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    Introduo s Opes

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    Preencha a ficha de cadastrono final deste livro

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    Introduo s Opes

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    2010, Elsevier Editora Ltda.

    Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no9.610, de 19/02/1998.

    Nenhuma parte deste livro, sem autorizao prvia por escrito da editora, poder ser reproduzida ou

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    Copidesque:Shirley Lima

    Reviso: Cindy Leopoldo

    Editorao Eletrnica: Estdio Castellani

    Elsevier Editora Ltda.

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    Servio de Atendimento ao Cliente

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    [email protected]

    ISBN 978-85-352-3504-3

    Nota: Muito zelo e tcnica foram empregados na edio desta obra. No entanto, podem ocorrer erros

    de digitao, impresso ou dvida conceitual. Em qualquer das hipteses, solicitamos a comunicao

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    Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a

    pessoas ou bens, originados do uso desta publicao.

    CIP-Brasil. Catalogao-na-fonte

    Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ

    H579i Hissa, Maurcio (Bastter)

    Introduo s opes : aprenda a operar com segurana /

    Bastter. Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.

    il. (ExpoMoney)

    ISBN 978-85-352-3504-3

    1. Mercado de opes. 2. Finanas pessoais. I. Ttulo.

    II. Srie.

    10-2826. CDD: 332.6453 CDU: 336.764

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    A todos que algum dia me fizeram alguma pergunta

    sobre opes ou quiseram aprender opes comigo.Graas a vocs estudei muito mais e aprendi muito mais.

    Muito obrigado!

    Bastter

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    Apresentao

    Com este terceiro livro, Bastter d continuidade sua ambiciosamisso de educar investidores para que utilizem o mercado de opes

    visando a garantir bons resultados em suas carteiras de investimentos.

    Como de seu feitio, a inteno levar o assunto de maneira did-

    tica a pblicos cada vez maiores, mesmo que sejam completamente

    leigos em relao ao assunto. A proposta desta obra mostrar que

    o mercado de opes no um bicho de sete cabeas e ensinar os

    benefcios do uso consciente desse mercado para proteger os ganhos

    das carteiras de aes.

    A misso nobre, por seu propsito igualitrio e bem-intencio-

    nado, ao mesmo tempo em que benfica a todos aqueles que par-

    ticipam ou no do mercado de capitais. Quanto mais investidores

    capacitados a fazer boas escolhas houver no mercado, mais estveis

    tendem a ser os preos dos ativos nele negociados, melhor tende a

    ser o desempenho de investidores menos experientes e mais atraente

    o investimento. Isso faz com que mais pessoas invistam e que mais

    empresas abram seu capital, fomentando o crescimento da economia

    por meio do investimento das pessoas fsicas.

    Se voc j leu outras obras do Bastter, e j colocou em prtica o

    que aprendeu, deve estar colhendo bons resultados e tambm deve ter

    amigos que questionam ou no entendem sua estratgia. Est aqui,

    ento, um texto agradvel a ser apresentado queles que dizem no

    entender a lgica ou o risco do mercado de opes. O aprendizado

    certo, e o investimento seguro.

    Gustavo Cerbasi

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    . . .

    Hoje, mais do que nunca, temos que conquistar a nossa indepen-dncia financeira para que possamos ter um futuro melhor. Normal-

    mente no somos disciplinados em relao ao nosso dinheiro, no

    aprendemos a lidar com ele em nossa educao e nem sempre tempos

    a oportunidade de aprimorar nossos conhecimentos sobre investimen-

    tos e os diversos aspectos do mercado de capitais. Por isso, a Coleo

    Expo Money foi desenvolvida, como um agente transformador da so-

    ciedade, um guia para compreender melhor este maravilhoso mundo

    dos investimentos.

    O conhecimento que voc est adquirindo foi desenvolvido por umespecialista no assunto e ter grande utilidade no entendimento das

    questes que tanto nos afligem: cuidar melhor do nosso dinheiro e do

    nosso futuro.

    O grande segredo para um futuro financeiro melhor e mais eficien-

    te est, agora, em suas mos. Lembre-se, no existe frmula mgica

    para ficar rico, o mais importante est na sua atitude diante das opor-

    tunidades que se apresentam a voc. O nosso objetivo como coorde-

    nadores desta coleo a transformao para uma sociedade maisjusta e digna para todos. Boa leitura!

    Robert DannenbergPresidente

    www.expomoney.com.br

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    Sumrio

    CAPTULO IPara Que Servem as Opes 11.1 O que fazer na bolsa de valores? 2

    1.2 Eu sou obrigado a operar opes? 3

    1.3 Vantagens de operar opes 3

    1.4 O que fazer com as opes? 4

    1.4.1 Compra e venda a seco de opes 4

    1.4.2 Travas 4

    1.4.3 Venda coberta 51.5 Mas, afinal, para que servem as opes? 5

    CAPTULO I I

    O Que So e Como Funcionam as Opes 72.1 O que so opes? 8

    2.2 O que pode acontecer? 10

    2.3 As opes de aes 12

    2.4 Conceitos bsicos das opes 13

    2.4.1 Preo de exerccio e data de exerccio 13

    2.4.2 Posio da opo em relao ao preo da ao 13

    2.4.3 Componentes do preo da opo 15

    2.5 O que influencia o preo das opes? 17

    2.6 Juntando Tudo 23

    CAPTULO I I I

    Entendendo o Tempo e a Distncia 25

    3.1 O que o tempo tem a ver com as opes? 263.2 Influncia do tempo 30

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    3.3 Influncia da distncia 35

    3.4 Combinando as influncias 37

    CAPTULO IVO Valor de Expectativa das Opes (VE) 414.1 O que VE? 42

    4.2 Como funciona o VE 44

    CAPTULO V

    Fcil Compreender a Volatilidade 495.1 O que volatilidade? 50

    5.2 Influncia da volatilidade nas opes 51

    5.2.1 Exemplo prtico 51

    5.3 O mercado e a volatilidade 55

    CAPTULO VI

    Opes no Brasil 576.1 Caractersticas especiais do mercado de opes no Brasil 58

    6.2 Nomenclatura das opes 59

    6.3 Lotes negociados de opes 60

    6.4 Regras do exerccio de opes (data de vencimento) 616.4.1 Operacional 63

    6.4.2 Margem 63

    6.4.3 Imposto de renda 65

    6.4.4 Dividendos e proventos 67

    6.5 Adaptaes ao mercado brasileiro 67

    CAPTULO VI I

    Comece Pela Venda Coberta 697.1 O que venda coberta? 707.2 Conceitos bsicos da venda coberta 71

    7.2.1 Modalidades 75

    7.2.2 Objetivos 75

    7.3 Verdades e mentiras da venda coberta 77

    7.4 A remunerao da carteira de aes com opes 79

    7.5 Exerccio de opes e imposto de renda 82

    7.6 Como comear 857.7 Qual opo vender e quanto 86

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    7.8 Marcadores para venda coberta 89

    7.9 Como utilizar os marcadores para venda coberta 101

    7.10 Rolagem 102

    7.11 Fluxo de caixa 104

    7.12 Subiu forte, compre 106

    7.13 No necessrio vender sempre 107

    CAPTULO VI I I

    As Raras Oportunidades de Compra 1098.1 Compra de opes 109

    8.2 O que uma boa compra? 111

    8.3 Compra a seco e o tempo 1148.4 Mtodo de compra de opes 114

    8.5 Caractersticas da boa compra 116

    8.6 Compra de opes na prtica 117

    CAPTULO IX

    Operando com o Tempo a seu Favor 1199.1 Tempo e opes 120

    9.2 Venda de VE 121

    9.3 O que um bom VE para vendas? 122

    9.4 Determinando qual VE vender 124

    9.5 Travas 127

    9.5.1 Trava de Baixa (Reverso) 128

    9.5.2 Travas de Alvo (Borboletas) 131

    9.5.3 Trava de Alta (Financiamento) 135

    9.6 Resumo: Venda de VE 138

    CAPTULO XPlanejamento 13910.1 Planejamento geral 140

    10.2 Vencer na bolsa 141

    10.3 Planejamento para vencer na bolsa 143

    10.4 Planejamento para vencer operando opes 146

    10.5 Concluso 147

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    ColeoEXPO MONEY

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    1.1 O que fazer na bolsa de valores?

    Antes de entrar nas opes propriamente ditas, vamos dissertarsobre o pequeno investidor na bolsa de valores. E por que isso? Por-que h relao entre as opes e as aes, j que, na bolsa de valores,

    operamos notadamente opes de aes, as mesmas que abordaremosneste livro.

    A bolsa de valores tem grande utilidade para o pequeno inves-tidor: possibilitar a poupana e o acmulo de capital por meio dacompra de aes de boas empresas para longo prazo. Aqui, no

    vamos abordar a compra de aes e a forma de montar uma car-teira de aes, que o tema de dois outros livros meus (Eu quero

    ser ricoe Sobreviva na bolsa de valores, ambos da Editora Campus/Elsevier), mas apenas falar de aes quando de sua relao comas opes.

    No importa o instrumento utilizado; o fundamental perceberque a riqueza vem do acmulo de capital e se beneficiar dos jurossobre esse dinheiro, e no do giro. Tratamos de algumas formas deoperaes mais avanadas com opes no livro, mas mesmo quem forpor esse caminho deve saber que o objetivo ter lucro nessas ope-

    raes, para, com ele, comprar investimentos de longo prazo, comoaes de boas empresas, ttulos do governo, imveis, entre outros,para ir construindo seu capital.

    No caso das aes, ter uma carteira de boas empresas, realizar com-pras mensais e reaplicar dividendos so iniciativas que podem fazer comque se acumule um capital expressivo ao longo dos anos.

    Desse modo, a bolsa de valores serve ao pequeno investidor comoum local para se tornar scio de grandes empresas e receber parte de

    seus lucros (dividendos), reaplic-los e ir aumentando seu capital,que produzir renda para poder se aposentar e/ou viver em paz, semqualquer presso financeira.

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    1.2 Eu sou obrigado a operar opes?

    No, ningum precisa operar opes para vencer na bolsa. O pe-queno investidor pessoa fsica pode acumular aes de boas empre-sas, reaplicar dividendos, fazer compras mensais e, no longo prazo,acumular um belo capital.

    Muitos passaram pelo mercado e tiveram bons resultados sem jamaissaber o que so opes. Entretanto, as opes podem ser um fator adicio-nal interessante para o crescimento de sua carteira de aes.

    1.3 Vantagens de operar opes

    O caminho do pequeno investidor na bolsa acumular aes deboas empresas. Mas esse caminho no to simples quanto parece.Primeiro, necessrio perseverar, pois, muitas vezes, o incio no f-cil. Os juros compostos levam alguns anos para agir substancialmentee a bolsa cai. Sim, a bolsa cai e, s vezes, cai muito e por perodos lon-gos, e o pequeno investidor inexperiente, ao ver seu capital diminuir,sente-se inseguro, guiado por movimentos de pnico e acaba por ven-der suas aes na baixa, no fundo, aps a queda do mercado: o maiorerro que um investidor de longo prazo em aes pode cometer.

