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Governo do Estado do Pará Secretaria de Estado de Educação Secretaria Adjunta de Ensino Diretoria de Educação para Diversidade, Inclusão e Cidadania Coordenação de Tecnologia Aplicada à Educação Núcleo de Tecnologia Educacional Prof. Washington L. B. Lopes Mini-curso WEBQUEST: possibilidades de pesquisa e autonomia na web Belém - Pará 2010 Fonte:http://vivoeduca.ning.com/profiles/blogs/oficina-sobre-webquest-no

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Page 1: Web Quest

Governo do Estado do ParáSecretaria de Estado de Educação

Secretaria Adjunta de EnsinoDiretoria de Educação para Diversidade, Inclusão e Cidadania

Coordenação de Tecnologia Aplicada à EducaçãoNúcleo de Tecnologia Educacional Prof. Washington L. B. Lopes

Mini-curso

WEBQUEST: possibilidades de pesquisa e autonomia na web

Belém - Pará 2010

Fonte:http://vivoeduca.ning.com/profiles/blogs/oficina-sobre-webquest-no

Page 2: Web Quest

Ana Júlia Carepa

Governadora do Estado do Pará

Socorro Coelho

Secretária de Educação

Ney Cristina de Oliveira

Secretária Adjunta de Ensino

Wilson Barroso

Diretoria de Educação para Diversidade, Inclusão e Cidadania

Francinei Monteiro

Coordenador Estadual do PROINFO

Marcelo Carvalho

Coordenador do Núcleo de Tecnologia Educacional

Alberto GomesAnilza BrasilDilson Aires

Franz PereiraJamille GalvãoJoaquim Jares

Juscelino HernandezMaria do Carmo Acácio

Rosistela Oliveira

Professores Formadores/Multiplicadores

Jamille Galvão dos Santos

Responsável pela produção deste material

Page 3: Web Quest

APRESENTAÇÃO

“a matéria-prima da aprendizagem é a informaçãoorganizada, significativa: a informação

transformada em conhecimento”. (Moran, 2007)

Um dos grandes desafios para os profissionais da educação na atual sociedade da

informação é a utilização educacional da internet. Os professores tem encontrado em suas

salas de aula, alunos cada vez mais familiarizados com os recursos da comunicação

digital, conseqüência do aumento exponencial do acesso aos computadores e à internet,

graças às políticas públicas de inclusão digital dos governos Federal e Estadual.

Já que os recursos da comunicação digital são tão atrativos para os jovens, por

que não utilizá-los para fins educacionais? E como evitar que este recurso, especialmente

a internet, seja subutilizada - nos famosos “control C e “control V?

Neste contexto, apresentamos o mini-curso Webquest: possibilidades de pesquisa

colaborativa e autonôma na rede mundial dos computadores. Desenvolvido com base na

proposta de webquest de Bernie Dodge1, este mini-curso pretende fomentar a utilização

dos recursos digitais pelos professores e possibilitar-lhes fundar sua prática pedagógica

em metodologias que estimulem no aluno outras habilidades além da memorização.

O modelo webquest se caracteriza pela integração da tecnologia ao currículo

escolar a partir de uma metodologia problematizadora, já que a proposta é utilizar

situações de ensino-aprendizagem reais em contextos voltados para a investigação. Logo,

é uma proposta metodológica construtivista. Seu forte é a pesquisa mediada pelo

professor, propondo desafios, problemas e gerando produtos – ou seja, transformando a

informação em conhecimento.

Vários autores, citados nas referências, consideram que a webquest pode

contribuir para desenvolver nos alunos a autonomia – ação imprescindível no processo

ensino-aprendizagem – e o estudo colaborativo, comprovadamente uma das formas mais

eficazes de aprendizagem, conforme apontam vários estudos nesta área. Bernie Dodge

(1995), destaca que as webquests estão fundadas na convicção de que aprendemos mais e

melhor com os outros e não individualmente. Assim, quando trabalham em equipe,

através de uma mediação efetiva por parte do educador, os alunos confrontam suas ideias

com os demais, gerando um desequilíbrio-equilibração em sua estrutura cognitiva,

1 É o criador do conceito de webquest. Em 1995, Bernie Dodge, professor da universidade estadual da Califórnia, EUA, construiu este conceito como proposta metodológica para usar a Internet de forma criativa.

