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A CONCEPÇÃO ACERCA DA INCLUSÃO EDUCACIONAL DE CRIANÇAS COM TDA/H
Kézia Dal Molin1
Mari Pasqualon2
Raquel de Godois3
RESUMO
Nesta pesquisa abordamos o conceito de TDA/H (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), sua historia e seu tratamento, buscamos um estudo sobre as concepções a cerca da inclusão educacional. Analisamos os PPC de duas instituições de ensino superior existentes em nosso município para podermos identificar se há disciplinas na formação docente que permite um maior esclarecimento sobre este transtorno e prepare os professores para trabalhar com crianças com TDA/H. Elaboramos um questionário e fizemos a coleta de dados com professores do ensino fundamental de uma escola publica e uma escola privada do município, onde podemos verificar o comportamento de alunos com TDA/H, o processo de ensino aprendizagem e suas implicações no processo de inclusão escolar. Na formação docente a concepção de turmas homogêneas de estudantes de varias ideias e diferenças, o professor enquanto pesquisador de suas práticas precisa ir ao encontro das diferentes necessidades de seus estudantes de forma com que estes construam seus conhecimentos e desenvolvam sua autonomia.
Palavras chave: Inclusão, TDA/H, Docência.
1-INTRODUÇÃO
Todo o individuo tem direito a educação, independente do seu grau de
dificuldade. E perante a constituição todos são iguais sem distinção (cor, raça,
etnia, classe social, deficiência). A educação inclusiva tem por objetivo que cada
pessoa possa participar ativamente da vida escolar e também social para que
tenha uma vida feliz com qualidade. De acordo com a LDB no artigo 4º, “o dever
do Estado com a educação escolar publica será efetivado mediante a garantia de:
lll atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
1Acadêmica do 3º semestre de Pedagogia da Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde-MT. E-mail: [email protected]êmica do 3º semestre de Pedagogia da Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde-MT. E-mail: [email protected]êmica do 3º semestre de Pedagogia da Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde-MT. E-mail: [email protected].
necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”. (p.27,
2010).
Considerando este aspecto o problema que move este trabalho de
pesquisa é: “A formação docente possibilita o processo de inclusão dos alunos
com TDA/H nas séries iniciais – 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental em Escola
da Rede Pública Municipal e Rede Privada de Lucas do Rio Verde-MT?”
A inclusão implica na mudança de paradigmas, esse estudo investigara se
a formação docente de Lucas do Rio Verde- MT possibilita o processo de inclusão
dos alunos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDA/H).
Esta pesquisa tem como objetivos específicos investigar se os PPC dos
cursos de formação docente contêm princípios inclusivos, estudar as concepções
acerca da inclusão educacional, estudar as especificidades da dificuldade de
aprendizagem causada pelo TDA/H, identificar os desafios encontrados na ação
docente relacionados à inclusão educacional de estudantes com TDA/H no ensino
fundamental de Lucas do Rio Verde- MT.
O interesse de estudar sobre este assunto surgiu na curiosidade de saber
quais são as dificuldades encontradas pelos professores e alunos perante o
TDA/H (transtorno de déficit de atenção, com hiperatividade), o qual trará uma
abordagem que dará ao leitor um melhor esclarecimento sobre o tema.
2-REVISÃO DA LITERATURA
Um dos maiores problemas de relação social, familiar e escolar que afetam
as crianças em seu desenvolvimento é o transtorno do déficit de atenção, mais
conhecido como TDA/H, uma dificuldade na concentração, impulsividade e
comportamento perturbado, o que parecia rebeldia ou falta de interesse foi
identificado, há quase um século, como transtorno provocado por uma anomalia
no desenvolvimento de algumas áreas cerebrais, padrões esses que variam de
acordo com a idade da criança, com a intensidade do grau de TDA/H, podendo
essas sequelas persistir até a idade adulta.
O pediatra George Frederick Still (1868-1961) foi considerado um dos
primeiros a diagnosticar o TDA/H em 1902, descrevendo condições psíquicas
anormais em crianças, acreditando que o transtorno poderia ser hereditário, ou
seja, herdado dos pais, ou também vir de uma conduta moral, ou de um dano
cerebral causado na hora do parto. Em contra partida aos estudos da
hereditariedade no TDA/H outros especialistas dizem que partos prematuros,
crianças com baixo peso ao nascer, que sofreram durante o parto e infecções
neonatais tem bastantes possibilidades de desenvolver problemas de conduta e
hiperatividade.