    A grande vantagem das opes, quando se vendem opes sobreuma carteira de aes, impedir que o investidor venda suas aesno fundo, no auge de uma crise, de uma queda forte. Como, nesseperodo, ele estar comprando mais aes a preos mais baratos, como lucro das vendas de opes ele passa a ter uma atitude ativa, e nopassiva, diante da queda, e passa a enxergar que a queda uma opor-

    tunidade, e no um motivo, para entrar em pnico.No deixa de ser uma vantagem a possibilidade de comprar maisaes com as vendas de opes sobre a carteira de ao, mas isso,diferentemente do que muitos pensam, no garantido, como nada na bolsa. De qualquer forma, quando benfeito, sem grandes ambiese com o intuito de alimentar sua carteira de aes, representa uma

    vantagem enorme e potencializa substancialmente os juros compos-tos de sua carteira de aes.

    Alm disso, fcil operar as opes. Quem estuda e trabalha di-reito, sem iluses fceis, quem se preocupa em se desenvolver comooperador, tem nas opes um forte aliado para se tornar um operador

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    melhor. No complicado, como veremos mais adiante neste livro,montar planos completos para operaes com opes que incluem,at mesmo, o mximo que se pode perder na operao se tudo der

    errado (risco mximo). Isso permite treinar e se desenvolver como umbom operador de bolsa, o que necessrio para vencer, mesmo queseja apenas comprando aes e reaplicando dividendos.

    1.4 O que fazer com as opes?

    H diversos tipos de estratgias, mtodos e operaes a serem fei-tas com opes, e alguns sero explicados e exemplificados em deta-

    lhes nos captulos seguintes. Basicamente, podemos classificar emtrs grupos.

    1.4.1 Compra e venda a seco de opes

    Consiste na compra ou venda de opes a seco, isto , em umaposio isolada para tentar obter lucro com a alta ou a queda de valorda opo. A compra de opo a seco pode ser adotada em circuns-

    tncias raras, que vamos detalhar mais adiante. A venda a seco deopes, por sua vez, apresenta risco ilimitado e no deve ser utilizada,a no ser com um seguro (trava) que determine o risco mximo daoperao.

    Essa a modalidade mais comum e, infelizmente, aquela pela quala maioria dos iniciantes comea. E tambm a mais destruidora. At hformas de se operar opes na compra e na venda: algumas estratgiaspodem ser vencedoras, mas isso requer muito estudo, treino e, acima de

    tudo, pacincia para aguardar as oportunidades certas.

    1.4.2 Travas

    So operaes combinadas com opes em que, em geral, se comprauma opo e se vende outra (travas simples) ou se montam operaesmais complexas utilizando mais de duas opes diferentes (travas com-plexas, como operaes-alvo ou operaes de volatilidade).

    Nessa modalidade, diferente das operaes a seco, mais de umaopo est envolvida, mas o risco limitado, o que possibilita operardentro de um bom controle de risco. A despeito disso, so operaes

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    mais avanadas que requerem conhecimento e experincia maiorescom opes e devem ser utilizadas apenas quando se tiver mais expe-rincia com opes.

    O que vemos, na prtica, infelizmente, que muitos iniciantesdesiludidos com a compra e a venda a seco encontram nas travas asoluo para suas esperanas irreais de enriquecimento fcil usandoas opes. Ser apenas mais uma desiluso. Embora sejam operaesmuitas vezes interessantes que podem produzir bons resultados, noso mgicas.

    1.4.3 Venda cobertaSo operaes em que se vendem opes de compra sobre a car-

    teira de aes. O objetivo remunerar a carteira de aes com essavenda e, com o possvel lucro obtido com ela, comprar mais aes.Consiste numa operao bem simples com risco limitado. Ns a vere-mos em detalhes nos captulos seguintes.

    H outra modalidade de venda coberta que a chamada operaode taxa. De acordo com essa modalidade, a inteno no remuneraruma carteira de aes e comprar mais aes, mas apenas remunerarcapital, obtendo uma renda sobre o investimento feito, utilizando,para tanto, a ao e as opes. Essa modalidade deve ser usada ape-nas pelos que tm mais capital e experincia.

    1.5 Mas, afinal, para que servem as opes?

    Para o pequeno investidor, a grande utilidade das opes com-prar mais aes. O objetivo do pequeno investidor na bolsa deve sermontar uma carteira de aes de empresas boas. Como se pode ali-mentar essa carteira? Basicamente, com compras peridicas, comparte da poupana do dinheiro de seu trabalho e com a reaplicaodos proventos (dividendos etc.). As opes poderiam ser utilizadas emconjunto com a carteira, a fim de acelerar esse processo de aumentode sua carteira de aes, potencializando os juros compostos de sua

    carteira de aes. No longo prazo, se feito direito, isso faria com queuma carteira de aes bem maior fosse produzida e a tranquilidadefinanceira fosse alcanada em menos tempo.

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    As opes entrariam, no importa qual tipo de operao voc esti-vesse fazendo, como coadjuvantes no processo, que tem como obje-tivo acumular cada vez mais aes de boas empresas. Operar opes

    relacionadas sua carteira de aes, com o objetivo de aliment-la, bem mais fcil e apresenta risco significativamente mais controlado.

    importante que o pequeno investidor que opera opes no per-ca o foco, que montar uma carteira de aes de boas empresas comparte de sua poupana de longo prazo, para ir aumentando seu capitale, um dia, ter tranquilidade financeira, de modo a lhe permitir teruma vida melhor. muito comum as opes tomarem todo o tempodo pequeno investidor e passarem a ser seu grande objetivo no merca-

    do e, o que pior, s vezes at mesmo na vida.As opes tm a incrvel capacidade de tomar conta da vida do

    operador: ele fica totalmente viciado e se preocupa apenas com elas.Isso acontece quando se esquece o objetivo principal, que a carteirade aes, e se envolvido pela fantasia do lucro fcil e rpido com asopes. Ao manter o foco no interesse principal, que a carteira deaes, no importa o tipo de operao que se esteja fazendo, as op-es podem ser utilizadas com risco controlado, sem tirar a harmoniada vida do operador, e com o grande potencial de ser importante co-adjuvante do seu investimento em aes e do seu acmulo de capitalde longo prazo.

    Nos prximos captulos, veremos como fazer isso.

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    Introduo s Opes

    2.1 O que so opes?

    Opes so direitos negociados no mercado. Vamos a um exemplosimples:

    Paulo gosta muito do carro de Joo e quer compr-lo. Estamos

    em janeiro e Paulo s receber dinheiro suficiente para compr-loem maro, dois meses depois. Mas Joo diz a Paulo: Se aparecer umcomprador, vou ter de vend-lo.

    Paulo quer muito comprar o carro. Por outro lado, no tem dinhei-ro de imediato. Ao refletir sobre o assunto, surge uma ideia brilhantee ele faz a seguinte proposta a Joo:

    Voc quer vender seu carro por R$20 mil. Proponho o seguinte: pago

    R$500 pelo direito de comprar seu carro por R$20 mil at o dia 31 de

    maro deste ano. Se at essa data eu no comprar seu carro, voc

    pode vend-lo a quem quiser, pois estar livre da obrigao. Mas at

    o dia 31 de maro voc est preso ao contrato, que o obriga a me

    vender o carro por R$20 mil.

    Joo aceita a proposta. Agora vamos examinar essa situao:

    1. O ativo a ser negociado o carro de Joo.2. O preo do carro no Mercado, neste momento, de R$20 mil.3. O preo do direito (tambm chamado de prmio, pois o que

    Joo ir receber para se colocar na obrigao de vender o bem)que Paulo pretende comprar de Joo de R$500.

    4. Data em que o direito expira = 31 de maro.

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    O Que So e Como Funcionam as Opes

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    ColeoEXPO MONEY

    Mas o que isso significa?

    Paulo comprou por R$500 uma opo de compra do carro de Joo,com o preo de exerccio de R$20 mil e data de exerccio (vencimen-to) em 31 de maro.

    Paulo pagou R$500 pelo DIREITO de comprar o carro de Joo aR$20 mil at o dia 31 de maro. Joo vendeu o direito, colocando-se na obrigao de vender o carro a Paulo por R$20 mil at o dia 31de maro. Para se colocar nessa obrigao, ele recebeu R$500. Noimporta o que acontea, essa quantia dele, porque os recebeu pela

    venda do direito e no pela venda do carro.

    Qual a razo por trs de tudo isso?

    Paulo deseja o carro e acha que o preo pedido um bom negcio;ento, para ele, talvez seja vantajoso gastar R$500 para garantir acompra a esse preo at a data em que ter o dinheiro necessrio paracomprar o carro.

    Joo vai vender o carro de qualquer forma, mas, se no tiver pres-sa, ao receber R$500, ter garantido mais 2,5% na venda do carro; e,se Paulo desistir da compra, aps o dia 31 de maro, ele no ter maisa obrigao de vender o carro ao amigo e os R$500 ficam para ele.

    Agora, vamos transformar isso em opcions ou a linguagem dasopes.

    As opes tm as seguintes caractersticas:

    1. Ativo subjacente ativo do qual deriva a opo.2. Preo de exercciopreo pelo qual o ativo adjacente sernegociado se a opo for exercida.

    3. Data de vencimentodata a partir da qual a opo deixa devaler e existir se no for exercida.

    Ento:O ativo subjacente o carro de Joo. A opo de compra que

    Paulo adquiriu de Joo por R$500 significa odireito de comprar seucarroa R$20 mil at o dia 31 de maro.

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    Introduo s Opes

    O preo de exerccio R$20 mil, ou seja, se Paulo exercer seu direi-to,comprar o carro de Joo por R$20 mil. Exercer uma opo signi-fica exercer o direito inerente a ela, ou seja, o direito de comprar o ativo

    subjacente ao preo de exerccio antes da data de vencimento.1Adata de vencimento 31 de maro. Aps este dia, a opo

    deixa de existir e, junto com ela, o direito. Se o comprador ou pro-prietrio da opo (do direito) no exerc-lo at essa data, o direito(opo) deixar de existir e o vendedor no estar mais obrigado a

    vender o ativo subjacente para o comprador ao preo predeterminado.Junto com a opo (ou direito), sua obrigao morre.

    2.2 O que pode acontecer?

    A negociao foi feita. Paulo pagou a Joo R$500 pelo direito (op-o de compra) de negociar o carro de Joo por R$20 mil at a data-limite de 31 de maro.

    E, agora, o que pode acontecer?