Page 4: Web Quest

ocasionando a reflexão.

Estudiosos das webquests como recurso pedagógico (Aresta; et al, 2007;

Penteado; Fernandes, 2007; Abar; Barbosa, 2008) nos levam a concluir que uma

webquest bem construída, com objetivos claros e bem definidos, com tarefas desafiadoras

é capaz de fazer com que os alunos aprendam a buscar, selecionar e analisar informações

na internet – produzindo, ao final, o conhecimento.

Esperamos que o mini-curso possa ajudá-lo neste desafio, no sentido de

proporcionamos mais uma estratégia pedagógica, desta vez associada aos recursos

digitais, que possa contribuir para uma aprendizagem mais significativa, desafiadora e

efetiva para nossos alunos.

OBJETIVOS

Geral: Discutir e ampliar a compreensão sobre a utilização dos recursos digitais,

baseados em uma metodologia colaborativa de aprendizagem.

Específicos:

1. Possiblitar a utilização da pesquisa na web de forma autônoma e colaborativa;

2. Fomentar a pesquisa na escola utilizando situações de ensino-aprendizagem reais

em contextos voltados para a investigação;

3. Produzir webquests autorais, voltadas para a realidade específica das escolas

públicas.

Page 5: Web Quest

METODOLOGIA

O mini-curso será totalmente presencial, com carga horária de 16h, distribuídas

em 4 dias com 4hs diárias. Baseado numa metodologia teórico-prática, onde o cursista

construirá o conhecimento a partir de uma ação concreta que resultará em um produto

final – a webquest autoral – com o auxílio do computador.

No primeiro dia, os cursistas se apropriarão da fundamentação teórica, bem como

do contexto em que foram criadas as WQ – webquest, através da utilização de recursos

midiáticos diversificados tais como, material impresso, vídeo e apresentação de slides.

No segundo dia, iniciaremos apresentando uma proposta de avaliação autêntica2, baseado

nas rubricas3, como forma de valorizar a produção do aluno e oferecer uma possibilidade

de tornar o processo de avaliação claro, objetivo e consequentemente, sem o desgaste

costumeiro. Em seguida, partiremos para a pesquisa, selecão e avaliação de webquests

publicadas na web. Para facilitar e valorizar este momento, utilizaremos um roteiro com

critérios de avaliação pedagógicos,tais como apresentação, funcionalidade e estética.

No terceiro dia, os cursistas começarão a construir seu projeto de WQ, a partir

das especificidades de sua turma e escola, para então iniciar o contato com a ferramenta

de publicação na web, onde poderão publicar a WQ produzida e testar a sua

funcionalidade.

O quarto dia será destinado à conclusão das etapas de publicação da WQ e

posterior socialização. Neste momento, os cursistas irão participar das WQs produzidas

no mini-curso, fazendo uma avaliação, com base no roteiro já utilizado anteriormente, e

socializando suas impressões com o grupo.

2 A avaliação autêntica é conduzida por métodos avaliativos que guardam a maior correspondência possível com a experiência da vida cotidiana. Ela foi desenvolvida inicialmente em artes e formação profissional, áreas nas quais a verificação da aprendizagem sempre foi baseada em desempenhos Numa e noutra, o instrutor observa o aprendiz no processo de trabalho ou na realização de algo concreto, fornece feedbacks, monitora o uso de feedbacks por parte do aprendiz, e ajusta a instrução e a avaliação de acordo com os resultados observados. A avaliação autêntica traz esses princípios do avaliar do concreto para todas as áreas do currículo. (Barato, 2005).

