paulistano · age, dos estados unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a...

28
P aulistano > / t. t a x a p a g a N.* 7 ORGÂO OFICIAL DO 1 9 6;3 í 900

Upload: vunguyet

Post on 21-Jan-2019

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

P a u l i s t a n o

> / t.

t a x a p a g a

N.* 7 O R G Â O O F I C I A L D O

1 9 6;3 í 900

Page 2: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

S U M A R I O

CAPA — Dia da cerimônia de encerramento dos IV Jogos Pan- Americanos.

O Presidente f a la ......................................................................................... 1Expediente .............................................................................................. 3Regulamento de admissão de novos sócios ...................................... 4Lista de novos sócios ............................................................ 5A mulher e o esporte....................... ...................................................... 6Esportes .............................................. '.................................................... 7Homenagem aos atletas que participaram dos IV Jogos Pan-Ame­

ricanos ................................................................................................... 10O papel da juventude e do povo paulista .............................................. 11Um pouco da vida do lider esportivo .................................................. 15Os atletas do Paulistano nos IV Jogos Pan-Americanos ................ 18Sociais ........................................................................................................... 19P oesia ............................................................................................................. 21São Paulo e os Jogos Pan-Americanos .................................................. 21Orlando Pereira .......................................................................................... 22Divertimentos ........................................................ *................................ 23

soc.COMERCIAL e

CONSTRUTORA

'oO

Rua General Jardim, 4 8 2 - 5.o c ó.o andares - São Paulo

Page 3: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

o CAP HOMENAGEA OS CHEFES DAS DELAGAÇÕES DOS PAÍSES PARTICIPANTES NOS IV JOGOS PANAMERICANOS

Na noite de 19 de abril, com a presença do Grovernador do Estado, Prefeito e demais autoridades, o Clube Atlético Paulistano ofere­ceu um jan tar aos chefes das delegações dos países participantes aos IV Jogos Panameri- canos.

Na ocasião, o Dr. Luiz Fernando do Ama­ral, Presidente do Clube, pronunciou o seguinte discurso:

“Sr. Gk)vernador do Estado, Dr. Ademar de Barros, Sr. Prefeito da Cidade Eng. Francisco Prestes Maia, demais autoridades civis, m ilita­res e esportivas. Sr. Avery Brundage, Presiden­te do Comitê Olímpico Internacional, Sr. Ge­neral José Clark, Presidente da Organização Desportiva Panamericana e demais membros dos Comitês Olímpicos internacionais e nacio­nais, Sr. Sylvío de Magalhães Padilha, Presi­dente da Comissão Organizadora dos IV Jogos Panamericanos.

Minhas senhoras e meus senhores.É com grande prazer que tomo a palavra,

em nome do Clube Atlético Paulistano, neste jantar, em que o elemento feminino empresta com sua graça e beleza maior brilho a esta festividade, qual seja de homenagear as dele­gações estrangeiras aos IV Jogos Panam eri­canos.

Os primeiros Jogos, realizados em Buenos Aires, no ano de 1951, representam 29 anos de esforços e trabalho, pois desde 1922, nas sole- nidades das comemorações do Centenário da Independência do Brasil, sonhava-se na sua or­ganização. Assim se apresentaram os latino- americanos nas Olimpíadas de 1924, em Paris, onde a América Central programava torneios regionais, mas somente em 1932, nas Olimpía­das realizadas em Los Angeles, é que ficou de­cidida sua estru tura básica. Infelizmente, vá­rios fatõres, inclusive o acontecimento da se­gunda guerra mundial, obrigou a mais um adia­mento. Afinal, em 1948 assentava-se sua rea­lização em 1951 na cidade de Buenos Aires, o

que realmente aconteceu. Dai então suas rea­lizações têm sido periódicas, de 4 em 4 anos, a exemplo das Olimpíadas. Em 1955 realizaram- se na Cidade do México e em 1959 em Chicago, sendo que nesta ocasião foi escolhida a cidade de São Paulo para sede dos IV Jogos.

É esta a singela, mais gloriosa história dos Jogos Panamericanos, cujas dificuldades só a engrandecem, razões suficientes para bem com­preendermos a enorme responsabilidade que nos cabe em garantir as suas regulares realizações. Desta feita coube ao Brasil esta tarefa e sei de quanto trabalharam os seus responsáveis. Por isso estou convicto do seu pleno êxito e na certeza que tudo correrá bem. Os Jogos Panamericanos têm a mesma estru tura que os Jogos Olímpicos, a quem são filiados e têm a mesma finalidade, em bem servir o esporte. Devemos a nova era das Olimpíadas ao ex tra­ordinário esfõrço do Barão Pierre de Couber- tin que, em 1894, numa conferência internacio­nal realizada na Sorbonne, em Paris, presentes 9 nações, conseguiu sua instalação. Coubertin conhecia que o esporte desde as épocas mais remotas exerceu grande influência entre os po­vos e remontou à Grécia antiga, berço das pri­meiras Olimpíadas. Esta época gloriosa da hu­manidade teve início no ano 776 antes de Cristo, na cidade de Olímpia, com a 1 Olimpíada e daí em diante realizadas em intervalos de 4 em 4 anos.

No princípio havia uma única corrida, na extensão de um “stade” (medida grega de com­primento, que corresponde mais ou menos a 200 metros, cêrca de 606 pés). Com o correr dos tempos foram incluídas outras provas, sal­tos, dardos, disco, pentatlon, etc., etc., a té cor­ridas de bigas, puxadas por 4 cavalos.

Os nobres competiam lado a lado com os plebeus, os reis tomavam parte nas provas e as disputavam palmo a palmo em lu ta empolgante pela conquista dos louros da vitória. Vitória que os tornavam heróis nacionais, cantados por poetas e escritores, músicos compunham hinos em sua honra, escultores os mais destacados imortalizavam em mármores sua fõrça, graça e beleza. Construíram-se arenas especiais, “Sta- dium“ nome das primeiras corridas — “Stade”, monumentos arquitetônicos testemunhas da grandeza olímpica. O puro amadorismo, única modalidade permitida, concorriam apenas ho­mens, e sòmente os gregos. Com o passar dos anos, dos séculos, o amadorismo foi se desvir­tuando e entrou em decadência, não sendo seus

P A U L I S T A N OPropriedade doCLUBE ATLÉTICO PAULISTANO

Redator Responsável:FLORENTINO BARBOSA E SILVA

Redação e Publicidade:PAULISTANO EDITORA LTDA.Rua Honduras, 1400 — Fone: 8-2105 — São Paulo

Impressora:TIPOGRAFIA EDANEE S. A.Rua São Paulo, 165-171 — Fone: 36-26-21

COLABORADORES:A. C. Rodrigues de Moraes Fernando Nabuco Gaspar SerpaHerman de Moraes Barros João Alvaro Botelho de Miranda Lanhoso de Lima Lida ResstomMário Severo de Albuquerque MaranhãoNassyr FerreiraNisa Saboya SallesPedro de M agalhães PadilhaThierry de Rezende

Fotografia: George Radô

1 —

Page 4: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

heróis mais cantados, vangloriados e enalteci­dos como dantes, e assim no ano de 394 da nossa era, com a queda da independência grega à Roma vitoriosa se extinguiram os primeiros jogos olímpicos.

Tiveram uma duração de cêrca de 1.170 anos e sòmente 15 séculos depois que tiveram o seu nôvo ressurgimento e êstes inspirados na­queles, eram abertos sòmente ao puro amado­rismo, mas a tôdas as nações e para atletas de ambos os sexos. Seriam também realizados de 4 em 4 anos e com tôdas ou quase tôdas as modalidades de esportes.

A 1* Olimpíada, em homenagem às antigas, foi realizada em Atenas em 1896, e aberta, como outrora, com tôda a pompa pelo Rei da Grécia, no Stadium especialmente erguido para êste fim e no mesmo local do antigo, que At- ticus Herodes m andara construir em 143 antes de Cristo.

Coubertin comandou o Comitê Olímpico até sua retirada em 1925, sucedendo-lhe o Conde Henry de Baillet Latur, da Bélgica, que serviu até sua morte em 1942. O Sr. J. Sigfried Edestroun, da Suécia, foi seu sucessor até 1952, quando assumiu a direção o Sr. Avery Brund- age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra de contar entre nossos convidados.

O Comitê da Organização Esportiva Pan- Americana tem como seu presidente o Sr. Ge­neral José Clark, que também nos honra com sua presença.

Os Jogos Panamericanos viram os seus pri­meiros limites, delineados apenas no campo es­portivo, largam ente ultrapassado e tornaram-se na maior embaixada continental na confrater­nização dos povos, sem preconceitos de côr, raça ou religião. Caminhamos para a realização que preconizou Wendel Wilkie, o saudoso estadista americano no seu livro ''um mundo só”.

Os Jogos Panamericanos têm por isso um sentido, um valor e uma profundidade no con- cêrto das nações, merecedora de respeito e ad­miração. O seu emblema, com a tocha olím­pica circundada por quatro palavras nos idio­mas de que falam os países das três Américas. América — Espírito — Sport — Fraternité. — Representa o esporte — unindo as Américas em espírito e fraternidade.

Desde os tempos das primeiras Olimpíadas da Grécia imorredoura, seus filósofos, seus mais destacados homens de letras, formulavam que o corpo humano tem sua glória igual à sua in­teligência, e ao seu espírito, e disciplinadas numa única harmonia é que os homens honram melhor a Deus.

