workshop saÚde reprodutiva das adolescentes · 2018-09-21 · workshop –saÚde reprodutiva das...
TRANSCRIPT
WORKSHOP – SAÚDE REPRODUTIVA DAS ADOLESCENTES
Vera Ramos Assistente Hospitalar – Serviço de Ginecologia
CHUCDiretora: Dra. Fernanda Águas
O PAPILOMAVÍRUS HUMANO
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
PREVENÇÃO
MENSAGENS FINAIS
HPV
Família – Papilomaviridæ
16 géneros
(α – tumores das mucosas; β – tumores cutâneos)
O PAPILOMAVÍRUS HUMANO
Human papillomavirusesIARC Working Group on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. (2007). IARC Monographs on the evaluation of carcinogenic risks to humans, 90, 1.
HPV
DNA (cadeia dupla circular ~ 7000-8000pb)
Sem invólucro – cápside icosaédrica
Hospedeiro único – humano
Infeção dos epitélios cutâneo-mucosos – replicação no núcleo da célula hospedeira
O PAPILOMAVÍRUS HUMANO
Human papillomavirusesIARC Working Group on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. (2007). IARC Monographs on the evaluation of carcinogenic risks to humans, 90, 1.
HPV
A maioria das infeções resolve espontaneamente e sem consequências clínicas em 1 ou 2 anos
A infeção persistente está na origem de lesões precursoras e progressão para cancro
O estado imune do hospedeiro, a sua suscetibilidade individual, assim como, a presença de co fatores, influenciam a persistência do vírus
O PAPILOMAVÍRUS HUMANO
Human papillomavirusesIARC Working Group on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. (2007). IARC Monographs on the evaluation of carcinogenic risks to humans, 90, 1.
HPV
+ de 150 tipos identificados
Podem ser divididos em alto e baixo risco de acordo com o seu grau de associação à carcinogénese
HPV de alto risco
16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 66
HPV de baixo risco
6, 11, 40, 42, 43, 44, 53, 54, 61, 72 e 81
O PAPILOMAVÍRUS HUMANO
Human papillomavirusesIARC Working Group on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. (2007). IARC Monographs on the evaluation of carcinogenic risks to humans, 90, 1.
HPV
O PAPILOMAVÍRUS HUMANO
.
Evidência limitada/inadequada:
HPV 26HPV30
HPV 34HPV 53HPV 67HPV 68HPV 69HPV 70HPV 73HPV 82HPV 85HPV 97
Human papillomavirusesIARC Working Group on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. (2007). IARC Monographs on the evaluation of carcinogenic risks to humans, 90, 1.
HPV
Cancro do Colo do Útero
Cancro do Ânus
Cancros da Orofaringe (palato mole; base da língua; tonsilas)
Cancro da Vagina
Cancro da Vulva
Cancro do Pénis
Cancro da Pele
Condilomas acuminados
Papilomatose respiratória recorrente
O PAPILOMAVÍRUS HUMANO
Human papillomavirusesIARC Working Group on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. (2007). IARC Monographs on the evaluation of carcinogenic risks to humans, 90, 1.