3 A rubrica é uma ferramenta da avaliação autêntica, desenhada para simular atividade da vida real em que os alunos estão engajados na solução de problemas concretos. Ela é um tipo de avaliação formativa, pois faz parte de um processo holístico de ensino-aprendizagem em andamento. Os próprios alunos se envolvem no processo avaliativo, por meio de avaliações interpares e auto-avaliações. (op. cit)

Page 6: Web Quest

CRONOGRAMAPeríodo/ duração Atividades

1º dia das 15h às 16:15h

1º momento:1 - Dinâmica de apresentação do grupo;2 – Apresentação do mini-curso, metodologia, avaliação, cronograma;

das 16:30 às 19h 2º momento:3 - Atividade em grupo – bases teóricas;4 – Socializando as discussões.

2º diadas 15h às 16:15h

1 – Etapas de criação da WQ;2 – Apresentando uma proposta de avaliação: as rubricas.

das 16:30 às 19h 3 – Como criar e como avaliar WQ; 4 - Conhecendo, pesquisando e avaliando Wqs publicadas na web;

3º diadas 15h às 16:15h

1 – Construindo o projeto da sua WQ.

das 16:30 às 19h 2 - Recursos de produção e publicação;3 - Publicando a WQ.

4º diadas 15h às 16:15h

1 – Continua a publicação das WQs.2 - Utilizando, testando e avaliando as Wqs produzidas no curso;

das 16:30 às 19h 2 – Socialização das avaliações; Avaliação do curso.Encerramento.

PROGRAMA DO MINI-CURSO

1. Bases Teóricas: que é uma WebQuest; história; utilização pedagógica.2. Como criar uma WebQuest3. Como avaliar uma WebQuest4. Recursos de produção5. Folha de planejamento6. O site para publicação da WQ

AVALIAÇÃO

Utilizaremos como critérios de avaliação:

Frequencia de 100%;

Participação nos debates e reflexões, com argumentos embasados pela fundamentação teórica trabalhada;

Criação e publicação de uma WQ, a partir do roteiro trabalhado;

Page 7: Web Quest

1 – Webquest – o que é, breve histórico e utilização pedagógica.

A palavra Webquest, em sua etimologia, nos remete para a soma de duas

palavras: web (rede de hiperligações) e quest (questionamento, busca ou pesquisa).

O conceito da WebQuest surgiu em Fevereiro de 1995, na San Diego State

University (SDSU), com o professor Joseph Bernard Dodge e seu colaborador (ex-aluno

de graduação) Thomas March, no âmbito das atividades propostas na disciplina de

Tecnologia Educacional -EDTEC 596, "Interdisciplinary Teaching with Technology".

Numa definição rápida e de fácil entendimento, podemos dizer que WebQuest é

uma investigação orientada na qual algumas ou todas as informações com as quais os

aprendizes interagem são originadas de recursos da Internet.

Portanto, é uma atividade didática, estruturada de forma que os alunos se

envolvam no desenvolvimento de tarefas de investigação, utilizando os recursos da

Internet. Quem a produz é o professor da disciplina, o que torna a webquest um recurso

didático autoral e único, específico para aquela situação de aprendizagem onde se

consideram as condições reais vivenciadas pelo professor e aluno.

Vantagens do uso pedagógico das WQs:

Moderniza os modos de fazer educação;

garante o acesso a informações autênticas e atualizadas;

promove a aprendizagem cooperativa;

desenvolve as habilidades cognitivas dos alunos;

transformar ativamente informações (em vez de as reproduzir apenas);

incentivar a criatividade do professor e alunos;

favorece o trabalho projetado e realizado por si próprio;

favorece o compartilhar de saberes pedagógicos.

Desvantagens:

Método de ensino não tradicional e por isso ainda sob alguma resistência e desconhecimento;

É necessário que se sigam os passos essenciais na construção do WebQuest que levem os alunos a transformar o conhecimento adquirido, a transmitir e partilhar o conhecimento;

É necessário o acesso à internet, o que limita o seu uso didático em escolas que não possuam o acesso;

o uso de muitas imagens torna o acesso lento.