De 1930-1940 varias tentativas de explicar as alterações cognitivas e
comportamentais das crianças foram feitas, onde se nomeou síndrome do
transtorno comportamental pós- encefálico o que se tratava de pacientes que
sofreram de alguma “lesão cerebral mínima”.
Por volta de 1937, Bradley iniciou o tratamento do TDA/H, com base em
medicamentos terapêuticos de anfetaminas para o controle comportamental das
crianças. Na década de cinquenta surge os metilfenidato mais conhecido como
ritalina, medicamento usado como estimulante que age no sistema nervoso
central, que ao contrario do que muitos pensam os estimulantes são usados como
calmantes no caso da hiperatividade, a ritalina é considerada um dos
medicamentos de primeira escolha para o tratamento do TDA/H, esse
medicamento é indicado para todos os graus, porem muitos médicos prescrevem
outros medicamentos retardando o tratamento que é considerado o mais eficaz
pela associação americana de psiquiatria da infância e do adolescente.
Na década de 60 e 70 os diagnósticos se focaram muito na questão da
hiperatividade já que naquela época só as causas da desatenção comportamental
eram insuficiente para o diagnostico infantil, acreditando que o transtorno tinha
tendência de diminuir no decorrer do crescimento da criança até desaparecer na
vida adulta.
As crianças portadoras do TDA/H apontam dificuldades para concentrar-se
nas tarefas escolares, permanecer sentados, planejar suas tarefas e até mesmo
termina-las, o que é difícil para eles pelo fato da hiperatividade, dessa forma
torna-se tudo muito difícil e acaba sobrecarregando o professor nas tentativas de
fazer com que essa criança crie hábitos de estudo e conduta. Condemarin (Ano
2006 p. 159 ) nos mostra algumas tentativas de como induzi-los para que fique
atentos a aula:
_Antes de apresentar uma informação verbal importante, usar palavras-chaves como ”escutem” ou “pronto”, para alerta-las a fim de que prestem atenção e utiliza-las só quando for requerido._Proporcionar-lhes um forte e imediato reforço quando demonstrarem atenção à informação ou se concentrarem na tarefas proposta._Ao proporcionar informações importantes, sentar os alunos em semicírculo para assegurar que as crianças com TDA/H mantenham um contato visual com o professor. Explicar-lhes que a atenção está muito relacionada com o contato visual._Quando as crianças começam a desviar sua atenção da tarefa ou atividade, usar a proximidade física como uma forma de estimular sua atenção._Situa-las em áreas de trabalho em que haja poucos distratores visuais ou auditivos, quando tiverem de realizar trabalhos que sejam individuais._Simplificar os materiais didáticos oferecidos aos alunos, de maneira que só destaquem a informação importante. Por exemplo, materiais de leitura com muitas ilustrações podem ser um fator de distração do conteúdo do texto.
As crianças com TDA/H necessitam de habilidades para aprenderem a se
organizar nas suas tarefas e atividades escolares, pois as mesmas são
desorganizadas e tem o habito de esquecerem informações importantes na
realização das atividades, esquecendo de seus materiais escolares necessários,
esse planejamento deve ajuda-las a serem mais organizadas no seu cotidiano.
Este aspecto é enfatizado por Condemarin (Ano 2006 p. 160) recomenda:
_Ajudar as crianças a planejar seu tempo, desenvolvendo um horário que divida a classe em períodos claramente definidos.[...]_Apresentar as instruções para as tarefas e atividades a serem realizadas em classe de forma clara e concisa, dando apenas a informação necessária, sem detalhes supérfluos ou distratores. _Apresentar as instruções nas formas verbal e escrita. As crianças podem primeiro escuta-las tomando nota, e depois checar sua anotação com as instruções escritas._[...] Ensinar-lhes a fazer perguntas apropriadas relacionadas com as instruções e proporcionar-lhes um modelo. O modelo pode consistir em uma demonstração feita pelo professor._Agrupar os alunos para realizar as tarefas._Reforçar o grupo se seus integrantes finalizarem seu trabalho e satisfizerem os critérios de precisão, de tal modo que os próprios colegas atuem regulando a conduta das crianças mais inquietas.