O PAPILOMAVÍRUS HUMANO
HPV.PT
O PAPILOMAVÍRUS HUMANO
HPV.PT
HPV
Prevalência da infeção varia de 1-40%
Infeção sexualmente transmissível mais comum
Estima-se que cerca de 90% a 80% de homens e mulheres sexualmenteativos, respetivamente, serão infetados com pelo menos um tipo de HPVdurante a sua vida
Cerca de ½ - HPV de alto risco
Dados Epidemiológicos
National Cancer Institute, 2017
HPV de alto risco – 5% dos cancros a nível mundial
Cancro do Colo do Útero ≈ 100%
Cancro do Ânus ≈ 95%
Cancros da Orofaringe (palato mole; base da língua; tonsilas) ≈ 70%
Cancro da Vagina ≈ 65%
Cancro da Vulva ≈ 50%
Cancro do Pénis ≈ 35%
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
National Cancer Institute, 2017
Cancro causado por agentes infeciosos Europa em ambos os sexos (adaptado)
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Global burden of cancers attributable to infections in 2012: a synthetic analysis.Plummer, M., de Martel, C., Vignat, J., Ferlay, J., Bray, F., & Franceschi, S. (2016). The Lancet Global Health, 4(9), e609-e616.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
---
CDC - Centers for Disease Control and Prevention
Retrospetivo - 1993-2005
2670 amostras histológicas (representativas por sexo e idade)
Teste do HPV
16/18
31/33/45/52/58
Outros tipos de HPV
HPV negativo
Objetivo – estimar a % de cancros potencialmente associados ao HPV
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
US assessment of HPV types in cancers: implications for current and 9-valent HPV vaccines HPV Typing of Cancers WorkgroupSaraiya M, Unger ER, Thompson TD, Lynch CF, Hernandez BY, Lyu CW, Steinau M, Watson M, Wilkinson EJ, Hopenhayn C, Copeland G, Cozen W, Peters ES, Huang Y, Saber MS, Altekruse S, Goodman MT
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Adaptado deUS assessment of HPV types in cancers: implications for current and 9-valent HPV vaccines HPV Typing of Cancers WorkgroupSaraiya M, Unger ER, Thompson TD, Lynch CF, Hernandez BY, Lyu CW, Steinau M, Watson M, Wilkinson EJ, Hopenhayn C, Copeland G, Cozen W, Peters ES, Huang Y, Saber MS, Altekruse S, Goodman MT
Cancro% de C
provavelmente associados a HPV
% de C provavelmente
associados a HPV16/18
% de C provavelmente
associados a HPV31/33/45/52/58
Colo 91 66 15
Vagina 75 55 18
Vulva 69 49 14
Pénis 63 48 9
Ânus 91 79 8
Orofaringe 70 60 6
Reto 91 79 8
Total 79 63 10
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Multicêntrico – 31 países
Estimativa da prevalência e contribuição relativa dos diferentes tipos de HPV
nas lesões pré-malignas, cancro e verrugas genitais
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Adaptado deHartwig, S., Baldauf, J. J., Dominiak-Felden, G., Simondon, F., Alemany, L., de Sanjosé, S., & Castellsagué, X. (2015). Estimation of the epidemiological burden ofHPV-related anogenital cancers, precancerous lesions, and genital warts in women and men in Europe: potential additional benefit of a nine-valent secondgeneration HPV vaccine compared to first generation HPV vaccines. Papillomavirus Research, 1, 90-100.
PrevalênciaHPV (%)
HPV 16/18 (%) HPV
16/18/31/33/45/52/58 (%)
Fração HPV 31/33/45/52/
58 (%)
CCU 100 72,8 89,0 + 16,2
C Vulva 19,3 73,6 84,0 + 10,5
C Vagina 71,1 71,2 85,6 + 14,4
C Ânus 87,9 87,1 89,8 + 2,7
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Adaptado deHartwig, S., Baldauf, J. J., Dominiak-Felden, G., Simondon, F., Alemany, L., de Sanjosé, S., & Castellsagué, X. (2015). Estimation of the epidemiological burden ofHPV-related anogenital cancers, precancerous lesions, and genital warts in women and men in Europe: potential additional benefit of a nine-valent secondgeneration HPV vaccine compared to first generation HPV vaccines. Papillomavirus Research, 1, 90-100.
