10 patacas proprietários pouco afectados bnu espera ... · estudo alerta para potenciais riscos...

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4963 • Sexta-feira, 18 de Março de 2016 10 PATACAS 16 0 C/21 0 C • HOJE Fonte SMG ÚLTIMA HORA Um estudo desenvolvido por dois investigadores da Autoridade Monetária de Macau alerta que os altos e baixos nos valores do mercado imobiliário podem con- figurar riscos para o sistema financeiro. As autorida- des “devem manter-se vigilantes quanto à evolução do mercado imobiliário que poderá afectar” o sector e a própria “estabilidade financeira”, advertem. O relató- rio avalia o impacto das oscilações para proprietários dos imóveis, referindo que são menos significativas do que para os arrendatários. Pág. 2 BNU espera instalar-se na Ilha da Montanha até Março de 2017 Pág. 6 “Tapau” entre ratos Juiz suspende nomeação de Lula A Justiça Federal de Brasília suspendeu a nomeação de Lula da Silva como ministro da Casa Civil, mas o Governo brasileiro vai recorrer, garantiu o advoga- do-geral da União, José Eduar- do Cardoso, ao jornal Folha de São Paulo. “Teremos uma bata- lha longa para garantir que o Lula possa governar junto com a Presidente Dilma Rousseff”, disse. A decisão de suspensão é provisória e foi tomada por suspeitas de “cometimento do crime de responsabilidade” por parte de Dilma Rousseff. A Globonews divulgou conver- sas de Lula com Dilma grava- das pelos investigadores, em que, alegam ficar provado que ambos combinaram usar a pos- se do ex-presidente para o blin- dar contra a justiça – deitando por terra o argumento de que a nomeação é política e não ju- dicial. (ver mais noticiário na página 18) Proprietários pouco afectados por flutuações no imobiliário Pág. 8 ESTABELECIMENTO OPERAVA EM CONDIÇÕES “TERRÍVEIS” Nos 40 anos da morte de Luís Gonzaga Gomes Centrais e pág. 14 ESPECIAL Prisão preventiva ultrapassou penas de arguidos no caso Lisboa Pág. 9 David Chow com tarefa complicada na corrida a licenças de rádio-táxis Pág. 7 Marcelo “muito feliz” com resposta do Papa a convite para visitar Portugal Última DE FONTE LIMPA Verdes de alegria Págs 4 e 5 FOTO GCS

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Page 1: 10 PATACAS Proprietários pouco afectados BNU espera ... · ESTUDO ALERTA PARA POTENCIAIS RISCOS PARA A ESTABILIDADE FINANCEIRASenhorios pouco atingidos por flutuações de preços

Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4963 • Sexta-feira, 18 de Março de 2016 10 PATACAS

160C/210C• • • HOJE

Fonte SMG

ÚLTIMA HORA

Um estudo desenvolvido por dois investigadores da Autoridade Monetária de Macau alerta que os altos e baixos nos valores do mercado imobiliário podem con-figurar riscos para o sistema financeiro. As autorida-des “devem manter-se vigilantes quanto à evolução do

mercado imobiliário que poderá afectar” o sector e a própria “estabilidade financeira”, advertem. O relató-rio avalia o impacto das oscilações para proprietários dos imóveis, referindo que são menos significativas do que para os arrendatários. Pág. 2

BNU espera instalar-sena Ilha da Montanhaaté Março de 2017

Pág. 6

“Tapau” entre ratos

Juiz suspendenomeação de LulaA Justiça Federal de Brasília suspendeu a nomeação de Lula da Silva como ministro da Casa Civil, mas o Governo brasileiro vai recorrer, garantiu o advoga-do-geral da União, José Eduar-do Cardoso, ao jornal Folha de São Paulo. “Teremos uma bata-lha longa para garantir que o Lula possa governar junto com a Presidente Dilma Rousseff”, disse. A decisão de suspensão é provisória e foi tomada por suspeitas de “cometimento do crime de responsabilidade” por parte de Dilma Rousseff. A Globonews divulgou conver-sas de Lula com Dilma grava-das pelos investigadores, em que, alegam ficar provado que ambos combinaram usar a pos-se do ex-presidente para o blin-dar contra a justiça – deitando por terra o argumento de que a nomeação é política e não ju-dicial. (ver mais noticiário na página 18)

Proprietários pouco afectadospor flutuações no imobiliário

Pág. 8

ESTABELECIMENTO OPERAVA EM CONDIÇÕES “TERRÍVEIS”

Nos 40 anosda morte de

Luís Gonzaga GomesCentrais e pág. 14

ESPECIAL

Prisão preventiva ultrapassou penas dearguidos no caso Lisboa

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David Chow com tarefacomplicada na corridaa licenças de rádio-táxis

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Marcelo “muito feliz”com resposta do Papa a convite para visitar Portugal

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DE FONTE LIMPA

Verdes de alegria Págs 4 e 5

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02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 18 de Março de 2016

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Fátima Almeida, Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Secretário de Direcção: Miguel Quintais • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

NOVA POLÍTICA PRETENDE ATRAIR NOVOS COMPRADORES

Zhuhai cancela restrições à compra de casasFoi suspensa a medida que obrigava à aquisição de casas com uma área inferior a 90 metros quadrados em Zhuhai. A política abrange não residentes que já não terão de apresentar documentos comprovativos do pagamento de impostos quando pretenderem adquirir uma habitação com uma área até 144 metros quadrados

Inês Almeida

ESTUDO ALERTA PARA POTENCIAIS RISCOS PARA A ESTABILIDADE FINANCEIRA

Senhorios pouco atingidos por flutuações de preçosUm estudo desenvolvido por dois investigadores da Autoridade Monetária de Macau alerta para os riscos que os altos e baixos do mercado imobiliário podem acarretar para o sistema financeiro do território. O relatório avalia o impacto das oscilações para proprietários dos imóveis referindo que são menos significativas do que para os arrendatários

Dois responsáveis do departamento de in-vestigação e estatísti-

cas da Autoridade Monetária de Macau desenvolveram um estudo com o objectivo de analisar a relação entre a ri-queza da população e os com-portamentos de consumo. Na conclusão desta investigação, os autores, W. T. Choy e W. M. Cheong, alertam para o potencial impacto das flutua-ções do mercado imobiliário na economia do território.

“As autoridades devem manter-se vigilantes quanto à evolução do mercado imo-biliário que poderá afectar o sector (...) e a estabilidade fi-nanceira”, lê-se no texto.

Acrescentam ainda que os resultados “implicam o efeito das oscilações na riqueza na economia e reflectem a eficá-cia do sector bancário, espe-cialmente no ramo da atribui-ção de créditos e hipoteca”.

Os investigadores apontam como conceito central para este estudo o património imo-biliário (“housing wealth”) e o chamado “housing wealth effect”, traduzido por uma quebra na procura que leva a um decréscimo nos preços. Se esta descida nos valores se prolongar por algum tempo, dependendo da resposta do mercado às quebras, poderá resultar num declínio no valor das casas e do consumo.

É com este conceito em mente que Choy e Cheong

desenvolvem o seu estudo ex-plicando que, por norma, pro-prietários que não mudam de casa quando o valor do imóvel aumenta, optam por reforçar os hábitos de consumo sim-plesmente porque se sentem melhor e, deste modo, conse-guem mobilizar a sua riqueza através do mercado de crédito. “O processo de extracção de ganhos do património imobi-liário para financiar o consumo é conhecido como ‘Morgage Equity Withdrawal’”, ou seja, a redução de capital próprio do valor de uma casa através de um empréstimo tendo em con-ta a avaliação de mercado do

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imóvel, reduzindo o seu valor. Além disso, concluem, os

efeitos da riqueza nos com-portamentos de consumo devem ser mais expressivos quanto maior for o volume de imóveis ocupados pe-los próprios proprietários e menor a proporção de imó-veis arrendados. “Nas casas que não são ocupadas pelos proprietários pode esperar--se rendas mais elevadas no futuro, quando os preços do imobiliário aumentarem, o que iria reduzir o montante disponível para consumo de bens não-relacionados com o imobiliário”, referem.

Nesse sentido, consideram provável que o “efeito de ri-queza” seja forte “nos casos em que a taxa de ocupação por parte dos proprietários é maior e o sector de arrendamento tem pouca expressão”. Ao mesmo tempo, indicam, “o imobiliário é visto como uma boa garan-tia para pedir empréstimos e o sistema financeiro é suficien-temente eficiente para permitir que os proprietários o façam”.

O mesmo estudo indica que os consumidores vêem o aumento do valor das casas como um “aumento de rique-za mais fiável ou permanen-te” do que o equivalente no

O Governo de Zhuhai decidiu na quarta-feira suspender a medi-da para aquisição de habitações

que obrigava à compra de fracções com uma área menor que 90 metros quadra-dos para que esta tipologia represen-tasse “70% do mercado imobiliário”. A suspensão da restrição abrange tanto ci-dadãos de Zhuhai como não residentes.

Assim, quem quiser comprar uma casa com tamanho inferior a 144 metros

quadrados já não é obrigado a mostrar documentos da segurança social ou comprovativos do pagamento de im-posto. De acordo com a imprensa chi-nesa, a cidade vizinha vai permitir que todos os cidadãos possam comprar ca-sas cuja área seja inferior a 144 metros quadrados na zona de Xiangzhou.

“O mercado em Zhuhai está bastan-te saudável neste momento e a percep-ção do mercado é boa”, sublinhou um

construtor proeminente da região fron-teiriça, citado pelo South China Mor-ning Post.

Além disso, Andy Lee, director exe-cutivo para o Sul da China da agência imobiliária Centaline, afirmou que os governantes estão a responder às su-gestões do Governo Central com o ob-jectivo de estimular o sector imobiliário, um motor importante do crescimento económico. É expectável que a nova

política “atraia compradores de Macau, Hong Kong e outras regiões da China, já que os preços são mais baixos”. No entanto, alerta, “os preços poderão au-mentar com a abertura da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”.

De acordo com um plano de constru-ção actualizado, é de esperar que a pon-te esteja operacional no final de 2018, ou cerca de um ano após a data original-mente prevista.

que respeita à moeda. A distinção entre o valor

do património imobiliário e da riqueza financeira é uma constante nesta investigação que conclui que diferem em termos de liquidez. “Bens mais líquidos são mais pro-vavelmente usados para es-tabilizar o consumo. Assim, o consumo deverá dar uma res-posta mais forte às variações no valor dos bens líquidos. Ora, o património imobiliá-rio tende a ser visto como um bem menos líquido”. Isto é, um activo que não pode ser vendido rapidamente e sem implicar uma perda de valor.

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Sexta-feira, 18 de Março de 2016 JTM | PUBLICIDADE 03

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Sexta-feira, 18 de Março de 201604 JTM | LOCAL

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• • • DO BAÚ DE RECORDAÇÕES

Hoje fomos ao nosso Baú de Recordações retirar uma foto captada no final da década de 80 junto à Ponte Governador Nobre de Carvalho, onde a azáfama de embarcações tem uma justificação com contornos históricos: Macau estava na fase inicial da cons-trução de mais aterros na que hoje é a zona do NAPE.

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SO “Azores” de Chan Chak Mo Talvez não seja do conhecimento geral a existência de um restaurante que opera com a designação de “Azores” no “Hua Fa Mall”, em Zhuhai, e que, atendendo ao nome, poderia oferecer pratos típicos portugueses. Para nossa surpresa, ou talvez não, o menu especial de Inverno é internacional, incluindo por exemplo um prato tailandês de camarões e tofu na pedra, lulas com molho sueco na pedra e frango com “molho da casa” também na pedra. “Azores” é um dos empreendimentos da “Future Bright Holdings”, do empresário e deputado Chan Chak Mo.

Uber espalha charme - IJá todos ouvimos do Governo que a Uber é ilegal e portanto deve ser combatida. A empresa norte-americana, no entanto, não “baixa os braços” e lançou uma “operação de charme” em grande escala. “Fonte Limpa” encontrou uma responsável da empresa a dar uma palestra na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau sobre “sharing economy” ou “consumo colaborativo”. Este novo conceito económico baseia-se na troca do verbo comprar por alugar, emprestar, trocar ou compartilhar.

Uber espalha charme - IIDurante a palestra, mais do que falarem dessa ideia, foi apresentado um serviço especializado da Uber para pessoas com problemas de mobilidade. A oradora explicou à sala repleta de alunos a forma como os condutores aprendem a dobrar as cadeiras de rodas e a ajudar no transporte de idosos ou pessoas com mobilidade reduzida. Para além disso, anunciou um desconto de 40% nos preços para duas viagens diárias, caso seja introduzido um código promocional.

Uber espalha charme - IIIPor outro lado, no dia 10 deste mês, utilizadores da Uber tiveram direito, no final das respectivas viagens, a receber pastéis de nata da loja “Hello Kitty Obrigada”, localizada na Praça do Senado. A avaliar pelas fotografias dos passageiros premiados - cerca de 40 - a actividade promocional foi um sucesso, já que só se vêem sorrisos. Antes disso, já tinham sido atribuídos bilhetes duplos para o concerto de Madonna. As autoridades podem não ser conquistadas pela Uber, mas a sociedade parece estar a ficar fã.

Laboratório Lego para formar “cientistas” - IAlinhada com a tendência para a diversificação educativa, numa época em que a criatividade é tida como essencial, a Escola Secundária Pui Ching inaugurou no sábado um laboratório dedicado a peças e “kits” de robótica da Lego. Segundo o estabelecimento de ensino, a iniciativa visa contribuir para a formação de quadros na área da ciência e tecnologia.

Laboratório Lego para formar “cientistas” - IISalientando que se trata do primeiro espaço deste género, a Escola Pui Ching revelou que o laboratório conta com 70 equipamentos da Lego que custaram 800 mil patacas. O espaço começou a ser utilizado por alunos do 5º ano do ensino primário e 1º ano do secundário. Em 2016/2017, poderá ser usado por estudantes do 6º ano do básico.

Laboratório Lego para formar “cientistas” - IIIUm aluno de 11 anos não escondeu a alegria por poder participar na experiência, referindo que este novo método de aprendizagem ajuda-o a desenvolver a criatividade e o espírito de equipa. Além disso, entre 25 a 27 de Março, a instituição de ensino vai organizar uma “oficina de robôs” no seu campus.

Turista “guiado” pela Polícia – IUm turista fez questão de enviar uma carta de agradecimento a um subchefe do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) que o auxiliou durante uma visita a Macau. Na carta, publicada na revista do CPSP, o visitante oriundo da China Continental conta que, a 18 de Julho de 2015, desencontrou-se do seu guia turístico numa altura em que estava acompanhado por mais seis colegas de viagem.

Turista “guiado pela Polícia – II“Estávamos confusos, com medo, e não sabíamos o que deveríamos fazer”, confessou, acrescentando que, entretanto, viram a viatura do “bom samaritano”: o oficial Pun Chi Seng. “Até parece que vimos o salvador”, recordou, começando por destacar o facto do oficial ter sido “atencioso e paciente em ouvir as explicações”.

Turista “guiado” pela Polícia – IIIAlém disso, o agente ajudou os sete turistas perdidos a contactar o guia turístico e a chamar um táxi. Só que, acrescenta, “por coincidência, encontrávamo-nos numa hora de troca de turno dos taxistas, pelo que, esperámos quase uma hora e nada”, até que o oficial decidiu levar os visitantes na viatura policial até ao local desejado. “Conheci a grandiosidade” da polícia local, frisou. “Talvez, aos seus olhos, este caso seja uma ocorrência simples, pequena e sem importância, mas aos olhos daquele que obteve ajuda, sentimos realmente muita gratidão”, referiu.

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Afinal, a Semana Verde trouxe alegria - IA edição de 2016 da “Semana Verde” começou manchada pelo céu cinzento e por protestos de cinco associações, que na cerimónia de abertura alertaram para as ameaças ao meio-ambiente de Coloane. Houve ainda quem criticasse uma árvore falsa “plantada” no meio dos canteiros de flores verdadeiras. Apesar de tudo, o evento tem alegrado quem passa pela Praça de Tap Seac.

Afinal, a Semana Verde trouxe alegria - II“Fonte Limpa” testemunhou grupos de crianças a passear no local, deliciados com todas as flores. Especial atenção mereceu o “recanto dos duendes das flores”, já que incluiu casinhas e cogumelos para as pequenas personagens mitológicas. Igualmente sorridentes, fotógrafos amadores e profissionais, turistas e transeuntes também tiraram alguns minutos para abrandar o passo, caminhar nos pequenos passadiços e tirar fotografias.

Afinal, a Semana Verde trouxe alegria - IIIO programa “Macau Verde, Lar Encantador” do IACM termina na segunda-feira, com a plantação de “mangues ao longo da beira-mar”, na zona de lazer da Marginal da Taipa, e ainda uma actividade de plantação de árvores junto à Estrada do Reservatório. Esperemos apenas que este espírito verde e de amor ao ambiente vá além da Praça de Tap Seac e perdure depois desta semana de actividades.

