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Volvo Gástrico : Classificação Ilustrada
Introdução
Classificação Ilustrada
O volvo gástrico caracteriza-se por uma rotação anómala do estômago superior
a 180º. Pode ocorrer em qualquer idade, tendo maior incidência aos 50 anos ,
embora 10-20% dos volvos gástricos ocorram em crianças com menos de 1
ano.1,2 Existem duas formas etiológicas, a primária ou idiopática, que afecta 25%
dos doentes, em resultado de adesões ou alterações nos ligamentos
suspensores do estômago. A forma secundária ocorre em 75% dos casos e pode
ter origem em alterações da anatomia ou função gástrica como por hérnia do
hiato, hérnia diafragmática por traumatismo, obstrução pilórica com dilatação
crónica do estômago, cirurgia gastro-esofágica prévia e bridas. 3,4 A evolução
clínica desta patologia depende do desenvolvimento temporal, agudo vs crónico,
tipo de volvo e grau de obstrução. O volvo gástrico pode ser diagnosticado por
TC, no entanto o meio de diagnóstico gold-standard é o estudo fluoroscópico do
tubo digestivo com contraste de bário. 4
Conclusão
Bibliografia
Mesenteroaxial
Organoaxial
Misto
• Rotação segundo o eixo longitudinal
• Rotação segundo o eixo transversal
• O volvo gástrico, embora seja uma entidade rara, pode constituir-se como emergência, sendo importante o seu precoce reconhecimento e atitude terapêutica.
• O exame fluoroscópico do tubo digestivo com contraste baritado permite uma excelente caracterização e classificação do volvo gástrico nas suas três variantes:
Organoaxial, Mesenteroaxial e Misto.
Diana Penha 1 Elsa Rosado1, Pedro João1, Pedro Cabral1, Erique Pinto1, Ana Costa2
1. Interno do Serviço de Imagiologia, Hospital Fernando Fonseca; 2. Assistente do Serviço de Imagiologia, Hospital Fernando Fonseca
Directora de Serviço: Drª Manuela Baptista
1. Chau B, Dufel S. Gastric volvulus. Emerg Med J 2007; 24: 446-7 2 . Mc Elreath DP, Olden KW, Aduli F. Hiccups: a subtle sign in the clinical diagnosis of gastric volvulus and a review, of the literature 3. Bento, A Baptista H, Pinheiro C, Pinho A, Lopes S, Martinho F. Volvo gástrico – Caso clinico. Jornal Português de Gastrenterologia 2010;17:223-226 4. Rashid F, Thangarajah T, Mulvey D, Larvin M, Iftikhar SY. A review article on gastric volvulus: A challenge to diagnosis and management. International Journal of Surgery 2010; 8: 18-24
Figura 1 – Volvo Organoaxial. O esquema mostra a rotação do estômago ao longo do eixo longitudinal. PC – Pequena Curvatura, GC – Grande Curvatura
Figuras 2,3,4 Estômago horizontalizado, com rotação do eixo longitudinal e presença de nível hidroaéreo.
Fig. 2
Figuras 5,6,7 Junção esófago-gástrica e antro gástrico em topografia anormalmente alta.
Fig. 3 Fig. 4
Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7
Figura 8 – Volvo Mesenteroaxial. Esquema mostra rotação do estômago ao longo do eixo transversal. JGE – Junção Gastro-esofágica.
Figura 9 Volvo Mesentero-axial com rotação pelo eixo transversal do estômago.
Figura 10 Presença de dois níveis hidroaéreos aparentemente contíguos condicionados pela cirurgia. Fig. 9 Fig. 10
• Rotação no eixo organo-axial e no eixo mesenteroaxial
Figuras 11,12,13 Avaliação em decúbito dorsal e ortostatismo, revelando rotação gástrica no plano axial e perpendicular.
Fig. 11 Fig. 12 Fig. 13