    Hiptese 1: Paulo exerce seu direito, paga R$20 mil a Joopelo carro, antes do dia 31 de maro. Joo entrega o carro aPaulo, recebe R$20 mil e os R$500 da venda do direito tambmso seus.Hiptese 2: O carro cai de preo no mercado e Paulo v carrossemelhantes ao de Joo sendo vendidos a R$15 mil. Ento, eleresolve abrir mo de seu direito de comprar o carro de Joo por

    1Isso no caso de opes de compra, que so nosso assunto neste livro. Uma opode compra sempre o direito de comprar um ativo a um preo predeterminado.A opo de venda seria o direito de vender o ativo. Quando um investidor comprauma opo de venda, passa a ter o direito de vender o ativo subjacente ao preopredeterminado, enquanto o vendedor da opo de venda se coloca na obrigaode comprar o ativo ao preo predeterminado se o comprador exercer seu direito.A opo de compra o direito de comprar, enquanto a opo de venda o direitode vender. No se deve confundir vender uma opo de compra com uma opode venda. At o momento da publicao deste livro, as opes de venda pratica-

    mente no so negociadas por pequenos investidores na bolsa do Brasil. Por essarazo, abordaremos neste livro, na maior parte do tempo, as opes de compra.Sempre que estivermos nos referindo a opes, a no ser que se diga o contrrio,estaremos falando de opes de compra.

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    R$20 mil e compra outro igual no mercado por R$15 mil. Adespeito de ter perdido os R$500 referentes compra do di-reito, ter pedido menos do que se tivesse comprado o carro a

    R$20 mil. Joo, aps o prazo do fim do direito, pode vender ocarro, mas por um valor inferior ao inicialmente estipulado, ou

    vender o direito novamente a outra pessoa. S que agora o di-reito de comprar o carro a R$20 mil no vale mais R$500, pois,com a perda de valor do carro, menos interessante ter o direitode compr-lo a R$20 mil. Joo pode vender o mesmo direito porum prmio menor ou vender o direito de vender o carro a R$15mil por aproximadamente os mesmos R$500.

    Hiptese 3: O carro sobe de preo no mercado, passa a valermuito mais que R$20 mil e, em consequncia, o direito de com-pr-lo a R$20 mil passa a valer mais. Ao ver isso, Paulo, em vezde exercer seu direito de comprar o carro a R$20 mil, vende-o(opo de compra) a outra pessoa por R$1 mil, embolsando umlucro de R$500. A partir do momento em que vende a opo decompra, ele no tem mais o direito, mas Joo continua com aobrigao, ainda que agora relativa a outra pessoa.Hiptese 4: Joo, vendo o carro subir de preo no mercado esabendo que ter de vend-lo por apenas R$20 mil se Pauloexercer seu direito, vai ao mercado e compra de Manuel o di-reito de comprar um carro semelhante ao seu no mesmo pre-o de exerccio (R$20 mil) com o mesmo vencimento (31 demaro). Tendo o carro (ativo subjacente) subido de preo, odireito (opo de compra) tambm sobe de preo e seu prmio

    fica mais caro. Assim, para comprar outro direito semelhante aoque vendeu, Joo ter prejuzo, mas pode achar melhor assumirprejuzo na negociao da opo do que vender o carro a umpreo bem menor do que do mercado. Se ele estava vendidono direito (opo de compra) e compra um direito semelhante,passa a estar zerado, livre de obrigaes e sem direitos. Obvia-mente, Paulo ainda ter seu direito de comprar um carro igualao de Joo por R$20 mil, mas a obrigao de vender o carro

    agora ser de Manuel. Como Joo tem a obrigao de venderum carro e o direito de comprar um carro, uma anula a outra eele passa a no ter mais nem obrigao nem direito, o que, no

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    mercado, se chama estar zerado. Na vida real, na bolsa de va-lores, esses direitos e obrigaes vo sendo casados pela bolsa,segundo regras e sorteios, medida que so exercidos.

    Essas so algumas possibilidades. No mercado de opes de aes,que o que nos interessa, h muito mais possibilidades, mas com-preender essas hipteses exemplificadas o primeiro passo. Todas assituaes citadas ocorrem com as aes e suas opes.

    2.3 As opes de aes

    Usamos o exemplo do carro para chegar ao que interessa: as op-es de aes. Essas so as opes que o pequeno investidor pessoafsica deve operar no Brasil.

    Uma opo de compra de ao o direito de comprar a ao.Quando voc compra uma opo de ao, estar comprando o direito

    de comprar a ao a determinado preo at determinada data, como noexemplo anterior do carro. E o nmero de opes compradas correspon-de ao nmero de aes que esto includas no direito.

    Na maior parte das vezes, voc no vai exercer esse direito, que tam-bm no ser exercido em sua obrigao (quando vender a opo). Oobjetivo, em geral, auferir lucro (para comprar mais aes) com anegociao dos direitos apenas, pois o exerccio dos direitos que leva negociao das aes aumenta expressivamente os custos das tran-saes e os impostos. Alm do mais, para o pequeno investidor, que

    tem como objetivo acumular aes no longo prazo como uma poupan-a em renda varivel, no interessante vender suas aes, especial-mente por conta dos custos com imposto de renda.

    A ao o ativo subjacente do qual deriva a opo.2 tambm a basesobre a qual voc negociar suas opes, com o objetivo de aumentar suacarteira de aes. Repetindo: o pequeno investidor deve construir uma

    2Neste livro, usamos exemplos de opes da Petrobras PN (PETR4) e da Vale PNA

    (VALE5), sobre as quais, at este momento, se negociam opes no Brasil. H opesde outras aes tambm, mas o grosso dos negcios se encontra nessas duas aes, aomenos at a publicao deste livro. Embora utilizemos essas duas aes, os conceitosensinados neste livro servem para opes de qualquer ao.

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    carteira de aes e, tendo essa carteira como base, segurana e objetivo,operar opes a fim de aliment-la com a compra de mais aes. Fun-ciona como uma simbiose. A carteira de aes protege as operaes

    com opes (pois serve como margem e proteo venda das opes),enquanto as opes alimentam a carteira de aes.

    2.4 Conceitos bsicos das opes

    2.4.1 Preo de exerccio e data de exerccio

    O preo predeterminado em que ser feita a negociao se umaopo for exercida conhecido como o preo de exerccio, ou PE,ou ainda strike da opo. Quando uma opo de compra exercida,o proprietrio (comprador) paga pela ao o preo de exerccio, en-quanto o lanador vende a ao ao preo de exerccio.

    A data-limite para o exerccio das opes, aps a qual a opo dei-xa de existir, a data de exerccio ou dia de vencimento das opes,pois, nesses dias, os contratos que no forem exercidos morrem sem

    valor, simplesmente deixam de existir. No Brasil, isso ocorre sempre

    na terceira segunda-feira do ms.

    Exemplo:A opo de compra de PETR JUL 40 (PETRG40)3 repre-senta o direito de comprar PETR a R$40 at a data de exerccio, queocorrer em julho.

    2.4.2 Posio da opo em relao ao preo da ao

    As opes tambm so classificadas de acordo com a posio deseu preo de exerccio em relao ao preo da ao: se o preo de exer-

    3A nomenclatura das opes utiliza o smbolo da ao na bolsa (no caso, PETR), o ms dovencimento (A para janeiro, B para fevereiro, C para maro, at L = dezembro), e um n-mero que normalmente, mas no obrigatoriamente, corresponde ao preo de exerccio daopo. PETRG40, ento, a opo de preo de exerccio de R$40 da Petrobras PN comvencimento em julho. VALEI34 seria a opo de preo de exerccio de R$34 da Vale PNcom vencimento em setembro. Algumas vezes, o nmero no corresponde exatamente ao

    preo de exerccio, ou porque a distribuio de dividendos alterou o preo de exerccio ouporque, quando a opo foi lanada, o nmero correspondente a seu preo de exerccio jestava sendo usado por outra opo com vencimento na mesma data. Veremos as regraspara as opes no Brasil no Captulo 6.

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    ccio for inferior ao preo da ao, a opo dita dentro do dinheiroou In-The-Money (ITM); se o preo de exerccio for bem prximo ouigual ao preo da ao, a opo dita no dinheiro ou At-The-Money

    (ATM); se o preo de exerccio for superior ao preo da ao, a opo dita fora do dinheiro ou Out-of-The-Money (OTM).

    O conceito esttico, mas a ao no , portanto, conforme a aovaria de preos, as opes podem ir variando em relao a essa carac-terstica. Opes ITM podem tornar-se OTM aps uma forte quedae vice-versa. De qualquer forma, o importante saber a posio daopo no momento em que est sendo analisada.

    Exemplificando com a ao Vale PNA (VALE5), a R$42,50, a 30

    dias do vencimento das opes:

    Preo de Exerccio

    da Opo

    Prmio (Preo)

    da Opo (R$)

    ITM/ATM/OTM

    30 12,60 ITM

    32 10,61 ITM

    34 8,70 ITM

    36 7,00 ITM

    38 5,20 ITM

    40 3,80 ITM

    42 2,35 ATM

    44 1,47 OTM

    46 0,80 OTM

    48 0,38 OTM

    50 0,19 OTM

    52 0,10 OTM54 0,04 OTM

    O conceito de ATM no plenamente definido, sendo, de qual-quer forma, a/as opo/opes com preo de exerccio mais prximoao preo da ao. No exemplo anterior, a opo de PE de 42 cer-tamente ATM, mas alguns poderiam considerar ATM tambm asopes sua volta, de PEs de 40 e 44.

    Esses conceitos no so importantes apenas como denominaodas opes, mas tambm para se compreender como elas se compor-tam e quais opes utilizar para suas operaes. As opes reagem de

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    forma diferente aos fatores que influenciam seus preos, de acordocom sua posio em relao ao preo da ao. Apenas como exemplo,uma alterao no preo da ao influenciar, de forma muito mais

    intensa, em termos de variao em centavos, uma opo ITM do queuma OTM. J alteraes na volatilidade influenciaro mais as ATMs,depois as OTMs e, por ltimo, as ITMs. Veremos isso em maioresdetalhes mais adiante; por ora, importante guardar o conceito e adenominao das opes de acordo com seu posicionamento em re-lao ao preo da ao.

    2.4.3 Componentes do preo da opoO preo de uma opo chamado de prmio, constitudo de valor

    intrnseco ou verdadeiro e valor extrnseco ou de expectativa, tambmdenominado VE. Uma opo pode ter apenas um desses ou uma com-binao dos dois.

    O valor intrnseco a parte do prmio da opo que est dentro dodinheiro, ou seja, que fica entre o preo da ao e o preo de exerccioda opo.

    Exemplo 1:A opo de compra de PETRH40 (opo de compra dePetrobras PN para agosto, com preo de exerccio de R$40) possuiR$2 de valor intrnseco se a PETR4 estiver cotada a R$42.

    Somente as opes ITMs ou dentro do dinheiro tm valor intrn-seco, pois, sendo ele a diferena entre o preo da ao e o preode exerccio da opo, essa conta resultaria negativa para as opes

    OTMs ou fora do dinheiro.

    Exemplo 2:Considerando a PETR4 (Petrobras PN) a R$40, a opode preo de exerccio de R$38 teria R$2 de valor intrnseco (40 38= 2), enquanto a opo de preo de exerccio de R$42 no teria valorintrnseco (40 42 = -2). No existe valor intrnseco negativo. Se aopo fora do dinheiro, ou seja, se tem preo de exerccio acima dopreo da ao, ela no possui valor intrnseco.