Quando as mais novas dão o exemplo - IHá quem diga que os pais são os melhores professores dos filhos, mas, desta vez, foram os mais novos que deram uma lição. Uma fotografia divulgada nas redes sociais mostra estudantes do secundário a ajudarem uma idosa a empurrar um carrinho certamente pesado, ou não estivesse repleto de materiais. Um bom exemplo, sobretudo numa altura em que, de forma geral, os jovens locais são acusados de serem materialistas, egocêntricos ou imaturos.

Quando as mais novas dão o exemplo - IINo papel de “bom samaritano” surgem raparigas, facto que gerou uma onda de comentários e elogios, havendo mesmo quem tenha avançado a possibilidade da “sociedade da RAEM tender a ter mulheres fortes e homens fracos”. E aproveitaram para frisar que em muitas cidades do Continente chinês as raparigas participam mais em actividades sociais do que os rapazes da mesma idade e conseguem melhores notas escolares.

À espreita na Biblioteca do Patane - IEm Novembro de 2010, o Instituto Cultural (IC) desvendou a este jornal que sete edifícios históricos, situados entre os números 69 e 81 da Rua da Ribeira do Patane, seriam sujeitos a trabalhos de remodelação para albergarem a futura Biblioteca do Patane. Recentemente, o presidente do IC avançou que a abertura do espaço deverá ocorrer este ano, mas para já o local continua “entaipado”.

À espreita na Biblioteca do Patane - IIAinda assim, “Fonte Limpa” conseguiu dar uma espreitadela ao que parece ser a entrada principal do complexo bibliotecário, e onde se pode ver uma bela clarabóia de vidro a inundar o espaço de luz. Em final do ano passado, o IC já estava a adquirir livros e decorriam os trabalhos de instalação da água e electricidade. Ung Vai Meng referiu anteriormente que seria mais fácil demolir e reconstruir, no entanto, frisou a importância de preservar a autenticidade do conjunto de edifícios.

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Laborinho explica Português na Ásia - I“A língua portuguesa no Mundo - O caso da Ásia” é o tema de uma conferência que será proferida hoje em Lisboa por Ana Paula Laborinho, presidente do Camões, Instituto de Cooperação e da Língua. Promovido pela Comissão Asiática da Sociedade de Geografia de Lisboa, o evento vai levar ao Auditório Adriano Moreira daquela entidade uma oradora com vasta experiência na área em debate. Em 1988, foi requisitada pelo Governo de Macau para exercer funções no Instituto Cultural, tendo, entre outras funções, coordenado os leitorados de Português do Oriente e integrado a comissão instaladora do IPOR, instituição que viria a dirigir entre 1996 e 2002.

Laborinho explica Português na Ásia - IIEntre 1989 e 1992, Laborinho exerceu funções no Departamento de Estudos Portugueses da Universidade de Macau, onde coordenou a variante de Literatura do Mestrado em Estudos Luso-Asiáticos, leccionou cadeiras no âmbito desse programa e do curso de licenciatura, assim como diversos níveis de Língua Portuguesa. Actualmente, para além de liderar do Instituto Camões, integra desde 2007 o Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Lisboa, onde coordena a linha de investigação Orientalismo Português.

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Sexta-feira, 18 de Março de 201606 JTM | LOCAL

Agravam-se prejuízos de empresa que temprojecto para ColoaneO grupo “Capital Estate”, que pretende desenvolver um projec-to imobiliário no Alto de Coloane, anunciou que, com base em da-dos preliminares não auditados, deverá registar um “aumento sig-nificativo” nos prejuízos contabi-lizados no semestre encerrado a 31 de Janeiro de 2016, face a igual período do último ano financei-ro. Em comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong, a empresa presidida por Sio Tak Hong, que também é membro do Comité Permanente da Conferência Con-sultiva Política do Povo Chinês em Guangdong, não quantifica as perdas totais, adiantando apenas que derivam sobretudo da dimi-nuição do “valor justo de investi-mentos detidos para negociação” em cerca de 15 milhões de dólares de Hong Kong, contrastando com uma subida de 8 milhões um ano antes. No ano fiscal terminado a 31 de Julho de 2015, a empresa sofreu prejuízos de 52,6 milhões de dólares de Hong Kong, após ter perdido 55,5 milhões no ante-rior exercício. Em Macau, a “Ca-pital Estate” possui participações de 75% no Hotel Fortuna e 5% na Sociedade de Investimento Imo-biliário Pun Keng Van - detentora de um lote na Avenida Comercial – e é concessionária de um terre-no com 9.553 metros quadrados no Alto de Coloane onde se en-contra uma casamata portuguesa e que tem gerado celeuma devido ao empreendimento de luxo de 100 metros de altura que ali quer erguer. O Governo tem dito que a área em questão não está dentro da zona protegida de Coloane e que ainda não foi emitida uma li-cença de obra. Os resultados do relatório de avaliação ao impac-to ambiental, feito pela empresa, não foram divulgados.

O Banco Nacional Ultramarino (BNU) terá uma nova sucursal na Ilha da Montanha no final

deste ano, ou, o mais tardar, no primei-ro trimestre de 2017. A garantia foi dada ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU pelo presidente da Comissão Executiva da instituição bancária.

A atrasar o processo de inauguração está a autorização por parte das entida-des governamentais chinesas. “O BNU candidatou-se a uma licença para aber-tura da sucursal. Ainda estamos à espera de uma decisão final” das autoridades da República Popular da China, explicou Pedro Cardoso, via e-mail. Após a apro-vação do pedido, o BNU irá seleccionar funcionários que deverão receber forma-ção antes do estabelecimento da sucur-sal.

Apesar de começar a funcionar ape-nas no final deste ano ou no início de 2017, a nova agência do BNU já tem “um gerente, um plano de negócios, sistemas informáticos desenvolvidos e determina-das regras e procedimentos que devem ser seguidos”, garantiu o mesmo respon-sável.

Como motivo para a abertura de uma sucursal na Ilha da Montanha, Pedro Cardoso voltou a referir a necessidade do BNU apoiar os negócios desenvol-vidos pelos clientes da instituição na Província de Guangdong. “Além disso, serve para apoiar o desenvolvimento de projectos entre a China Continental e os países lusófonos, onde o Grupo Caixa Geral de Depósitos tem uma expressão particularmente forte”, sublinhou.

O plano para a abertura da nova su-

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BANCO AGUARDA APROVAÇÃO DAS AUTORIDADES CHINESAS

BNU em Hengqin até Março de 2017A nova sucursal do BNU na Ilha da Montanha deve começar a funcionar no final deste ano ou, no máximo, no primeiro trimestre de 2017, disse ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU o presidente da Comissão Executiva do banco, Pedro Cardoso. Na origem da demora está a necessidade de aprovação por parte das autoridades chinesas

cursal tinha sido anunciado em Abril do ano passado por Pedro Cardoso que, na altura, garantiu que já estava a decorrer o processo de autorização por parte do Governo de Macau e que em breve seria

iniciado o processo junto das autorida-des chinesas. Em Agosto, o BNU admitiu a possibilidade de inaugurar a depen-dência na Ilha da Montanha em Outubro de 2016.

Pedro Cardoso realça vontade de apoiar negócios desenvolvidosentre a China e os países lusófonos

Inês Almeida

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2ª Vez “JTM” - 18 de Março de 2016

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

2ª Vez “JTM” - 18 de Março de 2016

Interdição N.º CV1-16-0011-CPE 1.° Juízo Cível

Requerente: O Ministério Público. Requerido: Tam Chan, solteira, maior, nascido a 29/02/1964, em Macau, filha de Tam Koon Sang, ora já falecido e de Ho Oi Chan,ora internada no Centro de Santa Margarida da Caritas de Macau, sito no Caminho das Hortas, Rua de Tin Chon, na Taipa, Macau.

A MERITÍSSIMA JUIZ DO 1.º JUÍZO CÍVEL DO TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE DA R.A.E.M.:

FAZ-SE SABER QUE, foi distribuída neste Tribunal, em 24 de Fevereiro de 2016, uma Acção Especial de Interdição, com o número acima indicado, que o Ministério Público move contra Tam Chan, a fim de ser decretada a sua interdição por sofrer duma deficiência mental/intelectual grave.

Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., 2 de Março de 2016.

A Juiz,Cheong Weng Tong

A Escrivã Judicial Principal,Ana Capelo

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

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Sexta-feira, 18 de Março de 2016 JTM | LOCAL 07

A Lai Ou, empresa de David Chow, voltou a ter concorrência na disputa pelas licenças especiais de táxis, depois da Companhia de Serviços de Rádio Táxi ter passado de excluída a admitida no concurso público. Ontem, o empresário ficou a saber que as tarifas propostas pela rival são mais baixas

Depois da polémica ge-rada em Janeiro em torno da apresentação

de propostas para a explora-ção de táxis especiais, quando apenas foi aceite uma das três propostas, o concurso público conheceu ontem um novo ca-pítulo. Tudo porque a “Com-panhia de Serviços de Rádio Táxi Macau S.A.” foi admitida a concurso, no seguimento da reavaliação da comissão da abertura de propostas.

De acordo com a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), a comissão de avaliação do concurso ex-cluiu inicialmente a companhia porque “incluía um documen-to no sobrescrito errado”. No entanto, a empresa recorreu da decisão e “foi-lhe dada razão, considerando-se que o docu-mento inserido no sobrescrito errado não era causa suficiente para a exclusão da concorrente, tendo em conta os princípios que devem presidir a um con-curso público”.

Assim, a Comissão deu on-tem continuidade ao acto pú-blico de abertura da proposta da “Companhia de Serviços

de Rádio Táxi Macau S.A.”, que prevê a cobrança de cinco patacas pela taxa de chamada. Além disso, a proposta não prevê taxas de reserva nem de ausência ou desistência.

Já a “Lai Ou serviços de táxi, S.A.”, liderada pelo empresário David Chow, que passou assim a ter concorrência na corrida às 100 licenças especiais de oito anos, pretende cobrar 15 pata-cas pela chamada do táxi, 15 por reserva e cinco patacas de desistência.

O representante da “Lai Ou”, presente na sessão de ontem, reclamou da decisão da comissão, referindo que a concorrente não inseriu a pro-posta de preços no local certo, indicando ainda que “o forma-to dos documentos de preço da adjudicação também não satis-faz os requisitos do caderno de encargos”. Porém, a reclama-ção foi indeferida pela Comis-são de Abertura das Propostas depois de uma reunião de meia hora à porta fechada.

Perante esta situação, o re-presentante da empresa de David Chow afirmou que vai recorrer ao Chefe do Execu-tivo, já que, segundo vincou, a Companhia de Serviços de Rádio Táxi não pôs o orçamen-

to na proposta, apenas uma tabela de tarifa e trocou docu-mentos. Na opinião do mesmo representante, a decisão da co-missão vai contra os princípios do concurso.

A “Lai Ou” tem agora 10 dias para interpor recurso.

Cheong Chi Man, director executivo da “Companhia de Serviços de Rádio-Táxi Ma-cau”, confessou à “Ou Mun Tin Toi” estar satisfeito com a decisão da comissão e assegu-rou que vai investir entre 70 a 80 milhões de patacas, caso ve-

nha a conquistar as licenças. Indicando que espera ex-

plorar a empresa com baixos rendimentos, acrescentou que tem em vista alterar os hábi-tos das pessoas relativamente aos táxis, oferecendo serviços a cidadãos portadores de defi-ciências.

Confiante de que vai ganhar o concurso, disse que vão ser compradas carrinhas para sete pessoas e os cinco táxis acessí-veis a pessoas com dificulda-des motoras, incluindo ainda uma nova tecnologia para en-

curtar o tempo de espera. Para Cheong Chi Man, uma das difi-culdades previstas diz respeito à contratação de recursos hu-manos.

Em Janeiro, após a sessão de abertura de propostas, David Chow afirmou que o concurso estava quase ganho e manifes-tou a intenção de oferecer um serviço melhor do que o da Uber e ainda mais conveniente. Segundo adiantou, o plano de investimento inicial ascenderá a cerca de 70 milhões de pata-cas.

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DSAT realizou ontem a sessão de abertura das propostas para licença especial de táxis

EMPRESA RIVAL APRESENTOU TARIFAS MAIS BAIXAS E NÃO COBRA RESERVAS OU AUSÊNCIAS

Chow perde terreno na corrida aos rádio-táxis

Liane Ferreira e Viviana Chan

A Sands China vai realizar entre segunda e terça--feira uma feira de recrutamento com vista à contratação de, pelo menos, 150 novos traba-

lhadores para o “Parisian”, novo projecto que está a construir no COTAI.

Da totalidade de vagas abertas a residentes, com mais de 21 anos, 95% correspondem a áreas não rela-cionadas com o sector do jogo. Segundo a Sands China, vão estar representados na feira cerca de 40 departa-mentos desde as finanças à gestão, limpeza e restaura-ção. “A Sands China está empenhada em desenvolver talentos locais e facilitar a diversificação da indústria turística em Macau, oferecendo aos seus membros uma diversidade de oportunidades de desenvolvimento nas carreiras na nova propriedade”, indica um comunica-do da empresa.

De acordo com informações já divulgadas, espera-

Abertura do “Parisian” está previstapara a segunda metade deste ano

OPERADORA PROMOVE FEIRA DE RECRUTAMENTO

Sands abre 150 vagas para o ParisianA operadora de jogo Sands China está à procura de pelo menos 150 novos trabalhadores para o seu novo projecto no COTAI, o “Parisian”. O recrutamento terá lugar entre segunda e terça-feira, numa feira laboral que visa preencher as vagas de posições até ao nível de gestor

IPIM promove planode apoio ao sector MICEO Instituto de Promoção do Comércio e do Inves-timento de Macau (IPIM) organizou um sessão de esclarecimento sobre o “Programa de Apoio para a Formação de Profissionais na Área de Convenções e Exposições” com vista a permitir que os operado-res do sector MICE e instituições de ensino locais possam aproveitar da melhor forma o apoio pro-porcionado no âmbito daquele programa, tanto na organização de cursos e exames como no financia-mento da frequência deste género de formações. O objectivo passa por “reservar talentos para o sector das convenções e exposições e, ao mesmo tempo, elevar o nível profissional” do ramo. A sessão de esclarecimento aconteceu no IPIM e contou com a participação de mais de 60 profissionais, incluindo representantes de instituições de ensino superior privado, organizações de educação contínua e re-presentantes das associações do sector. Em comu-nicado, o IPIM recorda que os pedidos de apoio financeiro para actividades de formação a realizar--se no próximo ano decorrem entre 1 de Abril e 31 de Maio. Antes de 30 de Setembro os requerentes serão informados do resultado. O mesmo orga-nismo explicou que o plano de apoio em causa dirige-se a duas categorias de projectos, incluindo a organização de cursos e às entidades patronais que patrocine a participação de funcionários em cursos de formação e exames de certificação na área das convenções e exposições.

-se que o “Parisian”, que vai contar com mais de três mil quartos, inaugure na segunda metade deste ano.

Antonio Ramirez, vice-presidente da área de recur-sos humanos da Sands China, sublinhou a abertura de candidaturas para “os residentes de Macau”, referindo que a empresa “continua empenhada” em apostar nos quadros locais. “Esperamos que a abertura do Parisian ofereça novas oportunidades para os residentes ao di-versificar as suas carreiras para os sectores não-jogo”.

A empresa lançou também o programa “My Way” que permite aos actuais trabalhadores exercerem tem-porariamente funções em departamentos não relacio-nados com o jogo.

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Sexta-feira, 18 de Março de 201608 JTM | LOCALFO

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O Centro de Segurança Alimentar do Insti-tuto para os Assuntos Cívicos e Munici-pais (IACM) encerrou ontem um estabe-

lecimento ilegal que vendia comidas para fora, devido à falta de condições de higiene.

Localizado nas proximidades da Avenida do Vale das Borboleta, em Coloane, o estabelecimen-to foi inspeccionado pelo IACM, Direcção dos Serviços de Economia e o Corpo de Polícia de Segurança Pública, acabando quatro empregados por serem conduzidos à esquadra da polícia.

Segundo a investigação preliminar, o esta-belecimento de alimentos montado com várias placas de ferros, situa-se num local escondido e preparava principalmente “tapaus” para os ope-rários dos estaleiros de obras, perto do COTAI.

No espaço inspeccionado, que funcionava sem licença, as autoridades encontraram fezes de rato, tendo sido as condições descritas como “terríveis”. Assim, o IACM colocou um termo ao funcionamento do estabelecimento e queimou centenas de refeições e ingredientes.

No local, foram ainda encontradas mais de dez botijas de gás que vão ser tratadas pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

O IACM afirmou que vai continuar a acom-panhar o caso e advertiu os estabelecimentos que trabalham com alimentos para respeitarem as normas legais. Para além disso, apelou aos responsáveis dos estaleiros para escolherem for-necedores de comida com garantias de higiene.

R.C.