Dentre as suas funções mais importantes, destacamos o direcionamento a uma

Page 8: Web Quest

aprendizagem colaborativa, onde pessoas entram em contato com outras pessoas,

compartilhando informações, idéias, reflexões e pontos de vista diferentes sobre um

mesmo tema.

1. De acordo com Dodge, existem dois tipos de webquest:

2. Webquest curta: cujo objetivo instrucional é a aquisição e integração do

conhecimento. Ao final de uma webquest curta, o aprendiz terá entrado em

relação com um número significativo de informações, dando sentido a elas. Em

geral é planejada para ser executada em uma ou três aulas.

3. Webquest longa: cujo objetivo instrucional é ampliar e refinar o conhecimento;

ao final de uma webquest, longa o aprendiz terá analisado profundamente um

corpo de conhecimento, transformando-o de alguma maneira, e demostrando o

entendimento do material com a criação de algo que outros possam utilizar, no

próprio sistema (Internet) ou fora dele. Uma WebQuest longa padrão dura de uma

semana a um mês de trabalho escolar.

2 - ESTRUTURA DAS WEBQUEST

Desde que a prática da pesquisa na internet tornou-se um hábito frequente,

questiona-se muito a sua utilização tanto pelo professor, no que chamamos de “surfagem”

na Rede. Ou seja, o aluno recebe um tema e vai explorar os sites de pesquisa mais

famosos e sai surfando na Rede sem objetivos definidos ou sem uma tarefa clara em sua

cabeça. Outro problema que surgiu com o seu advento foi a necessidade que as escolas

sentiram de racionar o tempo de conexão dos alunos na web. Assim, para alcançar esta

proposta de eficiência e clareza, as WebQuests devem conter pelo menos as seguintes

partes:

a) introdução ao tema a tratar, devendo ser motivador,

b) tarefa, que deverá ser desafiante e executável,

c) processo, na qual o aluno deverá se orientar para realizar a tarefa,

d) os recursos disponíveis na Web para produção do conhecimento,

e) a avaliação, que fornece ao aluno os indicadores qualitativos e quantitativos,

f) a conclusão, deverá propor um desfecho relembrando os objetivos da atividade e

também uma pista para pesquisas ou atividades futuras na mesma temática.

A seguir, explicaremos detalhadamente cada uma delas.

Page 9: Web Quest

a)Introdução

Esta é uma das partes principais da WebQuest, pois fornece aos alunos algumas

pistas sobre o tema ou aventura que será desenvolvida, tentando despertar o interesse pela

temática a investigar. Deverá ainda envolver os alunos na problemática para despertar a

motivação para explorar as outras partes da WebQuest.

b)Tarefa

A tarefa tem de ser algo mais do que simplesmente responder a perguntas

concretas sobre fatos ou conceitos ou reescrever a informação. As WebQuest só

produzem resultados se forem muito bem planejadas, com tarefas que realmente possam

facilitar a aprendizagem e que valorizem a investigação. A tarefa deve ser bem

planificada e principalmente desafiante e executável. Segue abaixo alguns exemplos de

tipos diferentes de proposição de tarefas:

b.1) Recontar uma História

Neste tipo de atividade o aluno deve produzir uma história a partir das

informações pesquisadas de forma diferente do que lhe foi apresentado o conteúdo,

utilizando para isso qualquer tipo de suporte, seja ele digital ou físico demonstrando o

final da atividade que compreenderam a história ou matéria.

b,2) Compilação

Tem como principal objetivo a seleção de uma série de materiais, texto, áudio,

vídeo, gráficos e animação para posterior organização e apresentação da informação de

uma forma coerente e organizada.

