10 fogo purificador

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10 Fogo purificador . Na manhã imediata que o fogo purificador iria passar, a Casa Transitória ja tinha um outro local que se estabeleceria por um tempo . Vários servidores de outras organizações ajudavam . André pergunta: A instituição pode alçar vôos de grande alcance? - PowerPoint PPT Presentation

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10Fogo purificador

• Na manhã imediata que o fogo purificador iria passar, a Casa Transitória ja tinha um outro local que se estabeleceria por um tempo.

• Vários servidores de outras organizações ajudavam.

• André pergunta: A instituição pode alçar vôos de grande alcance?

• Instrutor responde: Devido os dominios vibratórios precisamos ser cautelosos.

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• O Fogo purificador ( descarga eletricas do atomo etérico) produz uma assepsia do local, melhorando as condições de vida naquele ambiente e livrando-o de miasmas e demais substância deletéria produzidas pelos pensamentos mal sãos.

• Estes miasmas são conhecidos pelos médiuns que tem desenvolvida a capacidade de perceber como sendo uma substância esverdeada e gosmenta.

• O tecido perispiritual mostra cores escuras, espessas, podendo demonstrar deformações, atrofias devido as fixações mentais, os residuos psiquicos venenosos e as tóxicos, provenientes de energias mórbidas.

• O fogo purificador ou etéreo queimam ou desintegram o excesso destas energias e toxinas. (Sob a luz do Espiritismo – Ramatis)

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• É como as cores que percebemos, tão sômente, as que vão do vermelho ao violeta, onde a maioria das pessoas nada enxerga além das ultimas cinco, que são o azul, o verde, o amarelo, o laranja e o vermelho, não registrando o indigo e o violeta.

• Existem, porém, outras cores no espectro, correspondentes a vibrações para as quais o olho humano não possui capacidade de sintonia. Manifestam-se raios infravermelhos e ultravioletas que o pesquisador humano consegue identificar imperfeitamente, mas que não pode ver.

• Ocorre o mesmo com a potencia auditiva que assinala apenas os sons que se enquadram na tabela de “16 vibrações sonoras a 40.000 por segundo”. As ondas mais lentas ou mais rápidas escapam-lhe totalmente.

• As leis nas duas dimensões são de acordo com a necessidade.

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• A densidade da região influia nos serviços, todo o pessoal disponivel fora convocado ao trabalho dos motores e da maquinaria complexa, indescritivel na técnica humana.

• Zenóbia, nos pediu colaboração nas defesas magnéticas, em vista da mpregar maior numero de cooperadores na preparação ativa do vôo.

• As murralhas não são altas e verticais como as terrestres, mas horizontalmente estendidas, formadas de substância escura, e emitiam forças elétricas de expulsão num raio de cinco metros de largura, aproximadamente, circulando toda a casa.

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• Diversos focos de luz permaneciam acesos. Velavamos pelo funcionamento regular de certos aparelhos geradores de energia electromagnética, destinados a emissão constante de forças defensivas, e vigiavamos o setor que nos fora confiado.

• Levariam apenas os sofredores que se apresentarem renovados, com sinais legitimos de transformação moral para o bem.

• André: -Como nos asseguraremos, porém, dessa renovação? • Instrutor responde: Os sofredores, já modificados para o bem, apresentarão

circulos luminosos caracteristicos em torno de si mesmos, logo que, estejam onde estiverem, concentrem suas forças mentais no esforço pela própria retificação.

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• Entregávamo-nos, tranquilos, ao trabalho, quando indescritivel choque atmosférico abalou o escuro céu. Clarão de terrivel beleza varou o nevoeiro de alto a baixo, oferecendo, por um instante, assombroso espetáculo.

• Não era bem o relâmpago conhecido na Crosta, por ocasião das tempestades. Observava- se, ali, o contrário: a tormenta de fogo ia começar, metódica e mecanicamente.

• André experimenta um angustioso pavor, mas o Assistente Jerônimo revelava-se tão calmo que a sua serenidade era contagiante: É o primeiro aviso da passagem dos desintegradores.