IACM ENCONTROU EXCREMENTOS DE RATO

Restaurante ilegal operavaem condições “terríveis”Foi encontrado e encerrado em Coloane um estabelecimento de comida que vendia “tapaus”, porque além de ser ilegal não respeitava os padrões de higiene e sanidade. No local, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais encontrou excrementos de rato e condições “terríveis”

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[ N.º 201603-2 ]

Torna-se público que, nos termos do artigo 29.º do Regulamento Administrativo n.º 5/2014 (Regulamentação da Lei do planeamento urbanístico), a DSSOPT vai proceder-se à recolha de opiniões dos interessados e da população respeitantes aos projectos de Planta de Condições Urbanísticas (PCU) elaborados para as zonas não abrangidas por plano de pormenor mas inseridas nos lotes abaixo indicados:

— Processo N.º: 97A009, Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado nos 228-308 e Travessa da Doca dos Holandeses nos 90-144 – Macau;

— Processo N.º: 2004A041, Terreno junto à Avenida de Guimarães – Taipa (Baixa da Taipa– Lote BT34);— Processo N.º: 2005A094, Terreno junto à Avenida do Aeroporto – Cotai;— Processo N.º: 2005A095, Rua de Manuel de Arriaga nº 11 – Macau; — Processo N.º: 2013A053, Rua de S. Roque nº 49 – Macau;— Processo N.º: 2015A062, Beco da Prata nº 11 e Beco da Malva nº 4 – Macau;— Processo N.º: 2015A066, Rua Correia da Silva nº 14 – Taipa;— Processo N.º: 2015A068, Rua de S. Lourenço nº 6B e Travessa de Inácio Baptista nº 5 – Macau..

Para efeitos de referência, os projectos de PCU para as zonas dos lotes supracitados que não estão abrangidas por plano de pormenor já estão disponíveis para consulta no Departamento de Planeamento Urbanístico, situado na Estrada de D. Maria II n.º 33, 19º andar, Macau, e encontram-se afixados na Rede de Informação de Planeamento Urbanístico desta Direcção de Serviços (http://urbanplanning.dssopt.gov.mo).

O período de recolha de opiniões tem a duração de 15 dias e decorre entre 22 de Março de 2016 e 5 de Abril de 2016.

Caso os interessados e a população queiram apresentar as opiniões sobre os referidos projectos de PCU de zona do território não abrangida por plano de pormenor, deverão preencher o formulário O011, o qual pode ser descarregado nos websites http://urbanplanning.dssopt.gov.mo ou www.dssopt.gov.mo, ou levantado nesta Direcção de Serviços (Estrada de D. Maria II n.º 33, Macau), podendo submetê-lo no período de recolha de opiniões através dos seguintes meios:

— Comparecendo pessoalmente: Estrada de D. Maria II n.º 33, Macau, durante o horário de expediente nos dias úteis— Correio: Estrada de D. Maria II n.º 33, Macau

(o prazo limite de entrega é contado a partir da data de envio indicada no carimbo do correio)— Fax: 2834 0019— Email: [email protected]

Serão consideradas as opiniões respeitantes aos projectos de PCU de zona do território não abrangida por plano de pormenor elaborados para os lotes, quando forem apresentadas de acordo com as exigências acima indicadas. Para mais informações podem pesquisar o website http://urbanplanning.dssopt.gov.mo e para qualquer informação adicional queiram contactar o Centro de Contacto desta Direcção de Serviços (8590 3800).

Macau, aos 11 de Março de 2016

O Director da DSSOPT, Li Canfeng

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

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Um antigo embaixador dominicano na ONU admitiu ter participado no esquema de subornos e lavagem de dinheiro que envolve Ng Lap Seg e o ex-presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas, John Ashe. Francis Lorenzo alegou que verbas que recebeu, incluindo do empresário de Macau, foram para contas bancárias “offshore”. A defesa de Ng assegura que o seu cliente não será afectado por este novo desenvolvimento

Confissão de Lorenzo “não afecta” Ng

Francis Lorenzo, ex-embaixador da República Dominicana nas Nações Unidas, confessou num Tribunal

de Manhattan ter participado no esque-ma de subornos e lavagem de dinheiro, com vista à construção de um Centro de Conferências das Nações Unidas, envol-vendo o empresário de Macau Ng Lap Seng e o antigo presidente da Assem-bleia-Geral da ONU, John Ashe.

De acordo com as agências inter-

nacionais, Francis Lorenzo admitiu ter servido de intermediário para canalizar subornos que serviriam os interesses de Ng Lap Seng ao referir que recebeu, do empresário de Macau, montantes que terão sido canalizados para contas bancárias offshore. No entanto, a defesa de Ng garante que a confissão “não vai afectar, de nenhuma forma” o magnata de Macau, apesar deste ser implicado directamente no testemunho do antigo

diplomata. Numa declaração lida no exterior

do tribunal, Benjamin Brafman e Hugh Hu Mo, advogados de Ng disseram que o magnata de Macau “mantém firme-mente que é inocente das acusações”.

Já Brian Bieber, advogado de Loren-zo, disse que o seu constituinte “deci-diu declarar-se culpado e aceitar toda a responsabilidade pela sua conduta”. “Ele está ansioso para resolver todas as

questões e encerrar este capítulo da sua vida, mais tarde ou mais cedo”.

Lorenzo alegou ainda ter facilitado, em Junho de 2014, o pagamento de 200 mil dólares americanos para uma conta bancária para “influenciar John Ashe a beneficiar Ng Lap Seng e outros”. Nes-te processo, estão acusados seis argui-dos sendo que John Ashe, Ng Lap Seng e Jeff Yin, assistente do empresário de Macau, declararam-se inocentes.

Sexta-feira, 18 de Março de 2016 JTM | LOCAL 09

ALAN HO SAIU EM LIBERDADE APÓS CONDENAÇÃO A 13 MESES DE PRISÃO

Cinco já cumpriram penas no caso Lisboa

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Os seis arguidos no caso de alegada explora-ção de prostituição no

Hotel Lisboa foram absolvi-dos dos crimes de associação criminosa, mas condenados por exploração de prostituição a penas de prisão entre cin-co meses e dois anos e cinco meses. O Tribunal Judicial de Base (TJB) sentenciou o antigo director executivo do hotel, Alan Ho, a 13 meses de prisão por um crime de exploração de prostituição dado o “grau médio de ilicitude” da sua conduta.

Porém, o sobrinho de Stan-ley Ho saiu ontem em liber-dade pelo facto do período da prisão preventiva - a contar desde Janeiro de 2015 - já ter ultrapassado a pena que lhe foi aplicada. Numa reacção à sentença, o seu advogado, Jor-ge Neto Valente, considerou que a decisão representa “o fim de um episódio triste”.

“Para mim o senhor [Alan Ho] foi condenado há um ano pela polícia e pela imprensa que temos (...) A condenação não é hoje, é pela informação da polícia, que passava para a imprensa, e que fez eco daqui-lo”, comentou o causídico ao JORNAL TRIBUNA DE MA-CAU.

Relativamente à prática dos crimes de associação cri-minosa, o Colectivo de Juízes entendeu que “os factos des-

critos na acusação são conclu-sivos - conluio, criar, chefiar, dirigir, associação -, sem que se concretize com outros fac-tos que nos permita concluir, que efectivamente há a von-tade de criar uma associação, um grupo, que tem uma es-trutura organizativa própria - e não a do hotel -, que há um processo de formação da vontade colectiva e que há um sentimento comum que liga os agentes”, segundo indica uma nota do Gabinete do Presiden-te do Tribunal de Última Ins-tância (TUI).

O Colectivo justificou ain-da a sentença pelo facto de já existir “pelo menos desde a década de 90”, prostituição no Hotel Lisboa. “Já ali existiria antes do 1º arguido [Alan Ho] ali ter começado a trabalhar (...) e ainda muita mais antiga do que o início de funções de outros arguidos”.

No entanto, o 4º juízo cri-minal do TJB ressalvou que “essa antiguidade não seria impeditiva de que os arguidos se associassem para explo-rar prostituição que já antes existia”. Assim, “nunca pode-ria vingar a versão dos factos subjacente à acusação, no que concerne a que a partir de 2013 os arguidos teriam fundado e criado uma associação com vista à exploração da prosti-tuição”. Factos apresentados que substanciaram a absolvi-ção dos restantes arguidos no que concerne ao crime de as-sociação criminosa.

O antigo director executivo do Hotel Lisboa, Alan Ho, foi ontem condenado a 13 meses de prisão pela autoria material de um crime de exploração de prostituição, mas saiu em liberdade por já ter cumprido esse período durante a preventiva. Os seis arguidos foram absolvidos dos crimes de associação criminosa, incluindo Kelly Wang que, no entanto, irá voltar à prisão quando a sentença transitar em julgado, após ter sido condenada dois anos e cinco meses pela prática em autoria material e na forma consumada, de um crime de exploração de prostituição

Kelly Wang cumpre a pena mais pesada

Por outro lado, o TJB decidiu aplicar a Kelly Wang, subgeren-te do hotel, a pena mais eleva-da - dois anos e cinco meses de prisão - “pela prática em autoria material e na forma consumada, de um crime de exploração de prostituição”, Peter Lun e Bruce Make a cinco meses de prisão, Qiao Yan Yan e Pun Chan Un a sete meses “pela prática em cumplicidade e na forma consu-mada de, um crime de explora-ção de prostituição”.

No entender do Colectivo, Kelly Wang “valeu-se da sua posição de poder ou não autori-zar as mulheres que se queriam prostituir no hotel a ter quarto, exigiu de algumas dinheiro, por si ou interposta pessoa, bem sabendo que não tinha direito a receber quantia alguma, para além de, exercer uma espécie de direito disciplinar quanto às condutas e comportamentos das prostitutas, actuação esta confi-gura a situação de exploração de prostituição”.

Apesar do Coletivo de Juízes

Todos os arguidos foram ilibados dos crimes de associação criminosa

Catarina Almeida*

do TJB ter decretado pena “efec-tiva”, a arguida não pode conti-nuar em prisão preventiva - ao contrário do que pretendia o MP - e vai aguardar que a sentença transite em julgado em liberda-de. Contudo, mal tal aconteça, vai regressar à prisão.

Francisco Leitão, advogado de Kelly Wang, considerou, em declarações ao JORNAL TRIBU-NA DE MACAU que a sentença vai ao encontro da formulação da acusação pelo Ministério Pú-blico (MP) que, defendeu, ter sido “completamente insubsis-tente”. Para já, fica por decidir se vai recorrer da decisão para uma instância judicial superior. “Seja como for, sendo este o resultado e sendo a minha cliente a argui-da que recebeu a pena mais ele-vada, a verdade é que não po-demos deixar de olhar para os crimes dos quais foi absolvida”, considerou.

A defesa de Kelly Wang real-ça a absolvição dos 89 crimes de exploração de prostituição e o crime de associação criminosa, e elogia a “coragem” do Tribu-nal. “Temos que registar que o

Tribunal foi corajoso em dei-tar abaixo aquilo que era uma construção a nosso ver bastante absurda por parte do Ministério Público”, frisou.

Quanto ao número de crimes, o TJB concluiu que “não impor-ta o número de prostitutas que se hajam angariado clientes na “zona”, sendo a actuação dos arguidos uniforme ao longo do tempo e sempre mediante a mes-ma situação exterior que promo-veram esse modo de actuar”.

O Presidente do Tribunal Co-lectivo, Juiz Rui Ribeiro, orde-nou ontem, depois da leitura da sentença, a libertação de todos os arguidos, devido à duração da prisão preventiva já ter ultra-passado as penas aplicadas.

A sala de tribunal encheu--se para a leitura da sentença, que se prolongou durante três horas, e ouviram-se aplausos e choros de alegria quando foi anunciada a decisão relativa-mente ao primeiro e mais me-diático arguido – Alan Ho –, obrigando o juiz Rui Ribeiro a ordenar silêncio.

* com Lusa

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Seguindo uma tradição anual, a Associação dos Antigos Alunos de Seminário de S. José organiza

hoje um convívio com os mais de 100 associados através de um jantar em co-memoração do dia do seu patrono, que se assinala a 19 de Março. Este ano, o evento foi antecipado para hoje no Res-taurante Chinês do Hotel Metrópole. A partir das 19:30, os antigos alunos reúnem-se para recordar os momentos daquela época.

Em declarações ao JORNAL TRIBU-NA DE MACAU, José Cabral, presiden-te da direcção, salientou que “o conví-vio anual é feito há mais de 10 anos e é

um pretexto para estarmos juntos”.A associação foi criada antes de 1999,

no entanto, sem nunca esquecer os con-vívios anuais, passou por um período mais sinuoso até que um grupo de an-tigos alunos decidiu reactivá-la, há mais de dois anos. “Tivemos um passeio, em que visitámos a Catedral em Cantão. No ano passado, fomos à ilha de Shang--Chuan visitar o túmulo de São Francis-co de Xavier. Depois fomos a Taishan”, recorda José Cabral, que ainda não tem planos concretos para este ano, para além da realização de uma excursão.

Além do tradicional jantar, realiza--se também hoje uma missa com cân-ticos em gregoriano, na Igreja do Se-minário de São José, com a presença do Cardeal de Hong Kong, John Tong

Hon, do Bispo de Macau, Stephen Lei, e do seu antecessor, José Lai. Segundo José Cabral, a missa contará com a pre-sença do Coro de St.Thomas e da Uni-versidade de São José.

No âmbito do jantar, Jerónimo Hong, Eduardo Tavares e José Reis tomam posse como presidente, vice--presidente e secretário da administra-ção da associação. José Cabral, Rufino Ramos, Alberto Botelho dos Santos e Alfredo Baluma são os presidente, vice--presidente, secretário e tesoureiro da direcção. O grupo de vogais é ocupado por Bernardo Jorge, Rogério Monteiro, António Leong e José Carion Júnior. O Conselho Fiscal integra António Au-gusto Carion, João Magalhães, Telmo Martins e João Ambrósio.

Sexta-feira, 18 de Março de 201610 JTM | LOCAL

Albergue SCM organiza “caça” aos ovos solidáriaPara o domingo de Páscoa (27 de Março), o Albergue SCM está a organizar um evento soli-dário em parceria com uma em-presa de organização de even-tos, a delegação local da “Rena Creative”. Segundo o Albergue SCM, o objectivo principal da iniciativa é recolher donativos para a “Orbis”. Participantes na “caça aos ovos” terão de encon-trá-los em 20 lojas espalhadas pela zona de São Lázaro. Além disso, terá também lugar uma “corrida de cenouras” para alertar os mais novos sobre a importância de uma alimen-tação saudável. Entre as 14:00 e as 18:00, o espaço do Alber-gue promete ser palco de um domingo bastante animado, sendo que cada participante terá de pagar 50 patacas. Ain-da para os mais novos, o pátio do Albergue terá, em simultâ-neo, actividades de pintura de ovos e outras relacionadas com a Páscoa, incluindo um con-curso para premiar a melhor fantasia, sendo que todos os participantes vão receber um certificado de participação. A “Orbis” é uma organização in-ternacional sem fins lucrativos, não-governamental, dedicada a cumprir a missão de salvar a visão em todo o mundo através de programas de prevenção da cegueira e de tratamentos.

ANTIGOS ALUNOS DE S. JOSÉ REENCONTRAM-SE HOJE

Reviver amizades do SeminárioA Associação dos Antigos Alunos de Seminário de S. José realiza hoje o habitual jantar comemorativo do dia do seu patrono. O evento assinalará também a tomada de posse dos novos corpos sociais

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Catarina Almeida

Associação conta actualmente com mais de 100 associados

Companhia de Telecomunicações de Macau, S.A.R.L (“CTM”) invites applications for the post of:

Legal Advisor

Job Summary

The post of Legal Advisor is a key position within CTM, with direct responsibility for ensuring support to the business in all legal and regulatory matters. The Legal Advisor is a member of the Legal & Regulatory department and reports to the Vice President, Legal & Regulatory/General Counsel.

The Legal Advisor is expected to support the development of CTM’s different lines of business, advising on all legal and regulatory related matters, including implementing corporate governance and compliance, negotiating, drafting, or reviewing commercial contracts, preparing applications to the Government and regulatory authority, and providing company secretarial support.

Requirements- Law degree, with good understanding of the legal system of the MSAR, including

the legal and regulatory framework of telecommunications and ICT sector.- Excellent written and oral communication skills in English are required. Proficiency

in Chinese is a plus.- Computer literacy.- Ability to think legally, analytically, strategically and effectively.- Capacity to appropriately plan and prioritize and to manage multiple, sometimes

competing demands efficiently in a challenging, fast-paced environment.- Strong interpersonal skills and ability to work collaboratively in a small team

environment.

Detailed Legal Advisor job description may be found at www.ctm.net → career@ctm

Applications with personal details can be sent by email to [email protected] or mail to Macau PO Box 868, CTM, Human Resources & Administration Department.