    Fica fcil compreender o valor intrnseco conhecendo os concei-tos bsicos das opes. Se a opo de preo de exerccio de R$38 doexemplo anterior , na verdade, o direito de comprar PETR4 a R$38,

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    estando a ao PETR4 a R$40, ningum venderia esse direito pormenos de R$2; caso contrrio, estaria dando dinheiro de graa. Se eutenho o direito de comprar PETR4 a R$38 e ela est a R$40 no mer-

    cado, se me vendem esse direito por menos de R$2, basta que eu exer-a o direito, o que significa comprar PETR4 a R$38 e vender a aono mercado a R$40. Como 40 menos 38 igual a 2, se me venderemesse direito por menos de R$2, estaro me dando dinheiro de graa.Logo, no mercado, essa opo vai valer sempre, no mnimo, R$2, poisno mercado real no h lanche de graa. Se no for na hora exata oumuito prximo da hora do vencimento, a opo provavelmente custa-r mais do que esse valor verdadeiro, as custas de o valor extrnseco

    ou de expectativa. Esse nome decorre da expectativa de que a aopossa subir de preo at a hora do vencimento.

    O valor extrnseco ou de expectativa a poro do preo de umaopo (prmio) que est alm do valor intrnseco e tambm alm dopreo da ao. Por ora, estamos lidando com os conceitos bsicos,mas o valor extrnseco a parte da opo que, em geral, vamos nego-ciar e o que realmente interessa nas opes, pois o valor intrnsecoest ligado exclusivamente variao da ao. Se a ao sobe, o valorintrnseco aumenta; se a ao cai, ele diminui.

    Preo PETR4 a 10 dias do

    vencimento

    Preo Opo de PE de 40

    (R$)

    Valor Intrnseco

    (R$)

    44 4,20 4,00

    42 2,50 2,00

    40 0,80 0,00

    38 0,15 0,00

    Veja nesse quadro que a ao varia R$2, de R$42 para R$44 e o valorintrnseco da opo varia os mesmos R$2. O valor intrnseco est total-mente ligado variao da ao e influenciado apenas por este.

    J o valor extrnseco influenciado por quatro fatores alm do pre-o da ao: tempo, preo de exerccio da opo, a volatilidade da aoe a taxa de juros praticada na economia.

    No quadro a seguir, vemos uma opo (PE de 38) com valores in-trnseco e extrnseco, pois ela ligeiramente ITM, dentro do dinheiro,preo de exerccio (PE) abaixo do preo da ao. Vemos tambm uma

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    que s possui valor extrnseco (PE de 42), pois OTM ou fora dodinheiro. E uma que s possui valor intrnseco, pois muito dentrodo dinheiro (ITM). Essas opes que so muito ITM algumas vezes

    mantm um VE residual e, outras vezes, devido baixa liquidez, sonegociadas at a preos um pouco abaixo do valor intrnseco.

    Preo da

    Ao

    PE

    Opo

    Prmio

    (R$)

    Valor Intrnseco

    (R$)

    Valor Extrnseco

    (R$)

    40 38 3,00 2,00 1,00

    40 42 0,50 0,00 0,50

    40 32 8,00 8,00 0,00

    Seguem, ento, as frmulas:

    Valor Intrnseco = Preo da Ao Preo de

    Exerccio da Opo

    Observao:Essa frmula vlida se o resultado for positivo, pois, seo resultado for negativo, a opo OTM e no tem valor intrnseco.

    Valor Extrnseco (VE) = Prmio Opo Valor Intrnseco

    2.5 O que influencia o preo das opes?

    So cinco os fatores que influenciam o preo das opes: preo daao, preo de exerccio da opo, tempo, volatilidade e taxa de juros.Destes, podemos dividir:

    Fatores que interferem positivamente no preo (fatores negati-vos):preo da ao, volatilidade e taxa de juros.

    Fatores que interferem negativamente no preo (fatores negati-

    vos): tempo e preo de exerccio das opes.

    Os fatores positivos influenciam de forma direta a opo, ou seja,se aumentam, o preo da opo tende a aumentar; se diminuem, o

    preo da opo tende a diminuir. Os fatores negativos influenciam deforma inversa, mas aqui cabe abrir parnteses. O tempo maior leva apreos maiores, ento seria um fator positivo, mas o tempo no anda

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    para trs, s para frente, ento sua passagem influencia negativamen-te as opes. J o preo de exerccio no se altera, mas, comparandoos diversos preos de exerccio, quanto maior o preo de exerccio,

    menos custam as opes.Vamos analisar cada fator isoladamente:

    Preo da ao:este o fator mais importante, mas, por ser o mais im-portante e o mais intuitivo, leva muitos a compreenderem equivocada-mente as opes como um ativo semelhante s aes. Embora as opessejam muito influenciadas pelo preo da ao subjacente, essa influncia

    vai variar de acordo com a volatilidade da ao, o tempo para o exerccio

    da opo e a posio da opo em relao ao preo da ao (preo deexerccio), ou seja, de acordo com os outros fatores, a influncia do preoda ao em determinada opo poder ser maior ou menor.

    Apesar de a opo tender a seguir a ao, isso no ocorre diretamentee h outras influncias que podem fazer com que esse padro ocorraequivocadamente. As opes no devem ser utilizadas como aes e noso um substituto da ao. No so aes de R$1. As estratgias que pre-tendem operar as opes to somente a partir do grfico das aes esto

    fadadas ao fracasso, pois compreendem apenas um dos cinco fatores queinfluenciam as opes e demonstram que o operador desconhece a an-lise grfica (que uma ferramenta para aes e futuros) e as opes, queno so influenciadas apenas pelo preo da ao.

    Em tese, se a ao sobe, a opo sobe; e, se a ao cai, a opo cai.S que no mundo real muita coisa pode acontecer para modificar essequadro. Ento, analisando os outros fatores juntos, podemos dizer que:

    Quanto mais distante para fora (OTM) for uma opo, menorser a influncia do preo da ao. Quanto mais para dentro(ITM) for a opo, maior ser a influncia do preo da ao.4

    Exemplo:Se a PETR est a R$40 e sobe para R$41, a PETRC32deve ganhar quase R$1 em seu preo, enquanto a PETRC48, seganhar alguma coisa, sero apenas alguns centavos.

    4

    Esse conceito justamente o Delta, uma das chamadas gregas de Black and Scholes.Como este livro introdutrio ao tema, abordarei as opes sem entrar em B&S.Quem tiver interesse no assunto, deve ler os outros livros desta coleo: Investindoem Opese Operando Opes.

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    Quanto mais voltil for o mercado, 5menos o preo da ao vaiinfluenciar e, quanto menos voltil, mais vai influenciar. Comoo prmio ou preo da opo determinado levando-se em conta

    cinco fatores, se um fator aumenta expressivamente, passa a termais importncia. Ento, em situaes de grande volatilidade, como se ela assumisse maior relevncia, e os outros fatorespassam a ter menos importncia. Como volatilidade elevadasignifica risco alto, os preos das opes sobem de forma a com-pensar esse risco, pois o lanamento de opes se torna maisperigoso; portanto, os lanadores exigem prmios maiores. Eisso acontece independentemente da alta ou da queda da ao.

    claro que, no final das contas, os fatores se relacionam e cadaum desempenha seu papel, mas, para explicar os conceitos iso-ladamente, temos de recorrer a simplificaes tericas.Quanto mais tempo para o vencimento, mais o movimento daao ainda pode influenciar o preo da opo. Quanto menorfor o tempo, menor ser essa capacidade de influenciar emtermos de VE. claro que a parte do preo da opo, que

    valor intrnseco ou verdadeiro, sempre segue o preo da ao,mas, em termos de valor extrnseco (VE), essa influncia tendea diminuir com a passagem do tempo, com exceo das opesmuito prximas ao preo da ao, em que a influncia podepermanecer grande e at aumentar com a proximidade do ven-cimento. Isso porque essas opes passam a valer bem poucoem data prxima ao vencimento, mas tero de reagir expressiva-mente a uma forte alta da ao.

    importante ter cincia de que, quando ocorrem altas ou quedasexpressivas da ao, a influncia do preo da ao passa a ser bem maisimportante, enquanto os outros fatores influenciam bem menos nessasituao. Se uma ao que vale R$40 sobe, por exemplo, R$10 em umdia, claro que a variao nas opes ser expressiva, independente-mente da volatilidade (que estar alta devido variao extraordinria da

    5

    O Captulo 5 aborda volatilidade e sua influncia sobre o preo das opes. No momen-to, basta entender que um mercado muito voltil aquele em que os preos sofrem fortesvariaes, no importa a direo; enquanto um mercado pouco voltil aquele que andade lado, com fracas variaes de preos, no importando tambm para que lado.

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    ao) e do tempo (embora a influncia v variar de acordo com o tempoque falta para o vencimento). No caso da distncia (preo de exerccio),as variaes nos prmios sero diferentes, mas um movimento muito

    forte da ao poder influenciar opes distantes que no seriam quaseinfluenciadas por uma alta normal.

    Volatilidade:a volatilidade influencia positivamente o valor extrn-seco (VE) das opes: quanto maior for a volatilidade da ao, maiortender a ser o VE ou a expectativa nas opes.

    Taxa de juros:falamos pouco nesse fator por duas razes: em primeirolugar, em situaes de taxas de juros normais, sua influncia muito pe-quena. Em segundo lugar, em tese, o aumento da taxa de juros leva a umpequeno aumento nos prmios das opes, mas, na prtica, o aumentoda taxa de juros pode influenciar negativamente o mercado de aes eat levar a uma reduo nos prmios das opes. De qualquer forma,esse fator no muito importante enquanto as taxas de juros no pas semantiverem em nveis baixos e, mais importante que isso, as variaesnas taxas de juros no forem expressivas.6

    Tempo:a influncia do tempo nas opes to importante que oprximo captulo do livro ser s sobre isso. Mas, resumindo de formabem simples, todas as opes perdem algum valor (da parte do prmioacima do preo da ao, ou valor extrnseco) pela passagem de umdia. A influncia do tempo ser tanto maior quanto mais tempo tiverpassado, ou seja, quanto menos tempo de vida uma opo tiver, maisa passagem de um dia ir influenci-la negativamente. fcil visuali-

    zar isso considerando que uma parte do prmio da opo correspondeao tempo e que essa parte ir morrer at o dia do vencimento. Se elaperde uma poro a cada dia que passa, quanto menos dias faltarem,maior ser a poro perdida. Apenas exemplificando teoricamente epegando uma licena matemtica, porque, na prtica, no simplesassim, seria como dizer que, se faltassem 10 dias, ela perderia 10%pela passagem de um dia e faltando 5 dias perderia 20%.

    6

    O Brasil ainda possui taxas de juros elevadas quando comparado com outros pases,mas no so suficientemente altas para produzir grande efeito nas opes. Emsituaes de taxas de juros e custo do dinheiro (inflao) muito elevadas, os prmiosso carregados com essas taxas e se tornam maiores.

