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    D O S S I Ê T É C N I C O

    Fusing  de vidro: técnicas de trabalho

    em forno elétrico 

    Adriana Villela 

    Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico

    da Universidade de Brasília

    CDT/UnB 

    Novembro de 2007 

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    DOSSIÊ TÉCNICO 

    Sumário

    1. Introdução.............................................................................................................................22. Processos e técnicas de produção.......................................................................................32.1 Vitrofusão parcial (tack fusing): produção de ladrilhos.......................................................32.1.1 Materiais e insumos produtivos .......................................................................................42.1.2 Equipamentos necessários..............................................................................................42.1.3 Etapas de produção.........................................................................................................42.2 Inclusões: produção de bijuterias e de botões ..................................................................52.3 Termoformado em moldes (slumping): produção de objetos utilitários..............................63. Execução de formas para vitrofusão ...................................................................................9

    3.1 Execução de formas em gesso (perdida).........................................................................113.2 Execução de formas em cerâmica (de múltiplo uso)........................................................124. Execução de painel em mosaico .......................................................................................134.1 Mosaico em vidro e pastilhas ...........................................................................................145. Infra-estrutura necessária ..................................................................................................155.1 Equipamento.....................................................................................................................15Conclusões e Recomendações .............................................................................................16Referências bibliográficas ......................................................................................................17Anexos....................................................................................................................................20

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    DOSSIÊ TÉCNICO 

    Título

    Fusing de vidro: técnicas de trabalho em forno elétrico

     Assunto

    Fabricação de artigos de vidro

    Resumo

    Este dossiê orienta a organização de uma oficina artesanal de vidro. Apresenta técnicasbásicas de produção de artefatos em vidro, com a utilização de um forno elétrico: (1) a vidrofusão (fusing), (2) a inclusão e (3) o termoformado com moldes (slumping); técnicas de

    execução de formas para a atividade: (4) em gesso e (5) em cerâmica; e as etapas demontagem de um painel em mosaico utilizando vidro e pastilhas (6). Traz informações sobreinfra-estrutura, fornecedores, ferramentas e equipamentos necessários à produção.

    Palavras chave

    Vidro; oficina artesanal; formas; mosaicos; técnica; produção; reciclagem; sustentabilidade

    Conteúdo

    1. Introdução

    O vidro é um material 100% reciclável, utilizado na fabricação de uma infinidade deprodutos, como utensílios domésticos, objetos decorativos, bijuterias, materiais deconstrução e embalagens.

    Sua transformação em oficina artesanal oferece boas perspectivas de geração de rendapara pequenos produtores e cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Osprodutos em vidro são valorizados no mercado e, por enquanto, a matéria-prima éabundante, tendo em vista o elevado índice de descarte de embalagens de bebidaspraticado em nossas cidades e o baixo índice de aproveitamento do potencial dereciclabilidade do vidro descartado1 (45% das embalagens de vidro produzidas no Brasil,são feitas a partir de material reciclado. Fonte: ABIVIDRO, 2005).

    A organização de uma oficina artesanal de artefatos em vidro permite o desenvolvimento dediversos produtos em vidro - reciclado ou não -, em forno elétrico, utilizando a técnica defusing.

    Este dossiê descreve passo a passo técnicas básicas de trabalho em forno elétrico paradesenvolvimento de produtos em vidro, tais como bijuterias, ladrilhos, saboneteiras e outrosobjetos de decoração e utilitários.

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      45% das embalagens de vidro produzidas no Brasil (900.000 t/ano), são produzidas a partir de materialreciclado. Deste total, aproximadamente 50% do material é reaproveitamento dos cacos produzidos na própriaindústria envasadora (perdas) e 50% da coleta seletiva para reciclagem (descarte). Fonte: ABIVIDRO, 2005. 

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    2. Processos e técnicas de produção

    A técnica de termoformagem (fusing) é bastante utilizada na produção artesanal do vidromoldado. A temperatura de transição vítrea faz com que, ao se elevar a temperatura dovidro ele fique viscoso e relaxe sua forma, conformando-se à forma que o contiver. Assim,trabalha-se com o processo de fusing, derretendo o material em fornos de alta temperatura(790-830 oC), dando-lhe forma por meio de formas de gesso (uso único) ou de cerâmica (demúltiplo uso).

    Descreve-se a seguir algumas técnicas artesanais de vitrofusão (fusing) em forno elétrico:(1) a vitrofusão parcial (tack fusing); (2) as inclusões e (3) o slumping de vidro.Processo de unir dois ou mais vidros, por meio de sobreposição e aquecimento do material,com objetivo de elaborar peça. Segundo Pascual (et al., 2004), fusing é um termo gernéricoque engloba várias técnicas que tem em comum a criação de objetos planos executados apartir da sobreposição de camadas de vidro. As técnicas de vidrofusão são: (1) a vidrofusãoparcial (tack fusing); (2) a vidrofusão total (full fusing) e (3) as inclusões, baseadas nalaminação de peça de determinado material entre dois vidros.