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Sexta-feira, 18 de Março de 2016 JTM | LOCAL 11

Wu Kit, directora da Escola Oficial de Zheng Guanying, negou que o estabelecimento tenha sido “caprichoso” no seu programa de ensino, frisando que tem seguido as exigências do Governo. Para além disso, salienta que a escola tem como objectivo ensinar várias línguas aos estudantes

A direcção da Esco-la Oficial de Zheng Guanying rejeita as

várias críticas tecidas nas redes sociais e por alguns pais. Estes acusam a direcção da escola de usar estratégias “caprichosas”, exigindo que diferentes disci-plinas sejam leccionadas em línguas distintas, facto que di-zem afectar o rendimento dos alunos e, consequentemente, a conclusão dos estudos.

Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, Wu Kit, directora da instituição, negou que a estratégia educa-tiva seja “caprichosa”, salien-tando que o programa “segue o enquadramento do ensino não superior que é feito pelo Governo”. Por outro lado, fri-sou que o objectivo do ensino de línguas foi definido logo na criação da escola, em 2011.

Wu Kit explicou que os conteúdos de ensino, além de respeitarem as exigências da Direcção dos Serviços de Edu-cação e Juventude (DSEJ), in-cluem treino em línguas: man-darim, cantonês, português e inglês. Aliás, sublinhou que este objectivo também está in-cluído na estratégia educativa do Governo.

Segundo a “Macau Concea-lers”, os pais dos estudantes queixaram-se não existir uma ligação entre as aulas do ensino primário e secundário, deixan-do os jovens perante muitas di-ficuldades nos estudos.

A directora da antiga es-cola luso-chinesa de Tamag-nini Barbosa clarificou ainda que, como a instituição esteve vocacionada para a vertente luso-chinesa, a maioria das disciplinas são leccionadas em Chinês. Por seu lado, educação física e música são dadas em português, facto que beneficia

os alunos chineses, que podem assim elevar o nível de com-preensão da língua de Camões.

No ano lectivo 2015/2016, foi a primeira vez que arran-cou o 7º ano, pelo que no final de primeiro semestre, a escola recolheu as opiniões dos pais. O resultado do inquérito mos-trou que 60% dos encarrega-dos de educação não tinham opinião sobre a língua e o en-sino. Além disso, 20% destes mostraram apoio ao ensino da disciplina de ciência em inglês.

Wu Kit disse que a ideia da escola é acompanhar melhor os estudos, daí que sejam dis-ponibilizadas explicações de línguas aos alunos. Segundo a directora, cerca de 10% dos estudantes não têm o chinês como língua materna, pelo que este método também os ajuda a habituarem-se o mais rápido possível ao multilinguismo.

Por outro lado, referiu que os pais chineses querem que os filhos aprendam português, para que sejam advogados ou trabalhem na Função Públi-ca. Já as famílias estrangeiras preferem que os filhos falem chinês.

Confrontada com a polémi-ca da mudança dos directores, Wu Kit disse que desde a trans-formação da Escola Luso-Chi-

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Directora esclareceu estratégias da Escola Oficial de Zheng Guanying

ENSINO MULTILINGUE CRIA DISCÓRDIA

Escola Zheng Guanying nega acusações de pais

Viviana Chan

nesa de Tamagnini Barbosa para a Escola Zheng Guanying em 2011, apenas houve uma al-teração nesse âmbito.

A vice-presidente da asso-ciação de pais da escola, Hel-len, disse, no mesmo encontro com a directora, que as críticas também abordam os unifor-mes, porque havia quem se

queixasse que os pais não fo-ram consultados. No entanto, a responsável arguiu que a escola distribuiu um inquérito aos pais.

Já a presidente da associa-ção, Chong, considera que os pais que se queixaram não co-nhecem bem o funcionamento da instituição.

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12 JTM | ESPECIAL Sexta-feira, 18 de Março de 2016

António Aresta*

O macaense universal

Luís Gonzaga Gomes (1907-1976) pensou a história da cultura em Macau dentro do flume luso-

-chinês e sino-português, e caso raro, abriu estes dois mundos um ao outro. Encaixou a flexível harmonia confucia-na no nosso desordenado fluir heracli-tiano: constrói a narrativa da história para sedimentar a memória, ao mesmo tempo que se embrenha na lexicogra-fia e nas traduções, coloca ao dispor da comunidade, através da radiofonia, uma sensível educação estética para a música ou se entrega à escrita tumul-tuosa do jornalismo quotidiano. Na Escola, ensinava, escutava e escrevia no caderno diário das dúvidas o deli-cado problema das identidades. Traba-lho quase monástico, com uma severa disciplina de pensamento e de inves-tigação.

Para os mais novos que apenas co-nhecem o nome de Luís Gonzaga Go-mes numa placa toponímica de uma artéria da cidade, ou como patrono de uma Escola, se calhar nem isso, e também para os mais desatentos, é muito importante dizer-lhes onde e como é que ele gastou amorosamente a sua vida. Aponto estes seis caminhos, deixando outros por falta de espaço. O primeiro, tem a ver com a versão portuguesa dos clássicos chineses [O

Clássico Trimétrico, 1944; O Clássi-co da Piedade Filial, 1944; As Quatro Obras, 1945; O Livro da Via e da Virtu-de de Láucio, 1952]; o segundo, com o estudo da cultura chinesa [O Sistema de Adopção na China, 1945; Contos Chineses, 1950; Lendas Chinesas de Macau, 1951; Chinesices, 1952; Festi-vidades Chinesas, 1953; Arte Chinesa, 1954]; o terceiro, dedicado à história de Macau [Efemérides da História de Ma-cau, 1954; Catálogo dos Manuscritos de Macau, 1960-66, 6 volumes; Páginas de História de Macau, 1966; Museu Luís de Camões, 1973; Bibliografia Macaen-se, 1973]; o quarto, sobre linguística e lexicografia [Vocabulário Cantonense--Português, 1941; Vocabulário Portu-guês-Cantonense, 1942; Vocabulário Português-Inglês-Cantonense, 1954; Noções Elementares de Língua Chine-sa, 1958]; o quinto, as traduções para a língua portuguesa [Relação da Grande Monarquia da China, de Álvaro Seme-do, 1956; Nova Relação da China , de Gabriel de Magalhães, 1957]; o sexto, a traduções para a língua chinesa [His-tória de Portugal, 1955; Os Lusíadas contados às Crianças e lembrados ao Povo, de João de Barros, 1972]. Tra-balho insano, metódico e infinito até onde a vida deixou.

Mas os trabalhos não ficaram por aqui. Antigo aluno de Manuel da Silva Mendes no Liceu de Macau, e seu ad-mirador, recolhe a colaboração disper-

Conheci Luís Gonzaga Go-mes pessoalmente. Cru-závamo-nos na rua, nos

concertos, e pouco mais. Era um homem cortês mas de poucas palavras. Eu, ocupada entre a docência e as tarefas como dona de casa, mãe de duas crianças na primeira infância, olhava-o como homem de muito saber pelo que me diziam mas não consegui ter com ele uma con-versa profunda.

Praticamente só tomei cons-ciência da sua multifacetada personalidade, quando me cou-be organizar, e depois dirigir, o Arquivo Histórico de Macau (A.H.M.).

A primeira instalação do A.H.M. foi no edifício da Biblio-teca de Sir Robert Ho Tung. Gon-zaga Gomes já tinha falecido mas a casa, alguns pertences, e outros vestígios falavam da sua pessoa. Era ali que ele organizava tertú-lias e concertos (ainda lá estava o estrado com o piano), era ali, numa ampla sala de jantar com uma belíssima toalha bordada ainda esquecida na mesa que ele recebia os artistas e convidados após os eventos...

A figura, devagar, começou a

desenhar-se mais claramente no meu espírito e a ideia que eu ti-nha dele a ganhar alma.

Depois o A.H.M. foi para as novas instalações, onde recebeu e muito bem, a Biblioteca pessoal de Luís Gonzaga Gomes, adqui-rida pelo Governo na ocasião. A preciosa colecção de livros, gravuras, fotografias, jornais, re-cortes.... e documentos pessoais (cartas, direcções, tópicos) eram o pano de fundo do trabalho de Gonzaga Gomes.

Consciente de que “a vida é fumo”, o ilustre e previdente historiador, escritor, sinólogo, filólogo, musicólogo e professor elaborou o registo minucioso da sua livraria e traduziu o precioso afã a que se dedicou no livro “Bi-bliografia Macaense”, editado pela Imprensa Nacional de Ma-cau, em 1973.

Quando o AHM recebeu o espólio (penso que só não fazia parte dele a colecção de discos, porque nunca os vi) a tarefa ge-ral foi arrumar cada peça nas estantes e atribuir- lhe uma cota, trabalho iniciado e orientado pelo Professor Silva Rêgo, meu saudoso e grande mestre em as-suntos de Biblioteconomia.

Foi então que atingi a ver-dadeira dimensão de Gonzaga Gomes:

Ele escrevia-se com livreiros e alfarrabistas para conseguir obras raras de que precisava, investia pecúlio e forças para conseguir as fontes que perse-guia, viajava, falava e escrevia em várias línguas, era conhecido no mundo dos investigadores, visitava arquivos no estrangei-ro, fotografava documentos que não tinha tempo de ler (não ha-via fotocópias!), colocava-os em envelopes devidamente identi-ficados, carregava tudo para o seu escritório e “desaparecia” enquanto não assimilava e, a se-guir, publicava.

Generoso, portanto, com a preocupação de partilhar, a obra feita dispersa-se por revistas, jor-nais, boletins e livros. Uma boa parte da minha “Cronologia da História de Macau” foi desen-cadeada pelo entusiasmo com que devorei os seus artigos na Revista Mosaico, sob a epígrafe “Arquivo Histórico de Macau – registo em português dos edi-tais sínicos e do mais que não for chapa”; igualmente apelativo foi o “Catálogo dos Manuscritos de Macau”, editado em Lisboa, pelo Boletim da Filmoteca Ultramari-na Portuguesa.

A facilidade com que se mo-via em chinês, ou não fosse sinó-logo, deu-lhe perspectivas para

Em Memória de Luís Gonzaga GomesBeatriz Basto da Silva*

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Sexta-feira, 18 de Março de 2016 JTM | ESPECIAL 13

O macaense universal

Nesta contemporaneidade aparentemente tãopouco exigente ninguém apostou tanto como Luís

Gonzaga Gomes na promoção real do bilinguismo. As suas propostas tinham um acurado e perspicaz senti-do legislativo para que o ensino da língua chinesa, no interior do pequenino sistema educativo português

de Macau, pudesse ter eficácia e sucesso

• • • NOS 40 ANOS DA MORTE DE LUÍS GONZAGA GOMES • • •

Clássico Trimétrico, 1944; O Clássi-co da Piedade Filial, 1944; As Quatro Obras, 1945; O Livro da Via e da Virtu-de de Láucio, 1952]; o segundo, com o estudo da cultura chinesa [O Sistema de Adopção na China, 1945; Contos Chineses, 1950; Lendas Chinesas de Macau, 1951; Chinesices, 1952; Festi-vidades Chinesas, 1953; Arte Chinesa, 1954]; o terceiro, dedicado à história de Macau [Efemérides da História de Ma-cau, 1954; Catálogo dos Manuscritos de Macau, 1960-66, 6 volumes; Páginas de História de Macau, 1966; Museu Luís de Camões, 1973; Bibliografia Macaen-se, 1973]; o quarto, sobre linguística e lexicografia [Vocabulário Cantonense--Português, 1941; Vocabulário Portu-guês-Cantonense, 1942; Vocabulário Português-Inglês-Cantonense, 1954; Noções Elementares de Língua Chine-sa, 1958]; o quinto, as traduções para a língua portuguesa [Relação da Grande Monarquia da China, de Álvaro Seme-do, 1956; Nova Relação da China , de Gabriel de Magalhães, 1957]; o sexto, a traduções para a língua chinesa [His-tória de Portugal, 1955; Os Lusíadas contados às Crianças e lembrados ao Povo, de João de Barros, 1972]. Tra-balho insano, metódico e infinito até onde a vida deixou.

Mas os trabalhos não ficaram por aqui. Antigo aluno de Manuel da Silva Mendes no Liceu de Macau, e seu ad-mirador, recolhe a colaboração disper-

sa e organiza a “Nova Colectânea de Artigos de Manuel da Silva Mendes”, em três volumes, em 1963. Um pou-co antes, em 1959, traduziu algumas partes da “Mensagem” de Fernando Pessoa, para a língua chinesa, numa “edição reservada para distribuição aos alunos do Liceu Nacional Infante D. Henrique” e “autorizada pela Famí-lia de Fernando Pessoa”. Todos esses exemplares foram rubricados pelo Go-vernador Jaime Silvério Marques.

Nesta contemporaneidade aparen-temente tão pouco exigente ninguém apostou tanto como Luís Gonzaga Go-mes na promoção real do bilinguismo. As suas propostas tinham um acurado e perspicaz sentido legislativo para que o ensino da língua chinesa, no in-terior do pequenino sistema educativo português de Macau, pudesse ter efi-cácia e sucesso. A batalha foi perdida porque os ventos sopravam noutra di-recção. Recordo o testemunho de Ma-ria Edith Silva, recolhido por Fernando da Costa Andrade no volume “Memó-rias e Testemunhos”: “Outro profes-sor que me marcou foi Luís Gonzaga Gomes. Ele tinha sido meu professor de Inglês no 5º ano e entusiasmou-me a aprender Chinês como actividade extracurricular. Ele dizia que nós, os macaenses, dominávamos todo o chi-nês falado, mas não sabíamos ler nem escrever e que éramos analfabetos na nossa terra. Isso fez-me pensar e re-

solvi aprender chinês. Ele tinha razão, porque, apesar da educação portugue-sa que nós tínhamos, o sangue que nos corria nas veias era chinês.” Da vera imagem de Luís Gonzaga Gomes rele-va que “era excelente, muito boa pes-soa, muito tolerante”.

Túlio Lopes Tomaz, professor e an-tigo director dos Serviços de Educa-ção, também na qualidade de amigo e admirador de Luís Gonzaga Gomes, colocou o dedo na ferida com estas palavras certeiras: “Outros com me-nos merecimento terão tido já, embora com sorte vária, os seus biógrafos, mas deste ficou ainda tanto para dizer que é caso para recomendar aos estudiosos que se apressem, antes que a memória dos Portugueses de Macau vá evanes-cendo, com as fatalidades do tempo que se escoa e dos conhecimentos que são função dele”. Sim, falta realmente uma biografia ou uma fotobiografia. Mas não só.

A evocação substantiva de Luís Gonzaga Gomes, a propósito dos 40 anos da sua morte deveria passar pela realização de um Colóquio Internacio-nal a ele inteiramente dedicado, para além de uma Biografia e do planea-mento da edição da Obra Completa. Luís Gonzaga Gomes, o macaense uni-versal, vale isso tudo e muito mais.

* Docente e investigador.Ex-residente em Macau.

Ele escrevia-se com livreiros e alfarrabistas para conseguir obras raras de que precisava, investia pecúlio e forças para conseguir as fontes que perse-guia, viajava, falava e escrevia em várias línguas, era conhecido no mundo dos investigadores, visitava arquivos no estrangei-ro, fotografava documentos que não tinha tempo de ler (não ha-via fotocópias!), colocava-os em envelopes devidamente identi-ficados, carregava tudo para o seu escritório e “desaparecia” enquanto não assimilava e, a se-guir, publicava.

Generoso, portanto, com a preocupação de partilhar, a obra feita dispersa-se por revistas, jor-nais, boletins e livros. Uma boa parte da minha “Cronologia da História de Macau” foi desen-cadeada pelo entusiasmo com que devorei os seus artigos na Revista Mosaico, sob a epígrafe “Arquivo Histórico de Macau – registo em português dos edi-tais sínicos e do mais que não for chapa”; igualmente apelativo foi o “Catálogo dos Manuscritos de Macau”, editado em Lisboa, pelo Boletim da Filmoteca Ultramari-na Portuguesa.

A facilidade com que se mo-via em chinês, ou não fosse sinó-logo, deu-lhe perspectivas para

aprofundar temas que escapam ao comum dos mortais!

O fluxo de influências mú-tuas entre Oriente e Ocidente tornou-se o ar que respirava. Es-creveu sobre festividades, sobre religião e filosofia, sobre arte, sobre virtudes das plantas, por-que tudo lhe interessava e era expressão de encontro.

Essa a sua notável e exemplar postura como Macaense.

Na área das traduções em chinês – e chinês antigo, enten-da-se, de mais difícil percepção – deixou-nos caminho aberto para o que nem nos nossos dias é ain-da corrente, embora já haja frutos visíveis de boas obras chinesas passadas a línguas ocidentais e vice-versa.

Trabalhava sem descanso, sem dar nas vistas. É a sua obra que fala por si. É preciso lê-lo para o conhecer e só conhecen-do-o se poderá respeitá-lo na grandiosidade que o corpo fran-zino escondia.