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    Uma volatilidade muito alta pode compensar o efeito do tempo eas opes se manterem com VEs altos, apesar da proximidade do ven-cimento. Ainda assim, alguma perda pela passagem do tempo sempre

    ocorrer. Um aspecto que muitos no percebem que, mesmo na altada ao, mesmo a opo se valorizando, h perda de valor pela pas-sagem do tempo. Vamos dizer que, de hoje para amanh, uma oposuba de R$1 para R$1,25. Pode ser que, se no tivesse passado umdia, ela tivesse subido para R$1,28 ou R$1,30, dependendo da situa-o. Mesmo quando uma opo sobe de valor decorrente de uma va-lorizao do ativo subjacente, perde valor pela passagem do tempo.

    A distncia para o preo da ao (preo de exerccio) tambm

    vai influenciar a perda de valor pela passagem do tempo. Em tese,as opes que mais perdem valor em termos absolutos (centavos)pela passagem do tempo so as ATMs ou prximas do preo daao (opes que tm o preo de exerccio prximo do preo daao naquele momento), pois so aquelas que tm mais VE (valorextrnseco) e a perda de valor pela passagem do tempo s ocorre no

    VE. O valor intrnseco da opo segue a ao. Desse modo, as quetm mais VE so aquelas que perdem mais centavos. As opesdentro do dinheiro tm menos VE quanto mais dentro do dinheiroforem. Apesar dos prmios serem maiores, quanto mais dentro dodinheiro (ITM) forem as opes, a maior parte do prmio destasopes consiste de valor intrnseco.

    Desse modo, as opes ITMs perdem pouco valor pela passagemdo tempo, tanto em termos de centavos, absoluto, quanto em ter-mos proporcionais ao seu prmio total. E vo perder menos quanto

    mais ITM forem. J as opes OTM, ou fora do dinheiro, que tmo preo de exerccio longe do preo da ao, tm pouco VE (que todo seu valor, j que no possuem valor intrnseco, por estaremacima do preo da ao) e por isso perdem menos centavos pelapassagem do tempo do que as ATMs ou prximas do preo. Mas,como elas valem pouco, so aquelas que proporcionalmente (per-centualmente) perdem mais valor pela passagem do tempo.7

    7

    Essa questo da posio da opo, ou do preo de exerccio da opo em relao aopreo da ao, sempre a fotografia de um momento. Claro que, conforme a aovaria de preo, isso vai mudando, e as opes dentro do dinheiro podem virar fora dodinheiro e vice-versa.

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    Introduo s Opes

    Preo de exerccio:a influncia aqui bem direta e objetiva. Quan-to mais dentro do dinheiro (ITM) for o preo de exerccio da opo,mais ela vai custar. Quanto mais fora do dinheiro (OTM), menos ela

    vai custar, independentemente do que consiste o prmio da opo,se valor intrnseco ou extrnseco. Repetindo a seguir a tabela doincio deste captulo, veja como o prmio (preo) das opes vai setornando maior quanto mais ITM e menor quanto mais OTM. Porser a opo um direito de comprar a ao ao preo de exerccio daopo, quanto mais baixo esse preo de exerccio, mais barato se ircomprar a ao no caso de exercer o direito, ento mais vale a opo.Se uma ao est a R$40, por exemplo, vale muito mais o direito de

    compr-la a R$32, do que o de compr-la a R$48.

    Preo de Exerccio

    da Opo

    Prmio (Preo) da

    Opo (R$) ITM / ATM / OTM

    30 12,60 ITM

    32 10,61 ITM

    34 8,70 ITM

    36 7,00 ITM

    38 5,20 ITM

    40 3,80 ITM

    42 2,35 ATM

    44 1,47 OTM

    46 0,80 OTM

    48 0,38 OTM

    50 0,19 OTM

    52 0,10 OTM

    54 0,04 OTM

    importante observar que o preo de exerccio fixo (a no serquando eventualmente se modifica devido distribuio de dividen-dos), mas a distncia do preo de exerccio da opo para o preo daao, no. Conforme a ao se movimenta, o preo de exerccio da

    opo pode ficar mais prximo ou mais distante do preo da ao.

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    O Que So e Como Funcionam as Opes

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    ColeoEXPO MONEY

    2.6 Juntando Tudo

    As opes so influenciadas primordialmente por:

    Distncia

    da ao para o preo de exerccio da opo;Tempo para o dia do exerccio;Volatilidade da ao.

    A distncia inversamente proporcional ao preo das opes, ouseja, quanto maior a distncia (para fora do preo, OTM), menor opreo das opes.

    O tempo diretamente proporcional, ou seja, quanto mais tempopara o vencimento, mais valem as opes.

    A volatilidade diretamente proporcional, ou seja, quanto maisvoltil o mercado, ou quanto mais expressivas forem as variaes daao, no importa a direo, maior o risco percebido pelos lanadoresde opes, que exigem prmios maiores para se colocar no risco da

    venda e, portanto, maiores os preos das opes.Para que o preo de uma opo aumente, necessrio que os efei-

    tos positivos da variao do preo da ao e da volatilidade (se positivos)

    sobre a oposejam maiores do que a perda de valor pela passagemdo tempo (o tempo, ou sua passagem, s influencia negativamente, jque s anda em uma direo).

    Avaliando as influncias, podemos dar nomes como segue:

    Preo da ao (grficos) O QUPreo de exerccio da opo ONDETempo para o vencimento QUANDO

    Volatilidade da ao COMO

    V-se logo que opes no so ativos direcionais, pois estes so comoo preo da ao: dizem a voc O QU. Mas, em opes, importa tam-bm ONDE. Uma ao a R$40 diferente para uma opo de preo deexerccio de R$36, para uma de preo de exerccio de R$40 e para umade preo de exerccio de R$46. A influncia do preo da ao ser dife-rente nessas opes; portanto, de nada adianta eu saber o preo da ao(O QU) sem saber ONDE (preo de exerccio ou ostrikeda opo).

    Preciso saber tambm QUANDO, que o tempo. De nada adianta eudizer O QU (preo da ao) e ONDE (strike) sem dizer QUANDO. Se aao est R$40 e minha opo de preo de exerccio de R$42, faz muita

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    Introduo s Opes

    diferena se faltam 60 dias, 30 dias ou apenas um dia para o vencimento.Mas tudo isso no estar completo se eu no souber COMO, ou seja,COMO a ao subiu ou caiu. Se eu disser que a ao subiu R$2, no

    quer dizer nada se eu no informar como ocorreu essa alta. Se foi umaalta extremamente voltil em apenas uma hora, a influncia nas opesser enorme. Se foi uma alta lenta e progressiva que ocorreu em doismeses, pouco influencia as opes.

    Aos poucos, o operador vai aprendendo a lidar e a compreenderesses fatores e a perceber como influenciam as opes para comeara entender o que est acontecendo com as opes e suas operaes.No pargrafo anterior, observa-se por que as opes no so ativos

    direcionais, no so aes de R$1e no podem ser tratadas como tal.Embora o preo da ao seja um fator de extrema importncia, comcerteza no o nico e, assim, as opes no so puramente direcio-nais, ou seja, no so unidimensionais, como aes e futuros.

    Avaliando o que ocorre com as opes durante o vencimento ejuntando todos os fatores, temos:

    Opes dentro do Dinheiro (ITM): vo perdendo VE com opassar do tempo, apenas seguindo a ao, e perdendo a capaci-dade de apresentar variaes expressivas em relao a seu pre-o, embora possam ter variaes absolutas em centavos gran-des. (Vai virando ao com a passagem do tempo.)Opes no Dinheiro (ATM): mantm-se prximas do preoda ao, mas vo perdendo valor. Por estarem perto do preoda ao e valendo bem pouco, mesmo que o vencimento esteja

    muito prximo, podem apresentar variaes expressivas. (Vaivirando opo explosiva com a passagem do tempo.)Opes fora do Dinheiro (OTM) : conforme o tempo passa eelas se mantm longe do preo, a chance de variarem expressi-

    vamente vai diminuindo, ao mesmo tempo em que vo perden-do valor. importante ter cincia de que no perdem s valor,mas tambm chance de ser exercidas ou de ganhar valor. A cadadia que passa, as variaes necessrias da ao para produzir

    efeitos nelas tero de ser mais expressivas. (Vai virando p coma passagem do tempo.)

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    C A P T U L O I I I

    Entendendo o Tempoe a Distncia

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    Introduo s Opes

    3.1 O que o tempo tem a ver com as opes?

    Tudo. Opes dependem do tempo e, quanto mais o tempo pas-sa, mais dependentes ficam.

    Quando demos o exemplo simples do carro, o tempo no pare-

    cia to importante, mas, se considerarmos opes de aes, ficamais fcil entender.

    Vamos considerar, por exemplo, uma srie de opes da Petro-bras, estando a ao PETR4 (Petrobras PN) a R$38,50.

    Preo de Exerccio Prmio (R$)

    34 5,10

    36 3,49

    38 2,10

    40 1,21

    42 0,71

    44 0,37

    46 0,19

    48 0,09

    Agora, vamos considerar a mesma srie com Petrobras PN no mes-

    mo preo, R$38,50:Preo de Exerccio Prmio (R$)

    34 4,79

    36 3,00

    38 1,34

    40 0,58

    42 0,24

    44 0,09

    46 0,02

    48 0,01

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    U, o que aconteceu?

    TEMPO!

    A primeira srie vence em 35 dias teis, enquanto a segunda em

    apenas 15 dias teis. Mas isso tudo s por causa do tempo? Prati-camente tudo, porque os outros fatores influenciam as duas sriesquase da mesma forma, e a volatilidade tem influncia mais intensana srie que tem menos tempo pela frente.

    E por que o tempo influencia tanto as opes?

    Simples: o que a opo 42 que ns vemos valendo 0,71 no pri-meiro quadro e apenas 0,24 no segundo quadro?

    o direito de comprar aes da Petrobras PN a 42. Quanto est a

    ao PETR4? R$38,50. Algum iria querer comprar a ao a 42 se elaest R$38,50 no mercado? Provavelmente, ou quase com certeza, no.Mas ento por que a opo existe e por que ela vale alguma coisa?

    Perspectivas, Probabilidades, Possibilidades, RISCO!Obviamente, 42 mais caro que 38,50 e ningum vai comprar

    uma ao a 42 se pode comprar a 38,50.Mas existe a possibilidade (risco) de a ao bater 42? Claro que

    existe. Pode no bater, mais provvel que no v, mas pode aconte-cer. Pode at ultrapassar e ir a 43 ou 44. Assim como pode ficar namesma ou cair. Pode fazer qualquer coisa, mas existe uma possibili-dade, uma probabilidade, um risco, de ela ir a 42.

    Se voc fosse obrigado a correr 150km, iria preferir que o prazopara conseguir superar os 150km fosse de 15 ou de 35 dias? Claroque 35 dias. Voc pode conseguir correr 150km em 15 dias a umamdia de 10km por dia, mas, em 35 dias, s precisa cumprir uma m-

    dia de pouco mais de 4km por dia e qualquer um que consegue andarpoderia perfazer a distncia.Ento, a primeira opo de preo de exerccio de R$42 tem 35

    dias teis para que a Petrobras chegue nela, enquanto a segunda stem 15 dias teis. A Petrobras pode ir a 42 em um dia ou at em umasemana. Mas a chance de ela ir a 42 em 35 dias maior do que em 15dias. Disso, no resta dvida.