    A temperatura máxima de trabalho, que na vitrofusão parcial (tack fusing) é de 730-760 o C,na vitrofusão total (full fusing), é de 790-835 oC, resultando basicamente em aspectosformais diferenciados nas peças produzidas por cada um dos processsos. Enquanto noprimeiro caso, os vidros não se amalgamam, as diferentes camada se unem e ad bordas dearredondam, nos segundo processo, de modo geral, o vidro funde-se por completo, ascamadas ficam mais delgadas e as arestas arredondam-se.

    2.1 Vitrofusão parcial (tack fusing): produção de ladrilhos

    Os ladrilhos e faixas de vidro e de cacos reciclados - 10 x 10 cm e 2,5 x 40 cm (ambos com4mm de espessura) - para decoração de banheiros e cozinhas, formam desenvolvidos paraserem utilizados em associação com cerâmicas de produção industrial, de menor custo. Aprodução artesanal do material faz com que todas as peças sejam exclusivas.

    Figura 1 – Processo de produção de ladrilhos em vidroFonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006.

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    Figura 2 - Painel com o material assentado em associação com cerâmicas e blocos de cerâmica evidro.

    Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006.

    2.1.1 Materiais e insumos produt ivos:

    Cacos de vidro de embalagens; cortes de vidro plano (100mm x 100mm x 4mm); gesso parapolvilhar, peneira, colher; prateleiras refratárias impermeabilizadas com caulim; jornais;eventualmente álcool, cola branca e durex (o assentamento das peças de vidro deve serfeito com massa branca - Fermaglass/Quartzolit)

    2.1.2 Equipamentos necessários:Forno elétrico; suportes refratários; pano de limpeza e martelo;

    2.1.3 Etapas de produção:

    Etapa de pré-produção:

    1. Planejamento da produção e preparação das prateleiras refratárias (isolamento compintura de caulim, que deve estar seco para ir ao forno). O rendimento aproximado daprateleira 47 x47 cm de 12 a 16 azulejos/em sete níveis – Total de 112 azulejos produzidopor fornada (48h);2. Lavagem e secagem do material coletado;3. Cortes ou quebra do material.

    Etapa de produção I:4. Seleção e limpeza do material (vidro) com álcool ou limpa-vidros.5. Preparação das prateleiras (textura e isolamento com gesso polvilhado);6. Montagem das peças;7. Distribuição das peças sobre as prateleiras, visando o máximo aproveitamento do forno,

    sem prejuízo da circulação interna do calor.

    Etapa de queima:8. Gráfico de termoformado (730-760 oC)8.1. Primeiro segmento (Sg.1) – aquecimento inicial até além do ponto de tensão 400 oC20 oC – 400 oC, em quatro horas (t2-t1) 4h;8.2. Segundo segmento (Sg.2) – subida rápida de temperatura;400 oC – 760 oC, em duas horas (t3-t2) 2h;8.3. Terceiro segmento (Sg. 3) – temperatura de trabalho (patamar);825 oC – 760 oc, patamar de 20’ (t4-t3) 20min;8.4. Quarto segmento (Sg.4) – descida rápida da temperatura (até atingir 560 oC)825 oC – 400 oC, em duas horas (t5-t4) 2h, ou mais (arrefecimento controlado ou opçãoalternativa: manutenção na temperatura de temperado/560 oC)8.5. Quinto segmento (Sg.5)400 oC – 20 oC, em quatro horas (t6-t5) 4h, ou mais (arrefecimento controlado: descidalenta até o ponto de tensão/400 oC).

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    Etapa de produção II:9. Com o uso dos equipamentos de seguraça (óculose e luva de couro), limpeza das arestase pontas com uma lima de baixo para cima, para não trincar;10. Acabamento das bordas com lixa d´água para metais (160);11. Lavagem das peças com escova, retirando excessos de caolim/gesso;12. Secagem controle de qualidade, registro (imagético e de entrada) e embalagem daspeças.

    2.2 Inclusões: produção de bijuterias e de botões

    Segundo Pascual (et al, 2004), entende-se por inclusão, qualquer coisa que tenha sidofechada entre outras ou dentro de outra. Colocando-se algum material diferente do vidropara ser laminado dentro dele, por meio do processo de fusão, como folhas de cobre, deouro, prata ou alumínio, arames e malhas de estanho, fibras de vidro, pigmentos etc. Atécnica é utilizada na decoração das peças, já que possibilita diversas colorações etransparências.

    No caso de inclusões de materiais orgânicos (folhas) a temperatura não deve exceder 760oC, para que o material não desapareça. A temperatura de trabalho que o processo pede éde 760-835 oC (gráfico de termoformado equivalente ao da fusão total). As etapas de

    produção também são equivalentes às etapas anteriores, exceto pela montagem das peçasem forma de sanduíche de vidro, com material entre os dois vidros planos. Atenção com ouso de materiais volumosos e esféricos (como cacos de vidro), pois as peças podemescorregar durante a queima, aumentando o risco de acidentes com o equipamento(derramamento de vidro sobre as resistências do forno, por exemplo)

    Na execução das bijuterias, utilizou-se a inclusão de vidros e de arames de aço, parasuporte dos pingentes para colares, botões de roupas e pingentes para luminárias.

    Figuras 3 e 4 – Aproveitamento de prateleiras de bijuterias e botões (inclusões metálicas).Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006.

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    Figuras 5 e 6 – Pingentes, brincos e medalhões em vidro (inclusões metálicas) Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2007.

