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2018 Semana 12 01____ 05out
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Intensivo Enem
B
io.
Bio.
Professor: Rubens Oda
Monitor: Carolina Matucci
B
io.
Circulação e excreção comparada 05
out
RESUMO
Circulação
Circulação é o transporte de substâncias entre as diferentes partes do corpo de um ser vivo. Durante a
evolução animal, ele foi fundamental para o aumento do tamanho, facilitando o transporte para as células. Vamos entender como funciona a circulação entre os seres do Reino Animalia:
•
estruturas para a circulação de substâncias
•
em lacunas para abastecer as células
•
o tempo inteiro dentro de vasos, sem contato direto com as células.
Dentre os tipos circulação fechada, encontramos maior variação nos vertebrados e são classificadas em: •
Dupla existem dois circuitos pelo qual o sangue passa no coração, podendo ser incompleta (ocorre
mistura do sangue venoso e arterial) ou completa (não ocorre mistura do sangue venoso e arterial)
Disponível em: <http://pedropimpaocn.blogspot.com.br/>.
A evolução da circulação fechada está relacionada com as cavidades encontradas no coração, onde o sangue
sempre entrará pelos átrios e sairá pelos ventrículos. Vamos entender como se deu a evolução deles: • Peixes --> circulação é simples e venosa, pois o coração com apenas um átrio e um ventrículo bombeia
apenas o sangue venoso.
•
de sangue (arterial ou venoso) e ocorrerá a mistura no ventrículo
• átrio receberá um tipo
de sangue (arterial ou venoso) e ocorrerá a mistura no ventrículo. A diferença em relação aos Anfíbios é
que o ventrículo já possui uma estrutura que permite que ocorra menos mistura, chamada Septo de
Sabatier
• possuem o coração com 4 cavidades, tendo uma maior separação do sangue
arterial com o venoso, porém ainda ocorre uma pequena mistura de sangue arterial com venoso no
Forâmen de Panizza
• ividido em dois átrios e dois
ventrículos os quais não ocorre mistura do sangue arterial com o sangue venoso. Acredita-se que a
circulação completa favoreceu a endotermia.
B
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Excreção A excreção é o processo de eliminação dos produtos do metabolismo formados, principalmente, por
substâncias nitrogenadas.
A amônia é oriunda do metabolismo de aminoácidos e pode ser convertida em ácido úrico ou ureia em alguns
animais para facilitar a excreção.
Nos seres humanos, a eliminação dos compostos nitrogenados é feita na urina, na forma de ureia.
Nesta tabela comparativa, observe a grande toxicidade da amônia, necessitando de grande volume de água
para ser excretada; e a insolubilidade do ácido úrico, que facilitou a conquista do meio terrestre.
Excreção Toxicidade Solubilidade Animais Habitat
Amônia Muito tóxica
Muito solúvel, requerendo
grandes volumes de água para
ser excretada.
Peixes e anfíbios Aquático
Ácido
úrico Pouco tóxica
Insolúvel, podendo ser excretada
em solução semissólida.
Insetos, répteis
e aves
Terrestre, com
grande falta
Ureia Menos tóxica
que a amônia Menos solúvel que a amônia.
Alguns anfíbios.
Mamíferos. Terrestre
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000000091/md.0000009634.jpg>.
Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/_-GeecIWEsMk/SqfvLPS-eaI/AAAAAAAAAIg/dJyJ8EFWtsM/s400/Slide5.JPG>.
Mas por que ureia nos humanos? A amônia é altamente tóxica, e necessita de grande volume de água para ser excretada. Isso faria com que
animais terrestres desidratassem.
O ácido úrico é insolúvel em água. Como nós somos animais vivíparos (o embrião cresce no interior do corpo
da mãe), não seria possível realizar a transferência das excretas do feto para a mãe para então ser eliminadas,
acumulando-se.
B
io.
Excreção comparada
Poríferos e Cnidários Não possuem sistema excretor.
A eliminação dos metabólitos nitrogenados é feita por difusão
Platelmintos Possuem protonefrídeos, que tem uma baixa capacidade de reabsorção das substâncias.
Se tiver um único cílio, é chamado de solenócito.
Vários cílios correspondem à célula-flama
Anelídeos e Moluscos Possuem metanefrídeos, que retiram as excretas do celoma e eliminam no meio externo.
Artrópodes Diversas estruturas realizam o papel de excreção.
As glândulas verdes estão presentes nos crustáceos.
As glândulas coxais, nos aracnídeos
Os túbulos de Malpighi, tanto em aracnídeos como em insetos.
Vertebrados O órgão responsável pela excreção é o rim, que evoluiu a partir do pronefro, passando pelo mesonefro, até
o metanefro, presente nos humanos. Mesmo assim, ainda possuímos os demais tipos evolutivos durante a
vida embrionária.
A principal função do rim é filtrar o sangue, formando a urina.
Disponível em: <http://www.infoescola.com/biologia/sistema-excretor-nos-vertebrados/>.
B
io.
EXERCÍCIOS
1. Para quem tem preocupação com a preservação do meio ambiente e com a fauna em extinção, no site
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE podemos encontrar informações sobre
animais brasileiros em extermínio. Dentre alguns, podemos citar o pica-pau de cara amarela
(Dryocopus galeatus), a onça pintada (Pantera onca palustris) e a tartaruga de couro (Dermochelys
coriacea). Disponível em: <http://www.ibge.com.br/home/geociencias/recursosnaturais/levantamento/default.shtmc=2>.
Nas três espécies citadas acima, quais características são verdadeiras com relação à sua circulação
sanguínea, na sequência em que foram mencionadas no texto? a) Fechada, dupla e completa; fechada, dupla e completa; fechada, dupla e incompleta. b) Fechada, simples e completa; fechada, dupla e completa; aberta, dupla e incompleta. c) Fechada, dupla e incompleta; fechada, dupla e completa; aberta, dupla e completa. d) Aberta, dupla e completa; fechada, simples e completa; fechada, simples e incompleta. e) Aberta, dupla e incompleta; fechada, dupla e incompleta; fechada, dupla e completa.
2. O sistema circulatório dos vertebrados mostra uma evolução ocorrida entre os grandes grupos. Na
maioria das espécies de cada grupo, há um padrão na divisão das cavidades do coração. Isto pode ser
confirmado na frase: a) O coração dos peixes tem dois átrios e um ventrículo, ocorrendo a mistura do sangue venoso com
o sangue arterial nos primeiros. b) O coração dos anfíbios tem dois átrios e um ventrículo, ocorrendo a mistura de sangue venoso
com o sangue arterial neste último. c) O coração dos répteis tem dois átrios e um ventrículo, não ocorrendo mistura do sangue venoso
com o sangue arterial. d) O coração dos répteis é igual ao das aves, ocorrendo em ambos mistura do sangue venoso com
sangue arterial. e) O coração dos mamíferos apresenta dois átrios e dois ventrículos, parcialmente separados,
ocorrendo mistura do sangue venoso com o sangue arterial em pequena escala.
3. As figuras 1 e 2 a seguir representam, esquematicamente, os dois tipos de sistemas circulatórios
apresentados pelos vertebrados. As setas indicam o trajeto percorrido pelo sangue em cada tipo de
circulação.
Com base nas informações anteriores, assinale a alternativa que apresenta, pela ordem, um exemplo
de um grupo de vertebrados com o tipo de circulação representado na figura 1 e outro com o tipo de
circulação representado na figura 2.
a) Anfíbios aves.
b) Répteis- mamíferos.
c) Anfíbios mamíferos.
d) Peixes répteis.
e) Mamíferos peixes.
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4. Analise as proposições abaixo, em relação à circulação dos vertebrados e dos invertebrados.
I. O coração dos peixes possui duas dilatações principais: um átrio e um ventrículo. O sangue com
gás carbônico é levado pelas veias para o seio venoso, logo o sangue é levado para o átrio. O átrio
bombeia o sangue para o ventrículo e este o bombeia para o cone arterial ou bulbo arterioso.
II. Os anfíbios possuem uma circulação fechada e completa, que passa por um coração com duas
cavidades (um átrio e um ventrículo).
III. Nos anelídeos e nos moluscos cefalópodes a circulação é fechada. O sangue tem um fluxo de
circulação que ocorre no interior dos vasos sanguíneos.
IV. Os répteis possuem um coração com três cavidades. Em alguns répteis, o ventrículo é
parcialmente dividido pelo Septo de Sabatier.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
5. Os esquemas I, II, III e IV, abaixo, mostram o Sistema Cardiovascular de Vertebrados.
Assinale a alternativa falsa.
a) O esquema I é característico de animais pecilotérmicos aquáticos.
b) O esquema IV permite completa separação do sangue arterial e venoso.
c) Nos animais com o esquema II e III ocorre mistura de sangue arterial e venoso.
d) Os esquemas I, II e III são característicos de uma circulação dupla e completa.
e) O sistema circulatório dos mamíferos é simbolizado no esquema IV.
6. No homem, várias substâncias presentes no sangue chegam ao néfron, atravessam a cápsula de
Bowman e atingem o túbulo renal. Várias dessas substâncias são, normalmente, reabsorvidas, isto é,
do néfron elas são lançadas novamente ao sangue, retornando a outras partes do corpo.
Entre essas substâncias normalmente reabsorvidas, no nível do néfron, podem ser citadas:
a) água e uréia;
b) água e glicose;
c) glicose e uréia;
d) água e ácido úrico;
e) aminoácidos e ureia.
7. Folha de S. Paulo, 30/08/1997). O teste antidoping, que
frequentemente aparece nas notícias dos jornais, é feito a partir do exame da urina de atletas. Isso se
torna possível porque através no néfron unidade funcional dos rins- é executada a tarefa de:
a) absorver glicose.
b) eliminar catabolitos.
c) secretar aminoácidos.
d) filtrar glóbulos sanguíneos.
B
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8. Os consumidores de cerveja sabem que, depois de algum tempo de consumo, é inevitável o desejo
de micção. Esse fenômeno é decorrente da diminuição da secreção de ADH (hormônio antidiurético),
levando a um aumento do volume de urina. Os usuários de cerveja também sabem que, se tomada em
excesso, o álcool nela presente causa distúrbios comportamentais que só se extinguem,
paulatinamente, com a degradação metabólica do álcool. Com base nessas informações e nos
conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que indica, correta e respectivamente, o efeito do
ADH nos túbulos renais e o local de degradação metabólica do álcool.
a) Aumento de secreção de água para o filtrado glomerular; peroxissomos de células tubulares do
rim.
b) Diminuição da reabsorção de água do filtrado; retículo liso de células tubulares renais.
c) Aumento da reabsorção de sódio do filtrado glomerular; retículo granular de macrófagos
hepáticos.
d) Aumento da reabsorção de água do filtrado glomerular; retículo liso de células hepáticas.
e) Diminuição da reabsorção de sódio do filtrado glomerular; lisossomos de células das glândulas
sudoríparas.
9. Em algumas doenças humanas, o funcionamento dos rins fica comprometido. São consequências
diretas do mau funcionamento dos rins:
a) acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos no sangue e elevação da pressão arterial.
b) redução do nível de insulina e acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos no sangue.
c) não produção de bile e enzimas hidrolíticas importantes na digestão das gorduras.
d) redução do nível de hormônio antidiurético e elevação do nível de glicose no sangue.
e) redução do nível de aldosterona, que regula a pressão osmótica do sangue.
10. Animais aquáticos e terrestres de diferentes classes possuem adaptações morfofisiológicas para
excreção de compostos tóxicos do organismo de forma a manter a homeostase. Sobre este assunto, é
correto afirmar que:
a) mamíferos, como os golfinhos, assim como outros mamíferos terrestres, eliminam compostos
nitrogenados principalmente na forma de ureia.
b) peixes, como os tubarões, eliminam principalmente amônia na água derivada do metabolismo de
aminoácidos.
c) répteis, como o camaleão, eliminam principalmente ureia, esta gerada a partir da amônia, através
da urina.
d) anfíbios, como as tartarugas marinhas, eliminam principalmente ácido úrico, menos tóxico que a
amônia.
e) insetos eliminam amônia e ureia especialmente quando trocam o exoesqueleto durante o
crescimento.
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GABARITO
Exercícios
1. a
A circulação de aves e mamíferos é fechada, dupla e completa, enquanto em répteis é fechada, dupla e
incompleta, já que há mistura de sangue venoso e arterial.
2. b
O coração dos anfíbios não apresenta divisão ventricular, sendo um ventrículo único, no qual há mistura
de sangue venoso e arterial.
3. d
Peixes têm circulação simples, com o sangue passando apenas uma vez pelo coração para realizar suas
funções. Répteis possuem circulação dupla, com o sangue passando duas vezes pelo coração para
realizar suas funções.
4. a
A circulação dos anfíbios não é completa, e eles possuem três cavidades.
5. d
Apenas o esquema IV demonstra uma circulação dupla e completa.
6. b
Água e glicose são recursos muito úteis e importantes ao corpo, e não podem ser desperdiçados na
excreção, sendo então reabsorvidos.
7. b
Através da eliminação de catabólitos no néfron, substâncias utilizadas pela pessoa, como entorpecentes,
podem ser detectados na urina, já que após metabolizados, os resíduos destas substâncias será eliminado
por meio da urina.
8. d
O ADH é responsável por aumentar a reabsorção de água no néfron, sendo então fundamental para a
manutenção da hidratação corporal. O álcool, por sua vez, é metabolizado pelo Retículo Endoplasmático
Liso dos hepatócitos.
9. a
Ocorre o acúmulo de excretas nitrogenadas e outros tipos de soluto no sangue, como sais minerais,
ocasionando assim em um aumento n a pressão arterial.
10. a
Todos os mamíferos, incluindo mamíferos aquáticos, como baleias, golfinhos e peixes-boi, excretam
ureia como principal excreta nitrogenada.
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Bio.
Professor: Rubens Oda
Monitor: Sarah Schollmeier
B
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RESUMO
Criptógamas: briófitas e pteridófitas As briófitas e pteridófitas fazem parte das plantas criptógamas. Esse nome é dado por não terem seus órgãos
sexuais aparentes. Briófitas
Disponível em: <http://www.mundovestibular.com.br/content_images/1/Biologia/01/briofitas01.jpg>.
Conhecidas como , são pequenas plantas de ambiente úmido, totalmente
dependentes da água inclusive para a sua reprodução (deslocamento do anterozóide flagelado até a oosfera). As briófitas não possuem vasos de condução, assim, são transportados célula a célula, limitando o seu
tamanho. As briófitas não possuem órgãos verdadeiros. Fixam-se ao solo por meio de rizóides, que absorvem a água e
os sais minerais. Além disso, possuem uma haste denominada caulóide que sustenta o vegetal, sem vasos
condutores. Por fim, suas "folhas" denominam-se filoides
Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/upload/e/image/musgo.jpg>.
Reino Plantae e Fisiologia vegetal 05
out
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Reprodução
A reprodução se divide em uma fase assexuada e outra sexuada, conhecido como ciclo haplodiplobionte
com metagênese, sendo que a fase predominante é a gametofítica. Os gametas masculinos são conhecidos como Anterozóides, enquanto que o feminino é chamado de
oosfera. Segue abaixo o ciclo das briófitas.
Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos4/reprodumusgos2.jpg>.
Pteridófitas São os primeiros vegetais a apresentarem vasos de condução. Portanto, conseguem atingir um tamanho
maior e já possuem órgãos verdadeiros - raiz, caule e folhas. No entanto, ainda dependem de água para a
reprodução. Os maiores exemplos desse grupo são as samambaias e as avencas. Apresentando também o ciclo haplodiplobionte com metagênese, a fase predominante nas pteridófitas é a
esporofítica, sendo o esporófito a forma clássica das samambaias.
Disponível em: <http://escolaeducacao.com.br/wp-content/uploads/2015/08/ciclo-de-vida-das-pteridofitas.jpg>.
B
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Na época da produção de esporos, são observados pontos escuros abaixo das folhas das pteridófitas, os
quais são denominados soros. Após o amadurecimento dos esporos, se soltam e caem em solo úmido. A partir deles, formam os prótalos,
produtores de gametas (anterozóides e as oosferas). Essa é a fase gametofítica. A água é fundamental para o
alcance da oosfera pelos anterozóides. Essa fusão originará um novo esporófito.
Fanerógamas As Fanerógamas são plantas que possuem o seu órgão reprodutivo aparente e também já possuem sementes
(espermatófitas). São divididas em Gimnospermas e Angiospermas.
Gimnospermas
São plantas que possuem as sementas nuas, ou seja, já possuem sementes, mas não possuem os frutos. São
representadas pelos pinheiros, sequóias. Dentre as características das Gimnospermas, podemos destacar:
• São vasculares
• Possuem raiz, caula, folhe e semente
• Já não dependem da água para reprodução
• Possuem folhas perenefólias (permanecem durante todo o ano) e aciculifoliada (forma de agulha que
evita a perda de água)
Em relação ao ciclo reprodutivo, sendo a fase predominante o esporófito, o grão-de-pólen será carreado
pelo vento garantindo a polinização. Por isto, as Gimnospermas não dependem da água para a reprodução.
Angiospermas
É o grupo vegetal de maior diversidade no planeta. Este sucesso se deve principalmente com a relação dos
animais, principalmente com os insetos. Elas possuem a flor como uma estrutura diferenciada para permitir
a reprodução sexuada. Além disso, elas possuem o fruto como estrutura de proteção das sementes.
B
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Em relação a reprodução, a antera possui os sacos polínicos que vão produzir o grão-de-pólen. Esse grão de
pólen (n) é transportado pelos animais até o ovário de outra flor. O grão-de-pólen ao encontrar o ovário
desenvolverá o tubo polínico para a fecundação na oosfera (n), formando zigoto diplóide (2n). Os núcleos
polares também são fecundados formando o endosperma secundário triplóide (3n), que servirá para a
nutrição e desenvolvimento do embrião. Após isso há o desenvolvimento do ovário formando o fruto que
protegerá a semente.
Diferenças entre Monocotiledôneas e Dicotiledôneas
A principal diferença entre o grupo das Angiospermas está na quantidade de cotilédones, que é uma folha
modificada da semente que armazena substâncias. Além disso, elas possuem algumas carcaterísticas que os
diferenciam.
B
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Histologia vegetal: meristemas e revestimento Os tecidos vegetais são agrupamentos de células vegetais similares, e formam as folhas, caules, raízes e outras
partes do vegetal. Um mesmo tecido vegetal pode realizar mais de uma função.
• Tecidos Meristemáticos
Os tecidos meristemáticos possuem células indiferenciadas, ou seja, todas podem dar origem a outros
tipos de células. Também são chamadas de células precursoras, ou células totipotentes. É um tecido de
crescimento. Os meristemas darão origem a todos os tecidos e órgãos vegetais no embrião. O
meristema apical dará origem ao caule e à raiz.
Os meristemas podem ser divididos em meristemas primários e meristemas secundários.
• Meristemas primários:
Os meristemas primários estão localizados no ápice do caule e da raiz, e podem formar a protoderme,
que originará a epiderme; o meristema fundamental, que originará diversos tecidos de preenchimento e
sustentação; e o procâmbio, que originará os tecidos condutores de seiva. O crescimento a partir da
formação destes tecidos é chamado de crescimento primário, e ele cresce em um sentido longitudinal.
B
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• Meristemas secundários
Também chamados de meristemas laterais, são responsáveis por promover o crescimento em diâmetro
do caule e da raiz. São eles o felogênio, que originará tecidos da parte externa do caule, e o câmbio
vascular (que pode ser fascicular ou interfascicular), que faz o crescimento secundário nos tecidos
condutores de seiva.
• Tecidos Adultos
Os tecidos adultos formam sistemas com diferentes formas celulares e funções, e são chamados de
tecidos permanentes. Um destes tecidos é o de Revestimento.
Os tecidos de proteção e revestimento se localizam externamente na planta. Esse tecido pode ser a epiderme
ou a periderme. A epiderme possui células vivas achatadas e justapostas, podendo existir estômatos e outras
estruturas, e são frequentemente impermeabilizadas pela cutícula (cobertura de cera). Já a periderme reveste
órgãos que estão em crescimento secundário, podendo formar a casca das árvores. Neste tecido, o súber
funciona como impermeabilizante, e é formado por células mortas.
Histologia vegetal: sustentação, transporte e parênquima
Tecidos de preenchimento
Os tecidos de preenchimento também são chamados de tecidos parenquimáticos. São divididos em:
• ubstâncias e são divididos em:
1.
2.
3.
4.
B
io.
•
em:
1. muitas células e pouco espaço intercelular. É onde há maior taxa
fotossintética
2.
Tecidos de Transporte
Os principais tecidos de transporte são o xilema e floema. O xilema vai transportar água e sais do solo até as
folhas (seiva bruta) e o floema transporta os materiais orgânicos produzidos pela fotossíntese (seiva
elaborada)
Anel de Malpighi Foi um experimento realizado no século XVII por Marcello Malpighi, onde ele inicialmente retirou um anel da
casca de uma árvore adulta. Após a retirada, ele percebeu que, com o tempo, a região acima do corte ficou
um pouco mais entumecida em virtude do acúmulo de substâncias ricas em nutrientes levadas pelo floema
que não conseguiram ultrapassar o local do corte.
B
io.
Ao retirar a casca, Malpighi acabou retirando o floema e impedindo a condução da matéria orgânica
produzida pelos órgãos fotossintetizantes localizados acima do anel.
Assim, sem a chegada de nutrientes para as raízes e posterior morte do órgão, não foram mais transportadas
substâncias como água e sais minerais, causando a morte da planta.
Teoria da Tensão-Coesão-Adesão (Dixon) É a teoria que mostra como a seiva bruta possui um transporte ascendente até a folha. Ela consiste na tensão
provocada pelos estômatos que vão permitir através da transpiração que a água que sai dos estômatos faça
um papel semelhante a puxar o líquido de um canudo. A coesão ocorre graças as pontes de hidrogênio
presentes na água que faz com que as moléculas de água permaneçam unidas. Já a adesão é garantida pela
capilaridade, ou seja, a adesão da molécula de água aos vasos presentes no xilema.
Fitormônios Assim como os animais, as plantas também apresentam substâncias responsáveis por seu desenvolvimento e
crescimento. Essas substâncias, os hormônios, atuam em pequenas quantidades modificando o
funcionamento de células específicas. Esses hormônios vegetais também podem ser chamados de
fitormônios.
B
io.
Atualmente, os hormônios vegetais são classificados em 5 grupos:
•
ovários das flores. Ajuda no estiolamento (crescimento vertical das plantas)
•
com a auxina o desenvolvimento do ovário em frutos. É muito utilizado pelos agricultores para
produção de frutos partenocárpicos (frutos sem sementes)
•
crescimento
•
água), inibe a germinação de sementes
•
relacionado a abscisão foliar (queda das folhas)
Fitocromos
São pigmentos que estão relacionados ao relógio biológico das plantas, controlando a floração das plantas
e o estiolamento. Eles também promovem a germinação de sementes. São divididos em Fotocromo R e F.
Ao longo do dia o Fitocromo R é convertido em Fitocromo F. Durante a noite o Fitocromo F é convertido em
Fitocromo R. Assim, podemos classificar as plantas em relação a sua floração em plantas de dia longo e dia
curto, ou seja, quanto tiver mais Fitocromo R ou F na planta.
Fototropismo e Geotropismo Esses dois fatores vão estar relacionados a auxina. baixas concentrações de auxina estimulam o crescimento
da raiz e altas concentrações estimulam o crescimento do caule e inibe o crescimento da raiz.
As auxinas sempre tenderão a ser produzidas onde não existe luz, portanto em um experimento onde a raiz
e o caule são expostos a luz, o caule tenderá a sempre estar em busca da luz (fototropismo positivo),
enquanto que a raiz tenderá sempre a se afastar da luz (fototropismo negativo).
B
io.
Em relação a gravidade, a auxina tenderá a se depositar no lado inferior da planta, causando um geotropismo
negativo no caule, pois ele irá contra a ação da gravidade. Já em relação a raiz apresentará um geotropismo
negativo tendo em vista que irá a favor da ação da gravidade.
EXERCÍCIOS
1. São vegetais que apresentam estruturas chamadas rizoides, as quais, servindo à fixação, também se
relacionam à condução de água e dos sais mineiras para o corpo da planta. Apresentam sempre
pequeno porte, em decorrência da falta de um sistema vascular. Nenhum dos seus representantes é
encontrado no meio marinho.
O texto acima se aplica a um estudo:
a) das pteridpófitas.
b) dos mixofitos.
c) das briófitas.
d) das clorofitas.
e) das gimnospermas.
2. Analisando os processos sexuados e ciclos de vida das plantas, considere as informações seguintes.
I. Fase gametofítica muito desenvolvida.
II. Fase esporofítica independente da planta haplóide.
III. Fase gametofítica muito reduzida.
IV. Fase esporofítica cresce sobre a planta haplóide.
V. Sementes não abrigadas.
Pode-se afirmar corretamente que
a) I e II ocorrem nas briófitas e pteridófitas.
b) III e V ocorrem nas angiospermas, mas não nas pteridófitas.
c) IV ocorre apenas nas briófitas.
d) I e V ocorrem nas gimnospermas.
e) II ocorre nas briófitas, mas não nas angiospermas
B
io.
3. Nas plantas superiores (gimnospermas e angiospermas), a fase gametofítica é bastante reduzida e
desenvolve-se no interior do próprio esporângio. Os gametófitos masculino e feminino, nessas plantas,
correspondem, respectivamente, ao:
a) Grão-de-pólen e óvulo.
b) Célula do tubo polínico e endosperma.
c) Tubo polínico e saco embrionário.
d) Microsporócito e megasporócito.
e) Célula espermática e oosfera.
4. Dicotiledôneas e monocotiledôneas são duas classes de angiospermas. O que caracteriza as
monocotiledôneas é: a) Raiz fasciculada, folhas paralelinérveas, flores geralmente trímeras, fruto com um cotilédone. b) Raiz fasciculada, folhas paralelinérveas, flores geralmente pentâmeras, sementes com dois
cotilédones. c) Raiz fasciculada, folhas peninérveas, flores geralmente tetrâmeras, fruto com um cotilédone. d) Raiz axial, folhas peninérveas, flores somente pentâmeras, fruto com um cotilédone. e) Raiz axial, folhas peninérveas, flores tetrâmeras e pentâmeras, sementes com dois cotilédones.
5. Sabemos que os meristemas podem ser classificados em primários e secundários. Como exemplo
desse último tipo, podemos citar o(a): a) meristema apical da raiz e do caule. b) meristema apical da raiz e o procâmbio. c) felogênio e câmbio vascular. d) periderme e procâmbio. e) câmbio vascular e protoderme.
6. As rolhas são usadas há mais de 3.000 anos para tapar ânforas utilizadas para transportar vinhos e outros
líquidos. Para a produção de rolhas naturais, a parte da planta que é utilizada corresponde ao: a) córtex. b) súber. c) lenho. d) líber.
7. Com relação às células e tecidos das plantas vasculares, são feitas as seguintes afirmações, numeradas
de I a VI. I. Na periderme das plantas vasculares podem ser encontrados estômatos e tricomas. II. O xilema é responsável pelo transporte de alimentos dissolvidos. III. O floema encontra-se relacionado à condução de água e solutos, sendo responsável pelo
movimento ascendente. IV. Os nectários florais e extra-florais são exemplos de estruturas secretoras. V. As células do esclerênquima apresentam paredes celulares espessas e, geralmente, lignificadas. VI. O conjunto xilema-floema forma um sistema vascular contínuo que percorre a planta inteira.
Assinale o correto. a) Apenas as afirmações I, IV, V e VI são verdadeiras. b) Apenas as afirmações III, IV e V são verdadeiras. c) Apenas as afirmações II, III e VI são verdadeiras. d) Apenas as afirmações IV, V e VI são verdadeiras.
8. Em relação aos tecidos vegetais podemos afirmar, corretamente. a) O colênquima e o esclerênquima são clorofilados e formados por longas células vivas na
maturidade. b) O colênquima é um tecido, composto por células de paredes finas e flexíveis, que permite o
crescimento das plantas. c) O esclerênquima é formado por longas células lignificadas que se organizam em fibras
responsáveis pela sustentação e proteção das plantas. d) O parênquima aquífero é principalmente encontrado em plantas aquáticas.
B
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9. A produção de hormônios vegetais (como a auxina, ligada ao crescimento vegetal) e sua distribuição
pelo organismo são fortemente influenciadas por fatores ambientais. Diversos são os estudos que
buscam compreender melhor essas influências. O experimento seguinte integra um desses estudos.
O fato de a planta do experimento crescer na direção horizontal, e não na vertical, pode ser explicado
pelo argumento de que o giro faz com que a auxina se a) distribua uniformemente nas faces do caule, estimulando o crescimento de todas elas de forma
igual. b) acumule na face inferior do caule e, por isso, determine um crescimento maior dessa parte. c) concentre na extremidade do caule e, por isso, iniba o crescimento nessa parte. d) distribua uniformemente nas faces do caule e, por isso, iniba o crescimento de todas elas. e) concentre na face inferior do caule e, por isso, iniba a atividade das gemas laterais.
10. Atualmente, são conhecidas cinco categorias de hormônios vegetais que atuam sobre o
desenvolvimento das plantas. Sabendo-se que esses hormônios têm formas de atuação e funções
distintas, identifique, entre as alternativas abaixo, aquela que está correta. a) As giberelinas são produzidas no meristema apical do caule e inibem as gemas laterais, impedindo
o surgimento de ramos na planta. b) As auxinas são produzidas principalmente nas raízes e estimulam o crescimento de caules e folhas. c) Etileno é uma substância líquida, produzida pelas folhas, e desempenha um importante papel no
crescimento das raízes. d) O ácido abscísico atua no crescimento das diferentes partes da planta, bem como exerce um
importante papel como estimulador na germinação das sementes. e) As citocininas, produzidas nas raízes e transportadas pelo xilema para as demais partes da planta,
estimulam a divisão celular.
QUESTÃO CONTEXTO
Diminuição de abelhas e outros polinizadores ameaça agricultura A Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas (IPBES, em inglês)
chegou a esta inquietante conclusão em seu primeiro relatório, divulgado na segunda-feira em Kuala
Lumpur, na Malásia, e em um documento para frear uma espiral prejudicial para a alimentação das
populações. "Um número crescente de polinizadores está ameaçado de extinção, em nível mundial, devido a vários
fatores, muitos deles causados pelo homem, o que coloca em risco os meios de existência de milhares
de pessoas e centenas de bilhões de dólares de produção agrícola", estima este grupo de especialistas
em um comunicado. Segundo o IPBES, de 5% a 8% da produção agrícola mundial, ou seja, entre 235 e 577 bilhões de
dólares, são diretamente dependentes da ação dos polinizadores nas colheitas (cereais, frutas, etc). "Sem os polinizadores, muitos de nós não poderíamos consumir café, chocolate ou maçãs, entre outros
alimentos de nossa vida diária", comentou Simon Potts, vice-presidente do IPBES e professor da
Universidade de Reading (Reino Unido). Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2016/02/diminuicao-de-abelhas-e-outros-polinizadores-ameaca-
agricultura.html>.
O texto mostra a polinização de abelhas como imprescindível para a agricultura mundial. Além dos
insetos, cite outros tipos de polinizadores que poderiam realizar esta função?
B
io.
GABARITO
1. c Briófitas são plantas avasculares e sem órgaõs verdadeiros, apresentando rizoides, ao invés de raízes, por
exemplo. 2. c
Apenas nas briófitas a fase diploide (esporófito) cresce sobre a fase haploide (gametófito). 3. c
o tubo polínico e saco embrionário são os gametófitos das plantas superiores ou fanerógamas. 4. a
Raiz fasciculada, folhas paralelinérveas, flores geralmente trímeras, fruto com um cotilédone, são
características das monocotiledôneas. Além disso, os feixes vasculares são dispostos irregularmente,
diferentemente das dicotiledôneas.
5. c
O felogênio e o câmbio vascular são exemplos de meristemas secundários. O felogênio é responsável
por originar a periderme, enquanto o câmbio origina os tecidos vasculares secundários.
6. b
Rolhas naturais são feitas de súber, ou cortiça, um tecido vegetal de revestimento.
7. d
a afirmativa 1 está errada, pois na periderme são encontrados tecidos relacionados ao crescimento
secundário e é encontrado o felogênio, o feloderma e o súber. A afirmativa 2 está errada, pois o xilema
transporta água e sais da raiz até as folhas. A afirmativa 3 está errada, pois no floema é encontrado
produtos elaborados da fotossínetese e possui um movimento descendente. 8. c
O colênquima é um tecido flexível, localizado mais externamente no corpo do vegetal e encontrado em
estruturas jovens como pecíolo de folhas, extremidade do caule, raízes, frutos e flores.
9. a
Deixando a planta em posição horizontal adaptada a um disco giratório, a auxina se distribuirá
uniformemente pelo caule e pela raiz. Dessa forma, não haverá curvatura. 10. e
As citocininas são sintetizadas no ápice radicular, transportadas via xilema e atuam na divisão celular, no
desenvolvimento das gemas laterais e no atraso da senescência.
Questão Contexto
Em algumas plantas a polinização se dá através de morcegos (Quiropterofilia) e pelas aves como o beija-
flor (Ornitofilia).
F
il.
Fil.
Professor: Larissa Rocha
Monitor: Debora Andrade
F
il.
Schopenhauer e Nietzsche 05
out
RESUMO
Arthur Schopenhauer
Arthur Schopenhauer (1788 -
Freud, Jung, e artistas como Jorge Luis Borges, Rilke, entre outros. Schopenhauer se apropria de elementos
do budismo e de alguns aspectos da filosofia kantiana para construir uma ética da compaixão. Segundo ele,
a filosofia tradicional errou em não dar à compaixão o valor que era devido. Um dos aspectos que o filósofo alemão vai recuperar da filosofia kantiana é a ideia de que nós não podemos
conhecer as coisas em si mesmas, ou seja, não podemos conhecê-las exatamente como são, restando-nos
conhecê-las a partir de representações. Portanto, o que conhecemos são os fenômenos - as coisas tais como
aparecem para nós - mas não a realidade em si mesma. Já o conceito de vontade diz respeito a uma vontade
cega e irracional que move todos os seres vivos. Assim, todos os seres, em última análise, lutam pela sua
própria vida a partir de uma vontade que é egoísta e voltada para a subsistência. Com base nessas ideias de vontade e representação, Schopenhauer vai criticar confiança exagerada na razão
- presente, por exemplo, em filósofos como Descartes e Kant - pois o homem, segundo ele, não possui o
controle racional sobre as coisas e nem sobre si próprio, pois há um desejo cego e incontrolável que os
afeta. Assim, é uma ilusão suposto controle racional defendido pela metafísica tradicional, o que nos leva
para um visão pessimista sobre a realidade. O mundo é marcado, seguindo esse ponto de vista, pela dor e pelo sofrimento, pois o homem nunca pode
satisfazer completamente o seu desejo. A ética da compaixão e da caridade oferece um contraponto ao
egoísmo. Enquanto o egoísmo parte da ideia de que somos o centro do mundo e, nessa mesma medida,
acaba por separar os homens, o exercício da compaixão pode, inversamente, unir os homens naquilo que
eles têm em comum. Assim, percebemos que todas as coisas estão unidas quando estabelecemos uma
relação de compaixão com elas.
