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l EDITORIAL

sum

ário

Propriedade:Federação do Sector FinanceiroNIF 508618029

Correio electrónico:[email protected]

Director:Delmiro Carreira – SBSI

Directores Adjuntos:Carlos Marques – STASCarlos Silva – SBCPereira Gomes – SBNViriato Baptista – SBSI

Conselho editorial:Cristina Damião – SBSIFirmino Marques – SBNLuís Ardérius – SBCPatrícia Caixinha – STAS

Editor:Rui Santos

Redacção e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 113Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 80.000 exemplaresPeriodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

2016

2824

l Bancários Norte

l STAS ActividadeSeguradora

l Bancários Sul e Ilhas

l Bancários Centro

TEXTO: CARLOS MARQUES

Também no movimento sindical,ou não fosse ele constituído porpessoas, existem estas três

situações, e caracterizá-las, tendo emconta a nossa experiência recente epresente, não constitui um mero exer-cício de retórica, mas sim uma ajudaa uma reflexão bem precisa, face àgravidade da situação que se vive e atendência fácil para os políticos, defazer recair essencialmente sobre ostrabalhadores o efeito prático dos er-ros por eles próprios cometidos e atendência, igualmente fácil para ossindicalistas, de empurrarem toda aresponsabilidade para os políticos.

É sabido que nos encontramosperante uma das situações maisgraves vividas na história recentedo nosso País, com contornos inter-nos semelhantes a outras vividasem 1977 e 1983, mas com a agra-vante de hoje, numa economia cadavez mais globalizada, estarmosigualmente afectados por uma crisede confiança nos mercados financei-ros e na constatação, algo impensá-vel há pouco tempo atrás, da eventualfalência de Estados aparentementesólidos, mas que, como agora se cons-tata, no caso da Islândia, da Grécia eda Hungria, somente com medidasdraconianas poderão sobreviver.

Nestes trintas anos, que nos sepa-ram das então intervenções do FMI,assistimos, da parte de todos os queexerceram o poder político, a umfolclore de ideias pretensamentegeradoras de grandes desígnios na-cionais mas que, como facilmente seconstata, em nenhum momento fo-ram capazes de constituir uma mag-na carta dos grandes objectivos na-cionais, que visando o futuro, mastambém o presente, garantiriam atranquilidade necessária para sepoder construir este País, continua-mente adiado.

O movimento sindical e a criseA luta partidária cega, do poder pelo

poder, do qual nenhum partido político,actual ou desaparecido se encontra alheio,têm-nos conduzido, por esta irremediávelvia, para um futuro que ninguém conseguevislumbrar.

Precisamos muito mais que a recentealiança entre os líderes do PS e do PSD,limitada nos seus objectivos, para de umavez por todas deixarmos às gerações futu-ras um Portugal onde dê prazer viver.

É precisa uma trégua partidária.Necessitamos, para superar a situa-

ção, de uma visão de futuro e de umaestratégia que perceba que de nadaserve a luta pelo Poder se não houverPoder.

E em tudo isto, como se comportou ecomporta o movimento sindical.

Fez? Viu fazer? Ou pergunta o queaconteceu?

Perfilaram-se nestes anos duas cor-rentes de pensamento e acção sindical,que viram fazer e ou perguntam o queaconteceu.

Faltou-nos e falta-nos a força sindicaldo fazer.

De um lado tivemos e temos, a cor-rente do quanto pior melhor, das gre-ves pelas greves, das manifestaçõespelas manifestações: contra a carestiade vida; contra os governos; que sãosempre de direita; contra o Código doTrabalho, o que estiver em vigor, por-que o anterior já é bom; contra o au-mento do horário do trabalho; contra acrise, etc., etc., etc., numa completasubordinação à agenda política de umdos partidos que nunca se manifestou afavor da estabilidade criada por umpacto de regime e, muito menos agora,numa solução global contra a crise.

Do outro lado tivemos e temos, a viado diálogo, a tentativa de, por um ca-minho responsável, tentar influenciaros poderes políticos e patronais, a lutapela imposição de um modelo sindicalmais participativo e envolvido e, por

isso menos simpático, mas também,por vezes, no erro de alguma pro-miscuidade com outros partidosda cena nacional que, como o ante-rior, igualmente nada acrescenta-ram, ou acrescentam, à efectivaçãode um verdadeiro pacto anti-crise.

Faltou-nos também no sindicalis-mo o fazer. E é disso que se trata.

O fazer, passa neste momento pordar ao sindicalismo, numa altura emque a classe política se encontranum dos graus mais baixos de reco-nhecimento da opinião pública, oprotagonismo necessário para serum dos motores de arranque do gran-de desígnio nacional que é a criaçãode um verdadeiro pacto anti-crise,numa versão 33 anos atrasada doque aconteceu em Espanha em 1977,quando numa visão que só honratodos quantos nele participaram:partidos; sindicatos e confederaçõespatronais, foram capazes de cele-brar o pacto de Moncloa e, com issoencontrar as bases necessárias para aestabilização do sistema democráti-co, o combate à inflação e, o início deum percurso que guindou a Espanha aolugar que hoje ocupa no Mundo.

Pesem as diferenças entre as situa-ções então vividas em Espanha eaquelas que hoje se vivem em Por-tugal, é minha opinião que, somenteatravés de um processo de congre-gação de interesses semelhante, noqual a sensatez dos agentes econó-micos e sociais – sem esquecer ospartidos políticos – possibilite a tré-gua necessária, será possível umeficaz combate à crise e a definiçãode uma verdadeira estratégia decrescimento, que evite que o ciclo dacrise e da ameaça da bancarrotapossa voltar a bater-nos à porta.

E o movimento sindical pode edeve, fazendo, ser um dos fautoresdeste desígnio.

Há três tipos de pessoas: as quefazem, as que vêem fazer, e as

que perguntam o que aconteceu.

John Newborn

CONTRATAÇÃO l BancaAcordado aumento salarial de 1% 4

CONTRATAÇÃO l SegurosIniciado processo de conciliação 6

SINDICAL l ActualidadeContratação domina Conselho Sectorial da Banca 7

Integração na Segurança Social dos bancários no activo 8

Febase contra despedimento de 87 trabalhadores do Credibom 8

Fundo de Pensões da Unicre 9

Conferência da UNIMED em Coimbra foi marco histórico internacional 10

QUESTÕES l JurídicasRevogação do Contrato de Trabalho por acordo 14

TEMPOS LIVRES l NacionalDesportivo BPI é novo campeão nacional 15

Destacável: Cruzeiro à Madeira

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Banca l CONTRATAÇÃO

AFebase e o Grupo Negociador dasInstituições de Crédito (IC) subs-critoras do ACT chegaram, na reu-

nião de 26 de Maio, a um acordo deactualização da tabela salarial e cláu-sulas de expressão pecuniárias de 1%,com efeitos a 1 de Janeiro.

O acordo de princípio, que pôs fim avários meses de avanços e recuos nas

CONTRATAÇÃO l Banca

Tabela salarial do ACT do sector bancário

181716151413121110 9 8 7 6 5 4 3 2 1

Subsídio de almoçoDiuturnidadesAjudas de custo:

a) Em território portuguêsb) No estrangeiroUma só refeição

Acréscimo a título de falhasSubsídio cobrança eventualSubsídio a trabalhador-estudanteSubsídio infantilSubsídio de estudo de filhos (trimestral)

a) 1.º ao 4.º ano de escolaridadeb) 5.º e 6.º ano de escolaridadec) 7.º ao 9.º ano de escolaridaded) 10.º ao 12.º ano de escolaridadee) Superior ao 12.º ano de escolaridade

Crédito à habitaçãoIndemnização por morte/acidente de trabalhoIndemnização por morte/acidente em viagem

9,0340,80

50,24175,75

15,61134,63

6,6519,2325,07

27,8739,3948,9559,4568,12

180.426,40147.736,14147.736,14

2.343,802.115,031.952,681.800,921.646,141.504,431.391,451.294,441.172,021.076,03 974,81 904,75 859,91 770,51 679,31 601,94 539,91 480,15

1.089,24 984,91 916,33 844,18 770,44 699,23 640,34 589,85 527,58 484,03 475,00 475,00 475,00 475,00 475,00 475,00 475,00 475,00

NívelPensões reforma

Tabelasalarial

Pensões sobrevivência

Cláusulas com expressão pecuniária

2.723,112.462,282.290,832.110,451.926,111.748,101.600,841.474,631.318,961.210,101.096,241.014,46959,25848,80736,78640,54564,81480,15

Tabela salarial do AE da CGD

Diuturnidades 1.ª Anuidade (17%) 2.ª Anuidade (30%) 3.ª Anuidade (45%) 4.ª Anuidade (65%)Subsídio de refeição diárioSubsídio de almoço (mensal)Abono para falhas (mensal)Ajudas de custo:

a) Em Portugalb) No estrangeiroc) Deslocações diárias (uma refeição)

Indem. por morte em deslocação de serviço (cônjuge)Indem. por morte em deslocação de serviço (rest. herd)Subsídio infantilSubsídio de estudo de filhos (trimestral)

a) 1.º ao 4.º ano de escolaridadeb) 5.º e 6.º ano de escolaridadec) 7.º ao 9.º ano de escolaridaded) 10.º ao 12.º ano de escolaridadee) Superior ao 12.º ano de escolaridade ou ensino superior

Indemnização por morte/acidente de trabalhoSubsídio a trabalhador-estudanteCrédito à habitação

50,30 8,60 15,10 22,70 32,70 11,10 233,10 147,20

50,80 176,50 16,00444.666,30148.222,10 52,70

28,80 41,10 50,30 61,60

71,90148.222,10

20,60210.409,80

Nível Cláusulas com expressão pecuniária

18 3.258,00 3.429,50 3.60700 3.792,50 4.012,50

17 2.945,00 3.093,00 3.246,50 3.411,00 –

16 2.742,50 2.878,00 3.024,50 3.173,00 –

15 2.528,00 2.650,00 2.787,00 – –

14 2.314,00 2.431,00 2.548,00 – –

13 2.103,00 2.206,50 2.318,00 – –

12 1.930,00 2.028,00 – – –

11 1.781,00 1.868,00 – – –

10 1.590,00 1.671,00 – – –

9 1.460,00 1.536,00 – – –

8 1.325,00 1.393,50 – – –

7 1.229,00 1.290,00 – – –

6 1.162,50 1.224,00 – – –

5 1.037,00 1.084,00 – – –

4 907,00 – – – –

3 794,00 – – – –

2 705,00 – – – –

1 610,50 – – – –

Escalão A Escalão B Escalão C Escalão D Escalão E

Grupo I736,78

Grupo IV480,15

Grupo III564,81

Mensalidades mínimas de reformaGrupo II640,54

negociações, foi entretanto ratificadopelo Conselho Sectorial da ActividadeBancária da Febase, na sua reunião de31 de Maio.

Considerando embora que esta actuali-zação salarial não é a desejável, a Fe-base recorda as dificuldades deste pro-cesso de revisão, negociado num qua-dro económico e financeiro caracteri-zado por forte instabilidade e com ten-dência para agravar-se, quer a nívelnacional quer internacional.

Recorde-se que, de acordo com acláusula 3.ª, n.º 5 do ACT, "terão efeitosdesde 1/1/2010 a tabela salarial etodas as prestações pecuniárias decor-rentes desta revisão, com excepção dasremunerações do trabalho suplemen-tar e das ajudas de custo, que terãoefeito a partir de 1/6/2010".

CGD: greve desconvocada

O processo negocial da CGD chegoutambém ao fim, numa reunião expres-samente marcada para o efeito na tar-de do dia 8, quando a Febase e a Admi-nistração da CGD acordaram 1% de

aumento na tabela salarial e cláusulasde expressão pecuniária do Acordo deEmpresa (AE).

Face ao desfecho positivo das nego-ciações, com um aumento igual ao as-sinado com as IC subscritoras do ACT, aFederação considerou ter atingido osobjectivos a que se propôs com a entre-ga do pré-aviso de greve, pelo quedesconvocou a paralisação previstapara dia 11.

Recorde-se que o pré-aviso exigia o"prosseguimento das negociações in-

terrompidas unilateralmente pelas en-tidades patronais, tendo em vista aaplicação do princípio da igualdadeaos trabalhadores do Grupo Caixa Ge-ral de Depósitos relativamente aosdemais de todo o sector bancário,mediante a aplicação dos aumentossalariais mínimos equivalentes aos jáalcançados pela via negocial da con-tratação colectiva para todas as ou-tras Instituições de Crédito e Financei-ras do País."

"O acordo agora alcançado só foi pos-sível devido ao forte empenhamentodo Secretário-Geral da UGT, que foi in-cansável na transmissão das revindica-ções da Febase ao Ministério das Finan-ças, que acabou por concordar com opedido de excepção por nós desde sem-pre reclamado e apresentado pela Ad-ministração da Caixa", reconheceu aFederação num comunicado aos traba-lhadores do Banco público.

Entretanto, e face às informaçõesprestadas pela Administração da Caixa,a Febase reafirmou "a necessidade deserem retomadas as negociações ten-dentes à contratualização de outrasmatérias constantes da nossa propos-ta".

Quanto às Empresas do Grupo CGDsubscritoras do ACT, a Federação solici-tou de imediato uma reunião para quese proceda à assinatura do acordo, umavez que considera estarem ultrapassa-

dos os entraves que até agora impediama sua assinatura.

BCP: reunião marcada

Logo após a assinatura do acordo derevisão da tabela salarial do ACT dosector bancário, a Febase solicitou umareunião à Administração do BCP, comcarácter de urgência, tendo em vista aconclusão do processo negocial dentrode um prazo útil que permita a aplica-ção do aumento ainda em Junho, àsemelhança do que vai acontecer norestante sector.

Face à ausência de resposta, a Febaseteve de insistir no pedido, tendo, no diade fecho desta edição, a reunião ficadoagendada para Segunda-feira, dia 14.

Banif: à espera da assinatura

O Banif não delegou a assinatura doacordo de revisão salarial no GrupoNegociador das Instituições de Créditosubscritoras do ACT, pelo que a Febasesolicitou já à Administração do Bancouma reunião para que o documentoseja subscrito.

Banco de Portugal:condições reunidas

Face ao disposto no n.º 4 da cláusula3.ª do Acordo de Empresa (AE) do Banco

Revisão das tabelas do ACT e do AE da CGD

Acordado aumento salarial de 1%Encerrados os processos de

revisão das tabelas salariaisdo ACT do sector bancário edo AE da CGD, a Federação

do Sector Financeiro(Febase) pretende ver

rapidamente concluídas asnegociações das restantesconvenções colectivas de

que é subscritora: BCP,Banif, Banco de Portugal e

Crédito Agrícola, entreoutras

de Portugal, estão reunidas as condi-ções para que se proceda ao aumentosalarial no banco central – ou seja,estão assinadas revisões de tabela emduas convenções do sector.