Êste conceito continua vivo até hoje e ain­da com maior expressão. Honrar a Deus é procurar aproximar-se da intangível Perfeição. E stá no nosso emblema e no sentido das nossas competições, pois a luta é entre homens ou equipes, nunca entre nações, a procura do me­lhor resultado, o "record”.

Os Jogos Panamericanos têm uma penetra­ção rápida e fecunda, sua influência em polí­tica — cultural é marcada, não exagero, no desenvolvimento e na formação do caráter da juventude. A psicologia da adolescência é de hoje, suas observações datam do fim do século passado e seus estudos são recentíssimos. Nos ensinam que ao saltar da infância para alcan­çar a m aturidade temos que fatalm ente passar

pela adolescência e é neste período que se pro­cessa o desenvolvimento crítico da sexualidade, fenômeno puramente biológico. Nos dizem os estudiosos e especialistas que qualquer descui­do durante êsse processo acarretará prejuízos que jamais poderão ser remediados e que o remédio, que refreando-o, o orienta e controla para a boa formação do indivíduo está no es­porte.

Somos, portanto, responsáveis em preser­var todo êste patrimônio extraordinário e não devemos permitir, por fôrça alguma, que sua finalidade seja desvirtuada e temos certeza de que êstes Jogos estão trilhando o caminho cer­to, caminho que ajudará o mundo a conquistar a paz entre os povos, paz de que tanto neces­sita a humanidade.

Os sócios do Clube Atlético Paulistano sen­tem que é êste o pensamento de todos vós e é por meu intermédio que vos dão seu apoio in­condicional e com tôdas as fôrças de que somos capazes.

Ao Sr. Dr. Ademar de Barros, Governador de São Paulo, a quem deve-se seu apoio aos IV Jogos, num momento em que êstes quase periclitavam, ao Sr. Prefeito Municipal Eng. Francisco Prestes Maia que desde o inicio deu seu prestigio e valioso auxilio, e demais auto­ridades civis, militares e esportivas presentes, quero agradecer o vosso comparecimento que abrilhantou essa nossa festividade e aos senho­res Delegados das nações amigas participantes dos IV Jogos Panamericanos aqui presentes, queiram receber as nossas homenagens e as nossas mais efusivas saudações”.

R E P U B L I C AConstrição e Pavimentação Ltãa.

M O S A I C O TIPO

P O R T U G U Ê S

D E C O R A Ç Õ E S

EM PE DR AS

Praça da Republica, 272 - 3.“ andar

Conjunto 32 ■ Fone 36-4538

— 2 —

Page 5: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

c. A. P A U L I S T A N OE X P E D I E N T E

VISITANTES — Os convidados dos sócios po­derão visitar as dependências do Clube de segun­da a sexta-feira. Aos sábados, domingos e fe­riados sòmente até às 16 horas, mediante paga­mento da taxa de ingresso.

CARTEIRA SOCIAL —• Sòmente poderão in­gressar na sede os sócios que exibirem, na por­taria, as suas carteiras sociais, com os seus re­cibos atualizados. Pede a Diretoria escusas em ver-se obrigada a estabelecer tal restrição que é provocada pelo exagerado número de pessoas estranhas ao quadro social, que se tem apro­veitado da situação, causando danos e provocan­do atritos desagradáveis.

REVISTA — A direção da Revista solicita que os sócios informem os seus novos endereços, no caso de mudança. Agradece, também, as recla­mações de não recebimento, para que sejam re­gularizadas as remessas.

COLABORAÇÕES — Aos associados solicitam os a sua efetiva colaboração para a Revista, que poderá ser traduzida em sugestões e envio de trabalhos literários e artísticos.

BIBLIOTECA — O Paulistano aceita qualquer contribuição em livros, gravuras, etc., para au­mentar o acêrvo de sua biblioteca.

MUSEU — Está em organização o Museu do Paulistano. Aquêles que possuírem algo que re­corde o passado do Clube e queiram doar para figurar no Museu poderão encaminhá-los à Di­retoria, que desde já agradece.

APRENDIZAGEM DE N A T A Ç A O PARA CRIANÇAS — Reiniciar-se-á em 1 de setembro, com a reabertura da piscina. Aulas ministradas por professora especializada.

RESTAURANTE — Horário das 20 às 23 ho­ras. Fechado às segundas-feiras. O Clube está aparelhado para atender aos senhores associados no que diz respeito à venda de refeições acon- dicionadas em embalagens especiais, que conser­vam os alim entos quentes por mais de uma hora, a exemplo do que já se vem fazendo em vários restaurantes desta Capital.

BOITE — Aos sábados, das 21 às 3 horas, apresentando um “show” com artistas renoma- dos e a orquestra de W alter Guilherme.

Sua reabertura será a de setembro, após sua remodelação.

HORÁRIO DO CLUBE — O Clube está aberto diàriamente das 7 às 24 horas. A sede social, em seus andares superiores, e o salão de bilhar, fecham às segundas-feiras.

BAILB DE DEBUTANTES — Fixado para o mês de setembro, o baile de nossas debutantes êste ano contará com a colaboração e apresen­tação da cronista social Alik Kostakis.

BAILE JUNINO — Como em todos os anos, realizou-se no dia 28 de junho a nossa tradicio­nal festa “caipira”.

As nossas dependências foram transformadas em uma típica cidadezinha do interior, com bar­racas, coretos, tablados para danças, iluminação multicor, fogos de artificio, nem mesmo faltando o célebre “pau-de-sêbo”.

FUNCIONMENTO DA PISCINA — Reabrirá a 1<? de setembro. Horário das 8 às 18 horas. Fe­chada às segundas-feiras.

CURSO DE IOGA — Às segundas e sextas- feiras, das 15 até às 18 horas e às terças e quin­tas-feiras, das 15 às 17 horas, aulas para senho­ras, com a duração de uma hora. As segundas e sextas-feiras, das 18 às 19 horas, turma mista. Das 19 às 20 horas, turma para homens. A tual­m ente com as classes lotadas.

HORÁRIO DE GINÁSTICA — Aulas para se­nhoras, às segundas, quartas e sextas-feiras, das8.30 às 9,00 e das 17 às 17,30. Aulas para ho­mens, às segundas, quartas e sextas-feiras das18.30 às 19,00 horas. Aulas para crianças, às segundas, quartas e sextas-feiras nos seguintes horários: Para crianças de 4 a 7 anos: das 9,00 às 9,30 horas; para crianças de 8 a 11 anos: das17.30 às 18,00 horas; para crianças de 11 a 14 anos: das 18,00 às 18,30 horas.

JUDÔ — Ás quartas-feiras, das 17 às 19 horas. Ás quintas-feiras, das 18 às 19 horas e aos sá­bados das 8 às 11 horas. Para crianças de 7 a 14 anos.

CORAL — Inscrições abertas na Secretaria. Ensaios às segundas e quintas-feiras, às 20,15 horas, pelo maestro Diogo Pacheco. A apresen­tação teve lugar no dia 19 de junho, às 21 horas, em nossos salões de festas.

TEATRO — Em fase de reorganização e com inscrições abertas na Secretaria.

CURSOS DA IPRINCO — Foram realizados os cursos de arte culinária, relações humanas e corte e costura.

CURSO DE PSICOLOGIA DE RELAÇÕES HU­MANAS — As palestras foram proferidas: Psico­logia do adolescente, pelo Prof. Dr. José Ignacio Benevides de Rezende; Relações Humanas, pelo Prof. Dr. Werther Krause; Relações Públicas, pelo Prof. Dr. Amaury Moraes de Maria.

JARDIM DA INFÂNCIA — Estão abertas, no prédio do Jardim de Infância, inscrições para o sorteio às vagas das classes de primeiros graus de 1964. Os inscritos deverão ter nascido entre l9 de agôsto de 1959 e 30 de abril de 1960.

Page 6: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

Regulamento de admissão de novos sócios

EXTRATO DO ESTATUTO SOCIAL

Art. 5.° — O título “A”, mediante o qualse formaliza o ingresso de sócios ao Clube, énominativo e pode ser adquirido à vista ou a prazo, obrigando o adquirente neste caso, ao pagamento pontual e improrrogável das respec­tivas prestações sob pena de perda das impor­tâncias pagas e sum ária eliminação do quadro social.

Art. 6.° — A posse de um ou mais titulosnão confere ao portador a qualidade de sócio,a qual é obtida pela forma estatutária.

Art. 8.° — O titulo pertencente a sócio pode ser adquirido mediante acôrdo entre as partes, sendo obrigatório o registro em livro próprio na Secretaria do Clube, e pagamento da taxa de transferência.

Art. 10.° — O titulo do sócio em débito para com o Clube não poderá ser negociado nem transferido sem prévia liquidação da divida.

Art. 14.° — A transferência de titulo per­tencente a sócio é aceita mediante pagamento da respectiva taxa, anualmente estabelecida pela Diretoria “ad referendum" do Conselho Delibe­rativo.

Art. 28.° — Entende-se por familia de só­cios: a) Quando casado ou viúvo; sua espôsa,filhos menores de 12 anos e filhas solteiras;b) Quando solteiros; sua mãe, irmãos menores de 12 anos e irmãs solteiras. § único — Os fi­lhos ou irmãos de sócios, maiores de 12 anos, estão sujeitos a pagamento de contribuições.

Art. 29.° — O filho de sócio ao atingir 18 anos será transferido para a classe titular, me­diante um titulo “A” ou para a classe Extra- numerário, onde aguardará vaga, mediante pos­se de um titulo “B” ou “C’’.

Art. 30.° — O filho de sócio ao completar 18 anos obrigatòriamente deverá possuir um ti­tulo do Clube, se desejar permanecer no quadro social. § único — Será excluído do quadro so­cial o que não preencher êste requisito.