O pouco que posso expressar aqui fala de alguém que abriu mentalidades, que foi, à custa de si próprio e da sua enorme sede de saber, um auto-didacta, movi-do pela inter-culturalidade luso--chinesa.

Portugal, Macau e a China fo-ram o motor e a moldura da sua

busca incessante.Como queríamos que os jo-

vens conheçam Gonzaga Go-mes, se não lêem, se não se lhes pede que investiguem, se não passam do programazinho das escolas onde a História de Ma-cau não tem relevo, nem sequer se interrogam sobre quem é que está representado num busto (de autoria de Oseo Acconci), ali no Jardim das Artes, que terá feito aquela pessoa para merecer essa escultura?

Tem o nome numa rua, num prémio escolar, numa Escola Se-cundária Luso-Chinesa... mas a rotina vai a par do esquecimento! As condecorações que lhe foram atribuídas foram mais do que merecidas, mas nem honras nem condecorações o farão lembrar se não se usar a obra que produziu.

Os sintomas de uma certa anemia cultural estão a aconse-lhar vivamente adequada trans-fusão de valores que o tempo fez dispersar e esquecer.

Neste caso, urge reunir, ree-ditar na íntegra e divulgar a obra que Luís Gonzaga Gomes nos deixou. Espero e desejo vi-vamente que com ela renasça nos jovens a inspiração para seguir o exemplo deste Ma-caense ilustre.

* Historiadora

Em Memória de Luís Gonzaga Gomes

Urge reunir, reeditar na íntegra e divulgar a obraque Luís Gonzaga Gomes nos deixou. Espero e desejo vivamente que com ela renasça nos jovens a inspira-

ção para seguir o exemplo deste Macaense ilustre

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Sexta-feira, 18 de Março de 201614 JTM | ESPECIAL

Uma verdadeira ponte entre comunidades

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Visto como o grande “vulto macaense” e “notável investigador

de Macau”, Luís Gonzaga Go-mes assumiu durante os 69 anos de vida diversos papéis, como escritor, sinólogo, tra-dutor, filólogo, musicólogo, professor e ainda colaborador de vários círculos intelectuais e culturais. No entanto, Maria de Lurdes Escaleira destaca, acima de tudo, o contributo incomparável de Gonzaga Go-mes para o conhecimento entre as comunidades chinesa e por-tuguesa.

“Luís Gonzaga Gomes teve uma intensa participação na vida social e cultural do seu tempo”, disse ao JORNAL TRI-BUNA DE MACAU, salientan-do que é “importante relembrar a obra mas também o homem empenhado com o seu tempo e com Macau na sua complexida-de e singularidade”.

Para Maria de Lurdes Es-caleira, o “mais relevante é a preocupação constante em dar a conhecer a cultura chinesa aos portugueses e vice-versa”.

Questionada sobre o que Luís Gonzaga Gomes diria ao ver a actual Macau, a académi-ca frisa que “a coexistência en-tre portugueses e chineses con-tinua a ser uma realidade pelo que iria continuar a trabalhar no sentido de dar a conhecer o Outro, investindo na tradução de obras chinesas e portugue-sas”.

“Sem dúvida que iria ter um papel activo na defesa do pa-trimónio, tangível e intangível, de Macau, nomeadamente, na defesa do patuá”, afirma Maria de Lurdes Escaleira, para quem é necessário “aprofundar e di-

vulgar o conhecimento da po-pulação de Macau e também no exterior, com destaque para a China e Portugal, da obra de personalidades como Luís Gonzaga Gomes”.

Considerando que esse tra-balho “exige investimento na investigação e na divulgação”, salienta que “nesses campos há muito trabalho por fazer”. “Macau tem um importante acervo que não está estudado o que constitui uma lacuna, e que irá contribuir para um melhor conhecimento de Macau e das suas gentes”, declarou a pro-fessora do Instituto Politécnico de Macau (IPM). Luís Gonzaga Gomes publicou um número alargado de obras desde, tra-duções de clássicos chineses e portugueses, como a “Mensa-gem” de Fernando Pessoa.

Perante o possível desco-nhecimento dos jovens face à figura do macaense, Maria de Lurdes Escaleira prefere não “colocar a tónica nos jovens, mas sim a nível geral”.

“As pessoas conhecem pou-co de história e aqui há falta de conhecimento da história de Macau mas não me surpreen-de porque é fruto do contexto, desde logo, do tipo de ensino que coloca nas mãos dos jovens manuais de Portugal, de Hong Kong, Canadá, etc.”, afirmou. Embora comece a ouvir “falar da necessidade de Macau ter manuais próprios”, destaca que “isso é algo que tem que passar de necessidade para a prática”.

Na sua opinião, “seria in-teressante que as instituições de ensino e o Instituto Cul-tural aproveitassem todas as ocasiões para dar a conhecer a obra das personalidades de re-levo para Macau”.

“Neste aspecto há, também,

No domingo comemora-se a memória e o legado de Luís Gonzaga Gomes, visto como uma verdadeira ponte entre as comunidades portuguesa e chinesa. O seu trabalho na educação e cultura levou o JORNAL TRIBUNA DE MACAU à Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes, onde há um desconhecimento parcial por parte dos alunos. Já a académica Maria de Lurdes Escaleira imagina que, se estivesse vivo, Luís Gonzaga Gomes teria hoje um papel activo na protecção do património, inclusivamente do patuá

um trabalho de fundo que tem ser feito pelo Governo de Macau a nível de sensibilização e de inclusão destes eventos nos cur-rículos académicos”, concluiu a professora da Escola Superior de Administração Pública.

Jovens “esquecidos”O JORNAL TRIBUNA DE

MACAU também foi à Esco-la Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes falar com os alunos nas vésperas dos 40 anos do falecimento do patrono da instituição. Às portas do estabelecimento de ensino criado em 1985 para de-senvolver o curso primário lu-so-chinês, Alex diz em tom de dúvida: “acho que é um poeta. Deve ser uma pessoa rica”.

O estudante do 11º ano acredita que alguns colegas de-vem saber algo sobre Gonzaga Gomes, porém, confessa que esse não é o seu caso. “Na es-cola há o perfil dele, mas nunca li. E também não me lembro de estudar nada sobre ele”, diz.

Ao mesmo local chega um grupo de três estudantes do 10º ano, com os “tapaus” para o almoço. Jessica apressa-se a dizer que Gonzaga Gomes era um educador e tradutor. “Conhecemos mais ou menos a história dele, mas não sabía-mos que era o aniversário da morte”, admite, acrescentando que “se calhar teve influência na literatura local”.

“Aprendemos muito pouco sobre ele dentro da história de Macau”, aponta a amiga Cherry.

Outra estudante do 8º ano com o mesmo nome nota que “deve ser uma pessoa impor-tante”, pois, “afinal, dá o nome a uma escola e a uma rua”.

No mesmo sentido, Ernest indica que “parece uma pes-soa importante em Macau”. “Lembro-me que falaram dele na escola, mas não sei nada”, admite, indicando que apenas conhece a rua com o mesmo nome.

Por seu lado, Thomas ar-risca e diz que Gonzaga Go-mes era “um académico por-tuguês”, salientando que sabe que, inicialmente, a escola fun-cionava no mesmo sítio do ac-tual IPM.

Dos quatro alunos que se seguiram, apenas um, Tiago, sabia que “Gonzaga Gomes é uma pessoa com muito suces-

Liane Ferreira*

so na área da educação” e que este ano se comemoram os 40 anos da sua morte. Isto porque, todos os anos são realizadas actividades para comemorar o patrono. Para além disso, nas aulas de língua portuguesa também são apresentadas per-sonalidades locais que falavam português. “Acho que a escola tem muita história”, afirmou o aluno do 8º ano.

John e Clarisse do 9º ano

desconhecem a figura, apesar da estátua que existe dentro do recinto escolar, enquanto Vale-ria e Kara, tentam adivinhar. “Será chinês, português ou ma-caense?”, perguntaram as alu-nas do 7º ano.

Luís Gonzaga Gomes foi condecorado com as medalhas do Infante D. Henrique, de Va-lor e de Cavaleiro da Ordem das Palmas da França.

*Com Viviana Chan

• • • NOS 40 ANOS DA MORTE DE LUÍS GONZAGA GOMES

Dia do Patrono celebrado com palestra e flores

Para celebrar o 40º aniversário da morte do seu patrono, a Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes realizará uma palestra sobre o ilustre macaense dirigida pela directora do estabelecimento a toda a comunidade estudantil, disse ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ). A associação de estudantes colocará flores no busto do patrono, em sinal de respeito, e o “lobby” vai acolher uma exposição sobre a vida de Gonzaga Gomes. Este evento dará destaque às suas ideias sobre a educação e ao contributo para o intercâmbio entre Portugal e China, para que os estudantes percebam porque é que o seu nome figura numa escola luso-chinesa.

Cherry, Jessica e Leon

Tiago

Ernest

Valerie e Kara

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JTM | LOCAL 15Sexta-feira, 18 de Março de 2016

MATILDE CAMPILHO É AUTORA DO LIVRO “JÓQUEI”

A paz de uma entrega total à poesiaA poetisa Matilde Campilho é a autora do livro “Jóquei”, publicado em 2013, ano em que deixou para trás um longo percurso por terras brasileiras. Desde que regressou à terra natal, a escritora dedica-se de corpo e alma à escrita. Da sua breve estadia por Macau, acredita que terá qualquer utilidade, seja escrita ou pessoal

• • • BREVESVinhais Guedes explica“um desporto de milhões”A sede do Clube C&C vai ser palco de uma conferência na terça-feira, a partir das 19:00, subordinada ao tema “Despor-to- Uma Indústria de Milhões” e prota-gonizada por Fernando Vinhais Guedes, antigo responsável pela Repartição de Juventude e Desportos do território. Vi-nhais Guedes é ainda autor de dois livros sobre o desporto em Macau. “O despor-to enquanto fenómeno humano à esca-la universal desperta emoções capazes de tudo”, refere uma sinopse da sessão, onde é ainda frisado que a indústria do desporto é actualmente “colossal” e uma das mais poderosas. Na sessão vão ser abordados os três maiores acontecimen-tos desportivos à escola global: campeo-nato mundial de futebol, Fórmula 1 auto-móvel e os Jogos Olímpicos.

“Brilho” do Patrimónioem mostra fotográficaO Instituto Cultural (IC) e a Associação para a Reinvenção de Estudos do Patri-mónio Cultural de Macau vão inaugurar no próximo dia 23, pelas 18:30, a expo-sição fotográfica “O Lugar onde o Patri-mónio Mundial Brilha” que ficará paten-te até 16 de Abril, no Edifício do Antigo Tribunal. As fotografias foram tiradas por Chan Hin Io, reconhecido artista local. No mesmo dia será lançado um álbum que compila todas as imagens recolhidas. Num comunicado, o IC garante que as fotografias oferecem “uma nova perspec-tiva” sobre o Centro Histórico. A mostra engloba fotografias tiradas “a elevada al-titude, longa distância, de diferentes ân-gulos e a várias horas do dia” para que os visitantes tenham “uma melhor percep-ção das vicissitudes por que este passou”.

Concerto do “Mars en Folie” na Universidade de MacauO suíço Adieu Gary Cooper e o francês Ginkgoa vão protagonizar no domin-go, pelas 20:00, um concerto no Hall U da Universidade de Macau. O evento integra-se no programa “Mars en Folie”, promovido pela Alliance Française de Macau e o Consulado-Geral da Suíça em Hong Kong.

Clube Militar organizatorneio de ténisO Clube Militar de Macau vai organizar um torneio interno por equipas entre 21 de Março e 30 de Junho. No âmbito deste torneio decorrerão três partidas, duas de pares e uma de pares de femininas, sendo que cada partida tem seis jogos.

Bar “China Rouge”vai reabrir no GalaxyO bar China Rouge vai reabrir no Gala-xy Macau a 15 de Abril, após um “breve encerramento”. Entre as novidades pro-metidas aos clientes está uma política de reservas mais aberta “que oferece a mais pessoas do que nunca a oportunidade de experienciar o ambiente num dos esta-belecimentos nocturnos mais importan-tes da Ásia”, refere um comunicado do grupo Galaxy Entertainment. O China Rouge possui agora também “um espaço relaxante” onde os clientes podem convi-ver ao som dos espectáculos de jazz, além de pacotes personalizados para festas e eventos privados.

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Quarto Crescente”, o quarto volume da coleção de Con-tos e Outros Escritos da Rota

das Letras, junta também trabalhos de Wang Anyi, uma das escritoras de língua chinesa mais respeitadas, e de Murong Xuecun, um dos maiores defensores da liberdade de expressão na China, entre outros autores que vi-sitaram o Festival Literário de Macau em 2015, anunciou ontem a organiza-ção em comunicado.

O livro inclui, à semelhança dos três anos anteriores, os textos dos vencedores do concurso de contos

Rota das Letras nas três categorias – chinês, português e inglês –, escolhi-dos entre mais de 100 textos enviados, o que fez desta edição do concurso “a mais concorrida de sempre”, segundo a organização, que vai anunciar os nomes, amanhã, durante a apresen-tação da obra, a ter lugar na Livraria Portuguesa.

Na mesma altura vai também ser lançado o livro “Eu Também Estive em Macau Durante a Guerra” (Praia Grande Edições), que reúne as memó-rias de Maria de Andrade e Silva, que viveu em Macau durante a Guerra do

Pacífico e mulher de António de An-drade e Silva, autor do livro “Eu Esti-ve em Macau Durante a Guerra”.

A apresentação da obra vai contar com a presença da neta de ambos (So-fia Andrade e Silva), indicou a organi-zação do Rota das Letras, cuja quinta edição, que teve início a 5 de Março, termina precisamente amanhã.

O Festival Literário de Macau, fundado pelo jornal local Ponto Final em 2012, assume-se como “o primeiro grande encontro de literatos” da Chi-na e dos países lusófonos.

JTM/Lusa

Rota das Letras lança quarto livro de contos O Festival Literário de Macau lança amanhã o quarto livro de contos do Rota das Letras, que conta com a colaboração de Maria do Rosário Pedreira, Francisco José Viegas, Ondjaki e João Tordo

Nasceu em Lisboa, mas viveu no Rio de Janei-ro entre 2010 e 2013. A poetisa Matilde Cam-pilho está de passagem por Macau no âmbito

do Festival Literário - Rota das Letras, numa ocasião onde falou sobre o “Tempo e a Poesia” com recurso à leitura do único livro até agora publicado, intitulado “Jóquei”. Definindo que a escrita manifestou-se “des-de muito cedo” na sua vida, Matilde Campilho explica que só mais tarde percebeu o peso que a escrita repre-sentava. “Sempre escrevi mas a partir do fazimento do livro (...) fui lentamente começando a perceber que era aquele [escrita] o eixo, sem dúvida nenhuma”, conta ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Morar no Rio de Janeiro representou uma mudança para a escritora quer a nível pessoal como profissional. Três anos depois do lançamento, “Jóquei” é hoje em dia um objecto muito especial, considerou. “Hoje em dia já tenho muita ternura por ele, como quando vemos aque-las fotografias de quando somos pequeninos, porque, na verdade, foi um livro que me deu muito trabalho, que me acompanhou muitos anos, numa altura impor-tante”, diz, acrescentando que na fase posterior à obra “mudou muita coisa na minha vida e no meu trabalho”.

Para a escritora, esta entrega total à escrita foi muito ponderada. “Sabia que a partir do momento em que me fosse dedicar só a isto, pelo menos enquanto pudesse, iria perder muitas coisas mas ganhar outras. O que gan-ho é todos os dias saber que faço aquilo que sei fazer melhor, o que me dá mais paz e o que me faz dormir bem todas as noites. E isso é impagável”, frisou.

Sobre as palavras e os poemas no “Jóquei”, Matilde Campilho indica tratar-se de um objecto literário que expressa “uma época de liberdade”. “Vivia entre uma cidade e outra, mais no Rio de Janeiro, e estava a apren-der muito, a mudar muito, a aprender muita coisa sobre a literatura daquele lado do mundo, da América Latina. Tudo aquilo era, a toda a hora, meio que novidade”.

Grande parte do dia-a-dia é passado a escrever, a usar a caneta para expressar memórias e notas mentais. De regresso a Portugal, que considera ser uma “aven-tura”, Matilde Campilho não se arrepende da decisão. “Agora é diferente. É mais o tempo, não só no que es-crevo mas na minha vida, o tema do ficar, do aprender”, sublinhou.

A escritora colabora também com a Rádio Antena 3 através do programa de autor “Ping-Pong”, que par-tilha com um colega artista plástico e músico, Tomás Cunha Ferreira, e que vai para o ar todos os domingos.

“Claro que fiquei muito diferente mas eu gosto da

Catarina Almeida

pessoa que voltou. No Brasil aprendi a demonstrar mais, não que o meu eixo tenha ficado diferente, mas a trabalhar mais pela alegria”, assegura, frisando que voltou para Portugal de “mala cheia”. “Ainda estou a tirar coisas da mala. Isso, misturado com a experiência de permanecer todos os dias na minha cidade tem sido uma grande aventura”, admite.