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• A distância de muitos quilômetros, viamos os clarões da fogueira ateada pelas faiscas elétricas na desolada região.

• O assessor comunicou que a Casa deveria partir dentro de 4 horas, e em virtude disso grande seria o numero de infortunados a procura-lhe as portas.

• O trabalho dos desintegradores etéricos, invisiveis para nós, tal a densidade ambiente, evita o aparecimento das tempestades magnéticas que surgem, sempre, quando os residuos inferiores de matéria mental se amontoam excessivamente no plano.

• Outro trovão e o fogo riscou em diversas direções.

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• André: Ouviamos a ensurdecedora algazarra de multidões que se aproximavam gritando socorro. Ajoelhavam e rogavam ajuda, mas seus circulos continuavam escuros.

• As rogativas sensibilizavam qualquer cooperador menos avisado.

• Começaram a chegar entidades aureoladas de luz, emolduravam-lhes a fronte belos circulos uniformes. Trajavam farrapos e traziam comovedores sinais de sofrimento.

• Contemplavam o Alto e tentavam manter o pensamento alheio aos que gritavam insultos, cantando hosanas ao Senhor.

• Vinham, de mãos entrelaçadas, a fim de que se lhes aumentasse a força, num processo de troca instintiva dos valores magnéticos infundia-lhes prodigiosa renovação de poder, porquanto levitavam, sobrepondo-se ao desvairado ajuntamento.

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• Enfermeiros e macas, em grande numero, estacionavam, não longe de nós, promovendo socorros imediatos.

• Quatro horas se passaram e agora a paisagem era mais sufocante. Serpentes de fogo caiam no solo que começou a tremer sob os nossos pés, num calor asfixiante.

• O sino tocou para nos recolhermos e a imagem era devasta floresta incendiada, a desalojar feras e monstros de furnas desconhecidas. Começamos escutar os motores e eu pensava que seria de nós se eles invadissem?

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• Todas as portas foram cerradas hermeticamente. Zinóbia nos chamou a sala de orações e explicou que a casa para movimentar-se com exito, não necessitava apenas de forças elétricas, mas, também, de nossas emissões magnético-mentais, que atuariam como reforço no impulso inicial de subida.

• Ela abriu a biblia e leu o Salmo 104. No meio da leitura a Casa principiou a elevar-se vagarosamente no inicio e depois em movimento rápido.

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• Todas as portas foram cerradas hermeticamente. Zinóbia nos chamou a sala de orações e explicou que a casa para movimentar-se com exito, não necessitava apenas de forças elétricas, mas, também, de nossas emissões magnético-mentais, que atuariam como reforço no impulso inicial de subida.

• Ela abriu a biblia e leu o Salmo 104. No meio da leitura a Casa principiou a elevar-se vagarosamente no inicio e depois em movimento rápido.

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• Decorridos quase uma hora de voo vertical, alcançamos uma região ensolarada. Após este momento a casa começou a movimentar-se no sentido horizontal.

• Conversávamos sobre a experiencia e após 3:35 reparamos que suavemente a Casa Transitória descia.

• Regressamos ao circulo de substância densa, embora menos pesada e menos escura.

• Extensa legião de servidores aguardava a nossa chegada para colaborar no esforço de readaptação.

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11Amigos novos

• Despedimo-nos da instituição e colocamo-nos a caminho da Crosta, Jeronimo nos instruiu sobre um novo trabalho de assistencia a amigos que estão prestes a se desfazer do corpo.

• No sono os conduziremos a Fundação Fabiano para que se habituem lentamente com a ideia de afastamento definitivo.

• Intrigado perguntei: Todas as mortes são acompanhadas de missões auxiliadoras?

• Jerônimo: Absolutamente. Reencarnações e desencarnações de modo geral obedecem simplesmente a lei.

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• Há principios biogenéticos orientando o mundo das formas vivas ao ensejo do renascimento fisico, e principios transformadores que presidem aos fenômenos da morte, em obediencia aos ciclos da energia vital, em todos os setores de manifestação.