Art. 34.° — A admissão de sócios é condi­cionada à posse de um titulo, devidamente re­gistrado em seu nome na Secretaria do Clube e à aceitação de sua proposta para sócio, de­vendo o candidato:

a) Ser proposto por dois sócios maiores de 21 anos em pleno gôzo de seus direitos estatu­tários;

b) Anexar à proposta as fotografias ne­cessárias;

c) Anexar autorização do pai ou respon­sável se o candidato fôr menor de 21 anos;

d) Apresentar documentos de identidade.

Art. 35.° — A proposta em aprêço deverá ser afixada no quadro de avisos da sede pelo espaço de 10 dias e, após averiguada pela Co­missão de Sindicância, está sujeita à decisão da Diretoria.

§ único — A proposta, uma vez rejeitada, somente poderá ser renovada depois de decor­rido um ano.

T I P O G R A F I A E D A N E E S . A .Edições de Civros e Hevistas - Impressos Comerciais - Zrabaihos técnicos e de Cuío

RUA S À O PAULO, 165 - 171

S Â G P A U L O - B R A S I L

«rr-j T E L E F O N E

T E L E G R S .

: 3 6 - 2 6 2 1

" E D A N E E "

— 4 —

Page 7: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

L I S T Á D O S N O V O S S Ó C I O SJANEIRO — Classe Família: Humberto

Delboni Filho, Lelio Augusto Multado, Alfredo da Silva Guimarães, Hector Paul Steff, Manoel Leal de Oliveira Mendes, José Pereira da Cruz, Eulálio Vidigal Pontes, Mario Prado Browne, Félix de Camargo Ferreira, José Roberto Haj- nal, Victor Spina, Sérgio Pereira de Queiroz Cotrim, Edgard Ferreira de Barros Junior, Jan Olof Samuelsson, Edward Charles Adler Junior, Homero Diniz Gonçalves, Marseau Franco, Ariel Gaiolli, José Roberto Labate, Jorge Uchôa Ral­

ston, Maria Rosa Abreu do Rego Freitas, Oscar Luiz Bianchi, Mario Amato, Decio Lobo de Moraes, Ney Luiz Ferreira. Classe Individual: Vito De Russi Ardito e Cláudio Russi Ardito. Classe Juvenil: Francisco Alves Linhares, M ar­eei Alain Marie Steff, José Alfredo Otero Vi­digal Pontes, José Otávio Otero Vidigal Pontes, José Eduardo Otero Vidigal Pontes, Vitor F er­nando Spina, Persio Spina, Victor Luiz Diniz Gonçalves, Samuel Nogueira Azevedo, José Adalberto Nogueira Azevedo, Eduardo R. Ral­ston e Rogério Pinto Coelho Amato. Classe Esportista: Gian Paolo Rastelli, Marco Giulio Rastelli, Mario Franco do Amaral Junior, José Sergio Corradi, Ivo Zoppetti, A ttila Lajos Sár- kozy, Cláudio Fisler e Darcio Scarpelli.

FEVEREIRO — Classe Família: William Kelly Joyce, Mario Eduardo Dezonne Pacheco Fernandes, João Maria Monteiro, Omar Lopes e Oswaldo Barros. Classe Individual: Henri­que Queiroz Lacerda. Classe Juvenil: Orlando

Barbosa Salles, João Antonio Marcondes Mon­teiro e Paulo Augusto Marcondes Monteiro.

MARÇO — Classe Família: Luiz de F rei­tas Bueno, Hélio Gianotti, Duilio Francisco João Baldassarri, José Cucé Musumecci, José Salda­nha Faria, Renato Junqueira de Andrade, He- raldo Civatti Novaes, Antonio José d'Almeida Cabral, Ubirajara Ribeiro Campos, Romeu Lou­reiro Ferreira Leite, Anibal Haddad, Nicolau Srur, Anadyr Pinto Adorno, Joaquim Machado, Renato Spinola Santos, Francisco Adolpho Ro­sa, Anacleto Roberto Barbosa, Cario Chiti, Ju- lieta Romi, Raul de Moraes Natividade. Classe Juvenil: Fernando Carlos Gravina Baldassari, José Roberto Goldi Faria, Sérgio Goldi Faria e João Prado Ribeiro Campos. Classe Esportis- fa : Araldo Ayres Monteiro Junior, Henrique Filellini, Antônio Eduardo da Cunha Canto, Amélia Ohata e Lucilia Rudinger Turri.

ABRIL — Classe Família: José Alves de Souza, Sérgio Nolasco de Almeida, Antonio Luiz Amiki, Luiz Raphael Justo Pereira, Be- raldo do Amaral Garcia, Paulo Lemos Gomes da Silva, José Ulysses Viana Coutinho, Ronaldo Gomes Pereira, Augusto Novaes Bueno, Joel- son Amado, Eduardo Alves de Lima, Cario For- menti, José Machado Barreto, Octavio de Cas­tro Guimarães, Caio de Lima Corrêa, Louis Lucien da Rocha Hollanda Cavalcanti, Georg A rthur Moor e José Gonçalves Santana. Classe Individual: Morvan Saade, Ivo Paolini, Lawren- ce R. Lippstreu, M arina Sabino Assumpção. Classe Juvenil: André Amado, Mario Luigi Teo- doro Formenti, José Luiz Ferreira Barreto e José Cláudio Ferreira Barreto. Classe Espor­tista: W alter Edwin Kingsley Bell.

LUSTR; ES E A B A T - J O U R S L A N T E R N A S . C A S T I Ç A I S

MÓVEIS DE METAL D O U R A D O . E T C .

EXECUTA-SE TRABALHOS SOB ENCOMENDAS.

ITALARTE D E C O R A Ç Õ E S

RUA DA CONSOLAÇÃO 2542 e 2554 - TEL. 52-9369 - SÃO PAULO

— 5 —

Page 8: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

er c o ^ é p o r i eTHIERRY DE REZENDE

Eram as olimpíadas clássicas competições de caráter exclusivamente masculino, nelas não podendo participar as mulheres, nem mesmo como simples espectadoras.

Havia, entretanto, uma exceção a favor da sacerdotisa Elea, de Demeter, com direito a lugar de honra entre os juizes. As velhas crô­nicas olímpicas registram uma transgressão, que ocorreu com Callipathira, filha, espôsa e mãe de destacados atletas, que certa vez entrou no recinto proibido, disfarçada como instrutor de seu filho Pisidoro, e vendo-o ganhar, não se conteve e correu para abraçá-lo, caindo-lhe o manto e revelando o embuste. Devia, como castigo, ser precipitada de um rochedo do mon­te Typeu, mas o povo entusiasmado, clamou pelo seu perdão, que foi concedido.

Considerando-se que as provas olímpicas eram disputadas em completa nudez pelos con­correntes, poderá parecer uma questão de pu­dor a exclusão das mulheres mesmo como es­pectadoras. Mas essa razão não procede, pois o nu era comum na Helade. A própria esta- tuária grega constitui prova veemente de que os gregos de antanho cultuavam a beleza fí­sica em tôda sua nudez, pintando e esculpindo os mais íntimos pormenores da anatomia hu­mana.

A razão era outra: as mulheres não che­gavam às olimpíadas simplesmente porque os homens as consideravam criaturas inferiores, indignas de presenciar um espetáculo dirigido aos deuses e aos quais êles procuravam igua­lar-se nas lutas olímpicas.

A exclusão das mulheres nas olimpíadas manteve-se por muitos séculos. A primeira re­ferência à participação das mulheres nas olim­píadas é feita por Pausânias, ao mencionar a irmã do rei da Lacfedemônia como vencedora da corrida de carros, não esclarecendo, no en­

tanto, se ela concorreu, podendo-se admitir que tenha sido o carro vencedor inscrito em seu nome.

Mantida aquela tradição nos jogos olímpi­cos, aos próprios gregos deve a mulher a opor­tunidade de neles participar, quando, nos jogos pan-helênicos celebrados em Atenas, em 1906, os seus organizadores, procurando dar o má­ximo realce à festa esportiva internacional, lem­braram-se de convidar ginastas dinamarqueses para uma demonstração que teve extraordinário êxito. Não houve, de fato, competição femini­na, mas o espetáculo foi tão impressionante que deve ter contribuído para amainar a relu­tância daqueles que se opunham a que o belo sexo pisasse campos e pistas olímpicos.

Assim, dois anos após, nas olimpíadas de Londres, em 1908, já figuravam as prim eiras competições femininas em disputas de tênis, pa­tinação e tiro com arco e flexa, que desperta­ram grande interêsse. 0 exemplo estava dado^ e nas olimpíadas seguintes de Estocolmo, em 1912, Antuérpia, em 1920, e Paris em 1924^ foram acrescidas mais as competições femini­nas de natação e esgrima.

Nas olimpíadas de Amsterdã, em 1928, é que o atletismo feminino foi incluído, em pro­vas de corridas rasas de 100, 400 e 800 me­tros; revezamento 4x100, salto de altura e a r­remesso do disco, sendo programada, também, a ginástica feminina por turmas, disputando cinco nações o torneio dessa especialidade, além das outras provas, inclusive a patinação em que se revelava a notável norueguesa Sônia Henge.

A mulher estava, pois, integrada como competidora no ambiente olímpico, no qual ca­da vez mais se afirma, exibindo aprimorada técnica e o esplendor de sua graça, como ainda recentemente aconteceu nos IV Jogos Pan-Ame­ricanos realizados em São Paulo.