Em Macau, ontem está pela primeira vez, a experiên-cia tem sido “maravilhosa”. “É diferente de qualquer coisa que eu tenha visto na vida e mais, é Macau. Só Macau e Hong Kong já é outro planeta para mim, com algumas breves referências que eu possa conhecer, mas às vezes até isso causa estranheza”. Além disso, asse-gura que “nascerão coisas daqui, não sei se um poema, se uma crónica, se nada que seja público mas, interior-mente, com certeza que já levo daqui muita coisa para se desdobrar”.

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Sexta-feira, 18 de Março de 201616 JTM | DESPORTO

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BENFICA-SPORTING NO FECHO DA PRIMEIRA VOLTA DA LIGA DE ELITE

“Derby” entre invencíveisHá jogo grande amanhã no Estádio de Macau, entre os dois primeiros classificados da Liga de Elite, Benfica e Sporting. As duas equipas estão separadas por quatro pontos

O “derby” entre os velhos ri-vais não é decisivo, mas pode ser muito importante para as

contas do título, embora fique a faltar toda a segunda volta do campeonato.

O desafio de maior cartaz da der-radeira jornada da primeira metade da competição está a ser aguardado com natural expectativa, justificada pelo facto das duas formações serem as únicas que ainda não perderam esta época, apesar do Sporting já ter dois empates.

Como tem sido habitual ao longo da Liga, ter-se-á de dizer que os pupi-los de Henrique Nunes são favoritos, até porque não desperdiçaram qual-quer ponto, nem sequer consentiram qualquer golo na sua baliza, isto para além de terem mostrado um futebol de qualidade, com muitas opções para o treinador português.

O Sporting tem feito igualmente uma boa campanha, mas o plantel, no que diz respeito aos homens que habi-tualmente ficam no banco de suplen-tes, parece estar num nível algo infe-rior ao seu adversário, o que poderá vir a fazer a diferença.

E o Benfica, em jogos com dois dos “grandes”, Monte Carlo e Chao Pak Kei, acabou por vencer com “armas secretas” saídas do banco, em especial Alison Brito.

Só que o Sporting, apesar de não poder contar com um dos seus me-lhores elementos, o português Jorge Tavares (a lesão no joelho irá prova-velmente afastá-lo do resto da tem-porada), poderá ter argumentos, no “onze” base, para criar dificuldades ao Benfica.

Um clássico deste género tem sem-pre prognóstico reservado e nem sem-pre quem se apresenta melhor, mais bem posicionado, sai vencedor.

Independentemente das situações que possam ocorrer durante o jogo, é certo que o “derby” vai constituir um bom espectáculo, para muitos portu-gueses verem.

“Era bom que as pessoas apareces-sem em bom número. Nós e o Benfica temos feito sempre apelo aos adep-tos para que se desloquem ao está-dio neste tipo de desafios e de facto este é especial”, começou por dizer ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o avançado sportinguista, Pio Júnior, que curiosamente já esteve do “outro lado da barricada”, conhecendo por isso vários dos jogadores adversários.

“Há alguns do meu tempo, como o Filipe Duarte, Edgar Teixeira, Cuco, entre outros. Eu conheço-os bem, mas desta feita estou do outro lado e nós estamos igualmente confiantes. É um jogo, que não sendo decisivo, pode decidir bastante em termos de futuro do campeonato. Se o Benfica ganhar, sete pontos já serão difíceis de recupe-rar. Se o Sporting vencer, então a liga estará relançada. Tudo ainda depende de nós”, sublinha o português, que quer ser o primeiro a marcar golos ao rival:

“Não sei o que irá acontecer, mas gostava, era bom sinal.”

Guarda-redes imbatível,

treinador confianteDo lado dos “encarnados” há por

Quatro pontos separam Benfica e Sporting no topo da tabela

CALENDÁRIO DA 9ª JORNADA DA LIGA DE ELITE

HojeCasa de Portugal-Kei Lun (19:00) AmanhãBenfica-Sporting (14:00)Lai Chi-Chuac Lun (16:00) DomingoKa I-Monte Carlo (14:00)Chao Pak Kei-Polícia (16:00)

Todos os jogos terão lugarno Estádio de Macau

Vitor Rebelo isso um “alvo a abater”, o guarda-re-des Rui Nibra, que não sofreu qual-quer golo esta época no “bolão”.

O guardião luso, de 22 anos, diz que o segredo está na defesa: “Ainda não sofremos golos porque temos dois centrais muito bons e por isso não te-nho tido muito trabalho nos jogos que efectuámos. Vamos tentando manter esta situação e seria fenomenal se che-gássemos ao final do campeonato sem qualquer golo sofrido”.

O treinador do Benfica, Henrique Nunes, afirma que esse dia, o de so-frer golos, há-de chegar, “mas até lá vamos trabalhando para continuar assim e tudo iremos fazer para chegar a mais numa vitória, o que é mais im-portante.”

O português, que nunca na sua carreira comandou uma equipa que terminasse o campeonato só com vi-tórias (muito menos sem sofrer go-los…), vaticina um excelente desafio:

“Vai certamente ser uma boa parti-da de futebol, como já foram os outros clássicos diante de Monte Carlo, Chao Pak Kei e Ka I. O encontro de amanhã no Estádio, que está com uma óptima relva, não irá decidir nada, mas em caso de triunfo do Benfica, então passaría-mos a ter sete pontos sobre o Sporting, o que significaria um passo importante para a renovação do título. Desejo que haja muito portugueses a ver”.

As “águias” apresentam-se na má-xima força, uma vez que Filipe Aguiar está recuperado de uma pequena le-são, depois de ter sido poupado no desafio anterior, em que o Benfica ul-trapassou o Chao Pak Kei.

Já o Sporting não vai poder contar com Jorge Tavares e ainda Ho Man Hou, igualmente lesionado. “O Jor-ge faz naturalmente falta e é pena que ele tenha tido este problema, não merecia. Para além de ser um óptimo jogador e o nosso capitão, é uma exce-lente pessoa, mas o futebol é assim”, refere o técnico dos “verde-brancos”, que considera o jogo muito importan-te para a sua equipa.

“Sabemos que se perdermos a dis-

tância passa a ser grande, ainda por cima num campeonato como o de Ma-cau. Por isso só temos de pensar em ganhar, ainda que se acontecer um empate tudo ficará em aberto. Vamos entrar para ganhar, estamos a traba-lhar para tal e para sermos os primei-ros a marcar um golo ao Benfica, ape-sar de termos efectuado esta semana apenas um treino (ontem), em virtu-de das dificuldades de recintos, ago-ra que o Quintal Desportivo (Taipa) não pode ser utilizado, assim como o Campo dos Operários”, acrescenta.

Estão assim reunidas as condições para um bom “derby”, no confronto entre dois clubes de matriz portugue-sa que muito têm contribuído para melhorar a qualidade e o interesse pelo futebol de Macau.

Outro jogo de cartaz

Nos restantes encontros da última ronda da primeira volta, ressalta outro clássico, entre Ka I e Monte Carlo, po-dendo dizer-se que quem perder, dirá quase em definitivo adeus ao título.

Os “canarinhos” estão a passar por um bom momento, subindo de produção de jogo para jogo, tendo na jornada anterior aplicado “chapa 16” à Casa de Portugal, dez dos quais per-tenceram a somente dois jogadores (cinco cada), Amarildo Ristof e Jack-son de Sousa.

O Ka I tem tido uma grande irre-gularidade de exibições e resultados, sendo por isso uma incógnita a forma como a equipa de Josecler se irá apre-sentar.

As duas equipas jogam no domin-go e por isso já conhecedoras do re-sultado da partida entre o Benfica e o Sporting, o que pode de certo modo alterar o estado de espírito dos joga-dores.

Na questão do fundo da tabela, esta noite há também jogo grande, com a Casa de Portugal a defrontar o Kei Lun, numa “guerra” de valores semelhantes e cujo resultado pode vir a ser muito importante para as contas deste “mini-campeonato”.

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JTM | DESPORTO 17Sexta-feira, 18 de Março de 2016

Por estranho que pareça, o Sporting é, do trio da dian-teira, aquele que mais problemas poderá ter, apesar de jogar no seu estádio. O Arouca, ultrapassada toda a

“meta” desejada, “vê-se” no quinto lugar e, óbvio, tudo fará para não abandonar o “poiso”. Argumentos por argumentos, é inquestionável que os “leões” têm mais, mas já se viu que muitas vezes isso não chega! Pela lógica, vantagem para os da casa!

No Bessa e em Setúbal, Benfica e FC Porto têm pela fren-te dois adversários que querem “safar-se” da zona perigosa. Complicações à vista. Os axadrezados moralizados com a vi-tória frente ao Marítimo e os sadinos, felizes com o empate em Arouca. Porém, os argumentos encarnados – ainda que privados de Gaitan, Jardel e Mitroglou – têm outra estatura e a sua vontade em não ceder pontos pode muito bem funcionar a contento. Já o FC Porto, a viver um clima de intranquilidade e a praticar um futebol nada condizente com o valor do plantel, poderá ser mesmo surpreendido.

Nacional, Rio Ave e Académica, também desejosos de

Espera-se que em Alvalade o jogo seja mais cordato

Violetado Rosário 72

Classificação

Marquesda Silva 69

SérgioPerez 83

VictorMarreiros 76

PedroSantos 88

AnaCardoso 86

BeatrizConceição 67

HelenaBrandão 89

SilviaFerrão 67

JoãoD’Assumpção 72

LIGA PORTUGUESA

Muito “osso” duro para o trio da vanguardaPois é: estamos a oito jornadas do fim e se na dianteira nada de nada está decidido, muito menos decidido está no que toca aos lugares da descida. E, para uns e para outros, esta 27ª jornada reserva muito “osso” duro de “roer”

Barómetroda Liga

HELENA BRANDÃONO TOPO DA TABELA

Ao acertar em cheio no resultado entre o Estoril-Praia e o Sport-

ing, Helena Brandão ascendeu ao primeiro lugar da tabela do Baró-metro do JORNAL TRIBUNA DE MACAU, com um ponto de vantagem face a Pedro Santos.

Este duelo poderá conhecer novos contornos na próxima jornada, já que, entre ambos, apenas há

consenso no jogo entre o Sporting de Braga e União da Madeira.

Em jeito de surpresa para o nosso “plantel”, a vitória do Belenenses na recepção ao Sporting de Braga

fez com que ninguém tivesse arrecadado qualquer ponto na par-tida de Belém. Para a 27ª jornada da Liga Portuguesa de Futebol,

o palpite que mais sobressai é da autoria de António Marques da Silva. Vitória de Setúbal recebe os “dragões” e Marques da Silva é o único a apostar na vitória dos

“sadinos”, concretamente por uma bola a zero. Quanto aos restantes

jogos a “harmonia” é geral quanto aos potenciais vitoriosos.

Sportingvs Arouca

V. Setúbalvs FC Porto

Sp. Bragavs U. Madeira

2-1

2-1

2-1

2-0

2-1

2-1

2-1

1-0

3-0

2-0

1-2

1-3

1-3

0-2

0-2

0-2

1-1

1-2

0-2

1-0

2-0

2-0

2-0

2-0

2-0

1-1

1-0

2-0

2-1

1-1

Boavistavs Benfica

0-3

1-2

0-2

0-2

1-3

1-3

1-3

0-3

1-1

1-1

LIGA DOS CAMPEÕES

Entre eles, venhao diabo e escolhaFC Barcelona, Bayern Munique, Real Madrid e Paris Saint-Germain, Atlético de Madrid, Manchester City e Wolfs-burgo são os possíveis adversários do Benfica nos quartos de final. No ‘top 8’ pela quarta vez na sua história, o bicam-peão nacional em título e líder da I Liga 2015/16 não tem, assim, muito por onde ‘escolher’ no sorteio de hoje, na corrida à sua primeira presença nas meias-finais na ‘era Champions’ (desde 1992/93). Entre os sete possíveis oponentes, o FC Barcelo-na parece claramente o mais inacessível, logo seguido pelo Bayern Munique, que cumpre a última época sob o comando de Pep Guardiola. O Real Madrid e o Paris Saint-Germain, são os outros dois adver-sários a evitar, mesmo tendo em conta que o PSG, nascido em 1970, nunca venceu a prova máxima do futebol europeu. Entre os outros, o Manchester City tem grandes individualidades, mas não tem igual con-sistência colectiva, ao contrário do Atlético de Madrid, ao qual ‘sobra’ o todo, mas não abundam as ‘estrelas’. Só o Wolfsburgo, é teoricamente o adversário menos forte, apesar da presença no plantel de vários ‘craques’. O sorteio dos quartos de final da Liga dos Campeões, com jogos a 5 e 6 de Abril (primeira mão) e 12 e 13 do mesmo mês (segunda mão), realiza-se hoje, não existindo qualquer condicionalismo.

Costa Santos Sr.Especial para o JTM

pontuar defrontam, respectivamente, Guimarães, Marítimo e Estoril. Aparentemente, missão mais complicada para os estudantes, dado o momento e o futebol praticado pelos esto-rilistas, já que Guimarães e Marítimo – vá lá saber-se porquê – parecem terem entrado numa espiral negativa. E qualquer ponto perdido pode criar uma onda de intranquilidade para as jornadas decisivas que se seguem!

O Tondela – há quanto tempo o afirmamos aqui… - con-denado à descida, não terá argumentos para se opôr a um Belenenses que, com a vitória sobre o Braga, garantiu a conti-nuidade no escalão principal.

Restam os jogos Braga-União da Madeira e Paços de Fer-reira-Moreirense. Resultados importantes para a carreira dos visitados. Para os visitantes, como diria Scolari, são jogos de “mata-mata”. Qualquer ponto cedido são “achas” para a in-desejável fogueira!

*Jornalista profissional especializado em Desporto

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Sexta-feira, 18 de Março de 201618 JTM | ACTUAL

CPLPOs chefes da diplomacia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão em Lisboa a debater o futuro da organização e a crise política na Guiné-Bissau, numa reunião em que o ponto mais polémico é a escolha do próximo secretário-executivo.Trta-se da XIV reunião extraordinária do Conselho de Minis-tros, convocada para analisar o relatório sobre a “Nova Visão Estratégica da CPLP”, cuja elabo-ração foi decidida na última cimeira da organi-zação, em Timor-Leste, em julho de 2014.

MYANMARO novo Governo de Myanmar, o primeiro eleito de forma democrática em mais de cinco déca-das, prevê reduzir em quase metade o número de ministérios, informaram fontes oficiais. O executivo do Presidente eleito, Htin Kyaw, vai ter 21 ministérios e 18 ministros, segundo a proposta apresentada no Parlamento pela Liga Nacional para a Democracia, a formação da líder do movimento democrático e Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.

HONG KONGUm dos cinco livreiros de Hong Kong desa-parecidos durante meses, que reapareceu há uma semana na antiga colónia britânica, ad-mitiu que fez contrabando de “livros proibidos” (críticos em relação a membros do Partido Comunista) no interior da China. Segundo o South China Morning Post, Cheung admitiu a sua participação nesta atividade, disse que não era mais do que um “cúmplice” e que não tinha um papel importante no negócio e adiantou que não sofreu coacção ou tortura enquanto detido na China e que não foi obrigado a fazer nada contra a sua vontade.

VOLTA AOMUND

Lula da Silva tem a tomada de posse agendada para terça--feira como ministro da Casa

Civil de Dilma Rousseff, e como pri-meira consequência, só pode ser jul-gado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o mais alto tribunal do país.

O Juiz de base Sérgio Moro contra--atacou: a Globonews divulgou conver-sas de Lula com Dilma gravadas pelos investigadores, em que, alegam ficar provado que ambos combinaram usar a posse do ex-presidente para o blindar contra a justiça – deitando por terra o argumento de que a nomeação é políti-ca e não judicial.

Logo a seguir, populares juntaram--se em protesto em frente ao Planalto (cerca de duas mil pessoas) e na Ave-nida Paulista, em São Paulo. Em ple-no Congresso Nacional, deputados da oposição gritaram “renúncia!”. No STF, um dos juízes dizia à mesma hora que a nomeação de Lula “é uma barbárie con-tra as instituições”. “Uma desfaçatez!”, continuou Gilmar Mendes.

O advogado de Lula achou “a gra-vação de uma conversa com a Presiden-te gravíssima”, e o Planalto está a reflec-tir como reagir.

Segundo a maioria dos observado-res, a nomeação de Lula para o Exe-cutivo ofusca a Presidente. Dilma não concorda: “A chegada de Lula fortalece o meu governo, porque é um hábil ne-

FOTO

ARQ

UIVO

BRASIL

A gravação que incendiou um paísEx-presidente foi nomeado ministro por sucessora para escapar à Lava-Jato. Juiz divulga conversa comprometedora entre ambos

gociador”.Num regime presidencialista como

o Brasil, o Presidente é simultaneamen-te Chefe de Estado e do Governo mas, na prática, o cargo de ministro da Casa Civil, a quem compete a coordenação governamental, equivale ao de Primei-ro-Ministro.

