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Exu e o Reino de Kimbanda O Exu da kimbanda não é o Exu-yorubá (Orixá ou Imalé dessa cultura), ou seja, o mesmo Exu do Candomblé aonde é um Orixá. Os espíritos que chegam na linha da kimbanda são espíritos de ngangas ou tatás, que quando encarnados na terra eram sacerdotes bantus adoradores de algum Nkisi ou Mpungu. É geralmente um Egum sendo que na maioria dos casos é a alma de alguém que pertenceu ao culto, conscientemente ou não, e agora trabalha como mensageiro dos Orixás, como Exu; mais ou menos o mesmo que ocorre em outras linhas e bandas dedicadas a algum Orixá, por exemplo como na linha de Ogum trabalham espíritos de índios e negros que em vida foram guerreiros, usaram espada e de alguma forma pertenceram ao culto, como sabemos que seu Ogum Sete Espadas e Ogum Sete Ponteiras do Mar não são o mesmo que o Orixá maior Ogum. Os espíritos, exus, com os quais estamos tratando tiveram em sua maioria encarnações aqui na terra em finais do século XIX e princípios a meados do século XX, daí vêm as suas vestimentas e a forma de seu comportamento. Ainda na questão do sincretismo é muito importante frisar que os autores que até hoje discorreram sobre o assunto usaram um organograma básico para apresentar o que muitos pensam ser a verdadeira organização hierárquica da Quimbanda mas é somente a cópia de um livro antigo de evocação e cultos diabólicos da cultura ocidental que fala sobre os demônios, suas hierarquias e poderes, o “Grimorium Verum”. Considerando que este livro já existia muito antes do descobrimento do Brasil e que a Quimbanda como conhecemos é uma religião brasileira afirmo que é errado basear-se neste organograma como base para estudarmos este assunto porém não devemos esquecê-lo pois os Exus, como nós, tiveram já várias

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Exu e o Reino de Kimbanda

       O Exu da kimbanda não é o Exu-yorubá (Orixá ou Imalé dessa cultura), ou seja, o mesmo Exu

do Candomblé aonde é um Orixá.

Os espíritos que chegam na linha da kimbanda são espíritos de ngangas ou tatás, que quando

encarnados na terra eram sacerdotes bantus adoradores de algum Nkisi ou Mpungu. É geralmente um

Egum sendo que na maioria dos casos é a alma de alguém que pertenceu ao culto, conscientemente ou

não, e agora trabalha como mensageiro dos Orixás, como Exu; mais ou menos o mesmo que ocorre em

outras linhas e bandas dedicadas a algum Orixá, por exemplo como na linha de Ogum trabalham

espíritos de índios e negros que em vida foram guerreiros, usaram espada e de alguma forma pertenceram

ao culto, como sabemos que seu Ogum Sete Espadas e Ogum Sete Ponteiras do Mar não são o mesmo

que o Orixá maior Ogum.

       Os espíritos, exus, com os quais estamos tratando tiveram em sua maioria encarnações aqui na

terra em finais do século XIX e princípios a meados do século XX, daí vêm as suas vestimentas e a forma

de seu comportamento. Ainda na questão do sincretismo é muito importante frisar que os autores que até

hoje discorreram sobre o assunto usaram um organograma básico para apresentar o que muitos pensam

ser a verdadeira organização hierárquica da Quimbanda mas é somente a cópia de um livro antigo de

evocação e cultos diabólicos da cultura ocidental que fala sobre os demônios, suas hierarquias e poderes,

o “Grimorium Verum”. Considerando que este livro já existia muito antes do descobrimento do Brasil e

que a Quimbanda como conhecemos é uma religião brasileira afirmo que é errado basear-se neste

organograma como base para estudarmos este assunto porém não devemos esquecê-lo pois os Exus,

como nós, tiveram já várias encarnações, alguns inclusive viveram nos primórdios da nossa civilização

como por exemplo:

Exu Tata Caveira que foi um sacerdote no Egito antigo ou inda mais longe. Exu

Caveira que a 30.000 anos atrás era um nômade bruxo e curandeiro, outrora estes espíritos já trabalharam

no plano astral nesta mesma linha e alguns até ajudaram a escrever o “Grimorium”.