Friedrich Wilhelm Nietzsche
Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 - 1900) foi um grande filósofo alemão, tendo escrito textos sobre a religião,
a moral, a cultura contemporânea, filosofia e ciência. Todo o pensamento nietzschiano se fundamenta num
resgate das forças vitais e instintivas do homem, que foram submetidas à razão ao longo da tradição filosófica
que remonta, em última instância, à figura de Sócrates. Nietzsche reconhece a importância da leitura da
filosofia de Schopenhauer para a formulação do seu pensamento, sobretudo no que se refere à crítica à
metafísica tradicional e à importância que a arte assume para ambos. Sócrates será criticado por Nietzsche
justamente por ter sido, segundo ele, o primeiro a submeter as paixões humanas ao controle racional.
ser humano que será muito criticada pelo filósofo alemão.
O ser humano, na medida em que é guiado pela moral tradicional, se enfraquece, vai perdendo sua
-se culpado e doente. Contra a moral tradicional, Nietzsche propõe a transvaloração de
todos os valores, ou seja, seria preciso questionar qual é o valor dos próprios valores que guiam as nossas
condutas.
deveriam ser avaliados, pois sua legitimidade não pode estar instituída a partir de um mundo superior. Esses
valores devem s
a nossa vitalidade ou se, inversamente, esses valores servem para nos enfraquecer, para nos fazer perder a
vitalidade. É a partir desse ponto de vista que os valores, segundo Nietzsche, devem ser avaliados.
A característica que todos os seres vivos possuem é, segundo Nietzsche, a vontade de potência ou vontade
de poder. Poder aqui é entendido como força, poder ou capacidade. Nesse sentido, quanto mais podemos
realizar as nossas potências tanto melhor, pois, assim teremos uma maior vitalidade, uma maior força. Já
quando não realizamos as nossas potências, nos enfraquecemos, perdemos a vitalidade. Assim, é bom tudo
aquilo que aumenta a nossa potência, enquanto é mau tudo aquilo que diminui a nossa potência.
F
il.
EXERCÍCIOS
1. psicologia do erro
pretendeu a)
b)
c) denunciar o erro que tanto a moral quanto a religião cometem ao co
d)
verdade elas precisam ser avalizadas por uma ciência institucion
2. O que motivou a crítica de Nietzsche à cultura ocidental a partir de Sócrates foi a) a atitude niilista de Sócrates de recusar a vida e optar por ingerir a letal dose de cicuta.
b) a busca e aferição da verdade por meio de um método que Sócrates denominou de maiêutica.
c) o fato de Sócrates ter negado a intuição criadora da filosofia anterior, pré-socrática.
d) a total falta de vinculação da filosofia socrática aos preceitos básicos de uma lógica possível, o
que o tornava obscuro.
3. Com relação aos quatro grandes erros para Nietzsche, é CORRETO afirmar que eles representam a) a força moral instintiva, portanto, natural, da qual se investe toda a cultura e que promove toda a
efervescência positiva e ideal no espírito humano.
b) erros que corrompem a razão, a ponto de incutirem nos homens o espírito servil imerso numa
realidade distorcida e opressora que não permite a esses homens a emancipação de seus atos.
c) a demasiada humanidade revestida de substancial fortaleza embutida no espírito por meio da
vontade como instinto e valorização de toda a cultura.
d) a necessidade humana demasiada humana de buscar a superação de todas as anomalias morais e
fixar-se num lugar onde a felicidade seja possível e comungue com a própria virtude do bom e do
bem.
4. Nietzsche identificou os deuses gregos Apolo e Dionísio, respectivamente, como
a) complexidade e ingenuidade: extremos de um mesmo segmento moral, no qual se inserem as
paixões humanas.
b) movimento e niilismo: polos de tensão na existência humana.
c) alteridade e virtu: expressões dinâmicas de intervenção e subversão de toda moral humana.
d) razão e desordem: dimensões complementares da realidade.
5. Friedrich Nietzsche (1844-1900) não poupou críticas à filosofia socrático-platônica, à religião judaico-
cristã e a diversas outras formas de pensamento ético. Para ele, a característica comum desses sistemas
é negar a vida, ao criar um mundo idealizado, superior ao mundo terreno que lhe deveria servir de
modelo. Portanto, Nietzsche propõe uma transvaloração de todos os valores, cujo objetivo é o
equilíbrio das forças instintivas e vitais do mundo. Conforme Chauí,
A força vital se manifesta como saúde do corpo e da alma, como força da imaginação criadora. Por
isso, os fortes desconhecem a angústia, medo, remorso, humildade, inveja. A moral dos fracos, porém,
é atitude preconceituosa e covarde dos que temem a saúde e a vida, invejam os fortes e procuram,
pela mortificação do corpo e pelo sacrifício do espírito, vingar-se da força vital. CHAUÍ, M. Filosofia. São Paulo: Ática, 2007, p. 178.
Com base nos textos anteriores e nos seus conhecimentos sobre o pensamento de Nietzsche,
responda.
a) Qual é a relação entre o dionisíaco e o apolíneo que marcou a cultura helênica até o aparecimento
da filosofia socrático-platônica?
b) Defina o que é a moral do senhor e destaque algum exemplo dessa moral no texto.
c) Defina o que é moral do escravo e destaque algum exemplo dessa moral no texto.
F
il.
6. -
reação ao que para ele era a crise cultural da época. Na década de 1930, foi criado nos Estados Unidos
o Super-Homem, um dos mais conhecidos personagens das histórias em quadrinhos. A diferença entre
- -homem a) agiria de modo coerente com os valores pacifistas, repudiando o uso da força física e da
violência na consecução de seus objetivos.
b) expressaria os princípios morais do protestantismo, em contraposição ao materialismo presente
no herói dos quadrinhos.
c) abdicar-se-
típicas do cristianismo.
d) representaria os valores políticos e morais alemães, e não o individualismo pequeno burguês
norte-americano.
7. a) argumento construído com a clara intenção de fomentar o debate e a defesa privilegiada dos
valores e da moral cristã.
b) instrumento metafórico de destruição de todos os ídolos, de todas as crenças estabelecidas, de
todas as convenções e valores transcendentais fundamentados na moral e na religião cristã, bem
como na filosofia metafísica socrático-platônica.
c) uma normalização para todo e qualquer embate moral e sistemático no âmbito das relações do
Homem com o mundo no qual ele está inserido.
d) uma afirmação da derrogação do universo racional e religioso no qual estava mergulhada a
natureza humana do século XVIII.
8. Assinale a alternativa que CORRETAMENTE a) e sabe bem vestida se resfria
alguma vez? Presumo até que possa dar-
b) -verdade acabou abolido, que mundo nos ficou? O mundo das aparências? Mas não;
com o mundo-
c) -lhes um sentido: o
que faz acreditar que já existe uma vontade nelas (princípio
d) nstitui uma falta
9. Friedrich Nietzsche (1844 1900) opõe à moral tradicional, herdeira do pensamento socrático-
platônico e da religião judaica-cristã, a transvaloração de todos os valores. Conforme Aranha e Arruda
(2000):
, opõe a moral do escravo à moral
do senhor, a nova moral. ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2000, p. 286.
zsche.
a) É caracterizada pelo ódio aos instintos; negação da alegria. b) É negativa, baseada na negação dos instintos vitais. c) É transcendental; seus valores estão no além-mundo. d) É positiva, baseada no sim à vida.
10. Leia atentamente o texto a seguir.
que em um profundo lamaçal: então, no sentimento de total abjeção, fazia brilhar de repente o
esplendor de uma piedade divina, de tal modo que o surpreendido, atendido pela graça, lançava um
NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano. Col. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 59.
Com base no texto de Nietzsche, responda as seguintes questões: a) b) Selecione uma frase do texto que apresenta a característica fundamental do cristianismo para
Nietzsche. c) Com base na frase selecionada, explique se, para Nietzsche, o cristianismo é uma doutrina que
nega ou que valoriza a força, a saúde e a vida.
F
il.
11. Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha-se à esmola que
mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A resignação, ao contrário,
assemelha-se à fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações. SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
O trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filosófica ocidental, segundo a qual a
felicidade se mostra indissociavelmente ligada à
a) a consagração de relacionamentos afetivos.
b) administração da independência interior.
c) fugacidade do conhecimento empírico.
d) liberdade de expressão religiosa.
e) busca de prazeres efêmeros.
12. Crepúsculo dos ídolos. Tais
golpes são dirigidos, em particular, ao(s)
a) conceitos filosóficos e valores morais, pois eles são os instrumentos eficientes para a
compreensão e o norteamento da humanidade.
b) existencialismo, ao anticristo, ao realismo ante a sexualidade, ao materialismo, à abordagem
psicológica de artistas e pensadores, bem como ao antigermanismo.
c) compositores do século XIX, como, por exemplo, Wolfgang Amadeus Mozart, compositor de uma
ó
d) conceitos de razão e moralidade preponderantes nas doutrinas filosóficas dos vários pensadores
que o antecederam e seus compatriotas e/ou contemporâneos Kant, Hegel e Schopenhauer.
13. Aristóteles, por exemplo, falava da tragédia como catarse, pela qual a arte nos capacita a lidar com
emoções universais por nos confrontar com elas e, em certo sentido, nos fazer purgá-las, ao assistirmos
a um drama. Hsun Tzu achava que, de certa forma, a música reflete a harmonia da ordem divina, de
modo que sabermos apreciar a música de maneira adequada nos leva a um certo insight [iluminação]
da realidade última. Schopenhauer acreditava que a arte é um insight do aspecto fundamental da
realidade: a vontade, isto é, o poder por trás de toda atividade do universo.
Considere as seguintes afirmações:
I. Para Aristóteles, a arte tem uma função preponderantemente expressiva.
II. Para Hsun Tzu, a música tem uma função preponderantemente expressiva.
III. Para Schopenhauer, a arte tem uma função preponderantemente expressiva.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.
F
il.
GABARITO
Exercícios
1. c
Na frase de Nietzsche que observamos nessa questão, o filósofo alemão se refere a sua famosa crítica em
relação à moral e a religião. Ambas erram na medida em que se fundamentam a partir de valores
universais, a partir de uma verdade única e absoluta. A única alternativa que é coerente com essa ideia
nietzschiana é a representada pela letra (c).
2. c
A crítica de Nietzsche à cultura ocidental a partir da figura de Sócrates ocorre porque Sócrates teria
justamente abandonado, segundo Nietzsche, a atitude criadora do período pré-socrático em prol de uma
filosofia abstrata e com pretensão universalista. Nesse sentido, a única alternativa correta é aquela
representada pela letra (c).
3. b
A alternativa [B] é a única que está de acordo com o pensamento de Friedrich Nietzsche. Os erros
corrompem a razão, na medida em que incutem no homem um espírito de servidão, em uma realidade
distorcida. Vale ressaltar que todas as outras alternativas, apesar de apresentarem termos utilizados por
Nietzsche, o fazem de maneira equivocada, estando todas incorretas.
4. d
Primeiramente, o apolíneo e o dionisíaco representam na filosofia nietzschiana conceitos estéticos, não
conceitos ontológicos, isto é, são conceitos referentes à experiência sensível, mas não ao ser ou ao real,
por conseguinte, eles não podem ser classific
Segundamente, o apolíneo representa um estado de excitação do olhar, um estado no qual está o
sentimento de acréscimo e plenitude da visão para exigir a transformação de algo na sua perfeição, para
exigir a transformação de algo em arte. O apolíneo representa o visionário; é a embriaguez do pintor, do
escultor, do poeta épico. Já o dionisíaco representa um estado de excitação e intensificação de todo o
todos os seus meios de expressão e, ao mesmo
tempo, põe para fora a força de representação, imitação, transfiguração, transformação, toda espécie de
5.
a) Para Nietzsche, a cultura helênica foi marcada pelo equilíbrio entre o dionisíaco (força vital e do
instinto) e o apolíneo (racionalidade). O espírito dionisíaco se traduz na imagem da força instintiva e
da saúde. Está na embriaguez criativa e na paixão sensual, símbolo de uma humanidade em harmonia
com a natureza. O saber apolíneo é expresso pelo ímpeto ao perfeito, à clareza e à plenitude racional.
grego dionisíaco tinha necessidade de se tornar apolíneo: isso significa quebrar sua vontade
descomunal, múltipla, assustadora, em uma vontade ordenada pela razão. O contraste desses dois
poderes constituiu a alma dos gregos.
b) A moral do senhor é definida como aquela que é afirmação da potência, que impulsiona para a vida,
para a criatividade. Ela é baseada nos instintos fundamentais: o desejo, a vontade, o prazer em
consonância com a ação e com a autêntica felicidade. Ela implica na valorização de tudo que
intensifica no homem o sentimento de potência. Nietzsche irá buscar na aristocracia grega do
período homérico e trágico um modo de viver e agir
ainda não impregnado pela decadência do moralismo ascético. As características dessa
moral são dest
como força da imaginação criadora. Por isso, os fortes desconhecem angústia, medo, remorso,
c) A moral do escravo é definida como a moral dos ressentidos, sentimento de culpa e negação da
alegria em favor da valorização da humildade, do sofrimento, da bondade, da piedade e do amor ao
próximo. Ela é baseada no ódio e negação da vida, na valorização da morte e de uma vida superior
além da morte. Ela implica no enfraquecimento (adoecimento) do homem, através da inibição de sua
F
il.
vontade e consequente impotência de sua ação criadora em favor da submissão, da obediência, da
abnegação. Os instintos vitais são dominados pelos valores da moral cristã e da razão. A filosofia
socrático-platônica e o cristianismo são os principais propagadores dessa moral. O trecho que a
saúde e a vida, invejam os fortes e procuram, pela mortificação do corpo e pelo sacrifício do espírito,
vingar-
6. c
O super-homem de Nietzsche é justamente aquele indivíduo que não é moldado pelos valores da moral
tradicional. Dessa maneira, o super-homem despreza as noções abstratas e
7. b
moral tradicional e do Cristianismo, assim como aos valores da filosofia socrático-platônica. Essa crítica
se baseia na descrença de Nietzsche em relação a valores abstratos e universais que possam fundamentar
a nossa moral. Nesse sentido, a alternativa correta é a letra (b).
8. b
A crença em um mundo verdadeiro, que seria distinto do mundo das aparências, é a história de um erro
de acordo com o pensamento de Nietzsche. Tal erro nos remete ao pensamento platônico na medida
em que, segundo Platão, haveria um mundo superior verdadeiro, o mundo das ideias, diferente a
separado do mundo das aparências, o mundo sensível. Por conta disso, a única alternativa correta é a
letra (b)
9. d
irma a vida. Já a
moral de escravo é, inversamente, uma moral negativa. Nesse sentido, a alternativa correta é a letra (d).
10.
a) -chave do pensamento nietzschiano, conforme o
b) Há mais de uma frase ou expressão que pode ser retirada do texto para responder a esta pergunta, seguem alguns exemplos:
mergulhou como
por um in -se, nesta frase, que o
c) O cristianismo, para Nietzsche, nega o valor vida. Nesse sentido, nega igualmente tudo o que a ele
se relaciona (saúde, criatividade, força). O objetivo de Nietzsche é revalorizar o equilíbrio entre as
forças instintivas e vitais do homem que foram subjugadas pela filosofia socrático-platônica e pelas
religiões.
11. b
Ao criticar a satisfação de nossos desejos, Schopenhauer retoma uma concepção filosófica de tradição
estoica, segundo a qual a felicidade se dá através do controle das paixões.
12. d
O indivíduo soberano, diz Nietzsche, deve livrar-se da moralidade, das coerções sociais. Um indivíduo
assim se move de acordo com o seu instinto e sua natureza; ele não se submete à consciência que reprime
seus impulsos desiderativos. O soberano se livra da consciência destruindo sua memória e alcança a
liberdade através do esquecimento. Com marteladas, a ética pode ser fundada com o esquecimento do
moralismo.
13. a
Podemos dizer que somente Aristóteles possui uma definição de arte com relação à função expressiva.
Enquanto Hsun Tzu e Schopenhauer concebiam a arte como insight, Aristóteles a enxergava como
catarse, ou seja, como expressão humana (apesar de alguns autores considerarem que a função
pedagógica seja a predominante na concepção aristotélica de arte).
F
ís.
Fís.
Professor: Leonardo Gomes
Monitor: João Carlos
F
ís.
Associação de capacitores 03
out
RESUMO
𝑈𝑡 = 𝑈1 + 𝑈2 + 𝑈3
F
ís.
𝑈 =𝑄
𝐶
𝑄
𝐶𝑒𝑞=
𝑄
𝐶1+
𝑄
𝐶2+
𝑄
𝐶3
1
𝐶𝑒𝑞=
1
𝐶1+
1
𝐶2+
1
𝐶3
𝐶𝑒𝑞 =𝐶1 ∙ 𝐶2
𝐶1 + 𝐶2
𝑄𝑡 = 𝑄1 + 𝑄2 + 𝑄3
𝐶𝑒𝑞𝑈 = 𝐶1𝑈 + 𝐶2𝑈 + 𝐶3𝑈
𝐶𝑒𝑞 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3
F
ís.
EXERCÍCIOS
1. Dois capacitores de capacidades C1 = 12 µF e C2 = 6 µF estão associados em série. Aplicamos aos
extremos da associação de capacitores uma diferença de potencial de 12 V, conforme mostra a figura
abaixo:
2. Três capacitores são associados, conforme a figura. Fornecendo-se à associação a carga 10 µC,
determine:
3. Um cosmonauta russo estava a bordo da estação espacial MIR quando um de seus rádios de
comunicação quebrou. Ele constatou que dois capacitores do rádio de 3 µF e 7 µF ligados em série
estavam queimados. Em função da disponibilidade, foi preciso substituir os capacitores defeituosos
por um único capacitor que cumpria a mesma função.
Qual foi a capacitância, medida em µF, do capacitor utilizado pelo cosmonauta?
a) 0,10
b) 0,50
c) 2,1
d) 10
e) 21
F
ís.
4. Dada a associação da figura, determine a carga armazenada pelo capacitor equivalente. Dado Uab = 10
V.
5. Capacitores são componentes eletrônicos que têm por função básica armazenar cargas elétricas e,
consequentemente energia potencial elétrica. Em circuitos elétricos compostos apenas por
capacitores, eles podem ser associados em série, em paralelo ou de forma mista.
Em relação às características desses tipos de associação, quando associados em série,
a) os capacitores armazenam cargas iguais.
b) os capacitores submetem-se sempre à mesma diferença de potencial.
c) a carga total estabelecida na associação é igual a soma das cargas de cada capacitor.
d) a capacitância equivalente da associação é igual à soma das capacitâncias individuais.
6. O esquema representa uma associação de capacitores submetida à tensão U entre os pontos A e B. Os
números indicam as capacidades dos condensadores associados, medidas em microfarads
7. No circuito A, considere os três resistores com resistências iguais e, no circuito B, considere os três
capacitores com capacitâncias iguais.
F
ís.
8. Um circuito elétrico é constituído por três capacitores, quatro resistores e um gerador ideal, conforme
a figura abaixo. O circuito é submetido a uma tensão elétrica de 220 V. A carga elétrica armazenada
pelo capacitor de 10 µF, em µC, vale:
a) 154
b) 308
c) 462
d) 716
e) 924
9. A região entre as placas de um capacitor plano é preenchida por dois dielétricos de permissividades ε1
e ε2, conforme ilustra a figura a seguir.
Sendo S a área de cada placa, d a distância que as separa e U a ddp entre os pontos A e B, quando o
capacitor está totalmente carregado, o módulo da carga Q de cada placa é igual a
F
ís.
10. Num circuito elétrico dispomos de cinco resistores, dois capacitores, um gerador ideal, um
amperímetro ideal e das chaves K1 e K2. Estes dispositivos estão associados conforme a figura e,
quando as chaves estão ambas abertas, o amperímetro indica a passagem de uma corrente de
intensidade 3 A.
QUESTÃO CONTEXTO
μ
F
ís.
GABARITO
Exercícios
1. b
𝐶𝑒𝑞 =12.6
12 + 6= 4𝜇𝐹
Sabendo que U = 10 V, temos que:
𝑄 = 𝐶𝑒𝑞 . 𝑈
𝑄1 = 𝑄2 = 𝑄 = 4𝜇𝐹. 12𝑉 = 48𝜇𝐶
𝑈 =𝑄
𝐶=
48𝜇𝐶
12𝜇𝐹= 4 𝑉
2. a) 𝑄1 = 𝑄2 = 𝑄3 = 𝑄 = 10𝜇𝐶
b) 𝑈 =𝑄
𝐶𝑒𝑞 → Calculando a Ceq →
2.5
2+7=
10
7→
10(107⁄ )
10+107⁄
=5
4𝜇𝐹
𝑈 =𝑄
𝐶𝑒𝑞
=10. 10−6
54⁄ . 10−6
= 8 𝑉
c) 𝐶 =𝑄
𝑈=
10.10−6
8= 1,25𝜇𝐶
3. c
4.
5. a
F
ís.
6. b
7. c
8. e
9. c
F
ís.
10. c
Ao fecharmos as chaves K1 e K2, os capacitores são carregados e não haverá corrente nos trechos do
circuito onde estão as chaves K1 e K2. O circuito será equivalente ao anterior, com as chaves K1 e K2
abertas. Portanto, a corrente será a mesma.
Questão Contexto
c
F
ís.
Fís.
Professor: Leonardo Gomes
Monitor: João Carlos
F
ís.
Capacitores 03
out
RESUMO
F
ís.
𝑄 = 𝐶 ∙ 𝑈 → 𝐶 =𝑄
𝑈
•
•
•
𝐸𝑃𝑒𝑙
𝐸𝑃𝑒𝑙=
𝑄 ∙ 𝑈
2=
𝐶 ∙ 𝑈²
2
F
ís.
𝐶 =𝜀0 ∙ 𝐴
𝑑
𝜀 𝜀0
•
•
EXERCÍCIOS
1. Um capacitor é constituído por duas placas planas e paralelas, cuja capacitância pode ser modificada
variando a distância entre as placas. Com capacitância de C = 5 ∙ 10−10F, foi carregado o capacitor a
50 V e, a seguir, desligado do gerador. Em seguida, afastam-se as placas até a capacitância cair a
10−10𝐹. Calcule a nova ddp entre as placas.
2. Considere um capacitor composto por duas placas condutoras paralelas que está sujeito a uma
diferença de potencial de 100 V, representado na figura abaixo:
a) O potencial elétrico na placa A é maior que na placa B.
b) Entre as placas há um campo elétrico cujo sentido vai da placa B para a placa A.
c) Se a capacitância deste capacitor for igual a 1,00 µF, a carga elétrica em cada placa terá módulo
igual a 100 µC.
d) Um elétron que estiver localizado entre as placas será acelerado em direção à placa A.
e) Se a distância entre as placas for reduzida à metade, a capacitância do capacitor irá duplicar.
f) Este capacitor pode ser usado como um elemento para armazenar energia.
3. Um capacitor de placas paralelas de área A e distância 3h possui duas placas metálicas idênticas, de
espessura h e área A cada uma. Compare a capacitância C deste capacitor com capacitância C0 que
ele teria sem as duas placas metálicas.
F
ís.
4. As placas de um capacitor plano a vácuo apresentam área A = 0,20 m² e estão situadas a uma distância
d = 2,0 cm. Esse capacitor é carregado sob uma ddp U = 1.000 V. Determine:
𝜀0 = 8,8 ∙ 10−12 𝐹 𝑚⁄
5. Considere dois capacitores, C1 = 2μF e C2 = 3μF, ligados em série e inicialmente descarregados.
Supondo que os terminais livres da associação foram conectados aos pontos de uma bateria, é correto
afirmar que, após cessar a corrente elétrica,
6. Uma das aplicações dos capacitores é no circuito eletrônico de um flash de máquina fotográfica. O
capacitor acumula carga elétrica por um determinado tempo (alguns segundos) e, quando o botão
eu
brilho intenso, porém de curta duração.
Se nesse circuito houver um capacitor de dados nominais 315 V e 100 µF, corresponderá a uma carga,
em coulomb, máxima, acumulada de
a) 3,1500
b) 0,3175
c) 0,3150
d) 0,0315
e) 3,1750
7. Fibrilação ventricular é um processo de contração desordenada do coração que leva à falta de
circulação sanguínea no corpo, chamada parada cardiorrespiratória. O desfibrilador cardíaco é um
equipamento que aplica um pulso de corrente elétrica através do coração para restabelecer o ritmo
cardíaco. O equipamento é basicamente um circuito de carga e descarga de um capacitor (ou banco
de capacitores). Dependendo das características da emergência, o médico controla a energia elétrica
armazenada no capacitor dentro de uma faixa de 5 a 360 J. Suponha que o gráfico dado mostra a curva
de carga de um capacitor de um desfibrilador. O equipamento é ajustado para carregar o capacitor
através de uma diferença de potencial de 4 kV. Qual o nível de energia acumulada no capacitor que o
médico ajustou?
F
ís.
8. É comum vermos em filmes ou séries de TV a utilização de um equipamento elétrico capaz de estimular
os batimentos do coração após uma parada cardíaca. Tal equipamento é o desfibrilador, aparelho
provido de dois eletrodos que aplica um choque no paciente, a fim de provocar a passagem de uma
grande corrente variável pelo coração em um curto intervalo de tempo, estabelecendo assim o ritmo
normal das contrações. A descarga acontece porque o desfibrilador libera a energia elétrica acumulada
em um capacitor.
9. Um capacitor formado por duas placas planas e paralelas está ligado a uma bateria, que apresenta uma
diferença de potencial igual a 100V. A capacitância do capacitor é igual a 1,0.10-4 F e a distância inicial
entre as suas placas é igual a 5 mm. Em seguida, a distância entre as placas do capacitor é
aumentada para 15 mm, mantendo-se a diferença de potencial entre elas igual a 100 V.
a)
b)
c)
d)
10. A era digital acabou por alterar hábitos da comunicação dentro da família. Se por um lado a internet
rompe barreiras da comunicação e permite interação com pessoas de partes distintas do país e do
mundo, por outro ela quebra diálogos rotineiros. Filhos que antes sentavam à mesa com os pais, hoje
- Disponível em: http://www.lagoinha.com/ibl-noticia/familias-do-seculo-xxi-nao-sao-mais-as-mesmas/. Acesso em: 6 out.
2015.
F
ís.
Sabe-se que as teclas de computadores utilizadas para digitar mensagens se comportam como
capacitores de placas planas e paralelas imersas no ar.
Considerando:
- a área média de cada tecla de um computador igual a 1,0 cm²,
- a distância entre uma tecla e a base do seu teclado igual a 1,0 mm,
- a permissividade do ar, ε0, igual a 9,0.10-12 F/m,
- a tensão aplicada em cada tecla igual a 6,0 V, no instante que uma tecla é empurrada para baixo cerca
de 0,4 mm da sua posição de origem,
Determine a carga armazenada na armadura do capacitor
QUESTÃO CONTEXTO
F
ís.
GABARITO
Exercícios
1. Temos uma maneira interessante de resolver essa questão. A primeira coisa que deve vir a mente é a
expressão, no que se segue, dado as variáveis no enunciado da questão:
Q = C.U, onde Q é a carga do capacitor, C sua capacitância e U a diferença de potencial aplicada entre
as placas paralelas do capacitor.
Dito isso, percebe-se que a variável que não varia seu valor é Q, ou seja, ela é constante o tempo todo.
Dessa maneira, podemos relacionar as outras duas variáveis (C e U), de maneira que, chamando a situação
de antes de 1 e a situação de depois de 2, teremos que:
𝐶1. 𝑈1 = 𝐶2. 𝑈2
5. 10−10. 50 = 10−10. 𝑈2 𝑈2 = 250 𝑉
2. a) Correta. VA > 0 e VB < 0, então, VA > VB.
b) Falsa. O sentido do vetor campo elétrico é da placa positiva para a placa negativa.
c) Correta. Q = C.U = 10-6.10² = 10-4F = 100µF
d) Correta. Pela lei de Du Fay, temos que cargas de sinais opostos se atraem e cargas de mesmo sinal se
repelem.
e) Correta. Pela expressão 𝐶 = 𝜀𝐴
𝑑, percebe-se que a distância d entre as placas é inversamente
proporcional à capacitância C do capacitor.
f) Correta. Essa é a principal função de um capacitor.
3. e
4. a) 𝐶 = 𝜀𝐴
𝑑= 8,8. 10−12.
2.10−1
2.10−2 = 8,8. 10−11𝐹
b) 𝑄 = 𝐶𝑈 = 8,8. 10−11. 103 = 8,8. 10−8𝐶
F
ís.
5. c
6. d
7. c
8. a
9. a
10.
F
ís.
Questão Contexto
G
eo
.
Geo.
Professor: Claudio Hansen
Monitor: Bruna Cianni
G
eo
.
Erosão e Intemperismo 01
out
RESUMO
É possível observar que a superfície da Terra é composta por uma diversidade de níveis de altitudes, de
endógenos (internos) e exógenos (externos) que atuam, respectivamente, formando e modelando a
superfície terrestre. As forças exógenas modelam o relevo de forma contínua, alterando o relevo, são elas o
intemperismo e a erosão, agentes geomorfológicos exógenos estes que se relacionam à conservação dos
solos e aos tipos de relevo.
Tipos de erosão: • Pluvial: Causada pela ação das chuvas. Uma consequência deste tipo de erosão é a ocorrência dos
movimentos de massa, principalmente em encostas com pouca ou sem cobertura vegetal, responsável
por infiltrar gradualmente essa carga de água no solo. • Fluvial: Causada pela ação dos rios. A ação dos rios pode levar à formação de vales e canyons. • Eólica: Relacionada à ação dos ventos. Esse tipo de erosão pode levar à formação do relevo em taça. • Marinha: Relacionada à ação das ondas. Esse tipo de erosão pode formar as chamadas falésias, forma do
relevo originada pelo processo de abrasão. • Glacial ou nival: Relacionada à ação do gelo ou da neve. Conseguem carregar grandes massas devido
ao ar rarefeito. Um exemplo de formação do relevo associada a estes tipos de erosão são os fiordes, vales
rochosos com grandes paredões encontrados principalmente nas regiões de altas latitudes.
A erosão pode ainda ser agravada pelas ações antrópicas; dentre estas, cabe destacar as seguintes:
• Retirada da cobertura vegetal: em muitos casos, ao ocupar uma área, por exemplo, de encosta, o ser
humano aumenta a possibilidade de erosão. Isso ocorre porque, ao retirar a cobertura vegetal de um
solo, este se torna mais vulnerável à infiltração da água das chuvas, pois as plantas e raízes que antes a
absorveriam não existem mais.
G
eo
.
• Atividades mineradoras: a mineração também é um exemplo de causa humana da erosão. Isso porque
uma das etapas desta atividade é a retirada de parte do solo para a descoberta de um minério, o que
ocasiona a perda da estrutura de sustentação do solo, podendo levar à erosão das áreas próximas.
Cabe destacar também que as erosões acarretam alguns aspectos visíveis no solo, como, por exemplo, os
sulcos, as voçorocas e as ravinas. De modo geral, pode-se dizer que as erosões são iniciadas pelo processo
de lavagem superficial dos solos, também chamado de lixiviação ou erosão laminar. Depois, elas são
intensificadas com o processo de ação das chuvas e dos ventos, surgindo buracos sobre a terra; são as
chamadas erosões em sulcos ou sulcos erosivos. Quando os agentes exógenos do relevo continuam a atuar,
pode ocorrer o processo de formação de ravinas e voçorocas.
O processo de intemperismo, também conhecido como meteorização, consiste na transformação das
rochas, alterando o material, transformando-o em outro. Já a erosão consiste no desgaste, transporte e
deposição de uma rocha.
Tipos de intemperismo: • Físico: Transformações que derivam de fenômenos físicos, tais como a temperatura e a pressão. • Químico: Transformações que derivam de fenômenos químicos, tais como a hidrólise, acidificação e a
oxidação. • Biológico: Transformações que derivam da ação de seres vivos e que frequentemente aparecem
associadas à um dos outros dois tipos de intemperismo. Alguns exemplos do intemperismo biológico
podem ser destacados, tais como, a ação das minhocas, da decomposição de organismos e de raízes de
árvores.
Cabe destacar que as áreas mais secas têm predomínio do intemperismo físico, a exemplo do sertão
nordestino, e as áreas mais úmidas têm o predomínio do intemperismo químico, a exemplo das áreas
litorâneas e da Amazônia brasileira. O intemperismo relaciona-se ainda com a pedogênese, processo de formação dos solos, que ocorre com a
decomposição de rochas causada pela ação da água (chuvas) que origina os chamados horizontes do solo.
Efeitos da erosão e do intemperismo
Uma das áreas de risco de deslizamento identificada na capital da Bahia no início de 2015
Podem ser destacadas algumas consequências da erosão e do intemperismo no dia-a-dia, que por vezes
passam despercebidos.
Uma destas consequências é o deslizamento de terra, ou movimentos de massa, que ocorre em áreas de
encostas. Nestas áreas, é comum observar que há a retirada da vegetação natural para a construção de
moradias de pouca estrutura e o despejo inadequado de lixo, aspectos que, somados a outros, acarretam
desastres com perdas materiais e, em alguns casos, perdas humanas.
Outro exemplo de efeito da erosão é a destruição de infraestruturas, como habitações, localizadas próximas
às praias arenosas. Causados pela erosão marinha, ou seja, pela ação das ondas, os danos podem ser
impedidos ou ao menos serem pouco impactantes com a construção de medidas de proteção, como
construções de defesa costeira ou realimentação das praias.
G
eo
.
EXERCÍCIOS
1. nas áreas com clima tropical, cujos totais pluviométricos são bem mais elevados do que em outras
vez que os solos ficam desprotegidos da cobertura vegetal e, consequentemente, as chuvas incidem
direto sobre a superfície do terrenos. GUERRA, A. J. T. Geomorfologia urbana. Rio de Janeiro:Bertrand Brasil, 2011.
O texto descreve um processo que pode ser acelerado com:
a) a manutenção da vegetação.
b) a construção de curvas de nível.
c) o planejamento urbano e ambiental.
d) o aumento da matéria orgânica do solo.
e) a construção nas encostas de morros.
2.
O esquema representa um processo de erosão em encosta. Que prática realizada por um agricultor
pode resultar em aceleração desse processo? a) Plantio direto. b) Associação de culturas. c) Implantação de curvas de nível. d) Aração do solo, do topo ao vale. e) Terraceamento na propriedade.
3. A superfície terrestre encontra-se em permanente evolução. Algumas mudanças que ocorrem são
imperceptíveis de observação na escala temporal humana, enquanto outras podem ser facilmente
verificadas, como a percebida no desenho esquemático a seguir. Observe-o.
Pelas características visualizadas, é CORRETO afirmar que essa encosta está submetida ao seguinte
processo físico-geográfico:
a) Erosão fluvial.
b) Movimento de massa lento.
c) Falhamento normal.
d) Desmoronamento.
e) Deslizamento.
G
eo
.