• Nos multiplos circulos evolutivos, há trabalhadores para a generalidade, como cooperadores que se esforçam mais intensamente nas edificações do progresso humano, há missões de ordem particular para atender-lhes as necessidades.

11 Amigos novos

• Não se trata de prerrogativa nem de compensações de favor, o fato revela aproveitamento de valores.

• Se determinado colaborador demonstra qualidades valiosas no curso da obra, merecerá, sem duvida, a consideração daqueles que a superintendem, examinando-se a extensão do trabalho futuro.

• No plano espiritual muito grande é o carinho que se ministra ao servidor fiel, de modo a preservar-lhe o devotado Espirito da ação maléfica dos elementos destruidores como: o desânimo e a carencia de recursos estimulantes.

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11 Amigos novos

• Atingimos pequena cidade do interior, em uma casa humilde.

• Conhecemos Dimas em lamentáveis condições, atacado de cirrose hipertrófica.

• Ele um colaborador dos nossos serviços de assistencia, faz muitos anos, veio de nossa colônia espiritual, há pouco mais de meio século.

• Desenvolveu faculdades mediunicas, colocando-se a serviço dos necessitados e sofredores.

• O quarto permanecia iluminado devido a incessante visita de espiritos benfeitores.

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11 Amigos novos

• Nosso amigo fez-se credor feliz e agora chegou a hora de seu descanso. Surpreendido vi que Dimas se apercebeu da nossa presença. Serrou os olhos do corpo e nos via com os olhos da alma.

• Fez rogativa pela nossa colaboração. Estava exausto dizia, mas mantinha-se calmo.

• Jeronimo pediu que eu lhe desse passes. Dois amigos espirituais de Dimas chegaram ao quarto nos comunicando que se reuniriam na Casa Tansitoria para prepara-lo para a noite liberta-lo definitivamente do corpo.

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11 Amigos novos

• Volitamos da pequena cidade para o Rio de Janeiro. Como era bom volitar depois de passarmos aquele tempo em local espesso e escuro.

• Penetramos no lar de Fábio onde matinha sinais de tuberculose. Ele conversava com duas crianças de 6 e 8 anos com formosa luz aureolava a mente do enfermo.

• — Papai, mas o senhor acredita que ninguém morre? — Indagou o filhinho mais velho.

• — Sim, Carlindo, ninguém desaparece para sempre e é por isso que desejo aconselhá-los, como pai que sou.

• — Creio que não me demorarei a partir...— Para onde papai? — atalhou o menor.— Para um mundo melhor que este, onde possa ajudá-los num corpo são, que Deus me concederá, e eu estarei com voces, sem que me vejam.

• Jeronimo diz: vamo-nos Fabio ficara bem.

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11 Amigos novos

• Fomos a um confortável apartamento onde uma senhora com idade avançada apresentava moléstia do coração.

• Dois espiritos a acompanhavam e explicaram ser filiada a organizações superiores de nossa colônia espiritual.

• Faz parte da Igreja Presbiteriana e, viuva desde cedo, trabalhou na area educativa, formando a infância e a juventude no ideal cristão.

• Jeronimo tocou sua fronta e ela pediu a Biblia e eu apliquei-lhe passes reconfortantes.

• Chegou uma amiga de nosso plano que veio vela-la a cabeceira.

• Jerônimo explicou nosso trabalho. Havia um pedido de prorrogação em favor dela. Todos somos de parecer que deva ser chamada a nossa esfera com urgencia, para receber o premio a que fez jus. Todavia, há razões ponderosas para que seja amparada convenientemente, a fim de que permaneça com a familia consanguinea, na Crosta, por mais alguns meses.

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11 Amigos novos

• Saimos de lá e fomos a um hospital visitar Cavalcante que veio de nossa colônia a 60 anos. Um trabalhador cristão virtuoso no serviço ao próximo. Ele sofreria uma intervenção no duodeno no dia seguinte e eles voltariam para acompanhar.

• André fez aplicações magnéticas e Cavalcante não nos percebeu devido não possuir bastante educação religiosa para o intercambio.