A Quimbanda esta organizada hierarquicamente em sete grandes reinos, as Sete Linhas da

Quimbanda, tendo cada “reino” o seu Exu-chefe, comandante ou responsável, vindo da auto-divisão de

Exu Rei, tornado-se assim seus representantes nas respectivas linhas ou reinos. Tornado-se seus reis e

tronos regentes.

Sua organização é uma remanescença das organizações tribais em reinos na África Bantu. Onde

cada reino é composto por nove (09) povos. Assim se dividiu o “reino de Exu”, ou o reino da

Kimbanda:

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07 reinos, formado cada qual por 09 povos

09 povos em 07 reinos que geram 63 povos de Exu, sendo que cada povo é

comandado por um Exu, denominado “chefe de falange”.

 

       É importante lembrar que quando o Exu, qualquer um deles, estiver incorporado no dirigente dos

trabalhos, ele esta trabalhando com a coroa e por este motivo é o chefe dos trabalhos da gira de

quimbanda tendo liberdade de movimento entre os reinos através do contato com os outros Exus

presentes no trabalho. Trabalhar com os, "compadres", Exus requer muito respeito e consideração por

parte dos dirigentes, médiuns e consulentes pois são entidades muito poderosas, de muito axé.

Reinos de Kimbanda

Reino da Encruzilhada - tem contato com todos os demais reinos, tendo uma

Ligaçã

Isto explica o porque no começo de uma sessão de kimbanda, deve-se antes cantar para o reino da

encruzilhada, pois depois disto podem chegar todos os outros exus que integram os de mais reinos.

Reino do Cruzeiro - tem contato com todos os demais reinos, tendo ligação

especial com os mesmos, desta feita encontramos dentro destes reinos correspondências com os de mais.

Reino das matas - aparentemente são bruxos cobertos com pele de pantera que

carregam distintos amuletos e colares, confeccionados com partes de animais e vegetais. Trazem

saquinhos contendo pólvora, poções, ervas e pembas.

Este reino deveria ser saudado em terceiro lugar, haja vista que seus integrantes portam um bastão

protetor que afasta os maus espíritos. Podem atravessar o mundo espiritual sem problemas para ir a porta

do cemitério espiritual podendo atravessá-la

também sem perturbações.

O reino das matas e da kalunga são os únicos que encontram-se em total escuridão também no

plano material (durante a noite). Muitos dos componentes deste reino trabalham no lado da Umbanda sob

a denominação de caboclos kimbandeiros ou pretos velhos kimbandeiros e chegam na Umbanda

recebendo o nome de Exu. Governam todos os Exus que trabalham nos verdes ou locais que tenham

árvores a exceção do cemitério, que pertence a outro reino.

Reino da Kalunga Pequena (cemitério) - apresentam-se como pessoas de

aspecto alto, delgadas e cadavéricas, vestidos completamente de preto, vivem com capa, galera e bastão.

Esses Exus também são chamados pelo nome de Rei e Rainha dos Cemitérios. Geralmente quando

diz-se "kalunga" nas giras de kimbanda é para nomear ao cemitério. Trabalham neste reino todos os

Exus que moram dentro dos cemitérios exclusivamente.

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Reino das Almas - chefiado por Exu Rei das Almas Omulu (que se apresenta

com aparência de um homem de idade, cansado, triguenho e com bastão, capa e chapéu de abas). E

Pombagira Rainha das Almas, (que se apresenta como uma elegante mulher, alta, vestida com tons

brancos e lilas, com vestidos longos e botas de saltos altos).

Suas gargalhadas parecem lamentos. Eles também são conhecidos pelo apelido de Rei e Rainha da

Lomba, porque governam todos os Exu que trabalham em locais altos. Porém, os Exus deste reino

também trabalham em qualquer lugar que existam almas.

Reino das Encruzilhadas - Os chefes deste reino são muito mais conhecidos por

seus nomes sincréticos: Exu Lúcifer (Exu Rei das Sete Liras – que apresenta-se como um comprade com

chapéu de panamá e traje geralmente de cores claras, gosta de sentar-se pomposamente em algum lugar

especial de onde cuida da sessão espiritual, quando chefe do templo). E Maria Padilha (Rainha do

Candomblé (ou Rainha das Marias)).