4.
Disponível em: <http://www.botanic.com.br>. Acesso em: 08/12/2013
A imagem mostra um dos maiores problemas da atualidade, a perda de solo devido à ocupação
irregular ou o mau aproveitamento da terra. O processo de destruição do solo mostrado na figura, uma
vez iniciado, não tem retorno, há medidas para conter seu avanço, mas não há garantias de
recuperação da fertilidade perdida. Esses buracos são chamados de
a) deslizamento.
b) voçoroca.
c) afundamento.
d) assoreamento.
e) lixiviação.
5.
A leitura dos dados revela que as áreas com maior cobertura vegetal têm o potencial de intensificar o
processo de
a) erosão laminar.
b) intemperismo físico.
c) enchente nas cidades.
d) compactação do solo.
e) recarga dos aquíferos.
G
eo
.
6. Durante 2004, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o IME (Instituto Militar de
Engenharia) realizaram novas medições, agora com GPS (Sistema de Posicionamento Global), obtendo
para os pontos mais altos do Brasil, os valores da tabela abaixo.
As altitudes brasileiras que aparecem na tabela são modestas em relação às maiores altitudes do
planeta, encontradas por exemplo, no Himalaia ou na Cordilheira do Andes. Isso se deve ao fato de:
a) o Brasil possuir em seu território a atuação de movimentos orogênicos, devido ao choque de
placas tectônicas.
b) a maior parte do território brasileiro ser de formação geológica antiga, e sua superfície se
encontrar desgastada pelas forças exógenas.
c) no Brasil predominarem terrenos de estrutura geológica da era cenozóica, do período
quaternário; portanto, bastante antigos.
d) serem de origem muito recente, da era cenozóica, os maiores picos brasileiros, que apresentam
altitudes abaixo de 3.000 metros, já que ainda não houve tempo para o soerguimento e a formação
de montanhas.
e) as forças endógenas ainda predominarem no Brasil e desgastarem o relevo, deixando-o com
predominância de planícies e com altitudes modestas.
7. Intemperismo é o nome que se dá ao conjunto de processos que modificam as rochas, fragmentando-
as (intemperismo físico) ou alterando-as (intemperismo químico). O predomínio de um tipo em relação
a outro, nas diversas regiões da Terra, vai depender das temperaturas, combinadas ao volume das
precipitações e do estado físico da água
Observando o mapa, é CORRETO afirmar que nas regiões A, B e C, há predomínio,
respectivamente, do intemperismo a) químico físico químico.
b) físico químico químico
c) químico químico físico
d) físico físico químico.
e) químico físico físico.
G
eo
.
8. "O solo não é estável, nem inerte; muito pelo contrário: constitui um meio complexo em perpétua
transformação, submetendo-se a leis próprias que regem sua formação, sua evolução e sua destruição.
Forma-se no ponto de contato da atmosfera, da litosfera e da biosfera; participa intimamente nesses
mundos tão diversos, pois mantém relações constitutivas com o mundo mineral, assim como com os
seres vivos." Extraído de DORST, Jean. Antes que a natureza morra: por uma ecologia política. São Paulo: ED. USP, 1973.
A partir do texto acima, assinale a alternativa que está correta:
a) Em áreas desmatadas, a velocidade de escoamento superficial é acelerada, e a água diminui sua
capacidade de transportar partículas sólidas em suspensão.
b) As características do solo não estão relacionadas com as formas de relevo e a drenagem da água
dos terrenos.
c) O tipo de solo predominante no Brasil é o permafrost, próprio das regiões de clima quente e úmido,
devido ao processo intenso de lavagem e dissolução dos sais minerais que o compõem - a lixiviação.
d) O plantio de espécies leguminosas intercaladas entre os cultivos permanentes, como o café, não
garante o equilíbrio orgânico do solo e o protege da erosão.
e) Os solos se desenvolvem a partir de um processo lento de intemperismo físico e químico sobre uma
determinada rocha e sob a influência de seres vivos.
9.
De acordo com as figuras, a intensidade de intemperismo de grau muito fraco é característica de qual
tipo climático?
a) Tropical.
b) Litorâneo.
c) Equatorial.
d) Semiárido.
e) Subtropical.
G
eo
.
10. Analise a imagem abaixo.
Fonte: ECIENCIA-USP. Disponível em: <http://www.eciencia.usp.br/>. Acesso em: 24 de jul. 2013.
Trata-se da Pedra da Tartaruga, situada no Parque Nacional de Sete Cidades-PI, que retrata o resultado
do processo da desagregação de uma rocha. Nela, os minerais constituintes se dilatam quando
aquecidos e se contraem quando resfriados. Seus principais agentes de intemperismos são a variação
de temperatura e a cristalização que ocorrem nas áreas de grande amplitude térmica, desérticas e
semiáridas.
O que caracterizou essa modelagem da Pedra da Tartaruga foi o intemperismo
a) cratônico.
b) biológico.
c) químico.
d) fluvial.
e) físico.
G
eo
.
GABARITO
Exercícios
1. e
A construção nas encostas de morros contribui para a aceleração do processo erosivo visto que exerce
um peso sobre o solo, solo este que em muitos casos já está instável devido à retirada de vegetação e
outras ações antrópicas somadas às condições naturais como incidência de chuvas, ocasionando os
chamados movimentos de massa.
2. d
Caso um agricultor promovesse a aração no solo representado no esquema isto intensificaria o processo
depositadas, tornando ela mais fofa e permeável. Por outro lado, essa técnica contribui para que o solo
fique mais suscetível à erosão, visto que os sedimentos estarão menos agregados.
3. b
Observando-se a pouca vegetação e o grau de declividade do relevo, identifica-se que este solo está
suscetível à erosão pluvial (causada pelas chuvas) que ocasionará um movimento de massa lento. Esta
lentidão está associada à declividade não muito acentuada.
4. b
O buraco apresentado pela imagem é chamado de voçoroca, fenômeno geológico que consiste na
formação de grandes buracos a partir da erosão, causados pela chuva principalmente, em solos onde a
vegetação é escassa e não mais protege o solo, que fica cascalhento e suscetível de carregamento por
enxurradas.
5. e
A vegetação é um importante elemento no processo de infiltração da água. Suas raízes ajudam na
percolação da água pelo solo, além das copas das árvores reterem uma quantidade de água que
posteriormente pode escoar e infiltra no solo. Nesse sentido, conforme fica evidente na tabela, o
percentual de chuvas retido em uma bacia natural ou florestal é maior e com isso, a única opção que
falava de um processo que se favorecia da maior infiltração era a da recarga do aquífero.
6. e
A verificação da altitude dos pontos mais altos do relevo brasileiro permite afirmar que ele está sujeito
ao processo de intemperismo e de erosão, visto que estas forças exógenas predominam sobre relevos
antigos e estáveis como é o caso do Brasil.
7. d
Analisando a influência da temperatura, da precipitação e do estado físico da água temos a ocorrência,
respectivamente, de intemperismo físico, físico e químico. A variação de temperatura das rochas,
principal fator do intemperismo físico, se deve ao constante aquecimento pelo sol seguido do brusco
resfriamento pelas chuvas. Com isso, as rochas contraem e dilatam continuamente, o que causa sua
fragmentação. Já nas regiões polares ou de grandes altitudes, a água congela nas fissuras das rochas e
as dilata, fragmentando-as em partes menores. A água, agente mais importante do intemperismo
químico, reage quimicamente com os minerais componentes das rochas, produzindo substâncias ácidas
que as corroem, o que favorece a degradação. Em regiões de climas tropicais, em que os índices de
umidade são elevados, o intemperismo químico é mais intenso.
8. e
O processo de pedogênese formação de solos se dá a partir do intemperismo que transforma uma
determinada rocha a partir da qual se desenvolve um determinado tipo de solo dotado de características
particulares.
9. d
Ao relacionar o diagrama e o mapa, é possível identificar que a região que apresenta um grau de
intemperismo muito fraco é aquela com baixas médias de precipitação (espaços de clima semiárido),
visto que a maior ocorrência do processo de intemperismo é decorrente das altas taxas de pluviosidade.
Por isso, o gabarito só poderia ser aquele que destaca o sertão nordestino brasileiro.
G
eo
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10. e
A imagem retrata uma área que está sujeita ao intemperismo físico, visto que ocorre a dilatação da rocha
devido à variação de temperatura.
G
eo
.
Geo.
Professor: Claudio Hansen
Monitor: Bruna Cianni
G
eo
.
Processos geomorfológicos 01
out
RESUMO
A geomorfologia estuda os processos de formação do relevo terrestre em sua origem e evolução. É a área
de geografia que estuda então as erosões, os transportes de sedimentos e até mesmo os climas que
influenciam as formações e remoldurações dos relevos. Esse conhecimento é muito vasto e estuda os anos
geológicos de formação da terra, cientificando as mais diversas paisagem. Vamos estudar dois fenômenos
que são visíveis e interferem muito nas paisagens.
É possível observar que a superfície da Terra é composta por uma diversidade de níveis de altitudes, de
endógenos (internos) e exógenos (externos) que atuam, respectivamente, formando e modelando a
superfície terrestre. As forças exógenas modelam o relevo de forma contínua, alterando o relevo por meio
do intemperismo e da erosão, agentes geomorfológicos exógenos estes que se relacionam à conservação
dos solos e aos tipos de relevo.
O processo de intemperismo, também conhecido como meteorização, consiste na transformação das
rochas, alterando o material, transformando-o em outro. Já a erosão consiste no desgaste, transporte e
deposição de uma rocha.
Tipos de intemperismo • Físico: Transformações que derivam de fenômenos físicos, tais como a temperatura e a pressão.
• Químico: Transformações que derivam de fenômenos químicos, tais como a hidrólise, acidificação e a
oxidação.
• Biológico: Transformações que derivam da ação de seres vivos e que frequentemente aparecem
associadas à um dos outros dois tipos de intemperismo. Alguns exemplos do intemperismo biológico
podem ser destacados, tais como, a ação das minhocas, da decomposição de organismos e de raízes de
árvores.
Cabe destacar que as áreas mais secas têm predomínio do intemperismo físico, a exemplo do sertão
nordestino, e as áreas mais úmidas têm o predomínio do intemperismo químico, a exemplo das áreas
litorâneas e da Amazônia brasileira. O intemperismo relaciona-se ainda com a pedogênese, processo de
formação dos solos, que ocorre com a decomposição de rochas causada pela ação da água (chuvas) que
origina os chamados horizontes do solo.
Tipos de erosão
• Pluvial: Causada pela ação das chuvas. Uma consequência deste tipo de erosão é a ocorrência dos
movimentos de massa, principalmente em encostas com pouca ou sem cobertura vegetal, responsável
por infiltrar gradualmente essa carga de água no solo.
• Fluvial: Causada pela ação dos rios. A ação dos rios pode levar à formação de vales e canyons.
• Eólica: Relacionada à ação dos ventos. Esse tipo de erosão pode levar à formação do relevo em taça.
• Marinha: Relacionada à ação das ondas. Esse tipo de erosão pode formar as chamadas falésias, forma do
relevo originada pelo processo de abrasão.
• Glacial ou nival: Relacionada à ação do gelo ou da neve. Conseguem carregar grandes massas devido ao
ar rarefeito. Um exemplo de formação do relevo associada a estes tipo de erosão são os fiordes, vales
rochosos com grandes paredões encontrados principalmente nas regiões de altas latitudes.
A geomorfologia estuda os processos de formação do relevo terrestre em sua origem e evolução. É a área
de geografia que estuda então as erosões, os transportes de sedimentos e até mesmo os climas que
influenciam as formações e remoldurações dos relevos. Esse conhecimento é muito vasto e estuda os anos
geológicos de formação da terra, cientificando as mais diversas paisagens.
G
eo
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Vulcanismo
O interior da terra é repleto de rochas fundidas, conhecido como magna, com temperaturas altíssimas. A
liberação desse magma na superfície é o que constitui os processos vulcânicos. Existe então uma bolha de
magma no interior da terra gerando alta pressão com temperatura muito alta, fazendo com que o magma
seja expelido causando a erupção. O magma pode sair também por meio de fendas, de forma mais suave,
sendo chamado então de derrame. O resfriamento dos derrames causa formas de relevo. O vulcanismo então
permite que estudemos o interior da terra mas também o processo de formação de alguns relevos.
É preciso frisar também que nem todo magma é igual, depende do material de origem. Quanto menor a
quantidade de sílica e maior a temperatura, mais rápido será a liberação do magma. Quando temos uma forte
ejeção de material magmático temos a formação de piroclásticos. Os vulcões podem estar:
• Ativos - perigoso, propício a acontecer atividade de erupção a qualquer momento
• Inativos - possui condições de entrar em erupção mas passa por momento de calmaria que pode demorar
muitos anos
• Extintos - já tiveram atividades vulcânicas mas não entrará em atividade
Existe ainda o círculo de fogo do pacífico que é uma região do mundo que margeia o oceano pacífico
apresentando o maior número de encontro de placas tectônicas no geral por subducção. essa área libera
magma. as áreas de encontro de placas tectônicas então estão associadas com a formação de vulcão. os
vulcões podem vir do encontro de placas mas também de hot spots. Esses são áreas muitas vezes no meio
da placa que vazam magma o tempo todo, e a movimentação da placa cria na verdade montanhas feitas dessa
lava e atividades vulcânicas. Um exemplo são as ilhas do Havaí são feitas por um hot spot constante.
Teoria da Tectônica de placas
As placas tectônicas são blocos da parte sólida da terra que se movimentam pela diferença de temperatura
e pressão do centro da terra. A teoria da deriva continental diz que a terra é uma crosta rochosa descontínua,
que apresenta vários fragmentos chamamos de placas tectônicas. Com o tempo, viu-se que essas placas não
estão à deriva mas acompanham movimentos que explicam e remontam a posição continental ao longo dos
anos.
EXERCÍCIOS
1. No início do século XX, um jovem meteorologista alemão, Alfred Wegener, levantou uma hipótese que
hoje se confirma, qual seja: há 200 milhões de anos, os continentes formavam uma só massa, a Pangeia,
Com a intensificação das pesquisas, também se pode afirmar que, além dos continentes, toda a
litosfera se movimenta, pois s
que flutuam e deslizam sobre a astenosfera, carregando massas continentais e oceânicas. Muitas
teorias foram elaboradas para tentar explicar tais movimentos e, recentemente, descobriu-se que a
explicação está relacionada:
a) ao vulcanismo que movimenta o magma.
b) ao princípio da isostasia (ísos = igual em força + stásis = parada).
c) ao princípio formador de montanhas conhecido por orogênese.
d) aos terremotos e vulcanismos, em razão de sua força na alteração das paisagens.
e) ao movimento das correntes de convecção que ocorrem no interior do planeta.
G
eo
.
2. O tectonismo é definido como um movimento lento e prolongado da crosta terrestre, resultante da
movimentação do magma pastoso. Observe a figura abaixo.
Assinale a alternativa que indica o tipo de formação representado na figura.
a) Movimento resultante das forças internas horizontais, conhecido como epirogênese.
b) Formação de Horst, encontrada nas fossas tectônicas localizadas no fundo dos oceanos.
c) Resultado do movimento de compressão lateral sofrida por uma determinada área de rochas não
resistentes, o qual recebe o nome de dobras.
d) Deslocamento de blocos provocado pelo choque de placas tectônicas, ocasionando a formação
de estruturas falhadas, conhecidas como Graben.
e) Soerguimento de uma falha por meio de pressões internas verticais, o que resulta em blocos
montanhosos, como, por exemplo, a formação da Cordilheira dos Andes.
3. O vulcanismo é um dos processos da dinâmica terrestre que sempre encantou e amedrontou a
humanidade, existindo diversos registros históricos referentes a esse processo. Sabe-se que as
atividades vulcânicas trazem novos materiais para locais próximos à superfície terrestre.
A esse respeito, pode-se afirmar corretamente que o vulcanismo
a) é um dos poucos processos de liberação de energia interna que continuará ocorrendo
indefinidamente na história evolutiva da Terra.
b) é um fenômeno tipicamente terrestre, sem paralelo em outros planetas, pelo que se conhece
atualmente.
c) traz para a atmosfera materiais nos estados líquido e gasoso, tendo em vista originarem-se de todas
as camadas internas da Terra.
d) ocorre, quando aberturas na crosta aliviam a pressão interna, permitindo a ascensão de novos
materiais e mudanças em seus estados físicos.
e) é o processo responsável pelo movimento das placas tectônicas, causando seu rompimento e o
lançamento de materiais fluidos.
4. Observe o mapa abaixo
a) a divergência das Placas Sul-Americana e Africana é responsável pela expansão do assoalho
marinho no Oceano Pacífico.
b) os terremotos ocorrem com frequência nos limites das placas tectônicas, como, por exemplo, na
costa leste da América do Sul.
c) grandes dobramentos modernos são formados na convergência das Placas Euro-Asiática e Indo-
Australiana.
d) o movimento das placas tectônicas indica que a crosta terrestre não é estática e apresenta maior
instabilidade no interior dessas placas.
G
eo
.
5. O Rio Grande do Norte apresenta um elevado potencial turístico, principalmente em decorrência das
belezas de sua paisagem litorânea, destacando-se algumas formas do relevo cuja configuração está
associada a processos erosivos desencadeados pela ação de diferentes agentes.
Observe a figura:
Paisagem litorânea do Rio Grande do Norte
Considerando os elementos da paisagem litorânea expostos na Figura, pode-se afirmar que esta
corresponde a uma
a) falésia, constituída pela deposição de areia paralelamente à costa, em decorrência da erosão
eólica.
b) restinga, formada pela consolidação da areia de antigas praias, em decorrência da erosão marinha.
c) falésia, formada a partir de processos de erosão marinha, que originam paredões escarpados.
d) restinga, constituída a partir de processos de erosão eólica, que formam costas íngremes.
6. Observe os blocos-diagramas abaixo; neles estão representados alguns processos diferentes de
modelagem do relevo terrestre.
G
eo
.
Assinale com V ou com F as proposições abaixo, conforme sejam respectivamente Verdadeiras ou
Falsas em relação aos processos erosivos que modelam as referidas paisagens.
( ) O bloco-diagrama 1 mostra o trabalho do mar em uma costa plana, na qual o processo destrutivo
de abrasão das ondas é mínimo, prevalecendo o processo de deposição na formação de restingas
e lagunas.
( ) A paisagem representada no bloco-diagrama 2 é típica de regiões úmidas, como o litoral brasileiro,
onde predominam os mares de morros com relevo em forma de meiaslaranjas cuja erosão pluvial
é o principal agente modelador.
( ) O bloco-diagrama 3 mostra uma paisagem alpina, inexistente no território brasileiro, esculpida
pontiagudos.
( ) A paisagem mostrada na figura 4 é típica das regiões desérticas ou semiáridas nas quais
predominam a desagregação térmica das rochas, e a erosão eólica é a mais importante para
modelagem do relevo.
A sequência correta das assertivas é
a) V V V F
b) F V V V
c) F V F V
d) V V F F
e) F F F V
7. Intemperismo é o nome que se dá ao conjunto de processos que modificam as rochas, fragmentando-
as (intemperismo físico) ou alterando-as (intemperismo químico). O predomínio de um tipo em relação
a outro, nas diversas regiões da Terra, vai depender das temperaturas, combinadas ao volume das
precipitações e do estado físico da água
Observando o mapa, é CORRETO afirmar que nas regiões A, B e C, há predomínio, respectivamente,
do intemperismo
a) químico físico químico.
b) físico químico químico
c) químico químico físico
d) físico físico químico.
e) químico físico físico.
8. As usinas geotérmicas são uma forma alternativa de geração de energia elétrica por utilizarem as
elevadas temperaturas do próprio subsolo em algumas regiões. Considere as informações do esquema
e do mapa a seguir:
O país cuja localização espacial proporciona condições ideais para amplo aproveitamento da energia
geotérmica é:
a) Islândia
b) Nigéria
c) Uruguai
d) Austrália
G
eo
.
9. Tectônica de placas é uma teoria que demonstra a crosta terrestre formada por um conjunto de placa
que deslizam por causa das correntes de convecção no interior da terra. Muitas dessas falhas ocorrem
nos oceanos, embora elas possam se estender para o interior do continente, como por exemplo a Falha
de San Andréas, na Califórnia, nos Estados Unidos.
Observe a gravura abaixo.
TEIXEIRA, Wilson e outros (org.) Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
a que exemplifica a origem da Falha
de San Andréas. Essa falha se movimenta com bordas
a) construtivas.
b) destrutivas.
c) transformantes.
d) divergentes.
e) convergentes
10. Graben e Horst são formas de relevo associadas às falhas tectônicas.
Terra feições ilustradas. UFRGS. 2003
No Brasil, os exemplos para I e II são, respectivamente,
a) Vale do Itajaí e Serra Geral.
b) Vale do Paraíba e Serra do Mar.
c) Planície Amazônica e Serra do Cachimbo.
d) Planície Amazônica e Serra do Cachimbo.
e) Planície Costeira e Serra do Espinhaço.
G
eo
.
GABARITO
Exercícios 1. e
O processo de formação da terra se associa ao fato dela possuir um interior com muita temperatura e
pressão, sendo o magma um fluido. Quanto mais para a superfície, menor a temperatura e pressão,
permitindo um adensamento que se movimenta por essa diferença.
2. c
Quando observamos uma cadeira montanhosa, estamos percebendo muitas vezes a ponta de uma placa
tectônica em soerguimento. Quando duas placas se chocam, formam dobras no relevo. Se as rochas
forem muito resistentes acontecem as falhas e quebras.
3. d
O vulcanismo pode ser compreendido didaticamente como um cano que libera a pressão do interior da
terra, expelindo o magma para fora. Ao chegar na superfície o magma se condensa podendo formar até
arcos de ilhas.
4. c
A placa euroasiática e indo-australiana estão em convergência como mostra o mapa, formando uma área
de muitos dobramentos modernos.
5. c
As falésias são feições geomorfológicas provocadas pela erosão marinha em ambientes costeiros.
6. b
Na figura um vemos o processo de abrasão das ondas como predominante na formação do relevo.
7. d.
Nas áreas quentes e úmidas como é o caso do equador que recebe alta incidencia solar temos o
intemperismo químico atuando. Já nas áreas secas frias com muitos ventos ou nas áreas secas quentes
predomina o intemperismo físico.
8. a
A questão elucida um tipo de aproveitamento energético que conta com a fissura das placas e calor do
interior do planeta para produzir a energia geotérmica. Essa energia é muito utilizada na Islândia.
9. c
A gravura A ilustra o movimento conhecimento como transformante entre as placas tectônicas. O B seria
divergente e o C convergente.
10. b
O Graben indica uma área baixa, correspondente ao Vale do Paraíba. O vale sempre está próximo de
elevações como serras, podendo ser elucidado como a Serra do Mar que fica principalmente no Rio de
Janeiro.
H
is.
His.
Professor: Renato Pellizzari
Monitor: Natasha Piedras
H
is.
A Segunda Guerra Mundial e o
Holocausto
01
out
RESUMO
A Segunda Guerra Mundial foi um dos períodos mais trágicos do século XX. Para entender os
desdobramentos desse conflito, precisamos entender suas origens. Por meio do Tratado de Versalhes, a
Alemanha foi punida e considerada a principal culpada pela Primeira Guerra. Essa paz punitiva prejudicou a
economia alemã e reforçou um sentimento de revanchismo, que impulsionou o surgimento do nazismo na
Alemanha. A partir da ascensão do nazismo e da figura de Hitler, os alemães tinham o objetivo de reconstruir
e fortalecer a Alemanha.
Durante toda a década de 1920 e 1930, Hitler defendeu algumas ideias que foram registradas em seu livro
Minha Luta (Mein Kampf). Entre algumas dessas ideias, podemos citar: 1) Hitler pregava abertamente o
preconceito contra os judeus (antissemitismo) e atribuía a eles a responsabilidade pelos problemas
econômicos alemães; 2) defendia um princípio etnocêntrico que afirmava que a raça germânica (chamada
de ariana) era superior aos outros povos; 3) defendia a formação do novo império (reich) alemão a partir da
construção de um espaço vital para que a raça pudesse viver.
A formação desse espaço vital, segundo Hitler, seria realizada em regiões onde havia populações germânicas
e regiões onde estava o antigo Império Prussiano, que havia sido fragmentado após a Segunda Guerra
Mundial. Para alcançar esse objetivo, Hitler anexou a Áustria, em 1938, e também os Sudetos (região da
Tchecoslováquia de população germânica).
O outro passo era recuperar territórios que formavam o antigo império prussiano e que se tornaram a Polônia
após a Primeira Guerra Mundial. Além disso, territórios poloneses separavam a Prússia Oriental do restante
da Alemanha a partir do chamado corredor polonês. O objetivo alemão era, portanto, interligar novamente
a Prússia Oriental com a Alemanha.
Para evitar um possível ataque alemão, a Polônia fez acordos com Inglaterra e França em que ambas se
comprometiam a defender militarmente a Polônia caso fosse atacada pela Alemanha. A Alemanha Nazista,
por sua vez, garantiu, em agosto de 1939, um acordo de não agressão com a União Soviética e que também
estipulava a divisão da Polônia entre as duas nações se o território polonês fosse invadido. A invasão da
Polônia pelos exércitos de Hitler foi iniciada em 1º de setembro 1939, fato que é apontado como estopim da
Segunda Guerra Mundial. Formaram-se dois blocos de alianças: de um lado o Eixo, formado por Alemanha,
Itália e Japão, e do outro, os Aliados, composto inicialmente por França, Inglaterra e URSS.
O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que
conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão
anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
Em 1941 o Japão atacou a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este
fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das
forças aliadas. Entre 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães
no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas
seguidas. Um dos marcos foi a derrota alemã na Batalha de Stalingrado.
O último componente do Eixo a ser derrotado foi o Japão. A estratégia dos Estados Unidos, durante a Guerra
EUA adotaram uma nova estratégia que representou uma das grandes tragédias da história da humanidade,
o lançamento das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki.
A Segunda Guerra Mundial foi marcada pela morte de milhares de pessoas, seja de soldados no front de
batalha, seja de civis como é o caso dos japoneses atingidos pelas bombas nucleares e os judeus mortos
durante o holocausto nazista. Com o fim da Guerra e a vitória dos aliados, houve o surgimento de duas
grandes potências: os Estados Unidos e a União Soviética, iniciando um processo de bipolarização mundial.
Os campos de concentração Os campos de concentração foram usados pelo regime nazista para aprisionar milhares de pessoas nas
décadas de 30 e 40, seguindo as teorias antissemitas de Hitler. Ao menos 20 mil campos foram utilizados
entre 1933 e 1945, na Alemanha e em outros 12 países que foram ocupados pelos nazistas antes e durante o
período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os prisioneiros dos campos de concentração eram pessoas deportadas dos territórios europeus ocupados
pelos nazistas, especialmente os judeus. Havia, além disso, homossexuais, comunistas, ciganos e etc.
H
is.
O maior e mais conhecido dos campos de concentração nazistas foi Auschwitz, onde 1,1 milhão de pessoas
foram assassinadas. Calcula-se que seis milhões de judeus foram assassinados durante este período seja em
câmaras de gás, seja devido à fome e doenças. Este foi, sem dúvidas, um dos episódios mais triste da história
da humanidade.
EXERCÍCIOS
1. "Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior." Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento em 21 de agosto de 1941.
A afirmativa acima confirma a continuidade latente de problemas não solucionados na Primeira Guerra
Mundial que contribuíram para alimentar os antagonismos e levaram à eclosão da Segunda Guerra
Mundial. Entre esses problemas identificamos:
a) crescente nacionalismo econômico, aumento da disputa por mercados consumidores e por áreas
de investimentos.
b) desenvolvimento do imperialismo chinês na Ásia, com abertura para o Ocidente.
c) os antagonismos austro-ingleses que giraram em torno da questão Alsácia-Lorena.
d) oposição ideológica que fragilizou os vínculos entre os países, enfraquecendo todo tipo de
nacionalismo.
e) a divisão da Alemanha que levou a uma política agressiva de expansão marítima.
2. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ação do Partido Nazista na Alemanha ampliou a
propaganda contra os que foram considerados os inimigos internos da nação germânica. O cartaz
abaixo é um exemplo dessa política.
Um aspecto da ideologia nazista observado nesse cartaz é:
a) antissemitismo
b) anticapitalismo
c) anticomunismo
d) antiamericanismo
e) anticomunismo
H
is.
3. Observe os dois cartuns.
Sobre as imagens, é correto afirmar que
a) a assinatura do acordo de não agressão entre Hitler e Stalin, em 1939, é o último movimento
alemão para trazer a União Soviética para o seu lado, uma vez que os planos anteriores foram
neutralizados pelo imenso poderio militar dos Aliados, temerosos do avanço germânico que, em
1941, invade a União Soviética e a Inglaterra.
b) a aproximação entre Berlim e Moscou, em 1939, não resultou em um acordo de proteção às
intenções expansionistas de ambos os lados, pois continuaram em lados opostos, monitorando-
se reciprocamente até que, em 1941, com as vitórias sucessivas dos Aliados, o Terceiro Reich, de
forma apressada, garante o precioso apoio da União Soviética.
c) o Terceiro Reich alemão faz dois movimentos no sentido de conseguir o apoio soviético:
inicialmente, um acordo de não agressão com Stalin em 1939, para evitar a sua aproximação com
os Aliados e, em 1941, outro que consegue sua integração ao Eixo, antecipando-se à diplomacia
britânica que, imobilizada, não esboça resistência.
d) após a ocupação da Renânia, da anexação da Áustria, da Tchecoslováquia, a Alemanha assina um
acordo de não agressão mútua com a União Soviética para neutralizá-la, uma vez que conta com
o imobilismo da Inglaterra em relação ao seu expansionismo, que culmina, em 1941, na invasão da
União Soviética.
e) em 1939, depois de invadir a Polônia, Hitler se aproxima da União Soviética de forma cuidadosa,
pois teme os planos expansionistas de Stalin, até então apoiados pelos Aliados que, a partir de
1941, com as sucessivas vitórias, retiram essa ajuda, obrigando o Estado Soviético a aceitar a
parceria com o Terceiro Reich.
4.
A charge acima, de autoria desconhecida, foi publicada em 1939. Ela se refere ao tratado assinado
naquele ano pela Alemanha e a União Soviética, que
a) assegurou a aliança militar entre os dois países durante a Segunda Guerra Mundial e a partição da
Polônia.
b) consagrou o apoio bélico dos dois países aos fascistas na Guerra Civil Espanhola e ampliou a
influência política alemã no leste europeu.
c) impediu a eclosão de guerra aberta entre os dois países e freou o avanço militar nazifascista na
Europa.
d) determinou a nova divisão política do leste europeu, no período posterior à Segunda Guerra
Mundial, e consolidou a hegemonia soviética na região.
e) estabeleceu a intensificação dos laços comerciais e o compromisso de não-agressão mútua entre
os dois países.
H
is.
5. chegavam da Alemanha levas de judeus expatriados. Na Espanha, continuavam a liquidar os legalistas.
Na Etiópia, os fascistas assassinavam os nativos. Na Manchúria, os japoneses matavam os chineses. Na
Rússia soviética, continuavam os expurgos. A Inglaterra tentava ainda chegar a um entendimento com
Hitler. Entretanto emitia um Livro Branco sobre a Palestina, proibindo a venda de terras aos judeus. Os
poloneses começavam, finalmente, a perceber que Hitler era seu inimigo; a imprensa alemã fazia
campanha de ódio declarado contra a Polônia. Mas no Sejm (parlamento) polonês os deputados ainda
tinham t SINGER, Isaac Bashevis, A família Moskat. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1982, p. 474-475.
O trecho do romance de Bashevis Singer oferece um panorama sobre a situação do mundo às vésperas
da Segunda Guerra Mundial. A esse respeito, é correto afirmar:
a) O regime nazista desencadeou uma ampla campanha de perseguição a grupos considerados
inferiores e degenerados, como judeus, comunistas, homossexuais e ciganos, reunindo-os em
campos de concentração onde eram submetidos a torturas, trabalhos forçados e experiências
médico-
aprisionada.
b) A posição da Inglaterra em negociar com Hitler devia-se ao receio da expansão comunista na
Europa, mas foi alterada com o crescente processo de militarização da Alemanha e com a
anexação da Aústria, em 1938.
c) O temor com relação aos comunistas era comum a quase todos os governantes capitalistas da
década de 1930, mas o preconceito contra os judeus era um traço específico da cultura alemã,
habilmente explorado por Hitler.
d) Os expurgos que se processavam na União Soviética dirigiam-se sobretudo contra os
bolcheviques nacionalistas, críticos do acordo Ribentrop-Molotov, que estabelecia um pacto de
não-agressão entre a Alemanha e a URSS. Em nome da revolução permanente e de uma renovação
contínua dos quadros dirigentes, o stalinismo promoveu uma furiosa perseguição a suspeitos e
opositores, lançando mão de processos e julgamentos viciados, torturas e execuções sumárias.
e) O fortalecimento de ideologias nacionalistas, militaristas e autoritárias ocorreu como uma
resposta à crise da democracia após a Primeira Guerra Mundial, num contexto de expansão
econômica que garantia pleno emprego, estabilidade monetária e investimentos de capitais
privados.
6. tomar nosso cereal, nosso petróleo, obtidos com o trabalho de nossas mãos. Pretende restaurar o
domínio dos latifundiários, restaurar o czarismo... germanizar os povos da União Soviética e torná-los
escravos de príncipes e barões alemães...
(...) em caso de retirada forçada... todo o material rodante tem que ser evacuado. Ao inimigo não se
deve deixar um único motor, um único vagão de trem, um único quilo de cereal ou galão de
combustível. Todos os artigos de valor (...) que não puderem ser retirados, devem ser destruídos sem
a) Após 70 anos da 2ª Guerra Mundial, o discurso acima, de Joseph Stálin, nos remete
b) à invasão soviética ao território alemão, marco na derrocada nazista frente à ofensiva Aliada nos
fronts Ocidental e Oriental.
c) à Operação Barbarosa, decorrente da assinatura do Pacto Ribbentrop- Molotov, estopim para a 2ª
Guerra Mundial.
d) ao Anschluss, quando a anexação da Áustria pelo Terceiro Reich provocou a reação soviética
contra os alemães.
e)
utilizada pelos russos contra Napoleão, no início do século XIX.
f) à Batalha de Stalingrado, uma das mais sangrentas e memoráveis de todo o conflito, decisiva para
a vitória Nazista.
H
is.
7. O objetivo de tomar Paris marchando em direção ao Oeste era, para Hitler, uma forma de consolidar
sua liderança no continente. Com esse intuito, entre abril e junho de 1940, ele invadiu a Dinamarca, a
Noruega, a Bélgica e a Holanda. As tropas francesas se posicionaram na Linha Maginot, uma linha de
defesa com trincheiras, na tentativa de conter a invasão alemã.