• Ele sofria as vibrações do ambiente perturbado e assedio dos parentes desencarnados. Haviam os trabalhos de vigilância mas ele não se preparou para libertar-se do jugo da carne e sofre muito pelos exageros da sensibilidade, mantendo-se excessivamente ligado aos que ama.

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11 Amigos novos

• Adentramos num edificio que asilavam numerosas criancinhas onde se sediava compacta legião de trabalhadores de nosso plano.

• Achava-se ali Bezerra de Menezes, abraçou-nos um a um. Jeronimo explicou sua missão e ele disse que Adelaide não daria trabalho, pois ela fora uma médium, trabalhou para os enfermos, amparou as crianças orfãos, lhe preparam a alma para esta hora.

• Adelaide emanava raios brilhantes em oração, Bezerra saudou-a e ela disse: sei que é o termino da jornada e estou pronta. Bezerra: sei que é devotada e o médico divino nos autorizou o seu repouso.

• Pequena auxiliar do instituto quebrou o colóquio anunciando visitas e Adelaide perdeu o contato com Bezerra.

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12Excursao de adestramento

• O orientador da Casa transitório nos orientou que tomássemos como ponto de referencia o lar coletivo de Adelaide. Diversas entidades amigas operavam na instituição e era um dos raros edificios da Crosta sem criaturas perversas da esfera invisivel. Semelhando-se a Casa transitória a vigilância era severa. Visitávamos a instituição e de todos compartimentos havia luz de nosso plano com abundancia de pensamentos salutares.

• Devido a muitas visitas com emanações mentais somos obrigados, depois de cada sessão a minuciosas atividades de limpeza.

• Como sabem, os pensamentos exercem vigoroso contágio e faz-se imprescindivel isolar os prestimosos colaboradores de nossa tarefa, livrando-os de certos principios destruidores ou dissolventes.

• Esta instituição não apenas ampara as crianças mas também prepara os seres para o Evangelho para infundir espiritualidade superior a mente humana. As casas sociais funcionam como grandes navios abastecendo a coletividade faminta de luz.

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12 Excursao de adestramento

• Na divisão de trabalho Luciana e Irene trariam a irmã Albina e padre Hipólito e André trariam Dimas, Fábio e Cavalcante para a Casa Transitória em excursão de aprendizado e adestramento.

• Hipólito me explicou que os que se aproximam da desencarnação normalmente se ausentam do corpo por ação mecânica, ficando fácil leva-los para a tarefa de preparação.

• Encontrando Dimas ele pergunta se será hoje o fim e eles dizem que ainda não, que ele deve ir com eles. Demo-nos as mãos e partimos os tres juntos para o Rio em busca de Fábio que se ligou a nossa caravana facilmente. Hipólito disse que não convinha levar todos de uma vez.

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12Excursao de adestramento

• Levamos os dois e voltamos para buscar Cavalcante que mostrava-se muito aflito e com medo. Ministramos passes anestesiantes para que dormisse e o retiramos do corpo.

• Encontramos a caravana e Jeronimo organizou a corrente magnética, tomando posição guiadora e cada irmão encarnado localizava-se entre dois de nos e fomos para a Casa Transitoria através da volitação.

• Adelaide e Fabio mostrava-se conscientes e acostumados ao desdobramento. Os demais como Albina jubilava passagens biblicas, Cavalcante buscava a confissão para não enfrentar o juizo com a alma no mal.

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12Excursao de adestramento

• Ao atravessar a região estratosférica a ionosfera surgiu e Dimas começou a perguntar que rio é este? Estou com medo? Não posso atravessar. O impulso magnético fornecido por Jeronimo era forte e chegaram a casa Transitória.

• Zenóbia começou explicar sobre o desligamento do organismo espiritual.

• Cavalcante perguntou: será aqui o céu? • Albina perguntou a Luciana se aquela era a casa do

senhor. • Dimas inqueriu a Hipólito se o zona era uma

dependencia de Marte. • Jeronimo considerou: — O plano impressivo da

mente grava as imagens dos preconceitos e dogmas religiosos com singular consistencia. O trabalho não deve ser brusco para não causar desastres emocionais.