    Ento, voltemos ao exemplo do carro. Se eu vou pagar um prmio de

    R$500 para adquirir o direito de comprar seu carro a um preo deter-minado, quanto maior o prazo que voc me der, mais estarei disposto apagar os R$500. Agora, se voc me der um prazo somente at amanh,

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    no vou querer pagar os R$500. Posso pagar R$100 talvez ou R$50, masnunca os R$500. Especialmente se o carro estiver valendo menos do queo preo combinado no direito.

    Quem compra uma opo de compra de uma ao est adquirindo odireito de comprar a mesma quantidade de aes, ao preo de exerccioda opo at uma data predeterminada. E quem vende a opo de com-pra est se colocando na obrigao de vender a mesma quantidade deaes ao preo de exerccio da opo at determinada data. O vendedor secoloca em uma obrigao que pode ser entendida como um risco, porque,se a ao ultrapassar o preo de exerccio da opo (no caso da opo depreo de exerccio de 42, se a ao for a 43, ou 46 ou ainda 50), o vende-

    dor da opo de compra poder ter de entregar suas aes, ou compraraes no mercado para entregar ao preo de exerccio da opo, tendo,assim, o prejuzo equivalente distncia que a ao ultrapassou o preode exerccio da opo (menos o prmio recebido pela venda da opo).

    claro que ele pode recomprar a opo vendida no mercado e fe-char sua posio, livrando-se de qualquer obrigao, mas, ainda assim,no caso de alta da ao, isso provavelmente ser feito com prejuzo. Logo,pela perspectiva do vendedor, pode-se falar em risco. Pela perspectivado comprador, pode-se falar em probabilidade ou possibilidade ou aindaperspectiva (embora ele tenha um risco tambm, que o valor pago peloprmio da opo). O preo da opo, ou prmio, ser resultado da com-binao de interesses desses dois lados. Quanto mais os vendedores oulanadores perceberem o risco, maiores prmios iro exigir, e a percep-o de risco deles, do outro lado, para os compradores, ser visto comomaiores perspectivas, e estaro mais dispostos a pagar os prmios mais

    altos que os lanadores (vendedores) esto exigindo. Assim, os prmiosficam mais altos e a opo sobe de preo.Se, no entanto, os compradores esto percebendo um mercado fra-

    co, pouco voltil, com poucas perspectivas, ao mesmo tempo em queos lanadores captam menos risco, estes ltimos aceitam os prmiosmenores que os compradores esto dispostos a pagar nessa situao eos prmios das opes caem.

    Quanto maior a chance de uma opo ser exercida, maior a percep-

    o de risco pelos vendedores e, quanto maiores as perspectivas doscompradores, maiores sero os prmios (preos) das opes. Quantomenor a chance de uma opo ser exercida, menor a percepo de

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    risco pelos vendedores; e, quanto menores as perspectivas dos com-pradores, menores sero os prmios (preos) das opes.

    Voltando nossa maratona de 150km, quanto maior for o tempo dis-

    ponvel, menor ser o risco de voc no conseguir ir at o final.Os compradores e vendedores de opes veem o tempo como

    chance ou risco. Para o comprador (de opo de compra), quantomais tempo, mais chance para a sua opo, pois maior a chance de aao chegar ao preo de exerccio da opo. Para o vendedor, tempo risco, pois, quanto mais tempo, maior ser o risco de a ao atingir opreo de exerccio da opo vendida. Se a ao est a 38,50 e voc vaicomprar uma opo de preo de exerccio de 42, voc vai preferir que

    ainda faltem 35 dias teis ou apenas 15 dias teis para o vencimento?Claro que 35 se o prmio fosse o mesmo, sem dvida. A de 35 diastem mais chance de ser exercida, de o mercado chegar a ela e de ha-

    ver valorizao. Porm, do lado do vendedor, tendo as duas o mesmoprmio, no resta dvida de que ele iria para a de menor prazo. E isso mesmo que ocorre no mercado. Na vida real, a opo de maiorprazo sempre ter um prmio maior, pois o mercado ir equilibraras probabilidades e o risco, mas, apenas a ttulo de exemplo, tendo omesmo prmio e o mesmo preo de exerccio, quanto menos tempopara o vencimento, melhor para o vendedor e pior para o comprador.No toa, portanto, que as opes perdem valor com a passagemdo tempo.

    Os compradores preferem mais prazo e os vendedores, menos. A prin-cpio, em um exemplo terico, as duas opes de preo de exerccio de42 nos quadros anteriores teriam o mesmo valor. Mas, se elas custarem

    o mesmo valor, a de 35 dias atrairia mais compradores e a de 15 diasatrairia mais vendedores. E o que iria acontecer? Com mais compradorese menos vendedores na de 35 dias e os compradores dispostos a pagar oque os vendedores estavam exigindo, a de 35 dias subiria de preo. Commais vendedores e menos compradores na de 15 dias e os vendedoresdispostos a vender pelo baixo preo oferecido pelos compradores, a de 15dias cairia de preo. E exatamente esse balano que ocorre no mercadoreal que determina os preos das opes.

    Ento, vamos juntar os quadros anteriores, que so situaes reais:Parte esquerda do quadro: 35 dias teis para o vencimento das

    opes: Opo de preo de exerccio de 42 = 0,71

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    Parte direita do quadro: 15 dias teis para o vencimento das op-es: Opo de preo de exerccio de 42 = 0,24

    35 dias Prmio (R$) 15 dias Prmio (R$)

    34 5,10 34 4,79

    36 3,49 36 3,00

    38 2,10 38 1,34

    40 1,21 40 0,58

    42 0,71 42 0,24

    44 0,37 44 0,09

    46 0,19 46 0,02

    48 0,09 48 0,01

    Agora, vamos considerar a mesma srie com Petrobras PN no mes-mo preo R$38,50:

    Bingo! Aconteceu na prtica exatamente o que previmos na teoriae de se esperar que acontea. Claro que h distores no mercado,distoro entre o que os ativos valem e o que eles esto custando,

    at mesmo porque o mercado movido por seres humanos, e suasemoes e, muitas vezes, as emoes das massas perdem o controleou se tornam exageradas. Mas, para explicar o efeito do tempo sobreas opes, ficaremos com o bsico e, considerando o bsico, podemos

    ver claramente por que as opes com mais tempo para o exercciocustam mais quando o preo de exerccio o mesmo.

    3.2 Influncia do tempoO tempo influencia negativamente as opes, ou seja, quanto me-

    nos tempo, menos tendem a valer as opes. H uma parte do prmioda opo que preenchida pelo tempo, e ela ser menor quanto me-nor for o tempo para o vencimento.

    Claro que o tempo no se altera como o preo da ao e a volatili-dade que podem subir e cair diversas vezes durante o vencimento daopo. Tambm no se altera como a taxa e os juros, que, apesar de

    sofrer menos alteraes que os dois anteriores, tambm podem subirou cair, assim como ficar iguais. E tambm no pode haver diversos

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    tempos ao mesmo tempo, como os diversos preos de exerccio deuma srie de opes.*

    Diferentemente dos outros quatro fatores que alteram os prmios

    das opes, o tempo sempre constante e negativamente constante,ou seja, a cada dia que passa, a opo tem menos tempo de vida. E, acada dia que passa, a parte do prmio da opo que preenchida pelotempo ir diminuir. Logo, o preo da opo tender a diminuir com apassagem do tempo, a no ser que os outros fatores que a influenciam,notadamente o preo e a volatilidade da ao, compensem essa perda de

    valor pela passagem do tempo. Ainda assim, mesmo que o preo total daopo aumente, a parte dele que preenchida pelo tempo ir diminuir.

    Vejamos quatro situaes diferentes para entender a dinmica dotempo. Cada quadro total representa o prmio da opo e cada clula,a parte de cada um dos trs fatores nesse prmio (essas so represen-taes tericas esquematizadas que no refletem necessariamente aproporo correta desses fatores nas opes):

    Tempo Preo da Ao Volatilidade

    Tempo Preo da Ao Volatilidade

    Tempo Preo da Ao Volatilidade

    Tempo Preo da Ao Volatilidade

    A primeira opo seria a base.

    Na segunda opo, a menor participao do tempo no prmioda opo levou a um prmio menor.Na terceira opo, mesmo tendo havido perda da participao

    do tempo, o aumento do preo da ao e da volatilidade compen-sou, fazendo com que o prmio total subisse um pouco.

    Na quarta opo, ocorreu perda da participao do tempo conco-mitante com menor participao do preo da ao (queda do preo

    *bvio que para duas srie de opes com datas de vencimentos diferentes o tempo diferente; e, nesse sentido, pode-se comparar opes com diferentes tempos, masna mesma srie, o tempo o mesmo para todas as opes.

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    Introduo s Opes

    da ao). Mesmo tendo havido aumento da volatilidade, isso no foisuficiente para compensar e a opo perdeu parte do prmio.

    Apesar de haver mais dois fatores que influenciam o preo das op-

    es taxa de juros e preo de exerccio das opes , o primeiro in-fluencia pouco, a no ser em pocas de grandes variaes nas taxas dejuros, que, hoje em dia, so raras, e o segundo a princpio no se alteradurante o vencimento (exceo para a distribuio de proventos, mas,mesmo nesse caso, h o ajuste na ao, e a influncia sobre o prmiodas opes pequena). Esses trs acimaso os fatores dinmicos quemais influenciam o prmio das opes e que devem ser sempre acom-panhados. Quanto ao preo de exerccio da opo, o que consideramos

    que a relao do preo da ao com o preo de exerccio das opesproduzem a influncia que chamamos de distncia, ou seja, a distnciado preo de exerccio da opo para o preo da ao, e essa distncia,sim, influenciada pelas variaes no preo da ao.

    Pois bem, sabemos agora por que a opo de preo de exerccio deR$42 com 35 dias de vida custava R$0,71 e a outra, de mesmo preo deexerccio, mas com 15 dias de vida, apenas R$0,24. E, comparando duasopes de mesmo preo de exerccio e da mesma ao, mas com datas

    de vencimento diferentes, a possibilidade de os outros fatores compen-sarem a perda de valor pela passagem do tempo quase inexistente,pois, a despeito de a influncia do preo da ao e a volatilidade teremintensidades diferentes em opes com data de vencimento diferentes,no ser suficiente para suplantar a perda de valor pela passagem dotempo em opes da mesma ao e do mesmo preo de exerccio, dedatas de vencimento diferentes. Se duas opes tiverem o mesmo pre-o de exerccio, aquela com mais tempo para o vencimento sempre ircustar mais e isso pode ser visto na prtica, na tabela anterior.

    Alm de o tempo influenciar as opes, influencia de forma di-ferente, de acordo com a passagem do tempo, ou seja, quanto me-nos tempo para o vencimento, maior a influncia proporcional dotempo. Consideremos primeiro que todo o valor da opo relativoao tempo, ou seja, todo o valor que no intrnseco, tem de, pordefinio, acabar antes do vencimento da opo.