Para a Alemanha, o resultado dessa invasão foi
a) a ocupação de todo o território francês, usando-o como base para a conquista da Suíça e da
Espanha durante a segunda fase da guerra.
b) a tomada do território francês, que foi então usado como base para a ocupação nazista da África
do Norte, durante a guerra de trincheiras.
c) a posse de apenas parte do território, devido à resistência armada do exército francês na Linha
Maginot.
d) a vitória parcial, já que, após o avanço inicial, teve de recuar, devido à resistência dos blindados
do general De Gaulle, em 1940.
e) a vitória militar, com ocupação de parte da França, enquanto outra parte ficou sob controle do
governo colaboracionista francês.
8. Uma das conferências que selaram o fim da II Guerra Mundial (1939-1945), a Conferência de São
Francisco, originou a Carta de São Francisco (26 de junho de 1945), que estabeleceu a Organização
das Nações Unidas (ONU). Seu artigo 23 estabelece os Estados Unidos da América, a União Soviética
(URSS), a França, a Grã-Bretanha e a China como membros permanentes do Conselho de Segurança,
guerras em nome de todos os membros. A escolha desses países deve-se:
a) Ao reconhecimento jurídico da contribuição da China, aliada ao Japão do imperador Hiroito, para
a derrota da Alemanha nazista.
b) À preocupação de repartir o poder numa nova ordem internacional, para que não houvesse
qualquer nova potência hegemônica.
c) À recusa de Alemanha, Japão e Itália ao convite para integrar o Conselho de Segurança devido ao
ressentimento popular com respeito aos países aliados.
d) À preocupação de proteger os países em desenvolvimento de agressões imperialistas e dificultar
o surgimento de regimes totalitários.
e) À nova correlação internacional de forças que, em 1945, já prenunciava a polarização entre
estadunidenses e soviéticos, além de conceder poder decisório aos países que haviam enfrentado
as potências do Eixo.
9. As grandes guerras mundiais provocaram dificuldades nas relações internacionais, gerando
ressentimentos e disputas diplomáticas. Os Estados Unidos procuraram fazer valer sua influência no
mundo e confirmar suas conquistas políticas. Na Conferência de Potsdam, as divergências eram
evidentes entre os aliados.
Nessa perspectiva, as relações entre as nações
a) permaneceram tensas, destacando-se o enfraquecimento do poder da Inglaterra e as perdas
europeias provenientes da 2ª guerra mundial.
b) tiveram um momento de paz, com acordos que fortaleceram a economia mundial e a democracia
nos países do Ocidente.
c) ajudaram a debilitar o poder político da União Soviética, liderada por Stálin e o Partido Comunista,
com um socialismo totalitário.
d) facilitaram o soerguimento imediato da Alemanha com o auxílio de empréstimos norte-
americanos e a vitória da democracia parlamentar.
e) modificaram-se, trazendo o fim dos governos totalitários com suas ideias imperialistas e sua
violência política contra seus opositores.
10. O ataque japonês a Pearl Harbor e a consequente guerra entre americanos e japoneses no Pacífico foi
resultado de um processo de desgaste das relações entre ambos. Depois de 1934, os japoneses
passaram a falar mais desinibidamente
A expansão japonesa havia começado em 1895, quando venceu a China, impôs-lhe o Tratado de
Shimonoseki passando a exercer tutela sobre a Corea. Definida sua área de projeção, o Japão passou
a ter atritos constantes com a China e a Rússia. A área de atrito passou a incluir os Estados Unidos
quando os japoneses ocuparam a Manchúria, em 1931, e a seguir, a China, em 1937. REIS FILHO, D. A. (Org.). O século XX, o tempo das crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
H
is.
Sobre a expansão japonesa, infere-se que
a) o Japão tinha uma política expansionista, na Ásia, de natureza bélica, diferente da doutrina
Monroe.
b) o Japão buscou promover a prosperidade da Coreia, tutelando-a à semelhança do que os EUA
faziam.
c) o povo japonês propôs cooperação aos Estados Unidos ao copiarem a Doutrina Monroe e
proporem o desenvolvimento da Ásia.
d) a China aliou-se à Rússia contra o Japão, sendo que a doutrina Monroe previa a parceria entre os
dois.
e) a Manchúria era território norte-americano e foi ocupado pelo Japão, originando a guerra entre
os dois países.
H
is.
GABARITO
Exercícios
1. a
Essas questões vão contribuir para uma crise dos princípios liberais, com a ascensão da governos
autoritários, contribuindo para a eclosão do Segundo Conflito Mundial.
2. a
A frase contida abaixo do cartaz e alguns elementos gráficos (como a estrela da Davi) evidenciam a
perseguição aos judeus, ou seja, o antissemitismo.
3. d
Um dos mais ardilosos acordos foi firmado entre Hitler e o então líder da URSS, Josef Stalin, esse acordo
ficou conhecido como Pacto germano-soviético ou Pacto Ribbentrop-Molotov. Tal pacto, assinado no
dia 23 de agosto de 1939 tinha como objetivo a não agressão entre os dois países caso a Alemanha
declarasse guerra à Inglaterra, à França e/ou a qualquer país das democracias europeias da época, ou
seja, a URSS não entraria no conflito caso ele ocorresse. Entretanto, como é sabido, em 1941, em um
momento em que a guerra passava a assumir contornos globais, extravasando as fronteiras da Europa, o
referido pacto foi rompido.
4. a
A charge faz menção ao Pacto germano-soviético, um acordo de neutralidade assinado entre a Alemanha
e a União Soviética em agosto de 1939. Além disso, esse pacto estipulava em cláusulas secretas a divisão
territorial da Polônia entre as duas nações e a anexação dos países bálticos e da Finlândia pela União
Soviética. O acordo foi recebido com surpresa, pois as duas nações possuíam base ideológica distinta e
eram abertamente rivais.
5. a
Essas ações eram justificadas pelas teorias de superioridade da raça ariana e pelo antissemitismo.
6. d
A tática de terra arrasada foi uma estratégia utilizada pela Rússia em conflitos contra potências europeias
como a França de Napoleão e a Alemanha Nazista.
Consiste basicamente na retirada civil e militar do território em conflito, destruindo tudo o que existe
para que a tropa inimiga que adentra o território encontre um ambiente hostil.
7. e
A invasão da França pelos nazistas foi finalizada como uma vitória militar após a conquista da capital,
Paris. A ocupação nazista concentrou-se no norte francês, enquanto o controle da região sul foi entregue
a um regime colaboracionista que foi liderado por Philippe Pétain na chamada França de Vichy (nome
que recebeu o governo colaboracionista da França). Esse governo colaboracionista existiu até 1944,
quando a França foi reconquistada pelos Aliados.
8. e
A escolha desses países deixa evidente a polarização ideológica que começava a se formar e daria origem
a Guerra Fria.
9. a
A Conferência de Potsdam estabeleceu as diretrizes básicas para a administração da Alemanha logo
depois do fim do conflito. Além da histórica decisão de dividir a Alemanha em quatro zonas de ocupação,
foi criado um conselho de ministros das Relações Exteriores, com sede em Londres e a participação de
representantes do Reino Unido, União Soviética, China, França e Estados Unidos. A União Soviética
começa a se distanciar dos aliados ocidentais, liderados pelos Estados Unidos. É o prenúncio da Guerra
Fria.
10. a
A partir do século XIX, o Japão assumiu posturas imperialistas e passou a atuar cada vez mais para garantir
os seus interesses na Ásia, sobretudo na China. Ao longo daquele século, os japoneses defendiam que
sua influência deveria ocorrer em todo o sudoeste asiático. Assim, o Japão passou a voltar-se contra as
H
is.
potências ocidentais que pudessem interpor-se a seus interesses. Esse belicismo levou o Japão a atacar
os Estados Unidos em 1941.
H
is.
His.
Professor: Renato Pellizzari
Monitor: Natasha Piedras
H
is.
O Período Entre Guerras: crise de
1929 e ascensão do nazi-fascismo
01
out
RESUMO
O fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18) permitiu a ascensão dos Estados Unidos como uma grande
potência econômica. Durante os anos de 1920, os Estados Unidos passaram por um período de euforia:
cresciam às exportações para a Europa, ainda devastada pela guerra, bem como os empréstimos concedidos
para esta pudessem realizar sua reconstrução.
o consumo era amplamente estimulado e considerado um caminho para atingir a felicidade.
A crise de 1929 Esse período de eufor
Nova Iorque. Nesse contexto, milhares de investidores perderam, da noite para o dia, grandes somas de
dinheiro. A quebra na bolsa gerou, além disso, grande inflação e queda nas taxas de venda de produtos. A
diminuição das vendas de produtos industrializados, por sua vez, levou ao fechamento de inúmeras fábricas
e lojas, levando ao desemprego milhares de trabalhadores.
Para entendermos as causas da crise, é importante que nos voltemos para as políticas econômicos norte
americanas anteriores à crise. A reconstrução do parque do industrial europeu ao longo dos anos 1920, levou
a diminuição das importações dos produtos norte-americanos por parte da Europa. Ignorando este cenário,
a produção estadunidense permaneceu em plena expansão.
No âmbito do mercado interno também houve a diminuição do consumo, uma vez que a população não
tinha condições financeiras de consumir na mesma proporção em que crescia a produção industrial. Deste
modo, a crise que inicialmente era produtiva atingiu o mercado de ações em 1929.
O New Deal Para solucionar a crise, O New Deal foi assinado. Considerado um conjunto de medidas econômicas e sociais
tomadas pelo governo Roosevelt. O acordo teve como princípio básico a intervenção do Estado na
economia. Ou seja, o Estados Unidos deixava de lado de o liberalismo econômica que vigorou ao longo dos
anos de 1920.
Medidas:
• Investimento estatais em obras públicas, impulsionando a geração de empregos.
• Reforma do sistema financeiro, para diminuir fraudes.
• Subsídios e empréstimos para estimular a produção agrícola.
• Criação de medidas voltadas para o social.
Resultados:
O New Deal apresentou resultados positivos já no começo da década de 1940. O mercado acionário voltou a
funcionar plenamente, o desemprego diminuiu, a renda dos trabalhadores aumentou e as indústrias
retomaram a produção, aumentando suas exportações e vendas no mercado interno.
Nazi-fascismos e o caminho da Segunda Guerra Mundial O nazismo e o fascismo surgiram a partir da criação de partidos ultranacionalistas, pregando um Estado forte,
totalitário, com o principal objetivo de solucionar crises geradas diante da desorganização, destruição e
incertezas surgidas no pós-Primeira Guerra Mundial. Os dois modelos se utilizaram do sentimento revanchista
da Primeira Guerra Mundial para criar um clima ostensivo em seu território e se capitalizaram desse clima
para conseguir chegar ao poder, governando de forma autoritária. No caso do Nazismo Alemão, o
revanchismo surgido após as imposições do Tratado de Versalhes também pode ser considerado um dos
motivos para o fortalecimento deste regime na Alemanha.
H
is.
Fascismo
O nome Fascismo designa um governo autoritário e extremamente nacionalista. Considerado de extrema-
direita, o fascismo teve seu início na Itália e era extremamente hostil a qualquer tipo de governo de esquerda,
especialmente o socialismo soviético. O nacionalismo exacerbado, o militarismo e a liderança carismática
eram três de suas mais marcantes características. Mussolini, líder fascista italiano, era vinculado ao chamado
Partido Nacional Fascista. Em 1922, na marcha sobre Roma, Mussolini foi nomeado primeiro ministro italiano,
com o apoio de diversos setores da sociedade da época. Dois anos depois, em 1924, se utilizou de manobras
políticas para tornar-se o único no poder na Itália, instaurando uma espécie de ditadura consentida.
Nazismo
O Nazismo é considerado uma vertente do fascismo. Hitler: nascido na Áustria, participou da Primeira Guerra
Mundial e foi reconhecido militarmente por sua bravura. Após o fim da guerra se filiou ao Partido dos
Trabalhadores Alemães, que viria a se tornar o Partido Nacional Socialista Alemão (ou Partido Nazista, como
ficou conhecido). Em 1921 tornou-se líder do partido e posteriormente foi nomeado chanceler, se utilizando
do partido para eliminar toda e qualquer oposição a ele. Em 1934, considerado como Führer do Terceiro
Reich, estava no controle de toda a Alemanha nazista, mantendo a posição de líder do Partido Nacional
Socialista. O nazismo tinha como particularidade as teorias antissemitas. Hitler defendia a superioridade da
raça ariana e realizou uma alarmante perseguição aos judeus.
Principais características do nazi-fascismo:
• Nacionalismo: valorização exacerbada da cultura, símbolos (bandeiras, hinos, heróis nacionais) e valores
da nação.
• Totalitarismo: concentração de poderes nas mãos do líder da nação. No sistema totalitário as pessoas
devem seguir tudo que é determinado pelo governo. Os opositores são presos e, em muito casos,
executados.
• Militarismo: investimentos pesados no desenvolvimento e produção de armas. Além de proteção, os
nazifascistas defendiam o uso deste poderio militar para fins de expansão territorial.
• Anticomunismo: os comunistas foram culpados pelos nazifascistas como sendo os grandes responsáveis
pelos problemas sociais e econômicos existentes. Muitos comunistas foram perseguidos, presos e
executados pelos nazifascistas da Alemanha e Itália.
• Antiliberalíssimo: ao invés da liberdade econômica, defendiam o controle econômico por parte do
governo. O governo deveria controlar a economia, visando o desenvolvimento da nação.
EXERCÍCIOS
1. A solução americana para a crise de 1929 caracteriza-se como:
a) o processo de busca de alternativas socialistas para a crise do capitalismo com a mudança de
regime político.
b) o resultado das pressões comunistas sobre o governo americano, que acaba assumindo, como
política, a eliminação dos interesses privados na economia.
c) o resultado da insatisfação da sociedade americana com relação aos princípios liberais assumidos
pelos partidos de esquerda que se vinculavam ao governo.
d) a introdução, na cultura americana, de valores europeus através da incorporação de tecnologia à
economia americana e de alternativas de seguridade total.
e) uma saída nacional que acentua o papel dirigente do Estado em determinados setores
econômicos, conhecida como "New Deal".
2. O colapso deflagrado no mundo pela crise financeira dos anos 20 teve como principal ato o craque da
Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929. Como consequência dessa crise, podemos
destacar:
a) os preços e salários subiram, aumentando a oferta de empregos na área industrial europeia.
b) a Europa recuperou sua prosperidade com altos investimentos dos fundos particulares norte-
americanos.
c) o Brasil manteve-se fora da crise com contínuos aumentos das exportações do café.
d) quase todo o mundo todo foi afetado drasticamente, quando a Inglaterra abandonou o padrão-
ouro, permitindo a desvalorização da libra.
e) nos primeiros anos da década de 30, a indústria alemã duplicou a sua produção, acarretando o
crescimento do comércio mundial.
H
is.
3. Entre os fatores que ocasionaram a crise de 1929 nos EUA destaca(m)-se:
a) o protecionismo rígido, a escassez de crédito bancário e a superprodução.
b) a saturação do mercado, a crise na agricultura e o crash da bolsa de Nova York.
c) a superprodução, a saturação do mercado e a expansão desmedida do crédito bancário.
d) a adoção de programas de construção de obras financiadas pelo Estado para minorar o
desemprego.
e) a excessiva oferta de terras e o protecionismo rígido.
4. "A crise atingiu o mundo inteiro. O operário metalúrgico de Pittsburgo, o plantador de café brasileiro,
o artesão de Paris e o banqueiro de Londres, todos foram atingidos".
Paul Raynaud - LA FRANCE A SAUVÉ L'EUROPE, T. I. Flamarion.
O autor se refere à crise mundial de 1929, iniciada nos Estados Unidos, da qual resultou:
a) o abalo do liberalismo econômico e a tendência para a prática da intervenção do Estado na
economia.
b) o aumento do número das sociedades acionárias e da especulação financeira.
c) a expansão do sistema de crédito e do financiamento ao consumidor.
d) a imediata valorização dos preços da produção industrial e fim da acumulação de estoques.
e) o crescimento acelerado das atividades de empresas industriais e comerciais, e o pleno emprego.
5. O período entre as duas guerras mundiais (1919-1939) foi marcado por:
a) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarização ideológica entre fascismo e
comunismo.
b) sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia e coexistência fraterna entre fascismo e
comunismo.
c) estagnação das economias socialista e capitalista e aliança entre os E.U.A. e a U.R.S.S. para deter
o avanço fascista na Europa.
d) prosperidade das economias capitalista e socialista e aparecimento da guerra fria entre os E.U.A e
a U.R.S.S.
e) coexistência pacífica entre os blocos americano e soviético e surgimento do capitalismo
monopolista.
6. No fim da década de 20, anos de prosperidade, uma grave crise econômica, conhecida como a Grande
Depressão, começou nos EUA e atingiu todos os países capitalistas. J. K. Galbraith, economista norte-
americano, -se evidente que aquela prosperidade
desastre in J.M. Roberts (org), História do Século XX.).
A aparente prosperidade pode ser percebida nas seguintes características:
a) o aumento da produção automobilística, a expansão do mercado de trabalho e a falta de
investimentos em tecnologia.
b) a destruição dos grandes estoques de mercadorias, o aumento dos preços agrícolas e o aumento
dos salários.
c) a cultura de massa com a venda de milhões de discos, as dívidas de guerra dos EUA e o aumento
do número de empregos.
d) a crise de superprodução, a especulação desenfreada nas bolsas de valores e a queda da renda
dos trabalhadores.
e) o aumento do mercado externo, o mito do American way of life e a intervenção do Estado na
economia.
7. Leia este trecho:
desafiar os séculos desabaram. O que havia debaixo destas ruínas? O fim de um período da história
contemporânea, o fim da economia liberal e capitalista [...] Diante deste declínio constatado e
irrevogável, duas soluções aparecem: a primeira seria estatizar toda a economia da Nação. Afastamo-
la, pois não queremos multiplicar por dez o número dos funcionários do Estado. Outra impõe-se pela
lógica: é o corporativismo englobando os elementos produtores da Nação e, quando digo produtores,
não me refiro somente aos industriais mas também aos operários. O fascismo estabeleceu a igualdade
de todos diante do trabalho. A diferença existe somente na escala das diversas responsabilidades. [...]
O Estado deve resolver o problema da repartição de maneira que não mais seja visto o fato paradoxal
H
is.
Discurso de Mussolini dirigido aos operários milaneses, em 7 de outubro de 1934. In: MATTOSO, Kátia M. de Queirós.
Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963). São Paulo: Hucitec: Edusp, 1977. p. 175-177.
A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar
que o fascismo italiano: a) era anticapitalista e se propunha instalar uma nova ordem social coletivista, sem classes. b) fazia uma defesa veemente do trabalho, destacando-o como elemento unificador das forças
sociais. c) propunha a união do capital e do trabalho, mediada pelo Estado e baseada no corporativismo. d) se considerava criador de um tempo e de um homem novos, no que rivalizava com o discurso
socialista.
8. Ao contrário do historiador contemporâneo ao fascismo como Franz Neumann, Theodor Adorno ou
Ângelo Tasca , nós sabemos, através de Auschwitz, o que é o fascismo ou, ao menos, sabemos qual
é a sua prática, ao contrário, ainda, dos historiadores que escreveram no imediato pós-guerra, como
Trevor-Hopper, G. Barraclough ou Eric Hobsbawm (até algum tempo), não podemos tratar o fascismo
como um movimento morto, pertencente à história e sem qualquer papel político contemporâneo.
Encontramo-nos, desta forma, numa situação insólita: sabemos qual a prática e as consequências do
fascismo e sabemos, ainda, que não é um fenômeno puramente histórico, aprisionado no passado.
Assim, torna-se impossível escrever sobre o fascismo histórico o que é apenas uma distinção didática
sem ter em mente o neofascismo e suas possibilidades. Daniel Aarão Reis Filho, O Século XX, p. 111-112.
Assinale a opção que sintetiza CORRETAMENTE a ideia contida no trecho acima. a) O Fascismo é um fenômeno definido conceitualmente, cuja prática é identificada pelos
historiadores que coexistiram com ele historicamente. b) O Fascismo não é um fenômeno histórico ligado ao passado, ele se insere na política
contemporânea atual sob outras formas de atuação. c) O Fascismo não pode ser tratado sem qualquer relação com a política contemporânea, já que hoje
sabemos sua prática e suas consequências. d) O Fascismo, conforme os historiadores, é um fenômeno que não pode ser escrito, já que se
circunscreve na história contemporânea como passado e presente
9. para justificar a ampliação do poder do estado. Sob o fascismo, grandes empresários e poderosos
sindicatos se aliam entusiasticamente ao estado para obter estabilidade contra as flutuações
econômicas, isto é, as expansões e contrações de determinados setores do mercado em decorrência
das constantes alterações de demanda por parte dos consumidores. A crença é a de que o poder
estatal pode suplantar a soberania do consumidor e substituí-la pela soberania dos produtores e
Rockwell, Lew. O que realmente é o fascismo. IMB.
Partindo da opinião de Rockwell, o modelo econômico típico do fascismo pode ser encarado como
contrário: a) ao corporativismo empresarial; b) às relações escusas entre Estado, grandes empresas e sindicatos. c) ao intervencionismo exacerbado do Estado no mercado. d) à submissão dos consumidores à vontade de cartéis econômicos. e) à livre iniciativa e ao livre mercado.
H
is.
10.
A fita branca, que venceu o Festival de Cinema de Cannes em 2009, conta a história de uma
comunidade rural na Alemanha, entre 1913 e 1914, onde estranhos e violentos incidentes começam a
sobre um problema alemão. Ele significa mais que isso. É um filme sobre as raízes do mal. É sobre um
grupo de crianças que são doutrinadas com alguns ideais e se tornam juízes dos outros justamente
Maurício Stycer. Adaptado de colunistas.ig.com.br, 24/10/2009.
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) provocou transformações nas vidas de crianças e jovens
europeus. Uma dessas transformações é apresentada no filmeA fita branca e está associada ao que o
Nas décadas de 1920 e 1930, os efeitos dessas raízes do mal se manifestaram no seguinte processo
histórico: a) expansão do comunismo b) difusão do etnocentrismo c) ascensão do totalitarismo d) renascimento do liberalismo
QUESTÃO CONTEXTO
Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/apesar-da-crise-economistas-dizem-que-capitalismo-nao-morre-mas-
prescrevem-mudancas-2864860>
O Capitalismo é característico por suas crises cíclicas, porém, também é conhecido por seus reajustes
e adaptações. A crise de 1929 talvez tenha sido a mais expressiva de todas, porém foi superada. Em
2008, tivemos uma nova grave crise mundial, com grande impacto em países da Europa, como Grécia
e Itália. Comente as influências das suas crises para o Brasil.
H
is.
GABARITO
Exercícios
1. e
Com o New Deal o Estado norte americano passa a intervir em determinados setores da economia para
solucionar a crise.
2. b
A depressão americana de 1929 afetou todo o mundo, haja vista que o mercado internacional nessa época
já era plenamente integrado em virtude da junção entre capital financeiro e capital industrial. A Inglaterra
era o principal país que usava padrão-ouro de reservas monetárias nessa época. Sua moeda, a libra, era
identificada com o preço do ouro no mercado. Com o abandono do padrão-ouro, as referências
monetárias internacionais passaram a ficar em um nível artificial, tornando a crise global.
3. c
A falta de mecanismos que regulamentavam a economia dos Estados Unidos acabou fazendo com que
os vários setores da economia caminhassem de forma frenética, esperando que as forças produtivas do
país experimentassem um inabalável quadro de crescimento e expansão. Com o passar do tempo, o
impacto sofrido pelas próprias limitações da economia viriam a determinar o desenvolvimento da crise.
4. d
A depressão americana de 1929 afetou todo o mundo, haja vista que o mercado internacional nessa época
já era plenamente integrado em virtude da junção entre capital financeiro e capital industrial. A Inglaterra
era o principal país que usava padrão-ouro de reservas monetárias nessa época. Sua moeda, a libra, era
identificada com o preço do ouro no mercado. Com o abandono do padrão-ouro, as referências
monetárias internacionais passaram a ficar em um nível artificial, tornando a crise global.
5. a
A crise do capitalismo liberal impulsionou a ascensão de regimes autoritários, como o nazismo e o
fascismo, bem como de alternativas ao capitalismo, como o socialismo na União Soviética.
6. d
A crise de superprodução das indústrias, aliada à expansão de crédito exponencial e à especulação
financeira, acabou por produzir efeitos colaterais desastrosos na economia americana, como a falência
de várias empresas e o desemprego em massa.
7. a
Ao ter uma posição contrária ao liberalismo, o fascismo italiano não pode ser considerado anticapitalista
pelo fato do mesmo adotar medidas de tal natureza interessadas no desenvolvimento da economia e o
fortalecimento da classe burguesa. Ao mesmo tempo, devemos salientar que os fascistas acreditavam na
mobilização das classes em prol da nação e não na simples extinção das mesmas.
8. b
Segundo a posição de Daniel Aarão Reis Filho, o fascismo pode ser observado em estruturas políticas e
ideológicas contemporâneas mesmo depois de tantas décadas transcorridas após a Segunda Guerra
Mundial. O fascismo poderia ser observado hoje, por exemplo, em fenômenos como a formação de
grandes corporações empresariais que estabelecem conluio com o Estado e sindicatos de trabalhadores
e também em comportamentos sectaristas relacionados com ideologias políticas (sejam de direita ou de
esquerda) que se utilizam da hostilidade e da agressão (verbal e física) contra seus adversários.
9. e
Segundo Rockwell, o fascismo, do ponto de vista econômico, é uma das variantes do intervencionismo
do Estado nas diretrizes econômicas. Percebe-se que o autor parte da interpretação liberal clássica para
fundamentar sua análise. Dessa forma, a união entre grandes corporações, cooptação de sindicatos e o
poder autoritário do Estado, que caracterizou o fascismo, são nocivos à livre iniciativa do indivíduo e à
própria condição para que haja essa livre iniciativa, isto é, o mercado livre.
10. c
Algumas ideias devem ser associadas para o entendimento da questão, como a formação de uma nova
ideologia, o elemento que reforça o processo controlador e opressor e a época, as décadas de 20 e 30
H
is.
do século passado, caracterizada pela ascensão de modelos totalitários, não apenas o nazismo na
Alemanha, mas o fascismo em outras nações e o stalinismo na União Soviética.
L
it.
Lit.
Professor: Amara Moira
Monitor: Rodrigo Pamplona
L
it.
Modernismo: 2ª fase (Prosa) 03
out
RESUMO
A geração Pioneira
Os pioneiros da renovação cultural e estética procuraram novas formas de expressão para a produção de
uma arte original e sem amarras. A liberdade estava na escolha dos temas e no próprio fazer artístico. A
linguagem era versátil, próxima do cotidiano, coloquial e tinha um intuito extremamente comunicativo e
acessível.
A literatura era instrumento que refletia a vida , os homens, o tempo, o presente. Daí os questionamentos
acerca da sociedade, a crítica aos valores burgueses etc. Nessa época, a poesia era irreverente, havia muitas
paródias, poemas-piada, textos sintéticos que articulavam pensamentos complexos.
Características
Renovação linguística: desenvolvimento da pesquisa estética, visando a originalidade; novas formas de
expressão - experimentalismo com a linguagem; verso livre; humor (ainda que ácido): poesia-piada).
Temáticas: grande liberdade de expressão; o cotidiano sempre está presente; exaltação da máquina, do
progresso; inspiração nacionalista - a originalidade da arte brasileira como foco.
Inovações: imagens ilógicas; Descontinuidade cronológica; Irreverência e combatividade; contestação dos
valores da cultura e da sociedade.
• Adoção de versos livres e brancos;
• Desvio das formas clássicas, como os sonetos;
• Valorização da linguagem coloquial;
• Nacionalismo crítico;
• Pluralidade cultural, fruto da miscigenação;
• Valorização do cotidiano;
• Dessacralização da arte;
• Liberdade artística;
• Poesia sintética;
• Tom prosaico;
• Valorização da originalidade.
-
Antônio de Alcântara Machado.
Principais autores
Cassiano Ricardo Leite
Obras: Dentro da noite; A flauta de Pã; Vamos caçar papagaio; Martim Cererê; O sangue das horas; Um dia
depois do outro; Jeremias sem chorar; Os sobreviventes.
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho: Manuel Bandeira
elo; Estrela da Tarde; Estrela
da Vida Inteira; Itinerário de Pasárgada.
Mário Raul de Morais Andrade: Mário de Andrade
Poesia: Há uma gota de sangue em cada poema; Pauliceia Desvairada; Losango Cáqui; Clã do Jabuti; Remate
dos Males; Lira Paulistana; Poesias Completas.
Prosa: Macunaíma; Balazarte; Contos Novos; Amar, Verbo Intransitivo.
José Oswald de Andrade: Oswald de Andrade
Obras: Pau-Brasil; Primeiro caderno do aluno de poesia: Oswald de Andrade; Serafim Ponte Grande;
Memórias Sentimentais de João miramar; Marco Zero 1 e 2; O rei da vela.
L
it.
Textos de apoio:
Vou-me Embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
Lá sou amigo do rei
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
BANDEIRA, Manuel. Bandeira a Vida Inteira. Rio de Janeiro: Alumbramento, 1986, p. 90.
3 de Maio
Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é a descoberta
Das coisas que eu nunca vi
Oswald de Andrade
L
it.
Erro de Português
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena! Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
Oswald de Andrade
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
Oswald de Andrade - Literatura comentada. São Paulo, Nova Cultural, 1988.
Descobrimento
Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus!
muito longe de mim
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu. Mário de Andrade
O Capoeira
- Qué apanhá sordado?
- O quê?
- Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.
Oswald de Andrade, José. Pau-Brasil, Au Sans Pareil, 1925.
A prosa modernista da 2ª fase
Após a consolidação da 1ª fase modernista, também conhecida
revisão do passado nacional a partir de uma visão crítica, a chegada da década de 1930 e os acontecimentos
que marcaram essa época contribuíram para uma literatura voltada às diversidades regionais, sociais e
culturais da realidade brasileira. Em especial, a prosa abordava temas como a subsistência humana, a miséria,
o isolamento político e as relações de trabalho.
Contexto histórico
O contexto histórico do período afeta diretamente a produção literária, uma vez que tivemos vários eventos
significativos nesse período e de posição ideológica em todo o mundo.
• Crise de 1929 em Nova Iorque;
• Revolução de 1930;
• A crise do Café no Brasil;
• A criação do Estado Novo (1930);
L
it.
• Intentona Comunista (1935);
• Ascenção do Nazifascimo
• Ideologia Socialista
• Segunda Guerra Mundial (1939 1945)
A partir desses acontecimentos, é possível perceber o porquê de as obras possuírem um claro engajamento
sociopolítico e inserirem, em sua narrativa, uma denúncia social.
Características da prosa modernista (2ª fase) Com o olhar mais crítico da segunda fase modernista, a realidade brasileira passa a ser abordada a partir de
um novo olhar, com intenções claras de denúncia social e engajamento político por parte dos autores.
Como já vimos desde o pré-modernismo, a literatura brasileira começa a destacar aspectos de várias regiões
do Brasil, valorizando o regionalismo e a identidade brasileira. Na segunda fase do Modernismo, a abordagem
de uma ficção sobre o sertão nordestino contribuiu para denunciar a condição do homem, relatar a questão
da imigração e as dificuldades enfrentadas pela fome, miséria e pobreza.
Além disso, percebemos que as obras também destacam aspectos como o cangaço, o fanatismo religioso, a
disputa entre terras, o coronelismo e a crise dos engenhos. É válido ressaltar que a região do Nordeste não
foi a única a ser abordada na ficção literária, o Sul do país também se destacou nos romances. Desse modo,
percebemos a presença de relatos do cotidiano da vida urbana na região sul, a questão de valores sociais e
morais, uma abordagem mais abrangente sobre a formação do Rio Grande do Sul e as questões políticas da
região. O autor gaúcho, Dionélio Machado, aprofundou suas obras com a presença de um romance urbano
e também, psicológico.
Outro ponto importante é a questão de uma linguagem coloquial, que se aproxima das variedades linguísticas
de cada local. Entre os grandes autores desse momento, podemos citar: Graciliano Ramos, Rachel de
Queiroz, José Lins do Rego, Dionélio Machado, Érico Veríssimo e Jorge Amado.
Leia um trecho da obra "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, e observe como o próprio personagem tem
consciência de sua condição e da maneira como vive:
-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome,
comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a
mulher e os filhos tinham-se habituado a camarinha escura, pareciam ratos - e a lembrança dos sofrimentos
passados esmorecera.
Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aio um
pedaço de fumo, picou-o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.
- Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.
Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E,
pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho,
queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de
animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-
a, murmurando:
- Você é um bicho, Fabiano.
Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades. Chegara naquela
situação medonha - e ali estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.
- Um bicho, Fabiano.
Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e
sementes de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se
desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito
que tinha era ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-
Textos de apoio
TEXTO I
Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de cemitérios antigos esqueletos redivivos, com o aspecto
terroso e o fedor das covas podres.
Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de
quem leva as pernas, em vez de ser levado por elas.
L
it.
Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não
sabiam aonde iam. Expulsos de seu paraíso por espadas de fogo, iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão
dos maus fados.
Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado nomandismo.
Adelgaçados na magreira cômica, cresciam, como se o vento os levantasse. E os braços afinados desciam-
lhes aos joelhos, de mãos abanando.
Vinham escoteiros. Menos os hidrópicos de ascite consecutiva à alimentação tóxica com os fardos das
barrigas alarmantes.
Não tinha sexo, nem idade, nem condição nenhuma.
Eram os retirantes. Nada mais.
Meninotas, com as pregas da súbita velhice, careteavam, torcendo as carinhas decrépitas de ex-voto. Os
vaqueiros másculos, como titãs alquebrados, em petição de miséria. Pequenos fazendeiros, no arremesso
igualitário, baralhavam-se nesse anônimo aniquilamento.
Mais mortos do que vivos. Vimos, vivíssimos só no olhar. Pupilas do sol da seca. Uns olhos espasmódicos de
pânico, como se estivessem assombrados de si próprios. Agônica concentração de vitalidade faiscante.
Fariscavam o cheiro enjoativo do melado que lhes exarcebava os estômagos jejuns. E, em vez de comerem,
eram comidos pela própria fome numa autofagia erosiva. ALMEIDA, José Américo. A Bagaceira.
TEXTO II
- Um dia um homem faz besteira e se desgraça.
Pois não estavam vendo que ele é de carne e osso? Tinha obrigação de trabalhar para os outros,
naturalmente, conhecia o seu lugar. Bem. Nascera com esse destino ruim. Que fazer? Podia mudar a sorte?
Se lhe dissessem que era possível melhorar de situação, espantar-se-ia. Tinha vindo ao mundo para amansar
brabo, curar feridas com rezas, consertar cercas de inverno a verão. Era sina. O pai vivera assim, o avô
também. E para trás não existia família. Cortar mandacaru, ensebar látegos aquilo estava no sangue.
Conformava-se, não pretendia mais nada. Se lhe dessem o que era dele, estava certo. Não davam. Era um
desgraçado, era como um cachorro, só recebia ossos. Por que seria que os homens ricos ainda lhe tomavam
uma parte do osso? Fazia até nojo pessoas importantes se ocuparem com semelhantes porcarias. RAMOS, Graciliano. Vidas Secas, 1984, p.96
TEXTO III
Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.
Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E,
pensando bem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros.
Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente.