b.3) Mistério

Tem como objetivo a solução de um problema ou mistério. Os alunos neste tipo

de atividade exercem papel de detective e precisam investigar todos os recursos para

encontrarem a solução para a qual na maioria das vezes, são fornecidas pistas que os

levam a aprendizagens no decorrer das descobertas.

b.4) Jornalismo

Tem como objetivo principal a produção de textos ou matérias jornalísticas.

b.5) Design

Tem como objetivo estimular o processo de criação, ou seja, incentivar os alunos

ao desenvolvimento da criatividade, na produção de trabalhos manuais, e/ou de criação

coletiva.

b.6) Criar um Produto Criativo

Tem como objetivo a exploração máxima da criatividade dos alunos. Solicita-se

Page 10: Web Quest

que os mesmos desenvolvam um produto, texto, música, poema, pintura de forma mais

criativa e inovadora possível.

b.7) Construção Consensual

Tem como objetivo a resolução de conflitos e opiniões na busca de um consenso

entre os integrantes da equipe.

b.8) Persuasão

Esta atividade tem como objetivo fazer com que os alunos sejam incentivados a

utilizar seu poder de argumentação para convencer os outros elementos, ou as outras

equipes concorrentes acerca da opinião ou ideia que o grupo está defendendo.

b.9) Auto-conhecimento

Esta tarefa é pouco utilizada, porém, tem como principal objetivo levar os alunos

a se auto-conhecerem. São em sua maioria atividades de reflexão e com objetivos a longo

prazo, tais como a construção de valores morais, ética, arte, etc.

b.10) Analítica

Esta tarefa tem como principal objetivo a observação de vários aspectos, a fim de

identificar semelhanças e contrastes entre os objetos de estudo.

b.11) Julgamento

Tem como objetivo fazer com que os alunos ordenem e classifiquem os itens

sugeridos ou a escolha de itens entre várias opções.

b.12) Científica

Esta tarefa é geralmente voltada para as áreas das ciências e tem como objectivo

principal, a experimentação, a descoberta através das hipóteses, a interpretação de

resultados de experiências e a escrita de relatórios científicos.

c)Processo

Nesta fase da WebQuest, são definidos os passos necessários à realização da

tarefa. Estes passos devem ser apresentados de forma clara e objetiva, visando a

realização do trabalho em grupo de forma mais autônoma e com menor intervenção do

professor. O processo também se torna bastante rico, quando o professor fornece aos

alunos os diferentes papéis a serem distribuídos entre os elementos da equipe, o que faz

com que a organização das atividades seja melhor estruturada.

d)Recursos

Nesta componente da WebQuest, são apresentados os recursos ou sites que os

alunos devem consultar para concluir as atividades propostas, levando em consideração a

faixa etária dos alunos e também o tipo de informação disponibilizada, ou seja, o nível de

Page 11: Web Quest

confiabilidade do material. Para isto, é necessário que o professor consulte previamente

as fontes, não apenas escolhendo hiperligações, mas analisando-as, para garantir a sua

importância e potencial pedagógico.

e)Avaliação

A avaliação das atividades realizadas pelos alunos numa WebQuest deve conter

critérios qualitativos e quantitativos, além de fornecer informações claras que os levem a

perceber quais foram os seus erros e no que devem melhorar. Outros pontos que devem

ser considerados, são a avaliação individual e coletiva, pois quando os alunos têm em

mente o que o professor irá avaliar, a qualidade dos trabalhos efetuados é bem melhor.

f)Conclusão

A conclusão é a ultima etapa de uma WebQuest e deve remeter os alunos para uma

reflexão sobre as atividades propostas e concluídas. Neste ponto também se deve

incentivar fortemente a que novas atividades de pesquisas sejam efetuadas e que os

alunos possam utilizar os resultados do trabalho noutros contextos.

3 - ONDE CRIAR

As WQs podem ser criadas diretamente em sites de hospedagem, se você souber

utilizar a linguagem html. No nosso caso, oferecemos um serviço de fácil e rápido

entendimento prático, o PHP WebQuest que é um programa educativo para os

desenvolvedores que possuem poucos conhecimentos de desenvolvimento de Web sites.