2-1 Concepções acerca da Inclusão Educacional
Quando se fala em incluir, significa ter a capacidade e boa vontade de
integrar e tornar participante um sujeito que está fora da convivência social por
algum motivo. No mini dicionário contemporâneo da língua portuguesa, Aulete
(2004, p.440), esclarece que inclusão é uma ação ou resultado de integrar um
elemento a um todo, e que:
Uma das preocupações das sociedades democráticas contemporâneas é garantir a todos os indivíduos- quaisquer que sejam os critérios que os determinam- todos os benefícios que o desenvolvimento dessa sociedade é capaz de proporcionar: Acesso à educação, à saúde, à cultura, a um nível de vida digno etc. Muitas vezes- por motivos estruturais, ou circunstanciais, ou culturais ou ideológicos- indivíduos e grupos de determinada região, ou classe social, ou grupo etário, racial, étnico, cultural ou religioso não tem acesso a esses benefícios, ou são excluídos por deficiência física ou mental (o conceito genérico dessa condição, em qualquer dos casos denomina-se exclusão). O conceito de inclusão social ou, simplesmente, inclusão, envolve, pois, a atitude e as medidas que visam criar as condições desse acesso, como fator de justiça social e do próprio desenvolvimento da sociedade. (AULETE,2004, p.440).
As crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade,
precisam de um convívio social com outras crianças, e também aprender a lidar
com regras, pois de alguma forma a escola representa a sociedade em que irão
viver na fase adulta, e para que esta inclusão aconteça são necessárias algumas
mudanças, como, intervir no ambiente escolar e no currículo das escolas.
O professor exerce um papel fundamental na inclusão das crianças com
TDA/H, pois quando ele não faz uma boa orientação aos alunos na sala de aula,
estas crianças com TDA/H acabam ficando isoladas.
Porém, o mais importante ao analisarmos os sintomas do TDAH não é a forma como se manifestam, mas o contexto em que a criança está inserida, pois a forma como o ambiente escolar, familiar e social acolhe essa criança será fundamental para catalisar seus sintomas, tornando-os mais graves do que parecem ou amenizando-os a ponto de nem serem percebidos, e a criança com TDAH poderá ter seu rendimento cognitivo e social igual ou até melhor que os colegas. Devemos conceber essas crianças como seres dotados de habilidades e potencialidades, que precisam ser consideradas e estimuladas. (Mendes 2010, p. 35)
Por desenvolverem um baixo rendimento escolar, ou por causa de seu
comportamento, muitas crianças com TDA/H acabam sendo expulsas da escola,
por gerarem problemas de conduta.
3. METODOLOGIA
A metodologia da pesquisa é a prática científica, que aplica técnicas em
procedimentos geral da ciência, com fundamentos epistemológico sustentando a
metodologia utilizada indicando o tipo de estudo abordado, configurando a
modalidade da pesquisa em seu procedimento.
O método utilizado nesse trabalho científico foi o indutivo, onde
Richardson afirma que “a indução é um processo pelo qual, partindo de dados ou
observações particulares constatadas, podemos chegar a proposições gerais”. Ou
seja, de princípios de um fato observado para chegar a uma conclusão de
informações de fatos não observados.
Portanto, o uso da abordagem desta pesquisa é qualitativo que
proporcionara uma analise mais ampla sobre as dificuldades de inclusão das
crianças com o TDAH na educação escolar, e principalmente os desafios
encontrados na formação docente relacionado à inclusão. Segundo Lakatos
(2011, p.), “preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos,
descrevendo a complexidade do comportamento humano. Para tal fornece analise
mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendência de
comportamento”.
Quanto aos objetivos optou-se pela pesquisa descritiva tem por objetivo
descrever as características do assunto em estudo, de um fenômeno ou de uma
experiência. Esse tipo de pesquisa estabelece relação entre as variáveis no
objeto de estudo analisado. Variáveis relacionadas à classificação, medida ou
quantidade que podem se alterar mediante o processo realizado.
Em relação aos procedimentos considera-se pesquisa de Campo que tem
por objetivo coletar informações sobre um problema que precisa de resposta, ou
uma hipótese a ser comprovada. Consiste na observação de fatos, coleta de
dados e variáveis relevantes para o estudo.
