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1 * ATENÇÃO: Copiar é CRIME. Art. 184 do código Penal. Lei n° 5998/73 ESTUDANTE: Apostila 01 ' I - VÍRUS 1. Conceito: Os vírus são os menores agentes infecciosos capazes de produzir doenças no homem, outros animais e vegetais. São caracterizados por apresentarem um tipo de ácido nucléico, parasitismo intracelular (em células vivas) e resistência à antibióticos e sulfamidas. Os vírus são diferentes de todos os seres vivos porque não são formados por células (acelulares) 2. Hipóteses sobre a evolução viral Algumas hipóteses foram criadas ao longo dos anos para tentar explicar a evolução viral, como: - Os vírus atuais existem desde as primeiras células, porém somente a algum tempo é que assaram a produzir doenças. - Os vírus são componentes celulares que num determinado momento fugiram ao controle genético de uma célula viva. - Os vírus são bactérias que perderam alguma estrutura em um processo de evolução regressiva. Apesar de existirem, nenhuma dessas hipóteses é aceita, não havendo, por isso, nada, até hoje, que explique a origem viral. 3. Estrutura Viral Um vírus apresenta uma parte central denominada cerne ou core , onde se encontra o ácido nucléico viral; uma camada mais externa de proteína chamada de capsídeo que é formada por unidades estruturais denominadas capsômeros. Alguns outros vírus podem apresentar também um envelope lipídico chamado invólucro . 3.1 - Capsídeo: Envoltório protéico ou camada que encerra o genoma de ácido nucléico. Além de proteger o ácido nucléico, o capsídeo tem a capacidade de combinar-se quimicamente com substâncias presentes na superfície da célula. 3.2 - Capsômeros: Aglomerados de polipeptídeos que se encontram na superfície das partículas virais icosaédricas, observadas ao microscópio eletrônico. OBS: As Principais funções da proteína viral: - Facilitara transferência do ácido nucléico viral de uma célula hospedeira para outra. - Proteger o genoma viral da inativação por nucleases. - Fixação da partícula viral à célula susceptível. 3.3 – Invólucro: Membrana contendo lipídios que circunda algumas partículas virais. 3.4 – Material genético (ácido nucléico): pode ser constituído de filamento único ou duplo, circular ou linear, segmentado ou não. Sabe-se que cada espécie viral apresenta um único tipo de material genético na sua constituição (DNA ou RNA), onde estão inscritas as informações necessárias para a produção de novos vírus, mas já foram encontrados vírus que contenham os dois ácidos nucléicos ao mesmo tempo. NOTA: Presença de DNA e RNA em vírus causador da pneumonia: Suzan-Monti et al. (2006) Genomic and evolutionary aspects of Mimivirus. Virus Res.,117:145- 155. 4. Diagnóstico viral : Existem no diagnóstico dois fatos importantes: 4.1 – Isolamento: demonstração da presença do vírus no organismo humano. 4.2 – Sorologia: demonstração da presença da doença no organismo humano. NOTA: Alguns vírus podem apresentar um diagnóstico clínico facilitado como, por exemplo, o causador do sarampo, que provoca o aparecimento de manchas (ou sinal de Koplik). Estas manchas de cor branco-azulado, do tamanho de uma cabeça de alfinete, estão localizadas na cavidade oral, próximo à chamada úvula. IMPORTANTE: Um vírus pelo seu tamanho diminuto não pode ser observado ao microscópio óptico comum. Entretanto, alguns poucos vírus podem se agrupar em centenas deles e formarem os chamados corpúsculos de inclusão que pelo aumento de tamanho facilitam o seu diagnóstico no microscópio óptico. Ex.: corpúsculo de Negri pelo vírus da raiva. Cerne ou core (Ac. Nucléico.) Capsômeros Capsídeo Isolamento (+) Sorologia (-) Tem o vírus e não tem a doença. Isolamento (+) Sorologia (+) Tem o vírus e a doença. Fonte: http://anatpat.unicamp.br/lamneuro6.html

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ESTUDANTE: Apostila 01

' I - VÍRUS 1. Conceito: Os vírus são os menores agentes infecciosos capazes de produzir doenças no homem, outros animais e vegetais. São caracterizados por apresentarem um só tipo de ácido nucléico, parasitismo intracelular (em células vivas) e resistência à antibióticos e sulfamidas. Os vírus são diferentes de todos os seres vivos porque não são formados por células (acelulares) 2. Hipóteses sobre a evolução viral

Algumas hipóteses foram criadas ao longo dos anos para tentar explicar a evolução viral, como: - Os vírus atuais existem desde as primeiras células, porém somente a algum tempo é que assaram a produzir doenças. - Os vírus são componentes celulares que num determinado momento fugiram ao controle genético de uma célula viva. - Os vírus são bactérias que perderam alguma estrutura em um processo de evolução regressiva. Apesar de existirem, nenhuma dessas hipóteses é aceita, não havendo, por isso, nada, até hoje, que explique a origem viral. 3. Estrutura Viral Um vírus apresenta uma parte central denominada cerne ou core, onde se encontra o ácido nucléico viral; uma camada mais externa de proteína chamada de capsídeo que é formada por unidades estruturais denominadas capsômeros. Alguns outros vírus podem apresentar também um envelope lipídico chamado invólucro.