Corrigiu-a, murmurando:
Você é um bicho, Fabiano. RAMOS, Graciliano. Vidas Secas.
TEXTO IV
Eles tinham sa ́do na v ́spera, de manh ̃, da Canoa.
Eram duas horas da tarde.
Cordulina, que vinha quase cambaleando, sentou-se numa pedra e falou, numa voz quebrada e penosa: -
Chico, eu n ̃o posso mais... Acho at ́ que vou morrer. D ́-me aquela zoeira na cabe ̧a!
Chico Bento olhou dolorosamente a mulher. o cabelo, em falripas sujas, como que gasto,acabado, ca ́a, por
cima do rosto, envesgando os olhos, ro ̧ando na boca. A pele, empretecida como uma casca, pregueava nos
bra ̧os e nos peitos, que o casaco e a camisa rasgada descobriam.
(...)
No colo da mulher, o Duquinha, tamb ́m s ́ osso e pele, levava, com um gemido abafado, a m ̃ozinha
imunda, de dedos ressequidos, aos pobres olhos doentes.
E com a outra tateava o peito da m ̃e, mas num movimento t ̃o fraco e t ̃o triste que era mais uma tentativa
do que um gesto.
Lentamente o vaqueiro voltou as costas; cabisbaixo, o Pedro o seguiu. E foram andando ̀ toa, devagarinho,
costeando a margem da caatinga. (...)
De repente, um b ́!,agudo e longo, estridulou na calma.
L
it.
E uma cabra ruiva, nambi, de focinho quase preto, estendeu a cabe ̧a por entre a orla de galhos secos do
caminho, agu ̧ando os rudimentos de orelha,evidentemente procurando ouvir, naquela distens ̃o de sen-
tidos, uma long ́nqua resposta a seu apelo.
Chico Bento, perto, olhava-a, com as m ̃os tr ̂mulas, a garganta ́spera, os olhos afogueados.
O animal soltou novamente o seu clamor aflito.
Cauteloso, o vaqueiro avan ̧ou um passo.
E de s ́bito em tr ̂s pancadas secas, r ́pidas, o seu cacete de juc ́ zuniu; a cabra entonteceu, amunhecou, e
caiu em cheio por terra.
Chico Bento tirou do cinto a faca, que de t ̃o velha e t ̃o gasta nunca achara quem lhe desse um tost ̃o por
ela.
Abriu no animal um corte que foi de debaixo da boca at ́ separar ao meio o ́bere branco de tetas secas,
escorridas.
Rapidamente iniciou a esfolação. A faca afiada corria entre a carne e o couro. Na pressa, arrancava aqui
pedaços de lombo, afinava ali a pele, deixando-a quase transparente.
Mas Chico Bento cortava, cortava sempre, com um movimento febril de mãos, enquanto Pedro, comovido
e ansioso, ia segurando o couro descarnado.
Afinal, toda a pele destacada estirou-se no chão.
E o vaqueiro, batendo com o cacete no cabo da faca, abriu ao meio a criação morta.
Mas Pedro, que fitava a estrada, o interrompeu:
- Olha, pai!
Um homem de mescla azul vinha para eles em grandes passadas. Agitava os bra ̧os em f ́ria, aos berros:
- Cachorro! Ladr ̃o! Matar minha cabrinha! Desgra ̧ado!
Chico Bento, tonto, desnorteado, deixou a faca cair e, ainda de c ́coras, tartamudeava explica ̧ ̃es confusas.
O homem avan ̧ou, arrebatou-lhe a cabra e procurou enrol ́-la no couro.
Dentro da sua perturba ̧ ̃o, Chico Bento compreendeu apenas que lhe tomavam aquela carne em que seus
olhos famintos j ́ se regalavam, da qual suas m ̃os febris j ́ tinham sentido o calor confortante.
E lhe veio agudamente ̀ lembran ̧a Cordulina ex ̂nime na pedra da estrada... o Duquinha t ̃o morto que j ́
nem chorava...
Caindo quase de joelhos, com os olhos vermelhos cheios de l ́grimas que lhe corriam pela face ́spera,
suplicou, de m ̃os juntas:
- Meu senhor, pelo amor de Deus! Me deixe um peda ̧o de carne, um taquinho ao menos,
que d ̂ um caldo para a mulher mais os meninos! Foi pra eles que eu matei! j ́ ca ́ram com a fome!...
- N ̃o dou nada! Ladr ̃o! Sem-vergonha! Cabra sem-vergonha!
A energia abatida do vaqueiro n ̃o se estimulou nem mesmo diante daquela palavra.
Antes se abateu mais, e ele ficou na mesma atitude de s ́plica.
E o homem disse afinal, num gesto brusco, arrancando as tripas da cria ̧ ̃o e atirando-as para o vaqueiro:
- Tome! S ́ se for isto! A um diabo que faz uma desgra ̧a como voc ̂ fez, dar-se tripas ́ at ́ demais!...
A faca brilhava no ch ̃o, ainda ensanguentada, e atraiu os olhos de Chico Bento.
Veio-lhe um ́mpeto de brandi-la e ir disputar a presa, mas foi ́mpeto confuso e r ́pido. Ao gesto de estender
a m ̃o, faltou-lhe o ̂nimo.
O homem, sem se importar com o sangue, pusera no ombro o animal sumariamente envolvido no couro e
marchava para a casa cujo telhado vermelhava, l ́ al ́m.
Pedro, sem perder tempo, apanhou o fato que ficara no ch ̃o e correu para a m ̃e. Chico Bento ainda esteve
uns momentos na mesma postura, ajoelhado.
E antes de se erguer, chupou os dedos sujos de sangue, que lhe deixaram na boca um gosto amargo de vida. QUEIROZ, Rachel de. O Quinze.
EXERCÍCIOS
1. Confidência do Itabirano
Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e [comunicação.
L
it.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e [sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede.
ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.
Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do movimento modernista brasileiro. Com seus
poemas, penetrou fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as inquietudes e os dilemas
humanos. Sua poesia é feita de uma relação tensa entre o universal e o particular, como se percebe
claramente na construção do poema Confidência do Itabirano.
Tendo em vista os procedimentos de construção do texto literário e as concepções artísticas
modernistas, conclui-se que o poema acima: a) representa a fase heroica do modernismo, devido ao tom contestatório e à utilização de expressões
e usos linguísticos típicos da oralidade. b) apresenta uma característica importante do gênero lírico, que é a apresentação objetiva de fatos e
dados históricos. c)
representam a forma como a sociedade e o mundo colaboram para a constituição do indivíduo. d) critica, por meio de um discurso irônico, a posição de inutilidade do poeta e da poesia em
comparação com as prendas resgatadas de Itabira. e) apresenta influências românticas, uma vez que trata da individualidade, da saudade da infância e
do amor pela terra natal, por meio de recursos retóricos pomposos.
2. Mãos dadas
Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao amanhecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou
cartasde suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo (1940).
3. mundo),
é correto afirmar que Carlos Drummond de Andrade: a) recusa os princípios formais e temáticos do primeiro Modernismo. b) tematiza o lugar da poesia num momento histórico caracterizado por graves problemas mundiais. c) vale-se de temas que valorizam aspectos recalcados da cultura brasileira. d) alinha-se à poética que critica as técnicas do verso livre. e) relativiza sua adesão à poesia comprometida com os dilemas históricos, pois a arte deve priorizar
o tema da união entre os homens.
L
it.
4. Canção
e o navio em cima do mar; - depois, abri o mar com as mãos para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas e a cor que escorre dos meus dedos colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio; debaixo da água vai morrendo meu sonho,
Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras
Pode-se apontar como tema do poema: a) a transitoriedade das coisas. b) a renúncia. c) a desilusão. d) a fugacidade do tempo. e) a dúvida existencial.
5. Olá! Negro
e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofredor tentarão apagar a tua cor! E as gerações dessas gerações quando apagarem a tua tatuagem execranda, não apagarão de suas almas, a tua alma, negro! Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi, negro-fujão, negro cativo, negro rebelde negro cabinda, negro congo, negro ioruba, negro que foste para o algodão de USA para os canaviais do Brasil, para o tronco, para o colar de ferro, para a canga de todos os senhores do mundo; eu melhor compreendo agora os teus blues nesta hora triste da raça branca, negro! Olá, Negro! Olá, Negro! A raça que te enforca, enforca-
LIMA, J. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958 (fragmento).
O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz, na visão do eu lírico, um contexto social
assinalado por: a) modernização dos modos de produção e consequente enriquecimento dos brancos. b) preservação da memória ancestral e resistência negra à apatia cultural dos brancos. c) superação dos costumes antigos por meio da incorporação de valores dos colonizados. d) nivelamento social de descendentes de escravos e de senhores pela condição de pobreza. e) antagonismo entre grupos de trabalhadores e lacunas de hereditariedade.
L
it.
6. Soneto de Fidelidade
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama
Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta: a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas. b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de
amor. c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas. d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na
tristeza. e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao
amor.
7. TEXTO I
proporcionava. Estranhas coisas entraram então para o trapiche. Não mais estranhas, porém, que
aqueles meninos, moleques de todas as cores e de idades as mais variadas, desde os nove aos dezesseis
anos, que ̀ noite se estendiam pelo assoalho e por debaixo da ponte e dormiam, indiferentes ao vento
que circundava o casarão uivando, indiferentes ̀ chuva que muitas vezes os lavava, mas com os olhos
puxados para as luze AMADO, J. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento).
TEXTO II ̀ margem esquerda do rio Belém, nos fundos do mercado de peixe, ergue-se o velho ingazeiro ali
os bêbados são felizes. Curitiba os considera animais sagrados, prov ̂ as suas necessidades de cachaça
e pirão. No trivial contentavam-se com as sobras do me TREVISAN, D. 35 noites de paix ̃o: contos escolhidos. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009 (fragmento).
Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados s ̃o exemplos de uma abordagem liter ́ria
recorrente na literatura brasileira do s ́culo XX. Em ambos os textos: a) a linguagem afetiva aproxima os narradores dos personagens marginalizados. b) a ironia marca o distanciamento dos narradores em rela ̧ ̃o aos personagens. c) o detalhamento do cotidiano dos personagens revela a sua origem social. d) o espa ̧o onde vivem os personagens ́ uma das marcas de sua exclus ̃o. e) a cr ́tica ̀ indiferen ̧a da sociedade pelos marginalizados ́ direta.
L
it.
8. (Cântico VI) Tu tens um medo de Acabar. Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo dia. No amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas Até não teres medo de morrer. E então serás eterno.
MEIRELES, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1963 (fragmento).
A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre o homem em seu aspecto existencial. Em
Cântico VI, o eu lírico exorta seu interlocutor a perceber, como inerente à condição humana, a) a sublimação espiritual graças ao poder de se emocionar. b) o desalento irremediável em face do cotidiano repetitivo. c) o questionamento cético sobre o rumo das atitudes humanas. d) a vontade inconsciente de perpetuar-se em estado adolescente. e) um receio ancestral de confrontar a imprevisibilidade das coisas.
9. SENTIMENTAL Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas E debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! - Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando... E há em todas as consciências um cartaz amarelo: Neste país é proibido sonhar.
Carlos Drummond de Andrade
Esse poema é caracteristicamente modernista, porque nele: a) A uniformidade dos versos reforça a simplicidade dos sentimentos experimentados pelo poeta. b) Tematiza-se o ato de sonhar, valorizando-se o modo de composição da linguagem surrealista. c) Satiriza-se o estilo da poesia romântica, defendendo os padrões da poesia clássica. d) A linguagem coloquial dos versos livres apresenta com humor o lirismo encarnado na cena
cotidiana. e) O dia a dia surge como novo palco das sensações poéticas, sem imprimir a alteração profunda na
linguagem lírica.
L
it.
10.
sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma
linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava
bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações
com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos exclamações, onomatopeias. Na
verdade, falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir
Graciliano Ramos
No texto, a referência aos pés: a) Constitui um jogo de contrastes entre o mundo cultural e o mundo físico do personagem. b) Acentua a rudeza do personagem, em nível físico. c) Justifica-se como preparação para o fato de que o personagem não estava preparado para
caminhada. d) Serve para demonstrar a capacidade de pensar do personagem.
11. No poema Procura da poesia, Carlos Drummond de Andrade expressa a concepção estética de se
fazer com palavras o que o escultor Michelângelo fazia com mármore. O fragmento abaixo exemplifica
essa afirmação.
Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. (...) Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres:
Carlos Drummond de Andrade. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 13-14.
Esse fragmento poético ilustra o seguinte tema constante entre autores modernistas: a) a nostalgia do passado colonialista revisitado. b) a preocupação com o engajamento político e social da literatura. c) o trabalho quase artesanal com as palavras, despertando sentidos novos. d) a produção de sentidos herméticos na busca da perfeição poética. e) a contemplação da natureza brasileira na perspectiva ufanista da pátria.
QUESTÃO CONTEXTO
Congresso Internacional do Medo Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. Carlos Drummond de Andrade
A partir da leitura do poema e de seus conhecimentos prévios, comente a temática da poesia
modernista da segunda fase.
L
it.
GABARITO
Exercícios
1. c O poema em análise explicita uma troca entre universal e particular, no que tange ao eu-lírico e sua
comunidade, uma vez que ele revela que carrega consigo as marcas de seu meio de origem (versos 1 a
3), a cidade de Itabira, região produtora de minério de ferro localizada em Minas Gerais. Ao longo do
poema, vemos que tais marcas se manifestam nele de forma a torná-
sofrimento uma diversão. 2. b
uma história [...]não fugirei para as ilhas nem serei
3. b
- depois, abri o mar com as mãos/para o meu sonho naufragar [...] e o meu navio chegue ao fundo do próprio eu-lírico .
4. b O contexto social reproduzido no poema é gerado pelo conflito entre etnias e gerações. Dessa forma,
os negros devem lutar pela preservação da sua cultura. 5. d
O autor concebe o amor nos dois primeiros quartetos como sendo um sentimento intenso a ser
compartilhado tanto na alegria quanto na tristez
6. d
Os textos retratam os espaços onde vivem personagens marginalizados. Esses locais são índices da
exclusão social, seja no livro de Jorge Amado, com os meninos abandonados, seja dos bêbados, no
fragmento de Dalton Trevisan. 7. a
Reconhecer o caráter de influência simbolista no poema da autora. Pelo conteúdo do texto, percebe-se
a preocupação com a efemeridade X eternidade aspectos reflexivos bem presentes na ótica simbolista. 8. d
Drummond se utiliza da linguagem coloquial em seu poema de amor moderno, diferente do encontrado
na poesia de linguagem rebuscada dos poetas românticos, cuja temática enaltecia o amor romântico e o
culto à mulher inatingível. 9. b
intenção de fazer a rudeza e o caráter rústico do físico do personagem ficarem explícitos. 10. c
Por meio da comparação do fazer poético às obras de Michelangelo, o autor pretende corroborara a
ideia de que o trabalho com as palavras é minucioso, quase que artesanal.
Questão Contexto
A temática da poesia modernista da segunda fase transparecia a preocupação dos autores não só com a
poético), mas também com problemas sociais e históricos. Drummond compromete-se com
M
at.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda
Monitor: Rodrigo Molinari
M
at.
Matrizes: Definição, matriz genérica,
matriz transposta
04
out
RESUMO
Definição: Matriz do tipo mxn é a matriz que possui m linhas e n colunas.
A = 1311 12
2321 22
aa a
aa a
Note que ela possui 2 linhas e 3 colunas logo A é uma matriz 2x3.
Exemplo:
Na matriz:
1 6
12
3
3 1
5 0
O elemento 1
3 está na segunda linha e na segunda coluna logo é indicado como
22a .
O elemento 5 está na quarta linha e primeira coluna logo é indicado como 41
a
Matriz Genérica:
Um elemento genérico da matriz A é indicado por
ija , onde i representa a linha e j representa a coluna.
Uma matriz pode ser definida por uma lei de formação também.
Por exemplo:
A matriz A = ij 2x3
(a ) tal que ij
a = 2i + j. Os seus elementos na forma genérica são:
11 12 13
21 22 23
a a a
a a a
A partir da sua lei de formação podemos descobrir os elementos substituindo-se i e j pelos valores
correspondentes
11
12
13
21
22
23
a 2.1 1 3
a 2.1 2 4
a 2.1 3 5
a 2.2 1 5
a 2.2 2 6
a 2.3 2 8
= + =
= + =
= + =
= + =
= + =
= + =
M
at.
Substituindo os valores, a matriz fica:
3 4 5
5 6 8
Matrizes com denominações especiais: • Matriz quadrada: é a matriz que possui o número de linhas igual ao número de colunas .
Ex.
2 1 2
3 4 0
0 1 3
possui 3 linhas e 3 colunas
• Matriz transposta: Dada a matriz A, denomina-se matriz transposta de A à matriz T
A , cujas colunas
coincidem ordenadamente com as linhas da matriz A.
Ex:
Ex:
Propriedades:
T T
T T T
T T
T T T
(A ) A
(A B) A B
(cA) cA
(AB) B A
=
+ = +
=
=
• Matriz Triangular: Tem dois tipos triangular: superior, onde ij
a =0 quando i<j e inferior, onde ij
a =0
quando i>j
EXERCÍCIOS
1. A temperatura da cidade de Porto Alegre RS foi medida, em graus Celsius, três vezes ao dia, durante
6 dias. Cada elemento ij
a da matriz A = corresponde à
temperatura observada no tempo i do dia j. Com base nos dados da matriz A, analise as seguintes
proposições:
I. A temperatura mínima registrada está na posição 12
a
II. A maior variação de temperatura registrada entre os tempos 1 e 2 aconteceu no primeiro dia.
III. A temperatura máxima registrada está na posição 34
a
Estão corretas as afirmativas
a) I e III apenas.
b) I e II apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.
M
at.
2. Se A é uma matriz 2x3 definida por ij
3i j, se i ja
2i j, se i=j
+ − −
é representada por:
a)
c)
b)
d)
3. Observe a matriz A, quadrada e de ordem três.
Considere que cada elemento aij dessa matriz é o valor do logaritmo decimal de (i + j).
O valor de x é igual a:
a) 0,50
b) 0,70
c) 0,77
d) 0,87
4. Anselmo (1), Eloi (2), Pedro (3) e Wagner (4) são matemáticos e, constantemente, se desafiam com
exercícios. Com base na matriz D, a seguir, que enumera cada elemento a ij representando o número
de desafios que "i" fez a "j", assinale, respectivamente, quem mais desafiou e quem foi mais desafiado.
0 5 2 7
6 0 4 1D
1 7 0 3
2 1 8 0
=
a) Anselmo e Pedro.
b) Eloi e Wagner.
c) Anselmo e Wagner.
d) Pedro e Eloi.
e) Wagner e Pedro.
5. A matriz ij
A (2x3) tem elementos definidos pela expressão ij
A =i³-j². Portanto, a matriz A é
a) 0 3 8
7 4 1
− −
−
c)
0 3
7 4
26 23
−
e)
0 1 2
1 0 1
− −
−
b) 0 7 26
3 4 23
−
d)
0 7
3 4
8 1
− − −
M
at.
6. Num jogo, foram sorteados 6 números para compor uma matriz M=( ij
m ) de ordem 2 x 3. Após o
sorteio observou se que esses números obedeceram à regra ij
m =4i-j. Assim, a matriz M é igual
a_______.
a) 1 2 3
5 6 7
c) 3 2 1
7 6 5
e)
3 7
2 6
1 5
b) 1 2 3
4 5 6
d)
3 2
7 6
11 10
7. A distribuição dos n moradores de um pequeno prédio de apartamentos é dada pela matriz
4 x 5
1 3 y
6 y x 1
+
onde cada elemento ij
A representa a quantidade de moradores do apartamento j do
andar i. Sabe-se que, no 1º andar, moram 3 pessoas a mais que no 2º e que os apartamentos de número
3 comportam 12 pessoas ao todo. O valor de n é:
a) 30
b) 31
c) 32
d) 33
e) 34
8. Seja a mátria A = (ij
a )3x4 tal que ij
a = i + j, se i = j
2i - 2j, se i j
, então a22 + a34 é igual a:
a) 2
b) 1
c) -1
d) -2
9. O fluxo de veículos que circulam pelas ruas de mão dupla 1, 2 e 3 é controlado por um semáforo, de
tal modo que, cada vez que sinaliza a passagem de veículos, é possível que passem até 12 carros, por
minuto, de uma rua para outra. Na matriz
0 90 36
S 90 0 75
36 75 0
=
, cada termo ij
S indica o tempo, em
segundos, que o semáforo fica aberto, num período de 2 minutos, para que haja o fluxo da rua i para a
rua j.
Então, o número máximo de automóveis que podem passar da rua 2 para a rua 3, das 8h às 10h de um
mesmo dia, é:
a) 1100
b) 1080
c) 900
d) 576
e) 432
M
at.
10. No projeto Sobremesa musical, o Instituto de Cultura Musical da PUC-RS realiza apresentações
semanais gratuitas para a comunidade universitária.O número de músicos que atuaram na
apresentação de número j do i-ésimo mês da primeira temporada de 2009 está registrado como
elemento aij da matriz a seguir:
A apresentação na qual atuou o maior número de músicos ocorreu na _______ , semana do ________
mês.
a) quinta - segundo
b) quarta - quarto
c) quarta - terceiro
d) terceira - quarto
e) primeira - terceiro
PUZZLE
Uma garrafa com sua rolha custa R$ 1,10. Sabendo que a garrafa custa R$ 1,00 a mais que a rolha, qual
é o preço da rolha?
a) R$ 0,01
b) R$ 0,05
c) R$ 0,10
d) R$ 0,50
M
at.
GABARITO
Exercícios
1. d
I. Correta, o a12 (8,1) é o menor valor da matriz
II. Correta, a maior variação é 2,8 e respectivo ao primeiro dia
III. Correta, o a34 (21) é o maior valor da matriz
2. d
11
12
13
21
22
23
a 2.1 1 1
a 3.1 2 5
a 3.1 3 6
a 3.2 1 7
a 2.2 2 2
a 3.2 3 9
= − + = −
= + =
= + =
= + =
= − + = −
= + =
3. b
O x representa o elemento na 2ª linha e 3ª coluna e o elemento na 3ª linha e 2ª coluna. Usando a lei de
formação
log(i j) log(3 2) log5
10log5 log log10 log2
2
(log2 log(1 1) 0,3)
log10 log2 1 0,3 0,7
x 0,7
+ = + =
= = −
= + =
− − =
=
4. a
Numero de quem mais desafia= i = linha, Número de mais desafiado = j = coluna. Somando os
elementos das linhas e das colunas
Maior soma nas linhas (quem mais desafia) = linha 1 = Ancelmo. Maior soma nas colunas (quem mais
é desafiado) = coluna 3 = Pedro
5. a
6. c
M
at.
7. c
Nos apartamentos de número 3 comportam 12 pessoas ao logo, logo
5+y+x+1=12, logo x+y=6. Sendo assim, o valor de N é
4 1 6 x 3 y 5 y x 1
4 1 6 6 3 5 6 1 32
+ + + + + + + + + =
+ + + + + + + =
8. a
22
34
22 34
a 2 2 4
a 2.3 2.4 2
a a 4 2 2
= + =
= − = −
+ = − =
9. c
Em 23
S tem-se 75 segundos que o semáforo fica aberto. Para descobrir em 2 horas (120 min)
75s------- 2 minutos
X --------- 120 minutos
X=4500 segundos aberto a cada 2 horas
Sabendo que a cada minuto podem passar até 12 carros
4500s y
− − − − −
− − − −
10. O maior número (54) aparece na quarta linha e terceira coluna. Logo ocorreu no quarto mês e na terceira
semana
Questão Contexto
b
A rolha custa R$ 0,05 e a garrafa custa R$ 1,00 a mais que ela (ou seja, a garrafa custa R$ 1,05). Somando,
temos R$ 1,05 + R$ 0,05 = R$ 1,10.
M
at.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda
Monitor: Rodrigo Molinari
M
at.
Matrizes: Matriz inversa 04
out
RESUMO
Dada a matriz quadrada A, dizemos que A é invertível (ou não singular), se e somente se existir uma matriz
X, tal que A.X=I, onde I é a matriz identidade. Uma notação comum para a matriz inversa é 1
A−
. Exemplo:
1 2A
0 1
=
Descobrir a matriz inversa é o mesmo que descobrir valores de x,y,z,w em 1
x yA
z w
− =
tais que
1 2 x y 1 0.
0 1 z w 0 1
=
Efetuando o produto das matrizes:
x 2z y 2w 1 0
z w 0 1
+ + =
Usando a igualdade das matrizes
x 2z 1 x 1
y 2w 0 y 2
z 0
w 1
+ = → =
+ = → = −
=
=
Substituindo, descobrimos que 1
1 2A
0 1
−−
=
.
Não é sempre que a matriz possui inversa, pois o sistema pode não ter solução. Em aulas posteriores,
aprenderemos um método prático para a existência ou não de inversa.
M
at.
EXERCÍCIOS
1. Determine uma matriz invertível P que satisfaça a equação P-1. A = 5 0
0 2
− , sendo A=
1 2
3 3
−
a) P=
5 10
3 9
2 2
3 9
−
c) P=2 101
3 310
−
e) P=
11
5
3 3
5 2
−
b) P=2 10
6 15
−
d) P=
2 2
9 3
10 5
9 3
− −
−
2. Considere a matriz a 2a 1
Aa 1 a 1
+ =
− + em que a é um número real. Sabendo que A admite
inversa 1A− cuja primeira coluna é 2a 1
1
−
− , a soma dos elementos da diagonal principal de 1A− é igual
a
a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
e) 9
3. A matriz inversa de
2 0 1
A 2 1 10
0 0 1
−
= −
é
a)
2 0 1
A 2 1 10
0 0 1
−
= − − −
c)
2 2 0
A 0 1 0
1 10 1
= − −
b)
1 2 0 1 2
A 1 1 11
0 0 1
−
= − −
d)
2 2 0
A 0 1 0
1 10 1
− −
= − −
4. A matriz inversa da matriz em destaque, mostrada adiante é 1 0
0 1
:
a) 1 0
1 0
c) 0 1
0 1
e)
1 02
0 2
b) 1 0
0 1
d) 0 1
1 0
5. Sabendo que a inversa de uma matriz A é 1 3 1
A ,5 2
− − =
− e que a matriz X é solução da equação
matricial X A B, = em que B 8 3 ,= podemos afirmar que a soma dos elementos da matriz X é
a) 7
b) 8
c) 9
d) 10
e) 11
M
at.
6. O elemento da segunda linha e terceira coluna da matriz inversa da matriz
1 0 1
2 1 0
0 1 1
é:
a)
2
3
b)
3
2
c) 0
d) 2−
e)
1
3−
7. Calcular x tal que a matriz 1 2
A0 x
=
seja igual a sua inversa:
a) -2
b) 1
c) -1
d) 2
e) 0
8. Sejam as matrizes 1 2
A2 6
=
e x 1
M1 y
− =
− onde x e y são números reais e M é a matriz inversa
de A. Então o produto xy é:
a) 3
2
b) 2
3
c) 1
2
d) 3
4
e) 1
4
9. João comeu uma salada de frutas com a, m e p porções de 100g de abacaxi, manga e pera,
respectivamente, conforme a matriz X. A matriz A representa as quantidades de calorias, vitamina C e
cálcio, em miligramas, e a matriz B indica os preços, em reais, dessas frutas em 3 diferentes
supermercados. A matriz C mostra que João ingeriu 295,6cal, 143,9mg de vitamina C e 93mg de cálcio.
Considerando que as matrizes inversas de A e B são A-1 e B-1, o custo dessa salada de frutas, em cada
supermercado, é determinado pelas seguintes operações:
a) B.A-1.C
b) C.A-1.B
c) A-1.B-1.C
d) B-1.A-1.C
M
at.
10. Dada a matriz M=
3K
2
3K
2
−
, se 1 t
M M− = , então K pode ser:
a) 3
4
b) 3
4−
c) 1
4
d) 3
2−
e) 1
2
PUZZLE
Se ontem fosse amanhã, hoje seria sexta-feira. Que dia é hoje?
M
at.
GABARITO
Exercícios
1. e
Seja P=x y
z w
.
2. a
A.A-1 = I2
a 2a 1 2a 1 x 1 0
a 1 a 1 1 y 0 1
a.(2a 1) (2a 1) 1Temos o sistema
(a 1).(2a 1) 1(a 1) 0
+ − =
− + −
− − + =
− − − + =
Resolvendo o sistema temos a = 2,12 5 3 5
A e A1 3 1 2
− − = =
−
Portanto, a soma dos elementos da diagonal principal é 3 + 2 = 5
3. b
2 0 1 a b c 1 0 0
2 1 10 . d e f 0 1 0
0 0 1 g h i 0 0 1
12a g 1 a2
2a d 10g 0 d 1
g 0 g 0
2b h 0 b 0
2b e 10h 1 e 1
h 0 h 0
12c i 0 c2
2c f 10i 0 f 11
i 1 i 1
−
= −
− = → =
+ + = → = −− = → =
− = → =
+ + = → =− = → =
− = → = −
+ + = → =− = → = −
M
at.
1 10
a b c 2 2
d e f 1 1 11
g h i 0 0 1
−
= − −
4. b
A matriz 1 0
0 1
representa a identidade de ordem 2. Sabendo que a matriz inversa (1
A−
) tem a
propriedade que A. 1
A−
=I, onde I é a identidade. Nesse caso A=I, portanto I. 1
A−
=I e usando a
propriedade da multiplicação da matriz identidade temos que 1 1
I.A I A I− −= → =
5. a
Sabendo que 1A A I,− = com I sendo a matriz identidade de ordem 2, temos
1 1
1
X A B X A A B A
X I B A
3 1X 8 3
5 2
X 24 15 8 6
X 9 2 .
− −
−
= =
=
− =
−
= − − +
= −
Portando, a soma pedida é igual a 9 ( 2) 7.+ − =
6. a
Para descobrir a inversa, calculamos:
1 0 1 a b c 1 0 0
2 1 0 . d e f 0 1 0
0 1 1 g h i 0 0 1
=
Como a questão pede apenas o 23
a , só precisamos descobrir o elemento 23
a da matriz inversa, nesse
caso o f. Fazendo o produto da matriz pela ultima coluna da matriz inversa temos:
c i 0 c i c 1 f
22c f 0 2( 1 f) f 0 3f 2 f
3
f i 1 i 1 f
+ = → = − → = − +
+ = → − + + = → = → =
+ = → = −
7. c
Como 1
A A−= então A.A=I, ou seja:
1 2 1 2 1 0.
0 x 0 x 0 1
=
Multiplicando a primeira linha da matriz A pela segunda coluna da matriz inversa, temos:
2 2x 0
x 1
+ =
= −
8. a
1 2 x 1 1 0.
2 6 1 y 0 1
x 2 1 x 3
11 2y 0 y
2
1 3xy 3.
2 2
− =
−
− = → =
− + = → =
= =
M
at.
9. a
O produto de A por X calcula a quantidade de Calorias, Vitamina C e Cálcio consumidos. Igualando esse
produto a C, calculamos os valores de a, m e p. O produto de B por X calcula o gasto em cada
supermercado. Seja G a matriz dos gastos:
( )1 1
1 1
1
A.X C
A .A .X A .C
I.X A C X A .C
G B.X B.A .C
− −
− −
−
=
=
= → =
= →
10. e
1 t
2 2 2
3K
2M
3K
2
3K
2M M
3K
2
3 3K K 1 02 2.
0 13 3K K2 2
3 1 1K 1 3 4K 4 K K
4 4 2
1 1K ou K
2 2
−
= −
−
= =
−
= −
+ = → + = → = → =
= = −
Questão Contexto
Se hoje fosse sexta-feira, ontem seria quinta. Logo, se "ontem fosse amanhã" (daí já sei que amanhã é
quinta), hoje é QUARTA-FEIRA.
1
Ma
t.
Mat.
Professore: Alex Amaral
Monitor: Roberta Teixeira
2
M
at.
Prismas e Pirâmides 03
out
RESUMO
Prisma: Elementos e classificação Prisma é um solido geométrico caracterizado por tem suas bases sendo formadas por polígonos.
- Em relação ao número de lados dos polígonos das bases, os prismas podem ser classificados como:
Triangulares as bases são triângulos
Quadrangulares as bases são quadriláteros
Pentagonais as bases são pentágonos
Hexagonais as bases são hexágonos
E assim por diante.
Quando as bases de um prisma reto são polígonos regulares (todos os lados iguais), ele é chamado de prisma
regular.
- Em relação a inclinação das arestas laterais, os prismas podem ser classificados como:
Oblíquos as arestas laterais são oblíquas, em relação à base
Retos as arestas laterais são perpendiculares à base. Em todo prisma reto as faces laterais são retângulos e
a altura do prisma coincide com as arestas laterais.
Área Volume
t b lA = 2A +A =
BV A H
Onde: At = Área total Onde: V= Volume
Ab= Área da base Ab= Área da base
Al= Área lateral H = Altura
Arestas das bases: Inferior: AB, AD, BC, CD
Altura: h
Números de Faces = 6
3
M
at.
Pirâmide: Elementos e classificação
Pirâmide é um sólido geométrico caracterizado por uma base sendo um polígono plano (mais comuns são
quadrados, triângulos ou hexágonos) e por um ponto externo a ela, onde de cada vértice se liga um
segmento de reta até o ponto.
Uma pirâmide regular é uma pirâmide cuja base é um polígono e a projeção ortogonal do vértice sobre o
plano da base é o centro da base. Nesse tipo de pirâmide, as arestas laterais são congruentes e as faces
laterais são triângulos isósceles congruentes.
Exemplo: Pirâmide de base quadrada
Uma pirâmide pode ser classificada de acordo com as bases:
Pirâmide triangular a base é um triângulo;
Pirâmide quadrangular a base é um quadrilátero;
Pirâmide pentagonal a base é um pentágono;
Pirâmide hexagonal a base é um hexágono;
E assim por diante.
Área da base Área lateral Área Total
t b lA A A= +
Volume
Onde: Ab = Área da base
Al = Área lateral
At = Área total
Base: ABCD
Arestas das bases: AB, AD, BC, CD
Arestas Laterais: AV, BV, CV, DV
Altura: h
Números de Faces = 5
Apótema da pirâmide: g (segmento com uma
extremidade no vértice P e outra em alguma
parte da base). Na pirâmide regular, teremos:
H2 + m2 = g2
A área da base
será o polígono
formado.
A área da lateral
será a soma das
áreas das faces
laterais.
t b lA A A= +
1
3B
V A h=
4
M
at.
EXERCÍCIOS
1. Uma rede hoteleira dispõe de cabanas simples na ilha de Gotland, na Suécia, conforme Figura 1. A
estrutura de sustentação de cada uma dessas cabanas está representada na Figura 2. A ideia é permitir
ao hóspede uma estada livre de tecnologia, mas conectada com a natureza
A forma geométrica da superfície cujas arestas estão representadas na Figura 2 é
a) tetraedro.
b) pirâmide retangular.
c) tronco de pirâmide retangular.
d) prisma quadrangular reto.
e) prisma triangular reto.