A revisão bibliográfica sobre o tema em questão serviu para tomar ciência
contribuições dos autores e estudiosos do tema que através de seus trabalhos
auxiliaram no processo de entendimento e aprendizagem a respeito do TDAH e
suas implicações na construção da aprendizagem dos estudantes das séries
iniciais do Ensino Fundamental.
Quanto à natureza esta é uma pesquisa aplicada, onde Oliveira escreve
que “requer determinadas teorias ou leis mais amplas como ponto de partida, e
tem por objetivo pesquisar, comprovar ou rejeitar hipóteses sugeridas pelos
modelos teóricos e fazer a sua aplicação às diferentes necessidades humanas”.
Os sujeitos da pesquisa foram professores das Séries Iniciais 1º ao 5º Ano
do Ensino Fundamental de Escolas da rede Municipal e Privada de Lucas do Rio
Verde – MT escolhida de forma intencional, que atuam em média mais de cinco
anos no magistério, com idade entre 26 aos 49 anos, todas do sexo feminino,
todas com pós-graduação, que atuam desde a Educação Infantil até o ensino
Fundamental de 1º a 5º. O instrumento de pesquisa constituiu-se de 15 questões
mistas, composta de perguntas abertas e fechadas, sendo 6 para caracterização
do sujeito e 9 relativas aos objetivos específicos elencados nesta investigação.
Os questionários foram aplicados com agendamento prévio e assinatura do
Termo de Livre Consentimento Esclarecido. Para alcançarmos nosso objetivo
aplicamos o questionário em duas escolas do município, uma da rede Pública que
atende desde o ensino infantil ate o ensino fundamental, e a Privada do ensino
infantil até o ensino médio. Com o objetivo de identificar os desafios encontrados
na ação docente relacionados à inclusão educacional de estudantes com TDA/H
no ensino fundamental de Lucas do Rio Verde-MT. Assim, trazemos nove
questões para tentar chegar ao nosso objetivo.
4- APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADO
Objetivo: identificar os desafios encontrados na ação docente relacionados
à inclusão educacional de estudantes com TDA/H no Ensino Fundamental de
Lucas do Rio Verde- MT.
Quadro 01 – Experiência docente com Estudante com TDAH
PESQUISADO 1- Você já teve experiência do exercício da docência com estudantes com Déficit de Atenção e Hiperatividade?
A,B, C e E Sim
O pesquisado: D Não
Fonte: Dados da Pesquisa 2015.
Outras crianças com TDA/H não diferem das demais e só são avaliadas e
diagnosticadas após o ingresso no período escolar ao apresentar prejuízo no
aprendizado ou nos relacionamentos com colegas, professores ou pais.
Quadro 02 – Formação docente para a Inclusão Educacional
PESQUISADO 2- No seu curso de formação teve disciplinas que o prepararam para o exercício docente com crianças com dificuldade de aprendizagem?
A Sim, foi muito importante o aprendizado e tive um semestre inteiro sobre educação especial na graduação.
B Sim, na pós-graduação todas as disciplinas tiveram contribuições e ênfase sobre as dificuldades de aprendizagem.
C,D Não.
E Sim, na matéria de Psicologia.
Fonte: Dados da Pesquisa 2015.
Observamos que varias disciplinas com princípios inclusivos que possibilita
uma aprendizagem ampla em todo o campo da educação especial, mas não
exclusivamente sobre o TDA/H em exemplo é a disciplina de libras, laboratório de
projetos em educação especial. Mas nos resultados que obtivemos foi constatado
que muitos professores que atuam na educação do 1º ao 5º ano em Lucas do Rio
Verde não obtiveram em sua graduação nenhuma formação na educação
especial o que dificulta ainda mais esses professores no processo de inclusão
educacional.
Quadro 03 – Exercício docente com estudantes com dificuldades de aprendizagem
PESQUISADO 3- Como você exerce a docência nos casos de dificuldades de aprendizagem?
Os
pesquisados: A,
B
Utiliza metodologias variadas; pesquisa as especificidades de cada caso; busca apoio de equipe multidisciplinar; conversa com a família; realiza encaminhamento para avaliação das dificuldades; prioriza atendimento individualizado; realiza trabalhos em grupo entre os estudantes.