3.1 - Capsídeo: Envoltório protéico ou camada que encerra o genoma de ácido nucléico. Além de proteger o ácido nucléico, o capsídeo tem a capacidade de combinar-se quimicamente com substâncias presentes na superfície da célula. 3.2 - Capsômeros: Aglomerados de polipeptídeos que se encontram na superfície das partículas virais

icosaédricas, observadas ao microscópio eletrônico.

OBS: As Principais funções da proteína viral: - Facilitara transferência do ácido nucléico viral de uma célula hospedeira para outra. - Proteger o genoma viral da inativação por nucleases. - Fixação da partícula viral à célula susceptível. 3.3 – Invólucro: Membrana contendo lipídios que circunda algumas partículas virais. 3.4 – Material genético (ácido nucléico): pode ser constituído de filamento único ou duplo, circular ou linear, segmentado ou não. Sabe-se que cada espécie viral apresenta um único tipo de material genético na sua constituição (DNA ou RNA), onde estão inscritas as informações necessárias para a produção de novos vírus, mas já foram encontrados vírus que contenham os dois ácidos nucléicos ao mesmo tempo. NOTA: Presença de DNA e RNA em vírus causador da pneumonia: Suzan-Monti et al. (2006) Genomic and evolutionary aspects of Mimivirus. Virus Res.,117:145-155. 4. Diagnóstico viral: Existem no diagnóstico dois fatos importantes: 4.1 – Isolamento: demonstração da presença do vírus no organismo humano. 4.2 – Sorologia: demonstração da presença da doença no organismo humano. NOTA: Alguns vírus podem apresentar um diagnóstico clínico facilitado como, por exemplo, o causador do sarampo, que provoca o aparecimento de manchas (ou sinal de Koplik). Estas manchas de cor branco-azulado, do tamanho de uma cabeça de alfinete, estão localizadas na cavidade oral, próximo à chamada úvula. IMPORTANTE: Um vírus pelo seu tamanho diminuto não pode ser observado ao microscópio óptico comum. Entretanto, alguns poucos vírus podem se agrupar em centenas deles e formarem os chamados corpúsculos de inclusão que pelo aumento de tamanho facilitam o seu diagnóstico no microscópio óptico. Ex.: corpúsculo de Negri pelo vírus da raiva.

Cerne ou core (Ac. Nucléico.)

Capsômeros

Capsídeo

Isolamento (+)

Sorologia (-) Tem o vírus e não tem a doença.

Isolamento (+)

Sorologia (+) Tem o vírus e a doença.

Fonte: http://anatpat.unicamp.br/lamneuro6.html

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5. Reprodução Alguns vírus penetram totalmente na célula enquanto outros apenas injetam o seu material genético. Esses seres só manifestam atividade quando penetram em uma célula hospedeira, introduzindo nela o seu ácido nucléico (DNA ou RNA) que entra em ação, usando para isso os componentes celulares.

Em geral os vírus apresentam especificidade celular, ou seja, só aderem à superfície de uma célula que apresenta moléculas receptoras capazes de se combinar a ele. Os vírus podem realizar dois ciclos reprodutivos: ciclo lítico e ciclo lisogênico. O ciclo lítico (A) ocorre quando a célula infectada se rompe liberando novos vírus. Já no ciclo lisogênico (B), o DNA viral permanece ligado ao da célula hospedeira, sendo, por isso, denominado de pró-vírus.

Dentro da célula hospedeira começa a ocorrer multiplicação do material genético viral. Simultaneamente, tem início a produção das proteínas que constituirão o capsídeo dos novos vírus. A união do capsídeo com o material genético é que resulta na formação de novos vírus.

A reprodução de vírus de RNA, como é o caso do HIV, é diferenciada devido a presença nestes vírus de uma enzima chamada transcriptase reversa. Esta molécula permite aos vírus fabricar moléculas de DNA a partir de moléculas de RNA, o contrário do que normalmente ocorre nas células, onde se produz RNA a partir de DNA. Por possuírem essa enzima que atua “ao reverso” esses vírus são denominados de retrovírus.

6. Doenças virais 6.1. Gripe ou influenza a) Conceito: É uma virose aguda do trato respiratório que sempre se apresenta endêmica. Inúmeras vezes se torna epidêmica e raramente pode ser pandêmica. O vírus tem como característica principal a mutabilidade genética, considerada atualmente o maior desafio científico. b) Estrutura: O vírus da gripe apresenta, além do RNA, pois espículos em seu envelope chamados de neuraminidase e de hemaglutinina, na proporção 1:4.

c) Hospedeiros: Os vírus da gripe podem acometer os humanos e outros animais, principalmente os suínos e as aves. d) Tipos antigênicos: Existem três tipos: o tipo A, que é mais instável acomete o homem e outros animais, causando pandemias; o tipo B é apenas do homem e podem chegar a causar epidemias; o tipo C, que é o mais estável, é apenas humano semelhante, clinicamente, ao resfriado e podendo chagar no máximo nas epidemias.

