“Nascer com patrimônio genético idêntico não significa que as pessoas crescerão tendo corpo, mente e doenças iguais...” Gabriela Carelli para a Revista Veja, Abril 2009.

Com essa declaração temos cada vez mais a certeza de que fatores ambientais influenciam tanto no desencadeamento de doenças pré-programadas geneticamente, como também o estímulo pode desenvolver ou inibir expressões de inteligência herdadas dos pais.

Foi Cícero na Roma Antiga, o criador do temo “Inteligência” a partir das definições de Aristóteles e Platão, sendo definido por ele então a inteligência como os aspectos da natureza humana relacionados com pensamento, solução de problemas, meditação, raciocínio e aspectos do comportamento humano (emoção, sentimentos, paixões e vontade).

No dicionário Aurélio a definição de Inteligência é:

“Faculdade ou capacidade de aprender, apreender, compreender ou adaptar-se facilmente, intelecto, intelectualidade. Destreza mental, agudeza, perspicácia.”

INTELIGÊNCIA Prefixo INTER →entre Sufixo LEGERE→escolhas

Então, uma pessoa inteligente é capaz de escolher entre muitas alternativas aquela em que é mais correta e faz mais sentido para determinadas situações diferentes.

“A dificuldade de uma definição para a inteligência também se deve ao fato de que a mesma não é passível de observação direta, mas sim, através de indicadores como manifestações comportamentais e competência no desempenho de tarefas, entre outros”. Alda Maria e Adriana Benevides, 2007

Inteligência lingüística Inteligência lógico-matemática Inteligência musical Inteligência espacial Inteligência corpóreo- cinestética Inteligência intrapessoal Inteligência interpessoal Inteligência naturalista

“Quanto mais inteligente o ambiente e quanto mais forte as intervenções e os recursos disponíveis, mais capazes se tornarão as pessoas e menos importante será sua herança genética”. Howard Gardner

“A participação dos genes na construção do sistema nervoso tal como acontece no resto no organismo, permite concluir que as estruturas cerebrais que estão envolvidas na atividade do pensamento, da criatividade e da aprendizagem recebem uma forte influência genética. Contudo, estes fundamentos biológicos não são suficientes para resolver o puzzle da inteligência.” Nelson S. Lima

A realização de testes psicométricos em humanos fez cientistas perceberem que as funções cognitivas básicas são resultados de um mesmo processo biológico denominado FATOR g (inteligência geral).

Algumas pesquisas já foram feitas para tentar encontrar o gene responsável pela inteligência. Um biólogo, da universidade de Princeton, alterou o DNA de camundongos para depois testar suas capacidades de aprendizagem.

Os seres humanos possuem um gene correspondente ao NR2B, porém seu efeito na inteligência ainda não foi comprovado.

Existe uma diferença na média do QI entre ricos e pobres.

Estudos realizados com crianças criadas por pais adotivos, medindo o QI da criança, dos pais adotivos e dos pais biológicos revelam que a correlação do QI entre pais biológicos e a crianças são maiores do que com os pais adotivos.

Outra conclusão é de que crianças adotadas vivendo com familiares com QI acima da média, condições sócio-econômicas melhores do que os pais biológicos, caso esse sejam oriundos de locais com baixo nível sócio-econômico, possuem QI mais alto do que deveria se esperar, mostrando a influência do meio no desenvolvimento intelectual da criança.

Hamilton Correia salienta que a influência da hereditariedade tende para o lado da mãe.

Ele explica que a maioria dos genes descobertos, relacionados com a inteligência, estão localizados no cromossomo X e que os hormônios andrógenos estimulam e crescimento e ramificação dos neurônios. O gene RA (receptor dos andrógenos) se encontra no cromossomo X e atua na velocidade de transmissão neuronal, conseqüentemente na inteligência. Dessa maneira o sexo feminino é mais importante na transmissão da inteligência para a geração seguinte do que o sexo masculino.

Não faltam provas de que a genética influencia na inteligência:

Crianças superdotadas, não somente em inteligência, mas superdotadas em capacidades intelectuais tanto físicas como artísticas;

Irmãos com semelhantes condições de meio ambiente e diferentes níveis de inteligências;

Estudos com camundongos; Estudos com pais adotivos e pais biológicos; Estudos com gêmeos.

Há algum tempo estuda-se a relação entre o QI e o aleitamento materno.

Vários outros alimentos também auxiliam no bom desenvolvimento da inteligência. Tais como:

Peixes com ômega 3; Frutos e óleos vegetais; Carboidratos; Café.

Segundo a ciência: “A conclusão é que o surgimento da inteligência na raça humana foi um evento fortuito, raríssimo, e cuja possibilidade de vir a ocorrer de novo num ambiente natural, digamos, em outro planeta, é um número astronomicamente pequeno.”