorológico, biológico) ou antrópico (degradação ambiental e ameaças tecnológicas).

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AMEAÇA/PERIGOAMEAÇA/PERIGO

Podem ser individuais, combinadas ou seqüenciais em sua origem e efeitos. Cada uma delas se caracteriza por sua localização, magnitude ou intensidade, freqüência e probabilidade.

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EXPOSIÇÃOEXPOSIÇÃO

Conceito chave na saúde ambiental, pois é o que

permite estabelecer as possíveis inter-relações

entre a população ou determinados grupos

populacionais (crianças, idosos, mulheres, etc.) e

as situações ambientais alteradas pelas ameaças

e por condições de vulnerabilidade. A exposição

ocorre em contextos espaciais (país, estado,

município, bairro, setor censitário, assentamento

rural, distrito sanitário, etc.) e temporais (dias,

semanas, meses, anos) específicos.

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VULNERABILIDADEVULNERABILIDADE

Condições determinadas por fatores ou processos físicos, sociais, econômicos e ambientais, que aumentam a susceptibilidade e ou exposição de uma área e populaçãoEnvolvem os meios de vida e infra-estrutura frente aos eventos físicos e perigosos. Resultam de processos sociais que tornam determinados grupos ou comunidades mais propensos a sofrerem perdas e danos quando ocorre uma emergência ou desastre.

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EXPOSIÇÃO/VULNERABILIDADEEXPOSIÇÃO/VULNERABILIDADE

A exposição da população é diferenciada pelas

condições de vulnerabilidade que resultam tanto

na propensão de uma comunidade ou sociedade

sofrer de modo mais intenso e grave os efeitos

dos desastres, como também nas limitações das

capacidades de redução dos riscos e resiliência

frente a estes eventos. As condições de

vulnerabilidade resultam de processos sociais e

mudanças ambientais que denominamos de

vulnerabilidade socioambiental.

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RESPOSTAS SOCIAIS PARA REDUÇÃO DE RESPOSTAS SOCIAIS PARA REDUÇÃO DE RISCOSRISCOS

Constituem as respostas adotadas no contexto das organizações comunitárias (o que inclui as relações familiares), como aquelas estabelecidas no contexto das organizações sociais (sociedade civil e governos). Se concretizam em ações sobre indivíduos, grupos ou sociedade em geral, em um gradiente que se pode considerar que as de promoção possuem um caráter mais geral para a sociedade e as atenção um caráter mais particular

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Três tipos de respostas sociais para redução de riscosTrês tipos de respostas sociais para redução de riscos

Promoção – orientadas para o desenvolvimento de condições de vida saudáveis e envolve o conjunto de ações de saúde e bem estar que impactam os determinantes socioambientais da saúde – Redução da vulnerabilidade socioambiental.

Prevenção – orientam-se para problemas específicos de doenças e acidentes ou um grupo dos mesmos e os grupos da população com maior risco.

Atenção – cura e tratamento dos enfermos/doentes, objetivando o prolongamento da vida, mitigação da dor e reabilitação

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BREVÍSSIMO HISTÓRICOBREVÍSSIMO HISTÓRICO

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Crescimento das Escalas de Produção de Plantas Químicas

SubstânciaSubstância Evolução da Capacidade de Produção por Evolução da Capacidade de Produção por PlantaPlanta

ácido sulfúrico

Entre 20-220 ton/dia (1955) para 2.000 ton/dia (1985)

amônia De 80 ton/dia (1945) para 1.500 ton/dia (1980)

Etileno De 40.000 ton/ano (1956) para 500.00 ton/ano (1979)

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Carlos Machado de Freitas

TABELA 5 – ACIDENTES QUÍMICOS AMPLIADOS COM MAIS DE 25 TABELA 5 – ACIDENTES QUÍMICOS AMPLIADOS COM MAIS DE 25 ÓBITOS, 125 LESIONADOS E 10.000 EVACUADOS OCORRIDOS ENTRE ÓBITOS, 125 LESIONADOS E 10.000 EVACUADOS OCORRIDOS ENTRE