Representação esquemática dos ciclos lítico (A) e lisogênico (B) de vírus bacteriófago (fago) em célula bacteriana hospedeira.

(A) (B)

NOTA: O espículo de hemaglutinina confere ao vírus a capacidade de aglutinar as hemácias humanas. O espículo de neuraminidase tem a função de destruir a mucina (proteína que forma a camada de muco presente nas vias respiratórias superiores), provocando a chamada coriza, levando a disseminação do vírus que inicia sua ação no trato respiratório superior passando, então, para traquéias e brônquios.

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e) Patogenia e patologia: A transmissão é feita através da contaminação de partículas chamadas perdigotos em suspensão no ar contendo o vírus gripal. Hoje acredita-se que 45% dos casos são motivados por elementos contaminados. O período de incubação é de dois dias. A clínica é dada por: febre, cefaléia, mialgia, ânsia de vômito, e nas crianças, algumas vezes, a diarréia. O período da doença é cerca de 7 dias e o último sinal clínico é a tosse considerada “seca” quando há complicação. As complicações mais incidentes são: pneumonia, bronco-pneumonia e otite média e externa provocada por contaminação bacteriana secundária, principalmente por Staphylococcus aureus e Streptococcus β hemolítico, aumentando muito os casos de óbito. f) Tratamento: Consiste basicamente no repouso e aumento da ingestão de água para melhor hidratação. g) Controle: Através da vacinação anti-gripal que apresenta os tipos A (subtipos) e o tipo B. OBS: Apesar de recomendada, a vacinação anti-gripal apresenta dois agravantes: a incerteza de proteção e a curta duração de validade. Hoje ela é feita em dose única anual e para idosos acima de 60 anos. 6.2. Hidrofobia ou raiva a) Conceito: É uma virose aguda do sistema nervoso central (SNC) formadora de um quadro de meningo-encéfalo-mielite que apresenta 100% de mortalidade à medida que se instale o primeiro sintoma. b) Estrutura: O vírus da raiva apresenta RNA como material genético e envelope, por isso é sensível ao éter. Tem a forma de uma bala de revólver, possuindo espículos em toda a sua estrutura. Apresenta a simetria de seus capsômeros de forma helicoidal.

OBS: O vírus é rapidamente inativado pela ação de luz ultravioleta. Ele pode ser encontrado em

ordem de freqüência no SNC, na saliva, na urina, na linfa, no leite e no sangue. c) Hospedeiros: Todos os animais de sangue quente, principalmente o cão, o gato, o gado, o morcego, o lobo e o homem que é considerado um hospedeiro acidental. - No cão: a transmissão é feita através de mordedura de um outro animal raivoso que apresenta o vírus na saliva. OBS: Somente 35% dos animais explicitamente raivosos apresentam o vírus na saliva e, portanto, são transmissores. O período de incubação é de 60 dias e, clinicamente, o cão apresenta: dificuldade motora na marcha, mudança de comportamento, latido bitonal, perda de líquido intensa, fotofobia, emagrecimento total e convulsões bradas. A morte do animal ocorre em 5 à 8 dias, principalmente por parada respiratória. - No homem: A transmissão é feita através da mordedura ou lambedura um animal raivoso que apresente o vírus na saliva. O período de incubação é de 2 meses a mais de um ano. A doença se manifesta através de: complicação motora, parestesia (não há sensação de dor) no local da agressão, convulsões, tríade nervosa (agressividade, sonolência e irritabilidade), relaxamento de esfíncteres e emagrecimento total. A morte vem em cerca de 5 dias por parada cárdiorespiratória. d) Tratamento: Lavagem com água corrente e sabão grosso; com composto iodado (lugol) ou com álcool a 70%; instilação ou injeção de soro anti-rábico no local da agressão. OBS: Após um desses procedimentos é muito importante que o paciente seja encaminhado para o sistema de saúde mais próximo. 6.3. Arboviroses Os arbovírus são vírus que vivem no interior de artrópodes (invertebrados) que à medida que se tornam infectantes são para o resto da vida (dois meses). Existem no mundo mais de 100 tipos desses vírus, principalmente, na Amazônia e na África. 6.3.1. Febre amarela a) Conceito: é uma virose caracterizada por três pontos clínicos: Icterícia, albuminúria e hemorragia. b) Patogenia: a porta de entrada é pela pele através da inoculação do vírus pelo mosquito hematófago. O período de incubação é de 3 a 6 dias e, após a penetração, o vírus se multiplica nos gânglios linfáticos próximos ao local da picada. O vírus, então, cai na circulação sanguínea e é levado até o fígado, os rins, o baço, a medula óssea e para outros gânglios linfáticos. As hemorragias além de se localizarem na boca, na lágrima e no ânus, também comprometem principalmente o estômago. A doença, após uma melhora considerável, pode ter em 97% dos casos uma regressão completa, ou em 3% dos casos, após 24 horas, aparece o chamado vômito negro com prenuncia de óbito. c) Ciclos: Existem dois ciclos da febre amarela:

NOTA: Existe um composto de amina quaternária chamada cloridrato de amantidina que tem a função de impedir a replicação viral e, portanto, diminuir o número de dias da doença, bem como atenuar os sintomas. A contra-indicação determina principalmente a insônia e raramente a convulsão. O ideal é o uso da aspirina e da abundância líquido.