Sua escolha se justifica pelo fato de o ambiente já possuir toda a estrutura das

componentes da WebQuest e o utilizador poderá facilmente criar a sua estratégia apenas

introduzindo o conteúdo e imagens desejadas em cada uma destas seções. O uso deste

recurso torna o processo de concepção rápido e amplia assim o seu acesso, já que ao

concluir a estratégia, automaticamente já se pode acessá-la através da Web.

Uma outra sugestão, para quem não dispõe de conta nestes programas educativos,

ou não possui internet, é utilizar o editor de apresentações ou até mesmo o editor de texto

que permitem a criação de páginas e hiperligações a endereços na Web de forma

facilitada, tornando ainda mais fácil a criação das WebQuests.

Page 12: Web Quest

PARA ABRIR SUA CONTA NO PHP WEBQUEST:

Siga o procedimento abaixo:

1. Abra o seu navegador e digite o endereço: http://www.webquestbrasil.org/criador/

Aparecerá a seguinte tela, onde você deve clicar no botão “Solicitar uma conta de

usuário”.

2. Preencha o formulário com as informações solicitadas;

Page 13: Web Quest

3. Aparecerá a seguinte mensagem:

4. Entre no seu email e siga as instruções descritas nele. Pronto, sua conta para criar

webquest está criada!!

4 - COMO AVALIAR EM WQ

Apresentamos uma alternativa de avaliação autentica, baseada na rubrica. Rubrica

são grelhas de análise que incidem sobre os diversos atributos que devem estar presentes

numa WebQuest de qualidade.

Partindo do pressuposto de que “o sentido da avaliação é compreender o que se

passa na interação entre o ensino e a aprendizagem para uma intervenção consciente e

melhorada do professor.” ( Silva, 2004, pág. 60), a avaliação se torna um instrumento de

mão-dupla tanto para o professor refazer o seu planejamento e o seu ensino, como para

que o aluno tome consciência da sua trajetória de aprendizagem e possa criar suas

próprias estratégias de aprendizagem. Por isso, vamos primeiro reforçar nossa

fundamentação teórica sobre os tipos de avaliação, para podermos escolher

conscientemente a melhor forma de avaliar em nossas grelhas.

TIPOS DE AVALIAÇÃO

Antes de montar sua rubrica, é necessário ter claro que tipo de avaliação estará

utilizando, de acordo com os objetivos que quer alcançar.

De acordo com Blaya (2004), existem pelo menos quatro tipos de avaliação, que

combinados de uma forma harmônica e adequada para o grupo de alunos, são capazes de

compor o processo de avaliação.

A) A avaliação Somativa, como próprio nome indica, tem como o objetivo representar

um sumário, uma apresentação concentrada de resultados obtidos numa situação

educativa. Pretende-se traduzir, de uma forma quantificada, a distância em que ficou de

uma meta que se arbitrou ser importante atingir. Essa avaliação tem lugar em momentos

específicos ao longo de um curso, como por exemplo, no final de um ano letivo, com a

finalidade de avaliar o progresso do aluno e verificar a operacionalização de um currículo

ou plano educacional.

B)A avaliação Formativa é a forma de avaliação em que a preocupação central reside

em coletar dados para reorientação do processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de uma

Page 14: Web Quest

"bússola orientadora" do processo de ensino-aprendizagem. A avaliação formativa não

deve assim exprimir-se através de uma nota, mas sim por meio de comentários.

C) A avaliação Diagnóstica tem dois objetivos básicos: identificar as competências do

aluno e adequar o aluno num grupo ou nível de aprendizagem. No entanto, os dados

fornecidos pela avaliação diagnóstica não devem ser tomados como um "rótulo" que se

cola sempre ao aluno, mas sim como um conjunto de indicações a partir do qual o aluno

possa conseguir um processo de aprendizagem.