1970 E 1994, CLASSIFICADOS POR PERÍODO1970 E 1994, CLASSIFICADOS POR PERÍODO

Anos Número de acidentes nos

países membros da

OCDE

Número de óbitos nos

países membros da

OCDE

Óbitos por acidentes nos

países membros da

OCDE

Número de acidentes nos

países não membros da

OCDE

Número de óbitos nos países não

membros da OCDE

Óbitos por acidentes nos

países não membros da

OCDE

1970-1974 11 187 17 6 211 35.2

1975-1979 18 295 16.4 9 576 64

1980-1984 14 67 4.8 14 4623 330.2

1985-1989 27 90 3.3 24 928 38.7

1990-1994 14 174 12.4 36 1723 47.9

Fonte: Alvaro Bezerra

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Carlos Machado de Freitas

PERCENTUAL DE ACIDENTES QUÍMICOS AMPLIADOS REGISTRADOS NO MUNDO ENTRE 1974 - 1987 COM MAIS DE 50 ÓBITOS, OU MAIS DE

100 LESIONADOS, OU MAIS DE 50 MILHÕES DE DÓLARES EM PREJUÍZOS (EXCLUINDO OS PREJUÍZOS INTERNOS ÀS INDÚSTRIAS)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

ACIDENTES ÓBITOS LESIONADOS

A

B

Paí

ses

in

du

stri

ali

zad

os

Paí

ses

em

pro

cess

o d

e in

du

stri

aliz

ação

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Carlos Machado de FreitasFonte: Adaptação de EIRD, 2009

FORÇAS MOTRIZES GLOBAIS

Modelo de desenvolvimento econômico e urbano

Governança frágil e baixa capacidade endógena para Redução Risco de Desastres

FORÇAS MOTRIZES SUBJACENTES

Governança local frágil

Precário planejamento urbano

Degradação ambiental

Comunidades vulneráveis

Precária Redução Risco de Desastres e proteção social

RISCOS INTENSIVOS

Maior concentração de populações vulneráveis e bens

econômicos expostos à ameaças extremas

RISCOS EXTENSIVOS

Dispersos geograficamente e exposição da população e bens econômicos à ameaças de baixa

ou moderada intensividade

RISCOS COTIDIANOS

Comunidades e moradias expostas à insegurança

alimentar, doenças, criminalidade, acidentes, poluição e ausência de

saneamento e água adequada

POBREZA

Pobreza de recursos econômicos e políticos, exclusão e

discriminação com precário acesso a educação e

oportunidades de acesso a bens

IMPACTOS DOS DESASTRES

Maior mortalidade e perdas econômicas

Danos as habitações, infraestrutura local e produção e acesso aos alimentos

RESULTADOS DA POBREZA

Impactos de curto e longo prazos sobre os rendimentos, consumo, bem-estar e equidade

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Carlos Machado de Freitas

O QUE DEMONSTRARAM ALGUNS O QUE DEMONSTRARAM ALGUNS ESTUDOSESTUDOS

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EUAEUA

Dos acidentes registrados na polícia rodoviária (n=485) e no departamento nacional de transportes (n=474), na Califórnia entre janeiro de 1982 e setembro de 1983, foi encontrado uma média de aproximadamente 3 vítimas por acidente para os 62 eventos (aproximadamente 13% nos dois sistemas de registros) em que havia informações sobre pessoas expostas.

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EUAEUA

587 eventos com emissões químicas perigosas em três sistemas de registros no ano de 1986:

• Centro Nacional de Respostas à Emergências (n=288)• Sistema de Informações Sobre Materiais Perigosos (n=208) • Base de Dados de Eventos Agudos Perigosos (n=168). • Alguns eventos eram comuns a dois sistemas de registros, sendo que apenas 1% eram comuns aos três sistemas de registros

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FUNÇÕES BÁSICAS DA VIGILÂNCIA FUNÇÕES BÁSICAS DA VIGILÂNCIA EM SAÚDEEM SAÚDE

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• coletar dados e ter acesso aos dados de outras instituições sobre ameaças/perigos ambientais, exposição humana e efeitos sobre a saúde

• estes dados devem ser convertidos em informações para subsidiar a formulação de políticas públicas para o controle e a prevenção de riscos

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• Análise e interpretação dos dados estabelecendo necessidade de investigações futuras (surtos, acidentes, eventos sentinelas, etc.) ou mesmo recomendações para intervenção/prevenção; preparação de relatórios e alertas para o público; gerar conjunto de dados para outros usuários, etc.