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c.1. Ciclo urbano: já erradicado. Esse ciclo é formado homem – Aedes aegypti – homem c.2. Ciclo sivestre: é formado pelo macaco – Haemagogus – homem. OBS: O homem é considerado um hospedeiro acidental. d) Controle: A vacina chamada 17D pode ser feita acima de 6 meses e em não-gestantes com uma cobertura de 10 anos. 6.3.2. Dengue a) Conceito: A dengue ou febre do quebra ossos é uma virose com baixo índice de mortalidade, sendo responsável por dores articulares, mialgias (dor muscular) e exantemas (erupção vermelha da pele). b) Patogenia: A transmissão é feita através de picada do Aedes aegypti. O período de encubação é de 3 a 15 dias e o sintoma clínico acentuado é a dor óssea, principalmente na cavidade orbitária. c) Controle: Não há vacina contra a dengue. OBS1: Existem quatro tipos antigênicos, do 1 ao 4, sendo que no Brasil só estão presentes o tipo 1 e 2. OBS2: Os casos mais graves da dengue ocorrem em uma segunda infecção. 6.4. Herpes a) Conceito: Os vírus herpes são os mais incidentes de todos os vírus (mais de 80% da população se apresenta infectada), cuja característica e assumir, após primo-infecção, o chamado estado de latência que varia de 1 mês a 50 anos, quando o paciente apresenta casos de reincidência (recidiva). OBS: Esta infecção secundária pode ser clinicamente completamente diferente da primeira infecção. b) Características: São vírus grandes de DNA (de 150 a 200nm). Possuem 162 capsômeros, apresentando simetria icosaédrica. Têm envelope, portanto são sensíveis ao éter. c) Sub-famílias: A família herpetoviridae apresenta três

subtipos:

c.1) Alfa-herpetovirinae: apresenta um amplo espectro de hospedeiros. Esta sub-família é constituída do HSV1, HSV2 e do vírus varicela-zooster. I - HSV1 e HSV2: Esses vírus produzem vesículas ulcerativas na pele e mucosa provocando um acúmulo de líquidos que contem, além do vírus, células inflamatórias que na fase de cicatrização não deixam qualquer seqüela. Esses dois vírus são morfologicamente iguais, apenas se conclui que o tipo 1 é mais localizado na boca e o tipo 2 nos órgãos sexuais masculinos e femininos. OBS: A primoinfecção (primeira infecção) do HSV1 e HSV2 são inaparentes (sem sintomas) ou levemente sintomático. O HSV2 apresenta localização, no homem, principalmente na glande do pênis e, na mulher, na vagina, no períneo e colo do útero. OBS: Cerca de 90% das pacientes que apresentam carcinoma (câncer) do colo uterino possuem história clínica do HSV2. NOTA: os casos de reincidência (recidiva) de HSV2 são bem maiores do que de HSV1.

Entre os fatores pré-disponentes estão: exposição ao Sol, menstruação, stress, fadiga muscular e lesões traumáticas. Há formas de tratamento a base de quimioterápicos que evitam a duplicação do DNA celular, restringindo o tempo da doença. A profilaxia contra o vírus herpes simples é, fundamentalmente, a educação sanitária. O controle é através da vacina licenciada contra o herpes. Entretanto, como ocorre a recidiva, a vacina foi retirada de circulação. II – Grupo Varicela-zooster: Apresenta-se sob uma forma muito conhecida como catapora ou varicela, que funciona como primeiro ataque para a recidivância do herpes-zooster ou cobreiro. A transmissão ocorre através de contato aéreo, de via respiratória para via respiratória, ou por contato direto com as lesões vesiculares. A varicela comete crianças, sendo o seu período de incubação de 14 a 21 dias. Provoca lesões na pele e mucosas de forma generalizada, sendo mais virulenta no adulto. Já a herpes-zooster acomete adultos, principalmente idosos.

NOTA: A terminologia dengue hemorrágica é discutível em função da gravidade da doença ser determinada por um quadro não hemorrágico e sim de hipovolemia (diminuição do sangue circulante) seguido de choque. A doença propicia que a parede dos vasos aumente a sua permeabilidade e, portanto, ocorre um extravasamento da parte líquida (plasma) seguido do aumento da viscosidade sanguínea e, portanto, menor velocidade circulatória. Com isso, diminuição da pressão sistólica ou diastólica podendo chegar ao choque hipocolêmico e possível morte. Na realidade existem quatro graus da doença. A partir do grau I sem nenhuma hemorragia até o grau IV que apresenta distúrbios circulatórios e choque.