PrevalênciaHPV (%)
HPV 6/11/16/18
(%)
HPV 6/11/16/18/31/33/45/52/58
(%)
Fração HPV 31/33/45/52/
58 (%)
CIN1 100 23-25 46-51 + 23-26
CIN2 100 38,4-39 71-74,3 + 32-35
CIN3 100 58 85-90 + 27-32
CIN2+ 100 45,5 82,3 + 36,8
VIN 2/3 86,9 82,2 94,4 + 12,2
VaIN 2/3 95,8 64,1 77,6 + 13,5
AIN 2/3 95,3 75,4 81,5 + 6,1
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
CLEOPATRE - Portugal
Inclusão de 2326 mulheres não vacinadas
18-64 anos
1 de fevereiro de 2008 e 31 de março de 2009 – Portugal Continental
Sondas de DNA específicas para 35 genótipos
HPV 6, 11, 16, 18, 26, 31, 33, 35, 39, 40, 42, 43, 44, 45, 51, 52, 53, 54, 56, 58,59, 61, 62, 66, 68, 70, 71, 72, 73, 81, 82, 83, 84, 85 e 89
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Prevalence of human papillomavirus infection in women in Portugal: the CLEOPATRE Portugal studyPista A1, de Oliveira CF, Cunha MJ, Paixao MT, Real O; CLEOPATRE Portugal Study GroupInt J Gynecol Cancer. 2011
CLEOPATRE - Portugal
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Adaptado dePrevalence of human papillomavirus infection in women in Portugal: the CLEOPATRE Portugal studyPista A1, de Oliveira CF, Cunha MJ, Paixao MT, Real O; CLEOPATRE Portugal Study GroupInt J Gynecol Cancer. 2011
Prevalência (%) dainfeção por HPV
Prevalência (%) HPV alto risco
Prevalência (%) HPV baixo risco
Total 19,4
18-19 27,0 21,2 10,6
20-24 28,8 23,4 11,4
25-29 21,8 16,2 9,4
30-39 12,5 9,4 5,9
40-49 9,5 4,9 5,4
50-59 5,7 3,1 3,1
60-64 5,6 4,6 3,1
CLEOPATRE - Portugal
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Adaptado dePrevalence of human papillomavirus infection in women in Portugal: the CLEOPATRE Portugal studyPista A1, de Oliveira CF, Cunha MJ, Paixao MT, Real O; CLEOPATRE Portugal Study GroupInt J Gynecol Cancer. 2011
Citologia Prevalência (%) Prevalência (%) HPV alto risco
Prevalência (%) HPV baixo risco
Normal 16,5 12,1 7,2
ASC-US 42,1 36,8 17,5
ASC-H 100,0 100,0 0
LSIL 81,1 73,0 28,4
HSIL 100,0 100,0 25,0
AGC 16,7 0 16,7
CLEOPATRE - Portugal
Distribuição dos tipos de HPV de alto risco :
HPV 16
HPV 31
HPV 53
HPV 51
HPV 66
HPV 52
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Prevalence of human papillomavirus infection in women in Portugal: the CLEOPATRE Portugal studyPista A1, de Oliveira CF, Cunha MJ, Paixao MT, Real O; CLEOPATRE Portugal Study GroupInt J Gynecol Cancer. 2011
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
----
CLEOPATRE II - Portugal
Distribuição dos HPV tipo-específico
Neoplasias intraepiteliais cervicais 2/3 (CIN2/3) e Cancro do Colo do Útero(CCU)
582 amostras histológicas de CIN2/3 e CCU
CIN 3 – 58,6%
CIN 2 – 30,4%
CCU escamoso – 9,8%
CCU adenocarcinoma – 1,2%
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Human Papillomavirus Type Distribution in Cervical Intraepithelial Neoplasia Grade 2/3 and Cervical Cancer in Porugal A CLEOPATRE II Study Angela Pista, Carlos Freire de Oliveira, Carlos Lope, Maria João Cunha, CLEOPATRE Portugal Study GroupInternational Journal of Gynecological Cancer, 2013
CLEOPATRE II - Portugal
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Adaptaado de: Human Papillomavirus Type Distribution in Cervical Intraepithelial Neoplasia Grade 2/3 and Cervical Cancer in Porugal A CLEOPATRE II Study Angela Pista, Carlos Freire de Oliveira, Carlos Lope, Maria João Cunha, CLEOPATRE Portugal Study GroupInternational Journal of Gynecological Cancer, 2013