Nesse sentido, a Febase enviou jáuma carta à Administração do Banco,solicitando o rápido agendamento deuma reunião para assinatura do acordosalarial, de forma a que o mesmo possaser aplicado ainda em Junho.

Crédito Agrícola:aumento este mês

O aumento de 1% na tabela salariale cláusulas de expressão pecuniáriaserá aplicado já este mês aos traba-lhadores das Caixas de Crédito Agríco-la Mútuo, à semelhança do que acon-tecerá nas restantes Instituições deCrédito.

A Febase recordaas dificuldades desteprocesso de revisão,negociado num quadroeconómico e financeirocaracterizado por forteinstabilidade e comtendência para agravar-se,quer a nível nacional querinternacional A Febase reafirmou a necessidade

de serem retomadas as negociaçõestendentes à contratualização de outrasmatérias constantes da sua proposta

Page 4: 15 de Junho 2010 - sbn.pt · 4 – Revista FEBASEFEBASE 15 de Junho 2010 Revista FEBASE 15 de Junho 2010 – 5 Banca l CONTRATAÇÃO A Febase e o Grupo Negociador das Instituições

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 15 de Junho 2010 ––––– 76 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 15 de Junho 2010

CONTRATAÇÃO l Seguros

Os três Sindicatos do sector segu-rador uma vez mais uniram for-ças, à semelhança de acções

conjuntas anteriores, no âmbito do proces-so da revisão da Tabela Salarial e dascláusulas de expressão pecuniária do CCTde Seguros, para o ano de 2010.

Os Sindicatos vêem-se forçados, nova-mente, a recorrer ao Ministério do Trabalhoe da Solidariedade Social, face à intransi-gência negocial da APS que, alegando tra-tar-se de uma decisão política das suasAssociadas, não pretende rever a TabelaSalarial dos Seguros para o corrente ano.

No passado dia 31 de Maio, foi entregueno referido Ministério, o requerimento paraser desencadeado o processo legal, desti-nado à conciliação das partes, nos termose para os efeitos do exarado no Art.º 523.ºdo Código do Trabalho.

“Apesar da conjuntura de crise que atra-vessamos, não é concebível que num Sec-

Tabela Salarial 2010

Iniciado processo de conciliaçãoe entregue requerimento no Ministério

tor de actividade com milhões de euros delucro, com um crescimento de produçãoglobal e real, no 1.º trimestre de 2010,acima dos 20%, com 30% dos seus ráciosde solidez financeira, para além dos míni-mos exigidos por Lei, que tenha distribuídopelos seus accionistas 6% dos seus lucrosem relação ao exercício de 2009 e que osseus trabalhadores tenham sido brindadoscom ZERO”, diz o comunicado sindical.

Com esta posição anti-negocial da APS,os trabalhadores de Seguros são dupla-mente penalizados, atentas as medidasimpostas pelo Governo ao povo português,de aumentar o IVA em mais 1% e o IRS entre1% e 1,5%, com efeitos imediatos, pararedução do nosso crónico deficit.

Uma vez mais, são os trabalhadores apagar uma crise financeira, sem preceden-tes, para a qual em nada contribuíram.

Enquanto Sindicatos responsáveis, é-noslegítimo exigir uma assumpção bipartida

das responsabilidades colectivas nesta di-fícil conjuntura, pugnando por obter o seuquinhão na partilha da riqueza gerada pelosector de Seguros, em Portugal, e que temsido muita.

“O nosso empenhamento neste proces-so é total, porque temos consciência declasse e a razão está do nosso lado, porque,com toda a legitimidade, lutamos para queos trabalhadores de Seguros que, ao longodos anos, têm dado o seu melhor nas suasempresas, não sejam confrontados comuma efectiva redução salarial neste ano de2010, mediante resultados tão positivos dosector”, acrescenta.

“Estamos, por isso, esperançados quenos irá ser feita justiça, a nível do processoagora encetado junto do Ministério do Tra-balho e da Solidariedade Social”, conclui.

Pela verdadeira negociação colectiva nosector de Seguros! Pela actualização databela salarial no ano de 2010!

Coimbra foi palco de três importan-tes reuniões dos órgãos da Federa-ção do Sector Financeiro (Febase).

Assim, no dia 31 de Maio reuniu-se o Secre-tariado, que preparou as duas reuniõesseguintes – a do Conselho Geral e a doConselho Sectorial da Actividade Bancária– e especialmente para aprovar as propos-tas a submeter àqueles órgãos.

O Conselho Geral, de cuja Ordem deTrabalhos constava a análise e aprovaçãodo Relatório de Actividades e Contas doExercício de 2009, aprovou, nos pontosprévios, uma recomendação às Direcçõessindicais, relativamente ao processo nego-cial com a CGD.

No documento, o Conselho Geral reco-mendava às Direcções dos três Sindicatosdos Bancários que fosse decretado um diade greve, a cumprir a 11 de Junho, caso aCGD não aceitasse subscrever a revisãosalarial de 1% para 2010, valor igual aoacordado no ACT do sector bancário.

Contratação e comunicação

O Relatório de Actividades de 2009, apro-vado por larga maioria e com apenas 7votos contra, dá conta dos acontecimentosmais significativos, merecendo especialdestaque a contratação colectiva da Bancae Seguros.

O documento refere a pluralidade demesas negociais para a revisão das tabelassalariais e de outras cláusulas das váriasconvenções colectivas de trabalho, o queexige, por parte da Febase, uma maiorpermanência em Lisboa dos elementosque integram o Pelouro da Contratação.

O Secretariado apresentou uma candida-tura à Autoridade para as Condições deTrabalho (ACT), com o objectivo de poderser elaborado material didáctico e pedagó-gico conducente ao exercício e desenvolvi-mento de boas práticas laborais, designa-damente na área da Higiene, Saúde e Segu-rança no Trabalho no sector bancário. "Acandidatura foi aprovada para 2010", subli-nha o Relatório.

Contratação domina Conselho Sectorial da Banca

Conselho Geral aprovaRelatório e Contas da Federação

Por larga maioria dos votos, os conselheiros da Febasepronunciaram-se favoravelmente às contas do exercício.

O Pelouro da Contratação Colectiva foi o que registou maioractividade

Também a Informação mereceu umempenho especial do Secretariado, queassim pretendeu "criar um instrumento deligação aos associados dos vários sindica-tos". A "Revista Febase", que surgiu emMarço deste ano, foi já um primeiro passona concretização do objectivo para que setrabalhou em 2009.

As Relações Externas foram outro eixoprioritário de actuação, tendo sido lança-das as propostas – já aceites – para quePortugal acolhesse em 2011 a ConferênciaMundial da UNI-Finanças e a Conferência daUnimed (cuja realização é noticiada nestaedição).

De distinguir ainda a participação namanifestação do 1.º de Maio promovidapela UGT e na Euro-Manif da CES "Combatera crise, as pessoas em primeiro lugar", quese realizou em Madrid a 14 de Maio.

SAMS Portugal

O Relatório dá também conta das váriasreuniões realizadas com o objectivo deprojectar as bases dos SAMS único. "A com-plexidade deste projecto prende-se, sobre-tudo, com a diversidade dos regimes exis-tentes, bem como com a unificação dosserviços abarcados pela função financiado-ra, uma vez que a prestação de serviços desaúde continuará alocada aos Sindicatosque os detêm", lê-se no documento.

O Relatório adianta que está previsto olançamento, no primeiro semestre de 2010,de um concurso a consultoras para a reali-zação de um estudo sobre a organizaçãodos serviços dos SAMS-Portugal.

Já no que diz respeito a acções deformação, o documento do Secretariadodestaca a participação num projecto sin-dical de âmbito europeu, o Norma Trai-ning Project. Financiada pela ComissãoEuropeia, a acção teve como parceiros asorganizações sindicais Fabi e Fiba/CISL(Itália), FES/UGT (Espanha), Basisen (Tur-quia), ETYK (Chipre), FTUFS/Sube (Bulgá-ria), Mube (Malta), OTOE (Grécia) e UNI--Europa Finanças.

Contas aprovadas

Relativamente às Contas do exercício de2009, uma nota introdutória salienta que amaior actividade verificou-se no Pelouro daContratação Colectiva/Banca.

"Uma vez que a proposta de fixação dequotização aos filiados da Febase, apresen-tada pelo Secretariado, só foi aprovada noConselho Geral de 16 de Dezembro de 2009,as receitas que providenciaram o funciona-mento da Febase foram decididas peloSecretariado a título de Contribuições Ex-traordinárias dos sindicatos", refere a nota,adiantando que essas contribuições totali-zaram 10.000 euros, "insuficiente para fa-zer face a algumas despesas".

TEXTO: INÊS F. NETO

Actualidade l SINDICAL

Assim, e para evitar nova contribuiçãoextraordinária, essas despesas foram su-portadas directamente por cada Sindicato,de acordo com uma decisão do Secretaria-do a que anuíram as Direcções. Logo apósa entrada em vigor do plano de quotização,os Sindicatos serão ressarcidos. "Tal factooriginou que se obtivesse um resultadolíquido negativo de 14.831 euros".

Acordo ratificado

Já no Conselho Sectorial da ActividadeBancária que se seguiu ao Conselho Geral,os membros daquele órgão aprovaram porlarga maioria a proposta apresentada peloSecretariado.

Assim, não só foi ratificado o acordo deprincípio de revisão da tabela salarial doACT do sector bancário (entretanto assina-do), como o Secretariado foi mandatadopara nas restantes convenções colectivasoutorgar acordos cujo aumento salarialtenha um valor no mínimo igual ao databela do ACT.

TEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

O Secretariado foi mandatadopara nas restantes convençõescolectivas outorgar acordoscujo aumento salarial tenha um valorno mínimo igual ao da tabela do ACT

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 15 de Junho 2010 ––––– 98 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 15 de Junho 2010

SINDICAL l Actualidade Actualidade l SINDICAL

Fundo de Pensões

TEXTO: INÊS F. NETOComissão de Acompanhamentoanalisa relatório da Unicre

AComissão de Acompanhamento doFundo de Pensões da Unicre reuniu--se a 13 de Maio, tendo por objectivo

a análise do Relatório Actuarial de 2009elaborado pelo actuário responsável. DaComissão faz parte e esteve presente, emrepresentação dos Sindicatos da Febase,Delmiro Carreira, Presidente da Direcçãodo SBSI.

«O financiamento tem sido asseguradopelo Associado, salientando-se deste modoo nível de financiamento em 31 de Dezem-bro de 2009 de 96,42%. Verifica-se assimcumprido o rácio mínimo de financiamen-to, de acordo com o Aviso 4/2005 do BdP[Banco de Portugal]», conclui a análise dosconsultores dos Sindicatos, pertencentesao Centro de Investigação sobre EconomiaFinanceira (CIEF) do Instituto Superior deEconomia e Gestão (ISEG/UniversidadeTécnica de Lisboa), salientando que «ascontribuições efectuadas em 2009 totaliza-ram 1.190.818 euros, não existindo contri-buições dos participantes».

No entanto, o documento chama a aten-ção para o facto de que «os níveis desolvência projectados no curto prazo apon-tam para valores inferiores a 100%, peloque deverá existir um acompanhamentodo plano de financiamento recomendadopelo actuário responsável». De qualquermodo, acrescenta, «como se trata de resul-tados de curto prazo, logo possíveis derecuperar quando a situação económica efinanceira melhorar, somos de opinião quea carteira de títulos afecta ao Fundo éadequada à composição das responsabili-dades».

Benefícios garantidos

O Fundo de Pensões tem como únicoassociado a Unicre e é gerido pela socieda-de gestora BPI Pensões.

O plano de pensões do Fundo segue oestabelecido no ACT do sector bancário,«com algumas excepções, nomeadamen-te o montante considerado para salário

O Fundo de Pensões daUnicre apresenta níveis definanciamento de 96,42%,cumprindo o rácio mínimo

exigido pelo Banco dePortugal

Nº Idade média Pensãomédia anual

Velhice 4 75 90.207

Invalidez 24 61 21.325

Viuvez 3 65 13.393

Total 31 64 29.445

Pensionistas Unidade: euros

Nº Idade Antiguidade Salário médiomédia média anual

Idades < 65 anos 225 46 20 _

Idades >= 65 anos – – – –

Total 225 46 20 31.256

Activos

Nº Idade Pensãomédia média anual

Pré-reformas/

/Reformasantecipadas 17 61 28.183

Pré-reforma Unidade: euros

Unidade: euros

Nº Idade média Antiguidade Saláriomédia médio anual

Participantes c/direitos adquiridos 222 45 7 15.485

Direitos adquiridos Unidade: euros

Responsabilidades %

Activos 46.901.309 68,7

Pensionistas 21.387.661 31,3

Total 68.288.970 100,0

Responsabilidades do FundoAs responsabilidades com serviços passados são

as seguintes:

Unidade: euros

títulos 2008 2009

Acções 18,7% 29,7%

Obrigações 65,8% 61,8%

Liquidez 15,5% 7,0%

Retorno absoluto — 1,5%

Total 100,0% 100,0%

Composição da carteira de títulos

pensionável», ou seja, «a pensão garantidapelo Fundo de Pensões é superior à pensãoresultante do ACT», pois «o salário pensio-nável é o montante relativo ao salário basedo nível, acrescido das diuturnidades, inclu-indo o complemento remunerativo (quan-do exista) e subsídio de isenção de horário».

Recorde-se que os benefícios garantidospelo Plano de Pensões da Unicre são asreformas por invalidez presumível, por in-validez e por sobrevivência, além do sub-sídio por morte e dos encargos com osSAMS. O Fundo não assume o pagamento depensões de invalidez.

Adequação dos activosàs responsabilidades

Tendo em conta que a idade média dosactivos é de 46 anos, o CIEF considera na sua

análise que «a composição da carteirade investimentos pode ser consideradaajustada ao risco do Fundo (o peso dasacções é de 29,7%)».

«O valor indicado como retorno dosactivos financeiros, 5.559.035 euros,significa uma taxa de rendimento posi-tiva, embora não seja indicada no rela-tório actuarial a taxa anual de rendibi-lidade correspondente», sublinha o do-cumento.

As conclusões do relatório actuarial,que apresenta um modelo de avaliaçãoda carteira de títulos afecta às responsa-bilidades e sua adequação, indicam que,no curto prazo, «a solvência estará abai-xo dos 100%, com excepção do cenáriooptimista em 2011 e 2012, que estará a100% e 102%, respectivamente», aler-tam os consultores dos Sindicatos.