O pesquisado:
C,E
Utiliza metodologias variadas; pesquisa as especificidades de cada caso; busca apoio de equipe multidisciplinar; conversa com a família; realiza encaminhamento para avaliação das dificuldades;
O pesquisado:
D
Utiliza metodologias variadas; pesquisa as especificidades de cada caso; busca apoio de equipe multidisciplinar;
conversa com a família.Fonte: Dados da Pesquisa 2015.
As crianças comprometidas com grau de TDA/H mais elevado apresentam
também graus depressivos, ficam tão isolados na sala de aula que chegam até
dormir, com isso o professor demora a perceber o estado emocional do aluno e
quando isso acontece seu desenvolvimento escolar já esta bastante afetado. Os
professores buscando ajuda da equipe pedagógica da escola, compartilhando
com os pais deixando-os sempre inteirados do comportamento de seu filho para
que seja encaminhado para um especialista será de grande valia para o
tratamento precoce da criança.
Quadro 04 – Organização da sala de aula com vista a atender os estudantes com
TDAH
PESQUISADO 4- Como é organizada a sala de aula para que a criança com o TDA-H obtenha uma melhor concentração?
O pesquisado: A As atividades precisam ser curtas, exigindo pouco tempo de concentração, as crianças com TDA-H precisam de rotina fixa com poucas mudanças.
O pesquisado: B,
C
O aluno deve estar sentado na frente, ser ajudante do professor, colegas para que possa concentrar nas atividades desenvolvidas da sala de aula.
O pesquisado: D Uma sala organizada e estruturada onde supõem regras claras, carteiras separadas. Os prêmios devem ser coerentes e frequentes um programa de reforço baseado em ganho e perda deve ser parte integral do trabalho da classe.
O pesquisado: E Deixa-los sempre na primeira carteira.
Fonte: Dados da Pesquisa 2015.
A impulsividade tem aspectos positivos e negativos, o aspecto positivo faz
com que o TDA/H consiga executar as tarefas idealizadas até o fim, já os
negativos, há falta de planejamento faz com que busquem novidades intensas
para obter gratificação colocando-se em risco, pois a necessidade de gratificação
imediata leva a esportes radicais de alto risco e também as Drogas: a gratificação
imprevisível, libera mais dopamina (presente nas suprarrenais, indispensável para
a atividade normal do cérebro. Sua ausência provoca a doença de Parkinson).
Quadro 05 – Percepção docente sobre o desenvolvimento da aprendizagem dos
estudantes com TDAH
PESQUISADO 5- Os alunos com TDA/H correspondem ao desenvolvimento esperado para o ano escolar?
A e E Não
B Sim, Estão sempre antenados a tudo que ocorre ao seu redor, muitas vezes cabe ao professor aproveitar essa expectativa do aluno.
O pesquisado: C Não respondeu a questão.
O pesquisado: D Tudo depende como será conduzido o ano letivo.
Fonte: Dados da Pesquisa 2015.
Crianças e adolescentes com TDA/H passam por grandes batalhas
emocionais, sociais e escolares, isso se deve a incapacidade de planejar e
monitorar seus comportamentos, sentem-se diferentes, com baixa autoestima,
como não suportam frustração podem passar rapidamente da intensa excitação, á
impaciência e ao isolamento.
Quadro 06 – Desafios docentes ao desenvolvimento da aprendizagem dos
estudantes com TDAH
PESQUISADO 6- Descreva os desafios relacionados á docência para estudantes com TDA/H considerando os aspectos:A) (Comportamentais, B) Aprendizagem, C) outros.
O pesquisado: A Agressividade, falta de concentração, memorização,
assimilação, falta de participação e apoio das famílias.
O pesquisado: B Conversam muito se distraem com muita rapidez e ativa outros em sua volta, não pensam antes de agir, assim são considerados indisciplinados. Facilidade e habilidade para diversas áreas da escolaridade (aprendizagem, captam com rapidez) só é preciso estimular o tratamento em conjunto com a família, escola e comunidade escolar, geralmente as crianças tendem a ter dificuldades com sua organização.
O pesquisado: C Dificuldade de concentração, e de acompanhar os conteúdos em sala de aula, não tendo comportamento coerente como o dos outros e tem carência afetiva.
O pesquisado: D Só realiza atividades quando querem, sem limites, dificuldade em atividade extensa.