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• Comunicação com os vários usuários dos dados da vigilância (executivo, legislativo e judiciário; responsáveis por programas de controle e prevenção, profissionais de saúde; imprensa, publico geral; populações afetadas)

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Estabelecimento de critérios para a seleção de dados (ameaças/perigos versus exposição versus efeitos) relacionados aos acidentes envolvendo produtos perigosos

• Vigilância das Ameaças/Perigos;• Vigilância da Exposição;• Vigilância dos Efeitos

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FIGURA II: INTERRELAÇÃO ENTRE AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO E AVALIAÇÃODE EFEITOS NO PARADIGMA DA SAÚDE AMBIENTAL

Avaliação da Exposição. Nível . Fontes. Distribuição . Dose no. # de pessoas . Orgão alvo

Avaliação de Efeitos. Perigo intrinseco. Tipo de efeito

Fonte: Sexton et al., 1992 . Dose-resposta

FONTES DEEMISSÕES

Tipos depoluentes

Quantidadesemitidas

Localizaçãogeográfica

CONCENTRA-ÇÕESAMBIENTAIS

Ar

Água

Solo

Cadeiaalimentar

EXPOSIÇÕESHUMANAS

Rota

Magnitude

Duração

Frequência

DOSEINTERNA

Doseabsorvida

Dose noórgão alvo

Biomar-cadores

EFEITOS NASAÚDE

Mortalidade

Morbidade Danos Doenças Sinais Sintomas

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Coleta e Análise de Dados

Em relação as fontes de dados podemos citar:• dados ambientais;• investigação em populações expostas;• notificações em serviços de saúde; • bases de dados administrativos;• inquéritos de base populacional;• amostras (ambientais e humanas) e eventos ou serviços de saúde sentinelas;• outras fontes (rumores)

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VIGILÂNCIA BASEADA NAS VIGILÂNCIA BASEADA NAS AMEAÇAS/PERIGOSAMEAÇAS/PERIGOS

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As ameaças e perigos se referem aos eventos e produtos perigosos que podem produzir um efeito adverso na saúde das populações expostas.

Os dados sobre as ameaças e perigos ambientais envolvem tanto sobre o tipo de evento (acidente), como também os relacionados aos produtos envolvidos nos acidentes e sua presença na água, no ar, no solo ou nos alimentos

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Coleta e Análise de Dados

Monitoramento ambiental: Fundamental para a vigilância das ameaças/perigosos

Envolve atividades de coleta de dados de produtos perigosos (ar, água, solo e alimentos) com o objetivo de identificar a presença e a quantidade de substâncias químicas no ambiente. Quando não é contínuo, mas intermitente, ou tem como alvo áreas específicas suspeitas de terem sido contaminadas, se utiliza o termo amostragem ambiental

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VIGILÂNCIA BASEADA NA VIGILÂNCIA BASEADA NA EXPOSIÇÃOEXPOSIÇÃO

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Vigilância da Exposição

• Exposição se refere à indicação da presença de ameaças/perigos para seres humanos.

• Os dados sobre a exposição envolvem marcadores biológicos, monitoramento de populações, inquéritos e entrevistas

• Estimativas da exposição envolvem a aplicação dos dados sobre produtos perigosos à denominadores populacionais

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Coleta e Análise de Dados

• Investigações de base populacional: exemplifica um tipo de vigilância da exposição e envolve atividades de monitoramento biológico com o objetivo de detectar exposições aos perigos antes da ocorrência dos efeitos adversos.

Exemplo: testes rotineiros para identificar elevados níveis de chumbo no sangue subsidiam ações de saúde pública, clínicas (medicação para redução dos níveis) e ambientais (remediação das habitações, retirando a tinta com chumbo)..

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VIGILÂNCIA BASEADA NOS VIGILÂNCIA BASEADA NOS EFEITOS EFEITOS

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Coleta e Análise de Dados

• Notificações nos serviços de saúde: constitui a base mais tradicional e histórica da Vigilância em Saúde Pública - vigilância dos efeitos.

Mesmo para doenças de notificação compulsória, a notificação pode ser incompleta (exemplos: intoxicações por agrotóxicos)

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Coleta e Análise de Dados

• Bases de dados administrativos: envolve dados coletados não com o objetivo da vigilância, mas que servem para tal propósito.

Vantagem: indicação do problema em termos de doenças e agravos (SIA-SUS, SIH-SUS, SIM, SIAB, etc) e baixo custo para a vigilância.

Limites: ausência de controle sobre a coleta de dados

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Vigilância dos EfeitosVigilância dos Efeitos

• Os efeitos sobre a saúde incluem aqueles que são mensuráveis ou observáveis em seres humanos. Um típico exemplo é a vigilância de determinados efeitos específicos associados à exposição em um caso específico de acidente.