Os Sindicatos acusam o Credibomde estar a servir-se da crise parase "livrar" de trabalhadores e

garante: caso o Banco insista em avan-çar com o despedimento terá da partedos Sindicatos a resposta que merece.

Integração na Segurança Social dos bancários no activo

Sindicatos vão participar em comissão tripartidaO Governo vai criar um grupo de

trabalho tripartido – Estado, Banca eSindicatos – para estudar a eventual

integração no regime geral daSegurança Social dos bancários no

activo inscritos na CAFEB

Acomunicação social tem dadoconta das intenções do Governoem decretar a integração no re-

gime geral da Segurança Social dosbancários no activo que se encontraminscritos na Caixa de Abono de Famíliados Empregados Bancários (CAFEB).

Essas notícias correspondem à ver-dade. Tais factos chegaram ao conheci-mento das Direcções Sindicais nos fi-nais de Maio e levaram a Federação doSector Financeiro (Febase) a solicitaruma reunião à ministra do Trabalho eda Segurança Social.

Na reunião, que se realizou a 26 deMaio, o secretário de Estado da Segu-rança Social, Pedro Marques, confirmouaos Sindicatos essa intenção do Gover-no, informando que na semana seguin-te iria reunir com a Banca para discutiro assunto.

Os Sindicatos dos Bancários da Feba-se (SBSI, SBN e SBC) deixaram claro que

a integração no regime geral da Segu-rança Social teria de ser feita no respei-to pelas normas constantes no ACT dosector bancário e de outros IRCT dosector, ou seja, os salários deveriamser majorados, de forma a que nãohouvesse diminuição do vencimentolíquido dos trabalhadores.

Por outro lado, os Sindicatos exigirama sua participação no processo.

O governante prometeu a criação deum grupo de trabalho tripartido – Go-verno, Banca e Sindicatos – e adiantouque logo após a reunião com os repre-sentantes da Banca voltaria a contac-tar os Sindicatos.

Febase contra despedimentode 87 trabalhadores do Credibom

O Credibom pretendedespedir 87 trabalhadores,

apesar de distribuirdividendos aos accionistas e

bónus aos gestores.A Febase quer fazer o Banco

recuar nas suas pretensões

"No momento complicado que o Paísatravessa e em que são pedidos sacri-fícios a todos, a empresa de concessãode crédito Credibom pretende despedir87 trabalhadores – mas não se coíbe dedistribuir dividendos pelos accionistase prémios pelos gestores", acusa o SBSI,num comunicado publicado como pu-blicidade em alguns jornais diários.

O Credibom justifica a tentativa dosdespedimentos com o argumento fala-cioso de "assegurar a viabilidade daempresa" e assim pretende atirar parao desemprego 87 trabalhadores, a maio-ria dos quais com mais de uma décadade serviço no Banco, denuncia ainda oSBSI.

"Esta tentativa de despedimento étanto mais escandalosa quanto o Credi-bom mantém os contratos de outsour-cing e até anuncia no seu sítio online orecrutamento de novos colaboradores",lê-se no comunicado, publicado nosjornais no dia 9.

"O objectivo encapotado é "livrar-se"de alguns trabalhadores – escolhidos adedo nos diversos serviços da empresa,em Lisboa e no Porto. E, para consegui--lo, não hesita em agir ao arrepio daética empresarial, nomeadamente ten-tando "comprar" a renúncia à impugna-

ção judicial, através da oferta de maisalguns euros de indemnização aos tra-balhadores que aceitem rescindir ime-diatamente o contrato de trabalho pormútuo acordo".

Para os Sindicatos, o Credibom "estáa agir de má-fé, a atropelar a Lei e adesrespeitar os trabalhadores", razãopor que "não informou nem consultouo respectivo Comité de Empresa Euro-peu sobre a intenção de proceder a umdespedimento colectivo – conforme alei obriga".

"O Banco Credibom é um exemplo dasempresas que levaram o País e o Mundoà actual situação: implacável nos inte-resses imediatos, magnânime na distri-buição de bónus, cega às necessidadesdas pessoas", escreve-se ainda no co-municado de denúncia pública.

O Credibom está a brincar aos despe-dimentos – mas os Sindicatos não vãopermitir-lhe aproveitar a crise pararesolver problemas internos, garantemos dirigentes sindicais que, à hora dofecho desta edição, estavam reunidoscom a Administração do Banco.

"Caso o Banco insista em avançar como despedimento, este ultraje aos traba-lhadores terá da parte dos Sindicatos aresposta que merece", afiançam.

TEXTO: INÊS F. NETO

TEXTO: INÊS F. NETO

No curtoprazo,a solvênciaestaráabaixodos 100%,comexcepçãodo cenáriooptimistaem 2011e 2012

O Credibom está a agir de má-fé, a atropelara Lei e a desrespeitar os trabalhadores,

razão por que não informou nem consultouo respectivo Comité de Empresa

Europeu sobre a intenção de proceder aum despedimento colectivo - conforme

a lei obriga

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Oobjectivo que presidiu à reunião quejuntou dirigentes sindicais de Portu-gal, Itália, Espanha, Turquia e Grécia

foi integrar a sua reflexão noutra maisvasta, que se desenrola ao nível daUNI-Finanças, mas trazendo à colação arealidade do sistema financeiro no Sul daEuropa. Nesse sentido, a par dos represen-tantes daqueles países marcaram presençaem Coimbra o presidente da UNI-EuropaFinanças e a responsável pelas acções ecampanhas da organização.

Transversal a toda a discussão foi a actualsituação da Europa, que atravessa ummomento particularmente difícil com ele-vados custos para os trabalhadores, fusti-gados pelo desemprego e por medidas deausteridade já comuns, em maior ou menorgrau, a todos os Estados do Mediterrâneo.

Do mesmo modo, a reflexão e análise emtorno dos temas que compunham a Ordemde Trabalhos esteve sempre balizada pelaconjuntura europeia e pela necessidade – eexigência – de uma nova ordem para osistema financeiro.

Recorde-se que a UNI-Europa Finançastem em curso uma campanha centradanum “código de conduta” sobre a venda deprodutos financeiros, cuja finalidade é criarnormas mais claras e transparentes, assen-tes no respeito pelos clientes e pelos traba-lhadores.

Problemas globais, visões locais

“Vendas e Ética” foi precisamente umdos temas da Ordem de Trabalhos dareunião de Coimbra, sobre o qual intervie-ram, além de um dos vice-secretários-gerais da Febase e de representantes deorganizações sindicais de Itália e Espa-nha, alguém do “outro” lado do sistema,o director-coordenador do Departamen-to de Recursos Humanos no Banco Espíri-to Santo (BES).

A necessidade de mudanças claras noactual quadro regulatório e comportamen-tal esteve em foco no painel subordinado aotema “Depois da crise – o sector financeirona Europa e no Mundo”. As intervenções dosdirigentes sindicais de Portugal, Itália eEspanha permitiram um enfoque local a umproblema global.

Os trabalhos incluíram ainda um paineldedicado à “Crise económica global” eoutro centrado nas questões organizacio-nais internas, que se desenrolou sob o títulogenérico “A UNIMED e o Congresso mundialda UNI/Nagasaki 2010”.

Tratou-se de uma jornada de extremarelevância para o movimento sindical in-ternacional, designadamente no que aosector financeiro diz mais directamenterespeito. Nestas páginas publicamos umresumo das principais intervenções, nãoapenas dos dirigentes das organizações

SINDICAL l Actualidade Actualidade l SINDICAL

A realização da Conferência anual da Unimed em Coimbra deve-se à sugestão apresen-tada na conferência do ano transacto pelo Presidente do SBC, Carlos Silva, e aceite pelosresponsáveis da UNI-Europa Finanças e dos Sindicatos. Assim, e sob organização doSindicato, a conferência foi incluída nas comemorações dos seus 75 anos.

Com uma presença relevante quer a nível de organizações sindicais, quer de persona-lidades, a conferência contou ainda com a presença de diversos convidados, nomeadamen-te o governador civil de Coimbra, Henrique Fernandes, o presidente da Fundação Inatel,Vítor Ramalho e o director de recursos humanos do BES, Pedro Raposo, bem como oSecretário-geral da UGT, João Proença.

Além da partilha de conhecimentos e experiências, mas também das reflexões e debates,houve, como não podia deixar de ser, momentos altos de convívio e confraternização entretodos os que, a milhares de quilómetros uns dos outros, lutam pelos mesmos ideais emprol e na defesa dos trabalhadores, do direito ao emprego e de um tratamento digno.

Assim, ainda na Sexta-feira, os participantes da conferência foram obsequiados com umjantar nos jardins das instalações do SBC na Rua Lourenço Almeida Azevedo, acompanhadode música ao vivo. No Sábado, depois de uma visita a alguns dos lugares mais emblemáticosda cidade dos estudantes, como a Sala dos Capelos e a Biblioteca Joanina, foram percorridasas Caves Messias, na Mealhada.

Depois do almoço, que terminou com uma sessão de Fados de Coimbra, pelo grupoSan'Tiago - "Sons da Alma", com excelentes interpretações de Joaquim Afonso, colegareformado do Banco BPI, ainda se visitaram o Palácio e Museu do Buçaco, antes de se seguirpara a Figueira da Foz. Escusado será dizer que foi unânime o encantamento de todos ospresentes.

Coimbra encantou convidados TEXTO: LUÍS ARDÉRIUS

Conferência da UNIMED em Coimbra foi marco histórico internacional

Os Sindicatos do sector financeiro quecompõem a UNIMED (os filiados na UNIda área do Mediterrâneo) reuniram-seem Coimbra para três dias de trabalho,

tendo em vista discutir e analisar osefeitos da crise na Europa e no Mundo e

o papel do movimento sindical noredesenhar do sistema

filiadas na UNIMED mas também dos con-vidados.

Coube a Carlos Silva, Secretário-geralda Febase, enquanto anfitrião, dar asboas-vindas às muitas dezenas de parti-cipantes, traçando uma curta mas interes-sante história da "Cidade do conhecimento".

Edgardo Iozia:"Milagre laico"

Logo a seguir, o presidente da UNI-Euro-pa Finanças, Edgardo Iozia, fez jus à amiza-de e ao conhecimento que tem do nossoPaís, acrescentando que Coimbra é tam-bém a "Cidade da tolerância e do respeito,reconhecida em todo o Mundo". E exortoua que a UNIMED se tornasse a "grandeuniversidade sindical do Mediterrâneo",instituindo-se também como uma grandeforça política, capaz de ombrear com osdecisores governamentais da região, natomada de decisões, no que se refere a esteimportante sector de actividade económi-ca. "A Europa atravessa um momento muitodifícil – dramático mesmo – com os proble-mas a entrar nos lares de todos os cidadãos"– enfatizou Iozia, acrescentando que asdificuldades se estendem ao sector, emmuito devido à especulação e à incapacida-de de uma regulamentação eficaz. "Porisso, o grande desafio com que a Banca está

agora confrontada é o de abandonar aspráticas especulativas e de contribuir parao desenvolvimento da economia". E termi-nou utilizando a curiosa expressão de acre-ditar num "milagre laico", que faça com queos Bancos acabem por compreender, noseu próprio interesse, que é necessário

programadas por aquelas estruturas, no-meadamente nas áreas das vendas res-ponsáveis dos produtos financeiros e daspráticas de vendas, centrando grande parteda intervenção nas práticas do Banco San-tander nos Estados Unidos: "Ali, aqueleBanco diz que apoia a liberdade dos seustrabalhadores, mas a verdade é que jádespediu alguns, só por serem sindicaliza-dos – uma história triste que tememos vira ser estendida a outros países. Por isso,queremos criar práticas globais, no que dizrespeito às vendas responsáveis. E aquitemos um longo caminho a percorrer. Bas-ta pensar que, nos Estados Unido, 99% dosbancários não estão sindicalizados. Entre-tanto, em Junho, vamos apresentar umaqueixa contra o Santander, em Espanha, porviolar os normativos internacionais".

Pereira Gomes:"Conflito inultrapassável"

No painel subordinado ao tema "Ven-das e ética", Pereira Gomes, Vice-secre-tário-geral da Febase, começou por dizerque "a crise chamou-nos a atenção sobreaté que ponto os mercados financeiros sãovulneráveis, em caso de comportamentosmenos transparentes por parte dos opera-dores, na negociação de produtos financei-ros de menor qualidade, sendo portantofundamental que as aplicações sejam rea-lizadas de acordo com o perfil e com ointeresse de cada cliente". Por outro lado,"é necessário que as Instituições financei-ras forneçam informação mais completa e

mais clara antes da subscrição. Com efeito,a falta de informação, a pouca clareza comque os contratos são redigidos e a publici-dade enganosa serão, entre outros proble-mas, as três grandes questões que afron-tam os investidores em produtos financei-ros". Por outro lado, "a complexidade dainformação é outro entrave à contrataçãode produtos financeiros dentro e fora doPaís, pelo que apenas 1% dos 500 milhõesde consumidores da União Europeia searrisca a investir além-fronteiras". No finalde tudo isto, "parece que surge um conflitoinultrapassável, entre necessidade e valo-res aparentemente dicotómicos mas quetalvez possam – ou necessariamente de-vam – adaptar-se a uma nova realidade,face ao tsunami financeiro que recente-mente varreu o Mundo". E concretizou: "OsBancos precisam de continuar a venderprodutos financeiros e os consumidoresquerem continuar a comprá-los. Só que asregras do jogo têm de mudar. A isto poderáchamar-se uma nova ética".

Pedro Raposo:"Fazer fácil é o mais difícil"

A intervenção de Pedro Raposo, Directorcoordenador do Departamento de Recur-sos Humanos do Banco Espírito Santo,caracterizou-se por aportar ideias novas eoriginais ao debate, "tirando da cartola",com assinalável mestria, um "coelho"cheio de "ovos de Colombo", provavel-mente portadores do mais difícil, que éfazer fácil. Assim, sublinhou que tudo pode-respeitarem a dignidade dos trabalhado-

res. Voltando a usar da palavra no últimopainel, Iozia referiu que "a maior fraquezado sindicalismo é ser nacional, quando ocapital é multinacional e só conhece ereconhece uma lei: a do lucro".

Henrique Fernandes:"Um marco histórico"

Coube ao Governador civil do distrito deCoimbra, Henrique Fernandes, deixar ficaruma mensagem clara, em nome do Gover-no português, salientando a capacidade deauto-regulação e a vontade de diálogo queos Sindicatos da Febase têm vindo a eviden-ciar com todos os outros parceiros sociais,considerando que "este encontro alargadoconstitui um marco histórico para a vida dosindicalismo no sector financeiro europeu".Coube-lhe referir que "é justamente aosector financeiro que cabe a tarefa de ajudarquem tem a responsabilidade de encon-trar, em ambiente de concertação social, assoluções para os problemas com que osnossos países estão confrontados".