MÓVEIS ESTOFADOS — CORTINAS DECORAÇÕES

— TAPETES

D E L N E R ORua Wanderley, 527 — Fone: 65-1067 SÂO PAULO

— 6 —

Page 9: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

E S P O R T E S

Nas diversas competições realizadas no mês de dezembro último, continuaram os atletas do CAP a conquistar vitórias magníficas, bem co­mo resultados convincentes.

sentando, com grande brilho, diversos números de ginástica especializada, gentileza essa que o CAP muito agradece.

ATLETISMO

Na tradicional competição “FITA AZUL”, promovida pela Associação Desportiva Floresta, realizada em 9 de dezembro, os nossos atletas conquistaram ótimas colocações, dentre as quais dois primeiros lugares nas provas de 100 me­tros rasos infanto-juvenil e arremesso do disco, conseguidos por ALESSANDRO ANZALONE e JOÃO M ATI AS AFONSO, respectivamente, me­recendo, por isso, as felicitações do Clube.

ESGRIMA

No Torneio Estadual de Sabre, patrocina­do pela Federação Paulista de Esgrima, reali­zado a 18 de dezembro, os nossos valorosos es­grimistas ESTEVAM MOLNAR, LEONARDO FAMA, MARCEL VOSTERS, ISTVAM TOMAS MAGY e ANDRÉ RANSCHTUR conquistaram o título de CAMPEÕES ESTADUAIS DE SA­BRE POR GRUPOS.

Além dêsse brilhante feito, sagrou-se o CAP Vice-Campeão nas demais armas.

Pela magnífica vitória, o Clube cumprimen­ta efusivamente aqueles esgrimistas, bem como o Instru tor e Mestre de Armas DR. RODOLFO VALENZUELA e dedicado D iretor H EN RI­QUE DE AGUIAR VALLIM.

GINÁSTICA

A 14 de dezembro, encerrando a tem pora­da de 1962, o Departamento de Ginástica pro­moveu interessantíssima demonstração do apro­veitamento dos seus praticantes, quer da turm a feminina como da turm a masculina, de tôdas as idades, premiando os mais assíduos e os mais perfeitos ginastas.

Gentilmente, a representação do E. C. P i­nheiros tomou parte nessa demonstração, apre­

NATAÇÃO

Os valorosos nadadores, tanto da turm a fe­minina como da turm a masculina, conquista­ram mais uma brilhante vitória ao participa­rem das disputas da “TAÇA NATAÇÃO” e do “TROFÉU SANTO ESTÊVAM”, sendo que esta última, realizada a 2 de dezembro, ficou de posse definitiva do Clube face as três vitórias consecutivas em 1960-1961, 1961-1962 e 1962- 1963.

AMELIA OHATA, ISABEL CERELLO, LEONOR CARVALHO, MYRIAM WORC, SU- ZANA CORRÊA e VERA GUIMARÃES, AN- TONIO CELSO GUIMARÃES, ATHOS PROCO- PIO DE OLIVEIRA, FARID ZABLITH FILHO, FERNANDO NABUCO DE ABREU FILHO, FERNANDO SANDOVAL, JOÃO RADVANY, MINOL OHATA, PETER SZMUK e ROBER­TO OSNY SILVA PINTO, foram os integran­tes que tão valorosamente conquistaram essas vitórias.

VOLEIBOL

A Secção de Voleibol Feminino mais uma vez conquistou magnífico triunfo, quando a 2 de dezembro, ao vencer também a 2 partida de uma série de melhor de três, a sua TURMA JUVENIL sagrou-se pelo 6.° ano consecutivo CAMPEÃ JUVENIL do Campeonato da Cida­de, conquistando, assim, o título de HEXA- CAMPEÃ.

GILDA SOARES CAMARGO, JUDITH MARIA VON DOBAY, LILIAN SIMON CURY, MARGARIDA G. BARREIRA CRAVO, MARIA REGINA COUTINHO, SÍLVIA HELENA CA- RUANA, TANIA LOLO FAGUNDES, VERA REGINA MARTINS CARVALHO, ANA MA­RIA JUNQUEIRA e MARILENA MORAES, foram as dedicadas e valorosas integrantes des­sa tu rm a que em prestaram eficiente colabora­ção durante todo o campeonato, para culminar

7 —

Page 10: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

com tão brilhante conquista, recebendo, por isso, as faixas alusivas a essa vitória.

Merecem as felicitações e o agradecimento do Clube por tão brilhante feito, que são ex­tensivas ao técnico Celso e à Diretora e à Su­pervisora, Imaculada Machado e D. Lídia Al­meida.

A TURMA PRINCIPAL MASCULINA que, em novembro, já conquistara o título de PEN- TACAMPEÃ DA CIDADE, deu outro magní­fico titulo ao CAP, quando, a 27 de dezembro, sagrou-se CAMPEÃ INVICTA DO CAMPEO­NATO DE VOLEIBOL DO ESTADO DE SÃO PAULO.

ALVARO CAIRA, EUGENIO SILDER- BERG, FRANCISCO SAVERIO ORLANDI, JAIRO FARIA DE ARAÚJO, JOSÉ ROBERTO ROSA JUNQUEIRA, JOSÉ VITAL P. FRAN- CESCHI, LUCIANO THEOBALDO BACALÁ, LUIZ ROBERTO LIMA DE MORAES, NEW- TON LUIS SANT’ANNA CONRADO, OSWAL- DO MOREIRA LIMA, PAULO A. CARNEIRO VIANA, ROBERTO MOREIRA LIMA e SÉR­GIO ANTONIO NETTO são os valorosos vo-

leibolistas que, vindo já da conquista do titulo de PENTACAMPEÕES da Cidade, conseguiram mais êsse triunfo tão m arcante e sem uma der­ro ta sequer.

Com o seu técnico Durval Silva e o seu Di­retor José D. Ruiz Filho, merecem o agradeci­mento e cumprimentos calorosos de tôda a Família Paulistana.

Publicamos a fotografia dêsses Campeões, ostentando as faixas alusivas aos dois triunfos»

** *

Em 16 de dezembro, como nos anos ante­riores, realizou-se o almôço de encerramento das atividades esportivas, durante o qual o Sr. Presidente congratulou-se com todos os atletas, técnicos e diretores pelos resultados obtidos du­rante o ano, tendo, em seguida, sido feita a entrega das medalhas, troféus e prêmios aos integrantes das diversas secções, ofertados pelo Clube em agradecimento pelo muito que fize­ram na defesa das côres alvi-rubras.

Campeões invictos de voleibol.

Page 11: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

INTERNATIONAL TRAVEI PROMOTIONPARA AS SUAS FÉRIAS DE FIM DE ANO,oferece os mais perfeitos roteiros econômicos a sua escollia:

1. — E U R O P A E C O N Ô M I C A - 4 0 D I A SVisitando: LISBOA. SEVILHA, CORDOBA, GRANADA, MADRID, SAN SEBASTIAN, BIARRITZ, POITIERS, PARIS, DIJON, GENEBRA, GRE- NOBLE, NICE (MONACO e MONTE CARLO), GENOVA, MILÃO, FLORENÇA, ROMA, NÁPOLES. Pensão completa (meia pensão em Paris, Roma e Madrid), passagem aérea e parte terrestre — Cr$ 750.000,00

2. — ' 'A M É R IC A S V A C A T IO N L A N D " - 24 DIASVisitando: LIMA, MEXICO, LOS ANGELES, SAN FRANCISCO, LAS VEGAS, NEW YORK, NIAGARA FALLS, WASHINGTON, MIAMI. Sem refeições, passagem aérea e parte terrestre .................. Cr$ 924.000,00

3. — B A R I L O C H E - 1 7 D I A SVi,itando: MONTEVIDEO, BUENOS AIRES e BARILOCHE. sem refei- ções (pensão completa em Bariloche), parte aérea e parte terrestre.

Cr$ 300.000,00

Em grupos ou individualmente. Para maiores informações e programas detalhados, na Secretaria do seu CLUBE ou na

IN TERN ATIO NA L TRAVEL P R O M O T IO NRua 24 de Maio, 35, sobreloja 104 — Fones: 37-9634 e 36-9957

Caixa Postal 4976 — São Paulo — Brasil

NOTA: Os prêços acima foram baseados no Dollar lATA — Cr$ 620,00e ao câmbio livre na data de 10 de julho de 1963.

— 9 —

Page 12: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

Homenagem aos atletas que participaram dos

IV J O G O S P A N A M E R I C A N O S

No dia 29 de junho foi realizado um co­quetel em homenagem aos atletas do CAP que participaram dos IV Jogos Panamericanos. Aquêles que durante os jogos se classificaram até o terceiro lugar, receberam um troféu, ago­ra instituído, de “Honra ao M érito” e os demais participantes receberam uma lembrança come­morativa.

São os seguintes os atletas homenageados:

Karin von Lasperg — Campeã Marlene Djinishian — Idem Joana Mary R. Carvalho — Idem Tania L. Fagundes — Idem Luiz Roberto L. Moraes — Idem Alexandre Mello F.° — 2.° lugar Leonardo Fam a — Participante E ttiene Moinar — Idem Marco Antonio Lafranchi — Idem Edwardo Lamberg — Idem Athos Procopio Oliveira — 3.° lugar Antonio Celso Guimarães — Idem Farid Zablith F.° — Participante Isabel Cerello — IdemCarlos Fernandes — 1.° lugar em dupla, 2.°

lugar em simples W alter Gaetener Almeida — 3.® lugar Jessemon Delane Siqueira — Participante Maria José Vieira Lima — Participante

Após a entrega dêsses prêmios foi home­nageado o Major Sylvio de Magalhães Padilha, o grande realizador e responsável pelo êxito dos IV Jogos Pan-Americanos.