IMPORTANTE: As patogenias do HSV1 e HSV2 mais incidentes são: - Herpes febril ou labial: Ulcerações vesiculares localizadas nos lábios ou na junção mucocutânea. - Ceratoconjuntivite herpética: De localização ocular, causando opacificação da córnea com posterior segueira. - Herpes neonatal: Ocorre durante o parto de uma mãe ativada que contamina o recém-nascido de uma forma generalizada. A solução terapêutica é o parto cesariano. - Gengivoestomatite herpética: São casos mais graves que acometem a mucosa bucal, principalmente de crianças.

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NOTA: Herpes-zooster são lesões semelhantes ao herpes simples, apenas encontram-se ligadas ao próprio nervo desencadeando, portanto, um fenômeno de dor muito intenso. Não há vacinas contra o herpes-zooster, porém existem muitas vacinas contra a varicela. c.2) Beta-herpetovirinae: apresenta raríssimos hospedeiros. Seu período de latência ocorre nos rins e glândulas secretoriais. O vírus mais importante é o citomegalovírus.

O citomegalovírus recebe este nome por produzir aumento nas células infectadas de pelo menos quatro vezes o seu tamanho. Esse vírus provoca uma doença denominada de inclusão citomegárica nos recém-nascidos ou lactantes. Essa doença provoca anomalias como surdez, perda de visão e, principalmente, retardo mental. É uma doença das glândulas parótidas e, nas células, promove a inclusão semelhante ao olho de coruja, com diminuição do citoplasma e aumento exagerado do núcleo. O vírus é geralmente obtido da urina de pacientes infectados. c.3) Gama-herpetovirinae: herpesvírus que infectam o tecido linfóide (linfócitos) produzindo uma doença que atua sobre o linfócito B chamada mononucleose infecciosa aguda, cujos vírus causadores são denominados Epstein-Barr (EBV). O EBV infecta mais de 90% da população mundial. Essa doença acomete, principalmente, os adolescentes. A infecção ocorre, geralmente, na infância e é assintomática na maioria dos casos, persistindo de forma latente durante toda a vida do indivíduo. A transmissão é feita pela saliva, por isso é chamada de doença do beijo.

Os sintomas da mononucleose infecciosa mais comuns são: febre, dor de garganta e gânglios linfáticos e baço inchados. Normalmente a doença é autolimitada. Raramente prolonga-se por mais de seis meses, quando passa a ser denominada infecção crônica, ativa, pelo EBV.

6.5. AIDS ou SIDA (Síndrome da Imuno-Deficiênca Adquirida) a) Conceito: A SIDA ou AIDS é uma doença provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) que é encontrado em todos os casos da doença. Sua ação é sobre as células de defesa, causando deficiência imunológica e, consequentemente, possibilidades de infecções secundárias pelas chamadas doenças oportunistas. b) Histórico da doença: É provável que o HIV tenha aparecido pela primeira vez em humanos na África, perto do início do século XX, como resultado da infecção pelo vírus da imunodeficiência símia (SIV) de chimpanzés. A doença se espalhou pelo Caribe, mas foi só quando apareceu na população de homossexuais dos Estados Unidos que a AIDS ganhou a atenção do público. c) Características: O HIV é um lentivírus, uma classe de retrovírus. O nome significa vírus lento, assim chamado porque esses vírus demoraram muito tempo para causar a doença. Este vírus têm a sua informação genética codificada em RNA, sendo replicado utilizando DNA hospedeiro como intermediário, através da DNA-polimerase de origem viral denominada transcriptase reversa. Existem dois tipos de HIV: HIV-1 e HIV-2. Estes causam a doença clinicamente indistinguíveis, embora o tempo de início da doença é maior para o HIV-2. A epidemia mundial de HIV e Aids é causada pelo HIV-1, enquanto o HIV-2 é mais restrita a África Ocidental. Além disso o HIV-1 apresenta nove subtipos (A-I) enquanto que o HIV-2 apenas cinco (A-E). OBS: Como representantes dos retrovírus têm-se: HIV-1 e 2 (AIDS), HTLV, RSV e outros oncovírus (envolvidos em processos carcinogênicos). d) Estrutura: O vírus tem uma forma esférica, com cerca de 100 nm de diâmetro, estando envolvido por uma bicamada lipídica (envelope viral) originária da célula em que se deu a replicação viral.

Associadas à membrana viral encontram-se duas glicoproteínas: a proteína transmembranar gp41 (com função de fusionar as membranas), estando ligada à região externa desta a gp120 (atua na ligação aos receptores celulares). O RNA viral está localizado no centro do vírus, inserido numa cápside em forma de tronco cônico, formada por várias unidades da proteína p24 (também denominada p25) ou CA (capside). Nesta cápside localizam-se as enzimas virais (transcriptase reversa, integrase e protease) e as proteínas acessórias (Nef, Rev, Tat, Vif, Vpr e Vpu).

IMPORTANTE: Não se desenvolve zooster por contato com varicela, mas é possível desenvolver varicela em contato com zooster. Sendo o zooster a reativação do vírus que já estava no organismo, quem tem zooster é porque já se curou de uma varicela (com ou sem sintomas) e quem ainda não teve varicela poderá contraí-la pelo vírus que se encontra na lesão do zooster.