O pesquisado: E Baixo nível de concentração atrapalha o rendimento dos demais, não finalizam as atividades, atrapalham para chamar atenção.
Fonte: Dados da Pesquisa 2015.
Ainda encontram-se muitos professores que reforçam o sentimento de
rejeição, ao discriminar um aluno seja qual for sua especificidade, fazendo
piadinhas, colocando-os para fora da sala, achando que tudo o que está fazendo
é intencional, que foi educado por pais ausentes, permissivos e que precisam de
castigo para que aprendam a ter limites e a comportar-se. Por mais que os TDA/H
se esforcem sempre fica uma sensação de que não estão conseguindo
desenvolver todo seu potencial, mesmo sabendo todo o conteúdo de uma prova,
acabam por cometerem simples erros por falta de atenção ou por estarem
agoniados para terminar logo.
Quadro 07 – Aspectos comportamentais dos Estudante com TDAH
PESQUISADO 7- Os aspectos comportamentais destes alunos interferem no desenvolvimento do trabalho em sala de aula?
Os pesquisados:
A, e E
Sim, pois o professor quase sempre fica envolvido com eles e deixando de lado os outros.
O pesquisado: B Nem sempre, pois devemos ser um pouco artista e a cada dia na nossa sala de aula inovar nossos estilos de aprendizagem e aproveitar as habilidades que nossos alunos tem.
O pesquisado: C Sim. Crianças muito agitadas que não concluem as tarefas, frequentemente deixam questões em branco podem estar sofrendo e prejudicando o desenvolvimento dos outros alunos.
O pesquisado: D Sim, pois as crianças TDAH se desentendem facilmente com os colegas.
Fonte: Dados da Pesquisa 2015.
Podemos perceber através das respostas dos professores pesquisados
que as crianças com o transtorno e déficit de atenção e hiperatividade, interferem
sim no desenvolvimento da turma, pois são crianças muito agitadas, e que não se
concentram, se desentendendo facilmente com os colegas, assim fazendo com
que se disperse a atenção das outras crianças em relação ao professor. Mas não
pode-se generalizar podendo perceber que há professores que veem de outra
forma, como o pesquisado B diz que devemos ser um pouco artista e a cada dia
na nossa sala de aula inovar nossos estilos de aprendizagem e aproveitar as
habilidades que nossos alunos tem.
Quadro 08 – Estratégias Docentes com Estudantes com TDAH
PESQUISADO 8- Existem estratégias metodológicas diferenciadas para trabalhar os aspectos comportamentais dos alunos com TDA/H? Descreva algumas delas.
O pesquisado: A Sim, atividades curtas explorando memorização raciocínio logico.
O pesquisado: B Geralmente o tratamento e estratégias com uma equipe multidisciplinar, criando novas metodologias de ensino.
O pesquisado: C Monitore a realização dos trabalhos nunca critique a criança, somente o comportamento indesejado. Valorize os pontos positivos e combine consequências em caso de não comprimento. Valorize os esforços e não os resultados.
O pesquisado: D Jogos, trabalhos em equipe;Procurar dar responsabilidades que possam cumprir fazendo com que se sintam necessários e valorizados;Aulas dinâmicas;Incentivar leitura em voz alta, falar por tópicos, estas atividades ajudam a criança a organizar as ideias.
O pesquisado: E Sentar na primeira carteira, atividades com tempo reduzido, pistas visuais e elogiar com frequência.
Fonte: Dados da Pesquisa 2015.
De acordo com os pesquisados as estratégias usadas em sala com os
alunos com TDA/H são atividades de curta duração, deixar que eles sejam os
ajudantes do professor, pedir auxilio para a equipe pedagógica da escola.
Nas escolas há sempre reuniões para tratar dos assuntos da escola e cada
professor coloca a sua dificuldade no trabalho com as crianças com o transtorno
ou outro tipo de dificuldade.
Quadro 09 – Experiência docente com os Estudantes com TDAH e trabalho
multidisciplinar
PESQUISADO 9- É proporcionado aos professores momentos de encontros para discutir questões relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos com TDA/H? Justifique.
O pesquisado: A Apenas com TDAH não, mas envolvendo educação especial
sim.
O pesquisado: B Nos encontros de rotina escolar abrem-se discussões sobre
todas e qualquer dificuldade do aluno e do professor.