Na ocasião o Dr. Herman Moraes Barros pronunciou o seguinte discurso:

“Meu caro Padilha:

O nosso Presidente pediu-me que o sau­dasse em nome da Diretoria e dos nossos as­sociados, nesta festa intima em que são pre­miados os atletas do Clube, participantes dos IV Jogos Panamericanos.

Não poderíamos escolher melhor oportuni­dade, pois você foi sem dúvida o maior de to­dos os atletas da representação brasileira na­quele certame.

Em boa hora coube-lhe a presidência da Comissão Organizadora.

Com tempo escasso, desamparado de auxí­lios, você convocou uma equipe valorosa, e em

meio à descrença geral, passou a trabalhar in- cansàvelmente. Poucos dias antes da abertura dos Jogos, ainda parecia à maioria, que tudo estava por fazer^ caminhando-se para um gran­de fiasco.

Foi por isso que o espetáculo inesquecível da cerimônia da abertura dos Jogos se consti­tuiu em gratíssima surpresa e, assim, de sur- prêsa em surprêsa, se foi verificando que tudo havia previsto, organizado e diligenciado, a tempo e hora, realizando-se as múltiplas e va­riadas competições, com regularidade m atem á­tica, sob a direção de um verdadeiro exército de abnegados técnicos e especialistas.

Desde a recepção e a hospedagem das De­legações, abastecimento, transporte, assistência às mesmas até aos mais mínimos detalhes de técnica esportiva, tudo funcionou com perfeição.

A Vila Olímpica se constituiu em verdadei­ro triunfo nacional. A par da beleza do con­junto, havia ali um ambiente cheio de ordem e limpeza e seus ocupantes se m ostraram cheios de felicidade. As Delegações estrangeiras não esconderam sua satisfação, elogiando-a seguida­mente.

Os Jogos se desenrolaram nesse mesmo ambiente de ordem, crescendo em entusiasmo à medida em que se desenvolviam.

O grande público esportivo, de São Paulo, premiou fartam ente, com emoção e entusiasmo, todo êste esfõrço hercúleo e desinteressado. Compareceu cada vez mais compactamente aos jogos, manifestou largamente seu entusiasmo, libertou-se de seu natural retraído e frio, e veio para as praças de esporte, ruidosamente, aplaudir os atletas e as equipes, assim como consagrar a grande, a maior das vitórias, que foi a da organização dos IV Jogos Panam eri­canos.

Não pretendemos, portanto, apontá-lo, e aos seus companheiros, à admiração de nossos consócios, pois que todo São Paulo já os con­sagrou como homens de alta capacidade, de inexcedivel espírito público, servidores desinte­ressados da coletividade.

O que desejamos, meu caro Padilha, nesta festa intima é manifestar-lhe nossa admiração, entregando-lhe esta modesta lembrança, penhor de nossa amizade e afirmar, mais uma vez, que o Clube Atlético Paulistano se orgulha de tê-lo como associado”.

P A N I F I C A D O R A S U P E R P A GPureza absoluta para sua melhor alimentação

PÃO “RAIO DE SOL” — DOCES E SALGADOS FINOS

RUA ESTADOS UNIDOS, 1605/11 ------ FONES: 8-2096 e 80-9004

10

Page 13: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

Troféu oferecido ao Major Sylvio de Magalhães Padilha por ocasião da homenagem que lhe foi prestado pelo Clube Atlético Paulistano.

O papel da Juventude e do Povo Paulista

No conjunto de providências tomadas para a realização dos IV Jogos Panamericanos acre­ditamos que uma teve papel relevante: foi a decisão de se interessar a juventude paulista nos Jogos, o que se deu com a criação de car­nes especiais de ingressos. Êsse acontecimento ainda não pode ser suficientemente apreciado agora. O futuro, porém, nos dirá do alcance da medida. Se para o momento ela repercutiu de forma indelével, atraindo a mocidade para os campos das manifestações esportivas, para os ginásios e para as pistas, para as piscinas e outros logradouros dos Jogos, não se pode esquecer o quanto representou para a família dêsses jovens o seu entusiasmo.

Aos poucos a cidade conheceu, reconheceu e vibrou com os IV Jogos Panamericanos. E neste particular há um capítulo digno de ser anotado, e que foi o da hospitalidade propor­cionada pela gente de São Paulo aos atletas, aos turistas, a todos quantos para aqui foram atraídos.

ESPETÁCULO EM RITMO DE SUCESSO

Não se pode fixar, de modo especial, ne­nhum ponto particular dos IV Jogos Panam e­ricanos. Tudo alcançou medidas excepcionais e isso foi reconhecido pelos que nos visitaram, pelos que competiram, pelos que assistiram tèc- nicamente aos seus atletas, enfim por todos

quantos tiveram uma oportunidade de se apro­ximar dos Jogos.

As competições dos diferentes esportes, à medida que se realizavam, iam ganhando gran­deza, contornos de vibração e atraindo cada vez maior público. Concorreu, em parte, para êsse crescendo de entusiasmo o fato de que as representações brasileiras, consideradas fracas tècnicamente, iam aos poucos se firmando, ga­nhando serenidade e por vêzes ultrapassando os mais otimistas prognósticos.

Isso tem significação quando se lembra que em alguns esportes, como a natação, por exemplo, os recordes caiam um atrás do outro, numa demonstração de aprimoramento geral do participante das Américas. E os atletas brasileiros, cada qual em sua modalidade, acom­panharam êsse diapasão, como a querer decla­ra r que a experiência da promoção no plano dos organizadores não era exclusiva.

Há pouco mais de um mês do encerram en­to dos IV Jogos Panamericanos ainda é cedo para se poder avaliar o seu inteiro significado para o povo brasileiro. Toda a sua grandiosi­dade, como manifestação popular esportiva as­sumiu um sentido que teria que ser apreciado por diversos ângulos, todos os quais nos leva­riam à afirmação de que somente uma nação em estágio de franco amadurecimento poderia realizá-lo de modo quase perfeito. Se bem que planejados em tempo hábil, mas estruturados

— 11 —

Page 14: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

às pressas, numa demonstração típica do espi­rito acomodado de nossa gente, não se pode negar que o seu esplêndido sucesso, em todos os aspectos, só seria possível à custa de pacien­te acumulação de experiências através de al­gumas gerações de homens dedicados às causas públicas no campo do esporte, de uma elite que vem sendo plasmada paulatinam ente no clube, na escola, na fábrica e no escritório, nos ser­viços públicos especializados.

Apesar de serem bem conhecidas as difi­culdades que de início assoberbaram os respon­sáveis pelos IV Jogos Panamericanos, não será demais lem brar algumas passagens do verda­deiro drama que viveu o povo paulista, que era, afinal, quem estava totalm ente comprometido perante a opinião internacional.

A conquista do direito de São Paulo pro­mover os IV Jogos Panamericanos foi uma his­tória emocionante de audácia, urdida à última hora. Em decorrência de autorização do então Prefeito de São Paulo, Sr. Ademar de Barros,

o nosso representante junto à ODEPA, Major Sylvio de Magalhães Padilha, propugnou para que esta Capital fôsse a sede, em 1963, dos re­feridos Jogos. O Brasil não tinha, na verdade, condições para pleitear a realização dos Jogos. Contudo, tendo recebido a incumbência, em 1959, na cidade de Chicago, o referido repre­sentante brasileiro defendeu êsse direito sem sequer dispor de um documento que pudesse convencer aos demais dirigentes daquele orga­nismo panamericano. E é de se destacar, ade­mais, que outras cidades pleiteavam o mesmo direito com delegações munidas de dados de tôda a sorte, tais como documentação estatís­tica, fotografias, técnica, etc. A própria cida­de de Winnipeg, no Canadá, que êste ano al­cançou o privilégio de realizá-lo, apresentava-se em Chicago como forte concorrente. Mas tudo foi de roldão e os Jogos Panamericanos foram realizados em São Paulo, com uma votação expressiva, pró São Paulo, de 23 votos contra apenas 2.

O Major Padilha cumprimenta o a t le ta Amaury Passos, vice-campeão pan-americano.

FALAM OS NÚMEROS

Vinte e três nações se fizeram repre­sentar nos IV Jogos Panamericanos. P er­to de três mil atletas, em números exatos, 2.973 participaram das competições, foram alojados, alimentados e transportados du­ran te os 25 dias, que datou da chegada do primeiro, ao embarque do último. Êsse número refere-se apenas a competidores, estando excluídas as pessoas que faziam parte das delegações, como sejam : diri­gentes, juizes, jornalistas, técnicos, encar­regados de turm as e assistentes. Com êste teremos perto de 3.500 hóspedes.

Foram servidas durante êsse período 111.337 refeições, lavadas 14.300 peças de roupa, transportados, para todos os cam­pos esportivos, festividades e recepções,108.000 pessoas, sem contar jornalistas, chefes de delegações, juizes e auxiliares, o que, englobadamente, daria um trans­porte diário para seis mil almas.

Para m anter a máquina do Panam eri­cano, entre juizes, dirigentes, intérpretes, serviço médico, serviço de imprensa, te ­souraria, congressos e serviços auxiliares, foram mobilizadas 4.230 pessoa, a saber: Vila Panamericana, 750 juizes; motoris­tas e auxiliares de transporte, 235; arre­cadação e fiscalização, 303; auxiliares de campo (cavalariços, transportadores de material, barqueiros, etc.), 1.625; limpeza, 492; serviço médico, 60; serviço de im­prensa, 120; intérpretes e guias, 140 e guardas, 176.