Gabrielle Lynch:"Uma história triste"

Gabrielle Lynch, responsável pelas ac-ções e campanhas da UNI-Finanças, reve-lou os projectos e as iniciativas que estão

TEXTO: INÊS F. NETO E FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Carlos Silva foi o anfitrião da Conferência

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SINDICAL l Actualidade Actualidade l SINDICAL

ria mudar se se começasse por introduzirensinamentos simplificados de matemáti-ca financeira na disciplina de matemática,"porque todos irão ter de saber o que sãojuros, cartões de crédito, etc." Por outrolado, "os produtos financeiros deveriamestar associados a cores, em termos derisco, ou, por exemplo, referenciados numaescala de 1 a 10, para facilitar a compreen-são dos consumidores. Seria uma formasimples, clara e transparente de educar osclientes a nível mundial, como se fez comgrande êxito, por exemplo, no caso dareciclagem ou do consumo energético dosaparelhos electrodomésticos. Os consumi-dores passariam a estar muito mais cons-cientes nas suas opções. De contrário, écomo pormos um penso rápido para tentar-mos curar uma fractura grave".

Barbara Pungetti:"As sequelas da crise"

Barbara Pungetti, delegada da DircreditoUni, centrou a sua intervenção mais noaspecto social das sequelas da crise finan-ceira e económica, "que ainda hoje semantêm sobre os cidadãos, como umasérie de suicídios, enquanto os Bancoscontinuam a somar lucros fabulosos". Refe-rindo-se aos problemas que tal situaçãoprovoca aos trabalhadores bancários, lem-brou que "são obrigados a vender quaisquertipos de produtos, para poderem sobrevi-ver e para fugirem ao assédio moral quesobre eles é feito implacavelmente pelaschefias".

José Antonio Gracía:"Bancos estão mais espertos"

O Secretário nacional da FES/Espanha,José Antonio Gracía, sublinhou que "a criseensinou os Bancos a serem mais espertose a esconderem melhor as suas própriascrises da opinião pública: estão a ganharagora mais, durante a crise do que na época

da bonança". A seguir, levantou três ques-tões cruciais: "Como se controla a questãoentre as vendas e a ética? Como se sabeonde estão as fronteiras entre os objecti-vos, os incentivos, os produtos convenien-tes para os clientes e os produtos inconve-nientes? O que acontece a um trabalhadorque denuncia uma situação de violação daética?" E respondeu imediatamente a esta:"Vê-lhe denunciado o contrato de traba-lho!" Referiu, depois, uma citação de umex-presidente da Associação de BancosEspanhola, que gostaria de ver agora apli-cada: "A primeira virtude de um banqueirodeve ser o respeito pelos investidores epelos trabalhadores." Terminou com umapelo: "Temos de trabalhar no sentido deque os poderes políticos façam com que osreguladores modifiquem o estado de coisasa que se chegou".

Aleardo Pelacchi:"Bancários violentados"

Aleardo Pelacchi, Secretário-geral daFalcri-Itália, disse, logo a iniciar, que secontinuarmos com o actual sistema devendas, sem boas práticas, a crise tenderáa piorar. E orientou a sua intervenção paraos problemas com que os trabalhadores dosector são confrontados: "Os bancários sãoviolentados, ao serem obrigados a praticaractos de venda que atentam contra a suaconsciência e que são contrários à lei, semo que acabam por ser confrontados com odespedimento." Referiu que "o ideal seria,então, satisfazer o cliente e vender, comlucro razoável, produtos que sejam clara-mente favoráveis ao destinatário. Assim,todas as partes ficariam a ganhar." Todavia,chamou a atenção para as dificuldades deuma operação desta natureza: "Mas tudoisto tem de ser feito com muito cuidado,porque há sempre riscos, sobretudo emmomentos de crise. E é nestas alturas, maisdo que em quaisquer outras, que os clientes

procuram os conselhos dos bancários e nãodos Bancos." Terminou, denunciando aspressões das agências de rating: "O que elasexigem é que se venda mais, sem quere-rem saber se vendemos bem. Por isso, seum trabalhador vender menos, porque estápreocupado com a ética, é rotulado de mauprofissional e não de ser um bancário pos-suidor de uma consciência louvável".

Delmiro Carreira:"Trabalham, mas pouco!"

A abrir o painel intitulado "Depois dacrise: o sector financeiro na Europa e noMundo", Delmiro Carreira, vice Secretário--geral da Febase, criticou aqueles que "apre-goam que nada pode ficar como dantes masque nada fazem para mudar o status quo,e os que dizem que estão a trabalhar nosentido de modificar a situação, emboratudo o que façam seja no sentido de, emverdade, só muito pouca coisa ser altera-da". Uma dúvida, todavia, não subsiste: "Oque os trabalhadores sabem é que a situa-ção não pode ficar inalterada, sob pena de,dentro de pouco tempo, serem confronta-dos com uma crise ainda pior".

Manuel Rodriguez:"Bónus estratosféricos"

Manuel Rodriguez, do Departamento In-ternacional da Comfia (Comisiones Obre-ras), recordou que, desde o início da crise,mais de 500 mil trabalhadores do sectorfinanceiro foram lançados no desempre-go: "O que é certo é que a Europa pôdecontinuar a competir com os grandesmercados, como os Estados Unidos e aChina." Mas já se faz tarde para – referiu –"fiscalizar decididamente, a nível euro-peu, os bónus estratosféricos dos gestoresbancários, reduzindo-os significativamen-te e diferindo-os no tempo". Outra dasrecomendações que apontou foi para aeliminação dos paraísos fiscais, aprovei-tando o facto de Barack O'Bama já terdeclarado o seu apoio a esta medida.

Mauro Bossola:"Optimismo e pessimismo"

O Secretário nacional da Fabi-Itália, Mau-ro Bossola, sublinhou que a atenção dosmercados se encontra focalizada em doisgrandes riscos: no problema da Grécia e nosdéfices orçamentais apresentados por qua-se todos os países. No entanto, acentuouque "a Europa vive neste momento ummisto de optimismo numa recuperaçãoque todos desejam possível mas que todosreconhecem não poder começar a aconte-cer imediatamente, e de pessimismo, por-que também todos reconhecem a extremadificuldade de prever o futuro de uma criseque tem sido pautada por sofrer convulsõessúbitas e inesperadas, resistindo a qual-quer terapia".

Dante Barban:"Seguradoras resistiram melhor"

Dante Barban, Secretário-geral da Fnai-talia, centrou a sua intervenção no casonacional: ali, apesar de a crise ter sidooriginada e ter originado muitos títulostóxicos, as seguradoras que os comprarammas cujo negócio é vender confiança, resis-tiram melhor do que os Bancos e não foramobjecto de falência, apesar de haver algunsprocessos de fusão e de concentração, paraalém de bastantes despedimentos.

Vítor Ramalho:"Um novo paradigma"

O Presidente da Fundação Inatel, VítorRamalho, ao iniciar o painel intitulado "Acrise económica global", fez lembrar queesta é a primeira crise resultante da globa-lização, "pelo que nada tem a ver com a de1929, de que tanto se fala". É, assim, "oresultado da implosão de um dos pólos dabipolarização em que o Mundo se encontra-va dividido, o que provocou três conse-quências". Passando a enunciá-las: "Umafoi a aceleração dos espaços económicossupranacionais, como a Organização Mun-dial do Comércio, a universalização doconceito de democracia, sem tomar emconsideração as especificidades de cadapaís, como em África. Outra foi a emergên-cia de desenvolvimentos económicos im-pressionantes e impensáveis, como na

China e na Índia, enquanto o Ocidente iaperdendo competitividade. E a terceira foio envelhecimento da população, o queprovoca questões como o financiamento dasegurança social." Com o mundo em mu-dança, "vamos entrar num novo paradig-ma de vida; as velhas respostas para osnovos problemas estão condenadas ao fra-casso; agora há que redefinir o papel doEstado e da Justiça, entre outras Institui-ções, sem o que podemos ver agravada asituação". Neste aspecto, alertou para ocaso alemão, em que 80% da populaçãoquer sair da zona euro – o que, se fosseconcretizado, significaria o colapso do maiorespaço económico e social mundial, comconsequências imprevisíveis – enquanto oReino Unido continua sem rumo e a Rússia,a China e a Índia se encontram cada vezmais fortes.

João Proença:"Brutal ataque à Europa"

João Proença, Secretário-geral da UGT,considerou que, passados já 18 meses so-bre o início da crise, "se desencadeou umataque brutal e especulativo à Europa e aoeuro, com concentração na Grécia, emPortugal e na Espanha, embora a Europatenha continuado a ser o maior exportadore importador mundial". O problema é que"a Europa se comprometeu a introduzirmedidas de regulação financeira, o que não

concretizou atempadamente, permitindoo reforço dos ataques do capital especula-tivo". E não poupou palavras: "De resto, aEuropa regista uma brutal falta de lideran-ça, falhando em toda a linha da coordena-ção económica e financeira. Só lhe restauma solução: ser mais federal. Não podecontinuar a ser totalmente dependente dosEstados Unidos, designadamente, como éo caso, na área da regulação. E por isso omovimento sindical precisa de estar unido,hoje mais do que nunca, para defender oEstado Social".

Num outro painel, moderado por ViriatoBaptista, membro do secretariado da Feba-se, foram tratados assuntos que se pren-dem com a participação da UNIMED nopróximo Congresso mundial da UNI, que serealizará ainda este ano, na cidade japone-sa de Nagasaki.

Paineis foram seguidos com muitointeresse pelos dirigentes sindicais

"A Europa comprometeu-se a introduzirmedidas de regulação financeira,o que não concretizou atempadamente,permitindo o reforço dos ataquesdo capital especulativo"

João Proença

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Esta revogação por acordo acaba,desta forma, na sua essência, porser um "despedimento negociado"

dado que, em regra, a proposta parte doempregador, o interesse em alcançar talacordo, em princípio, é do empregador egrande parte das pressões nesse sentidorecaem sobre o trabalhador. A insistên-cia e/ou persistência do empregadoracaba, muitas vezes, e pelo menos par-cialmente, por limitar a liberdade dedecisão do trabalhador.

Mas vejamos o regime legal, previstonomeadamente nos Artigos 349.º e 350.ºdo Código do Trabalho, relevando algunsalertas que deverão ser atendidos porquem tenha de celebrar um acordo destanatureza.

O Artigo 349.º estipula que o "referidoacordo deve constar de documento assi-nado por ambas as partes". Esta é umaexigência formal superior à da própriacelebração do contrato de trabalho, im-plicando a falta de forma escrita a nulida-de do respectivo acordo revogatório.Quanto à produção de efeitos, esta pode-rá ser imediata (na data da sua celebra-ção), ou em momento posterior, confor-me a intenção/vontade manifestadapelas partes, devendo acrescentar-seainda que os termos do acordo serão osfixados e acordados, desde que não sejamcontrários à Lei.

Neste âmbito, um dos aspectos essen-ciais e relevantes será a compensaçãofixada, como preço a pagar pelo empre-gador ao trabalhador, ou como preçoresultante do "despedimento negocia-do". No entanto, o n.º 5 do Artigo 349.º falaem "compensação pecuniária global", pre-sumindo-se que, nessa compensação,estão "incluídos os créditos vencidos àdata da cessação do contrato ou exigíveisem virtude desta". Trata-se de uma pre-sunção legal, o que implica que, quandonada seja dito em contrário, a lei retira ailação de que no respectivo montanteestão incluídos e liquidados os restantescréditos do trabalhador. Este é um pontoimportante a reter, pois o trabalhador

Questões l JURÍDICAS

Revogação do Contrato de Trabalho por acordo– noção e consequências

pode ter uma "surpresa", se o valor X forestipulado como compensação pecuniá-ria global, dado que nesse montante jáestarão incluídos os créditos decorrentesda cessação do contrato, tais como sub-sídio de Natal, subsídio de férias, fériasnão-gozadas ou outros.

Contudo, para obstar este efeito, nadaimpedirá que as partes estabeleçam que"a compensação será X, sem prejuízo dopagamento dos créditos Y e Z", ou estipu-lar que "o valor X é pago a título decompensação pela cessação do contratode trabalho".

Não obstante, e caso seja prevista uma"compensação pecuniária global", o tra-balhador apenas poderá elidir a presun-ção, provando que as partes não preten-deram incluir os créditos na compensa-ção acordada. Aquela norma (349.º, n.º 5)acaba por beneficiar o empregador, dadoque as dificuldades probatórias por partedo trabalhador serão, muitas vezes, insu-peráveis.

Finalmente, o trabalhador, surpreen-dido por esta presunção legal, semprepoderá, ao invés, recorrer ao direito pre-visto no Artigo 350.º do Código do Traba-lho, revogando o acordo celebrado. Estapossibilidade de revogação garante, nãosó a ponderação do trabalhador mas,também, o combate à fraude do empre-gador, ou seja, permite ao trabalhadorsocorrer-se do direito ao arrependimen-to, que pode exercer até ao 7.º dia seguin-te ao da celebração do acordo, devendoter-se especial atenção aos casos em queo acordo é celebrado previamente à pro-dução dos respectivos efeitos. A cessa-ção dos efeitos do acordo revogatório

implicará, necessariamente, a reposiçãoem vigor do contrato de trabalho, deven-do ser restituídos os valores recebidosem consequência da extinção do contratode trabalho. Deveremos, não obstante,realçar que o trabalhador não gozarádeste direito de fazer cessar os efeitos doacordo revogatório, caso este seja devi-damente datado e as respectivas assina-turas sejam objecto de reconhecimentonotarial presencial.

Finalmente, e como diploma imprescin-dível, em conjugação com as disposiçõesreferidas, deveremos ter em linha de con-ta o Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 deNovembro, porquanto, por regra, a ces-sação do contrato de trabalho por mútuoacordo não permite o acesso ao subsídiode desemprego. Excepções a esta regrasão apenas os casos de empresa em situa-ção de recuperação ou viabilização; em-presa em situação económica difícil; em-presa em reestruturação, bem como a queseja declarada em reestruturação, pordespacho ministerial. Para além das situa-ções enunciadas, são ainda consideradas,para efeitos de atribuição de subsídio dedesemprego, as cessações de contrato detrabalho por acordo, fundamentadas emmotivos que permitam o recurso ao des-pedimento colectivo ou por extinção doposto de trabalho, respeitando os limitesde até três trabalhadores ou até 25% doquadro de pessoal, em cada triénio (nasempresas que empreguem até 250 traba-lhadores) ou até 62 trabalhadores, inclu-sive, ou até 20% do quadro de pessoal,com um limite de 80 trabalhadores emcada triénio (nas empresas que empre-guem mais de 250 trabalhadores). Estesargumentos, e respectiva fundamenta-ção, deverão constar de declaração, quedeverá ser anexa ao respectivo formuláriode declaração de situação de desemprego(modelo RP 5044).