D) A avaliação Emancipadora utiliza-se do senso de autocrítica e autodesenvolvimento

do aluno, através de instrumentos como a auto-avaliação, a co-avaliação. Nesse modelo,

o professor torna-se um tutor e emite suas opiniões através de relatórios do processo

evolutivo do aluno.

PROCESSO PARA CRIAR RUBRICA

Um das partes críticas de uma WebQuest, que frequentemente é deixada para o

fim, ou mesmo dispensada, é o desenvolvimento de uma "rubrica" ou outro modo de

definição dos critérios de avaliação. Para isso, não existem tantas dificuldades. Tendo

uma cópia da tabela/grelha que estamos disponibilizando neste mini-curso, bastam três

passos para elaborar a sua rubrica:

Identifique as várias dimensões potenciais a avaliar – é o momento mais

inportante, onde se definem objetivamente para o aluno e para nós mesmos, o que

queremos avaliar, que critérios estaremos observando tornando nossa avaliação

mais útil e formativa.

Para começar, pegue numa folha de papel e pense na tarefa que escolheu como atividade

principal para a sua WebQuest. Use a tabela seguinte para se orientar e anote os nomes de

dimensões ou aspectos que poderiam integrar a sua rubrica.

se a Tarefa tem estes elementos... então, considere estas possíveisdimensões:

Apresentação oral Colocação da vozLinguagem corporalGramática e pronúnciaOrganização e sequência

Apresentação multimédia(ex., PowerPoint)

Qualidade técnicaEstéticaGramática e ortografia

Produtos escritos Gramática e ortografia

Page 15: Web Quest

Organização e sequênciaFormatação

Produtos criativos Surpresa, novidadeQualidade técnicaRespeito pelas normas do gênero

Trabalho colaborativo CooperaçãoResponsabilidadeResolução de conflitos

Design, projecto, planificação Eficácia da soluçãoCriatividade da soluçãoJustificação da solução

Persuasão Qualidade dos argumentosCativação da audiênciaOrganização e sequência

Análise (científica, detetivesca ou deoutro tipo)

Recolha e análise de dadosInferências e conclusões

Avaliação, crítica, julgamento Suficiência dos elementos consideradosDefinição e ordenação de critérios

Compilação Critérios de seleçãoOrganização

Jornalismo PrecisãoOrganizaçãoPerfeição

Selecione um número razoável de aspectos mais importantes - No passo 1, é

provável que tenha listado mais dimensões do que as necessárias; agora convém

fazer uma seleção. Convém ter em conta o propósito da sua avaliação. Se for

diagnóstico e formativo, mais vale errar por excesso do que por defeito. Se

pretende apenas fazer uma avaliação somativa do desempenho dos alunos, bastam

as dimensões mais importantes. Questione-se sobre os aspectos mais importantes

da sua tarefa e classifique as potenciais dimensões a avaliar, da mais importante

para a menos significativa. Elimine as dimensões que ficarem no fim da sua lista,

até determinar as 4 a 8 mais importantes (ou o número que entenda ser mais

adequado).

Descreva os critérios de referência para cada nível de cada aspecto – neste

momento, você deve pensar em cada uma das dimensões que selecionou e então,

imagine um exemplo soberbo de desempenho para cada uma dos aspectos a

avaliar. Que característica teria? Agora descreva-a sucinta e claramente. repetindo

o procedimento à medida em que vai diminuindo o nível de desempenho. Ao

final, terá sua rubrica concluída.

Page 16: Web Quest

MODELO DE GRELHA DE AVALIAÇÃO UTILIZANDO RUBRICAS:

Calouro 1 Aprendiz 2 Profissional 3 Mestre 4Pon

tuação

Identificação da dimensão ou aspecto a avaliar

Descrição dos critérios observáveis que evidenciam um nível de desempenho típico de um principiante.

Descrição dos critérios observáveis que reflitam já algum trabalho mas que possam ainda ser aperfeiçoados.