Tivemos em disputa trin ta e uma competições (masculinas e femininas), num total de 630 provas realizadas (pre­liminares, semifinais e finais); o serviço médico atendeu 2.936 casos vários; o ser­viço de imprensa distribuiu 112 boletins, com 630 resultados, a 910 jornalistas (es­trangeiros, 133; locais, 440; agências no­ticiosas, 114; Guanabara, 62; outros Es­tados, Interior e agências telegráficas, 161).

Foram concedidos diàriamente 2.000 ingressos (auxiliares de serviço, autori-

12

Page 15: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

dades, juizes, delegados, etc.) gratuitam ente, propiciando-se a estudantes secundários, univer­sitários, num total aproximado de 50 mil. A renda bruta das bilheterias acusou o resultado de Cr$ 63.451.860,00 (sessenta e três milhões, quatrocentos e cinqüenta e um mil, oitocentos e sessenta cruzeiros). Numa estim ativa entre a capacidade de cada local de competição, renda, ingressos gratuitos, credenciais e auxiliares, competições sem pagamento de entrada, cal- cula-se em 100.000 o número de assistentes diá­rios das competições, o que perfaz a soma de1.500.000 espectadores (um têrço da população, se não se repetissem).

O QUE O PAN CUSTOU

O preço do Panamericano, rigorosamente, deveria ser três ou quatro vêzes superior ao que foi dispendido com as verbas concedidas pelo Estado e Municipio, bem como pelas a r­recadações de bilheterias e várias. A colabo­ração dada pelos clubes da Capital, cedendo suas instalações, reformando-as e adaptando-as, portanto, para os fins a que se destinavam, sem nenhum ônus para a organização, o Es­tado ou Municipio. Assim é que, graças a essa cooperação, economizamos, no minimo, impor­tância superior a meio bilhão de cruzeiros. Há ainda a computar-se em despesas não es­

crituradas os serviços não remunerados e pres­tados por milhares de pessoas, isso sem se fa­lar na Vila Panamericana, que, embora não te ­nha sido edificada unicamente para êsse fim, teve aumentados seus gastos com o apressa- mento das obras e construção de várias insta­lações de emergência.

Assim, apenas com as despesas rotineiras, dispendeu, o Pan, das seguintes verbas:

Cr$Estado (transporte, alimentação,

obras várias) ...................... . . . 130.000.000,00Municipio ........................................ 40.000.000,00Renda de bilheterias ................ 63.451.860,00Arrecadações várias .................... 19.195.195,20

252.647.055,20

Embora ainda não estejam concluidos to­dos os balancetes e ainda estejam para ser pa­gas várias despesas, entre as quais com as F e­derações Internacionais, ODEPA e Comitê Olimpico, essa importância foi tôda consumida em pagamentos de transportes, alimentação, pessoal, obras, publicidade, organização, m ate­rial esportivo, hospedagem (juizes, visitantes, chefes de delegações, etc.), devendo restar um saldo diminuto, que posteriormente será pu­blicado com o balanço definitivo.

Membros da Comissão dos IV Jogos Pan-Americanos em palestra. Da esquerda para a direita: Ubirajara Martins de Souza, Pedro de Magalhães Padilha, General Antonio Pires

de Castro e Coronel Ramiro Tavares Gonçalves.

— 13 —

Page 16: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

Arroz

B R E J E I R Oexfra-fíno

A M A R E LÃ O E X T R A - F I N OCompletamente limpeiPRONTO P A R A A P A N E LARende mais por quilo! Paladar bem paulístal

beneficiado e em pacntado pelo

A R R O Z B R E J E I R O S . A .

C O M É R C I O E I N D Ú S T R I A

R. ASSUNÇÃO, 97 - F O N E S : 33-9545 e 35-2904 - S. PAULO

em pacotes

de 1 e 5 ks

— 14 —

Page 17: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

UM POUCO DA VIDA DO LÍDER ESPORTIVOque foi o g ra n d e re sp o n sá v e lpelo sucesso dosIV logos Panamericanos de 1963

Ninguém ignora que coube ao Major Sylvio de Magalhães Padilha a responsabilidade pelo sucesso dos IV Jogos Panamericanos, que tanto dignificaram a cidade de São Paulo, revelan­do-a em sua grandeza e possibilidade aos povos das Américas. Pode-se mesmo dizer que fo­ram os IV Jogos Panamericanos o coroamento de uma carreira dedicada aos esportes dêsse gigante da organização esportiva, que percor­reu tôdas as gamas da experiência nesse setor de atividade. Como praticante de vários es­portes, mas especialmente do atletismo, o en­tão cadete Sylvio de Magalhães Padilha plas­mou cuidadosamente a sua personalidade de líder que hoje se reconhece.

Revelando-se inicialmente em provas de ve­locidade nos clubes do Rio de Janeiro, transfe­riu-se para agremiações paulistas e aqui co­meçou a notar a necessidade de uma reunião de esforços dos dois grandes centros esportivos em favor de um rápido desenvolvimento de nossos esportes. Nessa época, em que nossas entidades federativas, principalmente as res­ponsáveis pelos esportes amadores, eram pouco diferenciadas, confundindo-se o praticante com o dirigente, pois poucos eram os que se dedi­cavam de corpo e alma aos misteres necessá­rios, Padilha desempenhava o seu duplo papel de a tle ta e de dirigente. Lá pelos idos tempos de 1933, com um grupo de atletas, entre os quais os jovens ícaro de Castro Melo, o téc­nico Districh Gerner e outros, lançou a pri­meira grande semente da divulgação do atle­tismo, que foram as famosas turm as volantes. Êssses pequenos grupos de entusiastas percor­reram o interior de São Paulo fazendo demons­trações, dando aulas, estimulando e promoven­do competições que m arcaram época pelo su­cesso e pelo interêsse despertados.

Apareciam, aí, os primeiros pendores mais tarde revelados do homem que se preocupava com o ensino técnico, com a organização, e que resultaram na sua iniciativa de ampliar e reestru tu rar os serviços do antigo D eparta­mento de Educação Física e da sua embrio­nária Escola Superior de Educação Física, e principalmente dando corpo objetivo ao Depar­tam ento de Esportes do Estado de São Paulo, que marcou um acontecimento de relêvo para a vida do esporte em todo o Estado.

Somente uma vida inteiram ente dedicada ao esporte poderia produzir tão autêntico líder. Padilha, com efeito, competiu em vários espor­tes como basquetebol, voleibol, futebol e esgri­ma, mas foi como atleta que se destacou efe­tivamente, alcançando os mais expressivos re ­sultados no país e no estrangeiro desde o ano de 1926 até 1946. Vinte anos de continua ex­periência e de dedicação.

A coleção de títulos que conquistou nesses vinte anos valeu-lhe como uma escola de ex­periência gradativa que o conduzia do campo para a direção, da condição de praticante para a de organizador. Foi campeão carioca e b ra­sileiro de basquetebol, campeão carioca, pau­lista e brasileiro de atletismo nos 100 metros rasos, 200 metros, 400 metros revezamentos de 4x100 e 4x400 e salto em extensão. Tornou-se, porém, um homem de notáveis recursos nas provas de 110 metros com barreiras, 200 me­tros sõbre barreiras e 400 metros sõbre bar­reiras. No continente sul-americano, em ver­dade, êle alcançou o título de campeão nessas provas, assim como nos 400 metros rasos, além de te r sido recordista sul-americano nos 110 metros sõbre barreiras, 200 metros da mesma especialidade e 400 metros e revezamentos 4x100 e 4x400 metros.

Com tôda essa destacada bagagem de re ­sultados, não poderia deixar de representar nos­so país nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, bem como foi o quinto homem no mundo nas Olimpíadas de Berlim na prova de 400 metros sõbre barreiras. Pode-se dizer que, com Padi­lha, lançava-se pela primeira vez o nome es­portivo do Brasil no exterior. Tão expressivos eram seus resultados nas pistas que possui ain­da hoje o recorde brasileiro dos 200 metros sõbre barreiras.

Com tais performances não foi sem mérito que recebeu o troféu ‘‘Helms” de 1939, prêmio conferido pelos Estados Unidos ao mais desta­cado atleta das Américas. Ultrapassava, já nes­sa época, a idade útil de competir, mas conti­nuava preocupado com os problemas dos es­portes.

Por ocasião da Guerra foi convidado do govêrno norte-americano para um estágio nos Estados Unidos e na sua volta criou a Defesa Passiva Anti-aérea, Organização Feminina Au­xiliar de Guerra, mais tarde controlada pelo Ministério da Guerra, ficando como seu dire­tor. Reconheceu que era tempo de mudar o sentido de sua cooperação aos esportes, inicia­da como praticante, alicerçada como professor de educação física e aperfeiçoada nos estágios que realizou no Springfield College dos E sta­dos Unidos e no Instituto Real de Educação Física de Estocolmo.

Em 1939 foi nomeado diretor do D eparta­mentos de Esportes de São Paulo, lançando-se à sua grande obra que foi a estruturação do esporte no Estado, criando a sua legislação. Deu vida e desenvolvimento ao esporte no in­terior, criando as turm as volantes de que tan ­ta experiência pessoal possuía e instituindo inú­meros torneios no Estado. Lançou o campeo­nato colpgial, que tantos benefícios e tantas

— 15

Page 18: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

S®ss®

5«®sa ••••• '

mmmm

í*. - •*. í'

sppsf

Padilha, glória esportiva do passado, quando disputava, em 193Jf, nas pistas do CAP, a prova de 1 00 metros sôbre barreiras, da qual foi campeão brasileiro

e sul-americano por muitos anos.