Desta forma, e apesar de todas asdecisões deverem ser ponderadas, comas ressalvas aqui enunciadas, pretenderealçar-se que o trabalhador se deveráinformar e esclarecer convenientemen-te, antes de tomar decisões e, acima detudo, antes de outorgar documentos tãodecisivos e relevantes como este, quefazem cessar o seu contrato de trabalho.Os Sindicatos estão inteiramente dispo-níveis, como é habitual, para este impor-tante papel informativo.

* Advogada do STAS

O empregador, como sabemos, não é livre para, por sua iniciativa, de formaunilateral e sem qualquer fundamento, despedir o trabalhador. Assim sendo,

a revogação por acordo acaba por surgir como um expedientetécnico-jurídico, extremamente atractivo, permitindo ao empregador superar

as dificuldades materiais e tornear os incómodos procedimentais ligados aodespedimento, de forma célere e eficaz

TEXTO: CARLA MIRRA*

Nacional l TEMPOS LIVRES

As duas equipas chegaram à finaldepois de, no dia anterior, teremganho os jogos das meias-finais.

Por isso, o jogo derradeiro era aguardadocom grande expectativa e levou muitagente às bancadas do pavilhão D. Bosco,dos Salesianos de Évora.

Sob a arbitragem da dupla formada porJoão Gil e José Moço, as duas equipasalinharam assim inicialmente:

Desportivo BPI – André Pinto; João Brito,Rui Carvalho, David Silva e Luís MiguelMartins;

Uniteam – Tiago Matias; Luís Martins,Mário Poeiras, Jorge Santos e Sérgio Duarte.

Ao longo da partida, também foramutilizados: Bruno Araújo e Cristiano Costa,pelo BPI, e Carlos Santos, António Montei-ro e Jorge Oliveira, pelos lisboetas.

A mesa de cronometragem foi com-posta por José Cordas, António Guiné eManuel Barbosa.

Nos primeiros minutos foi visível adisposição dos nortenhos em dar a iniciati-va do jogo aos homens do Uniteam, op-tando por apostar nos lances de contra--ataque. E foi assim que a primeira opor-tunidade de golo surgiu aos 3 minutos,com David Silva a tentar marcar mas comexcelente oposição do guardião lisboeta,Tiago Matias, que viria a ser sujeito atrabalho intenso ao longo da partida ecreditando-se com um punhado de exce-lentes defesas. Contudo, e logo no minutoseguinte, foram os lisboetas a marcar, noseu primeiro remate à baliza, com umdisparo forte e bem colocado de JorgeSantos.

Os homens do BPI reagiram ao golosofrido, passando a imprimir ao jogo maiorvelocidade. E chegaram ao empate aos 9minutos, na cobrança de um livre, apon-

Futsal

Juventude supera a experiênciae Desportivo BPI é novo campeão nacional

A 34.ª edição do torneionacional interbancário de

futsal chegou ao fim e com avitória do Desportivo BPI, do

Porto, que, fazendo alarde dajuventude do seu plantel,

logrou bater os experientesUniteam, de Lisboa, na finalnacional, que teve lugar em

Évora, no dia 6

tado por Luís Miguel Martins. O remate foimuito forte, a barreira defensiva abriuum buraco e por aí passou a bola, sem queTiago Matias pudesse evitar o golo.

Os homens do BPI poderiam ter chega-do ao intervalo em vantagem mas, aominuto 17, Bruno Araújo desperdiçou essaoportunidade, quando só tinha o guar-dião contrário pela frente. Mas já nessaaltura era visível o desgaste da equipalisboeta, bem aproveitado pelo rival paratomar conta do jogo e insistir no ataqueà baliza contrária.

Já no segundo tempo, e ao minuto 29,o BPI poderia, de novo, ter chegado àvantagem no marcador, quando Rui Car-valho rematou ao poste. E, cinco minutosdepois, foi Luís Miguel Martins que perdeunovo ensejo de colocar os nortenhos emvantagem, falhando à boca da baliza.

O golo da vitória acabou por surgir acinco minutos do final, com Rui Carvalhoa aproveitar da melhor maneira umafalha defensiva dos lisboetas, que reagi-ram bem e tentaram imprimir maiorvelocidade ao jogo, quando as forças jálhes faltavam.

Pelo que se viu em campo, o Desporti-vo BPI foi um justo e indiscutível vence-dor, com Rui Carvalho a ser creditadocomo o “homem do jogo”, não só por terfeito o golo da vitória mas pelo que jogouao longo da partida.

Por isso, fomos ouvir Rui Carvalho, nofinal da partida. São dele estas afirma-ções:

- Tivemos pela frente uma equipa muitofechada, que defendeu bem, e com muitaexperiência. Mas acabámos por ganhar,creio que com inteira justiça. É um triunfopelo qual esperámos um ano, depois determos falhado por pouco a presença na

final nacional do ano passado. Pensandojá na próxima época, posso adiantar queo plantel se vai manter e ganhar maisrodagem e experiência. Mas, para isso,vai ser preciso trabalharmos muito, nodia-a-dia.

Desportivo BPI tambémvenceu Team Foot

Na véspera, nas meias-finais, os Unite-am venceram o BCP, de Coimbra, por 1-0,e o Desportivo BPI, do Porto, bateu oTeam Foot ActivoBank, de Lisboa, por 3-1,após 0-0 ao intervalo.

Já no dia 6, e para apuramento doterceiro classificado, o Team Foot acusouo cansaço do jogo anterior e perdia por 3-1,a quatro minutos do fim. Mas chegou aoempate nos derradeiros segundos do tem-po regulamentar, só tendo ganho no pro-longamento, com um golo do seucapitão, João Rebocho.

Após a final, Manuel Camacho, emnome da Comissão Organizadora do tor-neio, agradeceu o desportivismo de to-dos e houve entrega de medalhas aosparticipantes na “final four” nacional e detroféus às equipas e, ainda, ao melhormarcador e ao guardião menos batido,seguindo-se as intervenções sindicais doPresidente da Direcção do SBSI, DelmiroCarreira, que denunciou a situação dedespedimento colectivo no Credibom, edo Secretário-geral da Febase, Carlos Sil-va, que abordou questões ligadas com arevisão da tabela salarial, a situação naCaixa Geral de Depósitos e a pretensãogovernamental de integrar os bancáriosno regime geral da Segurança Social,temas que também são abordados nou-tras páginas desta edição.

Peloque se viuem campo, oDesportivo BPIfoi um justoe indiscutívelvencedor,comRui Carvalhoa ser creditadocomoo “homemdo jogo”

Um dos muitos lances de ataque do Desportivo BPI

TEXTO: RUI SANTOS

O trabalhador deverá informar-see esclarecer-se

convenientemente,antes de tomar decisõese, acima de tudo, antes

de outorgar documentos tãodecisivos e relevantes comoeste, que fazem cessar o seu

contrato de trabalho

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Notícias l Bancários Norte Bancários Norte

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TrofaSénior Residências

OSindicato dos Bancários do Nor-te, através de uma parceria efec-tuada com o Grupo Trofa Saúde

(empresa proprietária dos hospitaisprivados da Trofa, da Boa Nova, de Bra-ga, de Lisboa e Internacional do Algar-ve), assumiu, em Janeiro de 2008, agestão conjunta do Clube ResidencialSénior de Alfena, um empreendimentosob a marca da TrofaSénior Residências.

Com uma oferta de serviços bastantediversificada, a TrofaSénior Residênciascontribui para a melhoria da qualidade devida dos utentes, potenciando uma seniori-dade activa e participativa na comunida-de em que estão inseridos. O projectotraduz-se numa resposta efectiva paracada uma das diferentes necessidadesidentificadas no segmento sénior, apre-sentando para o efeito, para além dosserviços relacionados com a área resi-dencial permanente (67 apartamentos e36 suites), soluções para estadia tempo-rária (períodos de convalescença, fériasou descanso) e um centro de dia, a funcionardas 8 às 21 horas. O clube disponibilizaserviços de um médico de medicina inter-na, uma equipa de enfermagem, fisiote-rapeutas, técnicos de apoio psicossociale uma animadora sociocultural. Os resi-dentes usufruem de excelentes condi-ções físicas, que incluem uma sala decinema, ginásio, court de ténis, ateliê depintura, cabeleireiro e circuito de manu-tenção.

Trata-se de um conceito novo, alicer-çado no respeito por alguns dos valoreshumanos inalienáveis, como a individuali-dade, a independência e a liberdade, quese estrutura a partir do eixo formadoatravés da animação e da ocupação doresidente. Esta vertente ocupacional apre-senta-se como o grande factor distintivoda marca, conferindo-lhe um posiciona-mento próprio e único no mercado.

Respeito pelos valores humanos

R – Porque desde há anos me preocupa-va ter um local de eleição, onde meacolhesse quando decidisse ter chegadoa altura. Fiz uma grande prospecção demercado e não encontrei nada seme-lhante. Aqui encontrei o conforto, o cari-nho e o desvelo que procurava. Se precisode algo, no campo da alimentação, dasaúde ou de qualquer outro, há semprealguém que diz “presente”.

P – Sente, assim, que as suas expec-tativas estão a ser preenchidas?

R – Na verdade, o clube oferece-nostodo o conforto. E quero desde já aprovei-tar para fazer uma referência à equipamédica, sempre atenta e solícita às nos-sas necessidades de dia e de noite, inclu-sivamente nos fins-de-semana. Temostambém uma equipa de enfermagem,composta por seis enfermeiras em servi-ço permanente, sempre vigilante na dis-tribuição da medicação e às funções ine-rentes à sua profissão, distribuindo cari-nho e sorrisos a quem mais deles neces-sita. Uma palavra também para a equipade fisioterapeutas, que me atrevo dequalificar de alto profissionalismo. E en-trou recentemente uma equipa de nutri-cionistas. São profissionais atentos aonosso bem-estar e à nossa saúde. Poroutro lado, apesar de ser um clube recen-te em que, naturalmente, nem tudo podeestar perfeito, à medida que os utentessolicitam melhorias, a administração res-ponde tão rapidamente quanto possívele está sempre a procurar levar a cabonovos melhoramentos.

P – Que tipo de alimentação é impostaaos utentes?

R – Não é imposto nenhum tipo dealimentação a ninguém. Há três pratos,à escolha. Mais: os pequenos-almoçossão tipo bufê, com uma grande diversida-de de produtos, o mesmo se passandocom os lanches e as ceias. Aliás, os fami-

liares e amigos também podem dispor doserviço de restauração, com um preçosimbólico.

P – Quer referir-nos outras valências?R – Por exemplo, o facto de termos pas-

sado a contar recentemente com uma téc-nica especializada em animação sociocul-tural. Os utentes sentem-se felizes com asua presença, porque é uma forma de o seuintelecto se manter ocupado. E quanto aorestante pessoal em geral, são muito cola-borantes, todos com formação em geria-tria, sempre atentos e sorridentes, distri-buindo afagos e carinhos. Mas quero subli-nhar o papel da directora técnica, a quemcabe a difícil tarefa de zelar pelo nossobem-estar e conforto. É dotada de umagarra e de uma dedicação acima da médiae está muito bem assessorada pela suacolaboradora dos serviços administrativos.

P – No que diz respeito à localizaçãodo clube, qual a sua opinião?

R – É excelente. Está inserido numa áreade reserva protegida, com paisagens ver-dejantes e rodeado de ar puro e saudável,numa zona de variada fauna e flora, queextasia os mais atentos e apreciadores,enquanto os apartamentos têm uma vistaespectacular sobre a colina. E está situadojunto a um nó de auto-estradas de fácilacesso a todos os pontos do País.

P – Se pudesse enviar uma mensa-gem aos bancários e aos outros poten-ciais utentes, o que lhes diria?

R – Face ao que expus, lhes garanto quedificilmente encontrarão melhores moti-vos para serem mais felizes do que aqui.Só vindo cá, poderão aperceber-se naplenitude. Não há palavras suficientespara poder explicar tudo.

Nota: os interessados em obter infor-mações complementares sobre a Trofa-Sénior Residências poderão fazê-lo atra-vés do número azul 808 236 524.

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Os interessados deverão dirigir-se à Loja de Atendimento do SBN, na Rua daFábrica, 81, com os telefones 223 398 809/17, o fax 223 398 877 e o [email protected] Na iminência da publicação de uma obra de

ficção, que mereceu o apoio do SBN, venho poreste meio expressar o reconhecimento perantea disponibilidade dessa Instituição para o patro-cínio de iniciativas de carácter cultural.

Torna-se claro e inequívoco o pendor pluraldesse Sindicato, que não se limita à defesa dosdireitos dos seus associados, aprazendo-meconstatar o delineamento de uma linha deorientação cada vez mais abrangente e diver-sificada.

Em conclusão, e considerando que a respostasindical às contingências verificadas no sectorfinanceiro se materializou através da unifica-ção, por via da constituição da Febase, aproveitopara agradecer a oportunidade que me foi dadapara registar estas palavras.

http://atelierletras.wordpress.comRicardo Domingues – BPN

Agradecimento

O Núcleo de Fotografia realiza na Galeria do SBN, na Rua Conde de Vizela, 145,uma exposição que intitula “Imagens e um tema”, e que tem, em cada mês,a autoria de um dos componentes do grupo.

A mostra de Julho, da autoria de Manuel Pereira Cardoso, é subordinada ao tema“Serra d’Agra – apontamentos” e poderá ser visitada, de 7 de Julho a 4 de Agosto,todas as Quartas e Quintas-feiras, das 15 às 17,30 horas.

Cultura

“Imagense um tema”

POR: FIRMINO MARQUES

SAMS

Rastreios pulmonares, oftalmológicose de patologia mamária

Arealização de rastreios, visando adetecção precoce de patologias, éclinicamente aconselhável, com to-

das as vantagens que se reconhecem.

O SBN/SAMS vai, por isso, realizarrastreios gratuitos de patologia mamá-ria (para beneficiárias com idade igualou superior a 40 anos), pulmonares

(para todos os beneficiários) e oftalmo-lógicos (para beneficiários com idadeentre os 3 e os 9 anos), durante osmeses de Agosto e Setembro.

O SBN/SAMS, por considerar que amedicina não deve ser apenas curativa,mas essencialmente preventiva, estáconvicto que, desta forma, presta umserviço que permite evitar surpresasdesagradáveis a quem recorre aos ser-viços clínicos apenas em situações deenfermidade.