HPVTotal CIN2 CIN3 ADC SCC
Positivo 570 (97,9%) 169 (95,5%) 339 (99,4%) 6 (85,7%) 56 (98,2%)
Negativo 12 (2,1%) 8 (4,5%) 2 (3,1%) 1 (14,3%) 1 (1,8%)
Único 506 (88,8%) 144 (85,2%) 57 (89,1%) 6 (100%) 51 (91,1%)
Múltiplo 64 (11,2%) 25 (14,8%) 5 (7,8%) 0 (0,0%) 5 (8,9%)
CLEOPATRE II - Portugal
26 tipos diferentes de HPV
Por ordem decrescente, em termos globais (CIN2/3 e CCU)
HPV 16 – 58,4%
HPV 31 – 10,4%
HPV 33 – 8,1%
HPV 58 – 7,7%
HPV 52 – 5,1%
HPV 18 – 3,5%
HPV 51 – 3,5%
HPV 35 – 3,3%
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Human Papillomavirus Type Distribution in Cervical Intraepithelial Neoplasia Grade 2/3 and Cervical Cancer in Porugal A CLEOPATRE II Study Angela Pista, Carlos Freire de Oliveira, Carlos Lope, Maria João Cunha, CLEOPATRE Portugal Study GroupInternational Journal of Gynecological Cancer, 2013
CLEOPATRE II - Portugal
26 tipos diferentes de HPV
Por ordem decrescente, em termos globais (CIN2/3 e CCU)
HPV 16 – 58,4%
HPV 31 – 10,4%
HPV 33 – 8,1%
HPV 58 – 7,7%
HPV 52 – 5,1%
HPV 18 – 3,5%
HPV 51 – 3,5%
HPV 35 – 3,3%
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Human Papillomavirus Type Distribution in Cervical Intraepithelial Neoplasia Grade 2/3 and Cervical Cancer in Porugal A CLEOPATRE II Study Angela Pista, Carlos Freire de Oliveira, Carlos Lope, Maria João Cunha, CLEOPATRE Portugal Study GroupInternational Journal of Gynecological Cancer, 2013
CLEOPATRE II - PortugalGenotipagem do HPV no CCU
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Human Papillomavirus Type Distribution in Cervical Intraepithelial Neoplasia Grade 2/3 and Cervical Cancer in Porugal A CLEOPATRE II Study Angela Pista, Carlos Freire de Oliveira, Carlos Lope, Maria João Cunha, CLEOPATRE Portugal Study GroupInternational Journal of Gynecological Cancer, 2013
0 20 40 60 80 100
+ HPV 58
+ HPV 52
+ HPV 45
+ HPV 33
+ HPV 31
+ HPV 18
HPV 16
HPV 16 HPV 18 HPV 31 HPV 33 HPV 45 HPV 52 HPV 58
77,4%
96,7%
Carcinoma da Orofaringe
Aumento dramático da incidência de carcinomas das células escamosas daorofaringe
++ HPV 16
++ homens, caucasiana, classe média-alta, múltiplos parceiros
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Adaptado de IARC
Epidemiology of HPV-associated oropharyngeal cancer Pytynia, K. B., Dahlstrom, K. R., & Sturgis, E. M. (2014). Oral oncology, 50(5), 380-386.Epidemiology of human papillomavirus–positive head and neck squamous cell carcinoma.Gillison, M. L., Chaturvedi, A. K., Anderson, W. F., & Fakhry, C. (2015Journal of Clinical Oncology, 33(29), 3235-3242.
Carcinoma da Orofaringe
Estima-se que, em 2020, a incidência dos carcinomas das célulasescamosas da orofaringe HPV + , seja superior à do CCU
Sem possibilidade de rastreio
A vacinação “promete” reverter a tendência do aumento da incidênciadepois de 2060
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Epidemiology of HPV-associated oropharyngeal cancer Pytynia, K. B., Dahlstrom, K. R., & Sturgis, E. M. (2014). Oral oncology, 50(5), 380-386.Epidemiology of human papillomavirus–positive head and neck squamous cell carcinoma.Gillison, M. L., Chaturvedi, A. K., Anderson, W. F., & Fakhry, C. (2015Journal of Clinical Oncology, 33(29), 3235-3242.