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Coleta e Análise de Dados

• Amostras e sentinelas: coleta de dados em situações que oferecem oportunidade de medições periódicas, ainda que não projetada para ser uma estratégia de amostragem representativa; bem como informações de profissionais, serviços e eventos sentinelas de especial interesse (acidentes, intoxicações, etc.) são importantes de serem considerados para intensificar a vigilância ambiental em saúde.

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Que tipo de dados coletar e analisar quando os acidentes que envolvem produtos perigosos na produção, no transporte e no armazenamento envolvem uma multiplicidade de acidentes que vão além dos diretamente relacionados às substâncias químicas?

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EXEMPLOS DE TIPOS DE ACIDENTES E CARACTERÍSTICAS SOCIAIS, TECNOLÓGICAS E EPIDEMIOLÓGICAS

TIPO DE ACIDENTE

SETORES GERALMENTE ENVOLVIDOS

EXEMPLOS DE CARACTERÍSTICAS SOCIAIS TECNOLÓGICAS EPIDEMIOLÓGICAS

1- trabalhos manuais simples e quedas

construção civil baixa qualificação e baixo nível de organização sindical

organização do canteiro de obras, ferramentas manuais

elevada freqüência; gravidade baixa, média e alta

2- trabalho com máquinas

metal-mecânico qualificação e organização sindical variada, sendo maior nas grandes empresas

máquinas diversas em postos de trabalho específicos

média freqüência; gravidade média

3- incêndios, explosões e vazamentos

indústrias de processo contínuo, tais como nuclear, químicas e petroquímicas

elevado nível de qualificação e organização sindical

sistemas altamente complexos e fortemente interligados

baixa freqüência; gravidade elevada, (principalmente nos casos deacidentes coletivos e ambientais)

4- acidentes de rua(trânsito e criminalidade)

empresas de transporte e segurança, policiais, trabalhadores autônomos, pedestres e cidadãos em geral

abrangente e variável

frotas de veículos; vias de tráfego;armas de fogo

elevada freqüência; gravidade elevada

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Vigilância em Saúde Ambiental e do Vigilância em Saúde Ambiental e do TrabalhadorTrabalhador

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EXEMPLOS DE INDICADORES DE EXEMPLOS DE INDICADORES DE AMEAÇAS/PERIGOSAMEAÇAS/PERIGOS

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Dados sobre situação, efeitos e respostas relacionadas aos APPs no Brasil (2006-Dados sobre situação, efeitos e respostas relacionadas aos APPs no Brasil (2006-2009)2009)

Estado/Região Situação Efeitos Respostas

Dados sobre eventos que

alteram a situação

ambiental e geram

exposições

Dados sobre morbidade relacionada à intoxicações e

internações

Dados sobre mortalidade - óbitos

Dados sobre ações de vigilância em saúde ambiental

P2R2 Sedec Sinitox Sinan SIH Sinitox SIM Existência de Vigiapp

Centro-Oeste 274 0 2.823 321 24 21 437 2 em 4 estados

Nordeste 371 0 2.207 469 10 14 1.068 3 em 9 estados

Norte 74 0 488 133 14 1 312 5 em 7 estados

Sudeste 2.393 0 12.198 1.085 57 23 1.969 3 em 4 estados

Sul 489 0 6.008 1.381 86 19 988 2 em 3 estados

TOTAL 3.601 0 23.724 3.389 191 78 4.774 15 em 27 15 em 27 estadosestados

Fonte: Beltrami, Freitas e Machado

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Comitês Estaduais de Desastres e Normas que os instituiu, por estados. Brasil, 2010Comitês Estaduais de Desastres e Normas que os instituiu, por estados. Brasil, 2010

UF Órgãos Colegiados Normas de Instituição

ALComitê Operativo de Emergência em Saúde Portaria Nº 181, 5/7/2010

Comitê de Atenção à Saúde a Desastres Portaria Nº 257, 4/9/2008

CE

Comissão Estadual de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos e Desastres de Origem Natural