2. Uma indústria precisa fabricar 10.000 caixas com as medidas da figura abaixo. Desprezando as abas,
aproximadamente quantos m² de papelão serão necessários para a confecção das caixas?
a) 0,328 m²
b) 1 120 m²
c) 112 m²
d) 3 280 m²
e) 1 640 m²
3. Na alimentação de gado de corte, o processo de cortar a forragem, colocá-la no solo, compactá-la e
protegê-la com uma vedação denomina-se silagem. Os silos mais comuns são os horizontais, cuja
forma é a de um prisma reto trapezoidal, conforme mostrado na figura.
Considere um silo de 2 cm de altura, 6 m de largura de topo e 20 m de comprimento. Para cada metro
de altura do silo, a largura do topo tem 0,5 m a mais do que a largura do fundo. Após a silagem, 1
tonelada de forragem ocupa 2 m3 desse tipo de silo.
EMBRAPA. Gado de corte. Disponível em: www.cnpgc. embrapa.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).
5
M
at.
Após a silagem, a quantidade máxima de forragem que cabe no silo, em toneladas, é:
a) 110.
b) 125.
c) 130.
d) 220.
e) 260.
4. Conforme regulamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o passageiro que embarcar em
voo doméstico poderá transportar bagagem de mão, contudo a soma das dimensões da bagagem
(altura + comprimento + largura) não pode ser superior a 115 cm.
A figura mostra a planificação de uma caixa que tem a forma de um paralelepípedo retângulo.
O maior valor possível para x em centímetros, para que a caixa permaneça dentro dos padrões
permitidos pela Anac é
a) 25
b) 33
c) 42
d) 45
e) 49
5. Um agricultor possui em sua fazenda um silo para armazenar sua produção de milho. O silo, que na
época da colheita é utilizado em sua capacidade máxima, tem a forma de um paralelepípedo retângulo
reto, com os lados da base medindo L metros e altura igual a h metros. O agricultor deseja duplicar a
sua produção para o próximo ano e, para isso, irá comprar um novo silo, no mesmo formato e com o
dobro da capacidade do atual. O fornecedor de silos enviou uma lista com os tipos disponíveis e cujas
dimensões são apresentadas na tabela:
Para atender às suas necessidades, o agricultor deverá escolher o silo de tipo
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
6. É comum os artistas plásticos se apropriarem de entes matemáticos para produzirem, por exemplo,
formas e imagens por meio de manipulações. Um artista plástico, em uma de suas obras, pretende
retratar os diversos polígonos obtidos pelas intersecções de um plano com uma pirâmide regular de
base quadrada. Segundo a classificação dos polígonos, quais deles são possíveis de serem obtidos pelo
artista plástico?
a) Quadrados, apenas.
b) Triângulos e quadrados, apenas.
c) Triângulos, quadrados e trapézios, apenas.
d) Triângulos, quadrados, trapézios e quadriláteros irregulares, apenas.
e) Triângulos, quadrados, trapézios, quadriláteros irregulares e pentágonos, apenas.
6
M
at.
7. Um telhado tem a forma da superfície lateral de uma pirâmide regular, de base quadrada. O lado da
base mede 8m e a altura da pirâmide 3m. As telhas para cobrir esse telhado são vendidas em lotes que
cobrem 1m2. Supondo que possa haver 10 lotes de telhas desperdiçadas (quebras e emendas), o
número mínimo de lotes de telhas a ser comprado é:
a) 90
b) 100
c) 110
d) 120
e) 130
8. A grande pirâmide de Quéops, antiga construção localizada no Egito, é uma pirâmide regular de base
quadrada, com 137m de altura. Cada face dessa pirâmide é um triângulo isósceles cuja altura relativa à
base mede 179m. A área da base dessa pirâmide, em m2, é:
a) 13272
b) 26544
c) 39816
d) 53088
e) 79 432
9. Um técnico agrícola utiliza um pluviômetro na forma de pirâmide quadrangular, para verificar o índice
pluviométrico de uma certa região. A água, depois de recolhida, é colocada num cubo de 10cm de
aresta. Se, na pirâmide, a água atinge uma altura de 8cm e forma uma pequena pirâmide de 10cm de
apótema lateral, então a altura atingida pela água no cubo é de:
a) 2,24 cm
b) 2,84 cm
c) 3,84 cm
d) 4,24 cm
e) 6,72 cm
10. Dois faraós do antigo Egito mandaram construir seus túmulos, ambos na forma de pirâmides
quadrangulares regulares, num mesmo terreno plano, com os centros de suas bases distando 120 m.
As duas pirâmides têm o mesmo volume, mas a área da base de uma delas é o dobro da área da base
da outra. Se a pirâmide mais alta tem 100 m de altura, então a distância entre os vértices das duas
pirâmides, em metros, é igual a:
a) 100.
b) 120.
c) 130.
d) 150.
e) 160.
PUZZLE
Uma pessoa, ao preencher um cheque, inverteu o algarismo das dezenas com o das centenas. Por isso,
pagou a mais a importância de R$270,00. Sabendo que os dois algarismos estão entre si como 1 está
para 2, calcule o algarismo, no cheque, que foi escrito na casa das dezenas.
7
M
at.
GABARITO
Exercícios
1. e
Como a figura 2 possui faces opostas paralelas e iguais e base triangular, sua representação é dada por
um prisma triangular reto.
2. d
Repare que a caixa é formada por 2 faces de dimensões 20x14, 2 faces de dimensões 14x40 e 2 faces de
dimensões 20x40 cm.
Temos que ter o cuidado de reparar que as alternativas estão em m², então passemos tudo para metro.
St = 2(0,2 x 0,14) + 2(0,4 x 0,14) + 2(0,2 x 0,4) = 0,328 m2.
Como temos que calcular a área de 10 000 caixas: 10 000 x 0,328 = 3 280 m2
3. a
Para cada metro de altura, a largura do topo tem 0,5 metros a mais do que a largura do fundo, assim, em
2 metros de altura, a largura do topo tem 2 x 0,5 = 1 metro a mais do que a largura do fundo. Logo, a
largura do fundo passa a ser 1 metro menor, assim, sendo 5 metros.
Assim, o volume do silo será: V = (6 + 5). 20 / 2 = 220 m³. Temos que 1 tonelada de forragem ocupa 2 m3,
assim, caberão 220 / 2 = 110 toneladas de forragem.
4. e
Analisando a planificação da figura, temos que o contorno não pode ser maior do que 115, assim:
Dessa maneira, o valor máximo de x é 49 cm.
5. a
Volume do Silo existente:
V = L.L.H
V= L2H
Para atender as necessidades do agricultor faz-se necessário comprar um novo silo com o dobro da
capacidade do silo existente, portanto o novo silo deve ter um volume igual a 2L2H.
Calculando a capacidade de cada tipo de silo teremos:
Silo I V1= 2L2H
Silo II V2= 4L2H
Silo III V3= 8L2H
Silo IV V4= 16L2H
Silo V V5= 4L2H
O silo que apresenta a capacidade necessária é o Silo I.
6. e
Admitindo que um quadrilátero irregular é um quadrilátero que não é um trapézio, podemos obter, como
intersecção entre um plano e uma pirâmide regular de base quadrada, triângulos, quadrados, trapézios,
quadriláteros irregulares e pentágonos, conforme os exemplos a seguir:
8
M
at.
7. a
Temos que medir a área total das quatro faces da pirâmide. Para tal, precisamos saber o valor da base e
da altura das faces. Como a pirâmide é regular, todas as faces laterais são iguais, e já sabemos que a base
mede 8. Agora, só nos falta calcular a altura. Observe a figura:
Por Pitágoras, descobrimos que h = 5. Assim, a área de cada face é dada por:
. 8.520
2 2
4.20 80 m²t
b hS
S
= = =
= =
Como precisamos de uma margem de 10 m2 de sobras, temos que comprar 90 m2.
8. d
Seja L/2 metade do lado do quadrado da base. Por Pitágoras, temos:
(L/2)2 + 1372 = 1792
L2/4 = 1792 -1372 = (179 + 137).(179 137) = 13.273
L2 = 4 x 13.273 = 53 088
9. c
H = altura da água no pluviômetro
A = lado da base quadrada da superfície da água no pluviômetro
a = 8 = apótema da pirâmide
b = 10 = lado do cubo
h = altura da água no cubo
(A/2)2 + H2 = a2
(A/2)2 + 82 = 102
A = 12
Volume da água= V = (1/3).A2.H
V = (1/3).122.8
V = 384 cm3
Volume do cubo = V = b2.h
384 = 102.h
h = 3,84 cm
10. c
Sejam P1 a pirâmide mais alta, de área da base S, e P2 a outra pirâmide, de altura H. Como os volumes de
P1 e P2 são iguais, temos:
Assim, temos a figura, cotada em metros:
9
M
at.
Puzzle
Ou seja, na casa das dezenas do cheque foi escito B (é o que queremos achar). Por isso a pessoa pagou R$270,00 a mais, portanto fazendo a subtração o resultado será 270:
-
Portanto devemos ter AB BA = 27 O exercício diz que A e B estão entre si como 1 está para 2. Daí sabemos que A é o dobro de B, ou seja:
A=2B. Sabendo disso, existem 4 valores possíveis para A e B: B=1 e A=2 => 21-12 = 9 => não pode ser esse (pois AB-BA=27) B=2 e A=4 => 42-24 = 18 => não pode ser esse (pois AB-BA=27) B=3 e A=6 => 63-36 = 27 => esses são os valores (pois AB-BA=27) B=4 e A=8 => 84-48 = 36 => não pode ser esse (pois AB-BA=27) Portanto os valores são A=6 e B=3. Resposta: O algarismo escrito no cheque na casa das dezenas foi o 3.
P
or.
Por.
Professor: Raphael Hormes
Monitor: Caroline Tostes
P
or.
Noções básicas de compreensão textual
(formas de enunciação, público-alvo, níveis de
linguagem e conhecimentos extralinguísticos)
04
out
RESUMO
Formas de enunciação
Subjetividade e Objetividade A Subjetividade é tida como característica, particularidade ou domínio do que é subjetivo (particular e
íntimo). Na Filosofia, é o estado psíquico e cognitivo do sujeito cuja manifestação pode ocorrer tanto no
âmbito individual quanto no coletivo, fazendo com que esse sujeito tome conhecimento dos objetos
externos a partir de referenciais próprios. Na linguagem, temos a subjetividade como forma de expressão particular e pessoal manifestada no texto.
Aqui se encontram as figuras de linguagens e todos os recursos expressivos que demonstram pessoalidade
em seus sentidos e usos. A Objetividade é tida como uma característica ou particularidade daquilo ou daquele que não é subjetivo.
Para a Filosofia, é realidade externa ou que não se assemelha ao sujeito, podendo ser por ele transformada e
conhecida. Na linguagem, podemos entender a objetividade como expressão direta da mensagem com o
intuito de relatar ou informar sem pareceres pessoais.
Público-alvo
Todo texto (verbal ou não verbal) apresenta uma intencionalidade e uma função social. Para isso, seus autores
utilizam diversos mecanismos linguísticos, trabalhando desde a oralidade até a combinações visuais. O
público-alvo se enquadra na intencionalidade e objetivo do texto. É para ele que a mensagem está ou será
direcionada.
Observe, por exemplo, a propaganda:
Texto: Gabriela vivia sonhando com seu príncipe encantado. Mas, depois que ela passou a usar O Boticário,
foram os príncipes que perderam o sono.
Note que, em uma análise superficial, a propaganda se dirige ao público feminino, utiliza de intertextualidade
com os contos de fadas e apresenta seus produtos como impulsionadores e intensificadores de atributos
físicos (beleza) em benefício de seus clientes.
P
or.
Níveis de linguagem Podemos entender os níveis de linguagem como os diferentes registros nos quais a linguagem pode ser
utilizada pelos falantes conforme o contexto comunicativo, formalidades, regionalidade, função social.
Existem dois níveis macros da linguagem: O culto (registro formal; utilizado em situações de maior
popular, é a linguagem falada em situações cotidianas de comunicação).
Algumas classificações para os níveis de linguagem.
Linguagem regional
São as variações específicas e particulares de determinadas regiões. O Brasil é um país com território extenso,
por isso há expressões idiomáticas que são características de dialetos próprios de uma determinada região:
Informal x Formal
Identificamos a formalidade ou informalidade da linguagem como a percepção que o emissor e receptor
possuem para identificar qual linguagem dever ser utilizada no discurso construído e qual está presente no
discurso a ser entendido.
A informalidade acontece em situações comunicativas específicas:
Técnica
A linguagem técnica normalmente está presente em textos técnicos, voltados para um grupo específico com
função determinada. Podemos citar os manuais, os artigos científicos, leis.
P
or.
Informativa/denotativa x poética/conotativa
A linguagem informativa é aquela presente em reportagens, notícias e em todo texto que tem por objetivo
transmitir uma mensagem de forma objetiva e impessoal.
A linguagem poética é aquela que apresenta maior subjetividade e/ou se utiliza de recursos expressivos da
língua para se construir.
É exemplo de linguagem poética sem necessariamente ser subjetiva ou emotiva:
O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias. João Cabral de Melo Neto Morte e Vida Severina
É exemplo de linguagem poética subjetiva e emotiva:
Cântico XIII
Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo. Cecília Meireles
P
or.
EXERCÍCIOS
1. A atrizes
Naturalmente
Ela sorria
Mas não me dava trela
Trocava a roupa
Na minha frente
E ia bailar sem mais aquela
Escolhia qualquer um
Lançava olhares
Debaixo do meu nariz
Dançava colada
Em novos pares
Com um pé atrás
Com um pé a fim
Surgiram outras
Naturalmente
Sem nem olhar a minha Cara
Tomavam banho
Na minha frente
Para Sair com outro cara
Porém nunca me importei
Com tais amantes
com tantos filmes
Na minha mente
É natural que toda atriz
Presentemente represente
Muito para mim HOLLANDA, C. B. Carioca, Rio de Janeiro Biscoito Fino, 2006 (fragmento).
Na Canção, Chico Buarque trabalha uma determinada função da linguagem para marcar a
subjetividade do eu lírico ante as atrizes que ele admira. A intensidade dessa admiração está marcada
em
a)
b)
c)
d)
e)
2. TEXTO I
BACON, F. Três estudos para um autorretrato. Óleo sobre tela, 37,5 x 31,8 cm (cada), 1974.
Disponível em: www.metmuseum.org. Acesso em: 30 maio 2016.
P
or.
TEXTO II
Tenho um rosto lacerado por rugas secas e profundas, sulcos na pele. Não é um rosto desfeito, como
acontece com pessoas de traços delicados, o contorno é o mesmo mas a matéria foi destruída.
Tenho um rosto destruído. DURAS, M. O amante. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
Na imagem e no texto do romance de Marguerite Duras, os dois autorretratos apontam para o modo
de representação da subjetividade moderna. Na pintura e na literatura modernas, o rosto humano
deforma-se, destrói-se ou fragmenta-se em razão
a) da adesão à estética do grotesco, herdada do romantismo europeu, que trouxe novas
possibilidades de representação.
b) das catástrofes que assolaram o século XX e da descoberta de uma realidade psíquica pela
psicanálise.
c) da opção em demonstrarem oposição aos limites estéticos da revolução permanente trazida pela
arte moderna.
d) do posicionamento do artista do século XX contra a negação do passado, que se torna prática
dominante na sociedade burguesa.
e) da intenção de garantir uma forma de criar obras de arte independentes da matéria presente em
sua história pessoal.
3. TEXTO I
A característica da oralidade radiofônica, então, seria aquela que propõe o diálogo com o ouvinte: a
simplicidade, no sentido da escolha lexical; a concisão e coerência, que se traduzem em um texto
curto, em linguagem coloquial e com organização direta; e o ritmo, marcado pelo locutor, que deve
ão da mensagem, seja ela
interpretada ou de improviso, com objetivo de dar melodia à transmissão oral, dar
emoção, personalidade ao relato de fato. VELHO, A. P. M. A linguagem do rádio multimídia. Disponível em: www.bocc.ubi.pt.
Acesso em: 27 fev. 2012.
TEXTO II
A dois passos do paraíso
A Rádio Atividade leva até vocês
Mais um programa da séria série
Eu tenho aqui em minhas mãos uma carta
E assina com o singelo pseudônimo de
Ela nos conta que no dia que seria
o dia mais feliz de sua vida
Arlindo Orlando, seu noivo
Um caminhoneiro conhecido da pequena e
Pacata cidade de Miracema do Norte
Fugiu, desapareceu, escafedeu-se
Oh! Arlindo Orlando volte
Onde quer que você se encontre
Volte para o seio de sua amada
Ela espera ver aquele caminhão voltando
De faróis baixos e para-choque duro... BLITZ. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 (fragmento).
Em relação ao Texto I, que analisa a linguagem do rádio, o Texto II apresenta, em uma letra de canção,
a) estilo simples e marcado pela interlocução com o receptor, típico da comunicação radiofônica.
b) lirismo na abordagem do problema, o que o afasta de uma possível situação real de comunicação
radiofônica.
c) marcação rítmica dos versos, o que evidencia o fato de o texto pertencer a uma modalidade de
comunicação diferente da radiofônica.
d) direcionamento do texto a um ouvinte específico, divergindo da finalidade de comunicação do
rádio, que é atingir as massas.
e) objetividade na linguagem caracterizada pela ocorrência rara de adjetivos, de modo a diminuir
as marcas de subjetividade do locutor.
P
or.
4. Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar. MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
A memória é um importante recurso do patrimônio cultural de uma nação. Ela está presente nas
lembranças do passado e no acervo cultural de um povo. Ao tratar o fazer poético como uma das
maneiras de se guardar o que se quer, o texto
a) ressalta a importância dos estudos históricos para a construção da memória social de um povo.
b) valoriza as lembranças individuais em detrimento das narrativas populares ou coletivas.
c) reforça a capacidade da literatura em promover a subjetividade e os valores humanos.
d) destaca a importância de reservar o texto literário àqueles que possuem maior repertório cultural.
e) revela a superioridade da escrita poética como forma ideal de preservação da memória cultural.
5. O poema abaixo pertence à poesia concreta brasileira. O termo latino de seu título significa
Considerando que símbolos e sinais são utilizados geralmente para demonstrações objetivas, ao serem
-
a) adquirem novo potencial de significação.
b) eliminam a subjetividade do poema.
c) opõem-se ao tema principal do poema.
d) invertem seu sentido original.
e) tornam-se confusos e equivocados.
P
or.
6. João Antônio de Barros (Jota Barros) nasceu aos 24 de junho de 1935, em Glória de Goitá (PE).
Marceneiro, entalhador, xilógrafo, poeta repentista e escritor de literatura de cordel, já publicou 33
folhetos e ainda tem vários inéditos. Reside em São Paulo desde 1973, vivendo exclusivamente da venda
de livretos de cordel e das cantigas de improviso, ao som da viola. Grande divulgador da poesia
popular nordestina no Sul, tem dado frequentemente entrevistas à imprensa paulista sobre o assunto. EVARISTO. M. C. O cordel em sala de aula. In: BRANDÃO. H. N. (Coord.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto,
cordel, discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000.
A biografia é um gênero textual que descreve a trajetória de determinado indivíduo, evidenciando sua
singularidade.
No caso específico de uma biografia como a de João Antônio de Barros, um dos principais elementos
que a constitui é:
a) a estilização dos eventos reais de sua vida, para que o relato biográfico surta os efeitos desejados.
b) o relato de eventos de sua vida em perspectiva histórica, que valorize seu percurso artístico.
c) a narração de eventos de sua vida que demonstrem a qualidade de sua obra.
d) uma retórica que enfatize alguns eventos da vida exemplar da pessoa biografada.
e) uma exposição de eventos de sua vida que mescle objetividade e construção ficcional.
7. O que é possível dizer em 140 caracteres?
Sucesso do Twitter no Brasil é oportunidade única de compreender a importância da concisão nos
Twitter, cuja premissa é dizer algo não importa o quê em 140 caracteres. Desde que o serviço foi
criado, em 2006, o número de usuários da ferramenta é cada vez maior, assim como a diversidade de
jornalismo, fofoca, humor etc., tudo ganha o espaço
sucesso pode indicar um caminho para o aprimoramento de um recurso vital à escrita: a concisão. Disponível em: http://www.revistalingua.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado).
O Twitter se presta a diversas finalidades, entre elas, à comunicação concisa, por isso essa rede social
a) é um recurso elitizado, cujo público precisa dominar a língua padrão.
b) constitui recurso próprio para a aquisição da modalidade escrita da língua.
c) é restrita à divulgação de textos curtos e pouco significativos e, portanto, é pouco útil.
d) interfere negativamente no processo de escrita e acaba por revelar uma cultura pouco reflexiva.
e) estimula a produção de frases com clareza e objetividade, fatores que potencializam a
comunicação interativa.
8. Camelôs
Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão:
O que vende balõezinhos de cor
O macaquinho que trepa no coqueiro
O cachorrinho que bate com o rabo
Os homenzinhos que jogam boxe
A perereca verde que de repente dá um pulo que engraçado
E as canetinhas-tinteiro que jamais escreverão coisa alguma.
Alegria das calçadas
Uns falam pelos cotovelos:
buscar um
pedaço de banana para eu acender o charuto.
Outros, coitados, têm a língua atada.
Todos porém sabem mexer nos cordéis como o tino
ingênuo de
demiurgos de inutilidades.
E ensinam no tumulto das ruas os mitos heroicos da
E dão aos homens que passam preocupados ou tristes
uma lição de infância. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
P
or.
Uma das diretrizes do Modernismo foi a percepção de elementos do cotidiano como matéria de
inspiração poética.
O poema de Manuel Bandeira exemplifica essa tendência e alcança expressividade porque
a) realiza um inventário dos elementos lúdicos tradicionais da criança brasileira.
b) promove uma reflexão sobre a realidade de pobreza dos centros urbanos.
c) traduz em linguagem lírica o mosaico de elementos de significação corriqueira.
d) introduz a interlocução como mecanismo de construção de uma poética nova.
e) constata a condição melancólica dos homens distantes da simplicidade infantil.
9.
Os objetivos que motivam os seres humanos a estabelecer comunicação determinam, em uma situação
de interlocução, o predomínio de uma ou de outra função de linguagem. Nesse texto, predomina a
função que se caracteriza por
a) tentar persuadir o leitor acerca da necessidade de se tomarem certas medidas para a elaboração
de um livro.
b) enfatizar a percepção subjetiva do autor, que projeta para sua obra seus sonhos e histórias.
c) apontar para o estabelecimento de interlocução de modo superficial e automático, entre o leitor
e o livro.
d) fazer um exercício de reflexão a respeito dos princípios que estruturam a forma e o conteúdo de
um livro.
e) retratar as etapas do processo de produção de um livro, as quais antecedem o contato entre leitor
e obra.
10. Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não
pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele primeiro contato. Da mesma
forma que o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas com diferentes
sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A
importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço de índio que vocês têm? O seu cabelo? São
seus olhos? Ou é o nome da sua rua? O nome da sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaço de
índio dentro de vocês. Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos,
como pessoas que nem precisam de paternalismos, nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós
não queremos tomar o Brasil de vocês, nós queremos compartilhar esse Brasil com vocês.
TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado).
Na situação de comunicação da qual o texto foi retirado, a norma padrão da língua portuguesa é
empregada com a finalidade de
a) demonstrar a clareza e a complexidade da nossa língua materna.
b) situar os dois lados da interlocução em posições simétricas.
c) comprovar a importância da correção gramatical nos diálogos cotidianos.
d) mostrar como as línguas indígenas foram incorporadas à língua portuguesa.
e) ressaltar a importância do código linguístico que adotamos como língua nacional.
P
or.
QUESTÃO CONTEXTO
Note que, na tirinha, a personagem da professora faz um paralelo entre o falar de Chico Bento e o
português formal.
Identifique o que a
um comentário com o ensino de língua portuguesa e os diferentes falares presentes no Brasil.
P
or.
GABARITO
Exercícios 1. e
Na função de linguagem emotiva, a mensagem é centrada no Eu poético. Isso é representado na canção
pela presença de primeira pessoa e explicitação a intensidade do sentimento do eu-lírico expresso pelo
2. b
A imagem já revela traços de transformação adquirida em função do contexto das catástrofes do século
3. a
A oralidade radiofônica tem como característica o diálogo simples com o ouvinte.
4. c
A intenção comunicativa do texto visa relacionar a literatura à preservação da memória e acervo cultural,
pois os pensamentos de uma determinada época podem ser identificados a partir da análise de um
poema, como também, compreender a capacidade subjetiva e os valores humanos.
5. a
A poesia concreta trabalhava todas as potencialidades da palavra: semântica, fonética e disposição na
página. Assim, o poema da questão é um enigma a ser decifrado a partir da sensibilidade do leitor. As
lacionam a ideia homem/mulher e até mesmo
sugerem o matrimônio.
6. b
O texto traz a biografia a partir de referências históricas, valorizando o seu percurso.
7. e
O twitter é uma plataforma de comunicação concisa. logo, leva à prática de uma produção escrita
objetiva e clara.
8. c
O poema apresenta elementos do cotidiano, pois Manuel Bandeira apresentou a realidade, a situação
corriqueira dos camelôs: com brinquedos de tostão nas calçadas, com crianças e pais.
9. d
A função da linguagem que também pode ser identificada no quadrinho é a metalinguística, pois o
quadrinho utiliza a linguagem para explicar o seu processo de produção, referentes à forma e ao
conteúdo.
10. b
denota a posição de respeito por parte do emissor (no caso, o indígena) frente ao código linguístico (no
caso, a língua portuguesa). O emissor demonstra respeito e quer ser respeitado também.
Questão Contexto
Resposta pessoal. Sugestão: Vamos lembrar aqui que a gramática normativa é o sistema da língua que a
estuda e de certa forma cataloga, fazendo com que os falantes se entendam em todas as regiões nas
quais o Português é o idioma falado. Não se deve fazer distinção pejorativa dos níveis de linguagem. A
professora, na tirinha, tinha como objetivo fazer com que Chico Bento aprendesse o Português da
escola, o gramatical, o formal. Chico tem o português popular, regional típico do interior.
P
or.
Por.
Professor: Raphael Hormes
Monitor: Caroline Tostes
P
or.
Noções básicas de compreensão textual
(textos verbais e não verbais, hipertexto,
denotação, conotação e subjetividade)
04
out
RESUMO
Textos verbais e não verbais A leitura é uma atividade de captação de ideias de um autor e para isso, espera-se que o leitor processe,
critique ou avalie a informação que possui para obter um sentido e significado à leitura. De acordo com o
dicionário Michaelis, interpretar é determinar com precisão o sentido de um texto. Logo, o leitor deve não
só ler um texto, mas sim prestar atenção aos detalhes presentes na leitura, por exemplo, os elementos verbais
(palavras) e não-verbais (imagens, símbolos).
Para interpretar um texto verbal é necessário, primeiramente, identificar se é um texto literário ou não
literário. Observe a estrutura, se é escrito em prosa ou em verso e parta para a bibliografia para investigar
outras informações, por exemplo, se a fonte é de um periódico ou de um livro de um autor conhecido da
literatura. Dessa forma, pode-se inferir que o texto não literário apresenta uma informação e a importância é
no que se diz, enquanto o texto literário o mais importante é a forma, o como se diz.
Além disso, os elementos verbais e não verbais, podem aparecer em um texto de forma integrada ou
independente, apenas compartilhando o mesmo espaço. Logo, deve-se perceber o nível de interação entre
os elementos para melhor interpretar um texto e saber decodificar a interação que os elementos possuem e
que mensagem veiculam ao leitor. Por fim, em um texto verbal deve-se: ● Observar quem fala no texto: eu-lírico (poema), narrador, cronista, articulista (prosa);
● Perceber o ponto de vista do enunciador, ou seja, a utilização da 1ª pessoa pessoa (visão particular) ou
da 3º pessoa (visão coletiva);
● Analisar os aspectos linguísticos (gramaticais), lexicais (escolha vocabular) e estilística (como se faz o uso
da gramática);
● Descobrir o estilo do poema;
● Identificar recursos expressivos (figuras e funções da linguagem);
● Relacionar à época contextual.
Enquanto nos textos não-verbais, deve-se: ● Observar os recursos gráficos;
● Identificar os elementos fora da imagem;
● Relacionar o texto não-verbal com o conhecimento de mundo, de acordo com a coerência externa.
Hipertexto O termo hipertexto foi criado por Theodore Nelson, na década de 1960, para denominar a forma de escrita e
de leitura não linear na informática. O hipertexto se assemelha à forma como o cérebro humano processa o
conhecimento: fazendo relações, acessando informações diversas, construindo ligações entre fatos,
imagens, sons, enfim, produzindo uma teia de conhecimentos.
É a apresentação de informações escritas, organizada de tal maneira que o leitor tem liberdade de escolher
vários caminhos, a partir de sequências associativas possíveis entre blocos vinculados por remissões, sem
estar preso a um encadeamento linear único.
Principais características:
1. Intertextualidade;
2. Velocidade;
3. Precisão;
4. Dinamismo;
5. Interatividade;
6. Acessibilidade;
7. Estrutura em rede;
8. Transitoriedade;
9. Organização multilinear.
P
or.
Conotação e Denotação Conotação é o nome dado ao recurso expressivo da linguagem que possibilita uma palavra assumir sentido
figurado, apresentando diferentes significados sujeitos a diferentes interpretações dependentes dos
contextos nos quais se insere. Nesse sentido, temos referências e associações que vão além do significado
original e comum da palavra, ampliando, assim, a sua significação mediante circunstância de uso. É utilizada
principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em
letras de música, em anúncios publicitários, entre outros.
Denotação é o nome dado ao uso comum, próprio e/ou literal da palavra. Quando nos referimos ao
significado mais objetivo e simples do termo, ao qual ele é imediatamente reconhecido e associado. É o
sentido dicionarístico da palavra. É utilizada para expressar mensagens de forma clara e objetiva, assumindo
caráter prático e utilitário. Aparece em textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais de
instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre outros.
Subjetividade e Objetividade A Subjetividade é tida como característica, particularidade ou domínio do que é subjetivo (particular e
íntimo). Na Filosofia, é o estado psíquico e cognitivo do sujeito cuja manifestação pode ocorrer tanto no
âmbito individual quanto no coletivo, fazendo com que esse sujeito tome conhecimento dos objetos
externos a partir de referenciais próprios.
Na linguagem, temos a subjetividade como forma de expressão particular e pessoal manifestada no texto.
Aqui se encontram as figuras de linguagens e todos os recursos expressivos que demonstram pessoalidade
em seus sentidos e usos.
A Objetividade é tida como uma característica ou particularidade daquilo ou daquele que não é subjetivo.
Para a Filosofia, é realidade externa ou que não se assemelha ao sujeito, podendo ser por ele transformada e
conhecida. Na linguagem, podemos entender a objetividade como expressão direta da mensagem com o
intuito de relatar ou informar sem pareceres pessoais.
P
or.
EXERCÍCIOS
1. O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se bifurca e permite ao
leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e
sucessivas, em tempo real. Assim, o leitor tem condições de definir interativamente o fluxo de sua
leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa ou a tópicos
estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estruturação textual que faz do leitor
simultaneamente coautor do texto final. O hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de
escritura/leitura eletrônica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, realizado em um novo
espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a
possibilidade de múltiplos graus de profundidade simultaneamente, já que não tem sequência
definida, mas liga textos não necessariamente correlacionados. MARCUSCHI, L. A. Disponível em: http://www.pucsp.br. Acesso em: 29 jun. 2011.
O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado como um
novo espaço de escrita e leitura. Definido como um conjunto de blocos autônomos de texto,
apresentado em meio eletrônico computadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos
elementos, o hipertexto
a) é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavorece o leitor, ao
confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente.
b) é uma forma artificial de produção da escrita, que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como
consequência o menosprezo pela escrita tradicional.
c) exige do leitor um maior grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evitado pelos
estudantes nas suas pesquisas escolares.
d) facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e verdadeira, em qualquer
site de busca ou blog oferecidos na internet.
e) possibilita ao leitor escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequência
predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborativa.
2. Aquarela
O corpo no cavalete
é um pássaro que agoniza
exausto do próprio grito.
As vísceras vasculhadas
principiam a contagem
regressiva.
No assoalho o sangue
se decompõe em matizes
que a brisa beija e balança:
o verde de nossas matas
o amarelo de nosso ouro
o azul de nosso céu
o branco o negro o negro HOLLANDA, H. B. CACASO, 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007.
Situado na vigência do Regime Militar que governou o Brasil, na década de 70, o poema de Cacaso
edifica uma forma de resistência e protesto a esse período, metaforizando
a) as artes plásticas, deturpadas pela repressão e censura
b) a natureza brasileira, agonizante como um pássaro enjaulado.
c) o nacionalismo romântico, silenciado pela perplexidade com a Ditadura.
d) o emblema nacional, transfigurado pelas marcas do medo e da violência.
e) as riquezas da terra, espoliadas durante o aparelhamento do poder armado.
P
or.
3.
Dois ciclistas profissionais chocaram-se em um parque público e culparam a ineficiência da sinalização
local, uma vez que ambos leram e respeitaram a placa dirigida a esse tipo de esportista. Os fatos
relatados e a leitura da referida placa revelam que a) a obediência às regras de segurança é fundamental na prática de esportes. b) a prática de esporte dificulta a concentração do ciclista em outras informações. c) a interpretação dos textos pode ser prejudicada por equívocos em sua elaboração. d) a capacidade de leitura do ciclista é fundamental para o alcance de um bom rendimento físico. e) a responsabilidade pelas informações produzidas pelas placas de trânsito é de quem vai usar a via
pública.
4.
Essa propaganda visa convencer as mães de que o canal de televisão é adequado aos seus filhos. Para
tanto, o locutor dirige-se ao interlocutor por meio de estratégias argumentativas de a) manipulação, ao detalhar os programas infantis que compõem a grade da emissora. b) persuasão, ao evidenciar as características da programação dirigida ao público infantil. c) intimidação, ao dirigir-se diretamente às mães para chamá-las à reflexão. d) comoção, ao tranquilizar as mães sobre a qualidade dos programas da emissora. e) comparação, ao elencar os serviços oferecidos por outras emissoras ao público infantil.
P
or.
5. Textos e hipertextos: procurando o equilíbrio
Há um medo por parte dos pais e de alguns professores de as crianças desaprenderem quando
navegam, medo de elas viciarem, de obterem informação não confiável, de elas se isolarem do mundo
real, como se o computador fosse um agente do mal, um vilão. Esse medo é reforçado pela mídia, que
costuma apresentar o computador como um agente negativo na aprendizagem e na socialização dos
usuários. Nós sabemos que ninguém corre o risco de desaprender quando navega, seja em ambientes
digitais ou em materiais impressos, mas é preciso ver o que se está aprendendo e algumas vezes
interferir nesse processo a fim de otimizar ou orientar a aprendizagem, mostrando aos usuários outros
temas, outros caminhos, outras possibilidades diferentes daquelas que eles encontraram sozinhos ou
daquelas que eles costumam usar. É preciso, algumas vezes, negociar o uso para que ele não seja
exclusivo, uma vez que há outros meios de comunicação, outros meios de informação e outras
alternativas de lazer. É uma questão de equilibrar e não de culpar. COSCARELLI, C. V. Linguagem em (Dis)curso, n. 3, set.-dez. 2009.