Carcinoma do Ânus
Incidência tem vindo a aumentar – Carcinoma do ânus de célulasescamosas
1/3 mulheres – HPV + (++ sexo anal)
≈ 57% HSH ++ HPV 16 (nº de parceiros)
≈ 12% H heterossexuais
AIN – HPV 16, 18, 31
Rastreio (?) pode realizar-se em grupos de risco, onde parece ser custo-efetivo
Estratégias de prevenção - Vacinação
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Pytynia, K. B., Dahlstrom, K. R., & Sturgis, E. M. (2014). Epidemiology of HPV-associated oropharyngeal cancer. Oral oncology, 50(5), 380-386.
Com base nos estudos epidemiológicos é previsível que a vacinanonavalente proteja contra os tipos de HPV que causamaproximadamente:
90% CCU
Mais de 95% AIS
75-85% CIN 2/3
85-90% dos cancros da vulva relacionados com HPV
90-95% VIN 2/3
80-85% dos cancros da vagina relacionados com HPV
75-85% VaIN 2/3
90-95% dos cancros do ânus relacionados com HPV
85-90% AIN2/3
90% das verrugas genitais
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
RCM Gardasil 9, janeiro 2017
GARDASIL® 9
Inclui os principais tipos de HPV associados a doença conforme patente nosestudos epidemiológicos (6/11/16/18/31/33/45/52/58)
Indicações – prevenção:
Lesões pré-malignas / displásicas e cancros do colo do útero, da vulva, davagina e do ânus, causados pelos tipos de HPV incluídos
Verrugas genitais
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
RCM Gardasil 9, janeiro 2017
GARDASIL® 9 – Composição
Proteína L1 (dos diferentes tipos de HPV incluídos) sob a forma departículas tipo vírus (VLPs) produzidas em células de levedura(Saccharomyces cerevisiae) por meio de tecnologia ADN recombinante
Antigénios adsorvidos em sulfato de hidroxifosfato de alumínio
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
----
GARDASIL® 9 – Posologia
Esquema de 2 doses (0, 6 meses): apenas em indivíduos dos 9-14 anos
2ª dose, 5 a 13 meses após a 1ª dose
Se a 2ª dose <5 meses após a 1ª dose, deve ser sempre administrada uma 3ªdose
Esquema de 3 doses (0, 2 e 6 meses): em indivíduos ≥15 anos de idade eopcional em indivíduos dos 9-14 anos
2ª dose ≥ 1 mês após a 1ª dose
3ª dose ≥ 3 meses depois da 2ª dose
As 3 doses devem ser administradas no período de 1 ano
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
----
GARDASIL® 9 - Posologia
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
----
GARDASIL® 9
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
• Proporcionar um nível de proteção semelhante à vacina tetravalente
• Elevada proteção contra os HPV tipos 31/33/45/52/58
• Imunogenicidade não-inferior em adolescentes (9-15 anos) e homens vs mulheres (16-26 anos)
• Perfil de segurança/tolerabilidade aceitáveis
GARDASIL® 9 - Eficácia e Imunogenicidade – Tipos de HPV originaisForam observadas respostas imunológicas semelhantes entre os grupos vacinadoscontra o HPV tipos 6, 11, 16 e 18 após as vacinas tetra e nonavalente
Resultados de imunogenicidade em mulheres dos 16-26 anos
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
A 9-Valent HPV Vaccine against Infection and Intraepithelial Neoplasia in WomenJoura EA et alN Engl J Med 2015
893,1 666,3
3 131,1
804,6875,2 830
3 156,6
678,7
Nonavalente Tetravalente
Títu
lo M
édio
Geo
mét
rico
(mM
U/m
L)
GARDASIL® 9 - Eficácia e Imunogenicidade – HPV 31/33/45/52/58Prevenção de infeção persistente relacionada com os tipos de HPV 31, 33, 45, 52 e58
Eficácia da vacina aos 6 meses de 96,0% e aos 12 meses de 96,7%
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
RCM Gardasil 9, Janeiro 2017
946
657
41 23
Tetravalente Nonavalente
Nú
mer
od
e ca
sos
Det
eção
do
mes
mo
tip
od
e H
PV
Infeção persistente a 6m Infeção persistente a 12m
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Estudo observacional transversal
Setembro de 2014 e dezembro de 2016
Identificação de 35 genótipos do HPV em amostras obtidas de mulheres vacinadasentre os 14 e os 30 anos (n=152)
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Rocha, R., Verdasca, N., & Grupo de Estudo da Vacina do HPV. (2017). Primeiro estudo em Portugal sobre a identificação dos genótipos do vírus do papiloma humano (HPV) numa população feminina vacinada com atividade sexual ativa. Boletim Epidemiológico Observações, 6(18), 4-9.