    Exemplificando:Tempo para o vencimento = 20 dias teisPETR4 = R$40

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    PETRL38 (opo de PETR4 de preo de exerccio de R$38 comvencimento em dezembro) = R$3Valor intrnseco = 40 (preo da ao) - 38 (preo de exerccio da

    opo) = R$2Valor extrnseco = 3 (preo da opo) - 2 (valor intrnseco da op-o) = R$1

    Na hora do vencimento:

    PETR4 = R$40PETRL38 = R$2

    Logo, esse R$1 extra no preo da opo que existia quando fal-tavam 20 dias para o vencimento a expectativa de que a ao pos-sa subir inserida no prmio da opo e grande parte dele se deve aotempo que falta para o vencimento.

    Na hora do vencimento, a opo em teoria s tem valor real ou in-trnseco, que o preo da ao menos o preo de exerccio da opo.Na prtica, no mundo real, pode haver algum valor residual alm do

    valor real, mas apenas por questes de custos transacionais e outrasquestes que no so importantes para entendermos a influncia dotempo nas opes.

    Pois bem, se essa opo tinha R$1 de expectativa a 20 dias do venci-mento e, na hora do vencimento, s tem valor real, sem qualquer valorde expectativa, ela ter perdido esse valor conforme o tempo passoue, como ela s perde valor de expectativa (Valor Extrnseco VE) pelapassagem do tempo, temos de considerar a perda de valor pelo tempo

    em relao a esse valor, e no em relao ao valor total da ao, queinclui tambm o valor verdadeiro ou intrnseco da opo. Como, a cadadia que passa, faltam menos dias para o vencimento das opes, maisrpida ter de ser a perda, proporcionalmente ao que resta de valor ex-trnseco, para que todo o valor desaparea at o dia do vencimento.

    Logo, a perda de valor pela passagem do tempo maior propor-cionalmente quanto menos tempo falta para o vencimento, ou seja,quanto menos tempo falta para o vencimento, mais importante a

    perda de valor da opo pela passagem de tempo. Quanto mais pr-ximo for o vencimento, mais ela vai perder proporcionalmente a seuvalor de expectativa, pela passagem de um dia.

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    Introduo s Opes

    Considerando uma opo que tem R$0,30 de valor de expectativa,se faltam 30 dias para o vencimento, ela perder uma pequena porodesses R$0,30 pela passagem de um dia, porque tem 30 dias para per-

    der tudo. Se faltam 10 dias, ela tem de perder uma poro maior dessesR$0,30 pela passagem de um dia, porque s faltam 10 dias para ela per-der todos esses R$0,30. Se faltam apenas dois dias para o vencimentodas opes, a perda ter de ser enorme em relao aos R$0,30, porqueela tem apenas dois dias para perder completamente os R$0,30.

    Claro que, em um exemplo real, conforme a opo perde valor deexpectativa, pela passagem do tempo, menos valor de expectativa elatem, com exceo de situaes de um aumento enorme na volatilida-

    de, mas, ainda assim, se considerarmos a perda proporcional de valor,ela sempre ser maior, embora a perda absoluta em centavos possadiminuir com a passagem do tempo. Importante lembrar que os mo-

    vimentos da ao no influenciam diretamente o valor de expectativadas opes, aumentando ou diminuindo apenas o valor verdadeiroou intrnseco. Obviamente, um mercado muito forte ou um mercadomuito fraco, ambos podem alterar indiretamente as expectativas dasopes, mas, de forma direta, matemtica, as variaes de preo daao influenciam apenas o valor intrnseco da opo.

    Numa licena matemticaapenas para compreenso, pois a reali-dade matemtica no exatamente assim, poderamos exemplificarda seguinte forma:

    Dias para o Vencimento Perda Percentual de VE pela Passagem de 1 dia

    50 2%

    20 5%

    10 10%

    5 20%

    2 50%

    1 100%

    Veja que, independentemente do valor absoluto em centavos, con-forme o tempo passa, a opo perde pela passagem de um dia um

    percentual cada vez maior do seu valor de expectativa. Quanto menostempo faltar para o vencimento, maior o valor que a opo vai perder,proporcional ao seu valor extrnseco (VE).

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    ColeoEXPO MONEY

    Conclumos, ento, que as opes perdem valor pela passagem deum dia, todos os dias, e que essa perda de valor proporcionalmentemaior quanto menos tempo faltar para o vencimento. A perda de valor

    pela passagem do tempo pode ser compensada pelo ganho em relao alta da ao e/ou da volatilidade da ao, mas, ainda que o prmioda opo no caia ou at aumente, a opo ter perdido algum valorpela passagem de um dia.

    3.3 Influncia da distncia

    Outro fator importante para a definio do preo das opes e a

    forma como os diversos fatores influenciam o preo das opes adistncia do preo de exerccio da opo para o preo da ao. Vejao quadro a seguir com a Vale PNA (VALE5) custando R$42,80 a33 dias teis do vencimento das opes:

    Preo de Exerccio Prmio (R$)

    36 7,40

    38 5,60

    40 3,95

    42 2,68

    44 1,65

    46 1,00

    48 0,54

    50 0,27

    52 0,13

    Quanto mais longe do preo da ao estiver o direito, menos elevaler. Se a VALE5 est R$42,80, o direito de compr-la por R$46no pode valer muito, mesmo com o tempo que falta para o ven-cimento, e o direito de compr-la a R$50 vale bem menos, porqueest mais distante ainda. Quanto mais longe o preo de exerccio daopo, menor o risco para o lanador de essa opo ser exercida; en-

    to, ele aceita colocar-se no risco da venda da opo por prmiosmenores (porque tem um lastro de distncia maior que compensa oprmio menor o lastro de distncia um espao maior para a ao

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    Introduo s Opes

    subir sem chegar ao preo de exerccio da opo). Ao mesmo tempo,o interesse do comprador diminui quando a opo vai ficando maislonge do preo. Esse equilbrio faz as opes custarem menos quanto

    mais longe estiverem do preo da ao. Conforme o preo de exer-ccio da opo for se aproximando do preo da ao, o lanador vaiexigir prmios mais altos, porque o risco de ele ser exercido maior eo comprador estar disposto a pagar mais por uma expectativa maiorde a opo ser exercida.

    O preo de exerccio esttico, mas, conforme a ao varia, a op-o se torna mais prxima ou mais distante do preo da ao. O preode exerccio no varia, mas a distnciadele para o preo da ao va-

    ria, devido s variaes da ao. Alm disso, essa distncia no abso-luta: depende do tempo e da volatilidade. A mesma distncia maiorquanto menos tempo falta para o vencimento das opes; e menor,quanto mais voltil for o mercado.

    Se falta menos tempo para o vencimento, h menos tempo hbil paraa ao conseguir subir e chegar ao preo de exerccio da opo; portan-to, a distncia maior proporcionalmente se falta menos tempo. J a

    volatilidade mais alta traz variaes mais expressivas da ao, tornandoa mesma distncia proporcionalmente menor, pois uma ao mais

    voltil tem maior possibilidade de preencher distncias maiores.Todas as opes perdem valor todos os dias pela passagem do tem-

    po. E essa perda mais expressiva proporcionalmente ao preo daopo quanto mais longe do dinheiro (OTM) a opo estiver. Todoo valor de uma opo OTM, ou seja, que tem o preo de exercciomais alto do que o preo da ao, valor extrnseco ou de expectativa.

    Devido expectativa e ao risco de a ao subir e atingir o preo deexerccio da opo antes do vencimento da opo, essas opes tmum valor de expectativa ou extrnseco que, de certa forma, equivale aesse risco, mas, de qualquer forma, quanto maior for a distncia dopreo de exerccio da opo para o preo da ao (comparando opescom a mesma data de exerccio), menor ser o prmio da opo.

    E essa distncia maiorproporcionalmente conforme o tempo vaidiminuindo, ou seja, h menos tempo para a ao preencher essa dis-

    tncia, razo pela qual a opo vale menos. Essa distncia tambm proporcionalmentemenorse a volatilidade da ao for maior. Aesmais volteis variam mais e conseguem suplantar distncias maio-

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    Entendendo o Tempo e a Distncia

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    res. Logo, a distncia tambm no algo fixo. A mesma distncia maior se faltar menos tempo e menor se a volatilidade for maior.

    3.4 Combinando as influncias

    A princpio, quanto mais distante a opo do preo da ao, menorseu prmio. Analisando apenas a distncia, isso fica claro, como po-demos ver no quadro a seguir. Mas vamos comparar a primeira srieabaixo, faltando 33 dias para o vencimento, com outro em que sfaltam 15 dias com a Vale PNA a R$42,80.

    Preo de Exerccio Prmio a 33 dias (R$) Prmio a 15 dias (R$)

    36 7,40 7,20

    38 5,60 5,27

    40 3,95 3,40

    42 2,68 1,81

    44 1,65 0,66

    46 1,00 0,25

    48 0,54 0,09

    50 0,27 0,03

    52 0,13 0,01

    Apesar da mesma distncia, as opes com menos tempo de vidacustam menos. E mais importante que isso: mesmo opes mais dis-

    tantes chegam a custar mais que opes mais prximas quando inclu-mos a influncia do tempo. Observe que a opo de preo de exercciode 44 com 15 dias de vida custa R$0,66, enquanto a de preo deexerccio de 46, mais distante, porm com mais que o dobro de vidatil, custa mais, R$1,00.

    O mercado vai ajustando todos esses fatores. A princpio, a distnciadeve ser estudada isoladamente, para se entender sua influncia e assimtemos de fazer com os principais fatores: preo da ao, tempo, volatili-

    dade e preo de exerccio (a distncia a combinao de preo da aocom preo de exerccio), mas temos de saber tambm que, na prtica,esses fatores se entrelaam na definio dos prmios das opes.

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    Introduo s Opes

    Considerando a distncia em relao ao tempo e volatilidade, fcil traar um paralelo voltando s corridas.

    Voc precisa correr 10km. E ns vamos apostar na chance de voc

    conseguir completar esse percurso. Se eu dou a voc duas horas paracompletar o trajeto, todos vo apostar em voc. Isso porque as chan-ces de voc conseguir completar o percurso enorme, mas, obvia-mente, a aposta no vai pagar muito, pois as chances de xito sosignificativas. Os que estiverem apostando contra exigiro relaesmuito favorveis a eles para aceitar essa aposta.

    Se eu mudo e exijo os 10km em uma hora, menos gente vai quererapostar em voc e os que apostam contra voc j comeam a acei-

    tar condies um pouco piores, pois agora h uma chance maior devoc no conseguir completar a corrida. Se determino 30 minutos,bem pouco tempo, quase ningum vai apostar em voc, pois apenasprofissionais de ponta conseguem completar 10km em menos de 30minutos. Por outro lado, quem, ainda assim, apostar em voc rece-ber um belo pagamento se voc conseguir percorrer o trajeto em30 minutos. Conforme o tempo foi diminuindo, voc foi proporcio-nalmente valendo menos, o que fez com quem apostasse em vocpassasse a arriscar cada vez menos para ganhar cada vez mais, j quea chance de ganho ia diminuindo conforme o tempo ia se reduzindo.Do outro lado, em relao a quem apostava contra voc, as chancesde ganhar a aposta foram aumentando conforme o tempo diminua;portanto, iam, progressivamente, aceitando pagar mais pelas apostas(ou receber menos).