Mostram justamente sua afinidade pela dança, a música e a arte. Dentro do Reino da Lira, que

também as vezes é chamado "Reino do candomblé" não pelo culto africanista aos Orixás, senão por ser

essa palavra ser sinônimo de dança e música ritual

Trabalham aqui todos os Exus que tem que ver com a arte, a música, poesia, boemia, ciganeria,

malandragem, etc.

Reino da Encruzilhada da Kalunga, em princípio é homenageado com todos

os demais povos da encruzilhada, pode ser chamado dentro dos pontos cantado para Kalunga, pois tem

como finalidade, abrir o caminho para todos os integrantes deste reino.

Este reino está composto por todos os Exus da kimbanda, que quando chegam dizem pertencer a

encruzilhada ou então nas cruzes dos caminhos dentro dos cemitérios, mas especificamente nas esquinas

dos mesmos. Existem pessoas que acreditam que estes Exus não poderiam trabalhar em outro tipo de

encruzilhada, limitando deste modo aos seus companheiros de trabalho, funções e poderes.

Por assim ser, existem contas matemáticas que melhor definem este pensamento, os Exus que

dizem pertencer a este povo, tem restringido o número de possibilidades para decidir quais são os seus

companheiros de trabalho, deixando menos margem para erros, as fantasias do médium ou respostas

vagas. As respostas a estas interrogações passariam a ser secretas, só conhecendo as mesmas o seu

respectivo cavalo o que o transformaria junto com seu ponto riscado em uma prova da presença do

mesmo.

Seus integrantes se sentem identificados tanto com a encruzilhada como com a kalunga, adotando

uma espécie de mescla entre os reinos, quanto as danças, cores, comportamento e gostos, ficando difícil

uma melhor classificação pessoal para os mesmo, é um povo muito conhecido, pois nas giras sempre

aparece algum dos seus integrantes, ex: Exu Marabô da Encruzilhada da Kalunga Exu Capa Preta da

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Encruzilhada da Kalunga, Exu Sete Encruzilhadas da Kalunga. Isto quer dizer que os citados Exus,

trabalham exclusivamente no caminho citado, ou seja, a encruzilhada da kalunga.

Povos de Kimbanda

Autores desinformados e supostos chefes mal preparados ou mal intencionados, inventaram a

existência de linhas dentro da “Kimbanda”, querendo de algum modo ver a mesma como o reflexo

negativo da “Umbanda”.

Confundiram por exemplo: o “Povo cigano” com um “Reino”, criando “Exu Rei Cigano” e

“Pombagira Rainha Cigana”, totalmente sem fundamentos, já que os ciganos eram povos e segundo a

história não possuíam reis, possuiam sim chefes e organizam-se em clãs.

Cada reino de Kimbanda é composto por 09 (nove) povos, entre estes assim dispostos:

Povo dos malandros - chefiado por Exu Zé Pelintra (não confundir com mestre Zé Pelintra,

forma de apresentação distinta que chega no terreiro como uma espécie de preto velho, embora o mesmo

possa vir como o referido Exu), dado que ao receber este apelido, como todas as demais entidades da

Kimbanda, estaria associado a um lado negativo (no ponto de vista da Umbanda).

Os integrantes deste povo, possuem características dos malandros brasileiros, que viveram no final

do século XIX em bairros suburbanos. Amantes das noites, mulheres, bebidas, vícios, música e das

disputas. Protetor das pessoas que necessitam ser defendidas de delinqüentes ou marginais, ajudam a

todos aqueles que andam no mal caminho, trabalhando em um sub-nível consciente e muitas vezes sem

que a pessoa se de conta, mas com o passar do tempo estas estarão buscando um trabalho decente e

largando seus males, sendo esta a principal missão destes Exus em busca de que as pessoas se tornem

honestas.

A maioria destes Exus, se vestem com trajes (quase sempre claros), chapéu de panamá e trazem

sua arma preferida (uma navalha), bebem de tudo um pouco, pois para eles não importa o que se pode

desfrutar no momento, mas sim o que o amanhã dirá. São mão aberta, convidam a todos e repartem com

os mesmos o que tem, ajudam e escutam, encontrando soluções inesperadas para problemas que parecem

de difícil resolução, tem o famoso código do malandro:

“de onde a falsidade não entra e os amigos são para sempre os bons e os maus”

Os Exus e Pombagiras deste povo e falange podem trabalhar com outros povos, como por

exemplo: Maleva da encruzilhada que seria uma representante e embaixadora deste povo do reino das

encruzilhadas, tem suas moradas em cabarés, casas de jogo, portas de cassinos, terrenos baldios e lugares

escuros entre outros.