A marcação dos rastreios deverá serefectuada no posto de S. Brás (presen-cialmente, pelo telefone 225 071 616 –das 14 às 17 horas – pelo fax 225 071 614ou pelo e-mail [email protected]) ou,ainda, na delegação a que os beneficiá-rios pertencem, impreterivelmente atéao dia 16 de Julho.

Novas acções de formação

Dado o interesse manifestado por alguns asso-ciados, a direcção do SBN, através do pelourodos Órgãos Consultivos e com a colaboração do

GRAM, vai promover mais um curso de formação sobreconsultoria de imagem pessoal e outro sobre arteculinária, em horário diurno e pós-laboral, destinadosa associados e familiares.

Um ano volvidoapós a admissãodo nosso colegaIlídio Machado,trabalhador do Mi-l l e n n i u m / B C P(ex-Sotto Mayor)na situação de re-forma, fomos ou-vir o relato da sua

experiência, no que se refere à vivêncianaquele clube residencial.

P – Quais as razões que o levaram aescolher este empreendimento?

Ilídio Machado

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Notícias l Bancários Norte Bancários Norte

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Põe-te a andar, pela tua saúde…

Com a participação de cerca de 90 pessoas, entre sócios do SBN e familiares, guiada por Jorge Ribeiro e com o apoio do nossocolaborador das actividades de ar livre, aventura e desportos radicais, teve lugar, no passado dia 22 de Maio, a 5.ª caminhada que,

como as anteriores, decorreu de forma animada e com boa disposição, ajudada por umamanhã propícia para o contacto com a natureza. A prova desenrolou-se entre as serrasda Cabreira e do Gerês, zona de grande beleza natural, reflectida num imenso espelhode águas calmas e cristalinas, resultante da barragem de Salamonde, onde a naturezase conjuga com o mundo rural, por um percurso pedestre que alia a história e a natureza.

À descoberta da natureza no Parque Biológico de Gaia

Rei morto, rei posto. Realizada a 5.ª edição, o SBN vai já promover, no próximo dia19, a 6.ª caminhada, que terá por cenário o Parque Biológico de Gaia, em Avintes.

O percurso, de cerca de três quilómetros, será feito por uma área agro-florestal, nointerior do parque, onde vivem em estado selvagem centenas de animais e plantas,podendo também observar-se casas rurais e moinhos recuperados.....

Desporto Regional NorteTEXTOS: FIRMINO MARQUES

Com o maior desportivismo eentrega por parte dos

participantes, continuaram adesenrolar-se os

campeonatos regionais, nasmais diversas modalidades

Lopes da Câmaracampeão de tiro

Tiro aos pratosA 12.ª edição do campeonato regio-

nal de tiro aos pratos chegou ao fim,com a disputa, no passado dia 22 deMaio, no Clube de Caça e Pesca de Ovar,da segunda prova, na variante de fossouniversal, e que teve como vencedorLopes da Câmara (CGD-Vizela).

O novo campeão foi seguido nos luga-res de honra por José Coelho (BCP–Porto)e Luís Ribeiro (Banif–Porto).

A 14.ª final nacional decorrerá nopróximo dia 26, no mesmo local.

Pesca de marA terceira e última prova do 31.º cam-

peonato regional interbancário de pescade mar, que teve lugar em Vila Praia deÂncora, em 8 de Maio, com a presençade 35 pescadores, teve como vencedorindividual Manuel Batista Lopes, do MG,seguido de Armindo Ribeiro, do BES, eXavier Ferreira, do BCP. Colectivamen-te, venceu a equipa do BES.

No total das três provas, DomingosCorreia, do BCP, totalizou melhor pontua-ção, sagrando-se campeão regional. Porequipas, o primeiro lugar coube ao BES.

Estão assim apurados os 16 represen-tantes do SBN na final nacional, a terlugar na Póvoa de Varzim, em 30 deOutubro.

KingApós a terceira jornada, disputada

em 15 de Maio, Mário Pinto Ribeiro, doBES, passou a liderar a classificaçãogeral do 3.º campeonato regional, se-guido de Valdemar Reis Gaspar, do BES,e de José Claudemiro Martins, do BPI.

A quarta jornada terá lugar em 25 deSetembro.

Snooker “bola 8”Com os jogos disputados no passado

dia 27, na Academia de Bilhar de Mato-sinhos, terminou a segunda fase do 5.ºtorneio regional de snooker “bola 8”,tendo-se apurado doze jogadores paradisputar a terceira e última fase, queterá lugar nas mesmas mesas, em Se-tembro, em datas a indicar oportuna-mente e em que serão encontrados ostrês representantes do SBN à final nacio-nal, a disputar em 16 e 17 de Novembro,em Tavira.

FutsalNuma final escaldante e bem dispu-

tada, no pavilhão de Vila Nova de Gaia,em 15 de Maio, o Desportivo BPI levoude vencida o United Colors Of Banca(BPN), por 4-1, num jogo bem arbitradopela dupla formada por Manuel Vieira eCristiano Santos, sagrando-se, assim,campeão regional.

O Desportivo BPI foi o representantedo SBN na 34.ª final nacional daquelamodalidade, que teve lugar em Évora ea que se faz referência noutro localdesta edição.

KartingDiogo Geraldes, do BST, obteve a

terceira vitória em três provas disputa-das, sendo acompanhado no pódio daterceira prova por José Vasconcelos eOctávio Teixeira, ambos do BES.

Diogo Geraldes mantém-se assim nocomando do 12.º campeonato regionalda modalidade, seguido de José Vas-concelos e de José Fernandes (CA RioCaldo, Vila Verde) no 2.º e 3.º lugar,respectivamente.

A quarta prova do campeonato foidisputada no passado Sábado, dia 12,no kartódromo de Oiã.

História e natureza na caminhada pelas serras da Cabreira e do Gerês

Domingos Correiacampeão distrital

Mário Pinto Ribeirolidera no king OSBN realizou no passado dia 27 de

Maio uma acção de âmbito infor-mativo, formativo e de discussão

com os elementos a tempo inteiro naestrutura sindical, tendo por objecto alegislação laboral e os vários instrumen-tos de regulamentação colectiva do sectorbancário, de que o Sindicato é outorgante.

Os temas abordados foram variados ea discussão e a participação foram vivase interessadas, o que permitiu esclarecerum conjunto alargado de problemas e depreocupações sentidos pelos trabalha-dores e pelos seus representantes sindi-cais presentes.

A acção formativa esteve a cargo deJosé Faria, advogado colaborador do Sin-dicato para a contratação colectiva, queorientou a discussão sobre matérias comoas relações entre os vários instrumentosde regulamentação colectiva vigentesno sector e o Código do Trabalho de 2009,as dificuldades e as vicissitudes da ne-gociação colectiva, as matérias mais sa-lientes para os trabalhadores, constantesdo Código e das convenções colectivas, asnovidades e as surpresas que se deparamaos trabalhadores, em matéria de legisla-ção, e a necessidade de os elementos dasestruturas sindicais conhecerem e estu-darem os normativos legais e convencio-nais que regem a sua vida profissional,para assim melhor se prepararem paraajudar os trabalhadores nos locais de tra-

Formação sobre legislação laborale regulamentação colectiva do sector

balho a conhecerem e defenderem os seusdireitos, muitas vezes postergados porpráticas irregulares e injustas.

Foram ainda abordadas algumas ma-térias concretas das várias convençõescolectivas, sugeridas pelos participan-tes, em especial os regimes de transfe-rências, da isenção de horário, da Segu-rança Social e dos SAMS.

Os trabalhadores presentes participaramde modo activo e interessado, partilhandodúvidas e experiências, relatando casos con-cretos e pedindo esclarecimentos.

No final da reunião exprimiram ao Sin-dicato o seu agrado por aquela iniciativa,tendo-a considerado útil e adequada esugerido que tivesse continuidade, dadaa necessidade sentida de formação con-tínua naquelas matérias.

Dando continuidade a este tipo de for-mação, o pelouro da Estrutura Sindical játem outra acção agendada para breve.

Aspecto parcial da assistência

TEXTO: GABRIEL COSTA

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Os 75 anos do SBC

O distrito da Guarda está, nestesegundo trimestre, nos termosda programação definida no iní-

cio do ano, no centro das atenções,relativamente às comemorações dos75 anos do nosso Sindicato.

Nestes termos, realizou-se uma reu-nião simbólica da Direcção, na cidadedos “cinco efes” – fria, por ser uma dascidades mais frias de Portugal; farta,devido à riqueza das suas terras; forte,pela sua importância, com as suasmuralhas e Torre de Menagem, na de-fesa da fronteira, na Idade Média; feia,face às suas ruas antigas; e falsa, devi-do à traição do bispo durante a crise de1383-1385 – visitaram-se todas as su-cursais bancárias do distrito, organi-zou-se a exposição “O 25 de Abril e aLiberdade Sindical”, que esteve paten-

Ainda as comemorações na Guarda

te na Câmara Municipal da Guarda, eum jantar/convívio, com a presença decerca de cem pessoas.

A receptividade e a adesão dos asso-ciados, quer nos contactos estabeleci-dos, quer nas visitas à exposição, querno jantar/convívio das celebrações nodistrito, foi muito boa.

A inauguração da exposição, mostraiconográfica do encontro com a liberda-de, foi honrada com a presença, entreoutras personalidades, do GovernadorCivil, António Santinho Pacheco, Presi-dente da Câmara, Eng.º Joaquim Valen-te e do Director da Fundação Inatel naGuarda, Álvaro Nunes, e do DirectorRegional do Inatel, Dr. Arménio Carlos.

Nos discursos de circunstância entãopronunciados, Carlos Silva e Aníbal Ri-beiro, em nome do SBC, referiram os

valores do sindicalismo democrático eda nossa Instituição, enquanto organi-zação de defesa dos direitos dos seusassociados e de um trabalho digno paratodos os trabalhadores, que continuama ser fortemente penalizados nestestempos de crise, para a qual não contri-buíram.

Carlos Silva referiu, ainda, que conti-nuam por cumprir muitas promessasque Abril anunciara, ao que, em jeito deresposta, o Governador Civil, aquandodo uso da palavra, respondeu que aspessoas também “têm que fazer porisso”, pois a Democracia já lhes deucondições que antes não existiam. San-tinho Pacheco regozijou-se ainda com aactividade do Sindicato, a forma comoas comemorações estão a decorrer e aexcelência da exposição, cuja qualida-de enalteceu.

Joaquim Valente, num discurso me-nos institucional, também ele sindica-lizado, como teve o cuidado de referir,felicitou os representantes do Sindica-to, enalteceu o seu papel social e a suahistória e diz-se honrado pelo localescolhido para a exposição, “a casa dopovo”.

Ao jantar, durante o qual Carlos Silvae Aníbal Ribeiro se congratularam coma adesão dos associados e sublinharamos valores defendidos pelo Sindicato,seguiu-se a actuação de um grupo defados, convidado a contribuir para umconvívio e uma confraternização que ospresentes enalteceram.

Conselho Geral aprova aquisição de imóvel eelege delegados aos Congressos de Viseu e Leiria

Após o período de informações,em que intervieram vários con-selheiros, passou-se à questão

da aquisição do imóvel nas Caldas daRainha. Carlos Silva fez uma explanaçãosobre os vários motivos que a Direcçãoconsiderava justificarem a aquisição da-quele imóvel, tendo realçado o facto doapartamento em causa se encontrar nomesmo piso, entre os dois apartamentos

O Conselho Geral doSindicato dos Bancários do

Centro reuniu, em 26 deMaio, numa unidade

hoteleira de Coimbra, e foipresidido por Amílcar

Monteiro Pires, primeirosecretário da MAG/CG, por

impedimento do Presidente,Mário Figueira, em

convalescença de delicadaintervenção cirúrgica

onde se encontra instalado o Posto Clíni-co dos SAMS daquela cidade, a que seseguiu a respectiva votação, que se cifrouem 47 votos a favor e uma abstenção. Derealçar o parecer do Conselho Fiscaliza-dor de Contas, que apreciou positiva-mente a aquisição, permitindo ao SBCvalorizar o seu património.

O último ponto em discussão foi aeleição dos delegados do SBC aos

Congressos Fundadores da UGT/Vi-seu, realizado em 30 de Maio, e daUGT/Leiria, que está marcado para 3de Julho, para o que foram apresen-tadas duas listas, encabeçadas peloscolegas José da Silva Ferreira, deViseu, e Eduardo Maximiano, de Lei-ria, ambas votadas favoravelmentepela maioria dos conselheiros pre-sentes.

Bancários CentroTEXTO: LUÍS ARDÉRIUS

Carlos Silva com váriaspersonalidades locais

na inauguração da exposição

Apenas uma abstenção na votação para aquisição do imóvel

Carlos Silva no uso da palavra

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OCongresso Fundador da UGT--Viseu realizou-se em 30 de Maio,naquela cidade.

A reunião começou com uma interven-ção do Presidente da UGT, João de DeusPires, e com a tomada de posse da mesaeleita para dirigir os trabalhos, cujo pre-sidente é o nosso colega João Melo, se-guindo-se uma breve apresentação doSecretário-Geral da UGT, João Proença.

Foram, de seguida, discutidos e vota-dos os novos Estatutos da União e oprograma de acção a desenvolver, parauma intervenção sindical mais eficazna região, razão de ser da criação des-tas organizações.

Após a tomada de posse dos órgãoseleitos da nova UGT-Viseu, que será

UGT-Viseu já tem órgãos eleitos

presidida por Manuel Teodósio, emrepresentação do Sindicato dos Pro-fessores da Zona Centro, e que inclui nasua Direcção o nosso colega ManuelAntónio, como 1.º vice-Presidente,para além de Silvino Vieira, membrodo Conselho Fiscalizador de Contas doSBC e agora eleito para vice-Presiden-te do órgão similar da UGT-Viseu, se-guiu-se a sessão de encerramento doCongresso, que contou com as in-tervenções de João Melo, de ManuelTeodósio e, novamente, de João Proen-ça, terminando o evento com um se-minário, subordinado ao tema “Pro-mover o desenvolvimento e o empre-go de qualidade”, com a presença eintervenções do Drs. Henrique Maga-

lhães e José Costa, respectivamentevice-Presidentes da Câmara Munici-pal e do Instituto Politécnico, e da Dr.ªDomitilia Costa, da Autoridade paraas condições de trabalho de Viseu.