Decreto Nº 30.087, 24/9/2010

Comitê Estadual de Saúde em Desastres Portaria Nº 1.946, 1º/10/2010

MG Comitê Estadual de Saúde em Desastres Resolução SES Nº 2.676, 7/2/2011

PAComitê Técnico Assessor de Informações Estratégicas

e Respostas em Vigilância em SaúdePortaria Nº 1.170, 13/9/2010

PEComitê de Enfrentamento de Emergência de Saúde

Pública de Interesse Nacional e InternacionalPortaria Nº 494, 6/7/2009

PR

Comitê Gestor do Sistema Estadual de Urgência-SESA, SEPL

Decreto Nº 8.854, 25/11/2010

Comitê Gestor do Sistema Estadual de Atenção às Urgências em Saúde

Resolução SESA Nº 0267, 23/4/2010

RNComitê Estadual de Enfrentamento de Emergência em

Saúde PúblicaPortaria GS/SESAP Nº 127, 16/6/2010

RS Comitê Estadual de Saúde em Desastres Portaria Nº 99/9, 2/2011

SCGrupo de Reação à Situação de Emergência e ao

Estado de Calamidade PúblicaDecreto Nº 1.940, 3/12/2008

SPGrupo Técnico de Ações de Vigilância em Saúde

AmbientalPortaria CCD-1, 13/1/2010

Fonte: Beltrami, Freitas e Machado

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Vigilância em Saúde Ambiental e do Vigilância em Saúde Ambiental e do TrabalhadorTrabalhador

Carlos Machado de Freitas

PRINCÍPIOS PARA O PRINCÍPIOS PARA O PLANEJAMENTO E A COLETA DE PLANEJAMENTO E A COLETA DE

DADOSDADOS

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Vigilância em Saúde Ambiental e do Vigilância em Saúde Ambiental e do TrabalhadorTrabalhador

Carlos Machado de Freitas

Coleta e Análise de Dados

Em relação a análise dos dados quatro princípios devem nortear:

• planejamento;

• parcerias e cooperação;

• avaliação e controle da qualidade;

• compreensão das limitações

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Carlos Machado de Freitas

Planejamento

Passos que antecedem a análise dos dados incluem:

• criação de sistemas integrados que conectem tanto a coleta, análise e emissão dos dados, assim como os níveis local, estadual e nacional• capacitação de recursos humanos;• identificação dos usuários e suas necessidades;• estabelecimento dos procedimentos para a avaliação dos dados

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Carlos Machado de Freitas

Parcerias e cooperação

Além de envolver a coleta, análise e emissão dos dados, assim como os níveis local, estadual e nacional do setor saúde, inclui outros setores públicos governamentais (defesa civil, órgãos ambientais, polícia rodoviária, corpo de bombeiros) e não-governamentais (indústria química, empresas de transporte de produtos perigosos, etc).

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Avaliação e controle da qualidade

Estabelecimento de procedimentos e protocolos para redução dos erros na coleta, entrada, classificação e manuseio dos dados rotineiros, assim como para investigações populacionais e amostras ambientais de inspeções de áreas

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Compreensão das limitaçõesCompreensão das limitações

A análise dos dados requer conhecimentos das fontes dos dados:

• do tipo de planejamento adotado (integração e concepção de acesso); • dos procedimentos adotados para a avaliação e controle dos dados; • das limitações dos instrumentos analíticos (SIGs);• compreensão do objetivo da análise dos dados e das prioridades para a Saúde Pública

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PROPOSTAS PACTUADAS NO PROJETO PROPOSTAS PACTUADAS NO PROJETO ““Estruturação de um Sistema Nacional de Estruturação de um Sistema Nacional de

Vigilância em Saúde Ambiental de Acidentes Vigilância em Saúde Ambiental de Acidentes Envolvendo Produtos Perigosos” - concluído Envolvendo Produtos Perigosos” - concluído

em 2003em 2003

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1) Local do Acidente: (especificando: estado / município / rua ou avenida / nº / rodovia e km / coordenadas geográficas / localidade / pontos de referência)

2) Data da Ocorrência: (hora/dia/mês/ano)

3) Data do Acionamento: (hora/dia/mês/ano)

4) Data do Atendimento: (hora/dia/mês/ano)

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5) Condições Meteorológicas: (chuva / vento / neblina)

6) Informante: (quem forneceu a informação sobre o acidente)

7) Nome das Empresas Envolvidas no AcidenteEm caso de instalações fixas, especificar o

nome da empresa principalEm caso de acidente de transporte especificar

o expedidor, o fabricante/importador, o transportador e o destinatário

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8) Tipo de Instalação Fixa ou Modal de Transporte

Em caso de instalação fixa, especificar se indústria, mineração ou serviços

Em caso de transporte, especificar o modal (rodoviário, ferroviário, hidroviário, aeroviário, dutoviário) e o o tipo de acondicionamento da carga

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9) Tipo de Acidente Instalações fixas: incêndio, explosão,

vazamentoTransporte: além dos tipos de acidentes

acima, especificar se houve colisão, tombamento, capotamento, abalroamento ou outros.