Negativo 72%
Positivo 28%
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Rocha, R., Verdasca, N., & Grupo de Estudo da Vacina do HPV. (2017). Primeiro estudo em Portugal sobre a identificação dos genótipos do vírus do papiloma humano (HPV) numa população feminina vacinada com atividade sexual ativa. Boletim Epidemiológico Observações, 6(18), 4-9.
Os autores observaram que:
A maioria das mulheres vacinadas, com infeção por HPV, que iniciaram a suaatividade sexual após a vacinação não apresentaram infeção para os genótiposincluídos na vacina
Nas amostras positivas para os genótipos de alto risco, os tipos de HPV 45, 52e 58 foram detetados em 10,6% (7/66) dos casos
Estes genótipos encontram-se incluídos na vacina nonavalente que desdejaneiro de 2017, substituiu a vacina tetravalente no PNV, aumentando assim aproteção e potencialmente prevenindo um maior número de casos de cancro
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Rocha, R., Verdasca, N., & Grupo de Estudo da Vacina do HPV. (2017). Primeiro estudo em Portugal sobre a identificação dos genótipos do vírus do papiloma humano (HPV) numa população feminina vacinada com atividade sexual ativa. Boletim Epidemiológico Observações, 6(18), 4-9.
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Desde a introdução da vacina (tetravalente) a prevalência pelo tipos de HPVincluídos diminuiu nos grupos etários entre os 14-19 anos (71%) e os 20-24anos (61%)
A análise efetuada demonstrou a elevada eficácia da vacina com proteção “degrupo” - diminuição da prevalência dos tipos HPV incluídos mesmo nasmulheres não vacinadas
A monitoração continua é importante – eficácia vacina, proteção de grupo epotencial “substituição” dos tipos de HPV, necessidade de reforço?
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Oliver, S. E., Unger, E. R., Lewis, R., McDaniel, D., Gargano, J. W., Steinau, M., & Markowitz, L. E. (2017). Prevalence of human papillomavirus among females aftervaccine introduction—National Health and Nutrition Examination Survey, United States, 2003–2014. The Journal of Infectious Diseases, 216(5), 594-603.