Questionado pelos jornalistas sobrea ausência da UGT na manifestaçãonacional, convocada pela CGTP e com oapoio de vários partidos, como o PCP eo Bloco de Esquerda, a decorrer emLisboa naquela data, João Proença refe-riu que esta Central defende a unidadena acção, sem ter como objectivo funda-mental uma intervenção político-parti-dária, afirmando ter-se tratado de “umaboa manifestação…”.

Considerou ainda que muitos maismanifestantes poderiam ter estado narua, pois os trabalhadores sentem for-temente o problema do desemprego eda ameaça que muitas vezes paira so-bre os seus postos de trabalho mas, senão o fizeram, foi “porque tambémentendem que, neste momento de cri-se e de dificuldades, há que ponderarbem as actuações concretas, se defen-dem bem ou não os trabalhadores”.

Marcaram presença neste Congresso,entre várias personalidades, os presi-dentes da UGT-Coimbra e da UGT-Guarda,os nossos colegas Carlos Silva e AníbalRibeiro.

Na primeira meia-final, isenta a equipa da cidade da Guarda,defrontaram-se o “Clube Millennium BCP”, de Coimbra, e“Os Viriatos”, de Viseu, que os primeiros venceram, por 3-0.

A final, disputada entre a equipa conimbricense, formada porRui Gonçalves, André Cardoso, Paulo Alves, Pedro Bontempo,Nuno Coelho, Anselmo Batista, Miguel Lourenço, Celso Sá e NunoCarvalho, e “Os Mesmos”, da Guarda, formada por Fernando Melo,Alfeu Nascimento, José Cariano, Marco Gaspar, Joaquim Alexan-dre, Cláudio Figueiredo, Emanuel Barata, Nuno Ramos, AmadeuNeves, Carlos José e Vítor Rodrigues, constituiu um jogo muitovivo e bem disputado, com resultado incerto até ao últimominuto, e terminou com a vitória da equipa do BCP, por 3-2, com

A final regional de apuramento derepresentante do SBC para a final do torneio

nacional interbancário de futsal realizou-se em8 e 15 de Maio, no pavilhão do Inatel, em Viseu

Clube Millennium BCP apurado para a final nacionalFutsal

golos de Paulo Alves(2) e de Miguel Louren-ço, para os vencedo-res, e de Marco Gaspare Nuno Ramos, para osvencidos.

Terminado o torneioe com a presença detodos os jogadores, dosdelegados Carlos Paz eAntónio Santos, dostreinadores Joel Cra-

veiro e António Barroso, dos elementos da organização, FranciscoCarapinha e António Pimentel e da Direcção, Aníbal Ribeiro,procedeu-se à entrega de prémios, a que se seguiu um almoçonum conhecido restaurante da cidade.

O “Clube Millennium BCP”, de Coimbra, ficou assim apuradopara a final nacional deste 34.º torneio, que teve lugar em Évora,nos dias 5 e 6, conforme se refere noutro local desta edição.

Bancários Centro

TEXTO: LUÍS ARDÉRIUS

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Gala do INETESE encerra mais um anode intensa actividade

Para além das actividades despor-tivas, que decorreram no Estádio 1.ºde Maio (futebol de 7, andebol, râ-

guebi, basquetebol, voleibol, ténis e cor-ta-mato), do “peddy-paper” subordinadoao tema “A República”, que terminou noSalão Nobre da Câmara Municipal, na his-tórica varanda onde foi proclamada a ins-tauração da República, com a recepçãoque o Vereador da Educação, Dr. ManuelBrito, proporcionou e da noite de convívionuma discoteca de Lisboa, que foi alugada

INETESE: 20 anos a formar e a qualificar jovensTEXTO: AUGUSTO PASCOAL*

Orientado para o desenvolvimen-to de capacidades e de compe-tências, para a empregabilidade

e o exercício da cidadania, o ensinoprofissional afirmou-se, progressiva-mente, como uma excelente alternati-va, proporcionando aos jovens que oprocuraram novas e melhores condi-ções para, em simultâneo, garantirema obtenção de uma qualificação profis-sional e de habilitações académicascorrespondentes às respectivas tipo-logias.

Neste desempenho, as escolas pro-fissionais foram boas intérpretes daLei de Bases do Sistema Educativo,aprovada em 1986, contribuíram paraa redução das taxas de abandono e deinsucesso escolar, deram passos mui-to significativos no âmbito da inova-ção pedagógica e aproximaram o teci-do empresarial, afim a cada uma dassuas ofertas formativas, designada-mente através dos estágios curricula-res e dos níveis de empregabilidade,crescentemente atingidos.

Neste período, é de salientar a arti-culação que as escolas profissionaisestabeleceram entre si, criando redesde cooperação e de entreajuda e ven-cendo dificuldades que surgiram, qua-se sempre após a tomada de posse denovos governos.

Para o sucesso do trabalho que serealiza nas escolas profissionais, mui-to tem contribuído o desígnio, que

prosseguem, de garantir que os pro-fessores/formadores das disciplinasdas componentes técnicas e tecnoló-gicas dos cursos profissionais sejamquadros superiores e/ou técnicos deempresas relacionadas com os con-teúdos curriculares, aliado à adopçãopreferencial de metodologias pedagó-gicas activas e experimentais, sempreque possível.

No início do seu 20.º ano de activida-de, o INETESE ultrapassará as 50 tur-mas, no conjunto das suas delegaçõesem Lisboa, Castelo Branco, Évora, Faro,Leiria, Funchal, Angra do Heroísmo ePonta Delgada. Com uma oferta for-mativa, sobretudo constituída por cur-sos de nível 3 de qualificação profissio-nal, equivalentes ao 12.º ano de esco-laridade, onde predomina o Técnico deBanca e Seguros, e pelo Curso de Espe-cialização Tecnológica de Banca e Se-guros, de nível 4 de qualificação profis-sional, pós-secundário e com equiva-lências garantidas a componentes decursos de licenciatura afins, concedi-das pelas Universidades e InstitutosPolitécnicos com os quais foram fir-mados protocolos de cooperação, oINETESE passou da mais pequena es-cola profissional do País, com apenastrês turmas em 1990, para a maior,com mais de meia centena de turmasem 2009/2010.

Para este crescimento, muito con-tribuiu o progressivo relacionamento

institucional que o INETESE vem conse-guindo, quer junto dos organismos detutela, quer junto das empresas afinsà sua oferta formativa, com evidentedestaque para as Seguradoras e osBancos.

Ao criar o INETESE há 20 anos, oSindicato dos Trabalhadores de Segu-ros do Sul e Regiões Autónomas (actualSTAS) e o Ministério da Educação con-tr ibuíram, decisivamente, para oprestígio do ensino profissional, dotan-do-o de um dos seus mais significati-vos exemplos de sucesso, essencial-mente evidenciado pela elevada em-pregabilidade conseguida pelos diplo-mados pelo INETESE, sempre próximade 100%, e pela dimensão que atingiu.

Para além da crescente oferta for-mativa conseguida, é também de su-blinhar a melhoria das condições defuncionamento do INETESE, este anoevidenciadas por novas instalações emCastelo Branco, em Ponta Delgada eem Faro, à semelhança do que sucedeuem Leiria, em 2008.

Ao comemorar 20 anos de vida, estaEscola Profissional preparará o futuro, apartir da avaliação do seu desempenho,perspectivando o que deve ser o traba-lho a desenvolver e a opção por ofertasformativas, a partir, como sempre fez,do levantamento das necessidades deformação das regiões que serve.

*Director Pedagógico do INETESESTA

S-A

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idad

e Se

gura

dora

Nos últimos vinte anoso ensino profissional

desempenhouum papel crucial

no desenvolvimentoe modernização

do sistema educativoe na formaçãoe qualificação

de jovens, preparando--os para o mundo

do trabalho e parao prosseguimento

de estudos

TEXTO: AUGUSTO PASCOAL

No ano em que conclui vinte anos deactividade, o INETESE promoveu o seu

2.º Encontro Nacional, em Lisboa, em 28e 29 de Maio, com um interessante

programa, que contou com aparticipação de alunos, professores e

funcionários dos diversos Pólos doContinente e das Regiões Autónomas da

Madeira e dos Açores

para o efeito, decorreu uma Gala come-morativa do 20.º aniversário, nas instala-ções da Escola Secundária de Camões.

A Gala foi presidida por Sua Excelênciao Secretário de Estado da Educação, Dr.João Mata, e contou com a presença derepresentantes da Direcção Regional deEducação de Lisboa e Vale do Tejo, deBancos, de Seguradoras e de empresasafins.

Para além da elogiosa intervençãodo Secretário de Estado, da proferida

por Carlos Marques, Presidente da Di-recção e do INETESE e da de AugustoPascoal, a encerrar a sessão, na suaqualidade de Director Pedagógico, aGala teve o seu momento mais intimis-ta com a entrega de prémios de méritoaos melhores alunos e ao melhor pro-fessor de cada Pólo, aos diplomadosmais empreendedores de cada Pólo, aoPólo que mais se evidenciou no domínioda inovação pedagógica, às parceriasconsideradas mais significativas e aosdocentes e ex-docentes que melhor sededicaram à nossa Escola Profissional,no trajecto percorrido nos seus 20 anosde vida.

No final da Gala, que decorreu aonível da excelência, sentiu-se a agradá-vel sensação de todos nos revermos noProjecto Educativo e Formativo que aju-dámos a erguer e que fez do INETESEuma realidade incontornável no nossosistema educativo e no ensino profissio-nal em particular, frequentada por cen-tenas de alunos que integram as 50turmas, no presente ano lectivo.

Alguns dos participantes em frente à Câmara Municipal de Lisboa

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Realizou-se no passado dia 26 deMaio, frente ao Centro Cultural deBelém, em Lisboa, uma concen-

tração de Sindicalistas de Seguros,numa acção de protesto contra a postu-ra anti-negocial da APS, tendo comocausa próxima o aumento zero para atabela salarial 2010 do sector de Segu-ros e o bloqueamento nas negociaçõesde revisão do CCT, processo encetadoem 2004 e que ali tinha promovido umencontro internacional de seguros eresseguros.

Entre as 11 e as 13,30 horas, os Sindi-calistas de Seguros fizeram ouvir os seusmais veementes protestos e a sua indig-nação, empunhando cartazes bilingues,em português e inglês, ao mesmo tem-po que eram distribuídos pela populaçãotambém panfletos bilingues e explica-dos os motivos da nossa luta.

Porque exigimos salários dignos paraos trabalhadores de Seguros que repre-sentamos, iremos continuar a levar aefeito outras acções, até que a APScompreenda a razão da nossa justaindignação, em relação a um sector de

Acção de protesto

Concentração de sindicalistas de seguros

actividade que, no primeiro quadrimes-tre de 2010, teve um crescimento dasua produção real superior a 20%, lu-crou em 2009 mais de 240 milhões deeuros e tem rácios de solvabilidadefinanceira 30% acima dos mínimos exi-gidos por lei.

A solidez financeira do sector Segura-dor em Portugal é uma realidade, com-provada pelos vários indicadores esta-tísticos de análise utilizados pela enti-

dade reguladora do mesmo – Institutode Seguros de Portugal.

Deixemos, então, espaço não ao con-flito mas sim à negociação colectivaresponsável, tão apregoada no seio daConcertação Social pelo actual Governo.

Os Sindicatos tudo farão para que talse verifique, porque é também pelolado do rendimento disponível das fa-mílias que as recuperações económi-cas dos países se processam.

Concentração de 26 de Maio, frente ao CCB, em Belém

Concluída a 14.ª e última jornada do 3.º campeonato de futebol de7 verificaram-se os seguintes resultados:

*Resultado obtido por falta de comparência da Jovens Seguros.

Concluído o campeonato, a classificação ficou assim ordenada:

Face aos resultados apresentados, a Organização congratula-se com aforma desportiva como este campeonato decorreu, apresentando desdejá as maiores felicitações aos vencedores.

De igual modo, congratula os diversos árbitros que, num papel nemsempre fácil e bem recebido por todos, não deixaram de contribuir parao êxito deste campeonato. Quanto ao troféu “fair play”, lembramos quea votação foi feita pelas equipas participantes e pelos árbitros, jogo a jogo.

Informamos que a entrega dos prémios será no próximo dia 18, às 18horas, nas instalações do STAS – Largo do Intendente Pina Manique, 35.

A melhor defesa foi a da Global Seguros, com 15 golos sofridos e a largadistância da AXA Seguros, com 29. Mas esta foi a mais disciplinada, com10 cartões amarelos (150 pontos), por diante da Zurich, com onze (165pontos).

Global Seguros é campeã de futebol de 7

TEXTO: LUÍS DIAS

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Parque de Campismo de Olhão

Alugar um pedaço de paraísoNo ano em que comemora o25.º aniversário, o Parque deCampismo de Olhão continua

no top de preferências decampistas de todas as

latitudes, apresentandoelevados índices de ocupação

em todas as épocas:estrangeiros no Inverno,

portugueses no Verão

TEXTO: INÊS F. NETO

“Não prescindo de passar uns dias noparaíso. É a vantagem da economia demercado: tudo está à venda; e o que nãose pode comprar, aluga-se.” Com o sen-tido de humor característico dos súbditosde Sua Majestade, John Carr, 66 anos,exprime a sua opinião sobre o Parque deCampismo de Olhão, propriedade do SBSI.

O inglês é já um “habitué” de Olhão,onde regressa regularmente há já algunsanos para passar uns dias, às vezes umassemanas. “Depende de muita coisa, masespecialmente da minha disponibilidadee disposição”, explica.

Para este campista de longa data, oParque de Campismo dos bancários por-tugueses é “um dos melhores da Europa,e conheço muitos”. Em Olhão agrada-lhe“tudo”, mas especialmente o facto de“ter muitas árvores”, os equipamentosserem “muitos e de qualidade” e “estartudo sempre muito higienizado”.

A opinião favorável de John Carr écomum à esmagadora maioria de cam-pistas que anualmente opta pelo Parquedo SBSI para se fixar durante as férias oucomo ponto de passagem no percurso deviagem. É assim há 25 anos.

Há 25 anos a apoiar

No ano em que comemora um quartode século – 25 anos cumpridos no dia 25de Abril – o Parque do SBSI apresenta-seaos utentes como um equipamento mo-derno, funcional e capaz de responder àsnecessidades e desejos dos campistas doséculo XXI, pois as exigências mudaramsubstancialmente, acompanhando o si-nal dos tempos.

Actualmente, ao chegar a um parque ocampista quer encontrar um local comequipamentos que lhe garantam um cer-to nível de comodidades: água quentenos balneários e locais de lavagem,máquinas para lavar a roupa (a quemapetece passar as férias a esfregar rou-pa?) e acesso à Internet são algumas dasmodernidades de que já ninguém pres-cinde.