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10) Modo de Operação: (especificar se produção/operação normal, manutenção, partida e parada de unidade industrial, armazenamento, carregamento/descarregamento, transferência, transporte, disposição/tratamento, descarte, outros)

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SITUAÇÕES CRÍTICAS DE RISCO DO PROCESSO DE TRABALHO E SUAS CARACTERÍSTICAS

FASE CARACTERÍSTICAS DE SITUAÇÕES CRÍTICAS DE RISCO

Manutenção em paradas

Intensificação das atividades de manutenção

Partidas Necessidade de atingir a um novo equilíbrio operacional, monitoramento intensificado

Manutenção em operação

Relação entre operação e manutenção, coordenação de atividades e somatório de situações de risco

Operação Padrão de operação, ritmo, intensidade, tarefas cíclicas, riscos do processo

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11) Substâncias/Produtos Envolvidas(os): (nome da substância / nome comercial / número da ONU / classe ou subclasse de risco / número de risco / componentes no caso de misturas / outras informações disponíveis)

12) Quantidade Estimada: (vazada / armazenada / transportada)

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13) Conseqüências: 13.1. Aos seres humanos13.2. Ao Meio Ambiente:

14) Evacuação;

15) Descrição e Observações Gerais sobre o Acidente:

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VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDEVIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE

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16) Órgãos Envolvidos no Atendimento à Emergência (especificando os públicos e os privados)

17) Nome e instituição de quem preencheu o relatório

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PRINCÍPIOS PARA AS RESPOSTAS PRINCÍPIOS PARA AS RESPOSTAS SOCIAIS DO SETOR SAÚDE AOS SOCIAIS DO SETOR SAÚDE AOS

ACIDENTES ENVOLVENDO ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS PERIGOSOSPRODUTOS PERIGOSOS

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Uma das Funções Essenciais da Saúde Pública(OPAS, 2002) é:

REDUÇÃO DO IMPACTO DAS EMERGÊNCIAS REDUÇÃO DO IMPACTO DAS EMERGÊNCIAS E DESASTRES EM SAÚDE E DESASTRES EM SAÚDE

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Para a Redução do Impacto das Emergências e Para a Redução do Impacto das Emergências e Desastres em Saúde são previstas as Desastres em Saúde são previstas as seguintes ações:seguintes ações:

• O desenvolvimento de políticas, o

planejamento e a realização de ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e reabilitação para reduzir o impacto dos desastres sobre a saúde pública

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• Enfoque integral com relação aos danos e a origem de todas ou cada uma das emergências ou desastres possíveis na realidade do país

• Participação de todo o sistema de saúde e a mais ampla colaboração intersetorial e interinstitucional na redução do impacto de emergências ou desastres

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INDICAÇÕES DE LEITURASINDICAÇÕES DE LEITURAS

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Beltrami, AC. Acidentes com produtos perigosos – Análise de dados dos sistemas de Beltrami, AC. Acidentes com produtos perigosos – Análise de dados dos sistemas de informações como subsídio às ações de vigilância em saúde ambiental. [Dissertação informações como subsídio às ações de vigilância em saúde ambiental. [Dissertação de Mestrado] Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação de Mestrado] Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz; 2009.Oswaldo Cruz; 2009.

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Nunes FP. Contribuição para a estruturação da vigilância ambiental em saúde dos Nunes FP. Contribuição para a estruturação da vigilância ambiental em saúde dos acidentes com produtos perigosos: construção de um sistema de registro integrado. acidentes com produtos perigosos: construção de um sistema de registro integrado. [Dissertação de Mestrado] Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública da [Dissertação de Mestrado] Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz; 2005.Fundação Oswaldo Cruz; 2005.

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Carlos Machado de Freitas

Bom dia para todosBom dia para todos

Carlos Machado de FreitasCarlos Machado de FreitasCentro de Estudos e Pesquisas de Emergências e Centro de Estudos e Pesquisas de Emergências e Desastres em Saúde – Fundação Oswaldo CruzDesastres em Saúde – Fundação Oswaldo Cruz

[email protected]@ensp.fiocruz.br