    As opes mais distantes se tornam relativamente mais prximas

    se dado a elas mais tempo de vida. Vejam, na tabela anterior, que aopo de preo de exerccio de 46 com 33 dias de vida vale mais quea de preo de exerccio de 44, ou seja, mais prxima, mas com menostempo de vida.

    O outro aspecto a ser levado em conta a volatilidade, que nadamais do que quanto e com que intensidade a ao varia. Aes comgrandes variaes de preo so muito volteis, enquanto aquelas queandam de lado, sem grandes variaes, so pouco volteis. A princ-

    pio, aes mais volteis colocam os lanadores em maior risco, pois,se a ao se movimenta mais, o risco do exerccio maior e este, emconsequncia, exige prmios mais altos, o que faz com que vejamos

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    opes com maiores valores de expectativa em pocas de volatilidadealta da ao e opes mais magras quando a volatilidade menor.

    Voltando nossa corrida, a volatilidade poderia, de certa forma, ser

    comparada velocidade do corredor. No uma comparao perfeita,pois volatilidade igual variao para qualquer lado, no importase para cima ou para baixo, mas o exemplo e a comparao atendemaos nossos propsitos, ento vamos us-lo. Se eu coloco voc paracorrer os 10km e coloco um profissional queniano, um dos melhoresdo mundo, para correr 15km, provavelmente ele vai chegar antes, ano ser que voc seja um exmio corredor. Como opo, ele vai valermais do que voc, apesar de ter uma distncia maior a percorrer.

    Obviamente, no mercado, comparando opes da mesma ao,todas sero influenciadas pela volatilidade da mesma ao, que serigual para todas, mas essa influncia ser diferente de acordo com otempo para o exerccio e a posio em relao ao preo da ao decada opo. A influncia de qualquer coisa positiva na opo, positi-

    va, no sentido de despertar maior expectativa (e maior valor extrnse-co), ser tanto maior quanto maior for a chance de ela ser exercida.Uma opo prxima do dinheiro responder mais a um aumento de

    volatilidade do que uma muito distante, pois a mais prxima j temuma grande expectativa (e risco) de ser exercida, e esse risco aumen-tar consideravelmente se a volatilidade aumentar ou se o preo daao aumentar, diminuindo a distncia. Uma opo muito distanteresponder pouco s duas influncias, pois, a despeito de a chance(ou o risco) de ser exercida ter aumentado, essa possibilidade ainda muito pequena e est muito distante do preo da ao.

    Novamente nas corridas, se voc um corredor que chega pertode correr 10km em uma hora, pequenas variaes no tempo, comopassar de 1 hora para 1 hora e 10 minutos, diminuir um pouco adistncia (preo da ao) ou at mesmo aumentar uma pouco de al-guma forma sua velocidade de corrida (volatilidade), podem lev-lo aconcluir a prova.

    Agora, se eu o desafio a correr 40km, no faz muita diferena se eudou uma ou duas horas para cumprir os 40km: suas chances continuam

    praticamente nulas (a no ser que voc esteja entre os melhores corre-dores do mundo), e seu valor permanece muito baixo. Mesmo que eureduza um pouco a distncia, para uns 35km, suas chances ainda so

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    Introduo s Opes

    pequenas, e at mesmo aumentar um pouco sua velocidade no vai re-solver. Mesmo para um profissional de corrida, no garantido que eleir conseguir cumprir os 40km em duas horas. Essas mudanas iro fazer

    com que seu valor ou o valor de apostar em voc seja muito influencia-do positivamente no primeiro exemplo dos 10km, mas tero pouco valornas apostas em voc nos 40km. Quando as chances so muito pequenas,apenas grandes mudanas surtiro resultados expressivos.

    Resumo das influncias:

    O preo da ao influencia positivamente o prmio da opo.Quando o preo da ao sobe, o preo das opes tende a subir.O tempo influencia negativamente o prmio das opes. Con-forme o tempo passa, menos valem as opes.

    A distncia influencia negativamente o prmio das opes.Quanto maior a distncia do preo de exerccio da opo para opreo da ao, menor ser o preo da ao.

    A volatilidade influencia positivamente o prmio das opes.Quanto maior a volatilidade da ao, maiores tendem a ser osprmios das opes.

    A taxa de juros influencia pouco, a no ser em ambientes de grandes variaes nas taxas de juros.

    Para concluir as influncias, podemos afirmar que:

    O prmio de uma opo s sobe se o efeito da alta do preo da

    ao e/ou da volatilidade nele for maior do que a perda de valor

    pela passagem do tempo, e a distncia ainda permitir que essas

    influncias positivas surtam efeitos representativivos na opo.

    Em outras palavras, para uma opo variar positivamente (subirde preo) e ter chance de ser exercida, necessrio que a influnciapositiva da alterao no preo da ao e/ou o aumento da volatilidadesejam maiores que as influncias negativas do tempo e da distncia.

    E, para terminar, repito: em opes, voc tem sempre de saber OQU (preo da ao), QUANDO (tempo), ONDE (preo de exerc-cio, distncia) e COMO (volatilidade).

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    C A P T U L O I V

    O Valor de Expectativadas Opes (VE)

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    Introduo s Opes

    4.1 O que VE?

    As opes tm um valor, um preo, que chamado de prmio.Assim como qualquer ativo financeiro, as opes tm um custo aqualquer momento. O valor da opo, ou prmio, dividido em duaspartes: Valor Intrnseco e Valor Extrnseco (VE). Vamos dissecarumaopo para compreender esses dois valores:

    Com a Vale PNA (VALE5) a R$37, a duas semanas do vencimento:

    Opo

    Preo de

    Exerccio (R$)

    Preo da

    Opo (R$)

    Valor

    Intrnseco (R$)

    Valor Extrnseco

    (VE) (R$)

    VALEI34 34,00 3,50 3,00 0,50

    VALEI36 36,00 1,92 1,00 0,92

    VALEI38 38,00 0,95 0 0,95

    VALEI40 39,60* 0,44 0 0,44

    VALEI42 42,00 0,11 0 0,11

    VALEI44 44,00 0,03 0 0,03

    O Valor Intrnseco o valor verdadeiroda opo. Olhando na Ta-bela, a opo VALEI34 com preo de exerccio de R$34 o direito decomprar Vale PNA a R$34. Estando a ao a R$37, seria dar dinheiro

    vender essa opo por menos de R$3, que a diferena entre o preoda ao e o preo de exerccio da opo.

    Exemplificando:Se algum me vendesse essa opo (VALEI34) por R$2, por exem-

    plo, eu poderia exerc-la, o que significa comprar VALE5 a R$34 evender a ao no mercado a R$37, auferindo lucro de R$1 (37-34 2).

    *Eventualmente, surgem opes com os Preos de Exerccio tortos, e o nome daopo com o preo correto permanece. Isso acontece por causa da distribuio dedividendos e outros proventos. Na hora em que uma ao se torna EX e o valor dos

    proventos retirado dela, todas as opes lanadas at aquele momento, indepen-dentemente da srie e da data de lanamento, tm o valor lquido retirado de seuspreos de exerccio. Como, s vezes, umas so lanadas antes de outras na mesmasrie, opes tortas ocorrem, como no exemplo da tabela.

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    O Valor de Expectativa das Opes (VE)

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    ColeoEXPO MONEY

    Como s paguei R$2 na opo, o vendedor teria me dadoR$1 por cadaopo negociada. Logo, o valor verdadeiro ou intrnseco o valor mni-mo pelo qual a opo pode ser vendida, ou seja, o preo da ao menos

    o preo de exerccio da opo:[Valor Intrnseco = Preo da Ao - Preo de Exerccio da Opo]

    Observao:Essa frmula vlida se o resultado for positivo, pois, sefor negativo, a opo OTM e no tem valor intrnseco.

    Embora seja importante conhecer o conceito de valor intrnseco,ele no to importante para operar opes. O que se opera o valor

    extrnseco ou VE. O valor intrnseco varia de acordo com os movi-mentos da ao, pois, como vemos na frmula anterior, ele dependesomente do preo da ao.

    Se o valor intrnseco o valor da opo preenchido pela ao, o valorextrnseco o que sobra, o que vai alm do preo da ao; portanto, asopes fora do dinheiro, ou OTM, s tm valor extrnseco (VE).

    [Valor Extrnseco (VE) = Prmio Opo - Valor Intrnseco]

    Vamos pegar, por exemplo, a opo na tabela anterior de preo deexerccio de R$36. A ao est a R$37, portanto preenche a opoem R$1, de R$36 a R$37. O que sobra VE. A opo est valendoR$1,92; portanto, tem a seguinte configurao:

    Valor Intrnseco (R$) Valor Extrnseco(VE)(R$)

    1,00 0,92

    Ou seja, o VE o prmio da opo menos o valor intrnseco; emoutras palavras, quando se tira o valor intrnseco da opo, sobra o VE.E podemos dizer que a opo em essncia apenas isto: o VE. Porquea parte de valor intrnseco da opo como se fosse uma aozinha.Se a ao sobe R$1,00, a opo ganha R$1 de valor intrnseco. Se aao cai R$1, perde o correspondente em valor intrnseco. Claro queisso s vale para as opes ITM ou dentro do dinheiro, pois as OTMs

    ou fora do dinheiro, como no tm valor verdadeiro, ou intrnseco, eso constitudas apenas de VE, no ganham valor intrnseco, a no serque, caso ocorra alta da ao, passem a ficar ITM.

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    Introduo s Opes

    4.2 Como funciona o VE

    Vejamos uma srie de opes e os respectivos VEs com PetrobrasPN (PETR4) a R$39 a 30 dias do vencimento das opes:

    Preo de Exerccio Prmio (R$) VE (R$) Posio

    24 15,00 0,00 ITM

    26 13,05 0,05 ITM

    28 11,15 0,15 ITM

    30 9,30 0,30 ITM

    32 7,33 0,33 ITM

    34 5,53 0,53 ITM

    36 3,90 0,90 ITM

    38 2,29 1,29 ATM

    40 1,35 1,35 ATM

    42 0,75 0,75 OTM

    44 0,35 0,35 OTM

    46 0,15 0,15 OTM

    48 0,07 0,07 OTM

    50 0,04 0,04 OTM

    Observe o comportamento do VE: ele pequeno em ITM, vai pro-gressivamente aumentando at chegar aos maiores VEs, que so as op-es ATM. Ento, quanto mais OTM, menor ele fica.

    O que acontece? As opes so direitos de comprar a ao a deter-minado preo at determinada data. Como a ao sempre pode subir,ainda que ela no suba, h uma expectativa nesse sentido, e essa ex-

    pectativa inserida no preo da opo como o VE.Por que isso ocorre? Digamos que eu adquira o direito de comprarPETR4 a R$42, direito que, com PETR4 a R$39, teoricamente no valenada, j que no mercado poss