GARDASIL® 9 – Eficácia e Imunogenicidade – Adolescentes
Foi observada uma resposta imunológica semelhante em raparigas dos 9aos 15 anos de idade que fizeram a vacina nonavalente vs. a vacinatetravalente
A eficácia da vacina monovalente contra HPV 6, 11, 16, 18 pode serinferida como comparável à vacina tetravalente em raparigas dos 9-15anos de idade
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Immunogenicity and Safety of a 9-Valent HPV Vaccine, Van Damme P et al, Pediatrics. 2015A Randomized, Double-Blind, Phase III Study of the Immunogenicity and Safety of a 9-Valent Human Papillomavirus L1 Virus-Like Particle Vaccine (V503) VS Gardasil, Vesikari T et al, The Pediatric Infectious Disease Journal, 2015
GARDASIL® 9 – Eficácia e Imunogenicidade – Adolescentes
Imunogenicidade não-inferior foi demonstrada para todos os 9 tipos de HPVda vacina nonavalente em raparigas e rapazes adolescentes quandocomparados com mulheres
Estes resultados suportam o bridging imunológico dos resultados de eficáciaem mulheres jovens dos 16 aos 26 anos para raparigas e rapazes dos 9 aos 15anos de idade apoiando a vacinação neutra de género
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Immunogenicity and Safety of a 9-Valent HPV Vaccine, Van Damme P et al, Pediatrics. 2015A Randomized, Double-Blind, Phase III Study of the Immunogenicity and Safety of a 9-Valent Human Papillomavirus L1 Virus-Like Particle Vaccine (V503) VS Gardasil, Vesikari T et al, The Pediatric Infectious Disease Journal, 2015
GARDASIL® 9 – Eficácia e Imunogenicidade – Homens (16-26 anos)
Os dados epidemiológicos mostram que a maioria das doenças associadasao HPV que ocorrem em homens são causadas pelos 4 tipos de HPV (6, 11,16 e 18)
Para além do benefício direto, a vacinação do sexo masculino éfundamental para diminuir a transmissão de vírus e travar a circulação dostipos de HPV incluídos nas vacinas
Isto poderá conduzir à eliminação dos tipos de HPV vacinais, assim comodas doenças e dos cancros causados por estes
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
RCM Gardasil 9, Janeiro 2017
GARDASIL® 9 – Eficácia e Imunogenicidade – Mulheres (26-45 anos)
A eficácia da vacina tetravalente foi de 88,7% contra a incidênciacombinada de:
infeção persistente
verrugas genitais,
lesões vaginais e vulvares,
CIN de qualquer grau
AIS e cancro do colo do útero
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
RCM Gardasil 9, Janeiro 2017
GARDASIL® 9 – Benefício em Saúde Pública
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Diminuição datransmissão do
vírus
Controlo dos cancros e doençasassociadas ao HPV
< prevalência da infeção
>
número vacinados
GARDASIL® 9 – Segurança
Análise de segurança efetuada com a combinação dos diversos ensaiosclínicos
Inclusão de 15 776 vacinados (9 aos 26 anos)
Reações adversas (% de indivíduos vacinados)
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
83,2
36,130,8
4 1,613,2
6,1 3,2 2,3 1,9
Dor Edema Eritema Prurido Equimose Cefaleia Febre Náusea Tonturas Fadiga
Safety Profile of the 9-Valent HPV Vaccine: A Combined Analysis of 7 Phase III Clinical TrialsEdson D. Moreira et alPEDIATRICS, 2015
GARDASIL® 9 – Segurança
Análise de segurança efetuada com a combinação de 7 ensaios clínicosde fase III
As reações adversas foram semelhantes em indivíduos entre os 9-15anos e os 16-26 anos, entre diferentes géneros e raças
7 mortes durante os protocolos de estudo mas nenhuma relacionadacom a administração da vacina
Reações adversas rarasSíncope
Doenças autoimunes
Síndrome da taquicardia postural ortostática
Síndrome da dor complexa regional
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Safety Profile of the 9-Valent HPV Vaccine: A Combined Analysis of 7 Phase III Clinical TrialsEdson D. Moreira et alPEDIATRICS, 2015
GARDASIL® 9 – Segurança
O perfil de segurança da Gardasil® 9 é semelhante à vacina tetravalente comboa tolerabilidade
As reações adversas locais são mais comuns com a vacina nonavalente, mas deintensidade ligeira a moderada
As reações sistémicas são semelhantes nas duas vacinas
A descontinuação devida a uma reação adversa grave foi rara
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Safety Profile of the 9-Valent HPV Vaccine: A Combined Analysis of 7 Phase III Clinical TrialsEdson D. Moreira et alPEDIATRICS, 2015
GARDASIL® 9 – Segurança
A NOVA VACINA CONTRA O HPV
Mais de 10 milhões de vacinados a nível global.