Para o Partido dos Trabalhadores, a entrada de Lula foi louvada. “Lula será o ministro da Esperança”, disse o presi-dente do partido Rui Falcão, nas redes sociais. Dirigentes da Central Única dos Trabalhadores, organização sindical que é o berço de Lula e do PT, celebra-ram também “uma guinada à esquerda

no governo”. O colunista da Folha de S. Paulo, Clóvis Rossi avança que o novo ministro da Casa Civil vai apostar no programa assistencial Bolsa Família e no crédito.

Enquanto o PT festeja, a oposição in-digna-se. “Isto na prática é um terceiro mandato do Lula”, disse Álvaro Dias, senador do Partido Verde. À direita, os Democratas anunciaram que vão entrar com um processo para impedir a posse do ex-presidente e o ex-presidente Fer-nando Henrique Cardoso, qualificou de “erro político” a nomeação de Lula para a Casa Civil.

JTM com DN e media brasileira

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A proposta de não renovação do contrato de concessão dos serviços de recolha de resí-

duos e limpeza em metade do conce-lho, que termina em 2016 depois de oito anos em vigor, vai ser debatida na reunião camarária de terça-feira, informa a autarquia na sua página de notícias na Internet.

De acordo com o município, “se-rão os serviços da própria autarquia a recolherem os recicláveis em toda a cidade”, com o objetivo de “tornar o sistema mais transparente e operar uma redução dos custos, o que po-derá vir a refletir-se na redução das tarifas aos munícipes”.

Com a mudança, a Câmara espe-ra “aumentar a eficiência e limpeza da cidade” e alcançar uma diminui-ção de “mais de 10%” nos custos com a Recolha e Limpeza Urbana.

De acordo com o vereador do Ambiente, Filipe Araújo, estima-se que o custo global da actual conces-são seja de 3,7 milhões de euros.

“Garantindo-se a adequada for-mação específica necessária aos re-cursos a realocar, será possível evitar a externalização de serviços, cujo custo global se estima em cerca de 3,7

PORTUGAL

Câmara do Porto quergerir recolha de lixoA Câmara do Porto quer gerir a recolha de lixo em toda a cidade, acabando com a concessão a privados em 50% da cidade e preparando a criação de uma empresa municipal para o Ambiente, foi ontem divulgado

milhões de euros por ano”, observa o autarca.

A autarquia divulga ainda estar a preparar “a criação de uma empre-sa municipal para o ambiente” que “trará ganhos de eficiência de recur-sos e poderá impulsionar uma maior libertação de pessoas para incorporar outras divisões” camarárias.

No final de 2014, 138 ex-trabalha-dores camarários integrados desde 2008 nas duas empresas concessio-nárias da limpeza do Porto pediram

para regressar à autarquia e foram readmitidos. Na altura, o indepen-dente Rui Moreira, presidente da Câ-mara do Porto, disse que o município estava a negociar os contratos de con-cessão válidos até fim de 2016 para “ajustar os preços” do serviço e não se pronunciou sobre a possibilidade de municipalizar esses serviços, cuja concessão começou durante o segun-do mandato do social-democrata Rui Rio.

JTM/Lusa

Sexta-feira, 18 de Março de 2016 JTM | ACTUAL 19

VOLTA AOMUND

JAPÃODuas pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas num choque em cadeia num túnel situado em Hiroshi-ma, no oeste de Japão, que envolveu uma dúzia de veí-culos, informou a estação pública NHK. A maioria dos feridos, de pouca gravidade, apresentava problemas pela inalação do fumo na sequência do incêndio de cinco carros, segundo dados das equipas de resgate.

FRANÇAA polícia antiterrorismo francesa prendeu na quarta--feira um grupo com ligações com a militância islâmi-ca, sob suspeita de que um dos integrantes planeou um ataque em Paris, disse o ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve.

VATICANOO Papa Francisco fez um apelo para que as nações “abram seus corações e abram suas portas” aos imi-grantes, dizendo que aqueles que esperam nas fron-teiras fechadas da Europa, expostos ao frio e à chuva, estão a ser levados a sentir-se abandonados por Deus.

EUAO líder da maioria republicana no Senado dos EUA, Mi-tch McConnell, garantiu que o seu partido vetará qual-quer votação para confirmar o juiz Merrick Garland, proposto pelo presidente Barack Obama como novo juiz do Tribunal Supremo. McConnell diz que deve ser o próximo Presidente, eleito nas eleições de Novem-bro, a designar um novo juiz.

CUBAVários dissidentes cubanos confirmaram à Agência Efe que foram convidados para um encontro de “alto nível” com o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na embaixada americana em Havana, no próximo dia 22 de Março, durante a histórica visita do líder a Cuba, que começa no domingo.

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Sexta-feira, 18 de Março de 201620 JTM | OPINIÃO

Hillary agradece

Os republicanos raramente saem do casulo religioso e agora o caso não é para menos: o aparelho partidário está a rezar a todos os santos por um milagre chamado “qualquer coisa menos Trump”.

No terreno, o insucesso da ladainha tem sido evidente e a Florida foi o exem-plo mais recente. Os dadores do partido gastaram 15 milhões de dólares na cam-panha Never Trump e deram-se mal: Rubio saiu pela porta dos fundos e Trump levou para casa os 99 delegados.

O único balão de oxigénio veio do Ohio, onde o cinzentão Kasich fez o que lhe competia enquanto governador do estado e arrebatou os 66 delegados. No Illinois, Missouri e na Carolina do Norte Trump levou a melhor, embora nestes dois últimos com uma margem muito curta sobre Ted Cruz. Aliás, nesta fase, está quase tudo nas mãos deste homem, que precisa de projectar-se como o único capaz de travar Trump e recolher apoio e meios do establishment. Casos em que candidatos passam de odiados a amados pelo aparelho não faltam e se os indi-cadores apontarem para uma brokered convention - isto é, se nenhum candidato atingir a maioria exigida de delegados à entrada da convenção - ou para uma maior capacidade em derrotar Hillary em Novembro, então Cruz pode gerar uma dinâmica interessante.

É verdade que entre Trump e Cruz venha o diabo e escolha, mas não é o mo-mento para fazer psicanálise ao GOP: estão 1100 delegados em jogo e, com o campo de batalha montado entre pró e anti-Trump, há alguma margem para so-bressaltos. É certo que não é muita e para acontecer em tempo útil seriam precisos uma frente unida, convergência de fundos e muitas alterações no discurso de Cruz.

Para já, tudo hipóteses. Na prática, Trump apoderou-se do partido e não o contrário, o que significa que se o GOP quiser sair do colete-de-forças vai ter de continuar a autoflagelação ou esfarrapar-se de vez na convenção.

Hillary agradece.

JTM/DN

Na sua história com mais de mil anos contam-se tanto o califado fatimita do Cairo como a seita dos Assassinos (Amin Maalouf fala dela sem preconceitos em Samarcanda), mas o presente é o de uma

comunidade que se destaca como uma das mais progressistas do islão e que através do Aga Khan se mantém unida, vivam os crentes no Paquis-tão, na Ásia Central ex-soviética, na Síria ou neste Portugal pós-colonial.

Porquê pós-colonial? Porque os sete a oito mil ismaelitas portugueses vieram quase todos de Moçambique, para onde os antepassados tinham imigrado a partir do Gujarate, terra indiana vizinha de Damão e Diu. Com tradição de bons comerciantes e reputada ética do trabalho, muitos abriram lojas em Lisboa e outras cidades, prosperando. As mais comuns são as de móveis, mas também existe a cadeia de pronto a vestir dos ir-mãos Sacoor.

Ramo do islão xiita, do qual se individualizou por questões teológicas de explicação baseada em acontecimentos de finais do primeiro milénio, o ismaelismo não terá hoje mais de 15 milhões de seguidores a nível mun-dial. Mas a influência supera em muito o número, graças à Fundação Aga Khan, que é capaz de construir hospitais no Paquistão, recuperar escolas no Afeganistão, refazer o abastecimento de água em aldeias da Síria ou construir e abrir a todos em Lisboa o centro ismaili (é assim que preferem ser chamados), obra de arquitectura que se inspira tanto na Índia como no legado do Al-Andaluz.

Estão decididos também a instalar a sua sede mundial em Portugal. Pois são bem-vindos. Ismaelitas e Portugal afinal são duas histórias de descoberta do mundo que se cruzam há muito, no oriente como no oci-dente. De certeza, antes até de o xá da Pérsia dar no início do século XIX o título de Aga Khan ao seu imã e de os britânicos o terem reconhecido como príncipe.

JTM/DN

Ismaelitas casam bem com Portugal

BERNARDOPIRES DE LIMA

LEONÍDIOPAULO FERREIRA

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Sexta-feira, 18 de Março de 2016 JTM | OPINIÃO 21

Dito

“Os contestatários [moradores no edifício Ka On Court] pedem que o edifício de tratamento de doenças transmissíveis seja construído longe de zonas residenciais. Alexis Tam diz entender alguns dos receios e preocupações dos residentes, mas instou os moradores no Ka On Court a pôr de lado os pre-conceitos”.

in “Ponto Final”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau”

e “Tribuna de Macau” 18/03/1996

SAMPAIO E VIEIRAÀ HORA DO CHÁ

Hoje, por volta da hora do chá Jorge Sampaio recebe Rocha Vieira para um encontro aguardado com exces-siva expectativa em Macau. Expec-tativa em grande parte provocada por uma falsa notícia do “Público”, indicando que o encontro estava agendado para a passada segun-da-feira. O “atraso” na audiência nunca o chegou a ser, percebendo--se rapidamente que o Presidente da República tencionava abordar a questão formalmente com o Pri-meiro–Ministro, o que terá aconte-cido ontem à tarde, mantendo-se assim o hábito das reuniões com o Primeiro-Ministro se realizarem à quinta-feira. Ao longo da sema-na foi assim possível (e certamente não por acaso) avançar algumas te-ses defendidas por anónimas fontes “próximas de Belém”. E também aí houve alguma evolução. Começou--se por o fica ou não fica, evoluiu-se para o fica, mas terá que mudar a equipa e ontem já se garantia que fica e escolhe quem quiser, porque o Presidente não se mete nessas coi-sas... O essencial, naturalmente, é capaz de ter ficado de fora. Ou seja: Ninguém revelou nada sobre que projecto tem Jorge Sampaio para o ciclo que se vai iniciar agora e que terminará em 1999. Só um grave erro de avaliação permitiria pensar que Rocha Vieira é sujeito passivo na questão, pondo a manutenção do cargo acima de tudo. Antes de se falar em pessoas, é fundamental saber-se que projectos. E a verdade é que ninguém sabe (ou pelo menos revelou) o que pensa Jorge Sampaio sobre a questão. No máximo sabe-se o que pensa (por amplamente o ter revelado, nos últimos anos, em nu-merosas entrevistas e declarações) o seu conselheiro para as questões de Macau, o ex-secretário adjunto, Magalhães e Silva. O que dá uma indicação, mas não uma certeza. Assim, a conversa de hoje deverá deixar tudo claro e eventualmente resultar em que os dois interlocuto-res se ponham de acordo: no conti-nuar, ou não continuar...

In “Jornal de Macau”

1 . A quinta edição do Festival Literário Rota das Letras está prestes a terminar e a iniciativa,

altamente meritória, já entrou no ca-lendário cultural de Macau e não só.

Foi uma feliz criação de Ricardo Pinto, muito bem coadjuvado por Hé-lder Beja, que começou por ser algo empírico para, rapidamente, dar o salto na quantidade e qualidade de eventos, convidados e abertura à po-pulação local.

O Festival impôs-se de tal forma que, cada vez mais, caminha para a internacionalização e pelo interesse que desperta em Portugal.

Uma iniciativa privada, com al-guns apoios oficiais, e a que governo da RAEM reconhece a importância porque, afinal, também é divulgado o nome de Macau. Não sei, no entanto, até que ponto nomes polémicos das artes no continente e em alguns países africanos de língua portuguesa po-dem se encaixar no cardápio da Rota com uma visão outra da realidade...

Um caso a explorar ou a esclarecer mas que não retira o brilho ao exce-lente Festival Literário em que poucos acreditaram na sua longevidade.

Na rota certa2. Na rota certa, caso se confirme a

sua saída da vida política activa, po-derá estar o presidente de Angola,

José Eduardo dos Santos que, na prepa-ração de mais um congresso do MPLA, anunciou a retirada.

Se não é a primeira vez que o faz, julgamos vislumbrar, agora, alguma veemência nas palavras do presiden-te angolano que, há muito, deveria ter abandonado o poder.

No passado, a seguir à morte de Agostinho Neto, o jovem dos Santos foi o escolhido para tomar conta da ocorrência e enfrentar a guerra civil durante anos e anos no país.

Foi um factor de unidade do Estado, goste-se ou não dele, mas a morte de Jo-nas Savimbi, o seu rival, poderia ter cons-tituído um momento de viragem decisi-va de Angola e tal não aconteceu em toda a sua plenitude.

Com o petróleo em alta, Angola de-veria ter avançado para um nível de de-senvolvimento que tirasse a maioria da população da pobreza e que fossem cria-das infra-estruturas para uma cobertura de saúde e educação mais ambiciosa e abrangente.

O saneamento básico também falhou, com excepção de bolsas imobiliárias de luxo em Luanda e, pontualmente, em outras cidades.

Foi uma oportunidade perdida para dos Santos e MPLA que não souberam conviver com a democracia- a repressão aumentou, a perseguição política faz par-te da agenda do governo que não sabe

lidar com as críticas e com as oposições.A juntar a tudo isto, as constantes

suspeitas de corrupção de altos diri-gentes governamentais, incluindo a família do presidente e do seu círcu-lo mais próximo, ajudaram e ajudam a pintar um quadro nada risonho do Estado angolano.

José Eduardo dos Santos sairá pelo seu próprio pé, o que já não é mau.

36 anos no poder é demasiado tem-po e pouco saudável para qualquer so-ciedade.

3. O Brasil vive momentos de gran-de agitação. Para evitar a prisão, Lula da Silva, o antigo presidente,

é chamado à pressa para o governo da sua protegida e actual Chefe de Estado, Dilma Rousseff.

Lula conseguiu combater a pobreza real no país, quando foi presidente, fez do Brasil um país mais solidário e, por tudo isso, é perturbador o escândalo em que está envolvido.

Dir-se-ia que é o Brasil branco e não o Brasil brasileiro que está nas ruas a pedir a prisão de Lula e a cabeça de Dilma mas o problema é que este caso envolve demasiada gente e demasiado dinheiro para que se conclua que nada aconteceu ou que é tudo manobras da direita...

Esperam-se mais esclarecimentos do juiz Moro e de Lula e, também, dos seus associados para chegarmos a conclusões e à extensão da operação Lava Jato.

* Jornalista

JORGESILVA*

UM OUTRO OLHAR

• • • CARTOON • • •

JTM/DN

JOSÉ BANDEIRA

FERREIRAFERNANDES*

No hospital das Nações Unidas, em Dohuk, no Norte do Iraque, um mistério: entre as jovens yazidis fugidas do Estado Islâmico, a baixa percentagem de yazidis grá-

vidas. Entre 700 jovens e adolescentes violadas durante meses, só 5% engravidaram, quando a taxa deveria ser cinco vezes su-perior.

No Verão de 2014, o Estado Islâmico ocupou a região do monte Sinjar, berço dos yazidis, de uma religião milenar, ante-rior ao islamismo. Os homens foram mortos, as velhas despre-zadas e as jovens feitas escravas sexuais.

Um combatente islâmico comprava, violava e, quando o

E neste ano não há hijabs na ModaLisboa?interesse baixava, vendia a outro. Para o Estado Islâmico, era legal.

Nesta semana, a edição europeia do The New York Times publica uma reportagem em Dohuk, com o testemunho de 37 yazidis. E elas contam o que já se sabia, a escravatura, a viola-ção e a venda a outro combatente. Uma das yazidis foi vendida sete vezes. Temiam a brutalidade e o estupro, e também ficar grávidas.

Mas esta última pena, logo souberam, ser-lhes-ia poupada. Aliás, o seu dono era quem cuidava disso: obrigava-as à pílula e outros contraceptivos. Essa modernidade de laboratório ser-via um código medieval: pode violar-se uma escrava, mas um bom muçulmano não pode ter relações sexuais com uma mu-lher grávida. Além de que, como gado a ser vendido, grávida não teria valor para uso sexual.

Não conheço história que ilustre melhor a inexistência da mulher para estes atrasados. A pílula é para eles não pecarem...