Descrição dos critérios observáveis que correspondem a um nível satisfatório de desempenho.

Descrição dos critérios observáveis que ilustrem o nível máximo de desempenho ou traços de excelência.

DICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE SUA WQ

As WebQuests podem ser aperfeiçoadas com elementos motivacionais que

envolvam a estrutura básica de investigação, dando aos aprendizes um papel a ser

desempenhado (cientista, detetive e repórter, por exemplo), criando uma

personalidade fictícia com a qual os participantes deverão interagir via e-mail, e

apresentado um cenário dentro do qual os participantes irão trabalhar (o grupo,

por exemplo, pode ter recebido uma solicitação do Secretário Geral da ONU

sobre o que está acontecendo esta semana na região do Sub-Saara Africano).

As WebQuests podem ser planejadas para uma disciplina ou podem abranger uma

abordagem multidisciplinar. Uma vez que as abordagens multidisciplinares são

um desafio maior que o trabalho numa única área, talvez convenha começar por

esta última alternativa até reunir mais experiência para trabalhos compreensivos.

COM O PLANEJAMENTO DA WEBQUEST PRONTO É HORA DE

PUBLICAR!!

Para publicar sua WQ, siga os procedimentos abaixo:

1. Digite o endereço do php webquest http://www.webquestbrasil.org/criador e

coloque seu nome de usuário e senha;

2. Clique na opção “criar um webquest”;

3. Na tela seguinte, escolha um modelo para a sua WQ e em seguida clique no botão

“enviar”;

4. Agora preencha os campos na tela de formatação da sua WQ que se abre em

seguida:

Page 17: Web Quest

5. Na tela seguinte, preencha cada uma das abas com as informações do seu

planejamento de WQ. Perceba que o criador de WQ “conversa” com você em

cada uma das etapas (abas). Ao final desse procedimento, você estará com a sua

WQ pronta para ser usada!!

Page 18: Web Quest

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABAR, Celina A. A. P.; BARBOSA, Lisbete Madsen. Webquest um desafio para oprofessor: uma solução inteligente para o uso da internet. São Paulo: Avercamp,2008. 100 p.

ARESTA, Mónica; FERREIRA, Celina; CARVALHO, Renato; PAIVA, Renato; LOUREIRO, Maria João. WebQuest: recurso educativo e ferramenta de avaliação. Actas da V Conferência Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação. Braga: Universidade do Minho, 2007.

BLAYA, Carolina. Processo de avaliação. Acesso on line: http://www.ufrgs.br/tramse/med/textos/2004_07_20_tex.htm em 15/09/2009.

CONDEMARÍM, Mabel e MEDINA, Alejandra. Avaliação autêntica: um meio para melhorar as competências em linguagem e comunicação. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2005

DODGE, Bernie. WebQuests: A Technique for Internet - Based Learning. TheDistance Educator. V.1, nº 2, 1995. Trad. Jarbas Novelino Barato. Acesso on line: http://www.miniweb.com.br/top/Jornal/artigos/Artigos/webquest.html em 25/09/2009.

MORAN, José Manuel. A educação que desejamos – novos desafios e como chegar lá. São Paulo: Papirus, 2007.

PENTEADO, Maira Teresinha Lopes; FERNANDES, Gisele Dorneles. O uso da informática na escola: webquest como estratégia de aprendizagem construtivista. Acesso on line: websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/.../6_webquest_maira_ok.pdf em 21/06/2007.

WEYMAR, Rogério Ramos. Webquest, blogquest: ferramentas para pesquisa WEB. III Simpósio Internacional e VI Fórum Nacional de Educação, Universidade Luterana do Brasil, Canoas/RS. Acesso on line: www.portal webquest .net/pdfs/weimar.pdf em 12/09/2008.

SILVA, J.F. Avaliação na Perspectiva Formativa-Reguladora: pressupostosteóricos e práticos. Porto Alegre: Mediação, 2004.