    Figuras 7 e 8 – Pingentes e medalhões desenvolvidos por Ciomara (termoformados em moldes)Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2007.

    2.3 Termoformado em moldes (slumping): produção de objetos utilitários

    Esta técnica permite dar forma ao vidro mediante aumento da temperatura, sem jamaisatingir o estado fluido do material. Segundo Pascual (et at. 2004), no ponto de

    abrandamento, com a diminuição da tensão superficial e da viscosidade, o vidro deforma-sesob seu peso próprio sob efeito da gravidade, adquirindo a forma da superfície de formasde aço, de cerâmica (formas reaproveitáveis) ou mesmo de gesso (forma perdida, se quebrana queima).

    Etapa de pré-produção:1. Planejamento da produção e preparação das formas (modelagem e queima da argila;isolamento com pintura de caulim): os moldes devem estar secos antes do início da queima;O rendimento aproximado da prateleira 47 x47 cm de 3 a 5 peças/em três níveis – Total de9-15 peças (saboneteiras e fruteiras) produzido por fornada (48h); A fruteira grande ocupauma prateleira, e no máximo em três niveis (três peças por fornada).

    2. Lavagem e secagem do material coletado;3. Cortes ou quebra do material.

    Etapa de produção I:4. Seleção e limpeza do material (vidro) com álcool ou limpa-vidros.5. Preparação das formas (se desejada a textura, utilizar gesso polvilhado);6. Montagem das peças;7. Distribuição das peças sobre as prateleiras, visando o máximo aproveitamento do forno,sem prejuízo da circulação interna do calor.

    Etapa de queima:8. Gráfico de termoformado (790-835 oC)8.1. Primeiro segmento (Sg.1) – aquecimento inicial até além do ponto de tensão 400 oC20 oC – 400 oC, em quatro horas (t2-t1) 4h;8.2. Segundo segmento (Sg.2) – subida rápida de temperatura;400 oC – 825 oC, em duas horas (t3-t2) 2h;8.3. Terceiro segmento (Sg. 3) – temperatura de trabalho (patamar);

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    825 oC – 825 oc, patamar de 20’ (t4-t3) 20min;8.4. Quarto segmento (Sg.4) – descida rápida da temperatura (até atingir 560 oC)825 oC – 400 oC, em duas horas (t5-t4) 2h, ou mais (arrefecimento controlado ou opçãoalternativa: manutenção na temperatura de temperado/560 oC)8.5. Quinto segmento (Sg.5)400 oC – 20 oC, em quatro horas (t6-t5) 4h, ou mais (arrefecimento controlado: descidalenta até o ponto de tensão/400 oC).

    Nos caso das três técnicas de trabalho em forno elétrico, as peças só são retiradas do fornodepois de resfriadas abaixo de 50 oC, para não trincarem com o choque de temperatura. Naprática, o forno levará mais tempo para esfriar, quanto mais massa de vidro e de refratáriosestiver dentro dele e maior ele for. O ciclo de um forno de 45 x 45 x 45 cm, entremontagem/inicialização da queima e o resfriamento abaixo de 50 oC/a partir do que se podeabrir a porta, tem em média 24h. O ciclo inicialização/resfriamento de um forno de 70 x 70 x70 cm tem em média 48h.

    Caso não haja moldes pré-fabricados em cerâmica no forno, pode-se apressar seuresfriamento abrindo a porta do forno algumas vezes e fechando rapidamente a seguir, a atéa temperatura de temperado (560 oC), até onde é possível fazê-lo sem prejudicar asresistências.

    Figura 9 – Abertura do forno elétrico para fusing de vidro em temperatura elevada de trabalho.Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006.

    Etapa de produção II:9. Com o uso dos equipamentos de seguraça (óculose e luva de couro), limpeza das arestase pontas com uma lima de baixo para cima, para não trincar;10. Acabamento das bordas com lixa d´água para metais (160);11. Lavagem das peças com escova, retirando excessos de caolim/gesso;12. Secagem controle de qualidade, registro (imagético e de entrada) e embalagem daspeças.

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    Figuras 10 e 11 – Trabalho de acabamento (lima e lixa) com uso de óculos de proteção.Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006.

    .Etapa de pós-produção:13. Limpeza da oficina e seleção de resíduos da produção para reciclagem;14. Encaminhamento das peças produzidas para exposição e vendas;15. Avaliação e comparação de resultados/metas e estratégias estabelecidas;16. Revisão e planejamento de nova produção.

    Nas ilustrações a seguir alguns produtos desenvolvidos a partir dessa técnica: (1) utilitários

    diversos - saboneteiras, porta-papel, petisqueiras - formam produzidos sobre formas decerâmica reaproveitáveis - alguidares em diversos tamanhos e telhas coloniais; (2) fruteiraem garrafas verdes foi produzida em forma perdida de gesso; (3) o modelo em gesso compadrão de flores para produção de saboneteiras e petisqueiras, será matriz de forma emcerâmica, tendo em vista a reprodução em série dos modelos. (As flores em cerâmica queserviram de matriz para esse modelo em gesso foram executadas por Adriana Villela, em2006, a partir de protótipo desenvolvido em parceria com a ceramista Marta Guedes, em2004.) 

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    Figura 12 – Utilitarios domésticos produzidos com uso de técnicas de termoformado de vidro(slumping).

    Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2007.

    Figuras 13 – Utilitários domésticos produzidos com uso de técnicas de termoformado de vidro(slumping).

    Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006.

    Figura 14 – Molde em gesso para conformação de forma de para saboneteiras em forma de flor eluminária em cerâmica e vidro.Processo de termoformado de vidro (slumping).

    Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006.

    3. Execução de formas para vitro fusão

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    As formas utilizadas na vitrifusão de objetos podem ser adquiridas no mercado (alguidares,telhas, pratos fabricados em série) ou serem desenvolvidas originalmente pelo designer -artesão. Técnicas de execução de formas em gesso e modelagem em cerâmica permitemcriar formas exclusivas para conformação dos objetos em vidro, cuja qualidade dependeráainda de uma boa capacidade de síntese de valores de uso, de existência e decomercialização, inerente a um bom desenho de produtos.

    Em termos técnicos, no fusing  de vidro, os formatos escolhidos para as formas devem

    permitir a acomodação do líqüido viscoso por gravidade à superfície e a fácil retirada daspeças de dentro das formas. Sob efeito da gravidade, paredes muito inclinadas (acima de30/45º) farão com que a massa de vidro viscoso escorra, acumulando-se na base da forma.Assim, formatos mais abertos, tendendo à horizontal - a exemplo de pratos, cumbucas etelhas -, obtém melhores os resultados na técnica. Para permitir o descolamento das peçasproduzidas, as formas devem estar livres de reentrâncias que travariam mecanicamente aspeças dentro delas, levando a perda e quebra de peças e de formas – Figuras 14 e 15.

    Figura 15 – Técnica de carimbos para bijuterias do Atelier Nadia Bacin, 2006(protótipo de medalhão executado em argila e molde para reprodução em gesso)  

    Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006 

    Quanto ao material, as formas podem ser executadas em aço, concreto celular, cerâmica,ou mesmo em gesso (descartáveis). Quando confeccionada em gesso a forma será perdida:apesar de permitir conformar o vidro, se quebra na queima. Formas confeccionadas em açoou cerâmica, que resistem às altas temperaturas do forno, são reaproveitáveis e permitirãorealizar reproduções do objeto - Figura 16.

    Figura 16 – Seqüência de execução de luminária com cacos de vidro em forma de gesso perdida.Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2004 

    A opção pelo tipo de material que será utilizado, normalmente, está associada a tempo e

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    recursos disponíveis para execução do produto: enquanto a forma de gesso tem customenor (entre R$ 1 e 35,00) e leva apenas três dias para secar e estar pronta para o uso, aforma de cerâmica, mais cara (entre R$ 5 e 150,00), precisará de 20 a 30 dias para serconcluída, a depender da umidade do ar e do tamanho da peça.

    3.1 Execução de formas em gesso (perdida)

    Equipamentos utilizados: balde; colher de pau; base em madeira; instrumento desbastador;

    luvas de borracha

    Material de consumo: argila (ou látex); papelão; água limpa; gesso rápido

    Etapas de produção:(1) modelar o original que se deseja executar em argila ou látex;(2) apoiá-lo em base de madeira e fazer uma armação à sua volta em papelão, fixando comargila ou gesso;(3) avaliar o volume de gesso necessário para encher o molde e colocar em em recipientede boca larga um pouco de água - correspondente ao volume pretendido -;(4) despejar o gesso na água até o ponto de saturação2 – (Figura 17);(4) deixar descansar por dois minutos antes de misturar com as mãos e depois com acolher, sem deixar que o ar se incorpore à massa;(5) pronto para o uso quando a mistura, ligeiramente cremosa, apresenta aspectohomogêneo;(6) verter o conteúdo sobre o protótipo, garantindo que as espessuras das paredes do moldenão fiquem muito grossas, nem frágeis demais (Figura 18);(7) aguardar aquecimento do material e solidificação da peça;(8) retirar a armação e o enchimento em argila;(9) dar acabamento na face interna, desbastando e alargando a boca do molde (Figuras 17a 23)

    Figuras 17 e 18; 19 e 20 – Gesso: mistura e solidificação; protótipos em argila para moldagem deforma.

    Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006 

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     Quando o gesso forma um pequeno monte que se acumula na parte central, antes de afundar. 

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    Figuras 21 e 22 – A partir dos moldes em gesso, reprodução de formas de argila para bijuteiras emvidro.Figura 23 – Nádia Bacin dá acabamento nos moldes em gesso antes de sua utilização para

    reprodução.Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006

    3.2 Execução de formas em cerâmica (de múltiplo uso)

    Equipamentos utilizados: bacias; base em madeira; talheres e instrumentos de corte e deacabamento; bucha; panos; nylon; trincha 2”.

    Material de consumo: argila limpa e preparada para modelagem; água; caulim; plástico; jornal.

    Etapas de produção: (1) cortar a argila sem pedras com o fio de nylon, bater e amassar feitopão para tirar o ar de dentro; (2) fazer uma bola que caiba na palma da mão em concha; (3)modelar o orignal que se deseja executar em argila a partir da perfuração com o polegar; (2)apoiá-lo com mão e polegar, rodando e alargando a abertura até a forma desejada; (3)mantendo relativamente constante a espessura das paredes, trabalhar detalhes eacabamento da superfície que receberá o vidro e nivelamento da base da forma; (4) deixarsecar lentamente em saco plástico e/ou jornal molhado (Figura 24); (5) quando seco,

    queimar o biscoito; (6) lixar imperfeições e saliências; (7) impermeabilizar as formas comcaulim - ou gesso (Figura 25). Depois de seco, utilizar como forma para produzir peças emvidro.