• Como vemos não é a rotulagem externa ( religião) que socorre o crente nas supremas horas evolutivas. É justamente a sementeira do esforço próprio.

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13 Companheiro libertado

• André: Vivera Dimas toda a cota suscetivel a ser aproveitada? Teria sido como fui suicida inconsciente? Pensou porque merecia o movimento excepcional de assistencia individualizada?

• Jeronimo: Não fora determinado um dia exato, apenas atingira-se o tempo próprio. Não chegou a aproveitar todo o tempo prefixado, mas nosso amigo não é suicida.

• André: Mas se Dimas não aproveitou todo seu tempo não terá também desperdiçado como aconteceu comigo?

• Jeronimo: Dimas não conseguiu preencher toda a cota de tempo que lhe era licito utilizar, em virtude do ambiente de sacrificio que viveu, desgastando o corpo, entre deveres e abnegações incessantes. Entregue ao serviço rude, constituiu a familia, pingando suor no sacrificio diário com enorme despesa de energia. Mesmo assim, encontrou recursos para dedicar-se aos que gemem e sofrem nos planos mais baixos que o dele. Recebendo a mediunidade, colocou-a a serviço do bem coletivo.

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13 Companheiro libertado • Perdeu, quase integralmente, o conforto da vida social,

privou-se de estudos edificantes que lhe poderiam prodigalizar mais amplas realizações e prejudicou as células fisicas, no acumulo de serviço obrigatório.

• Noite a dentro, atenuou-se-lhe a resistencia nervosa; pela inevitável irregularidade das refeições; pelas perseguições gratuitas de que foi objeto, gastou fosfato excessivamente e, pelos choques reiterados com a dor alheia, que sempre lhe repercutiu amargamente no coração, alojou destruidoras vibrações no figado, criando afeções morais que o incapacitaram para as funções regeneradoras do sangue.

• Dimas poderia receber, com naturalidade, semelhantes emissões destrutivas, mantendo-se na serenidade intangivelm todavia, não se organiza de um dia para outro o anteparo psiquico contra o bombardeio dos raios perturbadores da mente alheia.

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13 Companheiro libertado • Chegara a final de Dimas , porem ele se via

psiquicamente muito ligado as algemas domesticas. Teme pelo futuro dos seus e inquieta-se pelos sentimentos da esposa e filhos.

• A esposa é o primeiro empecilho que precisamos remover. Improvisamos temporária melhora. Todos ficaram confiantes. Disse a esposa que fosse descansar a seu pedido. Diante de sua melhora todos sairam.

• Jeronimo coloca a mão em sua testa para uma prece final. Dimas agradece a Deus pela oportunidade e lágrimas escapam. Observamos que ele recordava a meninice, revia o colo materno e sentia saudades. Lembrou-se da cena de crucificação de Jesus e lembrou de Maria e implorou:

• Mãe dos céus, sou agora também o menino frágil com fome do afeto maternal nesta hora suprema.

• Neste momento sua mãe adentra com uma coroa de luz . Sentindo o afeto materno parecia esquecer todas as magoas.

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13 Companheiro libertado • Porém segundo observamos, há existencias que perdem pela extensão,

ganhando, porém, pela intensidade, a visão divina jamais despreza minuciosas investigações sobre as causas.

• André calou-se, humilhado: dispuz do meu tempo com rigorosa independencia nas decisões; cerrava a porta aos clientes antipáticos, quando me faltava disposição para suportá-los; nunca molestara o figado por sofrimentos alheios, porque era ele pequeno para conter as vibrações destruidoras de minhas próprias Irritações, ao sentir-me contrariado nos pontos de vista pessoais, e, sobretudo, aniquilara o aparelho gastrintestinal pelo excesso de comestiveis e bebedices aliados a sifilis a que eu mesmo dera guarida, levianamente. Havia, portanto, muita diversidade entre o caso Dimas e o meu.