JTM/DN

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Sexta-feira, 18 de Março de 201622 JTM | LAZER

• • • ROTEIRO

• • • SOB OS HOLOFOTES

Viviana Chan

OBRAS DE KATE AO FAZEM SUCESSO NAS REDES SOCIAIS

Cada fotografia conta uma históriaViajar para longe de casa não é um costume seguido por muitas pessoas de Macau, mas essa não é a regra para Kate Ao que, depois de sair da universidade, quis percorrer o mundo. Descrevendo-se como apaixonada por conhecer culturas diferentes e guardar memórias das suas experiências em viagem, gosta de escrever e fotografar

Nascida na década de 90 em Macau, Kate Ao tornou-se uma escritora e fotógrafa es-

pecialmente reconhecida nas redes sociais. A inclinação para estas artes surgiu como forma de recordar os pormenores das viagens que fazia.

Assim, quando terminou a licen-ciatura optou por não começar a tra-balhar de imediato, preferindo viajar pelo mundo durante um ano e meio, passando por cerca de 30 países da Europa e América do Norte. Por nor-ma, as suas viagens funcionam em re-gime de “couch-surfing” ou à boleia, como aconteceu num percurso entre o Tibete e o Nepal. Descreve como “es-pectaculares” todas as experiências de vida que teve durante as viagens, que serviram posteriormente como uma boa inspiração para as histórias contadas aos leitores.

Os textos de Kate Ao foram inicial-mente publicados numa página de Fa-cebook denominada “Travel With No Plan”, acompanhados por imagens que despertavam a atenção dos internautas.

Em 2015, foi convidada para fazer uma exposição de fotografia pela Asso-ciação de Arte de Macau que patrocinou a mostra e considerou que os textos da jovem seriam adequados e até “bastante atractivos” para a descrição dos registos fotográficos. Assim nasceu um livro que compila todas as suas histórias.

Ao JORNAL TRIBUNA DE MA-CAU, Kate Ao recorda que quando esteve no Nepal tirou fotografias a uma aula do ensino secundário. “Era para tirar apenas estando do lado de fora da janela, mas uma aluna ficou totalmente assustada com a minha atitude”, conta. Posteriormente, mos-

trou à jovem de 15 anos a fotografia e “a atmosfera ficou mais relaxada”, já que o susto da estudante devia-se ao facto de nunca ter visto uma máquina fotográfica semelhante.

“Como a minha máquina é grande, parece uma arma”, frisou. Antes de visitar o Nepal, admitiu, nunca pen-sou que tal situação pudesse aconte-cer. Por isso, ainda hoje se lembra da expressão facial da jovem fotografada naquele momento.

Kate Ao concluiu um curso de Ges-

tão em Taiwan, mas a sua vida acabou por seguir um rumo completamente diferente. “Gosto muito de tirar foto-grafias”, afirmou, assumindo, ainda assim, que tem alguma falta de conhe-cimentos no que respeita ao tratamen-to das imagens, mostrando-se, por isso, interessada em saber mais sobre os pormenores técnicos da fotografia e não apenas “coisas superficiais”.

Assim, mais tarde decidiu retomar os estudos no âmbito da fotografia. Actualmente, está a frequentar um

curso em Varsóvia, na Polónia, para continuar a concretizar os seus so-nhos “fotográficos”.

Para a artista, tirar fotografias não é algo que visa apenas recordar um momento em particular, mas antes uma arte que junta muitos factores. O que mais gosta de fotografar é a ver-dadeira face das pessoas e das coisas. “Quando conheço as histórias das pessoas, fico emocionada porque os relatos reais têm mais poder”, confes-sa Kate Ao.

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Allegiant14:10 • 18:50 • 22:35

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50 DISCOVERY12:55 Deadly Dilemmas 13:25 American Chopper 14:20 Killing Fields 15:15 You Have Been Warned 16:10 Survive That! 17:05 How Do They Do It? 18:00

You Have Been Warned 19:00 Survive That! 20:00 Catching Monsters 21:00 How Do They Do It? 22:00 The Gadget Show: World Tour 23:00 Strip The City 00:00 Catching Monsters 00:55 How Do They Do It?

54 HISTORY13:00 Swamp People 14:00 Chasing Monsters 15:00 Appalachian Outlaws 16:00 Forged In Fire 17:00 Vikings 18:00 Chasing Monsters 19:00 The Bible 21:00 Vikings 23:00 Texas Rising 00:00 Ancient Aliens

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Sexta-feira, 18 de Março de 2016 JTM | LAZER 23

Selena Gomez destronaTaylor Swift no InstagramA cantora Selena Gomez é agora a personalidade mais seguida no Instagram, por 69,5 milhões de pessoas, ultrapassando a sua amiga Taylor Swift, anterior líder com 69,2 milhões de fãs. Na sua página, a antiga estrela da Disney, de 23 anos, dá prioridade tanto a fotografias em contexto de trabalho - sessões fotográficas, desfiles ou concertos - como a imagens do seu dia-a-dia - ao lado de amigos, de familiares, a cozinhar ou a passear pelas cidades. Na totalidade, Gomez já fez mais de 1131 publicações. Quanto ao terceiro lugar, continua nas mãos de Kim Kardashian, com 63,7 milhões de “followers”. Seguem-se Ariana Grande (63,3 milhões), Beyoncé (63,1 milhões) e o ex-namorado de Selena, Justin Bieber (61,6 milhões).

• • • CULTURA

Há três meses, na véspera do seu aniversário (nasceu no dia de São Nicolau, 6 de Dezem-bro, em 1929), Nikolaus Harnoncourt anun-

ciara de forma sincera e singela, ao seu público de Viena e ao mundo – urbi et orbi, portanto – o final da sua carreira de maestro, admitindo não deter mais capacidades físicas para continuar.

Quem o conhecesse bem terá de imediato temido o pior – pois dele era uma máxima que dizia “não posso parar, senão fico prostrado na cama e nunca mais me levanto!” E a mulher de toda a vida, Alice (violinista), era a primeira a não o deixar desdizer-se...

Precisamente três meses depois, Nikolaus faleceu, aos 86 anos, derrotado por um cancro de que padecia há alguns anos e que muito poucos conheciam.

Extingue-se assim a presença entre nós de al-guém que foi verdadeiramente um portador de luz sobre a arte de interpretar a música erudita da tra-dição ocidental. Que começou por ser um “porta-fa-cho”, quando, nos anos 50, decidiu virar do avesso a forma de interpretar o repertório barroco e clássico.

Na Áustria natal (filho de austríacos, Harnoncourt nasceu em Berlim, onde o pai trabalhava, mas a famí-lia mudou-se para a Áustria ainda ele bebé), compa-ram a sua envergadura e a relevância do seu legado aos de dois (outros) gigantes da regência orquestral: Wilhelm Furtwängler e Herbert von Karajan. Agora, a quente sobre o seu desaparecimento, poderá pare-cer exagerado, mas cremos que os anos e as décadas próximas confirmarão essas afinidade e proximidade.

Uma coisa é certa: Harnoncourt foi o verdadeiro pai da maior mudança de paradigma interpretativo verificada no século XX. Foi esta a abordagem das

• • • E AINDA

Nikolaus Harnoncourt foi uma figura decisiva do mundo da música clássica do pós-II Guerra e deixa uma vastíssima discografia

obras a partir de considerações históricas, preco-nizando a necessidade de consultar as várias fon-tes e compará-las; investigar a performance practice (prática interpretativa) adequada à obra, de acordo com autor, época, local, estilo, género, função; re-cuperação de instrumentos coetâneos da época em que a música foi feita, ou estímulo à construção de cópias modernas desses instrumentos, para se ob-ter um som o mais aproximado possível daquele em que as obras primeiro soaram; estudo detalhado da técnica de execução desses instrumentos, assim como da estética que guiava a interpretação musi-cal; ligação da interpretação musical aos princípios da retórica e da voz humana; formação de agrupa-mentos instrumentais semelhantes aos que existiam em séculos passados para devolver ( observando as premissas acima) um som “autêntico”.

Foi precisamente isso que Harnoncourt fez

quando criou o Concentus Musicus Wien na década de 1950, grupo com o qual viria a revolucionar a cena da “música clássica” nas décadas de 1960 e 70.

A partir, sobretudo, da década de 1980, começou a dirigir orquestras grandes e de instrumentos mo-dernos, mas aplicando, na extensão possível, prin-cípios interpretativos historicistas.

Contudo, Harnoncourt era tudo menos um funda-mentalista, ou tão ingénuo que acreditasse na absoluta autenticidade. Era antes de mais um artista e um intér-prete que amava a música o suficiente para saber que ela, vinda embora do passado (por vezes distante) tem porém de comunicar e emocionar as sociedades de hoje.

O seu ideal ficou registado em centenas de gra-vações e estas, como o seu exemplo, são os “ombros de gigante” que será preciso escalar para ver mais além. Sempre.

JTM/DN

Jessica Chastain brilhaem campanha de jóiasJessica Chastain está absolutamente radiosa na nova campanha da Piaget, marca de jóias de luxo. A actriz, que é embaixadora da marca desde o ano passado, foi fotografada por James White. A nova colecção apresenta criações com esmeraldas, relógios com estilo vintage e anéis. «Inspirada por alguns dos designs mais belos e de cortar a respiração dos seus arquivos, a colecção Extremely Piaget é uma montra fabulosa de diamantes, esmeraldas, safiras e trabalhos intricados em ouro, que mostram a paixão da Piaget pela criatividade radiosa e carismática», refere a marca.

Bernardo Mariano

Mudade roupa

em tempo recorde

Renee Somerfield é uma modelo que vem

das praias do sul de Sydney, na Austrália e não é só idolatrada

pela maravilhosa pele bronzeada, olhos verdes

ou até mesmo pelo corpo divino que apresenta.

Renee é conhecida pela personalidade

borbulhante, atitude vigorante e positiva, bem como pela forte ética de trabalho. A nossa musa

é também admirada entre os seus seguidores por mudar de roupa em

tempo recorde e tirar boas fotos logo à primeira.

Harnoncourt: um maestro incontornávelna música clássica do pós Grande Guerra

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24 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 18 de Março de 2016 • Fecho da Edição • 02:00 horas

Jornalista chinêsdesaparece após comentarcarta que critica Xi JinpingJia Jia, conhecido jornalista chinês, está desa-parecido desde terça-feira, dia em que deveria embarcar num avião em Pequim com destino a Hong Kong, e familiares e amigos temem que tenha sido interceptado pelas autoridades devido a uma carta que pedia a renúncia do Presidente da China, Xi Jinping. Esse é pelo menos o receio assumido por Wang Wusi, fa-moso blogueiro e amigo do jornalista, numa mensagem à qual a Agência EFE teve aces-so e que Wang divulgou numa aplicação de mensagens de telemóvel. Wang diz que “há a suspeita” de que o desaparecimento de Jia tenha a ver com o seu interesse por uma carta que, assinada de forma anónima por “mem-bros leais ao Partido Comunista”, pede a re-núncia de Xi Jinping. A carta foi publicada no portal “Wujie News”, ligado ao governo, a 4 de Março, na véspera do início da sessão anual da Assembleia Nacional Popular, mas foi retirada pouco depois. Segundo Wang, Jia, que vive actualmente em Hong Kong, soube da existência da carta através de comentários de amigos no “Wechat” e entrou em contato com o director-executivo do portal, Ouyang Hongliang, com quem trabalhou no passado. As autoridades incumbidas de censurar con-teúdos na internet, interrogaram Ouyang e, aparentemente, este terá comentado que a pri-meira notícia que tinha recebido da carta tinha sido pela boca do jornalista, apontou Wang, acrescentando que familiares de Jia na provín-cia de Shaanxi foram também interrogados.

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COM

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AEspecialista de Portugal veio ministrar curso sobre “Contratação Pública”A convite do Comissariado de Auditoria (CA), a subdirectora-geral da Direcção-Geral do Tribunal de Contas de Portugal, Márcia Vala, veio a Macau para ministrar um curso sobre “Contratação Pública”, en-tre 15 e 18 de Março. Segundo o CA, a iniciativa vi-sou aprofundar os conhecimentos jurídicos na área da contratação pública, a nível local e internacional, por parte do pessoal da área de auditoria. Durante o curso foram apresentadas, as modalidades de controlo efec-tuadas pelo Tribunal de Contas em sede de contratação pública, sendo salientado que dependem da realidade de cada país ou região. A acção de formação contou com 52 participantes, alguns dos quais da Assembleia Legislativa, Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça e Direcção dos Serviços de Finanças. Márcia Vala foi recebida pelo Comissário de Auditoria, Ho Veng On, tendo sido trocadas impressões sobre o estreitamento das relações entre as duas instituições superiores de controlo.

O Papa Francisco demonstrou “muito apreço” pelos portugueses, disse ontem Marcelo Rebelo de Sousa, após ter sido recebido no Vaticano pelo Sumo Pontífice. Embora sem revelar a posição do líder da Igreja Católica, confessou ainda ter ficado “muito feliz” com a resposta do Papa ao convite para visitar Portugal

Marcelo convida Papa e fica “muito feliz” com a resposta

O Presidente português manifes-tou-se ontem feliz com a respos-ta dada pelo Papa Francisco ao

convite formal para visitar Portugal em 2017 por ocasião do centenário das apa-rições de Fátima, sem revelar o que disse concretamente. “Não estou neste mo-mento autorizado a poder dizer publi-camente qual a posição do Santo Padre. Nós sabemos que recebe muitos convites. O máximo que eu posso dizer é que saí muito feliz da audiência”, revelou Mar-celo Rebelo de Sousa, numa conferência de imprensa na residência da embaixada portuguesa junto da Santa Sé.

Questionado se a natureza do convi-te é para que a visita decorra não só em Fátima mas também em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “O convite

é para uma visita a Portugal, ponto final parágrafo, não entro em pormenores”.

Em 2013, o então Presidente da Repú-blica, Aníbal Cavaco Silva, já havia convi-dado o Papa Francisco a visitar Portugal em 2017.

Marcelo Rebelo de Sousa foi ontem recebido pelo Papa Francisco, numa au-diência a sós que durou cerca de meia hora, e seguidamente encontrou-se com o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, cargo equivalente a primeiro--ministro, que confirmou a sua presença em Fátima nos dias 12 e 13 de Outubro deste ano.

O Vaticano foi o primeiro destino de Marcelo Rebelo de Sousa enquanto Chefe

de Estado, no mesmo dia em que seguiu para Madrid, onde se encontrou com os reis de Espanha. O Presidente justificou a opção pelo Vaticano, com o facto de ter sido essa a primeira entidade a reco-nhecer internacionalmente Portugal, em 1179, como um estado independente e D. Afonso Henriques como rei.

Segundo o Presidente, na audiência ficou “muito patente” o apreço do Papa pelos portugueses. “Muito impressiva foi a audiência com o Santo Padre, porque ficou muito, muito patente o modo como acompanha o que se passa em Portugal e o apreço que tem por Portugal e pelos portugueses. Considerei isso muito sig-nificativo”, afirmou. “O Papa Francisco

referiu-se a Portugal e aos portugueses com muito, muito apreço”.

“Recordou que na sua infância li-dou de muito perto com portugueses. A família vivia numa área onde havia muitos portugueses e desde muito cedo conheceu os portugueses emigrantes na Argentina, os portugueses povo trabalha-dor, humilde, sério, fraternal e solidário”, contou.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, o Papa Francisco “percebe a vo-cação universal dos portugueses”. “Não é um fenómeno que seja preciso explicar--lhe, percebe”, frisou, sempre insistindo que Francisco se referiu a Portugal de um modo “quase carinhoso”.

Na troca de presentes, o Presidente português ofereceu ao Papa um conjunto de paramentos desenhados pelo arquitec-to português Álvaro Siza Vieira, e ainda um registo de Santo António, “talvez um dos mais bonitos” da sua colecção pes-soal. Já o Papa ofereceu versões portu-guesas da encíclica “Louvado sejas” e da exortação apostólica “Alegria do Evan-gelho”, os dois grandes documentos do pontificado de Francisco, bem como um medalhão com dois ramos de oliveira en-trelaçados.

A Lusa testemunhou que o chefe da Igreja Católica explicou que a oliveira é o sinal da paz e que a missão dos governan-tes é construir a paz.

JTM/Lusa

China move prédio histórico com mais de 100 anosUm edifício histórico com mais de 100 anos de idade será transportado para outro local, uma vez que a área onde se situa vai acolher um novo arranha-céu em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei. Especialis-tas montaram uma operação para mover o prédio, processo que implicará a utilização de seis barras de betão para ajudar no transporte. Segundo Li Liangliang, um dos especialistas, a parte mais importante de toda a operação envolve o reforço do edifício, para que este não seja danificado. O edifício de três andares é considerado uma relíquia cultural da era re-publicana da China (1912-1949). Nessa altura, os comerciantes de Wuhan reuniram fundos para instalar um grupo de Bombeiros no edifício. De-pois de 1949, o prédio foi entregue à Secretaria da Segurança Pública de Wuhan. Com a venda do lote a empresários imobiliários, o edifício histórico será agora levado para outra área, a cerca de 100 metros de distância.