    Figuras 24 e 25 – Forma em argila (crua) para saboneteira e impermeabilização de formas emcerâmica.

    Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006 

    A figura abaixo apresenta a composição de uma peça de vidro dentro de forma cerâmicarealizada pela pesquisadora com essa técnica. A peça foi modelada com o apoio adicionalde uma estrela do mar como modelo (Figuras 26 a 28). Neste exemplo a forma foi

    impermeabilizada com uma camada de gesso.

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    Figuras 26; 27 e 28  – Seqüência de montagem de peça de vidro dentro de forma em cerâmica –Estrela.

    Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006 

    Figuras 29 e 30  – Peça de vidro queimada dentro e fora da forma em cerâmica – Estrela.Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006

    4 Execução de painel em mosaico

    A execução de painéis em mosaico pressupõe a elaboração de um projeto, onde serãoavaliadas as necessidades do cliente, e definidos padrões, cores e materiais que serãoutilizados na elaboração do esquema proposto. Esse desenho planejado pode ser maisrígido ou apenas uma flexível e intuitiva demarcação de grandes setores de cor e de eixosprincipais do desenho. Nesse caso, o acaso é incorporado ao processo e a interatividadeentre artista-artesão e materiais, altera passo à passo o resultado pretendido, sem perder devista o essencial da proposta inicial (Figuras 31 e 32).

    Figuras 31 e 32  – Seleção de cores e material para o mosaico (projeto) e resultado final, 2004.Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2004

    Descrevemos a seguir a montagem de mosaico realizado a partir de um croquis como esse.A fim de dar acabamento estético a vigas e pilares remanescentes da remoção de paredeem obra de reforma, o vidro reciclado foi associado a diversos materiais compatíveis, comopastilhas de vidro, cacos de cerâmica e cacos de vidro fundido - Figuras 33 e 34.

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    A aderência do vidro à parede-mural é garantida pela limpeza das superfícies, pelasranhuras das peças, pela correta execução ténica e pela utilização de argamassa decimento branco, específica para este fim. Nossa sugestão é a utilização de argamassa parabloco de vidro ou para pastilha de vidro e a observância da data de validade do produto. 

    Figuras 33 e 34  – Detalhes da fixação de peças, telhas e pastilhas de vidro ao mosaico, 2004.Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2004

    4.1 Mosaico em vidro e pastilhas

    Equipamentos utilizados: desempenadeira; torqueses de diversos tamanhos; recipientesdiversos para massa e para separação de peças/cor, tamanho e formato; martelo; cortadorde ladrilhos manual e elétrico; óculos, máscara e luvas protetoras

    Material de consumo: lixas; argamassa comum; argamassa plástica de cimento branco3;água; cacos de vidro fundido; cacos de pastilha cortados e cacos de cerâmica comespessura compatível com a dos vidros utilizados na execução; espátulas de borracha (ousandálias de borracha usadas); palha de aço No 01; estopa.

    Figura 35 – Vista completa do mosaico – Residência Ricardo e Sandra, 2004.Figura 36 – Luminária em vidro, gesso e mosaico, 2004. 

    Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2004

    Etapas de produção: (1) elaboração de projeto e especificações de materiais de espessurascompatíveis; (2) preparação e regularização da superfície do mural com argamassa decimento comum; (3) ampliação dos traços principais do desenho proposto; (4) preparação

    das peças: cortes e separação; (5) preparação de uma parte da argamassa para fixação dos

    3

      Nesta experiência utilizamos aragamassa Fermaglass, da Quartzolit, comercializada emembalagens de 20kg.

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    vidros de acordo com as instruções da embalagem do produto; (6) fixação das peças doarco, mais pesadas com ajuda de parafusos e suportes, até que a massa seque; (7) fixaçãode contornos, delimitando as principais áreas da figura; (7) preenchimento do desenho; (8)com ajuda da espátula de borracha, aplicação do rejunte em tonalidade compatível com acor do trabalho; (9) depois de seco, utilizar máscara para lixar a superfície com a palha deaço, retirando o excesso de material; (10) eventualmente, recolocar as peças perdidas noprocesso de acabamento; (10) limpar com estopa ou pano, seco ou úmido (Figura 35).

    Nesse projeto, foram executadas também duas luminárias de parede (arandelas) utilizandotécnicas de fusing de vidro, moldagem com gesso e aplicação de mosaicos (Figura 36).

    5 Infra-estrutura necessária

    Infra-estrutura básica prevista (contrapartida do interessado): galpão coberto, ventilado eiluminado, com área livre fechada de aproximadamente 20m2 (4x5m); iluminação elétrica;instalação trifásica compatível com o forno (380 Volts/56A); duas mesas de 2,5x1,0m; vintebancos ou cadeiras; filtro de água potável; acesso ao banheiro e ao tanque com instalaçãohidráulica.