SAIBA MAIS: Existe forte associação entre a infecção latente pelo vírus Epstein-Barr e o desenvolvimento de tumores malignos em humanos. Várias das proteínas expressas pelo EBV atuam diretamente como oncogene, estimulando a proliferação das células infectadas. Além disso, o DNA viral, ao integrar-se ao genoma do hospedeiro, pode causar mutações em genes reguladores do ciclo celular, sobretudo no gene supressor, tumoral, p53, favorecendo o aparecimento de células neoplásicas.

(RIBEIRO-SILVA A & ZUCOLOTO S. O papel do vírus Epstein-Barr na tumorigênese humana. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 16-

23, jan./mar. 2003)

NOTA: O vírus da Aids é bastante sensível ao meio externo. Estima-se que ele possa viver em torno de uma hora fora do organismo humano. Há uma variedade de agentes físicos (calor, por exemplo) e químicos (água sanitária, glutaraldeído, álcool, água oxigenada) que podem torná-lo inativo rapidamente.

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e) Diagnóstico: No paciente infectado, o HIV pode ser detectado pela presença de anticorpos anti-HIV ou com a presença do próprio vírus usando a reação em cadeia da polimerase (PCR), que detecta o RNA viral. O PCR é muito sensível e pode mostrar o HIV em situações em que não é detectável imunologicamente. f) Patogenia e Patologia: A doença pode ser adquirida pela atividade sexual desprotegida (sexo vaginal sem camisinha, sexo anal sem camisinha, sexo oral sem camisinha); uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado; mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação; instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.

A partir da infecção original, há geralmente um período de 8 a 10 anos antes das manifestações clínicas da AIDS ocorrer, no entanto, este período pode ser de dois anos ou menos. Inicialmente, a infecção pelo HIV produz uma doença leve, que é auto-limitada. Este não é visto em todos os pacientes e cerca de 30% permanecem assintomáticos durante o período inicial da infecção.

f) Reprodução do vírus: O HIV lisa células CD4+ T4, especificamente, causando a imuno-supressão profunda que é a marca da AIDS. Alguns abrigam-se em outras células e replicam o vírus sem lise ou, no caso das células dendríticas, podem concentrar-se na superfície celular com pouca ou nenhuma replicação do vírus. O ataque a estas células debilita o portador do

vírus, situação propícia para a infecção por outras doenças. O vírus adere à célula através

de receptores espécie-específicos presentes nela, fundindo o seu envoltório à membrana dos linfócitos. O capsídeo viral, então, penetra no citoplasma, onde se desagrega liberando o RNA viral e enzimas, como a transcriptase reversa. Esta produz, a partir do RNA viral, uma molécula de DNA que penetra no núcleo celular e passa a fazer parte de um dos cromossomos da célula hospedeira. Uma vez que está na forma de provírus, o HIV passa a comandar a fabricação de proteínas do capsídeo e transcripatase reversa. Quando ocorre a união das enzimas, proteínas do capsídeo e RNA há formação de novos vírus que atravessam a célula infectada para infectar células sadias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMABIS, J. M. & MARTHO, G. R. Conceitos de Biologia. 1ª ed. São Paulo: Editora Moderna, 2001. Vol. 2. Cap 2. p. 14-21. CHEIDA, L. E. Biologia Integrada. 1ª ed. São Paulo: Editora FTD, 2003. volume único. Cap 10. p. 110-113. Guia Veja de Medicina em Saúde. Atlas do Corpo Humano. Vol. 3. São Paulo. EDITOA ABRIL COLEÇÔES, 2008. MEDEIROS, R. B. Virologia Básica. Editora: CopyMarket.com, 2000. RIBEIRO-SILVA A & ZUCOLOTO S. O papel do vírus Epstein-Barr na tumorigênese humana. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 16-23, jan./mar. 2003 http://anatpat.unicamp.br/lamneuro6.html http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en|pt&u=http://pathmicro.med.sc.edu/book/immunol-sta.htm http://concursowebmaster.com/user/projects/4fdd9041756e5958e51de29e8a351945/hiv.html

EXERCÍCIOS 1. (U.E. Ponta Grossa-PR) Sobre vírus, assinale o que for correto. 01. O Vírus é o único ser vivo acelular. 02. Seu material genético é exclusivamente o RNA. 04. AIDS, raiva, tétano, coqueluche e sífilis são todas doenças causadas por vírus. 08. Os vírus também causam várias doenças aos animais e às plantas. 16. Os vírus não manifestam atividade vital fora da célula hospedeira. Dê como resposta a soma das alternativas corretas. 2. (UnB-DF) “A dona-de-casa deve encher os latões de ferro e a caixa d’água rapidamente para não desperdiçar água. Depois, a água é estocada e usada para beber, para fazer comida, lavar louça, tomar banho – e expor a família ao risco de pegar dengue. É isso mesmo: na

IMPORTANTE: A descoberta da transcriptase reversa (Temin & Baltimore, 1970) em retrovírus possibilitou o estudo de drogas inibidoras da replicação desses vírus, o que, anos depois levou à produção comercial de AZT, zidovudina, saquinavir (inibidor de protease), etc (complexo de drogas hoje usado terapeuticamente).