— 16

Page 19: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

glórias esportivas relevaram ao nosso país, bem como idealizou e deu efetividade às demonstra­ções coletivas e públicas de ginástica que anual­mente levam multidões ao Estádio do Pacaembu.

Como homem responsável por tão impor­tan te setor da educação física e do esporte no Estado de São Paulo, cheia de iniciativas e pondo à prova sua enorme experiência, estava sempre presente em todas as boas causas. Com essa forma de agir, de realizar e de estim ular aquêles que tinham pendores para ajudar os esportes, se tornou digno da admiração e do reconhecimento de clubes, entidades e institui­ções. Hoje pode se orgulhar de ostentar a mais expressiva lista de títulos honoríficos e de benemerência que um homem pode almejar.

É sócio benemérito e presidente de honra da Associação dos Professores de Educação F í­sica do Estado, da qual foi presidente por vá­rios anos; benemérito da educação física no país; benemérito das Confederações Brasileiras de Basquetebol, de Box, de Esgrima e da Con­federação Brasileira de Desportos.

Possui os títulos de “Cavalheiro dos Des­portos Continental” e da Ordem dei Mérito Re­levante, “Dirigente Distinguido”, Ordem do Mé­rito da Finlândia, Ordem do Mérito da Suécia, do México. Sócio honorário da Associação de Cronistas Esportivos, Presidente de Honra da União Pugilística, Grande Benemérito do Cen­tro Pereira Barreto, do Mackenzie, e tantos outros centros estudantis, benemérito de vá­rios clubes, dentre êles o Fluminense F. C. e

a A. D. Floresta, cujas côres defendeu como atleta tanto no Rio como em São Paulo. Pos­sui, ainda, o Mérito Militar, a Ordem do Mé­rito da Aeronáutica e a Cruz do Mérito Es­portivo.

Tem sido o chefe de Missão da Delegação Brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres, Hel- sinki, Melbourne e Roma e dos Jogos Paname- ricanos de Buenos Aires, México e Chicago. Chefiou várias delegações esportivas ao estran­geiro.

Representou o Brasil na Linguiada, reali­zada na Suécia e em vários Congressos de Educação Física e Esportes.

Como administrador revelou-se um homem de idéias práticas. Foi o criador do Conjunto Esportivo da Água Branca e do Ibirapuera, dando a São Paulo a piscina de água quente, prédio para as federações esportivas, alojamen­to para atletas, com oito andares, ginásio (Água Branca), além do Ginásio do Ibirapuera, com capacidade para 25.000 pessoas, sendo ainda o criador do velódromo.

É hoje o vice-presidente do Comitê Olím­pico Brasileiro, vice-presidente da Organização Desportiva Panam ericana (ODEPA), presiden­te da Comissão Executiva e Organizadora dos IV Jogos Panamericanos, e, além de diretor geral do Departam ento de Educação Física e Esportes do Estado, ocupa o lugar de membro do Conselho Nacional de Desportos e presiden­te do Conselho Regional de Desportos.

Concorrentes à prova de adestramento.

— 17 —

Page 20: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

Jôgo Brasil versus Estados Unidos, vencido pelo Brasil.

Os atletas do Paulitano nos IV J 0 3 0 S P a n a m e r i c a n o s

O Paulistano teve 18 de seus atletas re ­presentando a equipe brasileira nos IV Jogos Panamericanos, portando-se, em diversas moda­lidades, com brilhantismo, tendo, alguns dêles, obtido vários títulos, dos quais 6 de campeões, 1 de vice-campeão e 4 terceiros lugares.

Os representantes do Paulistano fo­ram :

No torneio de ESGRIMA, Alexandre de Melo Filho, Edwardo Lamberg, Ettiene Moinar, Leonardo Fam á e Marco Antonio Laffranchi, participaram das diversas provas.

ALEXANDRE DE MELO FILHO, integrando a Equipe de Espada, conquis­tou a MEDHA DE PRATA pela 2 colo­cação obtida pela equipe brasileira.

Nas provas de NATAÇÃO, Antonio Celso Guimarães, Athos Procópio de Oli­veira, Farid Zablith Filho e Isabel Cerelo foram os representantes do Clube.

ATHOS PROCÓPIO DE OLIVEIRA conquistou 2 MEDALHAS DE BRONZE, com a conquista do 3.° lugar na prova de 100 metros nado de costas, quando supe­rou o seu próprio record sul-americano, e com o 3.® lugar como integrante da tu r ­ma brasileira na prova de revezamento 4x100 em quatro estilos.

ANTONIO CELSO GUIMARÃES ga­nhou MEDALHA DE BRONZE, com o 3.® lugar como integrante da turm a de 4x100 em quatro estilos.

No torneio de TÊNIS, o nosso tenis­ta CARLOS FERNANDES (Lélé), con­quistou MEDALHA DE OURO ao sa- grar-se CAMPEÃO de duplas masculinas, e ainda, MEDALHA DE BRONZE pelo 3.® lugar em simples masculina.

Em ATLETISMO foram nossos re­presentantes Maria José Vieira de Lima, W alter Gaertner de Almeida e Jessemon Delaney Siqueira.

WALTER GAERTNER DE ALMEI­DA ganhou MEDALHA DE BRONZE ao obter o 3.® lugar na prova de arremesso do dardo.

Nos Torneios de Voleibol, as nossas representantes KARIN VON LASPERG, JOANA MARY R. CARVALHO, MAR- LENE DJINISHIAN e o nosso atleta LUIZ ROBERTO LIMA DE MORAES sagraram-se CAMPEÃS do Torneio Fe­minino e CAMPEÃO do Torneio Masculi­no, respectivamente, conquistando, por­tanto, 5 MEDALHAS DE OURO.

Por êsses brilhantes resultados, me­recem todos os nossos representantes ca­lorosas felicitações e o agradecimento de tôda a Familia Paulistana, pois, com a

conquista de 6 Medalhas de Ouro, 1 Medalha de P ra ta e 5 Medalhas de Bronze, demonstra­ram a sua eficiência, dedicação e fõrça de von­tade empregadas nos treinamentos e nas dispu­tas, demonstração essa dada também pelos que não tiveram a felicidade de figurar entre os primeiros, mas que também se portaram va­lentemente.

Aos respectivos Diretores e Técnicos as merecidas felicitações.

A grande campeã Maria Ester Bueno.

Page 21: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

Jleon íeeim en íos

O nosso Vice-Presidente Dr. Herman Morais Barros proferiu^ em em

nossos salões uma interessante palestra sóbre o tema ^ Um Paulistano na Ãfrica’\

Na oportunidade foram apresentados seus troféus e projetados ‘ slides”.

Flagrante do Dr. Herman Morais Barros quando pronunciava sua palestra.

— 19 —

Page 22: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

iflffipy

Parte da assistência presente à palestra do Dr. Herman Morais Barros.

O Coral “Paulis tano” em sua apresentação de 19-6-63.

— 20 —

Page 23: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

P O E S I A

A partir do próximo número publica­remos poesias, que nos forem encaminha­dos pelos nossos leitores.

Inaugurando a secção, prestamos uma homenagem à imorredoura Colombina

(Ide Schlonbach Blumenschein), há pou­co falecida nesta Capital.

Do seu livro ‘'Lampeão de Gás'’, edi­ção de 1937, escolhemos esta jóia que por certo há de agradar:

SE EU MORRESSE AMANHÃ

Se eu morresse amanhã comigo iria para o eterno negror da sepultura todo o deslumbramento dêste dia de amor, de exaltação e de loucura.

Nos meus olhos, que a morte fecharia, para a noite mais longa e mais escura, como um raio de sol eu levaria do teu último olhar toda a ternura. . .

Se eu morresse amanhã. . . quem sabe, o gêlo da morte em minhas mãos ainda deixasse o perfume sutil do teu cabelo;

e a frase que disseste ao meu ouvido. .. talvez nessa hora extrema, despertasse em mim a gratidão de ter vivido!

S À O P A U L O E O S J O G O S P A N A M E R I C A N O SFoi natural e lógica a designação de São

Paulo para sede dos IV Jogos Pan-Americanos. Cidade com população superior a 4 milhões de pessoas, das quais metade é de jovens de me­nos de 21 anos, núcleo cosmopolita com mais de 500 mil estrangeiros, nêle qualquer visitante ràpidamente se integra, é bem acolhido, não lhe faltando compreensão, hospedagem, diversões, bares, restaurantes e outras facilidades carac­terísticas de uma metrópole moderna.

Grande parque industrial, com cêrca de30.000 estabelecimentos de fabricação dos mais variados produtos, desde os de limitada utili­dade individual e doméstica até automóveis, ônibus, caminhões e tratores, movimentando mais de um milhão de empregados, em seus quatro séculos e tanto de existência, São Paulo

se afirma cidade nitidamente moderna, na qual a construção de prédios atinge à formidável média de 8 por hora.

A êsse progresso de ordem m aterial cor­responde um ritm o artístico e espiritual, que se traduz no fato de contar a cidade 3 uni­versidades, 30 instituições culturais, 160 biblio­tecas públicas, 7 museus, 200 cinemas, 15 tea­tros, 18 estações de rádio e 5 emissoras de te ­levisão.