    Para a instalação e funcionamento da unidade de produção de reciclagem de vidro, em local já adequado com infra-estrutura básica, foram estimadas despesas com materialpermanente (equipamentos e ferramentas). Será necessário prever ainda despesas compessoal, material de consumo (material de escritório, de limpeza e pedagógico) e com aorganização de uma coleta seletiva de embalagens de vidro.

    (i) material de consumo - caolim, argila, látex, silicone, cera de abelha, parafina sólida,gesso, poliestireno expandido; metais (cobre, prata, ouro, estanho, ferro) em malha, palhade aço, arame, fio, lâmina, folha ou pó; etc;

    (ii) equipamentos - forno elétrico trifásico, cortadora elétrica de garrafas, cortador manual devidros planos, lavadora de garrafas; etc;

    (iii) ferramentas - torquezas; alicates de corte e de bico; martelo; serra; lixadeira; mesa decorte; etc.

    5.1 Equipamentos

    A relação detalhada e previsão orçamentária dos equipamentos e ferramentas sugeridospara instalação de uma pequena oficina artesanal de vidro está no anexo 2.

    O principal equipamento que permite a aplicação da técnica de fusing  de vidro é o fornoelétrico de precisão (computadorizado ou acompanhamento de queima manual),acompamnahdo do “mobiliário” (prateleiras e suportes refratários) – Figura 37.

    Figura 37 – Forno revestido com tijolos de cerâmica e montagem das peças nas prateleirasrefratárias.

    Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2004.

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    Uma cortadora de garrafas também é um equipamento muito útil para quem deseja seespecializar nessa atividade. O modelo apresentado abaixo (Figura 38) utiliza o choquetémico para fazê-lo. Com o apoio do gabarito que regula a altura do corte, a garrafa é giradasobre uma resistência elétrica aquecida. Depois de esquentada naquele trecho (como ovidro é péssimo condutor de calor, a garrafa se aquece apenas na superfície linear que estáem contato com a resistência) e depois mergulhada em água fria. O choque térmico trinca a

    peça de forma regular e com exelente acabamento, dividindo a garrafa em duas partes,sempre no sentido transversal. Cortes longitudinais ou inclinados não serão obtidos comesse equipamento. Devem ser feitos com serra de fita.

    Figura 38 – Cortador elétrico para garrafas de vidro (adaptação).Fonte: Adriana Villela, arquivo da pesquisadora, 2006.

    Os operadores desses equipamentos e do material de trabalho devem ser orientados porum profissional experiente, adotar as normas e os equipamentos de segurança no trabalho,tendo em vista graves riscos que uso inadequado ou descuidado dos mesmos oferece aoartesão: explosões, incêndio, lesões por corte ou queimaduras, choque elétrico, desperdíciode energia etc.

    É preferível adotar princípios de precaução. Antes de associar qualquer material novo àqueima do vidro no forno é essencial consultar sua temperatura de fusão e avaliar, sepossível com o fabricante do equipamento, o comportamento da substância quandosubmetida a altas temperaturas, tendo em vista a manutenção do equipamento, do meioambiente e da segurança no trabalho.

    Considerações finais

    O trabalho com as técnicas de trabalho com vidro em forno oferece um campo quase infinitode experimentação criativa, para o desenvolvimento de produtos a partir do material. Sendoum material bonito e facilmente moldável, encontra diversas aplicações e pode ser bemcotado no mercado.

    A utilização de material reciclável na produção das peças, atende parcialmente às atuaisnecessidades de redução, reutilização e reciclagem dos resíduos produzidos e oferecealternativas para o beneficiamento do material, com sensível agregação de valor dentro daspróprias cooperativas, na mesma região onde os resíduos são descartados.

    Tendo em vista a sustentabilidade da produção, os principais desafios hoje colocados para o

    setor vidreiro são: (1) redução da extração de matérias-primas não renováveis; (2)articulação pública a fim de viabilização de coleta seletiva e reciclagem em escala industrialdo vidro descartado; (3) redução do consumo de energia, das emissões de CO2 e outrosresíduos poluentes gerados nas atividades produtivas do setor vidreiro. Fatores que opequeno produtor deve levar em conta ao planejar seu negócio, dando sua parcela de

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    contribuição para a construção de sistemas de produção mais eficientes ambiental esocialmente, indispensáveis à gestão comprometida com as necessidades atuais dasociedade: conservação ambiental para a sobrevivências da espécie e da qualidade de vidano planeta, para esta e para as futuras gerações. A construção coletiva de umdesenvolvimento sustentável e sistêmico, que compreenda, atenda e seja capaz deequilibrar valores econômicas, sociais e ambientais, essenciais à preservação de nossaqualidade de vida na Terra.

    Referências bibliográficas e indicações de leitura 

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    CHAVARRIA, Joaquim. O Mosaico. Trad. Conceição Candeias e Manuela de Oliveira. 1.ed.

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    LÖBACH, Bernd. Design  Industrial: bases para configuração dos produtos industriais.Trad. Freddy Van Camp. 1.ed., São Paulo: Edgar Blücher Ltda 2001.

    MANCE, Euclides André. Redes de Colaboração Solidária - aspectos econômico-filosóficos: complexidade e libertação. Petrópolis: Vozes, 2002.