O pesquisado: C Sim, se faz constantemente com a orientação, coordenação e
supervisão do colégio.
O pesquisado: D NÃO.
O pesquisado: E SIM. Porém o professor deve buscar estudar quando existe
um desafio em sala de aula, esperar que a ajuda venha de
fora é muito cômodo.
Fonte: Dados da Pesquisa 2015.
Podemos perceber que a maioria dos sujeitos que responderam nossas
questões já trabalhou ou trabalha com crianças TDA/H, exceto o pesquisado D,
na questão numero dois os pesquisados A e E tiveram na sua graduação
disciplinas que trabalharam a inclusão de um modo geral, já o pesquisado C
somente na pós-graduação e os B e D não tiveram. Com isso percebe-se que o
professor deve buscar informações, pesquisar sobre os desafios da sala de aula,
porque nem todas as informações vão chegar até ele.
Todos os pesquisados procuram aplicar sempre novas metodologias,
buscando a interação da família, busca apoio da equipe pedagógica, tentando
atender da melhor maneira a necessidade de cada caso. Os pesquisados
colocaram que a criança com TDA/H precisam sempre sentar-se a frente, longe
de porta e janelas para que o professor tenha uma melhor visão do aluno, o
ambiente deve ser calmo, sem muitos detalhes coloridos e chamativos, as
atividades devem ser curtas e bem objetivas. Conforme a LDB,
[...] alunos que apresentem necessidades educacionais especiais e requerem atenção individualizada nas atividades da vida autônoma e social, recursos, ajudas e apoios intensos e continuo, bem como adaptações curriculares tão significativos que a escola comum não consiga promover, (...) podem ser atendidos, em caráter extraordinário, em escolas especiais, publicas ou privadas (p. 162 e 163)
Os pesquisados A e E responderam que os alunos com TDA/H não
acompanham os demais, e o pesquisado B disse que sim, que eles acompanham
que são crianças espertas e estão atentas a tudo, cabe ao professor aproveitar
isso, o nosso pesquisado C não respondeu a questão, o D disso que depende do
ano letivo.
A maioria dos pesquisados responderam que as crianças com TDA/H
atrapalham o desenvolvimento dos outros alunos em sala de aula, apenas o
pesquisado B escreveu que nem sempre atrapalha, pois o professor deve ser um
pouco artista inovando sempre os estilos e aprendizagens.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em nossa pesquisa analisamos os PPCs (projeto pedagógico de curso), de
formação docente das instituições de ensino superior existente no município de
Lucas do Rio Verde. Constatamos neles várias disciplinas que estudam o
desenvolvimento humano e a aprendizagem, possibilitando a construção de
conceitos e metodologias que atendam as necessidades da criança. Percebeu-se
a presença das disciplinas de LIBRAS, Laboratório de Projetos em Educação
Especial. Nestes cursos de formação docente percebe-se a preocupação em
todas os componentes curriculares com a formação de forma com que os
professores percebam e atendam a diversidade de seus estudantes, com suas
especificidades.
Quanto às especificidades da dificuldade de aprendizagem causada pelo
TDA/H, a percepção dos professores é de que para os estudantes com TDA/H
eles têm dificuldade em realizar planejamento que atendam as especificidades.
Eles agem com impulsividade, interrompem suas atividades com facilidade, tem
dificuldades para concentrar-se, conversam o tempo todo, tem facilidade em se
desentender com outras crianças.
O Ensino Superior de Lucas do Rio Verde contém disciplinas de Inclusão
educacional o que possibilita uma aprendizagem ampla em todo campo da
Educação Especial mas, não exclusivamente sobre o TDA/H. Quanto à nossa
pergunta problema: “A formação docente possibilita o processo de inclusão dos
alunos com TDA/H nas séries iniciais – 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental em
Escola da Rede Pública Municipal e Rede Privada de Lucas do Rio Verde-MT?”
acreditamos que temos um longo caminho a percorrer quanto a inclusão
educacional no dia a dia de nossas escolas. Não basta somente o professor ter a
formação para a inclusão educacional – toda a escola precisa ser inclusiva. Mas
de nada adianta a escola intencionar a inclusão se o professor em suas atividades
e planejamentos não se propor a ensinar a diversidade. A inclusão educacional
precisa ser projeto coletivo.
REFERENCIAS
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