A autora incentiva o uso da internet pelos estudantes, ponderando sobre a necessidade de orientação
a esse uso, pois essa tecnologia
a) está repleta de informações confiáveis que constituem fonte única para a aprendizagem dos
alunos.
b) exige dos pais e professores que proíbam seu uso abusivo para evitar que se torne um vício.
c) tende a se tomar um agente negativo na aprendizagem e na socialização de crianças e jovens.
d) possibilita maior ampliação do conhecimento de mundo quando a aprendizagem é direcionada.
e) leva ao isolamento do mundo real e ao uso exclusivo do computador se a navegação for
desmedida.
6. O hipertexto permite ou, de certo modo, em alguns casos, até mesmo exige a participação de
diversos autores na sua construção, a redefinição dos papéis de autor e leitor e a revisão dos modelos
tradicionais de leitura e de escrita. Por seu enorme potencial para se estabelecerem conexões, ele
facilita o desenvolvimento de trabalhos coletivamente, o estabelecimento da comunicação e a
aquisição de informação de maneira cooperativa.
Embora haja quem identifique o hipertexto exclusiva mente com os textos eletrônicos, produzidos
em determinado tipo de meio ou de tecnologia, ele não deve ser limitado a isso, já que consiste numa
forma organizacional que tanto pode ser concebida para o papel como para os ambientes digitais. É
claro que o texto virtual permite concretizar certos aspectos que, no papel, são praticamente inviáveis:
aprofundamentos de um tema, como se o texto tivesse camadas, dimensões ou planos. RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Considerando-se a linguagem específica de cada sistema de comunicação, como rádio, jornal, TV,
internet, segundo o texto, a hipertextualidade configura-se como um(a)
a) elemento originário dos textos eletrônicos.
b) conexão imediata e reduzida ao texto digital.
c) novo modo de leitura e de organização da escrita.
d) estratégia de manutenção do papel do leitor com perfil definido.
e) modelo de leitura baseado nas informações da superfície do texto.
7. Em 1588, o engenheiro militar italiano Agostinho Romelli publicou Le Diverse et Artificiose Machine,
no qual descrevia uma máquina de ler livros. Montada para girar verticalmente, como uma roda de
hamster, a invenção permitia que o leitor fosse de um texto ao outro sem se levantar de sua cadeira.
Hoje podemos alternar entre documentos com muito mais facilidade um clique no mouse é suficiente
para acessarmos imagens, textos, vídeos e sons instantaneamente. Para isso, usamos o computador, e
principalmente a internet tecnologias que não estavam disponíveis no Renascimento, época em que
Romelli viveu. BERCITTO, D. Revista Língua Portuguesa. Ano II. N°14.
O inventor italiano antecipou, no século XVI, um dos princípios definidores do hipertexto: a quebra de
linearidade na leitura e a possibilidade de acesso ao texto conforme o interesse do leitor. Além de ser
característica essencial da internet, do ponto de vista da produção do texto, a hipertextualidade se
manifesta também em textos impressos, como
a) dicionários, pois a forma do texto dá liberdade de acesso à informação.
b) documentários, pois o autor faz uma seleção dos fatos e das imagens.
c) relatos pessoais, pois o narrador apresenta sua percepção dos fatos.
d) editoriais, pois o editorialista faz uma abordagem detalhada dos fatos.
e) romances românticos, pois os eventos ocorrem em diversos cenários.
P
or.
8.
Disponível em: www.paradapelavida.com.br. Acesso em: 15 nov. 2014.
Nesse texto, a combinação de elementos verbais e não verbais configura-se como estratégia
argumentativa para
a) manifestar a preocupação do governo com a segurança dos pedestres.
b) associar a utilização do celular às ocorrências de atropelamento de crianças.
c) orientar pedestres e motoristas quanto à utilização responsável do telefone móvel.
d) influenciar o comportamento de motoristas em relação ao uso de celular no trânsito.
e) alertar a população para os riscos da falta de atenção no trânsito das grandes cidades.
9. Em primeiro lugar gostaria de manifestar os meus agradecimentos pela honra de vir outra vez à Galiza
e conversar não só com os antigos colegas, alguns dos quais fazem parte da mesa, mas também com
novos colegas, que pertencem à nova geração, em cujas mãos, com toda certeza, está também o
destino do Galego na Galiza, e principalmente o destino do Galego incorporado à grande família
lusófona.
E, portanto, é com muito prazer que teço algumas considerações sobre o tema apresentado. Escolhi
como tema como os fundadores da Academia Brasileira de Letras viam a língua portuguesa no seu
tempo. Como sabem, a nossa Academia, fundada em 1897, está agora completando 110 anos, foi
organizada por uma reunião de jornalistas, literatos, poetas que se reuniam na secretaria da Revista
Brasileira, dirigida por um crítico literário e por um literato chamado José Veríssimo, natural do Pará, e
desse entusiasmo saiu a ideia de se criar a Academia Brasileira, depois anexada ao seu título: Academia
Brasileira de Letras.
Nesse sentido, Machado de Assis, que foi o primeiro presidente desde a sua inauguração até a data de
sua morte, em 1908, imaginava que a nossa Academia deveria ser uma academia de Letras, portanto,
de literatos. BECHARA, E. Disponível em: www.academiagalega.org. Acesso em: 31 jul. 2012.
No trecho da palestra proferida por Evanildo Bechara, na Academia Galega da Língua Portuguesa,
verifica-se o uso de estruturas gramaticais típicas da norma padrão da língua. Esse uso
a) torna a fala inacessível aos não especialistas no assunto abordado.
b) contribui para a clareza e a organização da fala no nível de formalidade esperado para a situação.
c) atribui à palestra características linguísticas restritas à modalidade escrita da língua portuguesa.
d) dificulta a compreensão do auditório para preservar o caráter rebuscado da fala.
e) evidencia distanciamento entre o palestrante e o auditório para atender os objetivos do gênero
palestra.
P
or.
10. TEXTO I
O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias, mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias?
MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994 (fragmento).
TEXTO II João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que, como o
Capibaribe, também segue no caminho do Recife. A autoapresentação do personagem, na fala inicial
do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais se define, menos se individualiza, pois seus traços
biográficos são sempre partilhados por outros homens. SECCHIN, A. C João Cabral: a poesia do menos. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999 (fragmento).
Com base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-se que a
relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema
social express .
A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da a) descrição minuciosa dos traços biográficos do personagem-narrador. b) construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação. c) representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua
condição. d) apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta, em sua crise
existencial. e) descrição de Severino, que, apesar de humilde, orgulha-se de ser descendente do coronel
Zacarias.
QUESTÃO CONTEXTO
Observe a imagem abaixo. Ela não contém texto escrito, porém as imagens que a compõem possuem
uma estratégia argumentativa. Identifique qual a intenção da charge, interpretando esse texto não-
verbal.
P
or.
GABARITO
Exercícios
1. e
A publicação de textos em meios eletrônicos, como nas páginas de Internet, por exemplo, permite a
criação de links, recursos que direcionam o leitor a outros textos, relacionados àquele que está sendo
lido. O conjunto desses textos relacionados compõe um todo, um hipertexto. Sua compreensão
prescinde da leitura de todos os links, que serão acessados de acordo apenas com a necessidade ou o
interesse do leitor. Como o acesso aos links é opcional, o leitor pode escolher seu próprio percurso de
leitura, o que torna sua atividade mais coletiva e colaborativa.
2. d
O poema apresenta imagens de dor e sofrimento que são exploradas juntamente com a decomposição
das cores representativas dos símbolos nacionais.
3. c
A disposição dos elementos e sinais da imagem são passíveis de interpretações errôneas.
4. b
A propaganda passa a mensagem de convencimento da importância e qualidade de seu produto.
5. d
No texto, a autora argumenta no sentido da defesa da internet como método de aprendizagem, embora
considere necessário orientar a criança em busca de temas diferentes dos que está habituado a explorar,
além de sensibilizá-la para outros meios de comunicação e lazer quando o tempo de uso do computador
for excessivo.
6. c
O hipertexto é um novo modelo de leitura e de organização textual, pois permite que o leitor faça uma
leitura não-linear, podendo abrir, por exemplo, diversas abas de sites ao mesmo tempo. Além disso, pode
admitir diversos autores na sua construção. Essas características o diferem dos modelos tradicionais.
7. a
O tipo de texto que melhor exemplifica o que é um hipertexto, caracterizado pela quebra de linearidade,
é o dicionário, pois permite ao leitor interagir com outros textos ao deparar-se com as diversas acepções
da palavra para optar depois por aquela que lhe é mais conveniente.
8. d
A imagem faz parte de uma campanha conscientizadora.
9. b
A objetividade da mensagem explica a alternativa correta. Não havia espaço nem contexto para
subjetividades.
10. c
Severino é a grande metáfora representativa de inúmeros outros que passam pelas mesmas dificuldades
de vida.
Questão Contexto
A intenção da imagem é demonstrar que uma pessoa fumante não prejudica somente a si - devido aos
riscos e consequências do uso contínuo do cigarro -, mas também às pessoas próximas. O intuito
argumentativo é conscientizar o leitor, mudando seus hábitos.
Q
uí.
Quí.
Professor: Xandão
Monitor: Victor P.
Q
uí.
Funções orgânicas: nitrogenadas e haletos 02
out
RESUMO
Estas duas funções orgânicas têm em comum um átomo de nitrogênio na cadeia carbônica, o que lhes
confere a depender do composto:
➔ Capacidade de fazer LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO entre si e com outras funções;
➔ SOLUBILIDADE EM ÁGUA, no caso de substâncias com cadeias carbônicas pequenas (até 4 ou 5
carbonos), devido às ligações de hidrogênio que fazem;
➔ POLARIDADE, visto que o átomo de nitrogênio é muito eletronegativo e tende a possuir dipolo
negativo;
➔ PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO geralmente ALTOS, motivo pelo qual costumam ser sólidas ou
líquidas (quando possuem cadeias carbônicas menores) à temperatura ambiente.
Amina
A cadeia carbônica pode ser aberta ou fechada, normal ou ramificada, saturada ou insaturada, homogênea
ou heterogênea, contanto que seja a estrutura da amônia com pelo menos 1 de seus hidrogênios
substituídos por um radical orgânico.
Exemplos:
Nomenclatura: Baseia-se, como sempre, em 2 partes: prefixo e infixo. O prefixo é o nome do radical orgânico da cadeia
(metil, etil, isopropil, tercbutil, fenil, etc), e o infixo é sempre AMINA.
Exemplos:
→ etilamina → radical etil + amina
→ ciclopentilamina → radical ciclopentil + amina
→ triisopropilamina → 3 radicais isopropil + amina
→ benzilamina → radical benzil + amina
→ etildimetilamina → 2 radicais metil e 1 radical etil (ordem alfabética) +
amina
Q
uí.
Classificação: AMINAS PRIMÁRIAS: Formadas pela substituição de apenas 1 átomo de hidrogênio na amônia, portanto por
1 radical ligado ao mesmo átomo de nitrogênio.
AMINAS SECUNDÁRIAS: Formadas pela substituição de apenas 2 átomos de hidrogênio na amônia, portanto
por 2 radicais ligados ao mesmo átomo de nitrogênio.
AMINAS TERCIÁRIAS: Formadas pela substituição dos 3 átomos de hidrogênio na amônia, portanto por 3
radicais ligados ao mesmo átomo de nitrogênio.
IMPORTANTE À BEÇA:
Assim como a amônia possui CARÁTER BÁSICO, segundo o critério de Lewis, as aminas também possuem.
Tal critério consiste na cessão de um par eletrônico do átomo de nitrogênio a outros compostos
(considerados ácidos por Lewis).
Como ligantes acíclicos aumentam a capacidade de o nitrogênio ceder par eletrônico e aromáticos reduzem,
as aminas acíclicas são mais básicas do que a amônia e as aminas aromáticas. No entanto, devido à
conformação espacial das aminas terciárias, os ligantes do nitrogênio acabam impedindo a cessão do par
eletrônico, diminuindo a basicidade destas aminas.
Ordem crescente de basicidade dos compostos:
Aminas aromáticas terciárias < aminas secundárias aromáticas < aminas primárias aromáticas < amônia <
aminas terciárias < aminas primárias < aminas secundárias
opa, IMINAS
São compostos nitrogenados formados pela reação de amônias ou aminas primárias com aldeídos ou
cetonas, havendo perda de água. Possuem fórmula geral
Obs.: Iminas cíclicas são formadas pela imersão de moléculas com carbonilas e aminas primárias em meio
ácido, com desidratação.
opa, AMINOÁCIDOS
Q
uí.
São compostos que possuem, ao mesmo tempo, grupo funcional dos ácidos carboxílicos e das aminas. Além
disso, são monômeros (unidades formadoras de polímeros) das proteínas, nutrientes essenciais aos seres
vivos. Possuem fórmula geral
Amida
A cadeia carbônica pode ser aberta ou fechada, normal ou ramificada, saturada ou instaurada, contanto que
tenha carbonila ligada a um átomo de nitrogênio.
Exemplos:
Classificação: AMIDAS PRIMÁRIAS: O único ligante do nitrogênio é o que contém a carbonila.
AMINAS SECUNDÁRIAS: Além do que contém carbonila, o nitrogênio possui 1 outro radical orgânico.
AMINAS TERCIÁRIAS: Além do que contém carbonila, o nitrogênio possui 2 outros radicais orgânicos.
Nomenclatura: Baseia-se em 2 partes: prefixo e infixo. O prefixo se refere ao hidrocarboneto ligado à carbonila (metano,
etano, benzeno, ciclopenteno...), o infixo é a palavra amida.
Exemplos:
→ metanamida → metano + amida
Q
uí.
→ benzamida → benzeno + amida
→ 2-metilpropanamida → 2-metilpropano + amida
→ prop-3-enamida → prop-3-eno + amida
Obs.: Em se tratando de aminas SECUNDÁRIAS ou TERCIÁRIAS, os ligantes do nitrogênio devem ser postos
no início do nome do composto, indicados por - .
Exemplos:
→ N-etil-N-metilpropanamida → ligantes do nitrogênio etil e metil (ordem
alfabética) + propano + amida
→ N-fenilpropanamida → ligante do nitrogênio fenil + propano + amida
→ N,N-dietil-2-metilpropanamida → ligantes do nitrogênio etil + 2-
metilpropano + amida
Nitrila As nitrilas são caracterizadas pelo presença do radical:
, onde R é um radicais orgânico.
Ex.:
Nomenclatura: Nome do hidrocarboneto + nitrila
Ex.:
etanonitrila
cicloexanonitrila
Q
uí.
Propanonitrila
Isonitrila As isonitrolas são caracterizadas pela presença do radical:
, onde R é um radical orgânico.
Ex.:
CH3 CH2 NC
Nomenclatura: Nome do radical + carbilamina
Ex.:
CH3 NC metilcarbilamina
CH3 CH2 CH2 NC propilcarbilamina
Nitrocomposto Os nitrocompostos são caracterizados pela presença do grupo funcional:
, onde R é um radical orgânico.
Ex.:
Nomenclatura: Nitro + Nome do hidricarboneto
Ex.:
2-Nitropropano
Nitrobenzeno
2,4,6 trinitro tolueno (TNT)
Haletos Os haletos orgânicos são genericamente representados por:
R X, onde R é um radical orgânico e X é halogênio (F, Cl, Br, I).
Ex.:
Q
uí.
Nomenclatura: Nome do halogênio + nome do hidrocarboneto
Tricloro metano
Bromo benzeno
Haletos de acila Os haletos de acila são derivados da substituição da hidroxila de um ácido carboxilico por um halogênio.
, onde R é um radical orgânico e X é halogênio (F, Cl, Br, I).
Ex.:
Nomenclatura: Nome do halogênio +eto de nome do hidrocarboneto + ila
Cloreto de etila
Cloreto de propanoíla
Cloreto de benzoíla
Q
uí.
EXERCÍCIOS
1. Plantas apresentam substâncias utilizadas para diversos fins. A morfina, por exemplo, extraída da flor
da papoula, é utilizada como medicamento para aliviar dores intensas. Já a coniina é um dos
componentes da cicuta, considerada uma planta venenosa. Suas estruturas moleculares são
apresentadas na figura.
O grupo funcional comum a esses fitoquímicos é o(a)
a) éter.
b) éster.
c) fenol.
d) álcool.
e) amina.
2. A adrenalina é um hormônio neurotransmissor derivado da modificação do aminoácido tirosina. Em
momentos de estresse, as suprarrenais secretam quantidades abundantes deste hormônio que prepara
o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a tensão arterial, relaxa certos
músculos e contrai outros. A adrenalina é muito utilizada como um medicamento para estimular o
coração nos casos de parada cardíaca, para prevenir hemorragias e para dilatar os bronquíolos dos
pulmões quando ocorrem ataques de asma aguda.
A seguir são apresentadas as estruturas moleculares da adrenalina e do aminoácido tirosina.
A partir das informações e das estruturas apresentadas percebe-se que
a) adrenalina e tirosina se constituem como substâncias isômeras entre si.
b) a adrenalina existe como um par de substâncias isômeras ópticas, mas a tirosina não.
c) a adrenalina é uma amina secundária e a tirosina uma amina primária.
d) ambas possuem a classe funcional enol, pois apresentam hidroxila em carbono insaturado.
e) apenas a tirosina apresenta grupo funcional com característica ácida.
Q
uí.
3. Em determinadas condições, a toxina presente na carambola, chamada caramboxina, é convertida em
uma molécula X sem atividade biológica, conforme representado abaixo.
Nesse caso, dois grupamentos químicos presentes na caramboxina reagem formando um novo
grupamento.
A função orgânica desse novo grupamento químico é denominada:
a) éster
b) fenol
c) amida
d) cetona
e) álcool
4. Em 1851, um crime ocorrido na alta sociedade belga foi considerado o primeiro caso da Química
Forense. O Conde e a Condessa de Bocarmé assassinaram o irmão da condessa, mas o casal dizia que
o rapaz havia enfartado durante o jantar. Um químico provou haver grande quantidade de nicotina na
garganta da vítima, constatando assim que havia ocorrido um envenenamento com extrato de folhas
de tabaco.
Sobre a nicotina, são feitas as seguintes afirmações.
I. Contém dois heterociclos.
II. Apresenta uma amina terciária na sua estrutura.
III. Possui a fórmula molecular 10 14 2C H N .
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
5. Os radicais presentes na estrutura do ácido pícrico, representado a seguir, caracterizam as funções
a) enol e amida
b) fenol e amina
c) fenol e nitrocomposto
d) ácido carboxílico e amina
e) ácido carboxílico e nitrocomposto
Q
uí.
6. A eritromicina é uma substância antibacteriana do grupo dos macrolídeos muito utilizada no
tratamento de diversas infecções. Dada a estrutura da eritromicina abaixo, assinale a alternativa que
corresponde às funções orgânicas presentes.
a) Álcool, nitrila, amida, ácido carboxílico.
b) Álcool, cetona, éter, aldeído, amina.
c) Amina, éter, éster, ácido carboxílico, álcool.
d) Éter, éster, cetona, amina, álcool.
e) Aldeído, éster, cetona, amida, éter.
7. Gás lacrimogêneo é o nome genérico dado a vários tipos de substâncias irritantes da pele, dos olhos
e das vias respiratórias, tais como o brometo de benzila, ou o gás clorobenzilideno malononitrilo. Ao
estimular os nervos da córnea, esses gases causam lacrimação, dor e mesmo cegueira temporária. O
uso crescente do gás lacrimogêneo, pelas polícias de todo o mundo, inclusive no Brasil, nas
manifestações de rua, como arma de "controle de multidões" deve-se ao fato de ser capaz de dispersar
aglomerações, já que rapidamente provoca irritação ou incapacitação sensorial efeitos que
normalmente desaparecem algum tempo depois de cessada a exposição.
Com relação ao brometo de benzila e ao gás clorobenzilideno malononitrilo, pode-se afirmar
corretamente que
a) o nome do composto brometo de benzila é característico de um sal misto ou duplo.
b) ao acionar o gás clorobenzilideno malononitrilo em direção à multidão, as moléculas se chocam
originando uma reação química, cujo produto causará lacrimação, dor e cegueira temporária.
c) pelo nome do composto brometo de benzila, constata-se a presença de um calcogêneo.
d) pelo nome do gás clorobenzilideno malononitrilo constata-se a presença do grupo nitrilo,
também chamado de cianeto, C N.−
8. Recentemente, cientistas sintetizaram um híbrido curcumin-talidomida. A estrutura desse híbrido está
mostrada abaixo, em que a parte à esquerda da ligação em negrito vem do curcumin, e a parte à direita
vem da talidomida. Essa combinação permitiu obter um composto muito mais eficaz contra células
cancerosas que o curcumin ou a talidomida sozinhos, ou que uma mistura dos dois.
As funções orgânicas presentes na estrutura desse híbrido são
a) hidroxila fenólica, éter e cetona.
b) amina, éster e hidroxila fenólica.
c) amida, éster e cetona.
d) amida, hidroxila fenólica e éster.
e) ácido carboxílico, amina e cetona.
Q
uí.
9. A L-DOPA é utilizada no tratamento do mal de Parkinson, e uma rota para sua síntese ocorre a partir de
uma enamida, sendo ela um exemplo de síntese orgânica enantiosseletiva. As etapas simplificadas do
processo estão apresentadas a seguir.
Considerando o exposto, conclui-se que, na última etapa da síntese, ocorre a remoção dos seguintes
grupos:
a) 3CH CO; 3NHCOCH
e COOH
b) 3CH ; 3CH CO
e COOH
c) 3CH CO; 3NHCOCH
e 3CH
d) 3CH ; 3NHCOCH
e 3CH CO
e) 3CH ; 3CH CO
e 3CH CO
10. A tiroxina, hormônio da glândula tireoide, é representada pela fórmula:
As funções orgânicas presentes na estrutura da tiroxina são, respectivamente:
a) ácido carboxílico, amida, haleto orgânico, éster, álcool.
b) ácido carboxílico, amida, haleto orgânico, éter, álcool.
c) ácido carboxílico, amina, haleto orgânico, éter, fenol.
d) aldeído, amina, haleto orgânico, éster, fenol.
e) aldeído, amina, haleto orgânico, éter, álcool.
QUESTÃO CONTEXTO
A vitamina B1 foi o primeiro destes essenciais nutrientes reguladores descobertos pela ciência. Por
possuir grupos amina (a vitamina B1) foi que substâncias de mesma função no organismo foram
vitaminas que não possuem esta função orgânica foram descobertas, mas sua classificação como
nutriente se manteve.
Observe a estrutura química da vitamina B1 e diga quantos grupos amina ela possui, classificando-os.
Q
uí.
GABARITO
1. e
2. c
Amina primária: o átomo de nitrogênio do grupo funcional se liga a um átomo de carbono.
Amina secundária: o átomo de nitrogênio do grupo funcional se liga a dois átomos de carbono.
3. c
4. e
Análise das afirmações:
I. Correta. Contém dois heterociclos.
II. Correta. Apresenta uma amina terciária na sua estrutura.
III. Correta. Possui a fórmula molecular 10 14 2C H N .
Q
uí.
5. c
6. d
Teremos:
7. d
8. a
As funções orgânicas presentes na estrutura desse híbrido são:
Q
uí.
9. e
Ocorre a remoção dos grupos: 3CH ; 3CH CO e 3CH CO .
10. c
Questão contexto
1 amina primária, 2 aminas secundárias e 1 amina terciária.
Q
uí.
Quí.
Professor: Xandão
Monitor: Victor P.
Q
uí.
Funções orgânicas: oxigenadas 02
out
RESUMO
Funções hidroxiladas: álcool, enol e fenol
Identificação para identificá-las, repare, você precisa apenas analisar o carbono ao qual a hidroxila se liga. Se for um
a um carbono pertencente a um anel benzênico (benzeno), dizemos que a função é fenol; se o carbono ao
qual a hidroxila (também chamada de oxidrila) se liga for um carbono insaturado (que apresenta pelo menos
uma ligação dupla ou tripla) e não é de um anel aromatico, a função será enol.
Analise as imagens para entender de vez.
figura 1. Exemplo de álcool
figura 2. Exemplo de fenol
figura 3. Exemplo de enol
Nomenclatura dos álcoois O nome de um álcool deriva da regra de nomenclatura dos hidrocarbonetos com a ressalva de que o sufixo,
No exemplo da figura 1, temos o seguinte nome:
figura 4. propan-2-ol ou álcool iso-propílico ou 2-propanol
Antes de ver abaixo a explicação, tente analisar o nome e entender, por você mesmo, a nomenclatura IUPAC.
Depois leia as regras abaixo como uma espécie de feedback.
O nome representa a soma das seguintes partes:
-2-ol ou 2-
I.
Q
uí.
II.
ligação dupla na cadeia principal, esta deveria ser indicada entre o prefixo e o infixo. Exemplo de
nomenclatura incluindo uma instauração (ligação dupla ou tripla) na posição 2: but-2-en-3-ol.
III.
IV. Número referente a posição da hidroxila na molécula: posição 2
Exemplo de álcool cíclico
figura 5. ciclopentanol
Regra 2
Enxergue o grupo carbônico ligado à hidroxila como um radical. O nome seguiria a seguinte regra.
álcool + radical + ílico (Exemplo: álcool isopropílico, álcool metílico)
O nome pode ainda ser o vulgar, como o álcool amílico (álcool pentílico)
de oxidrilas na moléculas. Perceba abaixo:
figura 6. propan-1,2-diol
Mais um exemplo:
figura 7. but-2-en-1-ol ou 2-butenol
figura 8. 2-metilpentan-3-ol ou 2-metil-3-pentanol
Nomenclatura dos enóis e fenóis Os enóis seguem a mesma regra usada para os álcoois.
Os fenóis seguem a seguinte nomenclatura:
Posição da hidroxila + hidróxi + benzeno (ou naftaleno ou antraceno)
Ou
Radical + fenol
Exemplos:
figura 9. hidroxibenzeno ou fenol
figura 10. 1-hidroxi-2-etilbenzeno ou 2-etilfenol
Q
uí.
Compostos carbonilados (cetonas e aldeídos) Como identificá-los: pela presença de carbonilas nas posições terminais (aldeídos) ou intermediárias
(cetonas).
Repare nas figuras abaixo:
figura 12. Exemplos de aldeídos (carbonilas em posições terminais)
Nomenclatura de cetonas Derivado dos nomes dos hidrocarbonetos, a regra aqui é adicionar o su
Nos casos da figura 11, temos os nomes, respectivamente, propanona, butan-2-ona e 3-metilpentan-2-ona.
Não indicou-se a posição da carbonila no primeiro caso porque a posição 2 era a única possível para a
carbonila.
Caso haja mais de uma carbonila na molécula, deve-
infixo e sufixo. Exemplo: pentan-2,3-diona
Nomenclatura dos aldeídos Aqui, deve- -se a posição da carbonila uma vez que
subentende-se que esta estará na posição terminal e que a contagem dos carbonos iniciará pela mesma.
Os nomes associados à figura 12 são, respectivamente, butanal e 5-metilexanal
Obs. Caso haja mais de um grupo C=O, deve-
butanodial
Ácido carboxílico (caracterizado pela presença do grupo carboxila, mostrado na figura abaixo)
figura 13. Grupo carboxila
Nomenclatura dos ácidos carboxílicos Inicia-se o nome com ácido e adiciona-se os nomes dos radicais e, em seguida, os prefixo, infixo e sufixo
Exemplos
figura 14. Exemplos de ácidos carboxílicos
Os ácidos da figura 14 são nomeados da seguinte maneira, respectivamente:
Ácido butanoico e ácido propanoico
figura 15. ácido 2-metilpentanoico
Q
uí.
Outras funções oxigenadas: Éster, sal orgânico, anidrido e éter
Éster
Os ésteres são caracterizados pela presença do grupo funcional:
orgânicos.
Os ésteres são produzidos a partir da reação de um ácido carboxilico com um álcool, pela chamada reação
de esterificação.
Ex.:
Nomenclatura
parte derivada do ácido + ATO de parte derivada do álcool + ILA
Ex.:
Metanoato de metila
Propanoato de etila
Sal orgânico Os ácidos carboxilicos como qualquer outro ácid, é capaz de reagir com uma base e produzir um ácido.
Neste caso é gerado um sal orgânico.
Ex.:
Nomenclatura parte derivada do ácido + ATO de nome do composto/elemento ligado ao O-
Ex.:
Etanoato de sódio
Propanoato de potássio
Anidrido O anidrido é uma função orgânica derivada da desidratação intermolecular ou intramolecular dos ácidos
carboxílicos.
Desidratação intermolecular
Ex.:
Q
uí.
Desidratação intramolecular
Ex.:
Nomenclatura Anidrido parte derivada dos ácidos + ÓICO
Ex.:
Anidrido etanóico propanóico
Anidrido propanóico
Éter
Os éteres são caracterizados pela presença do grupo funcional:
orgânicos.
Ex.:
Nomenclatura R menor + OXI - R maior + ANO
Ex.:
Etóxi-etano
Metóxi-etano
Q
uí.
EXERCÍCIOS
1. Uma forma de organização de um sistema biológico é a presença de sinais diversos utilizados pelos
indivíduos para se comunicarem. No caso das abelhas da espécie Apis mellifera, os sinais utilizados
podem ser feromônios. Para saírem e voltarem de suas colmeias, usam um feromônio que indica a
trilha percorrida por elas (Composto A). Quando pressentem o perigo, expelem um feromônio de
alarme (Composto B), que serve de sinal para um combate coletivo. O que diferencia cada um desses
sinais utilizados pelas abelhas são as estruturas e funções orgânicas dos feromônios.
As funções orgânicas que caracterizam os feromônios de trilha e de alarme são, respectivamente,
a) álcool e éster.
b) aldeído e cetona.
c) éter e hidrocarboneto.
d) enol e ácido carboxílico.
e) ácido carboxílico e amida.
2. A produção mundial de alimentos poderia se reduzir a 40% da atual sem a aplicação de controle sobre
as pragas agrícolas. Por outro lado, o uso frequente dos agrotóxicos pode causar contaminação em
solos, águas superficiais e subterrâneas, atmosfera e alimentos. Os biopesticidas, tais como a piretrina
e coronopilina, têm sido uma alternativa na diminuição dos prejuízos econômicos, sociais e ambientais
gerados pelos agrotóxicos.
Identifique as funções orgânicas presentes simultaneamente nas estruturas dos dois biopesticidas
apresentados:
a) Éter e éster.
b) Cetona e éster.
c) Álcool e cetona.
d) Aldeído e cetona.
e) Éter e ácido carboxílico.
Q
uí.
3. A própolis é um produto natural conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes.
Esse material contém mais de 200 compostos identificados até o momento. Dentre eles, alguns são de
estrutura simples, como é o caso do C6H5CO2CH2CH3, cuja estrutura está mostrada a seguir.
O ácido carboxílico e o álcool capazes de produzir o éster em apreço por meio da reação de
esterificação são, respectivamente,
a) ácido benzoico e etanol.
b) ácido propanoico e hexanol.
c) ácido fenilacético e metanol.
d) ácido propiônico e cicloexanol.
e) ácido acético e álcool benzílico.
4. A curcumina, substância encontrada no pó-amarelo-alaranjado extraído da raiz da cúrcuma ou açafrão-
da-índia (Curcuma longa), aparentemente, pode ajudar a combater vários tipos de câncer, o mal de
Alzheimer e até mesmo retardar o envelhecimento. Usada há quatro milênios por algumas culturas
orientais, apenas nos últimos anos passou a ser investigada pela ciência ocidental.
Na estrutura da curcumina, identificam-se grupos característicos das funções
a) éter e álcool.
b) éter e fenol.
c) éster e fenol.
d) aldeído e enol.
e) aldeído e éster.
5. Mercadorias como os condimentos denominados cravo da índia, noz-moscada, pimenta do reino e
canela tiveram uma participação destacada na tecnologia de conservação de alimentos 500 anos atrás.
Eram denominadas especiarias. O uso caseiro do cravo da índia é um exemplo de como certas técnicas
se incorporam à cultura popular. As donas de casa, atualmente, quando usam o cravo da índia, não o
relacionam com a sua função conservante, mas o utilizam por sua ação flavorizante ou por tradição.
Sabendo que o princípio ativo mais abundante no cravo da índia é o eugenol, estrutura representada
acima, assinale a única alternativa CORRETA. a) O eugenol apresenta fórmula molecular 8 12 2C H O .
b) O eugenol apresenta as funções éter e fenol.
c) O eugenol apresenta cinco carbonos 2sp .
d) O eugenol apresenta cadeia fechada alicíclica.
e) O eugenol apresenta quatro ligações sigmas.
Q
uí.
6. A vanilina (fórmula a seguir),
é o composto principal do aroma essencial da baunilha, largamente empregada como aromatizante
em alimentos. Em sua estrutura química, observa-se a presença dos grupos funcionais das funções
químicas
a) cetona, éster e fenol.
b) cetona, álcool e fenol.
c) fenol, cetona, éter.
d) fenol, aldeído e éter.
e) álcool, aldeído e éter.
7. Poucos meses antes das Olimpíadas Rio 2016, veio a público um escândalo de doping envolvendo
atletas da Rússia. Entre as substâncias anabolizantes supostamente utilizadas pelos atletas envolvidos
estão o turinabol e a mestaterona. Esses dois compostos são, estruturalmente, muito similares à
testosterona e utilizados para aumento da massa muscular e melhora do desempenho dos atletas.
Quais funções orgânicas oxigenadas estão presentes em todos os compostos citados?
a) Cetona e álcool.
b) Fenol e éter.
c) Amida e epóxido.
d) Anidrido e aldeído.
e) Ácido carboxílico e enol.
8. O mercado de beleza em 2015: crescimento e investimento das empresas
O cuidado com o corpo tem conquistado mais adeptos entre mulheres e homens; hoje, a lista de
produtos de beleza que são indispensáveis está bem mais ampla. O setor de higiene pessoal,
perfumaria e cosméticos cada vez mais se consolida dentro da economia brasileira, e seu papel é
fundamental nos aspectos econômicos, financeiros, sociais e também na contribuição em iniciativas
sustentáveis. Disponível em: <http://www.hairbrasil.com>. Acessado em: 04 out. 2015. Adaptado.
per, fumare,
seu uso originou-se, provavelmente, em atos religiosos, em que os deuses eram homenageados pelos
seus adoradores por meio de folhas, madeiras e materiais de origem animal, que, ao serem queimados,
liberavam uma fumaça com cheiro doce, como o incenso. Os perfumes são formados, principalmente,
por uma fragrância, que é a essência ou óleo essencial; por etanol, que atua como solvente; e por um
fixador. A estrutura de algumas essências usadas em perfumes é mostrada a seguir.
Q
uí.
Leia as proposições seguintes, referentes às estruturas mostradas acima.
I. O grupo carbonila presente no composto I pertence a uma cetona, enquanto, no composto II,
pertence a um aldeído.