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     ARTIGOS E FONTES CONSULTADAS

    ABEND, C. & SENISE, M. T.  A Reciclagem de Resíduos Sólidos como Fator de InclusãoSocial e de Geração de Emprego e Renda. In: Jornal do Meio Ambiente, 2002.

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    Ciência e Tecnologia, ABIPTI, Brasília, junho de 2005)

    ABRALATAS.  A História de Sucesso da Lata de Alumínio no Brasil e no Mundo. Brasília:Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade, 2006.

    ALVES, Oswaldo Luiz et al. Vidros: Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola.Edição especial – maio 2001., p.13-24. (PDF, recebido pela internet) – SHELBY, J. E.Introduction to Glass Science and Technology . Cambridge: The Royal Society ofChemistry, 1997. (apud ALVES et al. 2001, p.13-14).

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    O Guia Weber.  Projeto Gráfico Mais! Comunicação e Publicidade, Coord. Marília C. B.Froés, São Paulo: Saint-Gobain Quartzolit Ltda., 2005.

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    SENAC. Brasil recicla mentalidade. Senac e Educação Ambiental. Rio de Janeiro: SENAC,2000.

    SILVA, P. G. dos S. Inovação ambiental na gestão de embalagens de bebidas em Portugal [Texto policopiado]/Paulo Gil dos Santos Silva. Tese de Mestrado, Engenharia e Gestão deTecnologia, Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa. 2002.

    SINGER, Paul. 2005, apud, Thalita Pires, Simples e Inovador: técnicas facilmenteaplicáveis e de alto impacto social ajudam a promover a inclusão no Brasil e emdiversos países, artigo publicado na Revista FORUM, Editora Publisher Brasil, Circulaçãodesta edição: 19/01 a 15/02/2005, p16-19.(www.revistaforum.com.br).

    VILLELA, Adriana; LIMA, Dumara. O Mercado de Embalagens de Bebidas no Brasil:produção, consumo e desenvolvimento sustentável.  Rio de Janeiro, Anais do 2ºCongresso Acadêmico Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - CADMA,Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro, 2006.

     Anexos

     Anexo 1

    Projeto de transferência de tecnologia social de reciclagem em cooperativas –extensão universi tária (UnB/CDS/MCT/CNPq)

    O projeto Resíduo Sólidos, Reciclagem e Inclusão Social, cuja prática forneceu subsídiospara a elaboração desse dossiê técnico, foi aprovado pelo Edital 18/CNPq. O projetoobjetiva o desenvolvimento e repasse de uma tecnologia social de reciclagem, através decapacitação e aquisição de equipamentos, em três cooperativas de catadores de resíduosselecionadas no Distrito Federal: Reciclagem de Vidro (Cooperativa 100 Dimensão/RiachoFundo II); de Resíduos Classe A (Cooperativa Astradasm/Santa Maria) e de Papel(Cooperativa Fundamental/Planaltina). A equipe técnica de pós-graduados e pós-graduandos em desenvolvimento sustentável propicia um enfoque interdisciplinar –arquitetura, artes, economia, design, geografia, pedagogia, sociologia, engenharia florestal eassociativismo –, agregando diferentes olhares e qualidade à tecnologia desenvolvida comos catadores, numa troca criativa de experiências e saberes.

    O projeto tem como foco o combate à exclusão social e ao trabalho precário, mediante a

    promoção do associativismo, através da identificação e fortalecimento das redescooperativas de coleta (coleta/triagem/armazenamento), de capacitação dos catadores emreciclagem e da comercialização de produtos. Os resultados esperados sãodesenvolvimento de novos produtos, agregação de valor, geração de renda, criação depostos de trabalho - capacitação de catadores em tecnologia social de reciclagem e como

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    agentes multiplicadores para posterior repasse da técnica.

    O Curso de Extensão universitária proposto, Capacitação em Reciclagem de Vidro naCooperativa 100 Dimensão, insere-se no âmbito do Projeto Resíduos Sólidos, Reciclageme Inclusão Social do grupo Recicla do CDS/UnB, coordenado pelos Profs. Marcel Bursztyn(coordenação do projeto) e Izabel Zaneti (coordenação executiva do projeto).

    A técnica de reciclagem de embalagens de vidro, repassada para cooperativa é tema dapesquisa desenvolvida pela arquiteta, Mestre em Desenvolvimento Sustentável, AdrianaVillela4, sob orientação da Profa. Leila Chalub. O curso visa capacitar os participantes para areciclagem de vidros descartados (12 beneficiados), e o repasse desta tecnologia dereciclagem (capacitação e equipamentos) para a Cooperativa 100 Dimensão. Desta forma, oprojeto viabiliza condições para instalação e consolidação de um Núcleo de Produção deVidro Reciclado na Cooperativa, tendo em vista o fomento à autonomia gestiva deste núcleoe à futura replicação da experiência em outras cooperativas.

    Para este fim, a capacitação completa na instituição, realizada ao longo de dois anos, foidividida em quatro módulos, cada um com quatro meses de duração:

    I-Blocos de concreto/garrafas e mosaicos;II-Fusing de vidro;

    III-Arranjo Produtivo;

    IV-Capacitação de Facilitadores.