A preocupação das sucessivas comis-sões de gestão tem sido dotar o Parquede Olhão de equipamentos e serviçoseficientes, mantendo sempre o padrãode qualidade que lhe granjeou fama des-de a abertura.

Numa estrutura deste género é funda-mental evitar o envelhecimento, ou seja,

não deixar que o tempo se faça sentir e oespaço fique datado. Isso exige uma apos-ta permanente na renovação – no espaçofísico, no mobiliário urbano, nos apetre-chos, nos serviços disponibilizados.

“Ao longo destes anos têm sido feitasmuitas transformações, remodelando osequipamentos existentes e acrescentan-do outros, conforme as necessidades”,refere Fernando Silva, actual coordena-dor do Parque de Campismo.

As transformações têm sido de toda aordem, chegando ao próprio redesenhardo arruamento. “Foram abertas novasruas, de forma a facilitar o acesso aosalvéolos, criados mais parques de esta-cionamento de apoio aos utentes comtendas, criadas mais zonas de lavagens”,especifica.

A disseminação de equipamentos peloespaço permite aos utentes maior como-didade na utilização, ao mesmo tempoque evita concentrações nas horas demaior fluxo, como a das refeições.

O conforto de casa

Para os menos amigos do campismo“tout court”, o Parque de Olhão tem des-

samos uns dias fantásticos, a carregarbaterias. Os miúdos adoram, pois podembrincar à vontade ou ir à piscina. Podemgozar de grande liberdade, e eu estoudescansada porque há vigilância no Par-que”, afirma uma bancária de Lisboa quehá anos consecutivos tem Olhão comodestino. “Até a possibilidade de comer-mos grelhados ao ar livre é um estímulopara os miúdos”, acrescenta.

Além disso, como salienta, o parquetornou-se já local de encontro de velhase novas amizades, um grande espaço deconvívio e lazer. “Vários casais amigosmarcam férias para a mesma época,alugam o espaço (alguns têm auto-cara-vana) e encontramo-nos todos”.

Para esta bancária sócia do SBSI, umadas mais-valias do Parque é a segurançaproporcionada pela constante vigilância,a par “da limpeza e arranjo de todos osespaços comuns” e da “excelente piscinae área envolvente, onde realmente ape-tece estar”.

Ocupação todo o ano

A qualidade dos equipamentos, aliadaà excelente situação geográfica – pare-des meias com o Parque Natural da RiaFormosa e a pouca distância de uma sériede praias, com um extenso areal – tornamo Parque de Campismo de Olhão umdestino de eleição.

Esse contacto com a Natureza é umadas singularidades que torna o Parque deOlhão muito apreciado pelos utentes,que salientam igualmente o facto de serum espaço muito arborizado.

“Muitos dos que nos visitam acabamsempre por voltar”, reconhece FernandoSilva, adiantando que o regresso aconte-ce tanto com portugueses como estran-geiros.

“Cada época tem os seus frequenta-dores habituais. No Verão e mini-férias

– 10 hectares de área– 800 alvéolos para tendas e caravanas– 36 residências: (20/T2 + 7/T1 + 9/T0)– 3.200 pessoas de lotação máxima– 740 campistas em Fevereiro de 2010– 222 mil dormidas em 2009– 35 mil utentes em 2009– 1.430.000 € de receita em 2009

dos feriados sobressaem os portugueses,que se fixam; já os estrangeiros são maisrotativos. No Inverno a ocupação é quasetoda de estrangeiros, sobretudo alemães,ingleses e holandeses, que ficam seis ousete meses. Só voltam a casa na Prima-vera”, explica o coordenador.

Para muitos, o Parque de Campismo deOlhão é a “cruz do tesouro” no mapa dasférias... ou um pedaço de paraíso à dispo-sição.

Ao longo dos tempos, o Parque de Campismodo SBSI tem vindo não só a renovar e melhoraros equipamentos básicos de apoio, como até aacrescentar alguns pequenos “luxos”, poucohabituais na maioria das unidades congéneres.

Eis alguns, entre os mais apreciados peloscampistas:

– zonas de lavagens com tanques e máquinasde lavar roupa;

– recipientes para dejectos de cães (e res-pectivos sacos de recolha, entregues no mo-mento da inscrição);

– ponto para lavagem de carros;– mais de uma centena de extintores de

incêndio no exterior, colocados estrategica-mente em postes e cobrindo toda a área doParque;

– acesso à Internet;– residências com ar condicionado;– nadador-salvador nas piscinas (na época

alta).

“Luxos” pouco habituais

- duas piscinas (adultos + crianças)- dois courts de ténis- campo de voleibol- polidesportivo- parque infantil- sala de convívio (com biblioteca, televisão, jogos, Internet)- restaurante com esplanada- snack-bar com esplanada (música nas noites de Verão)- pub- supermercado- gelataria (pequenos-almoços, pizzas e gelados)- balneário para pessoas portadoras de deficiência- posto de socorros

Equipamentos em destaque

de há uns anos a solução ideal: residên-cias. São mais de três dezenas, com tipo-logia diversa (do T0 ao T2), e oferecemtodo o conforto de uma casa de férias:quarto, sala com cozinha, casa de banho(excepto T0), televisão e ar condicionado– além do lugar de estacionamento e deum pequeno terraço com barbecue.

“Férias de Verão, para mim, são noParque. Alugamos uma residência e pas-

O parque em números

As tabelas de preços do Parque de Campismo e doCentro de Férias do SBSI, com reduções para os filiadosnos Sindicatos dos Bancários do Norte e do Centropassam a ser aplicadas, também, aos associados dosSindicatos dos Seguros que integram a Febase.

Redução de preçospara trabalhadores dos Seguros

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Bowling

Antes, no dia 23, teve lugar a quar-ta prova da fase de apuramentoregional, que culminou com o

triunfo de Nuno Pedro, do Banco de Portu-gal, que logrou 717 pontos em quatrojogos, ou seja, uma média excelente esuperior a 179 pontos. Mas a sua vitórianão foi fácil, dada a boa réplica de MárioBatista e de Amável Lourenço, que fica-ram a curta distância pontual. E Rui Duque,já com o apuramento garantido para afinal, voltou a demonstrar a sua inegáveltécnica nesta modalidade.

Um outro destaque, bem merecido,para os representantes da Unicre, queviram oito dos seus participantes seremapurados para a final.

Esta foi a classificação dos dez primei-ros na 4.ª jornada:

1.º Nuno Pedro (B. Portugal), 717pontos; 2.º Mário Batista (Banif), 706;3.º Amável Lourenço (Unicre), 695; 4.ºRui Duque (BPI), 690; 5.º João Sousa(BPI), 673; 6.º Jorge Teixeira (BPI), 655;7.º João Martins (BPI), 627; 8.º PedroPela (B. Portugal), 619; 9.º AntónioDelgadinho (BPI) e Gabriel Dias (B. Por-tugal), 609.

Após a realização das quatro provas, osdez primeiros ficaram assim ordenados:

1.º Rui Duque (BPI), 2074 pontos; 2.ºNuno Pedro (B. Portugal), 2026; 3.º Je-rónimo Fernandes (B. Portugal), 1980;

Gabriel Dias vence final do Sul e IlhasGabriel Dias, do Banco de

Portugal, conquistou o títulode campeão do Sul e Ilhas,na final, que teve lugar em28 e 29 de Maio, nas Caldas

da Rainha. O nome dovencedor desta final

constituiu uma surpresa paramuitos, já que não figurava

nos dez primeiros lugares doapuramento de Lisboa. Mas

ninguém pôs em causa ajustiça do seu triunfo, dada a

excelente exibiçãoconseguida, que lhe permite

suceder a Jorge Teixeira nagaleria dos campeões 4.º João Sousa (BPI), 1977; 5.º Mário

Batista (Banif), 1947; 6.º Jorge Teixeira(BPI), 1943; 7.º Amável Lourenço (Uni-cre), 1926; 8.º Adelino Semedo (B. Por-tugal), 1893; 9.º António Delgadinho

obtido o 16.º lugar, e Olinda Betten-court, da Unicre, que foi 18.ª no apura-mento.

Cada participante realizou oito jogosnos dois dias da final e, ao cabo de todosesses confrontos, esta foi a classificaçãofinal dos dez primeiros:

1.º Gabriel Dias (B. Portugal), 1427pontos; 2.º Eduardo Ribeiro (Unicre), 1354;3.º Carlos Sieuve (CEMAH), 1346; 4.º Ade-lino Semedo (B. Portugal), 1346; 5.º PauloGóis (MG), 1330; 6.º Jerónimo Fernandes(B. Portugal), 1322; 7.º Briano Sousa (BPI),1317; 8.º Mário Batista (Banif), 1305; 9.ºNuno Pedro (B. Portugal), 1293; 10.º He-lena Lourenço (Unicre), 1262.

A representação do Banco de Portugallogrou chamar a si quatro dos dez primei-ros lugares, o que lhe valeu o primeirolugar colectivo, enquanto a equipa femi-nina da Unicre também obteve o primei-ro lugar, capitaneada por Helena Louren-ço, mas com Olinda Bettencourt a obtertambém um excelente 14.º lugar.

A Comissão Organizadora integrou Ma-nuel Camacho, Vasco Santos, Rui Duque eIsabel Costa.

Golfe

Carlos Ribeiro é novo campeão

Nesta quarta prova participaram 21golfistas e nem o facto de já serconhecido o nome do campeão

retirou interesse à competição, com cadaum a tentar melhorar a sua posição natabela. De tal modo que João AgostinhoSá, em gross, e Fernando Veiga da Costa,em net, foram os vencedores, mas tive-ram de contar com a réplica animosa dealguns dos melhores concorrentes. E tam-bém merece destaque a prestação dosrepresentantes do Banco de Portugal, aocuparem três dos cinco primeiros luga-res nas duas vertentes.

A tacada mais próxima do “pin” coubea João Carlos Rosário, com a tacada maislonga a pertencer a Carlos Felício.

Estes foram os cinco primeiros na 4.ªprova:

Gross – 1.º João Agostinho Sá (B. Portu-gal); 2.º Carlos Felício (BCP); 3.º José

Carlos Ribeiro, do BCP, é o novo campeão do Sul e Ilhas,depois de realizada a quarta prova do torneio da Ordem deMérito, que teve lugar no passado dia 23, na Quinta do Vale,em Castro Marim. Aliás, o novo campeão não pôdecomparecer a esta última prova mas a vantagem pontualconquistada nas três provas anteriores bastou para lhegarantir o primeiro lugar

Manuel Martins (B. Portugal); 4.º OsvaldoBorges (BPI); 5.º Fernando Veiga da Costa(B. Portugal);

Net – 1.º Fernando Veiga da Costa (B.Portugal); 2.º Rui Silva (CCAM); 3.º PedroMatos (B. Portugal); 4.º João Agostinho Sá(B. Portugal); 5.º Osvaldo Borges (BPI).

Acrescente-se que, na terceira prova,que decorreu em 17 de Abril, no campo deRibagolfe 1, Carlos Ribeiro foi o vencedor,quer em gross quer em net, seguido dePedro Miguel Taborda e de José ManuelFernandes, respectivamente.

E esta é a classificação final dos cincoprimeiros:

Gross – 1.º Carlos Ribeiro (BCP), 57pontos; 2.º Pedro Miguel Taborda (B. Po-pular), 47; 3.º José Manuel Martins (B.Portugal), 45; 4.º Carlos Felício (BCP), 44;5.º João Agostinho Sá (B. Portugal), 41;

Net – 1.º Carlos Ribeiro (BCP), 53 pon-

tos; 2.º Fernando Veiga Costa (B. Portu-gal), 33; 3.º Pedro Matos (B. Portugal),33; 4.º Carlos Felício (BCP), 31; 5.º LuísManuel Valença (BCP), 31.

Para que o torneio Ordem de Méritochegue ao fim, já só falta disputar a provamais importante – a final nacional – queterá lugar em 31 de Outubro, no Clube deGolfe de Vale Pisão, em Santo Tirso, e naqual participarão também os vinte me-lhores do Sul e Ilhas: todos os dez primei-ros classificados em gross e net e, ainda,Francisco Calcinha (BCP), José ManuelFernandes (B. Portugal), Joaquim Martins(BCP), José Augusto Tomás (BPI) e JoãoCarlos Rosário (CCAM).

João José Samouco da Fonseca, nasci-do e criado na Chamusca, hoje com78 anos de boa saúde e com 31 anos

de carreira bancária, entre 1959 e 1990,sempre no Banco de Portugal, é um dosassociados mais antigos do nosso Sindicato.

Ainda muito jovem, deu conta que aescrita era um modo de realização pessoal.Foi escrevendo e tem já um rol considerávelde livros publicados. Autor de peças deteatro, ensaiou revistas, que foram repre-sentadas em todo o Ribatejo. E a sua obrade maior vulto é a História da Chamusca,em três volumes, que lhe ocuparam anosde trabalho e da qual teve o cuidado de fazerchegar um exemplar à Biblioteca do SBSI.

Verdadeiro apaixonado da terra que oviu nascer, acaba de merecer um pré-

Câmara da Chamusca homenageiaJoão José Samouco da Fonseca

(BPI), 1889; 10.º Pedro Pela (B. Portu-gal), 1878.

Na final participaram os vinte primei-ros da fase de apuramento, bem comoCarlos Sieuve, vencedor do apuramentona Secção Regional de Angra do Heroísmoe os três seguintes classificados locais, e,ainda, cinco das onze senhoras que par-ticiparam no campeonato, entre elasHelena Lourenço, do BBVA, que tinha

A final nacional terá lugar em 16 e 17de Outubro, em Tavira, com a participa-ção de quinze representantes do SBSI(doze masculinos e três femininos), setedo SBN e três do SBC.

Por seu lado, os dezanove primeirosclassificados masculinos e os seis primei-ros femininos também participarão nasOlimpíadas do SBSI, marcadas para 20 deNovembro.

O desportivismo imperou entre os doisprimeiros

Equipa feminina da Unicre brilha na final

mio especial, a de – ainda em vida –assistir à deliberação da Câmara Muni-cipal da Chamusca, de atribuir o seunome a uma das ruas da vila.

Foi o próprio que nos deu a notícia, como propósito de – segundo ele – dar uma

alegria a todos aqueles amigos que deixouna Banca. E, ao mesmo tempo, fez questãode ofertar à Biblioteca do SBSI um exem-plar do seu livro “Teatro de revista”, pre-faciado por Eduardo Ferro Rodrigues (Pai),seu saudoso colega e amigo.

A Câmara Municipalprestou homenagemao dramaturgo,poeta, historiadore grandedinamizadordo teatrochamusquense

TEXTO: RUI SANTOS

TEXTO: RUI SANTOS

TEXTO: RUI SANTOS

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