A monitorização de segurança é permanente tal como para todas as vacinas administradas
As vacinas contra o HPV têm um bom perfil de segurança
Programa Nacional de Vacinação, 2017
Aos 10 anos de idade, as raparigas fazem a 1ª dose de Gardasil® 9
As raparigas que iniciaram a vacinação com a vacina tetravalentecompletam o esquema com esta vacina, até que se esgotem no SNS
Poderão iniciar a vacinação até aos 18 anos de idade (esquema vacinal derecurso )
Se vacinação iniciada ≥10 e <15 anos de idade: esquema de 2 doses (0, 6meses)
Se vacinação iniciada ≥15 anos de idade: esquema de 3 doses (0, 2, 6meses)
PREVENÇÃO
Programa Nacional de Vacinação, DGS, 2017
Programa Nacional de Vacinação, 2017
PREVENÇÃO
Programa Nacional de Vacinação, DGS, 2017
Programa Nacional de Vacinação, 2017
PREVENÇÃO
Maximização da imunogenicidadeIdade chave
Programa Nacional de Vacinação, DGS, 2017
Programa Nacional de Vacinação, 2017
Cobertura vacinal em Portugal de aprox. 85% para a vacina contra o HPV(elevada proteção de grupo)
É dos países com melhor taxa de cobertura vacinal com reconhecimentopela OMS em 2012
Campanhas de sensibilização 2009-2011
PREVENÇÃO
Programa Nacional de Vacinação, DGS, 2017
Programas de Vacinação
Vacinação universal entre os 9 e os 26 anos, com idade alvo entre os 11-12para rapazes e raparigas.
PREVENÇÃO
Programas de Vacinação
Vacinação universal entre os 9 e os 18 anos (idade ótima entre os 11-13anos)
Adultos (≥ 19 anos) - ponderar os benefícios individuais da vacina
Eficácia e segurança até aos 45 anos
Taxa de cobertura vacinal elevada (Programa de Vacinação Escolar)
PREVENÇÃO
Estratégias
CDC
PREVENÇÃO
Estratégias
1º Perceção da importância da vacina
2º Recomendação - 1ª razão da vacinação é a recomendação clínica
3º Aconselhar a vacina contra o HPV no mesmo dia que recomendam outrasvacinas
4º Motivação da equipa de prestação de cuidados
5º Criar facilitadores dentro nas infraestruturas na administração das vacinas
6º Utilizar os recursos existentes
7º Conhecer as taxas de cobertura e os motivos de recusa
8º Manter relação médico-doente forte facilitando e esclarecimento de dúvidas
9º Familiarização com as críticas e ceticismos de modo a refutar afirmaçõesdiscordantes
10º Utilização de exemplos pessoais
PREVENÇÃO
Com base nos dados epidemiológicos é previsível que a vacina nonavalenteprevina 89% dos cancros HPV positivos e 82% das lesões pré-cancerosas do colo doútero, vulva, vagina e ânus
Confere proteção direta contra 9 tipos de HPV (6,11,16,18,31,33,45,52,58), dosquais 5 novos tipos oncogénicos, para além dos 4 originais contidos na Gardasil®, oque constitui um enorme avanço científico
Beneficia da larga experiência de Gardasil®, cujo perfil de segurança foiconfirmado, tanto em ensaios clínicos como em uso alargado em contexto real
MENSAGENS FINAIS
Demonstrou eficácia elevada contra a doença e redução de procedimentosterapêuticos, em ensaios clínicos que incluíram mais de 15.000 indivíduos
O sucesso dos ensaios de bridging imunológico permite a indicação nos doisgéneros e numa faixa de idades alargada
A vacinação universal pode oferecer uma oportunidade única para diminui acirculação de 9 tipos de HPV e uma potencial eliminação das doenças associadasaos tipos vacinais
MENSAGENS FINAIS