Virologia Básica - Ricardo Brilhante de Medeiros, Editora: CopyMarket.com, 2000

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casa de todas as famílias dos dois conjuntos, a água parada nos baldes – sem qualquer proteção para evitar que seja contaminada – transforma-se em piscina para o Aedes aegypti, que já infectou dezessete pessoas da comunidade desde janeiro.”

Falta água e sobra dengue no Guará II. In: Correio Braziliense. 19/05/99 (com adaptações).

Acerca do assunto desenvolvido no texto, julgue os itens, usando C (certo) ou E (errado). ( ) A dengue caracteriza-se pelo aparecimento de febres altas e fortes dores no corpo, podendo causar a morte. ( ) O simples contato do Aedes aegypti com a água parada torna-a contaminada e, portanto, potencial transmissora da dengue. ( ) Para “evitar que seja contaminada” pelo Aedes aegypti a água estocada nos recipiente referidos no texto, é suficiente fervê-la antes da estocagem. ( ) O homem é hospedeiro intermediário do Aedes aegypti. 3. (UFBA) “Considerada hoje uma das principais ameaças ao Brasil no que se refere às infecções emergentes, a dengue é uma doença difundida em todos os continentes, à exceção da Europa. É endêmica na Ásia e nas duas últimas décadas vem se disseminando pelo Brasil e registrou, no período de 1982-1994, apesar da subnotificação, 336.954 casos, segundo dados de 1996 da Fundação Nacional de Saúde.”

MACHADO, p. 29

Com base na ilustração e considerando-se aspectos do ciclo de vida do transmissor da dengue, pode-se

afirmar:

01. A transmissão da dengue, nas populações humanas, é feita pelo mosquito Aedes aegypti portador do agente etiológico específico. 02. O desenvolvimento do vírus da dengue até sua forma infectante se efetiva ao longo das fases imaturas do mosquito. 04. O agente causador da dengue é transmitido ao homem igualmente por machos e fêmeas de insetos infectados. 08. Em Aedes aegypti uma mesma pupa pode se desenvolver em macho ou fêmea, independentemente de sua constituição genética. 16. O ciclo de transmissão do vírus da dengue é assegurado pela ovoposição em águas bastante poluídas por detritos orgânicos. 32. Uma estratégia para reduzir a dengue é o controle de populações transmissoras, pela eliminação de seus criadouros, e das formas adultas. Dê como resposta a soma das alternativas corretas. 4. (PUC-PR) Uma dificuldade enfrentada pelos pesquisadores que buscam uma vacina para combater e previnir a AIDS, deve-se ao fato de o vírus da AIDS: a) Não possuir a enzima transcriptase reversa. b) Sofrer constantes mutações no seu material genético. c) Alterar seu material genético entre DNA e RNA. d) Ser um vírus de RNAr, para os quais é impossível fazer vacinas. e) Possuir uma cápsula lipídica que impede a ação da vacina. 5..(Univali-SC) “No Brasil, a diarréia é responsável pela morte de 5.000 crianças por ano (4.200 até um ano de idade). O grande vilão apontado pelos médicos é o rotavírus. Desde a sua descoberta, em 1973, os virologistas têm se dedicado à produção de uma vacina, para tentar irradicar a doença. A vacina vem sendo testada desde o início da década, porém com um índice de eficiência (75%) menor que o da vacina contra o sarampo (95%). No entanto, o produto final, aprovado, agora, nos E.U.A., é dez vezes mais potente. A nova versão da vacina deverá ser testada, aqui no Brasil, ainda este ano. Se apresentar bons resultados em termos de efeitos colaterais, deverá fazer parte do calendário de vacinação.”

VEJA, 23/09/1998.

A vacinação contra vírus exige a infecção por microorganismos vivos, previamente enfraquecidos, desenvolvidos em meios de cultura especiais. Esses vírus: a) conservam os anticorpos indispensáveis à imunização; b) conservam os antígenos indispensáveis à imunização; c) são atacados por antígenos fabricados pelo organismo vacinado; d) induzem a formação de antígenos; e) induzem o desenvolvimento da doença. 6. (U. Católica de Salvador-BA) A relação entre vírus e células de diferentes organismos revela a: a) completa autonomia dos ácidos nucléicos virais nos processos de replicação;