Para o caso dos Jogos Pan-Americanos de­ve-se acrescentar que na cidade funcionam mais de 500 associações esportivas, congregando 800 mil sócios, dos quais, aproximadamente, 80 mil praticam regularm ente a educação física racio­nal. Conta a metrópole com 5 grandes está­

21

Page 24: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

dios de futebol, adequados, também, à prática de outros esportes, destacando-se, dentre êles, o Estádio Municipal do Pacaembu, com capa­cidade para 80 mil pessoas, e do Morumbi, para 120 mil espectadores. Existe, ainda, mais de uma dezena de praças de atletismo, pertencen­tes a clubes, com piscinas, quadras de tênis, basquetebol e outras modalidades de esporte, além de dois hipódromos e um autódromo. Pos­sui a cidade dois aeroclubes, sendo um dêles especializado em volovelismo.

Mas, além dêsses índices estatísticos, a pro­pósito dos IV Jogos Pan-Americanos é interes­sante e útil lem brar que São Paulo tem sido, geográfica e històricamente, um centro de ir­radiação dos grandes ideais e das mais impor­tantes realizações esportivas do Brasil, o que

se evidencia pelo fato de que, do ambiente es­portivo da Capital paulista saíram três expoen­tes da educação física: Ademar Ferreira da Silva, campeão olímpico do salto triplo, Maria E ster Bueno, afirmação mundial do tênis, e Eder Joffre, figura máxima no pugilismo in ter­nacional. Uma cidade que produz e valoriza figuras dêsse altíssimo porte não é apenas “a que mais cresce no mundo", mas também de­seja ser, esportivamente, “a que melhor cresce no mundo".

E é com essas credenciais que São Paulo se candidatou para sede dos IV Jogos Pan- Americanos, e excedendo às mais otimistas pre­visões, reafirmou o seu prestigio promovendo a maior competição esportiva realizada até ago­ra no continente americano.

A morte de Orlando Pereira, nos primeiros dias de junho, ecoou profundamente no P au­listano.

Representava êle a melhor tradição do nosso futebol, ostentando os títulos de cam­peão brasileiro e paulista, tendo formado ao lado de Friedenreich, Amilcar, Pindaro, Neco, Mario Andrade e outros ases do amadorismo de então. Sua posição era a de zagueiro, e ao tempo reputado entre os melhores do plantei sul-americano.

A característica m arcante de seu jôgo era a calma segura e inalterável que permitia, uma vez dominado o atacante, a devolução perfeita da bola aos companheiros da frente. E ra uma garantia para o alvi-rubro nos seus grandes compromissos. Lutava com ânimo, inspirando ao conjunto a confiança necessária para o êxito. Assim foi sempre um líder a quem a correção pessoal emprestava maior prestigio, tornando indispensável a sua presença no “team" do Clube.

Um acidente, em famoso encontro da se­leção nacional contra a argentina, realizado em Buenos Aires, inutilizou-o para as lides do fu­tebol. Êsse fato, entretanto, não obstou que continuasse como elemento de prol na vida es­portiva e social do GAP, assumindo função di­

rigente no setor esportivo, que muito lucrou com sua esclarecida orientação.

E assim continuou até que se apagasse a chama clara de sua vida, sempre interessado pelo progresso do Clube e com o mesmo sen­timento de entusiasmo dos tempos de moço.

Eleito para o Conselho Deliberativo, no de­sempenho de cujo mandato colheu-o a morte inexorável, foi sempre um conselheiro no sen­tido mais nobre e amplo do têrmo. Assíduo, cuidadoso no exame de qualquer assunto que lhe fôsse afeto, inteirado em todos os aspectos da vida da associação, seu voto se norteava sempre e irrestritam ente no rumo dos legítimos interêsses sociais.

Some-se ao que já foi dito o conjunto de suas virtudes pessoais, tais as de cidadão, chefe de família, amigo e companheiro e ter-se-á um re tra to fiel dêsse consócio cujo passamento se lamenta.

Registrando a morte de Orlando Pereira, legitima glória do nosso esporte, grande figura do futebol do passado, cuja fama corria pelo Pais inteiro, um dos nomes de relêvo do qua­dro social dêste alvi-rubro CAP, deixamos nes­tas linhas a expressão de nossa sincera sau­dade que é o sentimento de todo o Paulistano.

M ario S evero de A lbuquerque M aranhão

— 22 —

Page 25: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

D I V E R T I M E N T O SX A D R E Z

ERRES FORTES ERRES FORTES

■ B S H S ,....................... 'W/M. ^ WWÀ

m , . m à/ w â m B

mk w jm i Wé

v/m WmÁ. 4//m .

W /mW'Má

« I w 'W m , P

Mate em dois lances Mate em dois lances

R e f l e x õ e s sobre o jôgo de xadrezÉ perfeitamente inesgotável o número de

combinações no desenvolvimento de uma par­tida de xadrez: sômente os quatro primeiros lances dos adversários prestam-se a 319.000 mi­lhões de variantes e os primeiros dez a uma série que é representada por um número com­posto de vinte e nove algarismos, o que trans­cende os limites da imaginação. Considerando a população da te rra em 2 bilhões de habitan­tes e se todos jogassem simultâneamente, em­pregando um minuto em cada lance, não repe­tindo um sequer, gastariam para realizar tõdas essas combinações 217 bilhões de anos, ou se­jam, 2.170 milhões de séculos.

Os profanos consideram o jôgo de xadrez muito fútil como ciência e demasiadamente científico como simples passatempo. Como a música e tõdas as artes, êle é frívolo ou pro­fundo, conforme o temperamento e o talento dos seus cultores.

☆O jôgo de xadrez não só desenvolve as fa­

culdades de atenção, observação e raciocínio, mas também ensina a empregar o mínimo de energia para obter o máximo de vantagem.

Ê um perfeito revelador dos carac teres: César jogava xadrez pelos processos intelectuais com que combatia. As partidas jogadas por Napoleão I demonstram o seu temperamento arrojado e impetuoso.

O jôgo de xadrez é a imagem da vida co­tidiana, com a lu ta pela existência, inevitável e universal.

Que é a vida humana senão uma partida de xadrez mais ou menos complicada? O ta ­buleiro, eis o mundo; as peças e as regras do jôgo, os fenômenos e as leis da natureza. De­pendem a sobrevivência e a fortuna de jogar-sc bem ou mal. Enfrentamos em nossa existên­cia adversários invisíveis, de olhos de lince para punirem nossos erros e absolutamente in tran­sigentes com a ignorância.

Aquêles que conduzem bem as suas parti­das no tabuleiro da vida têm a felicidade e a fortuna como prêmio. Aquêles que jogam mal, descuidam-se e cometem erros, são inexoràvel- mente vencidos.

— 23 —

Page 26: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

PALAVRAS CRUZADAS

1 2 5 1 4 . 5 6 7 8 9 1 0 1 1 HORIZONTAIS:1 — Rio da Sibéria; agremiação; nota.2 — Cidade da tôrre célebre; encanto; caminhar.3 — As inglês; o que há quando a bola está na área.4 — Vigoroso, forte.5 — Preposição; completa.6 — Edson Arantes do Nascimento; a do antigo.7 — Trama; famoso tenista do Paulistano.8 — Prefixo usado na aviação; terror.9 — Rubor nas faces; sarraceno.

10 — O que nasceu na cidade de São Paulo.

VERTICAIS:1 — Pândega, troça; aqui.2 — Aquilo que o Brasil é, com a mão e com o pé.3 — Contagem parcial numa partida de tênis; o “Galo de

Ouro”,4 — Aqui; interpretar o que está escrito; despido.5 — PC; exclam ação m ística dos índios.6 — O e do alfabeto grego.7 — O minúsculo campeão do tênis de mesa; verruma, pl.8 — Ciência da moral; a família.9 — A meta no futebol; desaparece.

10 — O corte da navalha; gritos de agonia.11 — Espectro; a maior tenista do mundo.

As respostas deverão ser enviadas a secretaria do clube até 0 dia 30/ 8/63. Entre os que acertarem será distribuido um premio.

e snas ffrandi*s

mareas iníernafíionais

V O D K AE R I S T O W

BOOTH’S

MARTIN! t R05SÍ S. A. - ^MARTINI. 271 « RUIBE «AMBS ■ VIA ANCHIETA KM tS 0 S. BERNARDO DO CAMPO ■ ESX DE S.PAUUO

24

Page 27: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

^

iiiiiiil

iiiwiüiiPSífWIPiiiP ■*' ' j

ESPECIALIDADES EM TOLDOS RESIDENCIAIS DE QUALQUER TIPO OU TAMANHO

★ Barracas★ Chiarda-Sóis★ Almofadas★ Móveis para Terraços e Jardins

GALERIA DAS LONASRUA AUGUSTA, 837 FONE: 34-4846 S Ã O P A U L O

Page 28: Paulistano · age, dos Estados Unidos, que se mantém neste pôsto até nossos dias, a quem temos a honra ... veitado da situação, causando danos e provocan ... APRENDIZAGEM DE

^ m v o ira L d a .

Admire o m odélo distinto dessas peças modernissimos

colher de concho roso. delicado, feito poro recolher o

quonfidode exo to ... foco de cabo longo e làmino menor

poro mais côm odo monuseio e levezo do corte.

gorfo de dentes curtos e moior espoço em concha.

O bedecendo ôs mois m odernas linhas, os talheres

ALVORADA aliam ò nobreza do prato 90 um

req u in te de distinção e excelente bom-gòsto. Inspirado

nos novos concepções do vido m oderna, o WOLFF o tende hoje oos

novos hóbitos de olimentoçâo. Isto rocionolmente, no

perfeição anatôm ico de ALVORADA - linhas puros

• hormoniosos, o pèso certo em tomonho e formo ideais

WOLFFFAMA MUNDIAL

TIPOGRAFIA EOANEE S. A. IMPRIMIU — SÃO PAULO