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Exu Malandro

Exu Sete Facas (ou Sete Ponteiras)

Exu Corta-corta

Exu Malevo

Pombagira  Maria Padilha da Faca (ou da navalha)

Pombagira Maria Navalha

Pombagira Maleva

Maria Quitéria das 7 Facas

Pombagira do Arrabalde

Exu Espeto

Exu Três Encruzas da Perdição

Exu Moço Maroto 

Kurimbas

Amigo Zé, amigo Zé

Eu não quero briga com você

Povo Mar - chefiado por Exu Maré e Pombagira do Mar,  tem como características principais 

sua relação com o mar dado que se tratam de entidades que quando vivas, trabalhavam no mesmo e em

suas redondezas, como marinheiros, gente de porto, etc. Se diferenciam dos marinheiros, pois trabalham

representando elementos que compões o mar e não o homem do mar.

Este povo recebe as oferendas dentro da água do mar exclusivamente. Preferem champanhe e

cerveja, mas aceitam qualquer tipo de bebida, como seus atributos: carapaças de tartaruga, conchas do

mar variadas, búzios, moedas, ostras, estrelas do mar, remos, etc.  

Exu 7 Estrelas do Mar

Exu do Fundo do Mar 

Exu 7 Mares    

Exu Calunguinha do Mar

Exu Brasa do Mar 

Exu 7 Ondas 

Exu Pedra do Fundo do Mar

Exu Corcunda do Mar

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Exu das Almas do Mar

Pombagira das Ondas do Mar

Pombagira Calunga do Mar

Pombagira 7 Marolas do Mar

Povo do Marinheiros - chefiado por Exu Marinheiro e Pombagira da Praia, seus integrantes

se

apresentam com aparência de marinheiros e pescadores, gente acostumada a navegar.

Representam o homem do mar, bebedor, mulherengo, que gosta de tomar bebidas com os amigos

em tabernas e cantar alguma canção. São alegres e encaram os problemas de um ponto de vista simpático.

Caminham balançando-se de um lado para o outro, como se estivessem mareados, bebem de tudo e

fumam também de tudo. Relacionam-se com amores passageiros e encontros esporádicos com amantes.

Também se pede aos mesmo que protejam as viagens pelo mar, e como qualquer outra entidade

dão conselhos e realizam vidências. 

As Pombagiras deste povo representam as mulheres que trabalhavam nas cercanias dos portos,

como prostitutas e servindo bebidas em tabernas pobres, comprando muitas vezes os contrabandos dos

barcos.

Suas comidas são a base de mariscos, pescados, etc, acompanhadas com um bom vinho branco

seco. Nunca lhes são oferecidos objetos do mar, pois como marinheiros, os objetos são do mar e nele

devem ficar para não trazerem má sorte, com exceção dos búzios (que não são consideram adornos e sim

símbolo de dinheiro). Este povo recebe as oferendas nas beiras do mar, em algum lugar seco sobre as

areias, dunas, etc.

Pombogira da Praia

Pombogira Sete Saias da Praia 

Pombogira Morena da Praia

Pombogira do Cais 

Pombogira da Areia do Mar

Pombogira Menina da Praia

Pombogiras Cigana y Ciganinha da Praia ( que representam o povo cigano da praia)

Seu Cigano da Praia 

Seu Giramundo da Praia ( apresenta-se como um marinheiro que percorre o mundo com sua embarcação)

Seu Meia Noite da Praia ( apresenta-se como um homem do porto, vestido com roupas pobres)

Seu Marinheiro Japonês       

Seu Iriande ( apresenta-se como um marinheiro)

Seu Gererê ( apresenta-se como um pescador)

Seu Martim Pescador  

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Povo dos baianos - os integrantes deste povo, apesar de pertencerem a Kimbanda, preferem

chegar na Umbanda, disfarçados como elementos da direita, pois é inconfundível o seu porte

despachado, seu gosto por bebidas e tabaco, sua ironia e alegria próprias de entidades kimbanderas.