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b) identidade estrutural dos sistemas viral e celular; c) dependência de um sistema metabólico para a perpetuação do genoma viral; d) habilidade dos vírus em sintetizar proteínas no interior das células; e) ausência de especificidade dos vírus como agentes infectantes. 7. (PUC-RJ) Os vírus não se ajustam bem a nenhuma das categorias tradicionais em que os seres vivos se distribuem. Sabe-se que são desprovidos de estrutura celular, constituídos apenas por genes e proteínas. Assinale a opção que apresenta apenas doenças causadas por vírus: a) Gripe, rubéola, tétano e febre amarela. b) Hepatite infecciosa, tuberculose e varicela. c) Sarampo, poliomielite e raiva. d) Dengue, herpes e AIDS. e) Disenteria infecciosa, caxumba e varíola. 8. (UFRN) Todos os vírus são constituídos por: a) DNA e proteínas. b) aminoácidos e água. c) ácidos nucléicos e proteínas. d) DNA e RNA. e) RNA e proteínas. 9. (Fuvest-SP) Doenças como dengue, febre amarela e mesmo malária, há muito erradicadas dos grandes centros urbanos brasileiros, podem reaparecer, como aconteceu recentemente em áreas urbanas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Uma condição que propicia o reaparecimento das doenças citadas é: a) aumento exagerado dos níveis de poluição do ar. b) ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos. c) proliferação de criadouros de mosquitos transmissores. d) ingestão de água contaminada por esgotos. e) aumento de radiação ambiental causada pelas usinas nucleares. 10. (Vunesp - SP) Em relação à Aids, temos as afirmações seguintes: I. A doença é causada por vírus. II. O contágio se dá, principalmente, por transfusão de sangue contaminado, contato sexual com portadores e uso em comum de agulha por viciados em drogas. III. A convivência com a pessoa doente, em casa, no trabalho, na escola, na rua, excluídas as condições mencionadas em II, não oferece perigo de transmissão da doença. IV. A doença atua sobre o sistema imunológico, diminuindo a resistência do organismo. Considerando os conhecimentos atuais, assinale a alternativa: a) se apenas I, III e IV são corretas. b) se apenas II e III são corretas. c) se apenas I, II e IV são corretas. d) se apenas I, III e IV são corretas. e) se I, II, III e IV são corretas. 11. (CEFET-PA 2005) A caracterização do vírus como

ser vivo está relacionada com a capacidade de :

a) sobreviver em meio de culturas artificiais mantidos em laboratórios. b) realizar a síntese de proteínas, utilizando seus próprios ribossomos. c) reproduzir-se e sofrer modificações em suas características hereditárias. d) Apresentar, simultaneamente, moléculas de DNA e RNA em sua organização. e) Fabricar seu próprio alimento, quando em vida livre, e armazená-lo, para uso, quando cristalizado. 12. (CEFET-PA 2008) Em relação à AIDS, temos as afirmações seguintes: I – A doença é causada por vírus. II – O contágio se dar, principalmente, por transfusão de sangue contaminado, contato sexual com portadores e uso em comum de agulha por viciados em drogas. III – A convivência com a pessoa doente, em casa, no trabalho, na escola, na rua, excluídas as condições mencionadas em II, não oferece perigo de transmissão da doença. IV – A doença atua sobre o sistema imune, diminuindo a resistência do organismo. Considerando os conhecimentos atuais, assinale a alternativa: a) Se I, II, III e IV são corretas. b) Se apenas II e III são corretas. c) Se apenas I, II e IV são corretas. d) Se apenas I, III e IV são corretas. e) Se apenas II, III e IV são corretas. 13. (IFPA-PA 2010 - Subsequente) Considerada hoje uma das principais ameaças ao Brasil no que se refere às infecções emergentes, a dengue é uma doença presente em todos os continentes, à exceção da Europa. É endêmica na Ásia e nas duas últimas décadas vem se disseminando pelo Brasil. Com base na figura ao lado e no seu conhecimento sobre os aspectos do ciclo de vida do transmissor da dengue, pode-se afirmar:

http://www.blogspot.com.br.

a) uma estratégia para reduzir a dengue é o controle de populações transmissoras, pela eliminação de seus criadouros e das formas adultas. b) a transmissão da dengue, nas populações humanas, é feita pelo mosquito Culex fatigans, portador do agente etiológico específico.

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c) o desenvolvimento do vírus da dengue até sua forma infectante se efetiva ao longo das fases imaturas do mosquito. d) o agente causador da dengue é transmitido ao homem igualmente por machos e fêmeas de insetos infectados. e) o ciclo de transmissão do vírus da dengue é assegurado pela ovoposição em águas bastante poluídas por detritos orgânicos. 14 - (UFF-RJ) “O cinegrafista alemão que retornou ao seu país, vindo da África com uma grave doença infecciosa, morreu no dia 6 de agosto. Os médicos do hospital onde ele estava internado informaram que a causa da morte foi febre amarela, e não uma infecção pelo vírus Ebola, como havia sido cogitado na semana passada. Foi a primeira vez em 53 anos que ocorreu um caso de febre amarela na Alemanha.”

O Globo, 07/08/99. a) Especifique o agente etiológico da febre amarela.

b) Na área urbana, o vetor da febre amarela também transmite outra infecção muito comum nas grandes cidades brasileiras. Identifique este vetor e esta outra doença.

c) Mencione os procedimentos de prevenção contra a febre amarela.

15 - Como é a estrutura básica de um vírus?

16 - Descreva a reprodução do vírus no ciclo lítico.

17 - O que é ciclo lisogênico?

18 – Quais os sintomas mais frequentes da raiva humana?

19 – O herpesvírus está presente em mais de 80% da população. Explique qual a diferença entre a herpes simples e a herpes-zooster.

20 – Explique, resumidamente, a ação do HIV no organismo.

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