     Anexo 2

    Orçamento de Instalação de Ofic ina de Fusing de Vidro 

    Equipamentos e Ferramentas para Implantação de Ofic ina Artesanal de Vidro

    Equipamentos Oficina de Vidro (forno e prateleiras) Qua.Valorunitário Total

    001.

    forno elétrico comput.- emtijolo (temp. máx. 1200oC) * 1

    19.500,00 19.500,00

    80x80x80cm (espaço interno)002. Microprocessador Emily/N 1 100 * 1 730,00 R$ 730,00003. Transporte de Carga: Frete/Embalagem * 1 650,00 R$ 650,00004. prateleiras refratárias* (até 1300oC)  32 25,00 800,00

    35x35x1,5cm (porcelanato)005. prateleiras refratárias* 4 25,00 100,00

    50x50x1,5cm (porcelanato)006. suportes refrat p/prateleiras* 40 3,50 140,00diam.5 x alt.5cm (de encaixe)

    007. suportes refrat p/prateleiras* 70 5,50 385,00diam.5 x alt.7,5cm (de encaixe)

    008. suportes refrat p/prateleiras* 30 7,00 210,00diam.5 x alt.10cm (de encaixe)

    009. suportes refrat p/prateleiras* 20 10,50 210,00diam.5 x alt.15cm (de encaixe)

    010. suportes refrat p/prateleiras* 20 14,00 280,00diam.5 x alt.20cm (de encaixe)

    011. formas de cerâmica (redondas) 9 10,00 90,00

    70 (diam) x 18 (h)cm012. telhas de cerâmica (colonial) 9 5,00 45,00

    4

      Responsável pelo desenvolvimento da tecnologia e dos produtos, capacitação e incubação denúcleos de reciclagem de vidro em cooperativas. 

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    12x40x10cmTotal 23.140,00  Ferramentas Oficina de Vidro

    013. cortador de vidro profissional 2 90,00 180,00014. martelo 1 25,00 25,00015. alicate 1 35,00 35,00016. tesoura 2 25,00 50,00017. limas de ferro p/vidro 2 15,00 30,00018. peneira para gesso 2 5,00 10,00019. pincéis e trinchas 5 7,00 35,00020. vassoura 1 25,00 25,00021. pá de lixo 1 15,00 15,00022. lixeira (100l) 1 45,00 45,00023. grampeador 1 15,00 15,00024. furador de papel 1 15,00 15,00025. filtro de água (10l) 1 45,00 45,00026. luvas de couro de proteção 3 10,00 30,00027. óculos de proteção (acrílico) 3 10,00 30,00028. baldes (20L) 6 8,00 48,00

    029. tonéis (100L) 2 35,00 70,00Total 703,00  JUST. Equipamentos e ferramentas imprescidíveis à realização das atividades de produção de

    fusing de vidro.O equipamento que viabiliza as técnicas de fusão é o forno elétrico e os

    computadorizado, seus acessórios refratários, as ferramentas de trabalho e os equipamentos

    de segurança.A opção pelo equipamento maior, visa obtenção de rendimento no trabalho.

    * Produti vidade Comparada dos FORNOS:

    80x80x80cm (espaço interno) 512L 65x65x65cm (espaço interno) 274LLivre para Prateleira 70x70x1,5cm Livre para Prateleira 55x55x1,5cmplacas 35x35x1,5 (4 placas (c/9) em cada nível de 7,50cm) placas 50x50x1,5 (1 placas (c/16) em cada nível de 7,50cm)

    10 níveis (32 placas/x9apoios em 9 níveis=81 suportes) 7 níveis (7 placas/x5apoios em 6 níveis=30 suportes)

    360unid.(9,5x9,5)/forno - 2.880/4.230unid. (9,5x9,5)/mês 112unid.(9,5x9,5)/forno - 896/1.344unid. (9,5x9,5)/mêsPreço: R$ 19.500,00 (adicionar frete*) Preço: R$ 13.500,00 (adicionar frete*)

    Os valores apresentados podem variar de acordo com os fornecedores. A apresentação decustos na listagem dos materiais, equipamentos e ferramentas para Implantação de OficinaArtesanal de Vidro serve como demonstração para saber quanto é necessário pra seinvestir.

     Anexo 3

    Fornecedores

    Listamos as seguir alguns fornecedores dos equipamentos, ferramentas e do material deconsumo especializado especificado. Materiais de construção, ferramentas e equipamentosde proteção comuns podem ser encontrados nas lojas especializadas em ferramentas,equipamentos e materiais de construção de sua própria localidade.

    INFORGEL – FORNOS GENGA http://www.inforgel.com.br  [email protected]  11 4221-6877

    FORNOS JUNG 

    http://www.jung.com.br   [email protected]  47 3327-0000

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    ESTIVA REFRATÁRIOS http://www.estivarefratarios.com.br  marcio@estivarefratários.com.br  19 3868-1805

     ARTE BRASIL Sr. Paschoal www.artebrasilmateriais.com.br  

    11 5571-1175/5549-3900

    TRIARTE Sr. Silvio www.triarteprodutos.com.br  11 5543-6738/5042-1890

    Nome do técnico responsável 

    Adriana Villela – Mestre em Desenvolvimento Sustentável – CDS/UnB

    Nome da Instituição do SBRT responsável

    Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília – CDT/UnB

    Data de finalização

    28 nov. 2007.