Muitos admitem que pertencem ao Reino da kimbanda, mas na Umbanda podem interagir com

as demais entidades, revelando um ar de indecência e imoralidade. 

Povo Cigano - chefiado por Exu Cigano Lerú e Pombagira Cigana Shuvani, os integrantes

deste povo se apresentam com aparência de "ciganos".

Antigamente chegavam na Umbanda, em alguns lugares e o seguem fazendo. Foram sendo cada vez

mais afastados das giras de direita e começaram a popularizar-se na Kimbanda, lugar que sempre

pertenceram e de onde podem desenvolver melhor seus dotes de “nigromantes”. Muitos dos seus

integrantes, trabalham em outros povos representando o povo cigano, isto acontece com todos os demais

Exus de outros povos e se deve a interação que devem ter para trabalhar, cuja energia não deve parar em

um só lugar, sendo que muitas vezes é difícil definir de que povo realmente é um Exu ou Pombagira.

A este povo se oferece geralmente comidas que eles mesmos pedem quando manifestados, que

geralmente tem haver com a culinária cigana, sendo a carne assada com um bom vinho sempre bem

recebidos.

São amantes da boa vida e do dinheiro fácil, jogo, música, canto e dança, transmitem alegria e

esperança, não há terreiro onde não haja pelo menos um representante do povo cigano, trazendo seu axé e

cada vez mais somando-se as falanges de Exu. Sendo hoje abundante suas presenças na kimbanda.    

 Seu Veludo Cigano

Seu Cigano Giramundo

Seu Sete Liras Cigano

Seu Marabô Cigano

Seu Cigano do Violino

Seu Cigano da Praia

Seu Corcunda Cigano

Seu Cigano Zandor

Seu Cigano 7 Encruzilhadas

Seu Cigano Menino

Seu Cigano do Mato

Seu Cigano das Almas

Seu Cigano da Kalunga

Seu Cigano da Faca

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Seu Cigano Indiano

Seu Cigano das Cobras

Seu Cigano da Sorte

Seu Cigano da Fama

Seu Cigano das 7 Mulheres

Cigana das 7 Saias

Cigana das Almas 

Cigana dos 7 Cruzeiros

Cigana do Pandeiro

Cigana da Praça

Cigana do Oriente

Cigana da Lua

Cigana Menina ( Ciganinha )

Cigana da Kalunga

Cigana da Rosa

Cigana Zoraida

Cigana Sarah

Cigana Sarinha da Estrada

Maria Mulambo Cigana

Maria Padilha Cigana

Pombagira Mundana Cigana

Cigana da Praia

Cigana de Fé

Cigana Maria 

Cigana Sulemí

Cigana do Baralho

Cigana da Estrela

Cigana do Cabaré

Cigana do Acampamento

Cigana do Forno

Cigana dos Infernos

Cigana das Matas

Cigana 7 Encruzas

Cigana Paloma

Cigana Marguerí

 

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Povo dos Ventos (povo do ar) - chefiado por Exu dos Ventos e Pombagira Ventania,

agrupa todos os Exus e Pombagiras que tem como finalidade trabalhar com energias relacionadas ao ar,

atmosferas e trocas climáticas. Estão contidos dentro do Reino da Praia, pois justamente tem muita

relação com a água, sua evaporação, chuva, terra, granizo, neve, tormentas, raios, ventos etc.

Seus integrantes se apresentam geralmente com aparência de feiticeiros (ngangas) que tem grande

poder para criar tormentas e atrair a chuva em épocas de seca, incluindo afastar tornados para que não

destruam a aldeia. Também se destacam por ser bons limpadores de ambiente.

Quando chegam nos terreiros, dançam freneticamente fazendo vento com suas capas, abanadores,

vestidos, etc. Como todos os demais povos as falanges de Exu, também se irradiam nos demais reinos,

pois cada povo tem distintas especialidades, as quais são imprescindíveis para todos. Moram geralmente

nas praias, preferencialmente em um lugar alto, pois ali sempre sopra o vento, onde devem também ser

entregues as suas oferendas, em lugares elevados e abertos onde sopra o vento.

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Exu Relâmpago

Exu Tatá 7 Ventania

Exu Mareiro

Exu 7 Trovões

Exu do Raio

Exu do Ar

Pombagira da Ventarola

Pombagira Vento do Mar

Pombagira do Furacão