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• Aconselhando-me cautela na ministração de energias magnéticas a mente do moribundo, começou a operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam forças fisicas. Há tres regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo(ventre) sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional(tórax), e o centro mental(cérebro).

• Com espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava do umbigo, pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas de esfriamento.

13 Companheiro libertado

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13 Companheiro libertado • Dimas gemeu, em voz alta, semi-

inconsciente.Acorreram amigos, assustados. Sacos de água quente foram-lhe apostos nos pés. Mas, antes que os familiares entrassem em cena, Jerônimo, com passes concentrados sobre o tórax, relaxou os elos que mantinham a coesão celular no centro emotivo, operando sobre determinado ponto do coração, que passou a funcionar como bomba mecânica, desreguladamente.

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13 Companheiro libertado • Nova cota de substância desprendia-se do

corpo, do epigastro a garganta, mas reparei que todos os musculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma, opondo-se a libertação das forças motrizes, em esforço desesperado, ocasionando angustiosa aflição ao paciente.

• O campo fisico oferecia-nos resistencia, insistindo pela retenção do senhor espiritual.

• Com a fuga do pulso, foram chamados os parentes e o médico, que acorreram, pressurosos. No regaço maternal, todavia, e sob nossa influenciação direta, Dimas não conseguiu articular palavras ou concatenar raciocinios.

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13 Companheiro libertado • Alcançáramos o coma, em boas condições. • O Assistente estabeleceu reduzido tempo de

descanso, mas volveu a intervir no cérebro. Era a ultima etapa.

• Concentrando todo o seu potencial de energia na fossa romboidal, Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com minucias, e brilhante chama violeta-dourada desligou-se da região craniana, absorvendo, instantâneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada.

• Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que era dificil fixá-la, com rigor. Em breves instantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de movimento plasticizante.

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13 Companheiro libertado

• A chama mencionada transformou- se em maravilhosa cabeça, em tudo identica a do nosso amigo em desencarnação, constituindo-se, após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, a medida que o novo organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta-dourada, fulgurante no cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer, de todo, como se representasse o conjunto dos principios superiores da personalidade, momentaneamente recolhidos a um unico ponto, espraiando-se, em seguida, através de todos os escaninhos do organismo perispiritico, assegurando, desse modo, a coesão dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.

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13 Companheiro libertado • Dimas-desencarnado elevou-se

alguns palmos acima de Dimas cadáver, apenas ligado ao corpo através de leve cordão prateado, entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do organismo liberto.

• A genitora abandonou o corpo grosseiro, rapidamente, e recolheu a nova forma, envolvendo-a em tunica de tecido muito branco, que trazia consigo.

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13 Companheiro libertado • Para os nossos amigos encarnados,

Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém, a operação era ainda incompleta.

• O Assistente deliberou que o cordão fluidico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do “morto”, ainda imperfeitamente preparado para desenlace mais rápido.

• E, enquanto o médico fornecia explicações técnicas aos parentes em pranto, Jerônimo convidou-nos a retirada, confiando, porém, o recém desencarnado a mãezinha de Dimas no mundo fisico.

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13 Companheiro libertado • — Minha irmã pode conservar o filho a

vontade até amanhã, quando cortaremos o fio derradeiro que o liga aos despojos, antes de conduzi-lo a abrigo conveniente. Por enquanto, repousará ele na contemplação do passado, que se lhe descortina em visão panorâmica no campo interior.

• Além disso, acusa debilidade extrema após o laborioso esforço do momento. Por essa razão, somente poderá partir, em nossa companhia, findo o enterramento dos envoltórios pesados, aos quais se une ainda pelos ultimos residuos.

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13 Companheiro libertado • A anciã agradeceu com emoção e,

dando a entender que lhe respondia as arguições mentais, o Assistente concluiu:

• — Convém montar guarda aqui, vigilante, para que os amigos apaixonados e os Inimigos gratuitos não lhe perturbem o repouso forçado de algumas horas.

• A mãe de Dimas revelou-se muito grata e partimos, a caminho da fundação de Fabiano, de onde nossa expedição socorrista regressaria a Crosta, no dia seguinte.

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