II. A nomenclatura oficial do composto II é 3,7-dimetil-oct-2,6-dien-1-ol, e sua fórmula molecular é
10 18C H O.
III. A nomenclatura oficial do composto III é 10-undecanal.
Sobre as proposições acima, pode-se afirmar que
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.
9. A Prednisona é um anti-inflamatório indicado para o tratamento de doenças endócrinas, respiratórias,
dentre outras. Sua estrutura está representada abaixo.
É uma função orgânica presente na estrutura da Prednisona:
a) Éster
b) Aldeído
c) Cetona
d) Fenol
Q
uí.
10. 1
2 6 ( ) 2(g) 2(g) 2 ( )C H O 3 O 2 CO 3 H O H 1.367 kJ mol−+ → + = −
O etanol, 2 6 ( )C H O , densidade de 10,80 g mL ,−
a 25 C, é utilizado na obtenção de energia, de acordo
com a reação química representada pela equação, e na produção de bebidas alcoólicas. O etanol, ao
ser ingerido, é parcialmente oxidado no organismo, o que leva à produção de etanal, substância
química que pode provocar enjoo e dor de cabeça.
Considerando-se a estrutura das substâncias químicas citadas no texto e que a oxidação parcial do
etanol leva à produção do etanal, é correto afirmar:
a) A cadeia carbônica do etanol é constituída por um carbono primário e um carbono secundário.
b) O etanal é uma substância química da classe dos aldeídos, representada pela fórmula molecular
2 4C H O.
c) O etanal é um composto orgânico que apresenta um grupo hidroxila, OH,− ligado a carbono
insaturado.
d) A oxidação parcial do etanol indica que um dos átomos de carbono da estrutura do álcool recebeu
elétrons.
e) O etanol e o etanal são compostos isômeros porque apresentam a mesma fórmula molecular e
diferentes fórmulas estruturais.
QUESTÃO CONTEXTO
O álcool isopropílico é utilizado na limpeza de telas de laptops ou de smartphones. Monte sua estrutura
e indique outra forma de nomearmos tal composto.
Q
uí.
GABARITO
1. a
As funções orgânicas que caracterizam os feromônios de trilha e de alarme são, respectivamente, álcool
e éster.
2. b
Teremos as funções cetona e éster nas estruturas dos dois biopesticidas apresentados:
3. a
Teremos:
Q
uí.
4. b
Teremos:
5. b
a) Incorreta. A fórmula molecular do eugenol é 10 12 2C H O .
b) Correta.
c) Incorreta. O eugenol apresenta 8 carbonos, ligados com ligação dupla, do tipo 2sp .
d) Incorreta. O eugenol apresenta cadeia mista.
e) Incorreta. O eugenol apresenta 16 ligações do tipo sigma.
6. d
7. a
8. b
I. Incorreta. O composto II não apresenta o grupo carbonila.
II. Correta. A cadeia principal do composto II apresenta: 8 carbonos, 2 ligações duplas, duas
ramificações metila e o grupo funcional - álcool, assim, seu nome oficial será:
3,7-dimetil-oct-2,6-dien-1-ol, cuja fórmula molecular será: 10 18C H O.
III. Incorreta. O composto 3 apresenta: 11 carbonos e uma ligação dupla em sua cadeia principal, e o
grupo funcional aldeído, assim seu nome oficial será: 10-undecenal.
Q
uí.
9. c
10. b
a) Incorreta. A cadeia carbônica do etanol é constituída por dois carbonos primários (carbonos
ligados a um átomo de carbono).
b) Correta.
c) Incorreta. O etanal é um composto orgânico que apresenta um grupo carbonila.
d) Incorreta. A oxidação parcial do etanol indica que um dos átomos de carbono da estrutura do
álcool apresentou aumento de Nox.
e) Incorreta. O etanol e o etanal não são compostos isômeros, pois suas fórmulas moleculares são
diferentes.
Questão Contexto
propan-2-ol
R
ed
.
Red.
Professor: Eduardo Valladares
Monitor: Maria Paula Queiroga
R
ed
.
Comportamento contemporâneo 02
out
RESUMO
Vamos, antes de tudo, dar uma olhada nos temas de redação do ENEM que já foram cobrados até agora e
guardam relação com este eixo? De certa forma, é muito fácil encontrar um pouco de cultura e
comportamento humano em todas as temáticas da prova. Porém, destacaremos, aqui, as propostas que mais
se aproximaram do assunto.
● ENEM 1998: Viver e aprender
● ENEM 1999: Cidadania e participação social
● ENEM 2006: O poder de transformação da leitura
● ENEM 2007: O desafio de se conviver com as diferenças
● ENEM 2009: O indivíduo frente à ética nacional
● ENEM 2010: O trabalho na construção da dignidade humana
● ENEM 2011: Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado
● ENEM 2012: Movimento imigratório para o Brasil no século XXI
● ENEM 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira
● ENEM 2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil
● ENEM 2017: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.
Quais foram as mudanças?
De 1998 até 2011, como demonstrado acima, os temas não se direcionavam ao comportamento
contemporâneo brasileiro, mas, sobretudo, partia de uma ideia comportamental mais ampla. Entretanto, é
possível perceber que a relação entre cultura e sociedade não se distanciam a partir de 2012 com os temas
ligados ao cenário brasileiro e sua sociedade.
Assim, é necessário entender que, desde 2012, o ENEM exige uma visão crítica do comportamento atual da
sociedade brasileira e os motivos para esta questão. Assim, entende-se que, muitas vezes, fatores como
cultura e passado são legados de atitudes que necessitam ser argumentadas na hora da redação.
Dessa forma, conseguimos compreender que a ideia de comportamento contemporâneo é construída a
partir dos fatores históricos e culturais de uma sociedade. De fato, o tempo e os diferentes contextos são
essenciais na formação de determinados hábitos, costumes, modos de agir. Por isso, é interessante discutir
alguns conceitos e, principalmente, fazer uma análise de como chegamos até aqui, criando repertório para
diversas temáticas de redação.
EXERCÍCIOS
1. após duvidar de sua própria existência, mas a comprova ao ver que pode pensar e se está sujeito a tal
condição, deve de alguma forma existir.
No âmbito filosófico, diversos estudiosos apontam como um dos grandes males que assolam o homem
contemporâneo a perda da capacidade de reflexão.
a) Pensar e refletir não são sinônimos. Diferencie as duas ações.
b) Explique as possíveis causas da desvalorização do ato de refletir.
c) Que efeitos poderão ser sentidos a partir dessa desvalorização?
R
ed
.
2.
Em muitas pessoas já é um descaramento dizerem "Eu". T.W. Adorno
Não há sempre sujeito, ou sujeitos. (...)
Digamos que o sujeito é raro, tão raro quanto as verdades. A. Badiou
Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica
da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da
ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade
de escolher o que é sempre a mesma coisa. T.W. Adorno
A partir da tela e dos fragmentos acima reproduzidos, explique por que se pode afirmar que "a 1ª pessoa
é uma ilusão". Associe essa ideia ao livre-arbítrio e explore exemplos que permitam corroborar a
afirmativa.
3. Após assinalar a alternativa, proponha uma reflexão sobre a imagem.
CAULOS. Disponível em: www.caulos.com. Acesso em 24 set. 2011.
O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em oposição às outras e representa a
a) a opressão das minorias sociais.
b) carência de recursos tecnológicos.
c) falta de liberdade de expressão.
d) defesa da qualificação profissional.
e) reação ao controle do pensamento coletivo.
R
ed
.
4. Após assinar a alternativa, comente sobre o assunto tratado pela questão.
A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento
fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. Essa
fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet:
a) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo
b) configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados
c) emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição de acusados
d) apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam dados concretos
5.
A catarse caracteriza a relação de identificação subjetiva ocorrida entre o público e a obra de arte.
Comente quais são os estímulos contemporâneos que provocam o reconhecimento catártico.
6. um instinto de calúnia, de depreciação, de receio: neste caso nos vingamos da vida com a
fantasmagoria (Friedrich Nietzsche, Crepúsculo dos Ídolos).
Para a psicanálise, pode-se dizer que há sempre desejos demais.
(Deleuze, Cinco proposições sobre a psicanálise)
Sobre a ambição, Friedrich Nietzsche, filósofo prussiano do século XIX, ao desenvolver sua teoria da
"vontade", do desejo, afirmava que, para o homem, tal sentimento era predominantemente negativo.
Por outro lado, Gilles Deleuze, filósofo francês do século XX, dizia que desejar algo, no mundo de
hoje, é necessariamente produção de uma realidade diferente. Desenvolva melhor a diferença básica
entre os dois pensamentos e mostre como isso se aplica à sociedade de ontem e de hoje.
7. O sociólogo espanhol Manuel Castells sustenta que a comunicação de valores e a mobilização em
torno do sentido são fundamentais. Os movimentos culturais (entendidos como movimentos que têm
como objetivo defender ou propor modos próprios de vida e sentido) constroem-se em torno de
sistemas de comunicação essencialmente a internet e os meios de comunicação porque esta é a
principal via que esses movimentos encontram para chegar àquelas pessoas que podem
eventualmente partilhar os seus valores, e a partir daqui atuar na consciência da sociedade no seu
R
ed
.
Disponível em: www.compolitica.org. Acesso em: 2 mar. 2012 (adaptado).
Em 2011, após uma forte mobilização popular via redes sociais, houve a queda do governo de Hosni
Mubarak no Egito. Esse evento ratifica o argumento de que
a) a internet atribui verdadeiros valores culturais aos seus usuários.
b) a consciência das sociedades foi estabelecida com o advento da internet.
c) a revolução tecnológica tem como principal objetivo a deposição de governantes
antidemocráticos.
d) os recursos tecnológicos estão a serviço dos opressores e do fortalecimento de suas práticas
políticas.
e) os sistemas de comunicação são mecanismos importantes, de adesão e compartilhamento de
valores sociais.
8. Com base na questão anterior e nas teorias e Manuel Castells, explique como a internet pode ser um
mecanismo de difusão de ideias, nos dias de hoje.
9.
A foto apresentada faz referência a um dos episódios dos naufrágios Sírios em imigrações para a
Europa. Com base nisso, comente a questão da banalização de imagens trágicas no que diz respeito à
desumanização do indivíduo.
QUESTÃO CONTEXTO
A tirinha do grupo Quadrinhos Ácidos reflete o nosso comportamento na sociedade atual. Um dos
agentes para tal conduta pode ser, como vimos nos exercícios, os veículos de comunicação e as
propagandas. Analise a imagem e faça uma reflexão da influência atual das propagandas em relação
ao estilo de vida social.
R
ed
.
GABARITO
Exercícios
1.
a) Assim como demonstrado por Descartes, há uma grande diferença entre o ato de pensar e o ato de
refletir, em que o primeiro é um processo natural, inconsciente como um pensamento do dia a dia.
Já o segundo é um ato condicionado, que depende de um preparo e é feito em um longo prazo.
b) A velocidade das informações, a dinamicidade cotidiana, a quantidade de dados disponíveis, as
inúmeras opções de distração como o fácil acesso ao entretenimento.
c) O efeito de uma sociedade que não reflete é a alienação que faz com que a sociedade seja facilmente
manipulada pelo excesso de informações rasas, prontas e mastigadas.
2. Livre arbítrio: autonomia e independência perante a sociedade. Entretanto, na sociedade atual, esta
teoria é vista como utópica por não haver escolha desprovida de uma concepção influenciada pela
sociedade.
3. e
No cartum apresentado, todos os homens estão representados por bonecos de corda que andam para a
mesma direção (como se estivessem sem escolha), exceto um. Este único diferente, além de apresentar
uma cor distinta, não tem corda nas costas para controlá-lo e segue em outra direção (o que nos induz a
pensar que foi responsável pela escolha de seu próprio caminho). Além disso, podemos pensar também
sobre os diversos tipos de preconceitos existentes na nossa sociedade.
4. c
Se a internet é um tribunal no qual todos julgam todos, mas ninguém que esteja sendo acusado, então
não há réus; isto é, ninguém que julga admite a si mesmo na posição de acusado.
5. A catarse, na filosofia, tem como definição a liberação de algo reprimido, dessa forma, os processos de
massificação de estímulos e de padronização comportamental podem gerar algumas ações catárticas
que abrangem um senso crítico social, ou seja, uma visão mais ampla do que se tem como cultura e
sociedade. Os momentos catárticos são importantes nas nossas vidas, pois são com eles que um ser
consegue se conhecer melhor, através de contatos com estímulos. Isso quer dizer que o ser humano
deve ser estimulado por elementos externos para conseguir fazer esses reconhecimentos. Na atualidade,
os estímulos que provocam esse reconhecimento são: novelas (fazem parte da identidade cultural
brasileira), leituras (a literatura, por exemplo, era o retrato dos comportamentos sociais de uma época),
esportes (motivação de torcida, grau de identificação de um time), religião (as pessoas se distanciam de
sua realidade em busca de esperança).
6. Com o avanço das grandes indústrias e da abrangência das grandes formas de comunicação e
obrigatório para conquistar os meios de consumo. Em detrimento ao primeiro filósofo do século XIX,
onde estava se in
ambiente familiar era o necessário para o homem, hoje, em decorrência aos fatos apresentados, entende-
se que viver sem ter ambições não é o suficiente para a contemporaneidade.
7. e
O fato de uma mobilização popular, por meio das redes sociais, ter derrubado um governo no Egito,
unido à ideia defendida pelo sociólogo no texto comprovam que os sistemas de comunicação são
extremamente importantes d adesão e compartilhamento de valores sociais.
8. Como na Primavera Árabe, é difícil não enxergar as redes sociais, principalmente, como meio de
exemplo, reflete isso, ao mostrar as ideias de Adolf Hitler se espalhando, de forma viral, como piada, pelo
mundo, sem qualquer filtro e com um crescimento cada vez mais rápido. Nesta questão, o aluno precisa
refletir sobre o quanto características como o anonimato e a rapidez da difusão de informações podem
ser perigosas, nos dias de hoje e, ao mesmo tempo, revolucionárias. Nos debates políticos atuais, por
exemplo, e nas próprias fake news, é possível visualizar essa problemática.
R
ed
.
9. O compartilhamento de imagens trágicas é algo extremamente comum, atualmente. Esse
comportamento reflete o quanto o ser humano está perdendo a capacidade de sentir empatia pelo outro,
assim como mostra, também, que estamos anestesiados diante de tanta tragédia que assola o mundo, a
ponto de acharmos situações como a da questão comuns. Além disso, é interessante analisar que a
mídia exerce importante papel, nesse sentido, já que é muito comum vermos filmes com cenas
extremamente violentas, por exemplo.
Questão contexto
As propagandas, nos dias hodiernos, garantem um grande papel influenciador na sociedade por impor
moldes de conduta para uma sociedade como um todo. Vendo o primeiro exemplo, é possível acreditar
-humor e não garantir falhas. Assim, a
frustração social se inicia por um viés utópico de que todas as pessoas devem se encaixar em um padrão
imposto pelas grandes indústrias de consumo, sendo garantido, ainda mais, vendas em produtos que
garantirão esse possível alcance.
F
il.
SOC.
Professor: Larissa Rocha
Monitor: Debora Andrade
F
il.
Ideologia 05
out
RESUMO
Definição geral de ideologia O conceito geral de ideologia diz respeito a um conjunto de ideias, crenças e opiniões que um sujeito ou um
grupo social possuem e que expressa o seu ponto de vista em relação a um determinado assunto. Assim
podemos diferenciar, por exemplo, tomando a política e a economia como exemplo de temas sujeitos à
discussão, Nesse exemplo temos pontos de vista ou ideias
diferentes no que diz respeito à política e a economia: O conjunto de ideias ou crenças que norteia uma
política/economia liberal é bastante diferente do conjunto de ideias ou crenças que fundamenta uma
política/economia socialista. Outro exemplo, ainda no campo da política, é o que comumente chamamos de
em que cada uma dessas duas expressões designa um
conjunto diferente de ideias, crenças, valores, opiniões. O conceito geral de ideologia pode designar, além disso, a teoria ou conjunto de teorias que fundamentam
a prática de uma determinada instituição, como, por exemplo, uma escola. Quando nos perguntamos, por
queremos saber é: Quais são os pontos de vista que fundamentam a conduta dos seus fiéis. Em suma: O
conceito geral de ideologia significa um conjunto de crenças, valores, opiniões, teorias que uma pessoa, um
grupo social ou uma instituição possui e que representa o seu ponto de vista sobre um determinado
assunto. Esse conceito, no entanto, foi apropriado por diversos pensadores como Durkheim, Weber, Marx,
entre outros. Em cada um deles, o conceito de ideologia possui diferentes significações. Falaremos agora
sobre o conceito de ideologia segundo o filósofo, sociólogo e economista Karl Marx.
Definição de ideologia para Marx
Karl Marx (1818 - 1883), juntamente com Friedrich Engels (1820 - 1895), são os fundadores do que chamamos
de socialismo científico e, também de maneira conjunta, elaboraram um dos conceitos mais conhecidos de
ideologia, que agora iremos explicitar. Em Marx o conceito de ideologia assume um sentido negativo, pois
se refere ao conhecimento ilusório que mascara, por assim dizer, os conflitos sociais. Nesse sentido, a
Segundo Marx, existem duas classes sociais: A burguesia (que é dona dos meios de produção) e o
proletariado (que precisa vender sua força de trabalho em troca de salário). O proletário ou operário perde
Assim, ele é comandado por uma força que lhe é externa, tornando-
alienado.
possível manter a coesão social sem o recurso à violência. Nesse sentido, ideologia, segundo Marx, é o
F
il.
conjunto de ideias ou representações através das quais um indivíduo é levado a pensar da forma que é
conveniente à classe dominante, à classe de detém o poder. Assim, a ideologia distorce a realidade na medida em que esconde os conflitos existentes na sociedade,
fazendo-a parecer una e harmônica, como se todas as pessoas compartilhassem das mesmas crenças e
interesses. O conceito marxista de ideologia possui cinco características principais, nomeadamente: A
naturalização, a universalização, a abstração, a lacuna e a inversão. vejamos cada um deles em separado. A naturalização se refere à aceitação de certas situações como se fossem naturais, ou seja, como se não
fossem fruto de uma deliberação humana.
Observe como
se trata da naturalização de algo que, na realidade, é fruto de escolhas e ações humanas. Já a universalização
trata da imposição dos valores das classes dominantes para as classes dominadas. Assim, as crenças dos
patrões, por exemplo, acabam sendo estendidas para seus empregados. Já no que se refere à abstração,
podemos dizer que as ideias e valores das classes dominantes só acabam se tornando universais na medida
em que há uma abstração, isto é, o esquecimento dos conflitos que são típicos da sociedade de classes em
ideologia, um certo ocultamento que, se for explicitado, pode acabar revelando as ilusões presentes na
ideologia. Quando, por exemplo, um trabalhador reconhece que o salário paga o seu trabalho, percebemos
apresenta uma realidade invertida. Trata-se da confusão criado pela ideologia entre causa e efeito.
EXERCÍCIOS
1. No capitalismo, os trabalhadores produzem todos os objetos existentes no mercado, isto é, todas as
mercadorias; após havê-las produzido, entregam-nas aos proprietários dos meios de produção,
mediante um salário; os proprietários dos meios de produção vendem as mercadorias aos
comerciantes, que as colocam no mercado de consumo; e os trabalhadores ou produtores dessas
mercadorias, quando vão ao mercado de consumo, não conseguem comprá-las. [...] Embora os
diferentes trabalhadores saibam que produziram as diferentes mercadorias, não percebem que, como
classe social, produziram todas elas, isto é, que os produtores de tecidos, roupas, alimentos [...] são
membros da mesma classe social. Os trabalhadores se veem como indivíduos isolados [...], não se
reconhecem como produtores da riqueza e das coisas. CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática, 2004. p. 387.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre alienação e ideologia, considere as afirmativas a
seguir:
a) A consciência de classe para os trabalhadores resulta da vontade de cada trabalhador em superar
a situação de exploração em que se encontra sob o capitalismo.
b) É no mercado que a exploração do trabalhador torna-se explícita, favorecendo a formação da
ideologia de classe.
c) A ideologia da produção capitalista constitui-se de imagens e ideias que levam os indivíduos a
compreenderem a essência das relações sociais de produção.
d) As mercadorias apresentam-se de forma a explicitar as relações de classe e o vínculo entre o
trabalhador e o produto realizado.
e) O processo de não identificação do trabalhador com o produto de seu trabalho é o que se chama
alienação. A ideologia liga-se a este processo, ocultando as relações sociais que estruturam a
sociedade.
F
il.
2. malgrado as lacunas, mas, pelo contrário, graças a elas. Porque jamais poderá dizer tudo até o fim, a
ideologia é aquele discurso no qual os termos ausentes garantem a suposta veracidade daquilo que
O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 04.
Considerando o texto e o conceito de ideologia para Karl Marx, assinale o que for correto.
(01) Na maioria das sociedades capitalistas, as desigualdades são ocultadas pelos princípios
o individualismo, a mínima presença do Estado na economia e a soberania popular por meio da
representação.
(02) Ideologia corresponde às ideias que predominam em uma determinada sociedade, portanto
expressa a realidade tal qual ela é na sua objetividade.
(
anteriores e influências comunitárias para a sua sustentação. Assim, com base em sua própria
ideologia, ela poderá refletir e agir em sua sociedade.
(08) Na sociedade brasileira, a ideologia da democracia racial afirma que índios, negros e brancos
vivem em harmonia, com igualdade de condições. Essa formulação omite as desigualdades
étnicas existentes no país.
(16) Ideologia consiste em ideias que predominam na sociedade e que, por isso, são internalizadas por
todos os indivíduos. Portanto não existem possibilidades de se romper com seus pressupostos.
Soma ( )
3. Antonio Gramsci é considerado um dos grandes filósofos políticos do século XX. No Brasil, sua obra
foi amplamente resgatada nos anos 1980 e 1990 para a reflexão sobre a democracia no país e para a
construção de práticas pedagógicas mais críticas. Um dos postulados de Gramsci é o de que: "Todos
(os homens) são filósofos, ainda que a seu modo inconscientemente". GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. São Paulo: Civilização Brasileira, 2001, v. 1, p. 93.
Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre o pensamento político e pedagógico de
Antonio Gramsci, é correto afirmar:
a) A vulgarização e a simplificação do pensamento decorrem do fato de que todos os homens querem
filosofar.
b) Por serem dotados de consciência, está aberta a possibilidade a todos os indivíduos de refletirem
de forma não fenomênica sobre seu cotidiano.
c) A filosofia deveria ser a profissão de todos, o que é impossibilitado devido ao fato de certos
homens preferirem ocupações mais rentáveis e que deem status.
d) A igualdade entre as classes fundamentais que formam a sociedade capitalista será efetivada
quando ricos e pobres passarem a desempenhar o papel de intelectuais.
e) A indiferença em se valer ou não da filosofia decorre do fato de que o senso comum e o senso
científico são indistintos.
4. Dois são os lugares do planeta no firmamento, o aparente e o verdadeiro. O aparente é determinado
pela linha reta traçada do olho do observador pelo centro do planeta observado e o verdadeiro é
aquele marcado pela linha reta lançada do centro da terra pelo centro do planeta observado. A
paralaxe não é outra coisa que aquele espaço no céu (ângulo α) que está compreendido entre as duas
linhas, a do lugar aparente e a do lugar verdadeiro. Adaptado de: Carta de Galileu Galilei a Francisco Ingoli. São Paulo: Scientiae Studio. v. 3, n. 3, p. 481-482. 2005.
conotação, nas primeiras teorias sociológicas como, por exemplo, em Karl Marx (1818-1883) quando
formula uma definição própria de ideologia. Para este, tal noção supõe que na sociedade burguesa a
realidade dos fatos sociais contém a forma fenomênica (aparente) e a forma oculta
(verdadeira/essência), sendo a ideologia expressão da primeira.
Analise as afirmativas a seguir, identificando aquelas que, na perspectiva de Marx, constituem exemplos
de representação ideológica da realidade.
I. Os Estados nacionais continuam a ser o espaço no qual os interesses de classe se manifestam e
buscam sua representação. Mesmo com a globalização das economias eles se mantêm, em última
instância, como os Estados da classe dominante.
F
il.
II. No Brasil, o conflito social se constituiu com a chegada ao território nacional dos imigrantes
europeus, sobretudo anarquistas, a partir do século XIX. Até então, a população brasileira era
pacífica e ordeira, mesmo quando sofredora.
III. Na produção capitalista o salário não representa uma troca igual entre capitalista e trabalhador, já
que o valor recebido pelo último equivale a um montante inferior àquele que ele produz na sua
jornada de trabalho.
IV. Nem todos são feitos para refletir, é preciso que haja sempre aqueles voltados ao exercício e à
cultura do pensamento e, inversamente, aqueles voltados à ação, ao trabalho manual.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
5.
1
Estimamos que as mitologias, mais que as ciências e
as filosofias, encerram, junto com as religiões, as grandes
elucidações da essência humana. Aí as culturas, geração após
4
geração, projetaram grandes visões, acumularam reflexões,
fizeram aprofundamentos e os passaram a seus pósteros.
Souberam usar uma linguagem plástica com imagens tiradas
7
das profundezas do inconsciente coletivo acessível a todas
as idades e a todos os tempos. Além das visões e dos símbolos,
suscitaram e continuam suscitando grandes emoções.
10
Não é seguro que nós, modernos, com nossa
inteligência instrumental, com nossa tradição de pesquisa
empírica, de crítica e de acumulação de saberes sobre
13
praticamente tudo, conheçamos mais o ser humano que os
antigos formuladores de mitos. Esses se revelaram
observadores meticulosos e sábios exímios de cada situação e
16
de cada dobra da existência. Convém revisitá-los, valorizar
suas contribuições e escutar suas lições, sempre atuais.
Leonardo Boff. Saber cuidar: ética do humano compaixão
pela Terra. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 36-7 (com adaptações).
Tendo esse texto como referência inicial, julgue os itens (certo ou errado).
• Depreende-se do texto que o autor defende os princípios de uma sociologia de viés positivista.
• forças
na sociedade que extrapolam as determinações puramente pessoais.
• O autor do texto estabelece uma contraposição entre as construções mitológicas e as científicas a partir,
-se,
implicitamente, ao processo no qual as ciências, em geral, e a sociologia, em particular, se envolveram,
durante todo o século XIX, para se libertarem de elementos que impregnassem de elevados graus de
subjetividade as suas análises.
• No texto, é estabelecida, do ponto de vista lógico, uma premissa essencialista como garantia de que as
lições dos mitos continuam sempre atuais.
6. No que se refere às instituições sociais, assinale o que for correto.
(01) A linguagem é uma instituição fundamental da sociedade, expressando e estabelecendo
símbolos compartilhados.
(02) A grande maioria das sociedades não possui regras que regulamentam as relações sexuais e a
procriação de filhos; no entanto, onde elas existem, são praticamente as mesmas.
F
il.
(04) Para a maioria dos indivíduos, a família aparece como a primeira instituição social, já que, para
eles, ela é considerada o fundamento básico das sociedades.
(08) As instituições sociais podem ser consideradas formas sancionadas de papéis, padrões e
relações, cujo objetivo é satisfazer necessidades sociais básicas.
(16) O Estado supervisiona apenas os aspectos exteriores da vida social; portanto, não pode ser
definido como uma instituição social.
Soma ( )
7. Como Marx define ideologia?
8. Leia o texto a seguir.
a ser buscado dentro dos programas das empresas, ou do tempo que passamos no trânsito entre o
local de trabalho e nossa casa, a qualidade dos serviços médico-hospitalares, a presença de áreas
verdes nas grandes cidades, a segurança que nos protege dos criminosos, a ausência de efeitos
colaterais de medicamentos de uso crônico, a realização profissional e financeira, enfim, o que cada
RODRIGUES, Robson. A busca sem fim. Revista Sociologia, ano II, ed. 30, ago. 2010, p. 26.
Considerando o texto e a temática do trabalho e a produção social do mundo, assinale o que for
correto.
(01) Nas sociedades capitalistas, o mundo do trabalho ganha uma centralidade capaz de diferenciar as
pessoas pela posição que elas ocupam nesse universo.
(02) A qualidade de vida buscada pelos indivíduos na modernidade está relacionada à possibilidade de
consumo de determinados bens e a viabilidade de acesso a alguns serviços.
(04) A definição do que é ter qualidade de vida está relacionada às representações sociais criadas a
partir de parâmetros subjetivos importantes para os indivíduos modernos.
(08) A construção de um estilo de vida saudável independe de apropriações menos predatórias da
natureza e de uma melhor gestão do trânsito nas grandes cidades.
(16) Uma abordagem sociológica da busca por qualidade de vida pode revelar mecanismos de
imposição social criados pela sociedade, que define os padrões a serem seguidos por todos.
QUESTÃO CONTEXTO
Ideologia - Cazuza
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Ah! Eu nem acredito
Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do Grand Monde
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
F
il.
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Pra nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! Saber quem eu sou
Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro!
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Pra viver
Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
A partir da música ideologia, do Cazuza, e seus conhecimentos sobre o tema, defina ideologia, de
forma geral.
F
il.
GABARITO
Exercícios 1. e
Alienação é o processo pelo qual o trabalhador é espoliado de seu trabalho, seja de forma concreta (a
venda da força de trabalho por preço inferior ao que vale) seja de forma abstrata (a perda da consciência
de que é ele que realiza aquele trabalho e que ele lhe pertence). Tal situação é mascarada pela ideologia
que, ao focar outros aspectos da vida social (superestrutura), desvia o olhar das pessoas das relações
sociais de produção (infraestrutura), a base verdadeira da organização social capitalista.
2. 01 + 08 = 09
A afirmativa 02 está errada porque a ideologia não expressa a realidade como ela é, mas sim como um
determinado pensamento a vê. A 04 está errada porque não existe como criar uma ideologia do nada.
Ela sempre derivará de uma prévia concepção de mundo que foi internalizada. A afirmativa 16 possui erro
ao afirmar que não há como romper com os pressupostos de uma ideologia, pois há, à medida que a
sociedade se desenvolve e descobre novas verdades que substituem as anteiores.
3. b
A alternativa correta é a B. O domínio de consciência permite a todos os indivíduos refletirem de forma
mais aprofundada sobre suas realidades. A vulgarização do pensamento acontece justamente porque os
homens não filosofam, eles percebem a vida a partir apenas do visto (fenômeno) não procurando as
causas. Para pensar filosoficamente não é necessário ser profissional da filosofia, mas apenas dedicar-se;
não há relação entre a ideia de igualdade de classes e ocupação de filósofo. A intelectualização permite
entender mais claramente a sociedade, mas não necessariamente resolver seus problemas, que tem
outras motivações. Por fim, o senso comum é muito diferente do senso científico.
4. c
I. Incorreta. Formas ideológicas se apresentam na teoria marxista como uma inversão da realidade, na
qual a aparência de um fenômeno social é tomado por sua essência. Na alternativa I não há referência a
uma manifestação ideológica, seguindo esta formulação em Marx. A relação entre Estado, poder político
e classe dominante, remete a uma relação intrínseca ao modelo de dominação. Decorre da forma de
apropriação dos meios de produção. A manifestação ideológica seria o oposto.
II. Correta. De acordo com a formulação de Marx, e seguindo o raciocínio anterior, esse seria um exemplo
de ideologia, cujo propósito seria impedir a formação de uma compreensão sobre a relação essencial de
dominação que ocorre entre poder político e organização da produção. No caso brasileiro, por exemplo,
encontramos diversos exemplos, no interior da colônia, de conflitos e revoltas (Cabanagem, Balaiada,
movimento dos Inconfidentes, entre outros), de modo que é incorreto imputá-los à vinda dos imigrantes.
O mesmo fato revela o caráter ideológico das afirmações que tentam situar a natureza do povo brasileiro
como pacífica e ordeira, própria do pensamento conservador.
III. Incorreta. Efetivamente, no interior das relações sociais burguesas o salário não equivale ao quantum
de trabalho fornecido pelo trabalhador, conforme testemunha a afirmação. A afirmação seria ideológica,
na perspectiva de Marx, se alegasse que o trabalhador recebe pelo total do que foi produzido em uma
jornada de trabalho ou em um mês e mesmo em um ano.
IV. Correta. A frase é ideológica uma vez que constrói um argumento cuja única finalidade é justificar as
razões para a desigualdade de classe entre os seres sociais. De acordo com esta leitura, são determinadas
propriedades naturais e não históricas as responsáveis pela existência de dominantes e dominados no
interior da sociedade.
5. e c c c
e: No texto, não há referências ao raciocínio positivista. Pelo contrário, o autor indica que as mitologias
e a religião também poderiam fornecer respostas aos problemas humanos, mais até do que as ciências.
c: O inconsciente coletivo encerra a ideia de que a sociedade apresenta formas de pensar que se
sobrepõem ao pensamento individual.
c: O autor indica a oposição entre duas maneiras de "conhecer o mundo", mas propõe que os antigos
criadores de mitos, utilizando mais a emoção que a razão, também conheciam profundamente o ser
humano e legaram muito deste conhecimento à posteridade.
c: Para o autor, há muito o que aprender do mundo fora da visão da ciência. Por isso, deveríamos visitar
os mitos e não nos prendermos à visão tecnicista e científica da vida, que teríamos hoje.
F
il.
6. 01 + 04 + 08 = 13
A afirmativa 02 está errada. Toda sociedade apresenta regras de conduta sexual e de procriação, em
muitos casos, até mesmo estas se constituem em tabus sociais. Nas sociedades modernas a maior
liberdade sexual parece significar uma ausência de regras, mas isto é um engano, pois nossa aparente
liberdade ronda dentro daquilo que a sociedade considera normal, portanto, "regulamentado"; a
afirmativa 16 está errada, apesar do Estado supervisionar apenas aspectos exteriores da vida social, ele só
existe porque um determinado grupo social o aceita. Ele é, portanto, instituído pela sociedade.
7. Ideologia é uma visão de mundo que não corresponde ao real, uma consciência falsa. Fundamenta-se
em elementos da realidade, mas subvertendo-os, apresentando uma verdade que atende a interesses de
dominação. A ideologia, para Marx, sempre representa os interesses da classe que é dominante
economicamente, e que, por sua vez, luta pela sua perpetuação. Na visão marxista, todos os aspectos da
vida social, no capitalismo, estão submetidos a uma visão ideológica: família, política, trabalho.
8. 01 + 02 + 04 + 16 = 23
01: correta.
02: correta.
04: correta.
08: incorreta. Um estilo de vida saudável depende das ações citadas na alternativa. Entretanto, a lógica
capitalista apresenta sutilezas de convencimento, que também associam a qualidade de vida ao
consumo. Nessa concepção, viver bem é ter capacidade de consumir todos os produtos que o mercado
oferece. Até mesmo as opções de vida associadas ao não consumo são variações da ideia de oferta de
produto e da criação de desejos no consumidor. Dessa maneira, o capitalismo trabalha com uma lógica
que tende a prejudicar a natureza e o próprio estilo de vida humano. Assim, o grande dilema de nossa
época é manter o desenvolvimento sem destruir o planeta.
16: correta.
Questão Contexto Conjunto de ideias criadas pelo ser humano para definir o mundo, a realidade.